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AULA
Teorema do homomorfismo
Metas da aula
Apresentar o teorema do homomorfismo de anéis e
sua demonstração. Realizar outra demonstração
do teorema do resto chinês.
objetivos

Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:


• Demonstrar o teorema do homomorfismo.
• Demonstrar que os anéis Zn e Z /nZ são isomorfos.

Pré-requisitos
Você vai precisar dos conhecimentos sobre
anéis e ideais, desenvolvidos nas Aulas 21 a 23 de
Álgebra I, e Aulas 1 e 2 deste curso.
Álgebra II | Teorema do homomorfismo

INTRODUÇÃO Todo homomorfismo gera um isomorfismo entre um anel quociente e o anel


imagem do homomorfismo. Esse importante resultado será o tema desta aula.
Como aplicação, vamos rever o teorema do resto chinês, visto no seu curso de
Álgebra I, obtendo, agora, uma nova demonstração.
Vamos começar revendo a definição de isomorfismo de anéis, apresentada
na aula anterior.

DEFINIÇÃO 1

Um homomorfismo ƒ : A → B é chamado de um isomorfismo se


for, também, uma bijeção. Nesse caso, dizemos que A e B são isomorfos
e denotamos A ≈ B.
O resultado principal desta aula, o teorema do homomorfismo,
é similar a um resultado correspondente sobre os homomorfismos de
grupos, apresentado no curso de Álgebra I.
Lembre, da aula anterior, que dado o homomorfismo de anéis
ƒ : A → B, então o conjunto imagem de A, ƒ(A), é um subanel de B e o
núcleo de ƒ, N(ƒ), é um ideal de A.

TEOREMA DO HOMOMORFISMO DE ANÉIS

Dado um homomorfismo ƒ : A → B entre os anéis A e B,


então existe um isomorfismo de anéis ϕ : A/N (ƒ) → ƒ(A) que satisfaz
ƒ = ϕ ο π, onde π : A → A/N (ƒ) é o homomorfismo canônico.
Representamos esse resultado pelo seguinte esquema.
ƒ
A ƒ(A) ⊂B
π
ϕ

A/N (ƒ)

A/N (ƒ) ≈ ƒ(A)

É de suma importância que você acompanhe passo a passo todas


as etapas desta demonstração. Ela é longa e será dividida em várias
etapas para facilitar a sua compreensão. Para que você não se perca
na argumentação, leia e releia com atenção cada uma de suas etapas.
Certifique-se de que você entendeu cada passagem e faça suas próprias
anotações, justificando as passagens que você considera mais difíceis.
Vamos lá então!
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Demonstração

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AULA
Vamos dividir a demonstração em alguns passos.
1o Passo: Vamos definir uma função ϕ : A/N(ƒ) → ƒ(A), segundo
o diagrama anterior.
Para isso, definimos ϕ(a ) = ƒ(a) para todo a = a + N(ƒ) ∈ A/N(ƒ).
Então, precisamos provar que ϕ é, de fato, uma função bem definida,
o que significa mostrar que se a = b, então ϕ(a) = ϕ(b), ou seja, se
a = b, então ƒ(a) = ƒ(b). Suponhamos, então, que a = b. Da aula anterior,
sabemos que N(ƒ) é um ideal de A, logo, a – b ∈ N(ƒ) e, portanto,
ƒ(a – b) = 0B. Assim,

ƒ(a) – ƒ(b) = ƒ(a – b) = 0B,


ou seja,
ƒ(a) = ƒ(b),
ou, equivalentemente, pela definição de ϕ, que ϕ(a) = ϕ(b). Concluímos,
assim, que ϕ é, de fato, uma função de A/N (ƒ) em ƒ(A).

2o Passo: Vamos mostrar que ϕ é um homomorfismo. Para isso, basta


verificar que ϕ satisfaz os axiomas de homomorfismo vistos na Aula 2.
Se a, b ∈ A/N (ƒ), temos:

H1.
ϕ(a + b) = ϕ(a + b)
= ƒ(a + b) pela definição de ϕ
= ƒ(a) + ƒ(b) pois ƒ é homomorfismo
= ϕ(a) + ϕ(b) pela definição ϕ.
H2.
ϕ(a . b) = ϕ(a . b)
= ƒ(a . b) pela definição de ϕ
= ƒ(a) . ƒ(b) pois ƒ é homomorfismo
= ϕ(a) . ϕ(b) pela definição ϕ.
H3.
ϕ(1A) = ƒ(1A) pela definição de ϕ
= 1A pois ƒ é homomorfismo.

Concluímos, assim, que a função ϕ é um homomorfismo entre


os anéis A/N (ƒ) em ƒ(A).

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Álgebra II | Teorema do homomorfismo

3o Passo: Vamos provar, agora, que ϕ é uma função bijetora.


Vamos começar provando que ela é injetora. Pela Proposição 2, item 2,
da Aula 7, basta mostrar que N (ϕ) = {0A}. Seja a ∈ N(ϕ), então, pela
definição de ϕ, ƒ(a) = ϕ(a) = 0B, ou seja, a ∈ N(ƒ). Portanto, a = a +
N(ƒ) = 0A. Isso prova que N (ϕ) = {0A}.
Caso você ache essa argumentação muito abstrata, vamos
apresentar a demonstração clássica de injetividade, que consiste em
provar que se ϕ(a) = ϕ(b), então a = b. De fato, se ϕ(a) = ϕ(b) , temos
que ƒ(a) = ƒ(b), pela definição de ϕ, logo ƒ(a) − ƒ(b) = 0. Daí,

ƒ (a – b) = ƒ(a) − ƒ(b) = 0,

e isso significa que a – b ∈ N(ƒ), ou seja, a = b. Pois, lembre


que a ∈ A/N(ƒ).
Finalmente, ϕ é uma função sobrejetora, pois dado y ∈ƒ(A)
arbitrário, então existe a ∈ A tal que y = ƒ(a) e, como ϕ(a) = ƒ(a),
segue que y = ϕ(a).

Concluímos, assim, que a função ϕ: A/N (ƒ) → ƒ(A), definida por


ϕ(a) = ƒ(a), é um homomorfismo bijetor, ou seja, é um isomorfismo e,
portanto, temos A/N (ƒ) ≈ ƒ(A).

Esperamos que você tenha apreciado a demonstração desse belo


teorema. Uma conseqüência imediata do Teorema do Homomorfismo é:

Corolário 1

Se ƒ : A → B é um homomorfismo sobrejetor, então A/N (ƒ) e B


são anéis isomorfos, isto é, A/N (ƒ) ≈ B.

Demonstração

Como ƒ é sobrejetora, temos ƒ(A) = B e, pelo teorema do


homomorfismo, temos A/N (ƒ) ≈ ƒ(A). Portanto, concluímos que
A/N (ƒ) ≈ B.

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Corolário 2

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AULA
Seja n ∈ Z, n > 0. Então os anéis Z/nZ e Zn são isomorfos, isto
é, Z/nZ ≈ Zn .
A demonstração deste corolário você vai realizar, agora, como
sua primeira atividade desta aula.

ATIVIDADE

1. Nesta atividade, você vai demonstrar o Corolário 2. Para isso, seja ƒ : Z → Zn


a função dada por ƒ(a) = a , onde a é a classe residual de a módulo n. Mostre
que:

a) ƒ é um homomorfismo sobrejetor;

b) N(ƒ) = nZ;
c) Z/nZ ≈ Zn.

Agora, vamos utilizar o corolário anterior para provar o teorema


do resto chinês.

TEOREMA DO RESTO CHINÊS

Sejam m, n ∈ Z, m, n > 0, tais que mdc(m, n) = 1. Então os anéis


Zmn e Zm X Zn são isomorfos.

Lembre que Zmn = {[a]mn a ∈ Z } e Zm X Zn = {([a]m , [a]n)


[a]mn ∈ Zm e [a]n ∈ Zn }. Lembre, também, que dois inteiros m e n com
mdc(m, n) = 1 são chamados de primos relativos (ou, primos entre si), o que
significa que m e n não têm divisor primo comum.

Demonstração

Consideremos a função ƒ : Z → Zm X Zn definida por ƒ(a) =


([a]m , [a]n), onde [a]m e [a]n denotam as classes residuais de a ∈ Z,
módulo m e módulo n, respectivamente.

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Álgebra II | Teorema do homomorfismo

1o Passo: provar que f é um homomorfismo de anéis.


A demonstração desse fato é mais uma atividade proposta
para você.

ATIVIDADE

2. Prove que função ƒ : Z → Zm X Zn, definida por ƒ(a) = ([a]m , [a]n), é


um homomorfismo de anéis.

Veja que propriedades você deve provar e tente adaptar as provas parecidas
que já fizemos.

2o Passo: vamos mostrar que N(ƒ) = mnZ, onde N(ƒ) é o núcleo


de ƒ.
Vamos começar pela primeira inclusão: N(ƒ) ⊃ mnZ. Se
a ∈ mnZ, então a é múltiplo de mn, isto é, mn a (lembre que
esse símbolo significa mn divide a). Como m mn e n mn, temos
que m a e n a , ou seja, [a]m = [0]m e [a]n = [0]n. Assim, ƒ(a) =
([a]m , [a]n) = ([0]m , [0]n) = 0Zm x Zn . Isso significa que a ∈ N(ƒ).
Vamos provar, agora, a segunda inclusão: N(ƒ) ≠ mnZ.
Seja a ∈ N(ƒ), então ƒ(a) = ([a]m , [a]n) = 0Zm x Zn = ([0]m , [0]n). Daí,
segue que [a]m = [0]m e [a]n = [0]n. Logo, m a e n a . Como m a,
n a e mdc(m,n) = 1 então, por propriedade conhecida do seu curso
de Álgebra I, segue que m a, ou seja, a é múltiplo de mn. Portanto, a
∈ mnZ.
Concluímos assim, que N(ƒ) = mnZ.

3o Passo: vamos provar que Zmn ≈ ƒ(Z).


Nos passos anteriores mostramos que ƒ : Z → Z m X Z n é
um homomorfismo com núcleo N(ƒ) = mnZ. Pelo Teorema do
Homomorfismo, segue que Z/mnZ ≈ ƒ(Z). Agora, pelo Corolário 2,
segue que Zmn ≈ Z/mnZ. Logo, pela Proposição 3 da Aula 7, segue que
Zmn ≈ ƒ(Z).

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4o Passo: para finalizar, vamos mostrar que ƒ (Z) → Zm X Zn.

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Como Zmn e f(Z) são isomorfos, então Zmn e ƒ (Z) têm o mesmo

AULA
número de elementos. Sabemos que Zmn tem m . n elemento, portanto,
ƒ (Z) também tem m.n elementos. Mas, ƒ (Z) ⊂ Zm X Zn. Como
Zm X Zn também tem m.n elementos, concluímos que ƒ (Z) = Zm X Zn.
Dos passos anteriores, concluímos que Zmn = Zm X Zn sempre
que mdc(m,n) = 1.

ATIVIDADE FINAL

Sejam n, K ∈ Z, n, K > 0. Seja ƒ : ZKn → Zn definida por ƒ ([a]Kn ) = [a]n, onde [a]Kn
e [a]n são as classes residuais de a, módulo kn e módulo n, respectivamente.

a) Mostre que ƒ é um homomorfismo de anéis.

b) Mostre que N(ƒ) = nZKm = {n . [x]Kn [x]Kn ∈ ZKn }.

c) Mostre que ƒ é sobrejetora e conclua que os anéis ZKn / nZKn e Zn são isomorfos,
isto é, ZKn /nZKm ≈ Zn.

RESUMO

Nesta aula, você viu o importante teorema do homomorfismo, muitas vezes


também chamado de teorema do isomorfismo. Esse teorema afirma que dado um
homomorfismo de anéis ƒ : A → B, então os anéis A/N (ƒ) e ƒ(A) são isomorfos.
Ele é um mecanismo de criação de isomorfismos e, assim, uma importantíssima
ferramenta de comparação de anéis. Fizemos uma bela aplicação desse teorema
quando provamos o teorema do resto chinês, que afirma que os anéis Zmn e Zm
X Zn são isomorfos sempre que mdc(m,n) = 1.

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Álgebra II | Teorema do homomorfismo

RESPOSTAS

Atividade 1

a) Para mostrar que ƒ é homomorfismo, sejam a, b ∈ Z, então

H1. ƒ (a + b) = a + b = a + b = ƒ(a) + ƒ(b);

H2. ƒ (a . b) = a . b = a . b = ƒ(a) . ƒ(b);

H3. ƒ(1) = 1 = 1Zn ,

ou seja, ƒ é um homomorfismo. Mais ainda, é um homomorfismo sobrejetor, pois,


dado a ∈ Zn , temos ƒ(a) = a com a ∈ Z.

b) Para provar que os dois conjuntos são iguais, seja

a ∈ N(ƒ) ⇔ ƒ(a) = 0

⇔a =0
⇔ a ≡ 0 (mod n)

⇔n a

⇔ a ∈ nZ.

Assim, concluímos que N(ƒ) = nZ.

c) Sabendo que ƒ : Z → Zn é um homomorfismo sobrejetor, segue, agora,


diretamente do corolário 1, que Z /N(ƒ) ≈ Zn. E, como N(ƒ) = nZ, então, concluímos
que Z /nZ ≈ Zn.

Atividade 2

Precisamos verificar que ƒ : Z → Zm x Zn, definida por ƒ(a) = ([a]m , [a]n), satisfaz
os três axiomas de homomorfismo.

H1.

ƒ(a + b) = ([a + b]m , [a + b]n), para todo a, b ∈ Z

= ([a]m + [b]m , [a]n + [b]n)

= ([a]m + [a]n ) + [b]m + [b]n)

= ƒ(a) + ƒ(b);

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H2.

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AULA
ƒ(a . b) = ([a . b]m , [a . b]n), para todo a, b ∈ Z

= ([a]m . [b]m , [a]n . [b]n)

= ([a]m , [a]n ) + ([b]m , [b]n)

= ƒ(a) . ƒ(b);

H3. ƒ(1) = ([1]m , [1]n) = 1Zm X Zm .

Assim, concluímos que ƒ é um homomorfismo de anéis.

Atividade Final

a) Vamos verificar que f satisfaz os axiomas de homomorfismo. Sejam a, b ∈ Z, então

H1.

ƒ([a]Kn . [b]Kn) = ƒ([a + b]m ), para todo a, b ∈ Z

= [a + b]n , pela definição de ƒ


= [a]n + [b]n
= ƒ(a) + ƒ(b);

H2.

ƒ([a]Kn . [b]Kn) = ƒ([a . b]Kn ) para todo a, b ∈ Z

= [a . b]n , pela definição de ƒ


= [a]n . [b]n
= ƒ(a) . ƒ(b);

H3.

ƒ(1ZKn) = ƒ([1]Kn )

= [1]n , pela definição de ƒ

= 1Zn .

Assim, concluímos que ƒ é um homomorfismo de anéis.

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Álgebra II | Teorema do homomorfismo

b) Vamos calcular o núcleo de ƒ. Sabemos que N(ƒ) = {[a]Kn ∈ ZKn ƒ ([a]Kn ) = 0Zn
= [0]n }. Temos
ƒ ([a]Kn ) = [0]n ⇔ [a]n = [0]n

⇔ a = nt, t ∈ Z

⇔ [a]Kn = n. [t]Kn

⇔ [a]Kn ∈ nZKn.

Portanto, concluímos que N(ƒ) = nZKn = {n . [x]Kn [x]Kn ∈ ZKn }.

c) Para mostrar que ƒ : ZKn → Zn é sobrejetora, basta observar que dado [a]n ∈
Zn, então ƒ ([a]n ) = [a]n . Agora, pelo Teorema do Homomorfismo, concluímos que
ZKn/ N(ƒ) ≈ Zn e, como N(ƒ) = nZKn , temos ZKn / nZKn ≈ Zn.

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