SEBRAE-SP ANO XVII • Nº 181 • SÃO PAULO • JAN/FEV 2009
O Jornal de Negócios preparou um es-
pecial para a primeira edição de 2009:
três reportagens mostram que uma série
de conceitos simples, responsáveis pelo
sucesso de um dos maiores complexos
de entretenimento do mundo – a Walt
Disney Company, pode ser aplicada em
empresas de qualquer porte. Pode-se di-
zer que a principal fonte de sucesso das
empresas Disney é o encantamento do
cliente (página 4), a valorização do elen-
co de funcionários (página 5) e o cuida-
do com a marca (página 6). Na produção
das matérias deste especial, surgiram
histórias de sucesso de donos de peque-
nos negócios que, mesmo sem saber, têm
o jeito Disney de administrar.
Veja o que deve ser observado na hora de recrutar funcionários para diminuir os impactos da seleção sobre seu negócio. Pág. 12.
Tecnologia
Pesquisa divulgada em dezembro pelo Sebrae-SP, As Tecnologias
de Informação e Comunicação nas MPEs Brasileiras (TICs), mostra
que as pequenas empresas de todo o País incorporaram defini-
tivamente as ferramentas tecnológicas para condução de seus
negócios. Veja na página 7 como aperfeiçoar o controle de suas
atividades, melhorando a integração dessas ferramentas e os pro-
cessos administrativos.
Formalização
O presidente Lula sancionou, em dezembro passado, mudanças
na Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas que, entre outras me-
didas, criou a figura jurídica do Microempreendedor Individual
(MEI), que deve tirar mais de dez milhões de empreendedores da
informalidade. Além disso, as alterações reformulam as tabelas
do Simples Nacional e resolvem questões referentes à cobrança
do ICMS. Confira detalhes na página 12.
2

TIRE SUAS
PALAVRA DO PRESIDENTE
EXPEDIENTE

DÚVIDAS
Publicação mensal do SEBRAE-SP

CONSELHO DELIBERATIVO:
Presidente: Abram Szajman (Fecomercio)
ACSP - Alencar Burti
ANPEI - Celso Antonio Barbosa

Caminho das pedras

Banco Nossa Caixa S.A. - Jorge Luiz Ávila da Silva
Faesp - Fábio de Salles Meirelles Qual a diferença entre salário e
Fiesp - Paulo Antonio Skaf remuneração?
Fundação ParqTec - Sylvio Goulart Rosa Júnior
A remuneração pode ser definida como

IPT - João Fernando Gomes de Oliveira
Secretaria de Estado de Desenvolvimento - Alberto
Goldman
SEBRAE - Luiz Otávio Gomes
Sindibancos-SP - Wilson Roberto Levorato
Superintendência Estadual da Caixa - Augusto
Bandeira Vargas
Superintendência Estadual do BB - Valmir Pedro
Rossi
CONSELHO FISCAL:
Valdir Bebber (BB)
Wagner Mar (Fecomercio)
Sylvio Alves de Barros Filho (Fiesp)
Diretor-superintendente:
Ricardo Luiz Tortorella
Diretores operacionais:
José Milton Dallari Soares
Paulo Eduardo Stabile de Arruda
JORNAL DE NEGÓCIOS
Assessoria de Comunicação Sebrae-SP
Gerente: Davi Machado
Chefe de redação: Eliane Santos
Subeditora: Cinthia de Paula, MTb 46.971
Repórteres: Alice Castanheira, Cinthia de Paula,
Daniela Paula Bertolino Pita, Eliane Santos e Mar-
celle Carvalho
Revisão: Daniela Paula Bertolino Pita
Fotos: Arnaldo Oliveira, Vinícius Fonseca e Agência Luz
Técnico responsável: Tatiane Tanus Quinteiro
Projeto gráfico: Marcelo Costa Barros
Ilustração: Francisco Ferreira
Diagramação: Kamaleão Digital Ltda.
Apoio: Marcelo Costa Barros e Marcelo Audickas
Fotolito eletrônico e impressão: Bureau Art
E
m tempos de crise, grandes empresas
possuem vários expedientes para cortar
custos. Já as MPEs, que operam sem a mesma
margem de manobra, só podem sobreviver
se conseguirem manter ou ampliar seu nível
de atividade. O que depende, sobretudo, da
criatividade gerencial de seus líderes.
Por esta razão, cresce a importância de en-
tidades como o Sebrae, a quem cabe mostrar
o caminho das pedras nas horas difíceis. É
o que fazemos nesta primeira edição de 2009
do Jornal de Negócios.
A reportagem sobre “O jeito Disney de ad-
ministrar” mostra que as práticas de gestão
adotadas pelo maior conglomerado de entre-
tenimento do mundo – com 22 empresas, 60
mil funcionários e US$ 22 bilhões de fatura-
mento anual – são simples, acessíveis e po-
dem ser seguidas por empresas de diferentes
portes e ramos de atividade. A Walt Disney
Company, fundada em 1923, exibe uma im-
pressionante marca de fidelização, ambi-
cionada por qualquer empreendedor: dois
terços dos visitantes de seus parques voltam
pelo menos uma vez. Como eles somaram
116,5 milhões em 2007, pode-se dimensionar
o valor financeiro que a fidelidade gera.
Finalmente, pesquisa realizada pelo Sebrae-
SP detectou que as MPEs brasileiras incorpo-
raram definitivamente ferramentas tecno-
lógicas como celular, computador e internet
na condução de seus negócios. Falta agora os
empreendedores investirem mais na própria
formação, por meio de cursos de gestão em-
presarial, de modo a aprimorar o fator que
faz a diferença: a capacidade de planejar.
Abram Szajman
Presidente do Conselho Deliberativo
do Sebrae-SP
a somatória dos benefícios financeiros,
dentre eles o salário, pago ao emprega-
do em função de uma prestação de servi-
ços. Tal remuneração será acordada por
meio de um contrato assinado entre am-
bos. O salário é uma espécie de remune-
ração. Podemos utilizar como analogia a
figura de uma cesta de frutas, na qual
a remuneração representa a cesta e, o
salário, uma das frutas.O mais adequa-
do é ajustar os preços de seus produtos
de forma dinâmica, considerando a sa-
zonalidade do consumo e as estratégias
promocionais. A empresa deve possuir
uma política de preços compatível com
o seu público-alvo e a agressividade
dos seus concorrentes.
De que maneira posso definir o salá-
rio de um empregado?
Existem duas maneiras: por ativida-
de, produção, tarefa, comissão ou por
tempo dedicado às atividades da empre-
sa. É importante destacar que tal previ-
são deverá ser estabelecida em contrato
de trabalho assinado entre as partes.

DICAS SEBRAE
Printer
Tiragem: 60 mil exemplares Até que dia devo pagar os salários de
meus funcionários?
SEBRAE-SP
O salário dos funcionários mensalistas
Rua Vergueiro, 1.117, Paraíso.
CEP 01504-001 deve ser pago até o quinto dia útil do
mês seguinte ao trabalhado. Para os
funcionários que recebem salário quin-
Como recrutar e selecionar funcionários nas MPEs
Escritórios Regionais do Sebrae-SP
Capital, Grande São Paulo e Litoral
zenal ou semanal, o pagamento deve ser
realizado até o quinto dia útil subse-

T
Baixada Santista: 13 3289-5818
Capital Norte: 11 6976-2988 enho atendido muitos empresários com dú- mas com certa garantia de prevenção de futuros quente. Para pagamento de salário, o
Capital Sul: 11 5522-0500
Capital Leste: 11 6225-2177 vidas sobre processos de recrutamento e sele- problemas. O empresário em questão, proprietá- sábado é considerado dia útil.
Capital Oeste: 11 3832- 8692 ção de funcionários. Pode parecer fácil substituir rio da lanchonete, poderia divulgar em jornal local
Guarulhos: 11 2440-1009
colaboradores, mas na verdade não é bem assim. uma chamada de recrutamento desenhando o per-
Grande ABC: 11 4990-1911
Na maioria das vezes, o empresário não possui Quais são os benefícios obrigatórios e
Mogi das Cruzes: 11 4722-8244 fil que considera adequado, as atribuições neces-
uma metodologia ou uma forma de seleção e re- opcionais para os funcionários?
Osasco: 11 3682-7100
sárias, como experiência comprovada em trabalho
crutamento. Acaba, muitas vezes, fazendo a es-
Vale do Ribeira: 13 3821-7111
no setor, determinadas habilidades como atendi- Obrigatórios:
Escritórios Regionais do Sebrae-SP - Interior colha errada e isto impacta no seu negócio, pois mento ao público, manipulação de alimentos etc. - Fundo de Garantia por Tempo de
pode comprometer o faturamento, a relação com
Araçatuba: 18 3622-4426 Serviço (FGTS); vale-transporte; fé-
os clientes, o clima interno com os outros funcio- O segundo momento, quando os currículos
Centro Paulista - Araraquara / São Carlos: rias (acrescidas de 1/3); e 13º salário.
16 3332-3590 / 16 3372-9503 nários etc. mais adequados são separados para se iniciar o
Opcionais:
processo de seleção, pode ser decisivo para que
Barretos: 17 3323-2899
Bauru: 14 3234-1499 Um empresário com quem conversei recente- - Assistência médica; Programa de
Botucatu: 14 3815-9020 o empresário conheça o perfil de quem ele está
mente queixava-se da alta rotatividade de funcio- Alimentação ao Trabalhador (PAT);
Sudeste Paulista - Campinas / Jundiaí:
19 3243-0277 / 11 4587- 3540 nários em sua lanchonete, que já estava compro- contratando. A sugestão nesta fase é realizar uma e bolsa de estudos. Alguns benefícios
Franca: 16 3723-4188
metendo o seu fluxo de caixa, pois em um mesmo entrevista pessoal com o candidato, com pergun- opcionais podem se tornar obrigató-
Guaratinguetá: 12 3122-6777
mês havia tido duas demissões, o que gerou gastos tas de simulação do dia-a-dia, por exemplo: como rios devido a acordos ou convenções
Itapeva: 15 3522-4444
Marília: 14 3422-5111 inesperados. Perguntei a ele o motivo das demis- o candidato se sairia em determinada situação do coletivas. Por isso, é importante che-
Ourinhos: 14 3326-4413
sões simultâneas, que me respondeu o seguinte: atendimento, qual seria sua atitude, ou o que ele car as últimas informações fornecidas
Piracicaba: 19 3434-0600
Presidente Prudente: 18 3222-6891 “eles não tinham comprometimento com o negó- acha que teria que ser feito. pelo Sindicato Patronal.
Ribeirão Preto: 16 3621-4050 cio, faltavam muito, passarram a atender mal os
São João da Boa Vista: 19 3622-3166 Outras perguntas que podem e devem ser fei-
clientes, e isto começou a impactar nas finanças.”. O que é o repouso semanal remunerado?
São José do Rio Preto: 17 3222-2777
São José dos Campos: 12 3922-2977
tas ao candidato é o quanto ele conhece da em-
Sorocaba: 15 3224-4342 Perguntei, então, como ele contratava, qual era o presa na qual está se candidatando à vaga, o que Tem como objetivo oferecer a todo
Votuporanga: 17 3421-8366 seu método para atrair e manter pessoas motivadas ele acredita que pode acrescentar com o seu talen- trabalhador um período de descanso
em seu negócio. Ele me respondeu que era simples: to, o que ele espera da empresa. suficiente para a manutenção de sua
contratava por indicações de conhecidos e, após saúde física e mental. A Constituição
OUVIDORIA SEBRAE - SP
uma conversa, decidia por aquele que lhe parecia São fórmulas simples que não irão garantir que Federal, através do Inciso XV, do artigo
Para reclamações, críticas, elogios e sugestões,
contatar-nos pelo fone 0800 570 0800 ou mais simpático e que possuía alguma experiência a empresa não tenha problemas com o funcioná- 7º, determina que todo o empregado
e-mail: ouvidoria@sebraesp.com.br em atendimento ou no ramo de alimentação. rio, porém conhecer melhor um candidato antes faz jus ao Repouso Semanal Remu-
de contratá-lo certamente previne uma série de nerado (RSR), preferencialmente aos
Não me surpreendi, pois muitos empresários de dores de cabeça no futuro. domingos. Além do descanso, esse
JORNAL DE NEGÓCIOS: pequenos negócios contratam desta forma. Mas período será remunerado.
www.sebraesp.com.br o que orientamos é que realizem seus processos Maria Cristina Alves é consultora
de contratação de funcionários de forma simples, do Sebrae-SP

Benchmarking
Especial Jeito Disney
de Administrar
E m uma busca no site Google, em 0,19 se-
gundos, mais de 60 mil links foram encon-
trados sobre o conceito de benchmarking. Na
maioria deles, benchmarking é definido como
um processo contínuo de comparação dos
produtos, serviços e práticas de administração
entre as empresas reconhecidas como líderes.
Trata-se, portanto, de uma ferramenta que
pode ajudar a melhorar a vantagem competiti-
va da corporação, seja de micro, pequeno, mé-
dio ou grande porte.
Foi com base nesse
conceito que plane-
jamos e apresenta-
mos nas próximas
três páginas o es-
pecial Jeito Disney
de Administrar, com
uma série de conceitos
simples que fizeram e fa-
zem o sucesso de um dos
maiores complexos de en-
tretenimento do mundo: a
Walt Disney Company, fun-
dada em 1923 e com mais de 22
empresas, entre hotéis, indústria cine-
matográfica, canais de TV, agências de viagem,
desenvolvimento de produtos, instituto de edu-
cação, entre outros. O faturamento do grupo gira
em torno de US$ 22 bilhões por ano.
Em todos os aspectos, pode-se dizer que a
principal fonte de sucesso das empresas Disney
é o encantamento do cliente, que se reflete da
infra-estrutura montada para atender as mais
de 116 milhões de pessoas que visitam os par-
ques, à contratação e ao treinamento dos fun-
cionários (elenco) e no cuidado com a marca.
3
Walt Disney aprendeu cedo, aos oito anos,
que o cliente é quem comanda a empresa. Nes-
sa época, ele começou a trabalhar como entre-
gador de jornal para ajudar o pai, que também
exercia o ofício. Rigoroso, o pai de Walt Disney
não permitia que a neve ou a chuva pudessem
estragar o jornal e, consequentemente, gerar
alguma reclamação por parte dos leitores.
“O Walt Disney não podia simplesmente jo-
gar o pacote com o jornal nas portas das casas. A Magia do
Ele tinha que garantir que o
produto fosse entregue Império Disney
com segurança. Então, o
Em mais de 500 páginas, a consultora
jornal era colocado em-
Ginha Nader descreve de forma simples
baixo do tapete da por-
e agradável como o menino pobre nas-
ta de entrada. A inicia-
cido em Chicago, no começo do século
tiva deu certo e passou
20, transformou-se em um dos maiores
a receber elogios por parte
ícones do mundo empresarial. Segundo a
dos leitores. Surgia, então, de
autora, o que movia Walt Disney era o de-
maneira informal o “Jeito Disney
safio de transformar seus sonhos na mais
de Administrar”, revela Ginha
bela realidade. É dividido em cinco temas:
Nader, que há anos trabalha como
biografia de Walter Elias Disney, a gestão
consultora nas áreas de marketing
empresarial da companhia, o modelo de
e de recursos humanos e é autora do
excelência da Walt Disney Company e o
livro A Magia do Império Disney, Editora
funcionamento dos parques.
Senac (veja box).
Ginha Nader iniciou sua carreira em 1972
Na produção das matérias deste especial, levando grupos de turistas para a Flórida,
surgiram histórias de sucesso de donos de pe- nos Estados Unidos, para o Walt Disney
quenos negócios que, mesmo sem saber, têm World Resort – o complexo de parques
o jeito Disney de administrar. Cíntia Silva, da em que está inserido o Magic Kingdom
Cíntia Fotografias, Terezinha Dotto, do Buffet (o Reino Mágico, mais conhecido no Bra-
Paris, e Rodrigo Rocha, do Rancho da Empada, sil como Disneyworld). Mas foi em 1986
demonstram que é possível adotar experiên- que passou a se dedicar exclusivamente
cias bem sucedidas, devidamente adequadas à ao estudo e pesquisa da vida e da obra de
realidade da empresa e fidelizar clientes, ala- Walt Disney.
vancar vendas e expandir o lucro. Boa leitura!
4
Fidelização
Pequenos detalhes,
grandes lucros
T odos nós, algum dia, já ouvimos o ditado: “são
as pequenas coisas que fazem a diferença”. Mas
como isso funciona no mundo dos negócios? Será
que a maior atenção a alguns detalhes aumenta a fi-
delidade de seus clientes? De acordo com especialis-
tas do Disney Institute, esta “estratégia” faz com que
2/3 dos clientes que já visitaram os parques do gru-
po voltem. Se levarmos em conta que cada visitante
vale US$ 50 mil e que somente em 2007 os parques
receberam mais de 116,5 milhões de pessoas, o valor
financeiro da fidelização é gigantesco.
“Oferecer um serviço de qualidade é obrigação
de todo empresário. O que a diferencia um empre-
endedor dos concorrentes é a pontualidade, o pre-
ço, a competência e a dedicação”, afirma a empre-
sária Cíntia Teresinha Duarte de Souza Silva, dona
da Cíntia Fotografias. Há 11 anos, ela mantém o seu
negócio no município de Lençóis Paulista com a
missão de eternizar momentos e resgatar emoções
por meio da imagem (fotografia e vídeo).
“Como fazer com que seu sonho se
torne realidade? Faça-o por meio
de seu trabalho”
Walt Disney
Segundo ela, a atenção aos detalhes e ao aten-
dimento têm lhe garantido bons lucros e ótimas
oportunidades de trabalho. São atitudes como
manter uma lista devidamente atualizada com
a data de aniversário de seus clientes e enviar
cartões ou e-mails de parabéns a todos, até um
balcão com água e chá para os visitantes da loja.
Lá, a tradicional fotografia vira pano de fundo
para outros produtos, como cortina, travesseiro,
cartões de visita, lembrancinhas de aniversário e
casamento, calendário, almofadas e diversos mo-
delos de porta-retrato. É a mágica da
fidelização de clientes.
A empresária afirma que a qualidade
precisa estar aliada à pontualidade por-
que, do contrário, não adiantará ter um
bom produto com preço bom. “Cliente
insatisfeito nunca mais volta. E o que
é pior: pode ainda não recomendar a
empresa para outras pessoas”, ressalta.
Apesar de não ter estatística oficial, ela
estima que oito em cada dez clientes
atendidos voltam a consumir e contra-
tar os serviços de sua empresa. Como
exemplo, Cíntia cita as fotos feitas em
festas de um ano de aniversário. “Te-
nho cliente que já me chamou para
fazer a foto da festa de aniversário de
sete anos”, comemora.
A empresária aposta no bom atendimento
e na qualidade dos serviços para que os
clientes sempre voltem
Especial
Disney
Gustavo Carrer, consultor de Marketing do Se-
brae-SP, lembra que o cliente, ao entrar em um es-
tabelecimento comercial, possui uma expectativa e
está sempre pronto para ser surpreendido. “Por isso,
o empresário deve ficar atento aos detalhes e oportu-
nidades para surpreender o cliente e tornar a visita
à sua empresa prazerosa”, diz. No entanto, segundo
ele, é preciso ter um estudo do público-alvo.
Atenção aos detalhes
O conforto e a preocupação em captar imagens
espontâneas levaram Cíntia a fazer algumas inova-
ções em sua empresa. Para facilitar a vida dos pais,
ela montou na sala que funciona como estúdio um
balcão (semelhante ao de um trocador de fraldas)
que utiliza para fotografar os bebês. Na sala há
brinquedos, roupas e fantasias, que as crianças –
principalmente aquelas que não gostam de fazer
fotos – usam para brincar enquanto são fotografa-
das ou filmadas.
Para se relacionar com os atuais e futuros clientes, a
empresária montou um site da empresa com espaço
para recebimento de sugestões e críticas, além de pe-
didos de informação. Ela conta que tanto as críticas
como os elogios são levados e discutidos durante as
reuniões quinzenais que faz com seus funcionários.
Com eles, o relacionamento também é harmonio-
so. Cíntia colocou uma lousa com a divisão de tare-
fas e espaço para recados internos e mantém ainda
um caderno de anotações para quando um funcio-
nário atender ao telefone anotar a data e para quem
era o recado e qual providência foi tomada para re-
solver o caso. Apesar dessas inovações, a empresária
também faz propaganda em duas rádios da cidade e
anúncios em jornais e panfletos.
Mas alerta: “tudo isso só vai funcionar se você acre-
ditar no seu sonho, saber fazer o serviço e manter o
foco no cliente”. E completa: “não esqueça a concor-
rência e busque sempre a satisfação de seu cliente,
que sempre será fiel e, assim, você conquistará na-
turalmente seu espaço diante da concorrência. Mas
não a subestime”. Gustavo Carrer concorda e acres-
centa: “na dúvida, não invente, use o bom senso”.
 5

Gestão de Pessoas

Especial
A equipe está na linha de frente Disney
do seu negócio: Valorize-a
O que há em comum entre o Buffet Paris e o
complexo de entretenimento Disney? Se sua
resposta foi “nada”, saiba que pequenas empresas
já estão adotando as melhores práticas de gestão e
administração da Disney, e obtendo resultados al-
tamente satisfatórios.
As fórmulas que levaram este gigante do entre-
tenimento ao sucesso absoluto – US$ 22 bilhões de
faturamento anual e mais de 60 mil colaboradores
– são velhas conhecidas da administração e podem
ser implantadas em qualquer empresa, indepen-
dente do porte.
Um dos patrimônios mais valorizados na Disney
é o capital humano, a equipe que está na linha de
frente deste negócio. Detalhes como sorrir, fazer
contato olho no olho do cliente, respeito e boas vin-
das; valorizar o mágico; criar soluções de atendi-
mento e sempre agradecer após qualquer uma das
tarefas realizadas são o diferencial que todo colabo-
rador precisa demonstrar no dia-a-dia nas empre-
sas criadas por Walt Disney.
Terezinha investe sempre em treinamento e ações motivacionais para sua equipe
A empresária Terezinha Maria Dotto, proprietária
Independente do porte da organização e o seg-
do Buffet Paris há 15 anos, em Guarulhos, São Pau-
mento em que a empresa atua, criar um clima favo-
lo, sabe bem a importância de manter uma equipe
feliz, afinal, seu principal produto é proporcionar
rável é fundamental para alcançar resultados. “Para “Você pode sonhar, projetar,
momentos de lazer e prazer aos clientes. Como a
que qualquer negócio atinja seu objetivo, é necessá- criar e construir o lugar mais
rio que o empresário se preocupe não somente com
maioria de seus colaboradores é free lancer, Terezi-
o cliente externo, mas com o seu cliente interno, ou
maravilhoso do mundo, mas
nha investe em treinamentos e ações motivacionais
seja, o seu colaborador é fator estratégico no envio precisa de pessoas para tornar o
para criar um vínculo do profissional com a empre- sonho realidade”
da mensagem que a empresa deseja transmitir para
sa. “Dentro do nosso programa de incentivo temos
o prêmio destaque do semestre, para o qual cola-
o mercado. Claro que investir em treinamento aju- Walt Disney
da bastante, mas o ambiente interno adequado é
boradores são indicados pelos colegas de trabalho.
fundamental”, destacou a consultora.
Além disso, aplicamos uma pesquisa de satisfação
após cada evento, colhendo a nota que o cliente dá
ao atendimento. A meta da equipe é ter 70% de ‘óti-
mo’, e o funcionário ganha uma estrela a cada nota Confira abaixo algumas dicas enraizadas
máxima. No final de seis meses, a somatória das es- no jeito Disney de administrar:
trelas vale brindes como aparelhos de DVD, bolsas,
entre outros”, explicou. Demonstre reconhecimento e valorização pela dedicação das pessoas da equipe.
Faça reuniões periódicas para integrar, informar, ouvir, buscar soluções em conjunto.
“Walt Disney partiu da premissa de que uma Dê suporte nas situações e projetos novos.
pessoa só poderá encantar outra se estiver devida- Prepare a equipe para desenvolver maturidade suficiente para trabalhar com delegação.
mente encantada com a ideia ou negócio; por isso, Estimule e dê autonomia para a equipe trazer soluções, sugestões e assumir responsabilidades.
o investimento em treinamentos motivacionais Estimule o bom humor, a energia e o entusiasmo e seja exemplo dessas competências.
sempre foi foco principal para formação de equi- Desempenhe o papel de líder coach: treinador, desenvolvedor, orientador, motivador e facilita-
pes do grupo da Disney, baseados em quatro fato- dor de resultados.
res fundamentais: eficiência, cortesia, segurança e Dê e receba feedback constantemente.
show”, comentou Maria Cristina Alves, consultora Administre conflitos a fim de manter o clima de cooperação acima da competição.
do Sebrae-SP.
6

Marca

Pequenas empresas descobrem Especial

Disney
a mágica de encantar clientes
T er uma marca reconhecida no mercado e criar
hábitos de consumo no cliente é o sonho de
todo empresário; afinal, é assim que se alcança a
meira empada. “O produto sempre foi des-
valorizado por não ser saudável e, muitas
vezes, malpreparado.
Mais do que solidificar o nome, o Rancho da
Empada conseguiu instituir um hábito de con-
sumo, quer dizer, fazer com que clientes tenham
tão sonhada reputação, conceito que está na lista o costume de sair de casa para degustar uma
Começamos a modificar este conceito investin-
de prioridades de grandes complexos empresa- comida rápida, na loja dele. Como em todos os
do em matéria-prima de primeira linha, proces-
riais. Mas se engana quem pensa que isto só é segmentos, o empresário já enfrenta uma con-
so de produção de alta qualidade e, aos poucos,
possível aos grandes empreendimentos. Marcas corrência, que apostou neste hábito. “Era um ni-
fomos surpreendendo os clientes. Muitos deles
sólidas e hábitos enraizados já são comuns tam- cho que estava aberto e que a gente preencheu.
chegavam dizendo que não gostavam de empa-
bém nos pequenos negócios. Outras pessoas já enxergaram a mesma opor-
da, mas que a nossa eles compravam. Encontra-
tunidade. Vejo mais espaço para o crescimen-
Quem garante isso é Rodrigo Reed Rocha, dire- ram um produto totalmente diferenciado do que
to deste negócio. Por isso, já estamos projetan-
tor administrativo da Rede Rancho da Empada, existe no mercado”, comentou.
do nossa expansão para o interior e o litoral de
em São Paulo, capital. O negócio, que começou
Para Matos, a marca é um componente do atrati- São Paulo”, afirmou.
em um trailler na porta da casa do pai dele, ven-
vo do negócio e a melhor linha de atuação é aquela
dendo 20 empadas por dia, hoje tem sete lojas,
em que a empresa desenvolve um produ-
sendo uma fábrica, 200 colaboradores e uma pro- “Você erra 100% dos chutes
to ou serviço, adapta à necessidade de
dução de 20 mil empadas por dia. “Quando meu
pai e o sócio começaram jamais imaginaram que
mercado e a imagem vai sendo cons- que não dá”
truída pelo encantamento do mer- Walt Disney
chegaríamos onde estamos. Eles haviam fecha-
cado, ou seja, o cliente se sente bem
do um negócio anterior e acabaram abrindo esta
atendido pelo produto ou serviço e
portinha na frente de casa”, comentou. “Criar este hábito é o resultado de uma ex-
vai atribuindo valor a ele.
celência de exploração de um nicho de merca-
A trajetória da empresa é muito comum a boa
“A reputação do produto constrói do, no caso, o fast food. O ideal é que se consiga
parte das micro e pequenas empresas que nascem
a marca. A principal vantagem é que, manter a energia do negócio, surpreendendo o
com o trabalho da família e vão crescendo. Mas,
além de crescer forte, ela também cliente a cada dia, com novos sabores e no-
neste caso, agregou-se aí um componente mui-
se faz sozinha, pelo boca vos processos de servir ou produzir,
to importante que fez a diferença: a construção
a boca, sem exigir para manter o efeito surpresa.
de uma marca forte pelo encantamento do clien-
investimento de Este é o efeito Disney: o encan-
te. Uma tática que vem sendo apontada como a
divulgação”, tamento contínuo, ou seja,
fórmula de sucesso da Disney, maior complexo
acrescentou. entregar mais do que o
mundial de entretenimento.
cliente espera receber”,
Para o gerente de Orientação finalizou Matos.
Empresarial do Sebrae-SP, Anto-
nio Carlos De Matos, o encanta-
mento do cliente foi a peça chave
para a reputação que a marca Ran-
cho da Empada, premiada por
quatro vezes como “Melhor
Salgado de São Paulo”, pela
Revista Veja, construiu.
Para o empresário, su-
perar a expectativa do
cliente sempre foi o prin-
cipal objetivo desde a pri-

A família de Rodrigo Reed

Rocha criou o conceito do
consumo de empadas
 7

Competitividade

Tecnologia mais presente nas MPEs

O uso de tecnologias para inovar produtos e
processos não é novidade para os empre-
sários de pequenos negócios, que já aplicam dife-
rentes metodologias para melhoria da competiti-
vidade no mercado. Essa realidade é observada
também na utilização da informatização para
fechamento de caixas, precificação, redução de
custos e planejamento de atividades, apontados
como importante diferencial.
Pesquisa divulgada em dezembro pelo Sebrae-
SP, As Tecnologias de Informação e Comunicação
nas MPEs Brasileiras, mostra que os pequenos
negócios de todo o País incorporaram definiti-
vamente as ferramentas tecnológicas para con-
dução de seus negócios: 91% usam celular, 75%
possuem computador e 71% acessam a internet
para a gestão de suas atividades.
O ambiente de negócios nesta área está aque-
cido, devido ao crescimento de métodos baratos,
dos softwares integrados de gestão e da conver-
gência digital, que une duas ou mais ferramentas
para reduzir os custos de produção (como Voip,
Smartphones, entre outros) e isso tem sido uma
Luiz Sampaio controla melhor os negócios de sua empresa com o software de gestão integrado
vantagem para as MPEs que se adaptam às opor-
tunidades, por serem mais ágeis.
até o a produto final. Sei exatamente quanto eu Para o coordenador da pesquisa e gerente do
O desafio agora é aperfeiçoar o controle das
gasto e avalio o emprego de tempo e dinheiro em Observatório das Micro e Pequenas Empresas da
atividades, melhorando a integração dessas fer- instituição, Marco Aurélio Bedê, “a populariza-
cada etapa. O controle é muito mais rígido e pre-
ramentas para a gestão dos negócios e os proces- ção dos equipamentos de informática e a maior
ciso, além de mais rápido”, explica.
sos administrativos. oferta de serviços de internet têm favorecido os
Perfil tecnológico pequenos negócios a entrar no mundo da infor-
Quem já começou a investir nisto garante que
os resultados são positivos. É o caso de Luiz Be- Embora a proporção de uso do celular ultra- matização. Com isso, as MPEs estão descobrin-
zerra Sampaio, proprietário da TLC Manuten- passe o computador e a internet, estes últimos do, cada vez mais, a importância e o potencial
ção Industrial, empresa metalúrgica no mercado tiveram crescimento mais acentuado em dez da informatização em termos de conquistar mais
desde 1999. Há dois anos, o empresário investiu anos. De acordo com estudo do Sebrae-SP, en- competitividade, maior controle da empresa,
em um software de gestão integrado ao qual ele quanto o percentual de MPEs com celular mais maior acesso às informações de mercado e me-
atribui maior organização da produção, além de do que dobrou, saltando de 42%, em 1998, para lhor gestão empresarial”.
economia de tempo e dinheiro. “Tenho controle 91%, em 2008, a proporção de uso de internet em O estudo do Sebrae-SP foi realizado junto a
mais rápido e eficaz dos meus negócios, localizo 2008 (71%) ficou dez vezes maior que em 1998 mais de quatro mil empresas de pequeno porte
os preços mais rapidamente e ainda consulto as (7%). O crescimento acelerado também foi obser- do Brasil.
metas de produção, os resultados, o histórico e o vado no número de micro e pequenas empresas
valor empregado em cada etapa”, conta. com acesso a computadores, que passou de 16%
(1998) para 75%, dez anos depois. Além disso, a
Serviço:
Sampaio diz ainda que o uso integrado destas
importância que os empresários atribuem ao uso Veja a íntegra da pesquisa no portal
ferramentas refletiu também na diminuição de
do Sebrae-SP, www.sebraesp.com.br,
desperdícios e a rapidez dos processos. “Tenho de microcomputadores é maior: 60%, contra 56%
na área Conhecendo as MPEs.
tudo estabelecido no sistema, desde a fabricação ao uso de celular e 51% para a internet.
8

O Sebrae-SP não se responsabiliza pelas informações disponibilizadas neste espaço

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O SEBRAE-SP premia dia 18 de fevereiro de 2009,

Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. São elas:

Categoria Empresa Categoria Grupo de Produção Formal

Ana Paula Cury Francisco Paola Borges Barcellos Tucunduva Cleonice de Souza Alves
Drogacentro (Piraju) Rotovic Lavanderia (Americana) Comapre (Porto Feliz)

Catia Regina Marzola de Lima Renata da Silva Ramos Coneglian Deli Espindola
Paraíso do Lazer (Ocauçu) Academia Passo a Passo (Lençóis Paulista) Aldeia do Futuro (São Paulo – Americanópolis)

Simone Cristina Costa e Souza Lenita Aparecida de C. Rodrigues

CNA (Presidente Prudente) Cooper Art Camp (Campinas)

Giovana Guedes Barbieri Teresinha Maria Dotto Leandra Barbosa Vilas Boas
Ecoação – Turismo de Aventura (Brotas) Acamart (Martinópolis)

Julia Veronica Fernandes de Carvalho Tomoe Fatima Yamamoto Silva

Ousadia Baby (Marília) Farmácia Homeoderm (Jaboticabal)

Lidia Espallargas Gimenez

Farma Lidia (São Paulo)

APOIO: REALIZAÇÃO:
12
Legislação
Formalização a favor
dos empresários
U
ma lei sancionada pelo presidente Lula, no úl-
timo 19 de dezembro, promete mudar o dia a
dia de milhares de empreendedores. Pela Lei Com-
plementar 128, foi criada a figura do Microempre-
endedor Individual (MEI), que passa a vigorar a
partir de 1º de julho deste ano. A previsão é que esta
medida beneficie mais de dez milhões de empreen-
dedores no País. Poderão se inscrever como micro-
empreendedor individual costureiras, sapateiros e
artesãos com receita bruta anual de até R$ 36 mil,
que optarem pelo Simples Nacional e tiverem até
um empregado.
Com a lei, os microempreendedores individuais
ficam isentos de praticamente todos os tributos. Pa-
gam apenas valor fixo mensal de 11% do salário-mí-
nimo de INSS para aposentadoria pessoal, que hoje
equivale a R$ 45,65, mais R$ 1 de ICMS (comércio
e indústria) ou R$ 5 de ISS (serviços). Se tiver em-
pregado, o MEI retém 8% do salário pago e comple-
menta com mais 3% para o INSS do trabalhador. O
tempo mínimo de contribuição é de 15 anos.
Formalizado como MEI, o empreendedor passa
ainda a ter direito à aposentadoria por idade ou
invalidez, seguro por acidente de trabalho e licen-
ça-maternidade. A família também tem direito à
pensão por morte do segurado e auxílio-reclusão.
Ele passa a integrar o Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídica (CNPJ), poderá ter conta bancária e outros
benefícios como acesso
a linhas de financia-
mento especiais
com juros reduzi-
dos e participação
nas licitações
públicas.
Artesãos estão entre os que
se beneficiarão do MEI
Super Simples
Entre outras mudanças aprovadas no fim do ano
passado e que passaram a valer a partir de 1º janei-
ro de 2009, conforme noticiou o portal do Sebrae-
SP, estão as novas regras do Simples Nacional, que
ampliou os segmentos que podem aderir ao sistema
tributário simplificado, como serviços de instalação,
reparos e manutenção em geral; decoração e paisa-
gismo; laboratórios de análises clínicas ou de pato-
logia clínica; serviços de tomografia, diagnósticos
médicos por imagem, registros gráficos e métodos
óticos, além de ressonância magnética e serviços de
prótese em geral; indústria de bebidas não-alcoóli-
cas e não-refrigerantes; escolas de ensino médio e
pré-vestibulares. Esses setores puderam optar pela
mudança de regime tributário durante todo o mês
de janeiro, prazo também estipulado para parcela-
mento de dívidas.
Além dessas mudanças, a nova lei também trou-
xe reformulações na tabela do Simples Nacional.
Os escritórios de serviços contábeis, por exemplo,
migram da tabela 5 para a tabela 3, mais vantajo-
sa. Também passam para essa tabela empresas de
vigilância, limpeza e conservação, que estavam na
tabela 4, mais onerosa.
Em relação à cobrança do ICMS, a nova lei possi-
bilita resolver situações como a cobrança do diferen-
cial de alíquota interna e externa do imposto e com
valor agregado, além da substituição tributária que
alcança setores com grande concentração de MPEs,
como material de construção, alimentação e vestuá-
rio. Agora, as regras de substituição tributária para
o segmento serão definidas pelo Comitê Gestor do
Simples Nacional.
A lei permite também que indústrias optantes do
Simples Nacional transfiram crédito do ICMS para
grandes clientes, facilitando as vendas. E dá autono-
mia para estados e municípios concederem incenti-
vos tributários às micro e pequenas empresas sem
depender do Conselho Nacional de Politíca Fazen-
dária (Confaz).
Serviço:
Mais informações sobre as mudanças da Lei
no site do Sebrae-SP: www.sebraesp.com.br.
A agenda de tributos completa pode ser acessada no portal
AGENDA DE TRIBUTOS
Fevereiro de 2009
06
Último dia para o pagamento dos salários, para
recolhimento da contribuição para o FGTS e para
encaminhar ao Ministério do Trabalho a relação
de admissões, transferências e demissões de
empregados. Todos relativos ao mês de janeiro
de 2009.
13
Último dia para o pagamento unificado dos tri-
butos devidos pelas microempresas e empresas
de pequeno porte, optantes pelo Simples Nacio-
nal, incidentes sobre a receita bruta do mês de
dezembro de 2008; para o pagamento do ICMS
devido pelas MPEs também optantes pelo Super-
Simples, referente à diferença de carga tributária
na aquisição de produtos de outros estados; e
para recolhimento das contribuições dos empre-
gados domésticos e contribuintes individuais, re-
ferentes à competência janeiro de 2009.
20
Último dia para o pagamento unificado dos tribu-
tos devidos pelas microempresas e empresas de
pequeno porte, optantes pelo Simples Nacional,
incidentes sobre a receita bruta do mês de janei-
ro de 2009; para contribuição previdenciária das
pessoas jurídicas e produtores rurais, calculada
sobre o total da folha de pagamento, do pró-labo-
re retido dos sócios, pagamento a autônomos e
do valor retido dos empregados; e para a entre-
ga, contra-recibo, da cópia da GPS ao sindicato
representativo da categoria profissional. Esses
tributos também se referem à atividade de janeiro
de 2009.
Dia 20 é a data também para o recolhimento das
seguintes contribuições:
- PIS / Pasep.
- Código Darf:
PIS - Folha de Pagamento: 8301
PIS - Faturamento: 8109
- Alíquotas:
Lucro presumido – 0,65%
Folha de pagamento – 1%
- PIS/Pasep não-cumulativo:
Código Darf: 6912
Alíquotas:1,65%.
- Cofins:
Código Darf: 2172
Alíquota: 3%.
- Cofins não-cumulativo:
Código Darf: 5856
Alíquotas: 7,6%.
27
Último dia para pagamento do Imposto de Ren-
da devido pelas empresas optantes pelo Simples
Nacional, incidente sobre os ganhos de capital
(lucros) obtidos na alienação de ativos no mês de
janeiro de 2009 e para a entrega da DES, relativa
ao mês de dezembro de 2008, pelos prestadores,
tomadores ou intermediários de serviços tributa-
dos pelo ISS.
w w w. s e b r a e s p . c o m . b r