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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Presentation · April 2012
DOI: 10.13140/RG.2.2.32905.95841
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1 author:
Marcio Pereira Basilio
Universidade Federal Fluminense
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PMERJ DGEI ESPM
Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Instrutor:
Marcio Pereira Basilio – Ten Cel PM
MSc Adm. Pública –Ebape/FGV
Diretor de Orçamento da PMERJ
CV:http://lattes.cnpq.br/1991940615573288
EMENTA

 Orçamento Público
 Planejamento X Orçamento Público
 Execução Orçamentária
 Classificação Orçamentária
 Os Controles na Administração Pública
Orçamento Público

Teoria das Finanças Públicas

A teoria das finanças públicas, de maneira geral, está


fundamentada na existência das falhas de mercado.
As falhas de mercado acabam gerando
necessidades, tais como: presença do governo no
mercado, estudo das funções do governo, da teoria e
do gasto público.
Orçamento Público

Falhas de Mercado (considerações)

 De acordo com a teoria do bem-estar social, em determinadas


condições, os mercados competitivos geram uma alocação de
recursos.
 Quando não for mais possível que a realocação dos recursos gere um
aumento no grau de satisfação de um indivíduo sem degradar a
situação de um outro indivíduo qualquer, ocorre o “ótimo de pareto”,
ou seja, não há como melhorar o bem-estar de um indivíduo sem
prejudicar o bem-estar de pelo menos um outro indivíduo.
 Contudo, o “ótimo de pareto” é uma condição utópica.
 As distorções existentes é que denominamos falha de mercado.
Orçamento Público

 As falhas de mercado são:


 Bens Públicos:
 Bens meritórios ou semi-públicos.
 Monopólios Naturais;
 Externalidades:
 Positiva;
 Negativa.
 Mercados Incompletos;
 Informação Assimétrica; e
 Desemprego e inflação.
Orçamento Público
Funções do Governo - Considerações
 Nos últimos 50 anos, as funções exercidas pelo
governo se expandiram de tal forma que o governo
passou a atuar em outros setores, além de justiça e
segurança;
 O governo passou a intervir na economia para
combater a inflação e o desemprego;
 A após as duas grandes guerras, houve uma maior
preocupação dos governos com o desenvolvimento
econômico de seus países, o que gerou um aumento
de suas atribuições.
Orçamento Público
Pode-se classificar as atribuições do governo em quatro
categorias:

 Função alocativa;
 Função Distributiva;
 Função Estabilizadora;
B1
e
 Função Reguladora*
Slide 7

B1 * Classificação adotada na última década, segundo (Támez e Junior, 2007).


BASILIO; 30/7/2008
Orçamento Público

Função alocativa:

Tem o objetivo de alocar os recursos quando não for


possível, pelas condições de mercado, a
determinação de preços de bens e serviços de forma
a assegurar uma maior eficiência na utilização dos
recursos disponíveis na economia.

Ex: Construção de Estradas, ampliação de portos,


etc.
Orçamento Público

Função distributiva:

Neste caso, o governo necessita intervir na


economia para tentar corrigir a desigualdade
existente na divisão da renda nacional, visto que
essa divisão, normalmente, não é igualitária.

Ex: transferências, impostos e subsídios.


Orçamento Público

Função estabilizadora:

O objetivo principal da intervenção do governo é


controlar a demanda agregada, por meio, por
exemplo, do controle dos gastos públicos e do
crédito, e do aumento da tributação, de forma que o
impacto causado pelas crises inflacionárias ou de
recessão econômica seja atenuado.
Orçamento Público

Função reguladora:

Neste caso, o governo passou a regular a atividade


econômica por meio de legislação, normas
administrativas e com a criação de agências
reguladoras.

Ex.: ANP; ANATEL, ANAC, ANEEL, etc...


Orçamento Público
 Conceito:
 É a lei de iniciativa do Poder Executivo e aprovada pelo Poder
Legislativo, que estima a receita e fixa a despesa para o exercício
financeiro, que, nos termos do art. 34 da Lei n.º 4.320/64, coincidirá
com o ano civil.
 Essa lei deve ser elaborada por todas as esferas de governo em um
exercício para, depois de devidamente aprovada, vigorar no exercício
seguinte.
 Apesar de sua forma de lei, o orçamento, antes de tudo, é instrumento
de planejamento que permite acompanhar, controlar e avaliar a
administração da res publica.
Orçamento Público
 Aspectos:
 Financeiro:
 O orçamento público é considerado como o plano de custeios,
investimentos, inversões, transferências e receitas, proposto pelo
Poder Executivo para um exercício financeiro, e aprovado pelo
Poder Legislativo.
 Econômico:
 Na sua mais exata expressão, o orçamento pode ser entendido
como o quadro orgânico da economia pública, ou seja, como o
reflexo da vida do Estado.
 Jurídico:
 O orçamento público é a lei que estima a receita e fixa a despesa
para um determinado exercício financeiro, estabelecendo
responsabilidade, compromisso e obrigações para a administração
pública.
Orçamento Público

 Histórico:
 Um dos marcos fundamentais para a origem do orçamento público, foi
a Carta Magna imposta ao Rei João Sem-terra, pelos senhores feudais,
em 1215 na Inglaterra. A qual objetivava limitar os poderes de
arrecadação do rei e definir a forma de realização dos gastos.
 Em 1787, nos EUA, a Declaração de Direitos do Congresso da
Filadélfia, implantou a exigência da prática orçamentária.
 Em 1789, a Constituinte da França, consagrou o princípio de que a
“votação das receitas e despesas seria atribuição dos representantes
da Nação.
 No Brasil, a origem do orçamento está ligada ao surgimento do governo
representativo, sendo que a nossa primeira lei orçamentária data de
1827. Contudo, a Constituição de 1824, em seu art. 172 trazia algumas
considerações a respeito do Tema*.
Orçamento Público
 Classificação:
 Orçamento tradicional
 Orçamento-programa

 Orçamento base zero ou por estratégia

 Orçamento de desempenho.
QUANTO À ORÇAMENTO TRADICIONAL ORÇAMENTO-PROGRAMA
(AO)

Finalidade Ênfase no que o governo compra, nas coisas por Ênfase nas ações que o governo realiza e nos meios reais que utiliza.
ele adquiridas.

Uso dos tipos de Base na classificação institucional por objeto de Utiliza-se praticamente de todos os tipos: institucional; econômica; por
classificação gasto. elemento de despesa; por objetivos; rico em informações.

Relação com o Normalmente não reflete ações planejadas. Constitui-se em um dos instrumentos do planejamento.
planejamento Compatibiliza as programações anuais com os planos.

Identificação de Não identifica programa de trabalho, objetivos e Identifica programas de trabalho, objetivos e metas, compatibilizando-os
objetivos metas porque não faz parte de um processo com os planos de médio e longo prazos.
integrado de planejamento.

Processo de Elaboração empírica. Revisão percentual dos Elaboração técnica. Base em diretrizes e prioridades. Estimativa real de
elaboração quantitativos financeiros anteriores para receita e recursos. Cálculo real das necessidades.
despesa.

Forma de Ênfase no controle financeiro legal e formal. Ênfase nas realizações físicas, além dos aspectos tradicionais.
controle

Outros aspectos Controle político-jurídico da receita e despesa Informa, ainda, em relação a cada atividade ou projeto, quanto vai
orçamentária. Apresenta em destaque os meios de gastar, para que vai gastar e por que vai gastar. Enfatiza metas,
que a administração vai dispor para cumprir com objetivos e propósitos contidos nos programas para serem executados
suas funções. Detalha o que o governo gasta para em determinado exercício. Permite o controle da execução dos
atingir os objetivos. programas propostos e a verificação das causas de um eventual não-
cumprimento. Permite apuração de custos unitários e mede a eficiência.
Mostra o que o governo faz.
Orçamento Público
 Ciclo orçamentário:
 Corresponde ao processo que se inicia com a concepção da proposta
do orçamento, ganha transparência com a participação popular e
realização de audiências públicas durante os processos de elaboração,
conforme art. 48, parágrafo único da LRF, desenvolve-se na
execução e no controle, e conclui-se com a avaliação dos resultados
alcançados, ou seja, a análise de sua eficácia.
Orçamento Público
 Etapas do processo de elaboração do orçamento-programa:

 Planejamento: definição dos objetivos que deverão ser alcançados.


 Programação: definição das atividades necessárias para alcançar os
objetivos planejados.
 Projeto: estimativa dos trabalhos necessários à realização das
atividades.
 Orçamentação: estimativa dos recursos financeiros para custear as
ações a serem realizadas e a previsão das fontes de recursos
correspondentes.
Princípios Orçamentários
 Princípios:(CF 1988 e Lei n°4.320/64)
 Unidade

 Anualidade

 Universalidade

 Programação

 Especificação

 Exclusividade

 Clareza

 Equilíbrio

 publicidade
Planejamento x Orçamento Público

Plano Plurianual

corresponde ao plano de médio prazo, por meio do qual se procura


ordenar as ações do governo que levem ao alcance dos objetivos e
das metas fixados para um período de quatro anos.
Planejamento x Orçamento Público

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO): consiste na lei que norteia


a elaboração dos orçamentos anuais, compreendidos aqui o
orçamento fiscal, o orçamento de investimentos das empresas
estatais e o orçamento da seguridade social, de forma a adequá-las
às diretrizes, aos objetivos e às metas da administração pública
estabelecidos no plano plurianual.

Integram o projeto da LDO os seguintes anexos:


Anexo de Metas Fiscais;
Anexo de Riscos Fiscais.
Planejamento x Orçamento Público

Lei do Orçamento Anual: objetivo viabilizar a realização das ações


planejadas no plano plurianual e transformá-las em realidade.

A LOA compreende:

a) orçamento fiscal:
b) orçamento de investimento:
c) orçamento da seguridade social:
Execução Orçamentária
Receita Pública
Conceito: A receita pública engloba todo e qualquer recolhimento
de recursos feito aos cofres públicos, realizado sob a forma de
numerário e de outros bens representativos de valores, que o
governo tem o direito de arrecadar em virtude da Constituição, de
leis, contratos ou de quaisquer outros títulos de que derivem direitos
a favor do Estado.

A Receita Orçamentário: representa valores constantes do


orçamento, tais como tributos, rendas, transferências, alienações,
amortizações de empréstimos concedidos e operações de crédito
por prazos superiores a doze meses.
Execução Orçamentária

Tipos de Receitas Públicas:

 Receitas correntes: compreendem as receitas tributárias, de


contribuições, patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços,
de transferências e outras receitas correntes, como multas, juros,
restituições, indenizações, receitas da dívida ativa, de alienação de
bens apreendidos, de aplicações financeiras, entre outras.
 Receita de capital: compreendem as provenientes da realização de
recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas (operações
de crédito); da conversão, em espécie, de bens e direitos (alienação
de bens); amortização de empréstimos; recursos recebidos de
outras pessoas de direito público ou privado, dentre outras.
 Receitas extra-orçamentárias: engloba os valores provenientes de
toda e qualquer arrecadação que não figure no orçamento do
Estado e, conseqüentemente, todo recolhimento que não constitui
sua renda.
Execução Orçamentária
Estágios da receita pública:

 Previsão:
 Estudo feito pela Fazenda Pública visando a indicar quanto se pretende
arrecadar no exercício.
 Lançamento:
 É o ato da repartição competente que verifica a procedência do crédito fiscal, a
pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta (art. 53 da lei 4.320/64)
 Direto;

 Homologação

 Declaração

 Arrecadação:
 Ato pelo qual os contribuintes comparecem perante os agentes arrecadadores e
liquidam os seus compromissos para com o tesouro.
 Recolhimento:
 Ato pelo qual os agentes arrecadadores transferem, diariamente, o produto da
arrecadação ao Tesouro.
Execução Orçamentária
Classificação
Classificação quanto
quanto à
ás categorias
Natureza
Receitas pública Econômicas

Receitas extra-orçamentárias Receitas orçamentárias

RC RK
-Cauções recebidas em dinheiro
-Retenção na Fonte
-Consignações em Folha de Pgto.
-Tributárias -Alienação de Bens
-Inscrição de Restos a Pagar -Contribuições -Op. De Créditos
-Op. De Crédito por Antecipação -Patrimoniais -Amortiz. De Emprestimos
de Receita -Agropecuárias -Transf. De Capital
-Salários não-reclamados -Industriais -Outras Rec. De capital
-Serviços (superavit do Orc. Corrente)
-Depósitos Judiciais
-Transf. Correntes Onde:
-Outras rec.
correntes RC= Receitas Correntes
RK= Receitas de Capital
Execução Orçamentária

Despesa Pública

A despesa pública pode ser definida como sendo o gasto ou o


compromisso de gasto dos recursos governamentais,
devidamente autorizados pelo poder competente, com o
objetivo de atender às necessidades de interesse coletivo
previstas na Lei do Orçamento, elaborada em conformidade
com o plano plurianual de investimentos, com a Lei de
Diretrizes Orçamentárias e com a LRF.
Execução Orçamentária

Tipos de despesa pública:

 Despesas extra-orçamentárias
 Despesas orçamentárias
 Despesas correntes
 Despesas de custeio
 Transferências correntes
 Despesas de capital
 Investimentos
 Inversões financeiras
 Transferência de capital
Execução Orçamentária

Estágio da Despesa Pública:

 Programação
 Licitação
 Empenho
 Estimativa
 Global
 ordinário
 Liquidação
 pagamento
Execução Orçamentária
Classificação
Classificação quanto
quanto à
ás categorias
Natureza Despesas públicas Econômicas

Despesas extra-orçamentárias Despesas orçamentárias

-Cauções em dinheiro devolvidos


-Retenção Recolhidas DC DK
-Consignações Recolhidas
-Investimentos (aumenta o
-Pgto de Restos a Pagar -Custeio
PIB)
-Salários Reclamados -Transf. Correntes
-Inversões Financeiras (não
altera o PIB)
-Depósitos Judiciais sacados
-Tranf. De capital

Onde:
DC= Despesas Correntes
DK= Despesas de Capital
Execução Orçamentária

 Créditos Adicionais - Conceito:


 O crédito adicional é um meio legal de
ajuste do orçamento, utilizado para
amenizar ou corrigir distorções identificadas
durante a execução orçamentária, por
exemplo, excesso de créditos alocados em
determinadas dotações e insuficiências em
outras.
Execução Orçamentária
 Classificação:
 Classificam-se, segundo a Lei n.°4.320/64, em três
espécies:
 Suplementares: são destinados ao reforço de dotação já
existente no orçamento em vigor. Autorizado por Lei e
aberto por Decreto do Executivo. A autorização legislativa
pode constar da própria lei orçamentária.
 Especiais: destinam-se à despesa para o qual não haja
previsão orçamentária específica. Cria novo programa ou
evento de despesa para atender a um objetivo não
previsto no orçamento.
 Extraordinários:é voltado exclusivamente ao
atendimento de despesas urgentes e imprevisíveis, em
caso de guerra, comoção interno ou calamidade pública.
É autorizado por medida provisória ou decreto do
executivo. (art. 167, §3.°, da CF).
Execução Orçamentária
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS CRÉDITOS ADICIONAIS
(Constituição Federal; art. 167; Lei n.°4.320/64; arts. 40 a 46 e respectivos
parágrafos)
ESPÉCIE FINALIDADE AUTORIZAÇÃ FORMA DE VIGÊNCIA PRORROGAÇÃO
O ABERTURA
LEGISLAÇÃO
Suplementares Reforçar o Prévia, podendo Decreto do No exercício Não é permitida
orçamento ser incluída na lei executivo
de orçamento ou
em lei especial

Especiais Atender a Prévia em lei Decreto do No exercício Só para o exercício


programas não especial executivo seguinte, se aberto
contemplados em um dos quatros
no orçamento últimos meses

extraordinários Atender a independente Decreto do No exercício Só para o exercício


despesas executivo com seguinte, se aberto
imprevisíveis e remessa em um dos quatros
urgentes imediata à últimos meses
Câmara
Execução Orçamentária
 Resto a pagar
 Conceito:
 De acordo com o art. 36 da lei n.º 4.320/64, consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas,
mas não-pagas, até 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas.
 Classificação:
 Processados (já liquidados)
 Não-processados (ainda não-liquidados)
 Inscrição:
 A inscrição em Restos a Pagar é feita na data do encerramento do exercício financeiro de emissão da
nota de empenho, e terá validade até 31 de dezembro do ano subsequente, vedada a reinscrição;
 A inscrição de Restos a Pagar é uma Receita Extra-orçamentária (art. 103, parágrafo único da lei nº
4.320/64)
 Pagamento:
 O pagamento de Restos a Pagar é feito no ano seguinte ao da sua inscrição;
 O pagamento de Restos a Pagar é uma Despesa Extra-Orçamentária.
 Cancelamento:
 Os restos a pagar não-pagos até 31 de dezembro do ano subsequente ao de sua inscrição serão
concelados.
 Prescrição:
 Os restos a pagar só prescrevem após cinco anos a partir da data de inscrição.
Execução Orçamentária
Despesas de Exercícios Anteriores (D.E.A.)
 Conceito:
 São despesas cujo o fato gerador ocorreu no ano anterior.
 Prescrição:
 A prescrição de Despesas de Exercício Anteriores (D.E.A.) é de cinco anos da data do
fato gerador.
 Tipos:

a) Despesas que não se tenham processado na época própria aquelas cujo empenho
tenha sido considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício
correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua
obrigação;
b) Restos a pagar com prescrição interrompida a despesa cuja inscrição, como Restos a
Pagar, tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;
c) Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente.
Classificação Orçamentária

A classificação orçamentária pode ser conceituada como o conjunto


de procedimentos técnicos e normativos com o objetivo de
organizar o orçamento, obedecendo a regras e critérios definidos
de padronização, de modo a permitir a compreensão geral das
funções desse instrumento de planejamento, propiciando
informações adequadas para a tomada de decisões pela
administração pública. Objetiva, de modo geral, tomar mais fácil o
processo de compreensão dos detalhamentos do orçamento.
Classificação Orçamentária
No Brasil, temos os seguintes modelos de classificação
orçamentária:
 Institucional: demonstra a distribuição dos recursos
orçamentários pelos órgãos e pelas unidades responsáveis
pela execução do orçamento;
 Funcional: representa o agrupamento das ações do
governo em grandes áreas de sua atuação, para fins de
planejamento, programação e orçamento;
 Da receita: dividida por categorias econômicas e por grupo
de fontes;
 Da despesa: dividida por categorias econômicas e por
natureza.
Classificação Orçamentária
Classificação institucional

A classificação institucional do orçamento apresenta a distribuição


dos recursos públicos pelos órgãos responsáveis por sua
gerência e aplicação. Muitas vezes, um órgão ou uma unidade
orçamentária pode não corresponder a uma estrutura
administrativa, como Encargos Gerais do Estado,
Transferências a Municípios, Reserva de Contingência. Ela
representa qual órgão irá realizar o gasto público.
Classificação Orçamentária
Classificação Funcional
 Como já discutimos, o orçamento-programa é o principal
instrumento legal de planejamento da administração pública, por
meio do qual o Estado define seu plano de governo para um exercício
financeiro, em perfeita vinculação com as suas funções constitucionais,
estimando as receitas e planejando as aplicações com prévia fixação
das despesas.
 Nesse instrumento, são detalhadas em primeiro nível todas as
funções precípuas do Estado, tais como: educação, segurança,
saúde, saneamento. Essas funções são subdivididas em subfunções
que, por sua vez, são subtetalhadas por meio dos programas de
governo – daí o nome orçamento-programa -, desmembrados em
projetos, em manutenção dos serviços já implantados – atividades – e
em operações especiais.
Classificação Orçamentária
FUNÇÃO
Nova Classificação:
Portaria nº 42/99
SUBFUNÇÃO

PROGRAMA

PROJETO ATVIDADE

OPERAÇÕES
ESPECIAIS

FUNÇÃO SUBFUNÇÃO PROGRAMA P/A/OE


XX XXX XXXX YXXX
Classificação Orçamentária
Nova Classificação: 00.000.00.000.0000.0000
Portaria nº 42/99
PODER PÚBLICO
ÓRGÃO/UNIDADE ORÇAMENTÁRIA
Forma resumida------> FUNÇÃO
SUBFUNÇÃO
PROGRAMA
N.° INDICADOR DO PROJETO/ATIVIDADE

0.00.000.00.000.0000.0000
PODER PÚBLICO
SECRETARIA
UNIDADE ORÇAMENTÁRIA
FUNÇÃO
SUBFUNÇÃO
Forma completa------> PROGRAMA
PROJETO/ATIVIDADE
Classificação Orçamentária
Classificação das receitas públicas
 A classificação das receitas compreende o detalhamento previsto na
Lei n.°4.320/64, composto de contas que expressem melhor as
receitas. Cada conta é composta de um código de oito algarismos e
um título. O código 0.0.0.0.00.00 estabelece a hierarquia da
classificação, a partir da categoria econômica até o menor nível de
detalhe da receita, que é a subalínea. Assim, temos:

CAT. ECONOMICA SUBCATEGORIA FONTE RUBRICA ALÍNEA SUBALINEA

X X X X XX XX
Classificação Orçamentária
Classificação das despesas públicas
 A classificação econômica das despesas objetiva informar de forma
macroeconômica o efeito do gasto do setor público na economia e
possibilita o seu controle gerencial, por meio da natureza da
despesa. Ela é composta, pela categoria econômica – corrente e de
capital -, pelo grupo a que pertence a despesa, pela modalidade de
sua aplicação – direta ou por transferências – e pelo objeto final de
gato, que são o elemento de despesa e o subelemento.
 O código da classificação da natureza da despesa é constituído por
oito algarismos, distribuídos da seguinte forma:

CAT. ECONOMICA GRUPO MODALIDADE ELEMENTO SUBELEMENTO

X X XX XX XX
Os Controles na Administração Pública

Controle Externo na Administração Pública


 O controle externo da administração pública no Direito pátrio é
matéria constitucional. A Constituição Federal assim
estabelece:
 Art.70 A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional,
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de
cada Poder.
 Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou
jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde,
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou
pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma
obrigações de natureza pecuniária.
Os Controles na Administração Pública

Poder Legislativo também exerce a função de


controle, por meio dos mecanismos
constitucionais a seguir exemplificados:
 Comissões Parlamentares (Art. 58, § 3°, da CF);
 Pedidos de informação (Art. 50, § 2°, da CF);
 Convocação de autoridades (Art. 50 da CF);
 Participação na função administrativa (Arts. 49, I, V,
51, V, e 52, III 58, da CF);
 Função jurisdicional (Art 49, X, da CF).
Os Controles na Administração Pública

Alcance e Limitações do Controle Externo


 No que tange ao controle externo a Constituição Federal brasileira promulgada em 1988, em seu artigo 71 delimitou os
contornos da atuação do Tribunal de Contas da União. No caput do artigo 71 o legislador assevera que o controle externo, a
cargo do Congresso nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
 I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado
em sessenta dias a contar de seu recebimento;
 II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da
administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal,
e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário;
 III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e
indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento
em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que
não alterem o fundamento legal do ato concessório;
 IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito,
inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas
dos Poderes Legislativos, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;
 V – fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou
indireta, nos termos do tratado constitutivo;
 VI – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros
instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal oi a Municípios;
 VII – prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas
Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e
inspeções realizadas;
 VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em
lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;
 IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada
ilegalidade;
 X – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado
Federal;
 XI – representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
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Bibliografia
ARAUJO, I. P. S. Contabilidade pública: da teoria à prática. Atualizada conforme a Lei de
Responsabilidade Fiscal. São Paulo: Saraiva, 2004.
FURTADO, Fabio. Administração financeira e orçamentária para concursos: direito financeiro
simplificado. Rio de Janeiro: Ferreira, 2008.
TÁMEZ, Carlos André Silva. Finanças públicas: teoria e mais de 350 questões. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2007.

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