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CURITIBA/PR
2017
FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ
ANGELO ANTONIO LEITHOLD
Orientador:
CURITIBA/PR
2017
RESUMO
Figura 1: Evolução do crescimento da EaD entre 2002 e 2006. Fonte: Vianney, 2007.
Figura 2: Evolução das matrículas da EaD em milhões de alunos entre 2003 e 2017 (Fonte:
Folha).
[...] Art 15. Dentro das disponibilidades existentes ou que venham a existir,
o CONTEL reservará canais de Televisão, em todas as capitais de Estados
e Territórios e cidades de população igual ou superior a 100.000 (cem mil)
habitantes, destinando-os à televisão educativa. (BRASIL, 1967)
O Artigo 80 da Lei 9.394 de 1996 diz que “cabe ao Poder Público incentivar o
desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os
níveis e modalidades de ensino e de educação continuada”. (BRASIL, 1996).
O Decreto n° 2.494 de 1998 foi substituído, em 19 de dezembro de 2005,
pelo Decreto no. 5.622 que caracteriza a Educação a Distância, e esta com o
advento da Internet e comunicações via satélite, possibilita a flexibilidade de
horários propicia ao estudante a possibilidade de escolha e o diploma de
graduação a distância tem o mesmo valor que o de um curso presencial.
No ensino convencional ou presencial o ator principal é o professor em
salas de aulas, a interação é direta. No caso da Educação a Distância, a figura do
professor passa a ser um profissional que está distante do aluno. Isso ocorre
porque quanto maior a quantidade de alunos, maior a dificuldade de um professor
sozinho poder atendê-los individualmente. Embora os professores sejam
imprescindíveis, o sistema de ensino a distância não comporta a interação direta
professor/aluno, são necessárias estratégias diferenciadas que facilitem o
aprendizado.
Na Educação a Distância o número de alunos é muito maior que no ensino
presencial, assim é exigida uma equipe que tem a finalidade de atender as
necessidades dos alunos. Nesse caso, a estrutura de ensino em geral necessita
de coordenadores de tutoria, coordenadores de curso, além de tutores a distância.
Sempre haverá um professor ou pesquisador cuja função é criar ou
possibilitar a criação de material didático e desenvolvimento de metodologias de
ensino. Mas na atual estrutura da EAD, o professor terá a incumbência de atuar
mais nas atividades apoio ao ensino e no desenvolvimento de projetos de
pesquisa relacionados aos cursos e programas. Segundo a Comissão Assessora
para Educação Superior a Distância “os ambientes de ensino e aprendizagem se
redefinem com a utilização de novas tecnologias e metodologias educacionais que
agregam importantes elementos na dinamização desse processo [...]”. (CAESD,
Portaria MEC no 335/02 apud AMARAL, 2017, p 6).
O corpo técnico que dá o suporte ao estudante deve ser multidisciplinar, e
deve ser capaz de gerenciar todo o processo de ensino e aprendizagem. Os
profissionais que compõe o corpo técnico são pedagogos, professores formadores
e conteudistas, tutores, designers instrucionais e gráficos, técnicos da área de
Tecnologia da Informação, além de profissionais de apoio como monitores,
revisores e outros profissionais. Segundo AMARAL, 2017, p 8, no Brasil conta-se
com várias instituições que se dedicam exclusivamente a assessoria na área
educacional.
[...] Esse avanço tem possibilitado a exploração de espaços, culturas e
conhecimentos espalhados por todo o planeta e a implementação de
trabalhos cooperativos entre alunos, professores e instituições, por
intermédio das tecnologias de informação e comunicação e da rede
Internet (BRASIL, 2002, p. 10 apud AMARAL, 2017, p 8).
Sem o estudante não há ensino, logo é para ele que todo o sistema deve
ser construído e mantido, existe uma grande diferença entre o papel de aluno e o
papel de estudante. O papel do estudante deve ser do sujeito que busca, inclusive
pelo autodidatismo, as informações necessárias para que possa se sair bem no
seu aprendizado. O estudante do ensino a distância deve ser sujeito disciplinado
quanto aos seus objetivos buscados, para isso deve ser sistemático, caso contrário
não conseguirá atingir seu principal objetivo, o aprendizado. Na busca do
conhecimento o estudante deve planejar, desenvolver estratégias que o auxiliem e
facilitem seu trabalho, de forma a maximizar seu tempo, caso contrário não
conseguirá sair do lugar, o planejamento é de vital importância no seu crescimento
intelectual e acadêmico. Um dos pontos relevantes é que as tecnologias são
ferramentas essenciais para que a Educação a Distância (EAD) aconteça, elas
diminuem as barreiras geográficas e aproximam os estudantes, os tutores e os
demais atores da EAD, facilitando a mediação pedagógica ainda que estejam em
lugares, espaços e tempo diferentes. O foco é que seja garantida uma formação
de qualidade” O estudante tem a liberdade de estudar individualmente com
liberdade do tempo a que se dedica ao estudo. Assim, no caso da moderna EAD a
tecnologia assume importante papel na interação do estudante com a instituição
de ensino. Para tal as metodologias e o grau em ofertas de ensino podem ser
variáveis. (AMARAL, 2017).
Não é possível a um estudante da Educação a Distância aprender e
apreender informações e conhecimento se não for capaz de pesquisar e procurar
pelas informações, para tal há que ser autônomo, usar da liberdade de busca para
melhorar o desempenho acadêmico. Outro fator de substancial importância é a
busca de soluções na medida em que os problemas vão aparecendo, o estudante
da EAD deve obrigatoriamente ser parte das soluções e não dos problemas, deve
ser resiliente e proativo. A inércia é um dos fatores mais frustrantes, a demora à
ação pode levar a resultados danosos. Dentre os efeitos de inércia, a
procrastinação tem uma importância relevante quando se faz pesquisas. Ela pode
prejudicar substancialmente o rendimento do estudante, assim, é imperioso que o
acadêmico procure fazer seus trabalhos, sem deixar nada para outra hora e lugar.
A Educação a Distância não existe sem recursos tecnológicos, dentre estes
é considerado atualmente um dos mais importantes o Ambiente Virtual de
Aprendizagem (AVA). Trata de uma aplicação tecnológica concebida para facilitar a
comunicação pedagógica entre os participantes num processo educativo. Seja
completamente remoto ou de natureza mista, isto é, que combina ambas as
modalidades em proporções diversas, o virtual e o presencial. Um AVA pode ser
definido como uma "sala de aula sem paredes", distal e multicrônica, diferente da
sala de aula tradicional, pode ser síncrono ou não. Dadas as suas características,
oferece flexibilidade aos seus participantes, que o acessam a partir de nós
distantes de interação e em momentos diferentes. O sistema ou ambiente permite
criar e desenvolver comunidades de aprendizagem para interagir através de
diferentes idiomas e de forma colaborativa. Assim, um AVA é apresentado como
uma área para promover a aprendizagem a partir de processos de comunicação
multidirecional (professor / aluno - aluno / professor e alunos entre si). É um
ambiente de trabalho compartilhado e multifuncional para a construção e
disseminação de conhecimento com base na participação ativa e colaboração de
todos os membros do grupo. É um ambiente eletrônico, não material no sentido
físico, criado e constituído por tecnologias digitais. O estudante pode ter acesso
remoto ao seu conteúdo através de algum tipo de dispositivo com conexão à
Internet. As aplicações ou programas de computador que o compõem servem de
suporte para as atividades de treinamento de professores e alunos. O
relacionamento didático não ocorre neles "face a face" (como no ensino de sala de
aula), mas mediado por tecnologias digitais. É por isso que o AVA permite o
desenvolvimento de ações educativas sem a necessidade de professores e alunos
se adequarem no espaço ou no tempo. Do ponto de vista funcional/tecnológico é o
produto de um design e não uma mera acumulação de páginas HTML não
relacionadas. Possui múltiplos autores: professores, alunos, especialistas, que são
os principais atores da Educação a Distância. Também pode ser definido como um
espaço social que favorece o encontro e a interação dos atores. Muitas vezes, é
baseado no princípio da aprendizagem colaborativa, que permite aos estudantes
fazer suas contribuições e expressar suas preocupações nos fóruns. Dependendo
da gestão do seu design, pode favorecer o papel ativo dos alunos na apropriação
do conteúdo, proporcionando assim os meios necessários para que os alunos
possam aprofundar seu papel como sujeitos autônomos no processo de
aprendizagem. Pode ser parte também de um programa de educação presencial
complementando a mesma de formas criativas e diferentes. O AVA integra
ferramentas múltiplas favorecendo o gerenciamento de materiais de aprendizagem
e a gestão dos participantes. Também inclui sistemas de monitoramento e
avaliação do progresso dos alunos. Do ponto de vista didático, oferece suporte
tecnológico para otimizar diferentes fases do processo de ensino e aprendizagem:
planejamento, implementação, desenvolvimento e avaliação. No AVA, os
processos de comunicação podem ser síncronos e / ou assíncronos e podem ser
desenvolvidos através de vários idiomas: oral, escrito, hipertextual, audiovisual,
dentre outros.
3.CONSIDERAÇÕES FINAIS
A história da EaD e o perfil do aluno virtual. Disponível em: http:// proec. Ufabc.
edu.br/uab/index.php/roteiros/roteiro1/19- fteadinicio/fteadaulas/123-aula1.
Acesso em Setembro de 2017.