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SUMÁRIO
1.1. Nomenclatura
- A correta nomenclatura dessa figura seria “empresário individual de responsabilidade
limitada” ou “sociedade limitada unipessoal” ou então “empresário individual de
responsabilidade limitada”, entretanto, o legislador optou por chamar o instituto de
“empresa individual de responsabilidade limitada”, ignorando a diferença entre empresário
(pessoa que exerce a atividade econômica organizada) e empresa (atividade econômica
organizada desenvolvida).
- Art. 980-A, caput, CC – Para uma pessoa constituir uma EIRELI é exigido um capital
mínimo igual ou superior a 100 vezes o valor do maior salário mínimo vigente no país
– Atualmente seria necessário no mínimo R$ 95.400,00.
- Regra polêmica – é objeto da ADI 4.637 no STF. – MPF opinou pela improcedência da
ação.
- Há doutrinadores que entendem que o simples fato de estar inserida no art. 44 não torna
a EIRELI nova espécie de pessoa jurídica direito privado – Entendimento minoritário.
- Art. 980-A: A EIRELI pode utilizar tanto a firma quanto a denominação, bastando
acrescentar a expressão EIRELI ao final.
- Vetado sob a seguinte justificativa: Não obstante o mérito da proposta, o dispositivo traz
a expressão ‘em qualquer situação’, que pode gerar divergências quanto à aplicação das
hipóteses gerais de desconsideração da personalidade jurídica, previstas no art. 50 do
Código Civil. Assim, e por força do § 6.º do projeto de lei, aplicar-se-á à EIRELI as regras
da sociedade limitada, inclusive quanto à separação do patrimônio.
2. DIREITO SOCIETÁRIO
- É o estudo das sociedades.
- Nem toda atividade econômica é uma atividade empresarial, pois para que esta
fique caracterizada é necessário o elemento de organização dos fatores de
produção.
- Sociedade empresária
- Sociedade simples
- Ilimitada;
- Limitada;
Sociedade anônima;
Sociedade limitada.
Sociedade anônima;
Sociedade em comandita por ações.
OBS: O estatuto social não cuida do interesse particular dos sócios, mas sim
do interesse geral da sociedade. Portanto, a vontade dos sócios na
formalização do ato constitutivo é mínima, prevalecendo a intervenção do
legislador.
c) Quanto à composição:
ATENÇÃO! – Atualmente uma sociedade limitada pode ser de capital, assim como
uma sociedade anônima pode ser de pessoas.
- O sócio que contratou pela sociedade, ou seja, aquele que assinou contratos
etc., estará excluído do benefício de ordem (art. 1024, CC).
1. Sócio ostensivo;
- Art. 991, CC: A atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo
sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva
responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes.
- Art. 994, §2º, CC: A falência do sócio ostensivo, por ser ele que exerce o objeto
social, acarreta na dissolução da sociedade e a liquidação da respectiva conta, cujo
saldo constituirá crédito quirografário, a ser habilitado no processo falimentar.
- Art. 994, §3º, CC: Se o sócio participante falir o contrato social ficará sujeito às
normas que regulam os efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido.
- Art. 992, CC: As sociedades em conta de participação são informais, por isso
independe de qualquer formalidade e pode ser provada por todos os meios de
direito.
- Por não ter personalidade jurídica, não possui patrimônio social, mas conforme
determina o art. 994, do CC, a contribuição do sócio participante e do ostensivo
constitui patrimônio especial.
OBS: O sócio ostensivo deve utilizar esse patrimônio especial a que se refere
o art. 994, CC, para a consecução do fim almejado pela sociedade, conforme
descrito no contrato social.
- Art. 995, CC: Salvo estipulação em contrário, o sócio ostensivo não pode admitir
novo sócio sem o consentimento expresso dos demais.
- O contrato social deve ser escrito, pois deverá ser levado a registro no
Cartório de Registro de Civil das Pessoas Jurídicas, no caso as sociedade
simples pura. – art. 1150, CC.
- Art. 997, I e II, CC: O contrato social deve qualificar os sócios (que podem
ser PF ou PJ), bem como deve qualificar a própria sociedade.
- Art. 997, IV, CC: Subscrição e integralização das quotas: o contrato social deve
mencionar a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la.
- Art. 997, VI, CC: O contrato social deve mencionar as pessoas naturais incumbidas
da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições.
- Art. 1013, §1º, CC: Se houver vários administradores, cada um pode impugnar a
operação pretendida por outro, cabendo a decisão aos sócios por maioria dos votos.
- Art. 1013, §2º, CC: Responde por perdas e danos perante a sociedade o
administrador que realizar operações, sabendo ou que deveria saber que estava
agindo em desacordo com a maioria.
- Art. 1012, CC: É possível que os sócios, embora não tenham designado
administrador no próprio contrato social, o faça em ato separado posteriormente.
Atentando-se que é preciso a averbação do ato no órgão de registro da sociedade.
ATENÇÃO 2! – Enunciado 11, CJF: O art. 1015, parágrafo único, do CC deve ser
aplicado em consonância com a teoria da aparência e do princípio da boa-fé objetiva,
de modo que a sociedade continua obrigada perante terceiros de boa-fé.
- Art. 1016, CC: Se o administrador agir com culpa no desempenho de suas funções,
seja ao praticar ato regular de sua atribuição seja por excesso de poderes, ele
responderá tanto perante terceiros prejudicados como perante a sociedade.
- Art. 1017, CC: o administrador que, sem consentimento escrito dos sócios, aplicar
créditos ou bens sociais em proveito próprio ou de terceiros, terá de restituí-los à
sociedade, ou pagar o equivalente, com todos os lucros resultantes, e, se houver
prejuízo, por ele também responderá.
- Art. 1020, CC: os administradores são obrigados a prestar, aos sócios, contas
justificadas de sua administração, e apresentar-lhes o inventário anualmente, bem
como o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
- Art. 1021, CC: salvo estipulação que determine época própria, o sócio pode, a
qualquer tempo, examinar os livros e documentos, e o estado da caixa e da carteira
da sociedade.
- Art. 997, VII, CC: Participação de cada sócio nos lucros e nas perdas.
- Do mesmo modo que todos os sócios devem contribuir para a formação do capital
social, é também requisito especial de validade que todos eles participem dos
resultados sociais.
- Art. 1008, CC: É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de
participar dos lucros e das perdas (cláusula leonina).
- Art. 1007, CC: Se o contrato social for omisso acerca da participação dos lucros
e perdas, o sócio irá participar na proporção das respectivas quotas.
- Arts. 1023 e 1024, CC: A responsabilidade dos sócios é ilimitada, entretanto deve
ser observado o benefício da ordem.
- Art. 1025, CC: O sócio que ingressa em sociedade já constituída não se exime das
dívidas anteriores à admissão.
- Art. 999, parágrafo único, CC: Qualquer alteração no contrato social deve ser
averbada no cartório onde foi feito o registro.
- Outras obrigações:
- Art. 1002, CC: Por ser uma sociedade de pessoas (intuitu personae), um sócio só
pode ser substituído no exercício de suas funções com a anuência dos demais
sócios, expresso em modificação do contrato social.
- Art. 1003, parágrafo único, CC: O sócio retirante que ceder suas quotas com a
anuência dos demais continua responsável solidariamente pelas obrigações que
tinha como sócio em até 2 anos após a averbação da modificação do contrato.
- Art. 1032, CC: A retirada, exclusão ou morte do sócio, não o exime, ou a seus
herdeiros, da responsabilidade pelas obrigações sociais anteriores, até dois anos
após averbada a resolução da sociedade; nem nos dois primeiros casos, pelas
posteriores e em igual prazo, enquanto não se requerer a averbação.
2.5.1.8. DELIBERAÇÕES SOCIAIS
OBS 2: A maioria absoluta não se refere aos sócios, mas sim ao valor de
suas quotas.
ATENÇÃO! – Art. 1010, §2º, CC: Quando, pelo valor das quotas, houver
empate, prevalecerá a decisão votada pelo maior número de sócios, e se
o empate continuar, decidirá o juiz.
- Art. 1010, §3º, CC: Responde por perdas e danos o sócio que, tendo em alguma
operação interesse contrário ao da sociedade, participar da deliberação que a
aprove graças ao seu voto. – PRECISO DE UM EXEMPLO.
- Art. 1054, CC: O contrato social da sociedade limitada deve conter as indicações
do art. 997, CC, no que couber, e, se for o caso, a firma social.
Ex.: o inciso V não aplica à sociedade limitada, pois, ela não aceita o
chamado sócio de indústria, que contribua apenas com sua força de
trabalho.
OBS 2: Enunciado 214, CJF – O rol de indicações do art. 997, CC, não
é exaustivo, podendo ser aplicado outras exigência contidas na legislação
pertinente para fins de registro.
- O contrato social deve ser escrito, pois os sócios terão de levá-lo a registro no
órgão competente.
- Art. 967, CC: Após a assinatura do contrato social, os sócios devem levá-lo a
registro antes do inicio das atividades, tendo 30 dias contados da data da
assinatura para fazê-lo (art. 36 da Lei 8.934/94).
ATENÇÃO! – Uma pessoa impedida ou incapaz pode ser sócio de uma sociedade
limitada, pois o art. 972, do CC se aplica somente ao empresário individual.
OBS: Art. 974, §3º, CC – No caso do incapaz, para ele possa ser sócios,
basta os seguintes requisitos estarem preenchidos conjuntamente:
1. Capital integralizado;
2. Não exerça poderes de administração; e
3. Seja devidamente assistido ou representado.
- Art. 1158 c/c 1054, CC: A sociedade limitada pode ter tanto a denominação quanto
a firma, devendo constar no contrato social, em qualquer caso.
OBS: A sede irá definir em qual Junta Comercial será feito o registro.
- Art. 1081, §1º, CC: até 30 após a deliberação, terão os sócios preferência para
participar do aumento, na proporção das quotas de que sejam titulares.
OBS: Art. 1081, §2º, CC – O direito de preferência pode ser cedido, desde
que obedeça a regra do art. 1057, do CC.
- Art. 1082, CC: Redução do capital social – O capital social só pode ser reduzida,
com a devida modificação no contrato, se:
- A redução não depende somente da vontade dos sócios, pois qualquer credor que
se sinta prejudicado pode apresentar impugnação.
- Art. 997, IV, CC: O contrato social deve conter a quota de cada sócio no capital
social e o modo de realizá-la, ou seja, se irá integralizá-la com dinheiro, bens ou
crédito.
- Cada sócio deve subscrever uma parte do capital social, ficando responsável por
integralizar a sua parte.
2. Dinheiro;
3. Crédito.
ATENÇÃO! – Art. 1055, §2º, CC: A sociedade limitada só não permite que a quota
seja integralizada por meio de prestação de serviços.
- Art. 1056, CC: O capital social pode ser dividido em quotas, mas as quotas não
podem ser divididas, salvo em caso de transferência.
- Art. 1056, §2º, CC: Sem prejuízo do estabelecido no art. 1052, os condôminos de
quota indivisível respondem solidariamente pelas prestações necessárias à sua
integralização.
- Art. 1058 c/c 1004, parágrafo único, CC: Em relação ao sócio remisso os sócios
podem além de requerer indenização pelo dano emergente da mora ou de reduzir a
quota ao montante já integralizado, os demais sócios também podem excluir o sócio
remisso, devolvendo o montante que ele eventualmente tenha pago ao capital social,
já subtraído os juros da mora, as prestações estabelecidas no contrato mais
despesas.
OBS: Enunciado 216, CJF – O quórum para excluir o sócio remisso, bem
como para reduzir o valor de sua quota do montante já integralizado é de
maioria absoluta.
- Art. 997, VI, CC: O contrato social deve mencionar as pessoas naturais incumbidas
da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições.
- Art. 1013, CC: Caso o contrato social da sociedade limitada não designe
expressamente seus administradores, compete a administração, então, a cada um
dos sócios, separadamente.
- Art. 1060, parágrafo único, CC: Se no contrato social foi atribuída a administração
a todos os sócios, caso ingresse um novo sócio posteriormente, a atribuição de
administrar a sociedade não se estende a ele a pleno direito.
Não sócio:
- Art. 1013, §2º, CC: Responde por perdas e danos perante a sociedade o
administrador que realizar operações, sabendo ou devendo saber que estava agindo
em desacordo com a maioria.
- Art. 1014, CC: Nos atos que sejam de competência conjunta de vários
administradores, é necessário o concurso de todos, salvo em casos urgentes que
possam causar prejuízos irreparáveis ou graves.
- Art. 1012, CC: É possível que os sócios, embora não tenham designado
administrador no próprio contrato social, o faça em ato separado posteriormente.
Atentando-se que é preciso a averbação do ato no órgão de registro da sociedade.
ATENÇÃO! – Caso alguma dessas hipóteses ocorra, caberá aos terceiros cobrarem
as obrigações decorrentes do ato excessivo diretamente do administrador que o
praticou.
ATENÇÃO 2! – Enunciado 11, CJF: O art. 1015, parágrafo único, do CC deve ser
aplicado em consonância com a teoria da aparência e do princípio da boa-fé objetiva,
de modo que a sociedade continua obrigada perante terceiros de boa-fé.
- Art. 1016, CC: Se o administrador agir com culpa no desempenho de suas funções,
seja ao praticar ato regular de sua atribuição seja por excesso de poderes, ele
responderá tanto perante terceiros prejudicados como perante a sociedade.
- Art. 1017, CC: o administrador que, sem consentimento escrito dos sócios, aplicar
créditos ou bens sociais em proveito próprio ou de terceiros, terá de restituí-los à
sociedade, ou pagar o equivalente, com todos os lucros resultantes, e, se houver
prejuízo, por ele também responderá.
- Art. 1020, CC: os administradores são obrigados a prestar, aos sócios, contas
justificadas de sua administração, e apresentar-lhes o inventário anualmente, bem
como o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
- Art. 1021, CC: salvo estipulação que determine época própria, o sócio pode, a
qualquer tempo, examinar os livros e documentos, e o estado da caixa e da carteira
da sociedade.
- Art. 997, VII, CC: Garantia de que todos os sócios participem dos resultados
sociais.
- Art. 1007, CC: Salvo estipulação em contrário no contrato social, o sócio participa
dos resultados sociais na proporção de suas quotas.
- Em regra, os sócios não respondem com seu patrimônio pessoal pelas dívidas da
sociedade.
- Art. 1024, CC: Benefício de ordem - Os bens particulares dos sócios não podem
ser executados por dívidas da sociedade, somente após executados os bens sociais.
- Art. 999, parágrafo único, CC: Qualquer modificação deve ser averbada no local
onde foi feito o registro do contrato social.
- Art. 1072, CC: As deliberações sociais podem ser realizadas por ASSEMBLEIA
GERAL ou por REUNIÃO dos sócios, conforme o previsto no contrato social.
- Art. 1072, §1º, CC: A deliberação deverá ser realizada por ASSEMBLEIA se a
sociedade limitada tiver MAIS DE 10 SÓCIOS.
- Art. 1072, §5º, CC: As deliberações sociais feitas em conformidade com a lei e
com o contrato social vinculam todos os sócios, ainda que ausentes ou
dissidentes.
- Art. 1080, CC: As deliberações não obedecem ao contrato social ou a lei torna
ilimitada a responsabilidade dos sócios que expressamente as aprovaram.
1. Administrador;
I. Pelos votos de, no mínimo 3/4 do capital social nos casos do art. 1071,
V e VI, CC.
II. Pelos votos de mais da 1/2 do capital social, nos casos do art. 1071,
II, III, IV e VIII;
III. Pela maioria dos votos dos presentes, nos demais casos previstos
em lei ou no contrato social, se não for exigido maioria mais elevada.
- Art. 1074, §1º, CC: O sócio pode ser representado na assembleia por outro
sócio ou por advogado, mediante outorga de mandato com especificação dos atos
autorizados, devendo o instrumento ser levado a registro, juntamente com a ata.
- Art. 1074, §2º, CC: Nenhum sócio, por si ou na condição de mandatário, pode votar
matéria que lhe diga respeito diretamente.
- Art. 1075, CC: Será presidida e secretariada por sócios escolhidos entre os
presentes.
- Art. 1075, §1º, CC: Dos trabalhos e deliberações será lavrada, no livro de atas da
assembleia, ata assinada pelos membros da mesa e por sócios participantes da
reunião, quantos bastem à validade das deliberações, mas sem prejuízo dos que
queiram assiná-la.
- Art. 1075, §2º, CC: cópia da ata autenticada pelos administradores, ou pela mesa,
será, nos vinte dias subsequentes à reunião, apresentada ao Registro Público de
Empresas Mercantis para arquivamento e averbação.
- Art. 1075, §3º, CC: Caso o sócio solicite a ele será entregue a cópia autenticada
da ata.
- Art. 1078, CC: Deve haver uma assembleia pelo menos uma vez por ano, nos
quatro meses seguintes ao término do exercício social, para tratar de assuntos
determinados por lei:
- Art. 1077, CC: Direito de retirada/recesso - O sócio que não concordou com a
modificação do contrato, fusão da sociedade, incorporação de outra, ou dela por
outra, terá o direito de retirar-se da sociedade nos 30 dias subsequentes à reunião,
aplicando-se, no silêncio do contrato social, o art. 1031, do CC.
- Art. 1078, §3º, CC: A aprovação, sem reservas, pelos sócios do balanço
patrimonial e do resultado econômico, salvo em caso de erro, dolo ou simulação,
exonera os administradores e o conselho fiscal da responsabilidade.
- Art. 1078, §4º, CC: Extingue-se em 2 anos o direito de anular a aprovação a que
se refere o parágrafo anterior.
CESSÃO DE QUOTA
- Art. 1057, CC: O sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente:
- Art. 1028, CC: No caso de morte do sócio, sua quota será liquidada, salvo se o
contrato dispuser de outra forma. – Regra aplicável a sociedade simples também.
CONSELHO FISCAL
- É facultativo.
- Composto de 3 ou mais membros e suplentes, sócios ou não, residentes no país, eleitos
na assembleia anual.