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CURSO DE INTRODUÇÃO À PREGAÇÃO

DA PALAVRA DE DEUS

BOAS VINDAS

Seja bem-vindo ao Curso de Introdução à Pregação da Palavra de Deus!


Este é um curso voltado para novos cristãos que possuem um desejo de pregar a Palavra
de Deus, mas ainda não tem nenhum conhecimento de como fazer isso.

Procura-se usar uma linguagem simples para facilitar o entendimento de todos.

Que o Senhor Jesus te abençoe e te guarde!

“Que as palavras da minha boca e o meditar do meu coração sejam aceitáveis na tua
presença, SENHOR, minha Rocha e meu vingador!” (Sl. 19.14)

REGRAS DA CASA

● Participe do Grupo de Oração de Pregadores no facebook e curta nossa FanPage Como Pregar
a Palavra de Deus.

● Este é um curso de INTRODUÇÃO e GRATUITO. Se você deseja conhecimentos do básico


ao avançado CLIQUE AQUI e escolha o curso que mais precisa com certificação de uma das
universidades virtuais das mais estimadas em português.

● As aulas estarão dispostas na página Conteúdo Programático e as atualizações serão postadas


na FanPage Como Pregar a Palavra de Deus.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO COMPLETO


1. Considerações Preliminares
1. Introdução
2. O que é Pregação, Sermão e Mensagem.
3. A distinção da Pregação para a propagação do Evangelho
4. Quem pode pregar
5. Quem é o pregador
6. Recomendações (Livros, Vídeos e Materiais)

2. Objetivo do Sermão
1. Palavra, mensagem, sermão e pregação
2. Tipos de sermões
3. O perfil do Pregador
4. Explicar e Aplicar
3. A Escolha do Texto
1. O drama entre Texto e Circunstância
2. A Passagem bíblica, Alvo da Mensagem e o Tipo de sermão
3. Delimitação da Passagem
4. Leitura do texto
4. A Interpretação do Texto
1. A prática da Interpretação – pressupostos
2. A Necessidade e a Possibilidade de uma boa interpretação
3. Hermenêutica e Exegese em linguagem simples
4. Da visão panorâmica ao significado das palavras
5. Princípios hermenêuticos
5. A Preparação do Sermão
1. Planejando uma estrutura clara
2. As partes do sermão
3. A beleza das ilustrações
4. Introdução e Conclusão
5. Aplicação eficiente
6. A Preparação do Pregador
1. Autoridade Sobrenatural
2. Requisitos Fundamentais
3. Virtudes e fraquezas Espirituais e Naturais
4. Preparo de poder
7. A Entrega da Mensagem
1. Artifícios ou proclamação
2. A postura do Pregador
3. Pregação eficiente
8. Reavaliando para Melhorar
1. Confiando a pregação à Deus
2. Postura diante dos comentários
3. Postura diante de Deus
9. Exemplo de Sermão
10.Anexo de Recursos para o Pregador
(Serão postados os recursos sugeridos em cada aula)

AULA 01 - CONSIDERAÇÕES
PRELIMINARES
INTRODUÇÃO

Posso me tornar um pregador eficaz?

Já conheci muitos irmãos na fé com grande vontade de ser um pregador, mas que
devido à alguns bloqueios, ficaram apenas na vontade. Você também é uma
pessoa assim? Espero que não!!!!

Os bloqueios podem ser emocionais, intelectuais, espirituais ou físicos. São geralmente,


uma dificuldade em compreender alguns assuntos, uma voz não muito cativante, uma
sensação de pobreza de presença social, a falta de um caminho claro para o crescimento e
os dois maiores bloqueios: medo de falar em público e medo das críticas.

Se você tem algum bloqueio, por gentileza entre em nosso Grupo de Oração de
Pregadores e peça oração logo após terminar esta aula. Temos certeza de que tudo o que
pedimos à Deus com fé, por meio de nosso Senhor Jesus, Ele nos responderá; e a resposta
dEle será infinitamente melhor do que tudo quanto pedimos ou pensamos! Amém!

Cremos também que este curso já é uma resposta de Deus para você! Então, prossiga!

DIRETRIZES DO CURSO

Podemos desenhar as diretrizes deste curso pela sua entitulação: Curso de Introdução à
Pregação da Palavra de Deus.

Começando então por “Palavra de Deus”, podemos dizer que este curso afirma ser a
Bíblia a Palavra de Deus, autoritativa, ou seja, ela é a nossa “única regra de fé e prática”.
Não assumimos outra base, ainda que venhamos a tratar de questões como técnicas de
oratória e recursos hermenêuticos, a Palavra de Deus é sempre nossa bússola.

Segundo, o que é “pregação”?

Você já viu como o termo “pregar” é usado? Veja alguns dos usos:

* quando alguém lê um versículo e fala algo logo em seguida

* quando um irmão está a evangelizar

* quando um pastor expõe um texto bíblico

* quando um determinado irmão dá uma aula sobre um tema

* quando um conferencista palestra

* quando um irmão(ã) conta um testemunho

Neste breve curso que você está iniciando, trataremos da pregação como o método
escolhido por Deus para divulgação e esclarecimento da sua Verdade, focando a
forma clássica de preparar e entregar sermões. Trataremos mais detalhadamente
sobre o que é pregação mais à frente.

Terceiro, como já dissemos antes, este é um curso de “introdução” e tem o


objetivo de conduzir os alunos nos seus primeiros passos.

QUEM PODE OU DEVE PREGAR?


Outra questão que deve ser levantada é quem deve pregar ou colocando de outra
forma, quem pode pregar. Teriam apenas os pastores o direito de pregar?

Quanto ao pastor podemos afirmar que, a pregação é a sua principal atribuição,


mas suas competências vão além de pregar. Nas cartas de Paulo ao pastor Timóteo
vemos como a pregação é central nas atividades pastorais e, portanto, a pregação é
uma atividade oficial dos pastores. As diversas correntes do evangelicalismo
adotam diferentes atribuições pastorais, mas todas elas concordam que o
pastorado tem outras responsabilidades além de pregar.

Para que ninguém confunda o chamado para pregar com o chamando pastoral será muito
importante deixarmos a palavra com Jason Allen por um pouco.Ele apresenta quatro
marcas essenciais de um chamado pastoral. São elas:

1. Um desejo ardente - 1 Timóteo 3.1


2. Uma vida santa - 1 Timóteo 3.1-7
3. Uma vontade rendida - Colossenses 1:25
4. Uma habilidade para ensinar - 1 Timóteo 3
Veja que o chamado para o ministério pastoral é bastante peculiar. Não se deve confundí-lo como o
chamado para a pregação.

Em “O Chamado Para o Ministério”, o “príncipe dos pregadores”, Charles


Spurgeon, diz:

“Todo cristão capaz de disseminar o evangelho tem direito de fazê-lo. Ainda


mais, não só tem direito, mas é seu dever fazê-lo enquanto viver. (Ap. 22:17). A
propagação do evangelho foi entregue, não a uns poucos, mas a todos os
discípulos do Senhor Jesus Cristo”. (SPURGEON, p. 01).
Veja como Spurgeon foi feliz na sua declaração. De fato, a todos os discípulos
foram dados o direito e o dever de pregar o evangelho, mas o cristão precisa ser
capaz(ou capacitado) de fazê-lo(1 Pe 3:15).

O que podemos concluir da afirmação de Spurgeon é que todo crente deveria se


preparar para pregar o evangelho, mesmo que jamais viessem a estar atrás de um
púlpito em qualquer templo.

Resumindo: Todos podem pregar, mas ninguém deveria fazê-lo sem preparo.

Temos visto uma enorme carência de pregadores bem preparados e quanto mais
estudarmos e crescermos neste assunto, mais o Reino de Deus será bem servido.

Esperamos que todos vocês levem bem à sério os estudos, pois a pregação é o elo
posto por Deus entre o Evangelho e o pecador:

“Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de
quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?” (Romanos 10:14)

Você está no caminho certo. Você está se capacitando!

Conheça o Curso de Teologia da Universidade da Bíblia agora mesmo!


O QUE É PREGAÇÃO?

Em poucas palavras trataremos de definir o que é a pregação.

Em 2 Timóteo 4:2 Paulo diz a Timóteo: “Prega a Palavra”. De modo simples


podemos dizer que a Pregação é o anúncio da Palavra de Deus.

Há alguns apontamentos que devemos fazer aqui:

1. O que é a Palavra de Deus? (Expandiremos este assunto mais tarde).


2. Qual a relação entre quem anuncia e a Palavra? Esta é a questão que diz respeito à
integridade do pregador.
3. Que dizer sobre as peculiaridades de quem anuncia? Phillips Brooks diz que a
pregação “é a comunicação da verdade de Deus através da personalidade do
pregador”. A personalidade do pregador está inteiramente envolvida. Podemos notar a
diferença por exemplo da pregação de Apolo de Paulo no livro de Atos, e ainda, a
forma de Jesus pregar era diferente da maneira de João Batista.
4. A pregação é um tipo peculiar de comunicação do evangelho, pois a vida do pregador
é posta lado a lado com a mensagem do evangelho, formando assim um testemunho
vivo ou uma fraude total.
5. A pregação é, em alguns aspectos, a própria Palavra de Deus, visto que o pregador
deve pregar a Palavra de Deus. Vamos esclarecer alguns pontos aqui:
a. A pregação é palavra de Deus no sentido de “derivada” das Escrituras. As
Escrituras são a Palavra de Deus sem engano algum. A pregação só é Palavra
de Deus se estiver em pleno acordo com as Escrituras.
b. A pregação é palavra de Deus porque o pregador é um embaixador de Deus(2
Co. 5.20).
QUEM É O PREGADOR

Destacamos uma figura de linguagem especial que resume bem quem é o


pregador. O pregador é um arauto. Veja algumas implicações disso:

a. O arauto possuía autoridade para falar em nome de quem o enviou. O pregador possui
a autoridade de Cristo, o Rei dos reis.
b. O arauto tinha duas funções básicas:
○ Transmitir uma mensagem clara e compreensível. O arauto não podia inventar
uma mensagem. Assim o pregador também não pode inventar uma mensagem
- a mensagem é de Deus somente.
○ Explicar essa mensagem aos seus ouvintes para que todos entendam. O arauto
tinha que compreender bem a mensagem para não dar informações erradas.
Assim o pregador deve compreender com clareza a vontade de Deus para
torná-la de fácil compreensão.
c. O arauto não era como um instrumento semelhante à uma trombeta. Ele transmite a
mensagem tendo sua personalidade, seu jeito seu cérebro totalmente envolvido. Assim
também o pregador. Para fazer um paralelo disso basta ver as características tão
diferentes dos autores bíblicos.

https://www.youtube.com/watch?v=9X1scwzePRM

https://go.hotmart.com/S3784164W

Fique atento à próxima aula!


AULA 02 – O OBJETIVO DO SERMÃO

Introdução

Na aula anterior, vimos que o pregador deve pregar a Palavra

de Deus, nada mais que a Palavra. Este é um ponto

fundamental e o aluno não deve esquecer-se jamais dele. Na

prova final deste curso você terá uma questão sobre isto.

Com este ponto fundamental já estamos bem próximo de

definir o objetivo do sermão, porém é preciso deixar alguns

termos bem claros para que ninguém confunda as coisas.

Palavra de Deus, mensagem, sermão e pregação

Vamos definir esses termos de modo bem simples, de maneira

que um recém-convertido possa compreender. Acredito que

você se surpreenderá com a simplicidade da explicação

abaixo.

1. Aqui temos “Palavra de Deus”. De quê se trata isso?

Como já dissemos anteriormente, neste curso entendemos ser

a Bíblia a “Palavra de Deus”. A Bíblia não apenas contém a

Palavra de Deus, ela é a Palavra de Deus. Claro, não queremos

dizer que quando ela(a Bíblia) nos conta sobre uma coisa
grave, como é o caso do adultério de Davi, a “Palavra de

Deus” para nós é que adulteremos também. Óbvio que não!

Quer dizer que há nesse registro dramático lições maravilhosas

de como Deus é Santo, Justo, Bom, Gracioso, Misericordioso,

Bondoso, Terrível em seus juízos e Fiel às suas promessas, de

como Ele redime os seus, de como Ele e só Ele faz com que

“todas as coisas cooperem para o bem daqueles que o amam,

daqueles que são chamados segundo o seu propósito”(Rm.

8.28). A Bíblia é “Palavra de Deus” mesmo nestas passagens,

mostrando como as esperanças postas nos homens são todas

fúteis, mostra como até mesmo os servos de Deus

considerados “homens segundo o coração de Deus” são fracos

e incapazes, como somos dependentes da Graça Imerecida do

Eterno, como os mais brilhantes de nós podem se tão vis. A

Bíblia, em passagens como estas, mostram como Deus é

Poderoso Redentor(leia como deve ser lido, vamos colocar em

caixa alta: PODEROSO REDENTOR!), como Ele nos perdoa

graciosamente e nos resgata do mais vil pecado, como Ele

ergue seus filhos para mostrar seu poder, seu caráter, sua

beleza e como Ele dá um rumo para todas as coisas embora,

do nosso ponto de vista, tudo esteja perdido. Para

compreender tudo o que falamos leia o Salmo 51 que foi

escrito tendo como pano de fundo a história trágica do

adultério de Davi. (Quando falarmos sobre mensagem, tenha


em mente este parágrafo)

A Bíblia é a Palavra de Deus, pois ela é o registro dos feitos de

Deus para com o seu povo e para com toda criação e é a

expressão da verdade e vontade de Deus para nós e de como

Ele planeja e deseja se relacionar conosco.

Há um problema para lidar aqui nesta altura da aula. Tanto

aqueles que crêem na contemporaneidade dos dons, quanto

aqueles que não creem, ambos terão que enfrentar a seguinte

questão: É a Bíblia a “única regra de fé e prática”? Então você

terá que decidir se vai pregar o que está na Bíblia ou se

pregará o que está na Bíblia mais(+) “revelações” ou pregará

somente “revelações”.

Mas lembre-se de que você é responsável diante de Deus por

aquilo que você chama de “Palavra de Deus”. Se você chamar

“revelações” e “profecias” de “Palavra de Deus” ou se tratar

alguma outra coisa qualquer como “Palavra de Deus” terá que

responder isso ao próprio Deus. Esteja certo de que Ele irá

cobrar isso de cada um de nós(Ap. 22.18-19).

“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste

inteirado, sabendo de quem o aprendeste

e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem


tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus.
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino,
para a repreensão, para a correção, para a educação na
justiça,
a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente
habilitado para toda boa obra”.
(2 Timóteo 3.14-17)

“Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste


livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus
lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro;
e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta
profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade
santa e das coisas que se acham escritas neste livro”.
(Ap. 22.18-19)

Lembre-se também que o pregador deve pregar “a Palavra” de

Deus e, portanto, ele tem que ter bem claro na sua mente o

que é “a Palavra de Deus”.

2. Mensagem. Com mensagem queremos dizer os

ensinamentos tirados da Bíblia sejam diretamente ou

deduzidos. Vamos à um exemplo prático?

Quando Jesus tomou uma criança e colocou-a entre os

discípulos insistindo com eles de que deveriam se tornar como

criança(Mt. 18.1-6), que ensinamento Ele nos dava?

Humildade. Os discípulos estavam disputando (supostas)

posições no Reino de Deus. E aí já teríamos muitas outras

mensagens.
É preciso lembrar que uma mensagem de Deus pode ter mais

de uma lição. Quando Jesus lavou os pés dos discípulos(João

13.1-17), com este ato Ele não ensinava apenas sobre

humildade, mas também sobre serviço, dentre outras lições.

Muito bem, você pode ter lido um texto da Palavra de Deus e

pode ter compreendido qual é a mensagem de Deus, mas

agora você como pregador tem outra tarefa: como apresentar

essa mensagem? É exatamente aqui que entra nossa próximo

termo, sermão.

3. Sermão. O sermão é a mensagem bem elaborada,

contextualizada aos tempos atuais, preparada para ser

entregue de maneira inteligível.

Vamos usar uma figura de linguagem aqui. Suponhamos que

você receberá seus amigos quem vêm de uma longa viagem em

sua casa e deverá servir um jantar para alimentá-los. Como

você faria isso? Compraria um pacote de feijão, outro de

arroz, outro de macarrão, um pacote de sal, o alho, o óleo e

os legumes e os colocaria sobre a mesa servindo-os como eles

vieram do mercado ou os levaria à cozinha, você prepararia

um jantar e só depois serviria aos amigos? A resposta é óbvia.

Você prepararia o jantar, não é mesmo?

Muito bem, o sermão é como o jantar preparado na cozinha.

Assim como você não pode servir os alimentos vindos do


mercado sem passar pela cozinha, não é sensato servir uma

mensagem sem um sermão.

4. Pregação. Se a mensagem são como os alimentos vindos do

mercado, se o sermão é como jantar preparado na cozinha,

então você já sabe o que é a pregação nesta ilustração, é o

ato de servir o jantar, ou seja, a entrega do sermão aos

ouvintes; que também não pode ser feita de qualquer

maneira.

PERFIS DE PREGADORES E TIPOS DE SERMÃO

Perfis de pregadores

É extremamente importante aqui o aluno ter a correta noção

sobre tipos de sermões e perfis de pregadores. Usando ainda a

nossa analogia da preparação de um jantar pense no seguinte:

Se um cozinheiro for mais alegre que outro isso faz com que

ele deixe de ser um verdadeiro cozinheiro? Não. Assim

também ocorre com o pregador.

Se um cozinheiro não faz o seu trabalho, pelo contrário,

comporta-se como um palhaço, você o consideraria um bom

cozinheiro? Claro que não.

Se um cozinheiro não higieniza os alimentos, mas do contrário,

limpa seu nariz com o mesmo guardanapo que manueia a


batata frita, você comeria o jantar preparado por ele?

Entendeu?

Se um cozinheiro é mais enérgico nas suas atividades,

enquanto outro é mais pacato, você reprovaria algum deles

por seu temperamento? É claro que não.

Seria normal esperar que todos os cozinheiros fossem iguais?

Não.

Relembrando o que Philips Brook disse(aula anterior) a

pregação “é a comunicação da verdade de Deus através da

personalidade do pregador”.

Uma dúvida constante dos alunos de homilética é se eles

podem imitar outros pregadores. Nós afirmamos que sim, mas

somente em uma condição. Que você tenha bem claro em sua

mente essa é uma imitação pedagógica, isto é, assim como

uma criança aprende muitas coisas por imitação, você

aprenderá com esse recurso. Mas atenção, isso será uma

imitação em alguns aspectos da oratória e por pouco tempo,

pois o que importa mesmo é que você se descubra em Cristo,

ou seja, que você descubra seu perfil pessoal de pregar

moldado e tratado por Cristo.

Tipos de sermão

Em seminários e universidades cristãs aprendemos muitos tipos

de sermões. São sermões biográfico, narrativo, temático,


textual… expositivo. Como este curso é um passo-a-passo de

como pregar a Palavra de Deus, voltado para iniciantes, torna-

se inapropriado dissipar a atenção explicando os vários tipos

de sermões. Basta saber o seguinte:

a) O tipo de sermão que mais se aproxima da prática dos

profetas, de Cristo e dos apóstolos e que possui eficácia

reconhecidamente maior que qualquer outro é o sermão

expositivo. Neste curso focamos este tipo de sermão.

b) O sermão expositivo é o mais trabalhoso e talvez o mais

difícil. Isso mesmo! O sermão expositivo exige competências

maiores, mas é extremamente edificante para o pregador e

para o ouvinte.

c) É conveniente que o aluno pesquise os diversos tipos de

sermão e sobretudo ouça pregações nesses modelos. Na área

de recursos logo abaixo nesta página, deixaremos vídeos do

youtube de pregações modelos.

Agora, com toda a informação tomada acima, vamos ao

objetivo do sermão.

Ler, Explicar e Aplicar

Eis o objetivo do sermão. Ler, Explicar e Aplicar.

A leitura é a principal parte aqui. Se há algo que precisamos


aprender bem, é ler a Bíblia. Há mais na leitura do que se

imagina. A forma como você lê a Palavra de Deus definirá toda

sua pregação. Trataremos melhor da leitura nas aulas de

interpretação, portanto, aguarde.

A explicação é o trabalho que o pregador realiza no esforço de

quebrar as barreiras da distância cultural em que a Palavra de

Deus foi escrita e nosso tempo. Sem explicação a bíblia pode

não fazer sentido algum. Veja por exemplo este versículo:

“Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm

riquezas! Pois mais fácil é passar um camelo pelo fundo de

uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus” (Lucas

18:24-25)

O que “agulha” era essa da qual Jesus fala? Sem uma

explicação a bíblia torna-se incompreensível. No sermão o

pregador deve ter a prática da explicação. Essa é uma tarefa

intransferível.

A Aplicação diz respeito a uma conexão dos ensinamentos da

Palavra de Deus com a vida e com os dilemas de cada ouvinte.

Obviamente é impossível o pregador aplicar uma lição à cada

circunstância da vida de seus ouvintes, mas é preciso propor

alguns exemplos gerais de como colocar em prática a vontade

de Deus hoje.

Vamos dar um exemplo da necessidade da aplicação para


simplificar esse ponto. Supondo que você estivesse pregando

sobre o segundo grande mandamento: “Amarás o teu próximo

como a ti mesmo”(Mateus 22.39). É sabido que boa parte do

nosso tempo de relacionamento com o próximo em nossos dias

se dá por meio de redes sociais. Seria sensato falar sobre amor

ao próximo sem mencionar como deve ser nossa conduta nas

redes sociais?

Veja então que aplicar é também um trabalho intransferível.

Conclusão e exercício

Aprendemos hoje que o pregador deve ter bem definido em

sua mente o que é a Palavra de Deus. Deve lê-la

cuidadosamente, extraindo a mensagem. Esta mensagem

precisa ser organizada de uma forma em que possa ficar

inteligível e compreensível aos ouvintes para que a Palavra

seja penetrante e efetiva. O pregador deverá levar em

consideração sua personalidade própria e a forma do sermão

que ele quer pregar, analisando sua eficiência para que atinja

os objetivos o sermão que são ler, explicar e aplicar a

mensagem da Palavra de Deus.

Que o Senhor Jesus te abençoe e te guarde sempre!

Ame a sua família! Foi Deus quem a deu a você!

Conecteca da Vida!
Conclusão
Graça e paz,
A partir desta aula, nosso curso toma um formato mais prático e o aluno deve
já pensar em “colocar a mão na massa”. Nas aulas anteriores, vimos quem é o
pregador, o que é a mensagem, o que é um sermão, o que é pregação e o que
pregamos. A parte mais importante, que demos bastante ênfase, foi o que
pregar; visto que a tendência da nossa carne é a de pregar aquilo que é do
nosso interesse e não o que é da vontade de Deus. Sendo essa uma tentação a
ser vencida, devemos sim, ser zelosos.

Mas qual a parte da Bíblia vamos pregar? Tem algum critério para isso? Quais
são os maiores problemas a serem enfrentados? Quais as soluções? É disso que
trata esta lição.

AS TRÊS PRÁTICAS VITAIS


Orar, meditar e estudar.

Um pregador jamais pode se esquivar destas três práticas: Orar, Meditar e


Estudar.

Orar:
1. É imprescindível. É impossível fazer uma boa escolha do texto bíblico
para pregar sem que haja oração por parte do pregador. Quando o
pregador ora de fato ele está demonstrando sua confiança no Espírito
Santo. Ele está clamando o Espírito Santo para que lhe guie em cada
passo desde a preparação até a entrega do sermão. Uma mensagem
preparada e pregada sem oração está fadada ao insucesso completo.
2. É uma benção a ser buscada. A verdadeira oração é uma bênção a ser
buscada e perseguida. O pregador deve aprender a orar corretamente,
se ele não souber orar corretamente jamais deveria pregar. Muitos têm
negligenciado esse ponto. Há várias passagens que falam de oração, mas
em Mateus 6.5-15 Jesus nos ensina a orar e até nos dá um modelo. Veja
que no início dessa passagem o Mestre nos ensina como NÃO deve ser a
oração. A oração é sem dúvida alguma a prática mais importante que um
pregador pode ter. Se você pretende ser um pregador ou já é um
pregador da Palavra de Deus, aproveite esse tempo de estudo em nosso
curso para se dedicar mais a aprender qual é a oração que Deus aceita e
como desenvolver uma prática de oração mais profunda.
3. É uma cultura mental. A oração deve se tornar uma cultura, um cultivo,
da mente do pregador de forma que todas as fases, da preparação à
entrega do sermão, estejam banhadas e ungidas pela oração. Esta é a
única maneira de sermos fiéis a Deus como pregadores.

Meditar:
“Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de
noite”.(Salmos 1:2). Além da cultura da oração o pregador deve ter a cultura
da meditação.
1. O que é Meditação. O sentido em que usamos a palavra meditação aqui
pode ser explicado por uma passagem bíblica. Mateus 6:28-30:

“E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo,
como eles crescem; não trabalham nem fiam;
E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como
qualquer deles.
Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é
lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?”

Embora este não seja a lição pretendida do texto, já que Jesus está ensinando
a confiança no Pai e a libertação de uma vida ansiosa, podemos ver que o
Mestre tinha a prática de olhar(observar) os lírios do campo. Ele via a beleza e
a fragilidade dessas plantas. Ele via o cuidado que o Pai tem com cada
plantinha. Vemos também que Ele os compara com as vestes de Salomão, isto
é, Ele conhecia as Escrituras Sagradas do Antigo Testamento faz referência a
elas. Podemos ver também que o Senhor Jesus faz uma inferência lógica do
menor para o maior, ou seja, da erva do campo que não vale quase nada para a
vida humana com o maior, o cuidado com a vida dos filhos de Deus. Ele tira
uma lição prática.

2. Como desenvolver a meditação. Absorva a Palavra e observe o mundo a


sua volta. Seja um observador cuidadoso. Que habite ricamente em você
a palavra de Cristo e que você observe bem as coisas, a vida e as
pessoas à sua volta.

Estudar:
Esta é a parte mais trabalhosa e muitos preferem evitá-la. É comum
encontrarmos pessoas que acreditam ser o estudo uma atividade da carne e
ainda utilizam textos mal interpretados para se justificar. Mas o que vemos na
palavra de Deus é bem o contrário; os bereianos, por exemplo, foram elogiados
pelo exame das Escritura:
“Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque
de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas
coisas eram assim.(Atos 17:11).
A recusa em estudar está longe de ser uma atitude espiritual que agrada a
Deus, é antes uma atitude de falta de humildade. Quem estuda e pesquisa
enriquece seu coração com a Graça de Deus que foi derramada também à
outros irmãos, muitos deles em outros lugares e em outras épocas.

É tratando da parte do estudo que vamos agora lidar com a escolha do texto de
modo mais direto.

A PROBLEMÁTICA

Como escolher um texto para pregar? O primeiro dilema a ser resolvido nesta
questão tem a ver com a motivação para a escolha do texto. Vamos explicar
isso de uma forma mais fácil. Já ouviu falar no pregador “lançador de
granadas” e no pregador “ET”? Não?
O pregador “lançador de granadas” é aquele que parece fazer do púlpito uma
trincheira para se esconder, enquanto lança lições de moral(granadas) em
ouvintes específicos. Desta forma, os ouvintes sabem muito bem que o
pregador fez um sermão para criticar alguns pregadores.
O pregador “ET” é aquele que está tão desconectado da realidade da
comunidade que, num culto de enlace matrimonial ele prega sobre dízimos e
ofertas.

O pregador “lançador de granadas” e o pregador “ET” representam dois


grandes extremos que você deve evitar. O primeiro está tão envolvido com as
demandas da comunidade que esquece-se de pregar a Palavra de Deus
conforme a vontade de Deus. O segundo está tão alheio à comunidade que Deus
lhe confiou o cuidado de pregar que ele ignora o que se passa no meio do povo
de Deus.

Estes são os dois problemas maiores: Escolhe-se o texto pensando somente na


comunidade ou somente pensando no texto?

Noutras palavras para facilitar. José irá pregar na igreja dele na próxima
semana. José espera que na leitura devocional que ele faz todos os dias surgirá
um texto que o motive e o direcione na pregação. João também irá pregar na
igreja dele na próxima semana, mas João, diferente de José, tem percebido o
esfriamento da sua igreja para com o evangelismo pessoal e tudo o que ele
precisa é de uma porção da Bíblia para pregar sobre o assunto.

Qual deles está correto em sua maneira e motivação de escolher do texto?

Podemos dizer que ambos, mas com algumas ressalvas importantíssimas.


José somente estará correto se tomar o cuidado de sua mensagem não ficar
alienada das necessidades do povo, uma vez que o pregador é um despenseiro
que da sua despensa tira o alimento para as pessoas.
João também estará correto se cuidar para não usar o texto bíblico apenas
como um pretexto. Ele deve ter absoluta certeza que o texto escolhido é a
resposta de Deus para aquilo que a igreja está necessitando.

UNIDADE EXPOSITIVA

Qual a extensão da passagem na qual a pregação se baseará? Cremos que a


melhor resposta em a “unidade expositiva”. O que vem a ser isso?
Bryan Chapell, no seu excelente livro “Pregação Cristocêntrica”, nos dá uma
definição:

“Uma unidade expositiva é uma maior ou menor porção da Escritura, da qual


o pregador pode demonstrar uma única verdade espiritual com o apoio de
fatos ou conceitos que se encontram dentro desse texto”.

Vamos por pontos explicar o que ele definiu. Vejamos:

1. “Maior ou menor porção da Escritura”: Observe que deve haver uma


certa flexibilidade na extensão da porção. Vamos dar dois exemplos aqui
e vamos usar parábolas, pois parábolas são unidades expositivas. Uma
parábola geralmente ensina uma só verdade espiritual.
1. O tesouro escondido (Mt 13.44) - Veja que esta é uma parábola de extensão
curtíssima que nos ensina sobre o Reino de Deus como um tesouro
valiosíssimo.
2. Os talentos (Mt 25.14-30). O contrário da parábola do tesouro escondido é a
parábola dos talentos. A extensão dela vai do verso 14 ao 30. Esta parábola
ensina que os servos de Deus devem ser fiéis, administrando o que lhes foi
confiado com dedicação até o dia final

Note que cada uma das parábolas ensina uma só coisa. Mesmo sendo iguais na
quantidade de lição, são diferentes na extensão do texto.

2. “Demonstrar uma única verdade espiritual”. Veja que este método não
engessa o pregador, mas lhe dá um foco melhor. Você poderá ter mais
de uma porção de texto, conquanto tenha uma única verdade espiritual.
Veja outro exemplo com duas parábolas.

“Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo,


que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto
tem, e compra aquele campo”.(Mt. 13.44)

“Outrossim, o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca


boas pérolas; E, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo
quanto tinha, e comprou-a”. (Mt. 13.45-46)

As parábolas Tesouro Escondido e Pérola de Grande Valor, possuem a mesma


verdade espiritual: O Reino de Deus é o tesouro ou a pérola de valor
inestimável que nos motiva a despreender de qualquer coisa para recebê-lo.
Você poderia usar os dois textos, isto é, as duas parábolas para um único
sermão, já que ambos ensinam a mesma coisa.

3. “Com o apoio de fatos ou conceitos que se encontram dentro desse


texto”.

Continuando com as parábolas de Mt.13.44-46 podemos ver alguns fatos


importantes:
O Reino de Deus é de um valor tão inestimável:
1. Que conquista todas as classes de pessoas, do camponês ao negociador
de pérolas;
2. Que atrai quem busca grandes tesouros(negociador) até quem não busca
nada(camponês);
3. Que produz uma reação imediata nos apreciadores(“escondeu”-v44;
“foi”-v46).
4. Que leva a pessoa que o encontrou a despreender-se do que necessário
for para obtê-lo(“vendeu tudo quanto tem” e “vendeu tudo quanto
tinha”)

Estes fatos observados no texto acima, podem ser alguns argumentos tirados do
próprio texto para mostrar uma única verdade espiritual: O Reino de Deus é o
tesouro ou a pérola de valor inestimável que nos motiva a despreender de
qualquer coisa para recebê-lo.
Dicas técnicas e rápidas:
A maioria das bíblias sinaliza limites de textos que o aluno faz bem em observá-
los. Exemplos:
1. Títulos e Subtítulos: são geralmente colocados pelos tradutores para
mostrar um assunto novo ou um assunto dentro de outro.
2. Primeira letra em negrito: quando você vê um versículo iniciando com
uma letra maiúscula e negritada, certamente é o início de um parágrafo.
Parágrafos geralmente contêm uma unidade expositiva.
3. Marca de parágrafo: a tradicional marca de parágrafo, que é um espaço
em relação à margem esquerda na primeira linha, pode ser um sinal
usado pela bíblia para um limite de assunto e, portanto, uma unidade
expositiva.
4. O sinal de “¶” pode ser uma marca também para o limite de parágrafo.
5. Por fim, temos os capítulos.

Conclusão:

Antes de escolher a passagem bíblica para basear o sermão o pregador precisa


ter certeza de que seu coração tem sido bem preparado. Para isso é bom que se
pratique a oração, a meditação e o estudo da bíblia, isto é, ter uma prática
devocional diária.
Para que se evite devaneios e motivações erradas na hora de escolher o texto,
faz-se necessário aliar à prática devocional uma observação das demandas da
congregação/ouvintes.
Por fim, a delimitação da passagem textual pode ser feita pelo conceito de
“unidade expositiva”. Esta “unidade expositiva” é um texto maior ou menor
com uma única verdade espiritual, sendo apoiada por fatos ou conceitos dentro
do próprio texto.
Observe bem as dicas técnicas dos tradutores da bíblia e como bônus, leia o
texto de John Stott sobre Como Escolher um Texto Bíblico para Pregar.

Paz!
Conecteca da Vida

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