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COMO A DEPRESSÃO PÓS-PARTO TEM SIDO DIAGNOSTICADA?

HOW HAS POST-BREAST DEPRESSION BEEN DIAGNOSED?

EQUIPE:

Janne Eyre Araújo de Melo SarmentoI

Pedro de Lemos Menezes I

Bruno Gustavo Lins de BarrosI

Sônia Helena Costa Galvão LimaI

Cibelle Araújo e OliveiraI

Hugo Luiz Cavalcante Duarte I

Evanisa Helena Maio de BrumI


I
Centro Universitário CESMAC- Maceió-Alagoas.

AUTOR CORRESPONDENTE: Janne Eyre Araújo de Melo Sarmento. Centro

Universitário- CESMAC- Curso de Psicologia - Campus III- Padre Teófanes Barros. Av.

Iris Alagoense, 437- Farol. CEP: 57051-370. Telefone (82) 3215-5135.

Maceió, AL, Brasil. E-mail: janneeyresarmento@gmail.com.

COLABORAÇÃO INDIVIDUAL:

Janne Eyre Araújo de Melo Sarmento – Construção das Tabelas

Pedro de Lemos Menezes - Avaliação Final do Artigo

Bruno Gustavo Lins de Barros- Compilar os dados

Sônia Helena Costa Galvão Lima - Avaliação Final do Artigo

Cibelle Araújo e Oliveira - Pesquisa Bibliográfica

Hugo Luiz Cavalcante Duarte - Pesquisa Bibliográfica

Evanisa Helena Maio de Brum – Avaliação Final do Artigo


COMO A DEPRESSÃO PÓS-PARTO TEM SIDO DIAGNOSTICADA?

Resumo: A Depressão Pós-Parto (DPP) tem sido considerada um problema de saúde

pública. Dessa forma, este estudo objetivou realizar uma revisão sistemática da literatura

nacional sobre o que tem sido publicado nos últimos seis anos em relação ao diagnóstico

de DPP. Para tanto, foi realizada uma busca que baseou-se em artigos publicados em

periódicos nacionais, nas bases de dados eletrônicas LILACS, Scielo, MEDLINE e

PePsico no período de 2013 a 2018. Os resultados revelaram que a maioria dos artigos

realizaram o diagnóstico de maneira distinta da estabelecida nos manuais oficiais da área

(CID-10 e DSM-V), principalmente com relação ao critério temporal do diagnóstico. As

avaliações realizadas se estenderam da 20ª semana gestacional até 18 meses após o

nascimento do bebê. Assim, podemos ponderar que os manuais oficiais que norteiam a

prática clínica para a realização do diagnóstico de DPP parecem não refletir os avanços

obtidos nas pesquisas científicas publicadas na área.

Palavras-chave: Depressão Pós-parto; Transtorno Mental; Revisão Sistemática


HOW HAS POST-BREAST DEPRESSION BEEN DIAGNOSED?

AS POST-PARTUM DEPRESSION HAS BEEN DIAGNOSED?

Abstract:Post-partum depression (PPD) has been considered a public health problem.

Thus, this study aimed to conduct a sustematic review of national literature that has been

published in the last six years in relation to the diagnosis of PPD. It was performed a

search that is based in articles published in national journals, electronic databases

LILACS, Scielo, MEDLINE and PePsico in the period from 2013 to 2018. The results

revealed that most of the articles held the distinct way of diagnosis set out in official

manuals area (CID-10 and DSM-V), especially with respect to the temporal criterion of

the diagnosis. The evaluations carried out spread the 20th gestational week until 18

months after the birth the baby. Thus, we can consider that the offcial manuals that guide

the clinical practice for the diagnosis of PPD do not seem to reflect the progess achieved

in the published scientific research in the area.

Keywords: Post-partum depression, Mental Disorders, Systematic Review


Introdução:

A DPP tem sido considerada um problema de saúde pública, devido à sua elevada

prevalência, à dificuldade de ser diagnosticada, aos danos causados à mãe, bem como ao

seu impacto no desenvolvimento infantil. Quanto à prevalência do diagnóstico no mundo

a Organização Mundial da Saúde refere que se encontra na faixa de 10% a 20%1. Estes

dados no Brasil apresentam uma amplitude maior que vai de 10% a 37% 2. Esta variedade

deve-se, entre outros fatores, à caracterização da amostra – a qual difere em cada estudo;

às formas de realizar o diagnóstico; bem como ao período em que a avaliação foi

realizada. O diagnóstico além de causar danos à mãe, também impacta o desenvolvimento

infantil, pois o comportamento de mães deprimidas pode influenciar o desenvolvimento

de psicopatologias em seus filhos, ou seja, a DPP pode levar à ocorrência de desordens

comportamentais, afetivas, cognitivas e sociais 3, 4, 5.

Quanto a forma de realizar o diagnóstico de DPP, esta tem sido considerada

semelhante à depressão que ocorre em qualquer outra fase do ciclo vital, sendo definida

por presença de humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de alterações somáticas e

cognitivas que afetam significativamente a capacidade de funcionamento do indivíduo6.

Entretanto, os manuais oficiais (DSM-V e CID-10) não apresentam consenso em relação

ao critério temporal do diagnóstico. De acordo com o DSM-V6, os sintomas podem iniciar

no final da gestação e se estender até quatro semanas após o parto. Já o CID-107

caracteriza a DPP como um diagnóstico que ocorre em até 6 semanas após o nascimento

do bebê, não levando em conta o período gestacional. Estas diferenças apontam que não

há concordância entre os manuais que norteiam a prática clínica. Por outro lado, os artigos

científicos parecem também não apresentar consenso quanto ao critério temporal8.9.

Dessa forma, este estudo objetiva revisar a literatura nacional sobre o que tem sido

publicado nos últimos cinco anos no Brasil em relação ao diagnóstico de DPP.


Metodologia:

Compreende as fases de escolha das fontes de dados, eleição dos descritores,

busca de artigos, análise dos títulos e resumos, leitura dos textos na íntegra, adoção de

critérios de inclusão e exclusão, extração dos dados e avaliação das publicações

selecionadas. A busca e seleção da literatura baseou-se em artigos publicados em

periódicos nacionais, nas bases de dados eletrônicas LILACS, Scielo, MEDLINE e

PePsico, no período de 2013 a 2018, com os seguintes descritores: depressão pós-parto

AND diagnóstico; depressão AND periparto AND diagnóstico. As buscas foram

realizadas nos períodos de dezembro 2017 a julho 2018. Os critérios de inclusão

estabelecidos foram: artigos em português, publicados nos anos de 2013 a 2018, nas

principais bases de dados que contêm literatura nacional. Também não houve restrição

para o tipo de estudo. Os critérios de exclusão adotados foram: trabalhos que não tratam

de diagnóstico de depressão pós-parto, artigos em outro idioma que não o português,

artigos de revisão e estudos duplicados.

Resultados e Discussão:

Dos 25 títulos considerados relevantes a partir das buscas nas referidas bases de

dados, 15 resumos foram lidos e após a leitura dos resumos, 12 textos completos foram

selecionados para leitura na íntegra. Após a leitura, um destes artigos foi posteriormente

excluído, pois avaliava o conhecimento de profissionais de saúde sobre o diagnóstico de

DPP. Destes 11 artigos, 7 se caracterizavam como estudos transversais11,12, 13, 14, 15,16,17,

buscando entre outras questões caracterizar o diagnóstico e sua prevalência. Dois artigos

se caracterizavam como estudos longitudinais; um deles acompanhou as gestantes da 20ª

semana gestacional até a 36ª 18, e, o outro avaliou a DPP do 1º mês após o nascimento do

bebê até o 18º mês 19. Um dos artigos se caracterizava como pesquisa-ação e foi realizado

com gestantes de alto risco num programa de prevenção a DPP20. E, por fim, um dos
artigos fez um estudo observacional, descritivo e transversal com mães adolescentes21.

Em relação ao período de publicação, estabelecemos analisar a publicação dos últimos 6

anos e encontramos predomínio dos estudos publicados nos últimos dois anos, sendo 4

artigos de 2017 e 5 de 2016, apenas um dos artigos foi publicado em 2013.

Quanto ao período em que a DPP foi avaliada este variou entre os estudos

selecionados. Apenas dois deles avaliaram a DPP dentro do critério temporal estabelecido

nos manuais oficiais, sendo um no pós-parto imediato - 48 horas após17 e o outro no

período de 11 a 45 dias após o nascimento do bebê15. Dessa forma, oito artigos avaliaram

a depressão pós-parto fora do critério temporal estabelecido nos referidos manuais,

variação que se estendeu da 20ª semana gestacional até 18 meses após o nascimento do

bebê. Destes 8 artigos, dois avaliaram a DPP durante a gestação, um deles da 20ª a 36ª

semana18 e o outro no 3º trimestre16. Outro avaliou o diagnóstico dois meses após o

parto13, outro avaliou a DPP aos 4 meses após a chegada do bebê12. Além disto, dois

artigos avaliaram a DPP em até 6 meses após o parto11,14; e, por fim, um dos artigos

avaliou a DPP em até 18 meses após o nascimento do bebê19.

Em relação aos instrumentos utilizados para o rastreio ou diagnóstico a maioria

dos artigos utilizaram a Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo11,12,13,14,15,17,18,21

(8), a segunda escala mais utilizada foi o Inventário de Depressão de Beck 19,20 (2), um

dos estudos realizou uma entrevista diagnóstica com os participantes16.

Os estudos analisados na íntegra foram realizados no Rio de Janeiro (9%), São

Paulo (46%), Bahia (9%), Rio Grande do Sul (18%), Paraná (9%) e Brasília (9%) o que

pode ser observado no gráfico 1.

Conclusão:

A partir da descrição dos resultados foi possível observar que a maioria dos artigos

apresentou o delineamento transversal e foi publicado nos dois últimos anos. Quanto ao
período em que avaliação foi realizada foi possível observar que somente 2 dos 11 artigos

a fizeram dentro do estabelecido nos manuais oficiais. Estes dados alertam que a DPP

pode surgir na 20ª semana gestacional e se estender até 18 meses após o nascimento do

bebê. Por fim, quanto a forma de realizar o rastreamento, somente 1 dos 11 artigos

realizou-o através de entrevista diagnóstica, sendo que a maioria utilizou a escala de DPP

de Edinburgh. Dessa forma, os manuais oficiais que norteiam a prática clínica para a

realização do diagnóstico de DPP parecem não refletir os avanços obtidos nas pesquisas

científicas publicadas na área.

Referências Bibliográficas

1 - Perosa GB, Silveira FCP, Canavez, IC. Ansiedade e depressão de mães de recém-

nascidos com malformações visíveis. Psic.: Teor.e Pesq. 2008;24(1):029-036.

2 - Moraes GPA, Lorenzo L, Pontes GAR, Montenegro MC, Cantilino A. Screening

and diagnosing postpartum depression: when and how? Trends Psychiatry Psychother.

2017;39(1):54-61.

3 - Carlesso JPP, Souza APR, Moraes, AB. Análise da relação entre depressão materna

e indicadores clínicos de risco para o desenvolvimento infantil. Rev. CEFAC.

2014;16(2):500-510

4 - Loosli L, Pizeta FA, Loureiro SR. Escolares que convivem com a depressão materna

recorrente: diferenças entre os sexos. Psic.: Teor. e Pesq. 2016;32(3):1-10.

5 - Sgobbi DAO, Santos, SA. Depressão pós-parto: conseqüências na interação mãe-

bebê e no desenvolvimento infantil. Rev CuidArte, Enferm. 2008;2(1):92-99.

6 - AMERICAN PSYCHIATRY ASSOCIATION - APA. Diagnostic and statistical

manual of mental disorders - DSM-5. 5th.ed. Washington: American Psychiatric

Association, Artmed; 2013.


7 - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE - OMS. Classificação de transtornos

mentais e de comportamento da CID-10: descrições clínicas e diretrizes. Genebra. Artes

Médicas, 1993.

8 - Morais AODS, Simões VMF, Rodrigues LS, Batista RFL, Lamy ZC, Carvalho CA

et al. Sintomas depressivos e de ansiedade maternos e prejuízos na relação mãe/filho em

uma coorte pré-natal: uma abordagem com modelagem de equações estruturais. Cad.

Saúde Pública. 2017;33(6)00032016.

9 - Brum EMB. Depressão pós-parto: discutindo o critério temporal do diagnóstico.

Cad. Pós-Grad. Distúrb. Desenvolv. 2017; 17(2):92-100.

10 - Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG, PRISMA Group. Preferred reporting

items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. Ann Intern

Med. 2009;151(4):264.

11 - Santos MAR, Goetz ER, Sicco GP, Fernandes HGS, Medeiros M, Melo NEB et al.

Perfil epidemiológico de puérperas com quadro de depressão pós-parto em unidades de

saúde de um município da Serra Catarinense. Rev. AMRIGS. 2017;61(1):30-34.

12 - Biscegli TS, Silva GS, Romualdo PF, Oliveira MS, Silva BR, Solim F. Depressão

pós-parto e tipo de parto: perfil de mulheres atendidas em um hospital-escola. CuidArte,

Enferm. 2017;11(1):59-65.

13 - Abuchaim, ESV, Caldeira NT, Lucca Di MM, Varela M, Silva IA. Depressão pós-

parto e auto eficácia materna para amamentar: prevalência e associação. Acta Paul

Enferm. 2016;29(6):664-70.

14 – Manente MV, Rodrigues OMPR. Maternidade e trabalho: associação entre

depressão pós-parto, apoio social e satisfação conjugal. Pensando fam. 2016;20(1):99-

111.
15 - Boska GA, Wisniewski D, Lentsck MH. Sintomas depressivos no período

puerperal: identificação pela escala de depressão pós-parto de Edinburgh. J Nurs Health.

2016;1(1):38-50.

16 - Barros VC, Santos JFC, Lima LA, Fonseca DL, Lovisi GM. Depressão e apoio

social em gestantes de fetos com malformações atendidas em um hospital materno-

infantil público de referência no Rio de Janeiro. Cad. Saúde Colet. 2013;21(4):391-402.

17 - Hartmann JM, Mendoza-Sassi RA, Cesar JA. Depressão entre puérperas:

prevalência e fatores associados. Cad. Saúde Pública. 2017;33(9).

18 - Lima MOP, Tsunechiro MA, Bonadio IC, Murata M. Sintomas depressivos na

gestação e fatores associados: estudo longitudinal. Acta Paul Enferm. 2017;30(1):39-46.

19 - Alvarenga P, Oliveira JM, Gomes QS, Freitas LMA. As relações entre depressão

materna e relatos maternos acerca do envolvimento paterno: um estudo

longitudinal. Temas psicol. 2016;24(3): 911-925.

20 - Almeida NMC, Arrais, AR. O pré-natal psicológico como programa de prevenção à

depressão pós-parto. Psicologia: Ciência e Profissão. 2016;36(4):847-863.

21 - Cardillo VA, Oliveira LCQ, Monteiro JCS, Gomes-Sponholz FA. Identificação de

Sintomas Depressivos no período pós-parto em mães adolescentes. Rev. Eletr. Enf.

2016;18.
1. Fluxograma de busca e seleção dos artigos

Fonte: Dados da pesquisa (2018)


Tabela 1 - Textos completos excluídos da análise.

AUTORES ANO MOTIVO


Tatiana Henriques T, Moraes CL, Reichenheim ME, Azevedo
GL, Coutinhi ESF, Figueira ILV 2015 Não analisa diagnnóstico

Hassan BK, Werneck G.L., Hasselmann MH 2016 Outro tipo de diagnóstico


Margotti E, Martiello R. 2016 Outro tipo de diagnóstico
Paris GF, Montigny F, Pelloso SM 2016 Outro tipo de diagnóstico
_______________________________________________________________________________________________
Fonte: Dados da pesquisa (2018)
Tabela 2. Descrição dos estudos incluídos na pesquisa.
AUTOR ANO TIPO DE PERÍODO PÓS- LOCAL INSTRUEMNTO N
ESTUDO PARTO DE
ESTUDADO AVALIAÇÃO
DA DPP
Vivian Costa Barros VC, 2013 Transversal 3º semestre de Rio de EVE 86
Santos JFC, Lima LA, gestação Janeiro
Fonseca DL, Lovisi GM

Abuchaim ESV, Caldeira 2016 Transversal Até 60 dias pós- São Paulo EPDS 208
NT, Di Lucca MM, parto
Varela M, Silva IA
Almeida NMC, Arrais, 2016 Pesquisa- Gestação Brasilia BDI 10
AR. ação
Alvarenga P, Oliveira JM 2016 Longitudinal 1º e 18º mês de Bahia BDI 19
Gomes QS vida da criança

Manente, M.V, 2016 Transversal bebês entre dois e São Paulo EPDS 30
Rodrigues, OMPR seis meses

Boska G A, Wisniewski 2016 Transversal puerpério tardio Paraná EPDS 51


D, Lentsck MH

Cardillo VA, Oliveira 2016 Transversal De zero a quatro São Paulo EPDS/HAM-D 72
LCQ, Monteiro JCS, meses após o
Gomes-Sponholz FA parto

Hartmann JM, Mendoza- 2017 Transversal puerpério imediato Rio EPDS 2.687
Sassi RA, Cesar JA Grande do
Sul
Santos MAR, Goetz ER, 2017 Transversal 6 meses após o Rio EPDS 40
Sicco GP, Fernandes parto Grande do
HGS, Medeiros M, Melo Sul
NEB et al

Lima MOP, Tsunechiro 2017 Longitudinal 20ª, 28ª e 36ª São Paulo EPDS 272
MA, Bonadio IC, Murata semanas
M gestacionais

Biscegli TS, Silva GS, 2017 Transversal Média de 14,6 São Paulo EPDS 120
Romualdo PF, Oliveira semanas após o
MS, Silva BR, Solim F. parto
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
Gráfico 1. Estudos analisados na íntegra e sua distribuição por estado.

9% 9% 9%

18%
46%
9%

Rio de Janeiro São Paulo Bahia Rio Grande do Sul Paraná Brasilia

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