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Resenha por Marcia Cristina de Oliveira Dias – Abr/2015

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. A ciência na Idade Moderna: a
revolução científica do século XVII. In: ______. Filosofando. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2005.

A ciência moderna surge como uma demanda da burguesia e da industrialização, ou seja, pela necessidade
do desenvolvimento de novas máquinas – demandas do capitalismo. As ideias não são mais movidas pela
teologia, mas pela ciência. O pensamento moderno, assim como a religião, a política e o mundo do trabalho
são caracterizados pelo racionalismo, saber ativo e pelo antropocentrismo.

A igreja católica perde o monopólio do saber. A Reforma Protestante defende o acesso livre aos
ensinamentos deixados por Deus. O dogmatismo religioso é substituído pela racionalidade, pelo pensamento
crítico e pela ciência. Enquanto o pensamento medieval era teocêntrico, centrado em Deus, no pensamento
moderno ele é centrado no homem.

A laicização da moral, do saber e da política é estimulada pela capacidade de pensar, refletir, racionalizar. O
‘saber contemplativo’ é substituído pelo saber ativo, pelo saber produzido através da observação e análise da
realidade empírica.

A produção de conhecimento tem objetivos práticos – tecnificação da mão de obra para a indústria,
desenvolvimento de máquinas e transformação da realidade. Galileu, Newton, Kepler, William Gilbert, Von
Guericke, Pascal e Leibniz são alguns dos cientistas e estudiosos que despontam neste novo cenário de novas
descobertas e/ou criações – geometria analítica, cálculo, estudo probabilístico, eletricidade entre
outras.“Nunca antes na história da humanidade o saber fora tão fecundo nem desenvolvera semelhante
capacidade de transformação da realidade pela técnica” (p. 156).

Na física, o saber aristotélico é superado pelos conhecimentos produzidos por Galileu. Em Aristóteles e
Ptolomeu prevalecia o modelo geocêntrico, conformado pelo senso comum e baseado na ideia de que o
mundo era finito, hierárquico e redondo. Por outro lado, em Galileu, todo conhecimento produzido deve ser
passível de comprovação científica e ter alguma função – como o termômetro inventado por Galileu e os
estudos no campo da óptica geométrica (lentes, reflexão e refração da luz) entre outros. Neste sentido,
Galileu privilegia o método, o caminho para chegar a um determinado resultado esperado, ou seja,
“enquanto a física antiga procura o ‘porquê’ do fenômeno e o explica pelas qualidades inerentes aos
corpos, Galileu se interessa pelo ‘como’, o que supõe a descrição quantitativa do fenômeno.” (p. 157).

Na astronomia, a nova ciência moderna também trouxe mudanças significativas. A sacralização do universo
e a ideia ptolomaica de lugares privilegiados – Olimpo e inferno – situados hierarquicamente, são
substituídas pela ideia de democratização e homogeneização do universo. Uma vez que as diferenças entre
espaços terrestres e espaços celestes são suprimidas, pode-se “admitir que as leis da física são também da
mesma natureza que as leis da astronomia.” (p. 159).

Na ciência moderna as noções de valor, de perfeição e de fim, características da filosofia, são suplantadas
pelas explicações científicas. Porém, o homem e a natureza passam a ser comparados a uma máquina cujo
mecanismo é controlado por um esquema que tem no relógio seu principal modelo. E, se por um lado, a
ciência moderna trouxe inúmeros avanços tecnológicos, na área da saúde e em qualidade de vida, por outro,
a humanidade ficou dependente destas novas tecnologias. O tempo, o modo de vida, os locais de moradia,
formação profissional e quase tudo na vida do ser humano tem um objetivo e uma função específica.

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