Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Com exceção do baixo, as partes próximas, em geral, não devem distanciar-se em mais de uma 8ª
5ª e 8ª Diretas
Existe 5ª e 8ª direta, quanto as partes que formam esses intervalos vêm precedidas de movimento direto.
Ex.:
Pode fazer-se 5ª justa dietea entre as partes extremas, quando a parte superior está precedida de semiton.
Ex.:
Sobre a tônica ou a dominante basta que a parte superior venha precedida de grau conjunto, tom ou semiton.
Ex.:
Ainda se pode fazer a 5ª justa direta entre as partes extremas, quando há duas notas comuns ao acorde
anterior, sendo a 5ª uma delas.
Ex.:
No modo menor, forma melódica, sobre o acorde perfeito da mediante, pode fazer-se a 5ª direta estando a
parte superior precedida de tom descendente.
Ex.:
Sobre a dominante, também se pode fazer a 5ª justa direta descendente, quando o acorde do V grau está
precedido do acorde do II ou IV grau.
Ex.:
8ª Diretas
Para fazer-se 8ª entre as partes extremas é preciso que a parte superior esteja precedida de semiton
ascendente.
Ex.:
Todavia, sobre a tonica, a parte superior pode vir precedida de tom descendente, se o acorde do I grau está
precedido do acorde do V grau no estado fundamental.
Ex.:
Permite-se ainda a 8ª direta sobre a tonica, estando a parte superior precedida de 3ª descendente, quando
antes do acorde da tonica está a dominante com a cifragem 5 6.
Ex.:
Pode fazer-se 8ª ou 5ª justa direta entre uma parte intermediaria e outra qualquer, sempre que uma das
partes que formam a 5ª ou a 8ª está precedida de grau conjunto, tom ou semitom.
Ex.:
Ainda se pode fazer 5ª justa direta entre umaparte intermediaria e outra qualquer, quando uma das notas que
formam a 5ª é comum ao acorde anterior.
Ex.:
Ex.:
5ª e 8ª Seguidas
Diz-se haver 5ª ou 8ª seguidas sempre que esses intervalos são dados pelas mesmas partes em acordes
consecutivos. 5ª ou 8ª seguidas, em regra, não se fazem. Ex.:
Não se consideram 5ª nem 8ª seguidas as resultantes da repeticção dos mesmos sons. Ex.:
Unissonos seguidos, ou um uníssono seguido de uma 8ª, ou uma 8ª seguida dum unissono não se fazem. Ex.:
_________________ Mau______________________________
Harmonia a 3 Partes
Acorde 5ª
Esse Acorde no estado fundamental, seguido do acorde do I grau resolve assim: a sensível sobe a tonica e o 4ª
grau desce ao 3ª. Ex.:
No encadeamento V – VI, eliminia-se a 5ª de um dos acordes. Nesse caso, o acorde do V, sem 5ª, fica com o
baixo dobrado; e o acorde do VI grau, sem a 5ª, fica com o 3ª dobrada. Ex.:
Essas regras são devidas a tendencia da sensível subir a tônica; sua observância só obrigatória no fim de frase,
membro de frase ou período.
Cruzamento de Vozes
Há cruzamento, quando a voz mais grave canta acima da voz mais aguda ou vice-versa. O cruzamento deve ser
evitado na harmonia elementar.
Os acordes do I, IV e V graus são os melhormente determinam o tom; por essa razão denominam-se acordes
de 1ª ordem. Há os de 2ª ordem que são os do II e VI graus, e os de 3ª ordem, os do III e VII.
Para evitar erro e, as vezes melhor o movimento melódico, podem ficar incompletos os acordes de 1ª ou 2ª
ordem, nesse caso, elimina-se a 5ª e dobars-e o baixo.
O exemplo seguinte mostra um baixo em que só deixando de completar-se um dos acordes é possivel realizá-
lo corretamente.
Observações: Fazendo o exercício, é bom que o aluno, ao escrever as notas do acorde seguinte, prefira os
intervalos de menos graus. Desse modo evitará saltos desnecessários.
No exemplo observa-se que de Sol a Fá é uma 2ª, ao passo que de Sol a Ré há intervalo de 5ª. Se houver nota
comum é bom que ela seja conservada na mesma voz:
Em seguida verificar:
No caso de encontrar erro, muda-se a posição do acorde; se disso resultar outro erro, deixa de completar-se o
acorde se ele é de 3ª ordem. Sendo o acorde de 3ª ordem não se completa o acorde anterior.
Acorde de 6ª
Não se fazem acordes de 6ª incompletos. Numa série de acordes de 6ª, em graus conjuntos, a 6ª deve ficar na
parte superior, para evitar erros de 5ª seguidas.:
Neste caso, não há necessidade de 6ª ficar na parte superior, porque a 5ª seguinte é diminuta:
Quando numa só nota do baixo há 5 6 ou 6 5, o acorde de 5 não deve ficar incompleto, ainda que seja de 1ª
ou 2ª ordem.
Quando o acorde de do VII grau se acha na 1ª inversão (2º grau com 6ª) seguido do acorde do I grau, o
4º grau pode subir ao 5º ou descer ao 3º, porque ele nessa inversão forma consonância com o baixo.
Acorde de 4ª e 6ª
Esse acorde tem, em relação ao baixo, 4ª e 6ª. Não se fazem acordes de 4ª e 6ª incompletos. Preparar uma
nota é conserva-la na parte em que foi dada no acorde anterior. Quando o baixo do acorde de 4ª justa e 5ª
vem precedido e seguido de grau conjunto, prepara-se a 4ª que deve resolver, prolongando-se subindo ou
descendo um grau.
Se, excluída a voz que canta a 4ª, todas as demais partes vem precedidas e seguidas de graus conjuntos, a 4ª
pode deixar de resolver. Apreciemos estes exemplos extraídos das realizações de E. Durand.
Por igual, quando, excluído o baixo, todas as demais notas são comuns ao acorde anterior.
Nos demais graus também se dispensa a preparação da 4ª, quando as notas do acorde, com exceção do baixo,
são comuns ao acorde precedente.
(1) Na técnica da harmonia consideram-se tempos fortes, além dos primeiros tempos de qualquer classe de
compasso, o 2º tempo dos compassos ternários, o qual é fraco em relação ao 1º tempo; forte é também o 3º
tempo dos compassos quaternários.
Acorde de 4ª Aumentada e 6ª
Esse acorde não está sujeito as regras concernentes aos acordes de 4ª justa e 6ª. Por isso, ainda mesmo que o
baixo venha precedido e seguido de grau conjunto, não há necessidade de lhe preparar a 4ª.
No acorde de 4ª aumentada e 6ª do 4º grau ( do VII grau) seguido do acorde do I grau, a sensível sobe a
tônica e o 4º grau desce ao 3º.
Harmonia a 4 partes
Nesse ponto o dobramento duma das notas nos acordes de 3 notas é absolutamente inevitável. Ao fazê-lo,
porém, força a obedecer as seguintes regras que passamos a estudar.
Dobramento no acorde de 5ª
A sensível, em regra, não se dobra, por isso no acorde de do VII grau, dobra-se a 3ª.
Todavia, esgotados todos os meios de se obter uma realização correta sem dobrar a sensível, tolera-se o
dobramento do baixo do acorde de do VII grau: a) em partes intermediárias;
Ainda assim, o dobramento da sensível não deve ser praticado na harmonia elementar.
Não se deve dobrar a 5ª do acorde de VII grau, porque, em regra não se dobram dissonâncias.
O 7º grau perde o efeito de sensível no acorde do III grau, por isso, pode ser dobrado.
Contudo não é pouco usada a realização em que no decurso do trecho, a sensível desce um grau, ficando o VI
grau com o baixo dobrado. Esse modo de realizar é mais comum, quando a sensível se acha em parte
intermediária.
Fora desse caso, a 4 partes, não se devem fazer acordes do IV grau, ambos no estado fundamental, a sensível
não deve ficar na parte superior.
Para evitar erro, pode dobrar-se o baixo de 2ª ou 3ª ordem, mas em parte intermediária.
Contudo, a baixo de 2ª ou 3ª ordem pode ser dobrado na parte superior, em tempo ou parte franca, nos
seguintes casos:
c) Quando o baixo vem precedido e seguido de grau conjunto; caso em que deve haver movimento contrário
nas partes extremas.
Convém notar que o baixo do acorde de 6ª do 2ª grau é nota de 2ª ordem, e que, por isso, seu dobramento na
parte superior só se deve realizar nas condições já estabelecidas.
Exemplos:
Usa-se também dobrar a 4ª ou a 6ª. Para dobrar a 4ª, no acorde cujo baixo vem precedido de grau conjunto,
basta uma 4ª, mas é melhor prepar ambas as 4ªs.
Nos casos em que, no acorde de 4ª e 6ª da dominante, se dispensa a preparação da 4ª, esta pode ser dobrada
independente de qualquer preparação.
Acorde de 4ª Aumentada e 6ª
Quando esse acorde está seguido do acorde do I grau, a sensível sobe a tônica e o 4ª grau desce ao 3º.
Mudança de Posição
Diz-se haver mudança de posição, quando uma ou mais partes mudam de nota no mesmo acorde.
A mudança de posição é com mudança de estado, se o baixo muda de nota; no caso contrário, é sem mudança
de estado.
Na mudança de posição com mudança de estado, cifra-se somente a primeira nota; risca-se, em seguida à
cifragem, uma linha horizontal que se denomina traço de continuidade.
No exemplo (a) somente o 2º tempo está articulado. No exemplo (b) o erro é corrigido pelo contralto e o baixo
que articulam o 3º tempo.
Denominam-se 5ªs ou 8ªs retardadas as que se ouvem depois da emissão do acorde. Essas 5ªs ou 8ªs também
são permitidas.
Emprega-se a mudança de posição:
a) Quando as partes estão muito no agudo ou no grave e precisam tornar ao registro ordinário.
b) Necessariamente quando, fora da cadência, a parte dada fica 3 ou mais tempos sem movimento.
A movimentação deve ser orientada pela parte dada; de comum não se usam valores mais breves do que os
encontrados na parte dada.
Cadências
Cadência é a terminação duma frase, membro de frase ou perido. Distinguem-se por meio dos acordes. As
cadências harmônicas coincidem com as melódicas; mas tem nomes diferentes. Eis as cadências harmônicas:
cadência perfeita, cadência imperfeita, cadência à dominante, meia cadência, cadência interrompida e
cadência plagal. Estudemos primeiramente as cadências tipo.
Faz-se a cadência imperfeita com o encadeamento V-I, devendo um ou ambos os acordes ficar invertidos.
A cadência à dominante é a que se faz sobre o acorde do V grau no estado fundamental. Nesse caso, é
comuníssima a terminação femininta em que o 5º grau vem cifrado assim: 64 5.
A meia cadencia é a que se faz no acorde do V grau invertido.
Há também outra meia cadência que se faz sobre o acorde do IV grau precedido do acorde do I ou III grau.
Faz-se cadência interrompida com o encadeamento V-VII, ambos os acordes no estado fundamental.
Caracteriza-se a cadência plagal com o encadeamento IV – V. O acorde de I grau deve ficar no estado
fundamental, se for o último do trecho.
As cadências imperfeita, meia-cadência, interrompida e plagal têm variantes, isto é, podem ser feitas com
outros encadeamentos. Obtem-se a variante da cadência imperfeita e da meia cadência, substituindo-se o
acorde do V grau pelo do VII no estado fundamental ou invertido.
Obtêm-se as variantes da cadência interrompida, substituindo-se o acorde do VI grau por um dos seguintes:
IV, II, VI do homônimo menor no estado fundamental, IV do homônimo menor ou pelo II do homônimo menor.
Obtêm-se as variantes da cadência plagal, substituindo-se o acorde do IV grau por um dos seguintes: VI, II na
2ª inversão, IV do homônimo menor, VI do homônimo menor ou pelo II do homônimo menor na 1ª inversão.
Se no modo maior se usam, por empréstimo, acordes do homônimo menor, o mesmo não se verifica no caso
inverso, isto é, no modo menor não se emprega o homônimo maior. Excetuam-se alguns casos de harmonia
cromática dos quais trataremos mais adiante.
A terminação dum trecho, retardada por meio de várias cadências, dá-se o nome de cadência suspensa. Isso
acontece porque, embora se trate das cadências perfeita, imperfeita e interrompida, o fim colimado é
procrastinar, suspender ou adiar a terminação.
BAIXO DADO
Escolha de Acordes
A colocação dos acordes é, no baixo, indicada pela cifragem. A escolha desta funda-se na afinidade tonal. Para
que o tom seja nítido, claro, insofismável pe mister haver na harmonização muito mais acordes de 1ª ordem
que de 2ª e 3ª ordens. Procurando satisfazer esse principio que é basico, no encadeamento de acordes,
adotamos, para a cifragem, a tabela abaixo, a qual resulta da seguinte regra:
Os encadeamentos VII – VI, VI-III, III-II, só se usam quando o 2º ou ambos os acordes estão na 1ª inversão. O
encadeamento II-I, com os acordes no estado fundamental, é usado quando precedido do acorde do IV ou do
VI grau. Ainda usa esse encadeamento quando um ou ambos os acordes estão invertidos. Os demais
encadeamentos são usados de modo geral. Os acordes do II, IV e VI do homônimo menor podem ser usados
em maior.
Quando uma nota do baixo há dois ou mais acordes dos quais um é de 1ª ordem, para efeito de
encadeamento, é como se só houvesse o acorde de 1ª ordem. Mas para que se use o menos possível de
exceções no sistema aqui adotado, firmamos que o acorde do IV grau seguido do acorde V ou do VII seja
considerado harmonia do II grau.
A tabela acima juntamos mais os seguintes casos, menos frequente: Numa série de graus conjuntos, pode
usar-se a cifragem 6 em todos os graus. Nesse caso, geralmente, harmoniza-se a 3 partes.
Ou ainda quando, precedida de grau conjunto, se prolonga ou está seguida de grau conjunto.
Nos casos em que o acorde de 64 vem precedido de grau conjunto este deve ter 5 se ascendente, sem o que
não se pode preparar a 4ª.
Obs.: Quando o acorde do tempo fraco é o mesmo do tempo forte seguinte, a harmonia chama-se sincopada.
Convém evitar-se a harmonia sincopada; não sendo isso possível, é mister fazer-se mudança de posição, de
preferencia com mudança de estado.
Inicia-se a harmonização com qualquer acorde no estado fundamental ou invertido, mas termina-se sempre
com o acorde do I grau no estado fundamental.
Em via de regra, a cadência plagal vem precedida da cadência perfeita. Mas a cadência perfeita, nesse caso,
não é obrigatória; pode usar-se outra cadência qualquer.
Termina-se sempre ou com a cadência perfeita ou com a cadência plagal. Por isso convém evitar-se de fazer
essas cadências no decurso do trecho.
Quando se haja de empregar a cadência perfeita no decuso do trecho, bom é que a tônica não fique na parte
superior.
Qualquer trecho em menor pode terminar em maior.
A propósito da duração do acorde, diremos que de comum, só se usa dar ao acorde menos de um tempo nos
seguintes casos:
4. Quando se haja de fazer um dos seguintes encadeamentos: II-V, II-VII, IV-V ou IV-VII. Esses encadeamentos,
por causa de sua relevantíssima importância tonal, são, especialmente nas cadências, quae que indispensáveis.
Marcha Harmônica
Marcha ou progressão harmônica é a reprodução dum grupo de dois ou mais acordes a vários intervalos, nos
mesmos estados e posições.
O elemento reproduzido chama-se modelo, o qual deve revestir-se de realização, esmerada e absolutamente
exemplar. Na passagem do modelo para a reprodução, permitem-se no movimento melódico os intervalos
diminutos ou amentados.
Nas reproduções podem fazer-se movimento melódico com intervalos diminutos ou aumentados, 5ªs ou 8ªs
diretas, resolução irregular do acorde do VII grau, encadeamentos e dobramentos defesos.
A marcha ou progressão harmônica pode ser regular ou irregular. É regular quando os intervalos se
reproduzem exatamente pelo número de graus; é irregular quando a reprodução não se faz exatamente pelo
número de graus; esta não é muito comum.
Marcha irregular
Em menor, as marchas descendentes geralmente se fazem na forma melódica, isto é, sem sensível nem 6º
grau maior.
Acorde de 7ª da Dominante
Resolve naturalmente no acorde do I ou do VI grau. Nesse caso, geralmente, a sensível sobre a tônica e o 4º
grau desce ao 3º.
Na 2ª inversão, o 4ª grau pode subir ao 5º, porque
forma consonância com o baixo.
Quando o acorde de 7ª da dominante está seguido do acorde do I grau, ambos no estado fundamental, um
deles forçosamente perde a 5ª. O acorde de 7ª da dominante, sem 5ª, fica com o baixo dobradoç o acorde do I
grau se 5ª, fica ou com o baixo triplicado ou com a 3ª e baixo dobrados.
Autores de grande prestígio, escudados em fortes argumentos, consideram, mui justamente, o acorde do VII
grau como sendo o do V grau sem a fundamental. Graças a isso, ao acorde perfeito do V grau, depois de
ouvido, pode juntar-se a 7ª.
Ao acorde de do VII grau também depois de
ouvido, pode juntar-se a dominante.
Na mudança de posição as dissonâncias podem Mas na ocasião de resolver o acorde, não devem
aparecer dobradas. permanecer dobradas.
O 4º grau, nos casos em que é lícito subir ao 5º, pode conservar-se dobrado na ocasião de resolver o
acorde.
Exemplos
O emprego desse acorde no baixo dado tem cabida no 2º grau seguido de grau conjunto com a cifragem +6, no
4º grau que desce um grau, com a cifragem +4, no 5º grau que se prolonga ou seguido do acorde do 6º ou 1º
CANTO DADO
Cada nota do canto dado pode ser fundamental, 3ª ou 5ª dum acorde de três sons. Há, portanto, três
acordes de três notas para cada nota, como se pode verificar do seguinte exemplo: Suponhamos a
nota dó no canto dado.
Quando a cadência se faz sobre a sensível, é nesse caso, melhor o acorde do V grau.
O acorde do V ou VII grau, sempre que possível, deve vir precedido dum dos seguintes acordes: II, IV ou VI que
podem ser os do homônimo menor. O 5º grau com 65 5 por ser considerado somente acorde do V grau,
também de preferência, deve ivir precedido do acorede do II, VI ou VI grau.
Quando a nota a harmonizar tem dois ou mais tempos, não sendo vivo o andamento, é preferível empregar-
se mais dum acorde.
Quando o acorde do V grau no estado fundamental, vem precedido de nota ou notas do acorde do I grau, em
tempo forte, essas notas de preferência, devem ser harmonizadas com o acorde do I grau na 2ª inversão.
Nos compassos ternários, também pode aplicar-se esse processo, quando as referidas notas estão no 2º
tempo, desde que no 3º tempo fique o acorde de 5ª.
Quando a dominante tem dois ou mais temos, comumente usa-se o encadeamento V-I ou I-V.
No canto dado, emprega-se o acorde de 7ª da dominante no 2º grau que está seguido duma das
notas do acorde do I grau, no 4º grau que desce um grau, no 5º que se prolonga ou vai à tônica e no
7º grau que está seguido duma das notas do acorde do I grau. O emprego desse acorde também
pode ocorrer noutros casos, uma vez observada a regra da resolução natural.
Do modo de começar e terminar a harmonização, assim como do emprego das cadências já tratamos
no podo de baixo dado.
A cifragem do baixo resultante da escolha de acordes deve estar de acordo com a tabela apresentada nas
páginas 45 e 46.
Graças a essa circustância, em todos os casos em que se deva usar a harmonia do II grau, pode-se,
indiferentemente, empregar o acorde do II ou do VI grau, assim como o encadeamento II-VI ou IV-II.
No momento pé de igualdade se apresenta os acordes do V e VII graus, quando se haja de usar a harmonia do
V grau. É o que procuramos exemplificar no passo seguinte:
O acorde do V grau nesse
exemplo pode ser substituido
pelo VII como se ve neste outro
exemplo.
Não se tratando da harmonia do II grau, o acorde do IV grau só poderá ser substituído pelo acorde do II grau se
este for usado na 1ª inversão.
A substituição do acorde do V grau pelo acorde de VII grau só não se poderá verificar nos casos em que o
acorde do V grau houver de figurar no estado fundamental, isso porque o acorde do VII grau, não possuindo a
fundamental da harmonia do V, é sempre uma inversão do acorde do V grau.
b) Usar a harmonia do II grau somente quando depois dela puder vir a harmonia do V grau seguida do acorde
do I ou VI grau.
c) Usar a harmonia do V grau de preferencia quando depois dela puder vir o acorde do I ou VI, este no estado
fundamental.
d) Usar o acorde do III grau somente quando ele vier precedido do acorde do I ou do VI grau e seguido do IV
ou do VI grau.
e) Quando não se possa obedecer ao estabelecido numa dessas regras, escolham-se os acordes de 1ª ordem.
f) Depois de uma cadência, a nova frase ou membro de frase pode, excetuado o acorde do III grau, ser iniciada
com qualquer acorde, mesmo que não se obtenha um encadeamento dos até agora recomendados.
A fim de tornar a harmonização mais interessante e variada, bom é que, de quando em quando, se façam ouvir
destes encadeamentos:
É necessário que não nos esqueçamos de que essas regras não são imutáveis; podem, por isso, ser
contrariadas todas a vezes que o harmonista, afim de satisfazer a uma exigência de sua sensibilidade, haja por
bem fazê-lo.
Na terminação do canto dado, entre as partes extremas, toleram-se 8ªs seguidas por movimento contrário,
podendo, nesse caso, o acorde do I grau ficar incompleto.
Acorde de 7ª da Sensível
Esse acorde, em maior, indica-se no estado fundamental pela cifragem , na 1ª inversão pela
cifragem 5, na 2ª inversão pela cifragem 3 e na 3ª inversão pela cifragem +2. Em menor o estado
+6 +4 4
A 7ª não deve ficar abaixo da fundamental, salvo preparada ou abaixada de meio tom.
A 7ª pode resolver antecipadamente, caso em que o acorde se transforma em acorde do V grau, com
ou sem a 7ª.
Na 1ª inversão o 4º grau pode subir ao 5º,
porque forma consonância com o baixo.
Observa-se a distancia de 7ª da sensível, no modo maior, ainda mesmo quando a 7ª muda de parte
na mudança de posição.
No baixo dado, emprega-se o acorde de 7ª da sensível no 2º grau, que sobe um grau com a cifragem
ou , nesse mesmo grau que desce um grau com a cifragem ou , no 4º grau que
desce um grau com cifragem , no 6º grau preparado que desce um grau, em menor, com a
Não é raro encontrar-se no canto dado uma sensível que deixa de ir a tônica nos casos em que o
encadeamento é V-I ou VII-I. Nessa conjuntura, se a sensível é ouvida depois da emissão do acorde,
ela pode permanecer dobrada na ocasião de resolver o acorde.
Série Harmônica
(Sua Formação – Origem dos Intervalos Consonantes e Dissonantes – Origem dos Acordes)
Ao conjunto de sons que acompanham um som gerador (ou som fundamental) dá-se o nome de série
harmônica.
Quanto mais os harmônicos se afastam do som gerador mais imprecisos e dissonantes se tornam os sons.
Observa-se que os 6 primeiros sons da série harmônica formam os intervalos consonantes, ou seja, a
8ª justa, a 5ª justa e a 4ª justa (consonantes perfeitos), a 3ª maior e a 3ª menor (consonantes
imperfeitos). A 6ª menor e a 6ª maior, intervalos também consonantes (consonantes imperfeitos),
são respectivamente as inversões da 3ª maior e da 3ª menor.
Os demais intervalos se encontram do 7º som harmônico em diante e são, por esse motivo,
considerados dissonantes.
III. Origem dos acordes
Vejamos:
Com o abaixamento do 9º som harmônico (cujo som aproximado corresponde em aparecer muito
mais adiante, no decorrer da série) encontra-se a formação do acorde de 7ª diminuta (com os
mesmos sons que formam o de 7ª da sensível) e o de 9ª menor da dominante ( com os mesmos sons
que formam o acorde de 9ª maior), pois o abaixamento do som harmônico produz o intervalo de 7ª
diminuta e o de 9ª menor.
Dos acordes que já estudamos, o único que não se encontra na série harmônica é o acorde de 5ª
aumentada, e é por esse motivo considerado acorde dissonante artificial.
Quanto ao acorde perfeito menor, que é consonante, alguns autores consideram-no formado pelos
harmônicos 6-7-9. Outros dizem ser a sua origem os harmônicos 10-1215.
Consideramos mais clara e precisa a teoria de Hugo Riemann (cujos profundos conhecimentos do
assunto ninguém contesta) sobre a origem do acorde perfeito menor.
Baseados nos seus largos conhecimentos de acústica provou Hugo Riemann a existência de uma série
harmônica descendente (exatamente com os mesmos intervalos da série ascendente) de um som
gerador.
E nos 6 primeiros sons harmônicos (consonantes) dessa série, se encontra o acorde perfeito menor,
formado também pelos harmônicos 4-5-6.
Esta teoria sobre a origem do acorde perfeito menor se encontra primeiramente exposta na “Teoria
general de la Música” e na História de la Música”, ambas “Ed. Labor”, de H. Riemann.
Vejamos este exemplo extraído da “História de la Música”:
Observem que os harmônicos 4-5-6 formam o acorde consonante lá, dó, mi, perfeito menor.
Como vimos, essa teoria sobre a origem do acorde perfeito menor explica perfeitamente a sua
origem, e dada a sua procedência nós a aceitamos plenamente.
I. Diapação Normal.
Chama-se diapasão normal a nota lá que se escreve no 2º espaço da pauta (lida com a clave de sol), e
que funciona como base de afinação para os intrumentos da orquestra.
Diapasão normal:
II. Escala Geral
Chama-se escala geral o conjunto de todos os sons musicais que o ouvido pode classificar e analisar.
Compreende 97 sons, sendo o mais grave o 5º dó abaixo do diapasão normal e o mais agudo, o 4º dó
acima do mesmo diapasão.
Para que se possa designar a altura exata dos sons, sem auxílio da pauta e das claves, dá-se a cada
nota um número de ordem. Para essa numeração usa-se o segunte processo:
a) dá-se um número a cada nota Dó da escala geral. Assim o 5º Dó abaixo do diapasão normal (o som
mais grave dessa escala) é designado da seguinte forma: Dó-2 (lê-se Dó menos 2). O Dó
imediatamente superior a este será o Dó-1, e os subsequentes: Dó1, Dó2, Dó3, Dó4, Dó5, Dó6, Dó7 (o
som mais agudo da escala geral).
b) cada uma das 8 oitavas da escala geral recebe um número, correspondente à nota Dó com a qual
ela começa.
c) todas as notas compreendidas dentro de cada 8ª, serão designadas pelo seu nome seguido do
número correspondente a 8ª dentro da qual se encontram. As notas contidas dentro da 8ª 3, por
exemplo, serão assim numeradas: Dó #3, Ré3, Ré#3, Mi3, Fá3, etc.
O Dó3 é chamado Dó central por ser a nota que se acha exatamente no meio da escala geral.
De acordo com a altura dos sons, a escala geral se divide em cinco regiões:
Como vimos, as regiões sub-graves, média e super aguda percorrem duas oitavas; as regiões grave e
aguda, percorrem apenas uma 8ª.
III. Região Central e extensão das vozes na escala geral.
As 3 regiões, grave, média e aguda formam a região central. Esta região abrange assim, quatro
oitavas (inicia-se no Dó1 e termina no Dó5) e dentro dela se enquadram a extensão de todas as vozes
e a extensão dos principais instrumentos de corda.
Vozes masculinas:
Baixo do Fá 1 ao Ré 3
Barítono do Lá 1 ao Fá 3
Tenor do Dó 2 ao Lá 3
Vozes femininas:
Contralto do Fá 2 ao Ré 4
Meio-Soprano do Lá21 ao Fá 4
Soprano do Dó 3 ao Lá 4
Como vemos, a extensão das vozes se acha compreendida na região central, isto é, de Fá1 ao Lá4.
Também as claves pertencem as diferentes regiões (grave, media e aguda) da região central; as
claves de Fá na 3ª linha e na 4ª linha servem para a região grave; as claves de Dó na 2ª, 3ª e 4ª linha,
para a região media; a clave de Dó na 1ª linha e a clave de Sol, para a região aguda.
Esta nota corresponde também a corda mais grave do violoncelo (instrumento que figura como baixo
no quarteto de cordas).
Toda a escala geral pode, também, ser escrita apenas na clave de Fá na 4ª linha e na clave de Sol,
com auxílio de linhas suplementares e com a linha de 8ª.
O instrumento que emite com maior clareza o Dó 7 (última nota da escala geral) é o flautim.