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SINCRETISMO
Sincretismo
Neuza Itioka
INTRODUÇÃO
Leitura de 2 Rs 17:24-33 e 41
A Igreja brasileira trabalha com o povo proveniente de uma sociedade feiticeira, idólatra e
permissiva.
O nosso povo é originário de uma formação sincrética de religiões e usos e costumes.
Dizem os sociólogos, que o povo português já era fruto de uma mescla de vários outros. Portugal
foi chamado como o povo europeu mais africano. Era e é o ponto da Europa, mais próximo da
África. Podemos também presenciar a influência dos Muçulmanos, por 400 anos de domínio
Mouro.
A nossa igreja, de alguma forma, é fruto desta sociedade, que traz dentro de si uma
tendência ao sincretismo – misturar raças, convicções, usos e costumes. Foi fácil, acontecer o
sincretismo religioso na terra brasileira com as práticas abomináveis.
O SINCRETISMO
Os elementos das religiões brasileiras são: catolicismo medieval português, culto aos
ancestrais indígenas, religiões africanas e Kardecismo da França, tudo isso resultou na Umbanda.
O Catolicismo Medieval Português - Os portugueses trouxeram com eles a sua religião, mis-
turada de magia, feitiçaria e satanismo, com o lirismo dos mouros.
O Culto de Antepassados - O indígena brasileiro era um povo que convivia com os espíritos
dos que haviam partido, nos seus afazeres do dia-a-dia. Deles recebiam orientações, inspirações
e conselhos. Ele vivia atormentado por estes espíritos inescrupulosos.
Os Orixás Africanos - Chegaram ao Brasil, através dos escravos. Muitos deles eram
descendentes da nobreza e de família sacerdotal.
O sincretismo entre o catolicismo e as religiões africanas aconteceu facilmente, devido à
semelhança entre as duas práticas religiosas, na sua pompa, no colorido das roupas dos sacer-
dotes, na celebração com muita música e dança. O conseqüente resultado deste sincretismo são
as religiões afro-brasileiras – o Candomblé. Quando o Kardecismo chega da França, com
facilidade o brasileiro o adotou como espiritismo. Sendo a França um modelo para tudo no
Brasil, na sua racionalidade e iluminismo, os governantes e os intelectuais foram os primeiros a
adotarem este tipo de espiritismo.
Com o Kardecismo no meio intelectual e o Candomblé na classe pobre e analfabeta, final-
mente se encontram e se misturam, e o resultado do seu sincretismo é a Umbanda. Ela é
considerada uma religião endógena, própria da terra. Portanto, ela é também considerada, uma
religião nacional.
A religião oficial dos bispos pode ser catolicismo, mas a religião proveniente da própria
terra é a Umbanda, de acordo com Renato Ortiz.
Ser humano
SINCRETISMO
Ágape Reconciliação Ministério de Libertação | CFL – CURSO DE FORMAÇÃO DE LIBERTADORES
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SINCRETISMO
Esta é a estrutura de todas as religiões. O homem buscando a Deus. Elas são tentativas dos
homens se chegarem a Deus. E, elas mostram sempre a iniciativa do homem em buscar e
alcançar a Deus.
Mas o Cristianismo sempre diz exatamente o contrário. O homem não consegue se chegar a
Deus. Na realidade, o homem está desesperadamente perdido, pois não existe nenhum meio de
salvação. Por isso, Deus veio em busca da humanidade. Esta é a razão porque Jesus disse: “Eu
sou o Caminho, a Verdade e a Vida”.
Ele é o meio de se chegar a Deus, o único caminho que parte de Deus: É o Salvador
chegando ao homem. O homem pode se salvar somente através do único caminho: Jesus Cristo.
Portanto, qualquer religião, ainda que aparente algo lindo e sublime, na realidade, ela
afasta o homem do Verdadeiro Deus. Embora a palavra religião, no Latim, signifique “religar o
homem a Deus”, ela aponta o caminho diametralmente oposto, ou seja, o caminho da perdição.
Só Jesus Cristo, Deus feito homem, é o meio de se chegar a Deus.
Segundo Eugene Nida “o Sincretismo envolve uma acomodação do conteúdo, uma síntese
das crenças e uma amalgamação das cosmovisões, que de tal forma provê uma base comum para
a construção de um “novo sistema ou uma nova abordagem”.
É a tentativa do homem de acomodar duas ou mais religiões, duas ou mais idéias e
filosofias religiosas para formar uma terceira, com elementos presentes das primeiras.
O sincretismo acontece por identificação e assimilação. Exemplos:
• O Ogum foi identificado pelos escravos como o S. Jorge.
• A Iemanjá foi identificada como Maria, as senhoras.
• Santa Ana, porque era idosa, foi identificada e assimilada às qualidades maldosas de
Nanan Buruquê.
Na acomodação das duas religiões, existe sempre a corrupção de uma. Aquela elaborada e
sofisticada se corrompe. Exemplo:
• Os santos católicos se corrompem como se fossem as entidades africanas.
O Cristianismo Bíblico e puro, nunca poderá “sincretizar” ou misturar-se com qualquer
outra religião, porque isto significaria o abandono dos elementos fundamentais da revelação.
Segundo Visser Hooft (1963:45) – “O Sincretismo é então essencialmente uma revolta
contra a singularidade da revelação na história. Ele advoga que a verdadeira universalidade
somente pode conseguir, se for abandonada a intenção de Deus ter se revelado,
definitivamente, numa pessoa particular, num evento e tempo específico”.
MODELO DE SINCRETISMO
Primeira Fase:
Segunda fase:
Santidade e Poder!
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SINCRETISMO