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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI

CENTRO DE TECNOLOGIA - CT
DISCIPLINA: ENSAIOS MECÂNICOS DOS MATERIAIS
CURSO: BACHARELADO EM ENGENHARIA DE MATERIAIS

Ensaios Não-Destrutivos (Ultrassom, Líquido Penetrante e


Inspeção Visual) Em Peças Metálicas Sem e Com
Diferentes Tratamentos Térmicos

Discente: Railson Machado Pinto


Docente: Prof. Edivaldo Feitosa Pereira Filho

Teresina, junho de 2018.


Railson Machado Pinto

Ensaios Não-Destrutivos (Ultrassom, Líquido Penetrante e


Inspeção Visual) Em Peças Metálicas Sem e Com
Diferentes Tratamentos Térmicos

Trabalho apresentado como requisito


parcial avaliativo da disciplina de
Ensaios Mecânicos dos Materiais.

Orientador: Prof. Edivaldo Feitosa


Pereira Filho.

Teresina, junho de 2018.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 03

1.1 Ensaio Por Ultrassom .................................................................................... 03

1.2 Ensaio Por Líquido Penetrante ...................................................................... 04

1.3 Ensaio de Inspeção ....................................................................................... 05

2. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... 05

2.1 Materiais ........................................................................................................ 05

3. RESULTADOS e DISCUSSÃO .......................................................................... 07

3.1 Ensaio de Líquido Penetrante e Inspeção Visual ......................................... 07

3.2 Ensaio Por Ultrassom........................ .......................................... ..................08

4. CONCLUSÕES ..................................................................................................... 11

5. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 11
1. INTRODUÇÃO

Os processos de inspeção, por ensaios não destrutivos, são usados em


diversas áreas da indústria, tais como: siderúrgica, automobilística, aeroespacial, de
geração de energia etc. Sendo assim, os Ensaios Não Destrutivos (END) podem ser
empregados nas mais diversas etapas de produção, na manutenção, inspeção de
máquinas ou equipamentos, e que têm como objetivo garantir o controle de qualidade
e a segurança. Por conseguinte, os métodos de END utilizados neste trabalho foram:
ultrassom, líquido penetrante e inspeção visual [7].

Os métodos citados anteriormente permitem analisar peças metálicas ou


equipamentos sem provocar nenhum dano físico. Além disso, para uma análise
segura e confiável, é preciso que o operador tenha uma experiência prévia ou
conhecimento acerca do ensaio e resultados obtidos. Também, é importante ressaltar
que os equipamentos sejam calibrados periodicamente para garantia de resultados
satisfatórios [7].

1.1. Ensaio Por Ultrassom

Tendo em vista o que foi dito anteriormente, o ensaio por ultrassom caracteriza-
se num método não destrutivo que tem por objetivo a detecção de defeitos ou
descontinuidades internas, presentes nos mais variados tipos ou forma de materiais
ferrosos ou não ferrosos. Tais defeitos podem ser decorrentes do processo de
fabricação da peça ou componentes a ser examinado como, por exemplo: bolhas de
gás em fundidos, dupla laminação em laminados, micro trincas em forjados, escórias
em uniões soldadas e muitos outros [6].

O sinal de ultrassom é composto de ondas sonoras com frequência acima de


20 kHz geradas por um aparelho eletrônico. No ensaio as ondas se propagam em um
meio elástico em direção à peça a ser ensaiada e, se for encontrado algum tipo de
descontinuidade, é gerado um eco de reflexo na tela do aparelho de ultrassom,
caracterizando uma peça não conforme [6].

3
1.2. Ensaio Por Líquido Penetrante

Este ensaio também é um método de ensaio não destrutivo (END) para


detecção de descontinuidades abertas na superfície de materiais sólidos e não
porosos. O ensaio por líquido penetrante (LP) é utilizado para detectar
descontinuidades superficiais e que sejam abertas, tais como: trincas, poros, dobras
et., podendo ser aplicado em todos os materiais sólidos e que não sejam porosos ou
com superfície muito grosseira [4].

As etapas essenciais para o ensaio de líquido penetrante são: Preparação da


superfície, aplicação do líquido penetrante, remoção do excesso de penetrante;
aplicação do revelador e inspeção. Na preparação da superfície antes da aplicação
do LP é necessário remover: água, óleo, graxa, tinta, carepa solta, ferrugem e todo e
qualquer material estranho que possa interferir ou mascarar o ensaio. Segundo as
recomendações da Norma Petrobrás N-1596 [4,6]:

• Não é permitida a preparação da superfície com jato de areia, granalha ou


outros meios que possam formar descontinuidades superficiais. Quando as
superfícies a serem ensaiadas sofrerem jateamento no seu processo de
fabricação, suas superfícies só podem ser objeto de inspeção por LP se as
mesmas forem esmerilhadas ou usinadas.

• Para aços inoxidáveis e ligas de níquel, as ferramentas de preparação da


superfície destes materiais devem ser utilizadas apenas para os mesmos e
atender os seguintes requisitos: ser de aço inoxidável ou revestidas com este
material, os discos de corte e esmerilhamento devem ter alma de nylon ou
similar.

Este ensaio consiste na aplicação de um líquido chamado penetrante,


geralmente de cor vermelha, de tal maneira que forme um filme sobre a superfície e
que por ação do fenômeno chamado capilaridade penetre na descontinuidade. O
4
penetrante pode ser aplicado por: imersão, pincelamento, derramamento ou por
aspersão, em toda a superfície de interesse. O penetrante deverá permanecer em
contato com a superfície pelo menos durante o tempo mínimo de penetração. Pela
norma da Petrobrás N-1596, o tempo de penetração deve ser suficiente para que haja
completa penetração nas descontinuidades. Recomenda-se adotar o tempo mínimo
de penetração, indicado pelo fabricante dos “kits” de LP, porém nunca inferior a 10
minutos, e nem superior a 60 minutos [4].

1.3. Ensaio de Inspeção

O ensaio de inspeção visual é um método simples de inspeção não destrutiva.


De forma geral, é um método usado para determinar a aceitabilidade de produtos
fabricados, por exemplo, por usinagem, soldagem, ou qualquer outro processo
produtivo. No entanto, o trabalho depende quase que exclusivamente da avaliação
individual de cada inspetor ou avaliador. Para haver uniformidade nas atividades, é
necessário um procedimento de inspeção criterioso e determinada experiência para
evitar qualquer erro durante a inspeção [5]. Este ensaio é muito utilizado na inspeção
de soldas e na degradação superficial do revestimento protetor de chapas, onde uma
rápida detecção e correção destes defeitos significam economia de custo e problemas
iminentes [3].

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1. Materiais

Nos Ensaios foram utilizados corpos-de-prova de aço-carbono (1045) com


diferentes tratamentos térmicos (revenimento, recozimento e em salmoura). Já o
ensaio por ultrassom, foi utilizado um equipamento devidamente calibrado e as
medidas foram repetidos algumas vezes em pontos diferentes de cada peça metálica
ou corpos-de-prova, obtendo-se, assim, a média dos valores.

5
No ensaio de líquido penetrante (LP) foi utilizado um líquido penetrante visível
colorido, de cor vermelha, para que as indicações produzissem um contraste
acentuado com o fundo branco do revelador, sendo perfeitamente perceptível com luz
visível. O revelador é um produto composto por vários componentes devidamente
balanceados (geralmente formado de pó + água + inibidor de corrosão) que são
utilizados após a remoção do excesso de LP. No ensaio de inspeção visual foram
verificadas as peças com tratamento térmico e a peça metálica de referência.

A Figura 1 mostra a peça metálica (aço-carbono 1045) ou corpo-de-prova de


referência em diferentes posições utilizado no Ensaio de Líquido Penetrante.

Figura 1. Imagem do Corpo-de-Prova Sem e Com Lixamento Antes do Ensaio de


Líquido Penetrante em Diferentes Posições.

FONTE: O autor (2018)

6
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1. Ensaio de Líquido Penetrante e Inspeção Visual

Trata-se de uma técnica muito simples de detecção de defeitos ou


descontinuidades superficiais, tais como: trincas e poros em materiais como o aço
carbono, latão, aços inoxidáveis austenísticos etc. Também é indicada nos diversos
processos de fabricação mecânica de componentes, bem como na manutenção
preventiva [1,2].

O ensaio por líquidos penetrantes consiste em fazer penetrar na abertura da


descontinuidade um líquido; após a remoção do excesso de líquido da superfície, faz-
se o líquido retido sair da descontinuidade por meio de um revelador. A imagem da
descontinuidade fica então desenhada sobre a superfície [2]. Dessa forma, a Figura 2
mostra a imagem do corpo-de-prova após a aplicação do líquido penetrante e
revelador, além do corpo-de-prova de referência após a aplicação do revelador.

Figura 2. Imagem do Corpo-de-Prova com LP e Revelador, e o de Referência Após o


Ensaio de Líquido Penetrante.

FONTE: O autor (2018)

Observa-se na Figura 2, que tanto o corpo-de-prova utilizado para o ensaio


como o de referência confirmam que não há a presença de trincas superficiais ou mais
internas nas peças metálicas de aço-carbono 1045. Pode ser visto também que
7
existem ranhuras superficiais na peça de referência, o que eventualmente não
compromete seu desempenho ou propriedades mecânicas.

3.2. Ensaio Por Ultrassom

Os resultados obtidos no ensaio de ultrassom do corpo-de-prova padrão e do


aço-carbono 1045 com tratamento térmico de revenimento, são mostrados na Tabela
1.

Tabela 1. Valores Obtidos no Ensaio de Ultrassom da Peça Metálica Padrão e Com


Tratamento Térmico de Revenimento.

Corpo-de-prova Comprimento Largura Profundidade


74,3 36,8 49,8
74,3 36,9 49,2
(padrão) 74,2 36,8 49,5
74,3 36,8 49,4
74,2 36,8 49,5

Média (∑ ÷ n) 74,26 36,82 49,48

15,8 49,5 36,8


15,6 49,6 36,8
(revenimento) 15,7 49,7 36,8
15.8 49,3 36,8
- 49,4 36,8

Média (∑ ÷ n) 15,73 49,5 36,8

FONTE: O autor (2018)

De acordo com a Tabela 1, percebe-se que houve uma variação pequena dos
valores de comprimento, largura e profundidade da peça metálica de aço-carbono
1045 padrão e com tratamento de revenimento, não sendo o mesmo para o tratamento
de recozimento e em salmoura. Foram realizadas diferentes medições e destas foram
8
feitas as médias. Para uma correta análise dos valores obtidos no ensaio de
ultrassom, precisa-se dos valores obtidos com o paquímetro. Contudo, de acordo com
os valores obtidos é possível justificar que quando há um valor muito diferente, muito
grande ou pequeno, pode ser que no interior da peça metálica tenha a presença de
trincas grandes ou consideráveis, além disso, peças com espessuras diferentes
também podem resultar em valores muito divergentes, como observado nas Tabelas
2 e 3.
Primeiro, o tipo de conformação ou a presença de impurezas podem gerar
pontos concentradores de tensão na peça, levando a sua fragilização e facilitando a
propagação de trincas quando submetido a determinados esforços mecânicos. Além
destas características, os diferentes tratamentos térmicos podem ter influenciado nos
valores de ultrassom do aço-carbono 1045 de forma intuitiva, o que explica também a
variação dos valores obtidos em diferentes pontos das peças metálicas.

Tabela 2. Valores Obtidos no Ensaio de Ultrassom da Peça Metálica Padrão e Com


Tratamento Térmico de Recozimento.

Corpo-de-prova Comprimento Largura Profundidade


74,3 36,8 49,8
74,3 36,9 49,2
(padrão) 74,2 36,8 49,5
74,3 36,8 49,4
74,2 36,8 49,5

Média (∑ ÷ n) 74,26 36,82 49,48

50,3 36,6 37,2


51,2 12,6 37,0
(recozimento) 51,3 11,2 37,1
6,0 11,6 37,0
50,8 10,7 37,0

Média (∑ ÷ n) 41,92 16,54 37,06

FONTE: O autor (2018)

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Tabela 3. Valores Obtidos no Ensaio de Ultrassom da Peça Metálica Padrão e Com
Tratamento Térmico em Salmoura.

Corpo-de- prova Comprimento Largura Profundidade


74,3 36,8 49,8
74,3 36,9 49,2
(padrão) 74,2 36,8 49,5
74,3 36,8 49,4
74,2 36,8 49,5

Média (∑ ÷ n) 74,26 36,82 49,48

13,7 33,7 37,9


13,8 49,7 37,2
(salmoura) 15,4 32,3 27,5
13,8 49,5 37,7
13,7 49,6 37,1

Média (∑ ÷ n) 14,08 42,96 35,48

FONTE: O autor (2018)

De acorda com a Tabela 2 e 3, percebe-se que houve uma variação nos valores
obtidos no ensaio de ultrassom da peça metálica de aço-carbono 1045 padrão e com
diferentes tratamentos térmicos. Primeiro, é importante salientar que o tipo de
conformação ou a presença de impurezas podem gerar pontos concentradores de
tensão na peça, levando a sua fragilização e facilitando a propagação de trincas
quando submetido a determinados esforços mecânicos. Neste caso, os tratamentos
tiveram o intuito de reduzir estas tensões residuais, reduzindo a concentração de
trincas.
Na Tabela 2 e 3, é observado o aço-carbono 1045 com tratamento térmico. Em
geral, o alívio das tensões residuais pelo tratamento térmico pode não ocorrer de
forma eficiente ou homogênea na peça metálica, o que leva ao mínimo alívio de
tensões residuais. Comparando as peças com e sem tratamento térmico, percebe-se

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que aquelas com tratamento térmico tiveram uma variação maior dos valores obtidos
no ensaio de ultrassom, observados nas Tabelas 2 e 3.

4. CONCLUSÕES

Observa-se na Figura 2, que tanto o corpo-de-prova utilizado para o ensaio


como o de referência confirmam que não há a presença de trincas superficiais ou mais
internas nas peças metálicas de aço-carbono 1045. Pode ser visto também que
existem ranhuras superficiais na peça de referência, o que eventualmente não
compromete seu desempenho ou propriedades mecânicas.

Comparando as peças com e sem tratamento térmico, percebe-se que aquelas


com tratamento térmico tiveram uma variação maior dos valores obtidos no ensaio de
ultrassom. De acordo com a Tabela 1, percebe-se que houve uma variação pequena
dos valores de comprimento, largura e profundidade da peça metálica de aço-carbono
1045 padrão e com tratamento de revenimento, não sendo o mesmo para o tratamento
de recozimento e em salmoura.

5. REFERÊNCIAS

[1] Aplicações do ensaio por líquidos penetrantes. Disponível em: <http://www.cetre.


com.br/dicas-tecnicas/aplicac-es-do-ensaio-por-liquidos-penetrantes>. Acesso em:
31 de maio de 2018.

[2] A qualificação para o ensaio por líquido penetrante. Disponível em: <https://quali
dadeonline.wordpress.com/2016/03/31/a-qualificacao-para-o-ensaio-por-liquido-pene
trante/>. Acesso em: 31 de maio de 2018.

[3] Costa, F. G da. A Importância da inspeção visual no controle dos processos de


fabricação e montagem das estruturas. Disponível em: <http://www.metalica.com.br/
pg_dinamica/bin/pg_dinamica.php?id_pag=1521>. Acesso em: 30 de maio de 2018.
11
[4] Ensaio por líquido penetrante. Disponível em: <ftp://ftp.mecanica.ufu.br/LIVRE/Va
ltair%20-%20END/L%CDQUIDO%20PENETRANTE.pdf>. Acesso em: 30 de maio
de 2018.

[5] Ensaio não-destrutivo: inspeção visual/dimensional. Disponível em:


<http://www.infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-senai/ensaios-nao-destrutivos-e-
mecanicos/218-ensaio-nao-destrutivo-inspecao-visual-dimensional.html>. Acesso
em: 30 de maio de 2018.

[6] Rezende, E. J. de O.; Cruz, J. G. S.; Melo, J. C. de. Ensaio não destrutivo por
ultrassom xv inic/xi epg - univap 2011. Disponível em: <http://www.inicepg.univap.br/
cd/INIC_2011/anais/arquivos/RE_0242_0512_01.pdf>. Acesso em: 29 de maio de
2018.

[7] Stein, R. M. Estudo da técnica de ensaio não-destrutivo ultrassom phased array.


Disponível em: <http://mecanica.ufes.br/sites/engenhariamecanica.ufes.br/files/field/
anexo/11._pg_final_rafael_mattos_stein_2.pdf>. Acesso em: 29 de maio de 2018.

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