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HERMENÊUTICA
Professor: Pr. Alexandre B. Dutra
Apostila feita por: Paulo Henrique Tavares – Professor do Seminário Batista Emaús
I – EMENTA:
Um estudo dos princípios básicos da interpretação bíblica, que se atém a mostrar alguns tipos
de literaturas que compõem o texto bíblico em sua peculiaridade. A disciplina inclui uma abordagem
introdutória para aproximar o aluno, não somente do método de interpretação, mas também da sua
aplicação no estudo bíblico. Toda a base do curso está centrada em mostrar a importância de se
interpretar o texto bíblico de modo literal, assim valorizando o método histórico-litero-gramatical.
II – OBJETIVOS:
1) Explicar a importância da hermenêutica para o estudo e ensino correto das Escrituras Sagradas.
Atividade Data
Uma interpretação de Mt 25.1-13
Faça a interpretação de Jo 11.35
Qual o significado do “lava pés” Jo 13
IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
- As qualificações do Hermeneuta
- História da interpretação
- As relações da Hermenêutica com as demais disciplinas do estudo bíblico
- Princípios de Interpretação Bíblica (Geral e especial)
- Métodos literários
V – BÍBLIOGRAFIA BÁSICA:
ZUCK, Roy B. A Interpretação da Bíblia. São Paulo: Edições Vida Nova. 1994
VI – BÍBLIOGRAFIA SUGERIDA:
CARSON, D. A. Os Perigos da Interpretação Bíblica. São Paulo: Edições Vida Nova. 2 ed.
2001
FEE, Gordon D. & STUART Douglas. Entendes o Que Lês? São Paulo: Edições Vida Nova,
1984.
GRUDEM, Wayne, editor. Cessaram os Dons Espirituais? 4 pontos de vista. São Paulo:
Editora Vida, 1996.
GUNDRY, Stanley, editor. Lei e Evangelho: cinco pontos de vista. São Paulo: Editora Vida,
2003.
LOCKYER, Herbert. Todas as Parábolas da Bíblia. São Paulo: Editora Vida. 1999.
LOPES, A. Nicodemus. A Bíblia e seus Interpretes. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004.
MCDOWELL, Josh. Evidencias que Exigem Um Veredicto. São Paulo: Editora Candeia,
1992.
VANHOOZER, Kevin. Há Um Significado Neste Texto. São Paulo: Editora Vida. 2006.
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1.1.1- Origens:
Diz-se que a palavra hermenêutica deve sua origem ao nome de Hermes, o deus
grego que servia de mensageiro dos deuses, transmitindo e interpretando suas
comunicações aos seus afortunados ou, com freqüência, desafortunados destinatários1.
1.1.2.2 - Grego.
1
VIRKLER, Henry. Hermenêutica Avançada. São Paulo: Editora Vida, 2001. p. 9
2
COENEN, Lothar e BROWN, Colin. Dicionário Internacional de Teologia. 2 ed. São Paulo, 2000. p.777.
3
COENEN, op. Cit. p. 778
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1.1.3- Definição.
4
COENEN, op. Cit. p. 779
5
MERKH, David. Material não publicado. p. 1
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ZUCK, Roy B. A interpretação Bíblica. São Paulo: Edições Vida Nova, 1994. p. 22
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1.1.4.1 - Exegese:
1.1.4.2 - Exposição:
1.1.4.3 - Homilética:
7
MERKH, op. Cit. p. 2
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1.1.4.4 - Pedagogia:
1.2.1.4 - Todo esse estudo não está abafando, ou negando a ação e obra do
Espírito Santo?
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MERKH, op. cit. p. 3 em citação a RAMM.
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1.2.1.6 - A Bíblia torna-se a Palavra de Deus quando ela fala para mim.
1.2.1.7 - O que o texto significa para mim é o mais importante! Ele se aplica
devido às experiências que vivo!
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II Co 4.2 _______________________________________________
II Pe 3.16 _______________________________________________
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Qualquer pessoa que tenha um mínimo de conhecimento sobre o assunto pode ser um
interprete de literaturas comuns, porém no que se refere a interpretar a Bíblia é necessário ao
interprete algumas qualificações especiais.
Uma pessoa que não tem o Espírito Santo, não conseguirá interpretar a Bíblia, pois
não se trata de um Livro comum. I Co 2.14
Alguém que não entende quem Deus é, não tem temor pelo que representa as
descobertas de Sua Palavra, não está qualificado para ser um bom interprete das
escrituras.
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Se alguém esquecer que estudo bíblico tem total dependência da sua vida de oração
não está qualificado para ser um interprete da Bíblia.
É necessário para aquele que se propõe a interpretar a Bíblia que tenha uma
comunhão com Aquele que está lhe ajudando a entender. Uma pessoa que vive no
pecado, dificilmente conseguirá interpretar corretamente a Bíblia, pois ele desprezará a
mensagem.
Exercício: Quais as implicações que estes textos trazem para uma boa hermenêutica.
Texto Implicações
Rm 1.18-22
I Co 2.6-14
Ef 4.17-24
I Jo 2.1-11
Ef 2.2
II Co 4.4
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O interprete das Escrituras precisa ser honesto no que vai descobrindo, não
simplesmente buscar em que a Bíblia concorda com ele.
Não existem atalhos para interpretar a Bíblia, não é simplesmente orar e esperar que
Deus derrame o conhecimento em sua mente, é necessário trabalho árduo de estudo e
pesquisa.
Muitos não concordam com esta afirmação, mas para uma boa interpretação,
devemos sempre lembrar que a Bíblia não foi escrita em português, e que, uma
tradução já traz consigo uma dose de interpretação por parte do tradutor.
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Uma pessoa fechada para as descobertas dos textos pode atrapalhá-la a entendê-lo,
com isso, fica em voga a sua afirmação e satisfação com o que já aprendeu.
Uma dose de desejo por aprofundar sempre no conhecimento é necessária.
Para refletir:
Quase todos, de modo geral, concordam que a interpretação antiga tenha começado
com a obra de Esdras. Ao voltar do exílio da Babilônia o povo solicitou a ele que lesse o
Pentateuco, e então, ele e os levitas leram o texto e deram explicações (Ne 8.8)
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VIRKLER, Henry. Hermenêutica avançada. São Paulo: Editora Vida, 2001. p. 35-55
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Visto que durante o tempo de exílio o povo havia perdido a compreensão do hebraico,
Esdras então, traduzia o texto hebraico e lia em alta voz em aramaico dando explicações para
melhor compreensão dos ouvintes.
Durante as cópias das Escrituras os rabinos tinham uma profunda reverência pela
Palavra inspirada, mas essa reverência, por um lado, copiá-las proporcionou a preservação dos
escritos, mas por outro lado, os rabinos começaram a interpretar pelos métodos não comuns
da comunicação. Eles pressupunham que se era de Deus, então cada figura, símbolo, e outros,
traziam um significado oculto.
No tempo de Cristo a exegese judaica podia classificar-se em quatro tipos principais:
3.1.1 – Literal
Referindo como peshat, isso servia de forma evidente como base para outros tipos
de interpretação.
3.1.2 – Midráshica.
Essa se baseava na idéia de que o sentido verdadeiro jaz sob o significado literal da
Escritura. O alegorismo foi introduzido pelos gregos para reduzir a tensão sobre o mito
religioso e sua herança filosófica. Para responder a parte imoral que continham os
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mitos, eles diziam que essas histórias deveriam ser entendidas com um sentido não
literal.
Jesus mencionou fatos como registros fiéis e históricos. Ele fez alusões a Abel,
Noé, Abrão, Isaque, Jacó e Davi. Ele fez referências a pessoas de carne e osso, de
forma literal e intencional.
Jesus não concordou com os religiosos que usavam um método casuístico que
punham a parte à própria Palavra de Deus e em seu lugar colocavam suas próprias
tradições.
Os escribas e fariseus, por mais que quisessem acusar a Cristo de erro, nunca o
acusaram de interpretar qualquer escritura de forma ilegítima. Mesmo quando
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Quando Jesus usou um texto que nos parece antinatural, geralmente se tratava de
legítima expressão idiomática hebraica e aramaica, ou um padrão que se traduz em
nosso tempo e cultura diretamente.
3.2.2.1 – As línguas
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Comumente, não estar preso a citação é, geralmente, sinal de que o autor tem
domínio da matéria. Quanto mais seguro está o orador do significado menor é a
necessidade de repetir as palavras do autor que ele está expondo.
Por estas razões, as citações que os autores do Novo Testamento fizeram do Antigo
usando paráfrases, ou citações indiretas, não indica, de forma alguma, que usaram de métodos
interpretativos ilegítimos.
Orígenes foi notável sucessor de Clemente. Ele cria ser a Escritura uma vasta
alegoria na qual cada detalhe é simbólico, e dava grande importância a I Co 2.6-7
(falamos a sabedoria de Deus em mistério).
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forma a literalidade das Escrituras, na prática, Agostinho renunciou a maioria dos seus
princípios e inclinou-se ao alegorismo.
A Idade Média teve pouca erudição; a maior parte dos estudantes da Bíblia devotava-
se a estudar e compilar as obras dos pais primitivos. A interpretação foi amarrada pela
tradição, e o que se destacava era o método alegórico. A soma estabelecida geral era o
engendrado por Agostinho. Ele estabeleceu quatro níveis de significação existentes em toda
passagem bíblica, esses quatros níveis circulou durante todo este período. Eles se compõem
assim: (1) A letra mostra-nos o que Deus e nossos pais fizeram; (2) A alegoria mostra-nos
onde está oculta a nossa fé. (3) O significado moral dá-nos as regras da vida diária; (4) A
analogia mostra-nos onde terminamos nossa luta.
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Para entender e tornar mais simplificado a visão deste período, é necessário destacar
alguns períodos:
3.6.1 – Confessionismo.
3.6.2 – O Pietismo
3.6.3 – Racionalismo
O racionalismo era uma posição que aceitava a razão como a única autoridade que
determina as opções ou curso de ação de alguém, surgiu como importante modo de
pensar e durante este período causou profundo efeito sobre a teologia.
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3.7.1 – Liberalismo.
Essa tem sido antes de tudo, uma criação européia a partir da Segunda Guerra
Mundial. Surgiu da obra de Bultman e foi levada adiante por Ernst Fuchs e Gerard
Ebeling. Chegaram a afirmar que Bultman não foi longe o suficiente. Diziam que a
linguagem não era uma realidade, mas apenas uma interpretação atual da realidade.
Durante os últimos 200 anos continuou a haver interpretes que criam que as
Escrituras representam a revelação de Deus. Segundo este grupo, a tarefa do intérprete
tem sido procurar compreender mais plenamente o significado intencional do
primitivo autor.
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CARSON, D. A. Os perigos da interpretação Bíblica. São Paulo: Vida Nova, 2001, p.23
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A exposição dos textos bíblicos é o resultado final que surge da aplicação dos
princípios hermenêuticos e exegéticos realizados. A exposição pode acontecer de forma
homilética, no contexto do púlpito, ou mesmo na sala de aula, no contexto pedagógico.
Hermenêutica é como um livro de receitas que contém as regras de se fazer um bom
prato; a exegese é a preparação do prato; a exposição é a entrega para que alguém se alimente
dele.
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5.1 – O método.
O método apresentado que é mais coerente e será usado na apresentação das duas
partes da hermenêutica é conhecido como “Lítero-Cultural-Critico”. Dentro desta nomeação
está inserido a questão histórica, cultural, literal, crítica, contextual, gramatical, geográfica,
sistema literário, etc. O nome não é tão importante, a consistência do método sim é
importante.
A consistência do método será vista a seguir com a abrangência dos princípios de
interpretação, e a expressão “Lítero-Cultural” será bem nítida. Cabe aqui explicar somente o
significado de “crítico”. Esse termo não significa julgar o texto bíblico, mas que toda
interpretação deve ser submetida a perguntas críticas que satisfaçam as mesmas. Não
podemos tapar nossos olhos com a tradição se queremos uma hermenêutica honesta. Se
fizermos isso, inquiriremos uma hermenêutica desonesta com o significado real do texto
(“Sempre interpretamos assim...!”), recheada de preconceito (“É óbvio que o texto
significa...!”), neo–ortodoxa (“Para mim, o texto significa...!”) e com falsa aplicação
espiritual (“O Espírito me revelou que o texto significa”). O método Litero-Cultural-Critico
nos deixa presos à interpretação, e deixa de lado nossa própria escolha da interpretação.
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Ec 7.16 – Não preciso ser muito justo, e não posso buscar muita
sabedoria, fazer isso é pecado contra mim mesmo. (desculpas para não
ser justo).
Sl 14.1; 53.1 – Não existe Deus, por isso que o homem é mal.
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A cultura de todos os tempos, nunca foi, e jamais será a mesma com o passar
dos anos. Estamos a milhares de anos da cultura em que os acontecimentos bíblicos se
passaram, ao analisarmos os textos bíblicos, temos que primeiramente interpretá-los na
cultura em que foi escrita para não corrermos o risco de entender o seu significado
errado.
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“Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua
cruz, e siga-me” Quando Jesus disse isto, ao que se referia?
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ZUCK, op. cit. p. 92 ss
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R: Sabemos pela ocasião de sua morte, que o individuo que carregava a sua
cruz até o local de sua execução era considerado o criminoso. Por isso, tomar
a sua cruz significa seguir Jesus até a morte, naturalmente não significa
passar circunstâncias desagradáveis na vida.
Para responder:
O que significa não remover os marcos antigos que puseram seus pais de Pv 22.28?
R:
Por que Boaz foi até a porta da cidade falar com os anciãos sobre o terreno de Noemi
(Rt 4.1)?
R:
Por que Moisés deu uma ordem estranha como esta: “...não cozerás o
cabrito no leite da sua própria mãe” (Ex 23.19; 34.26; Dt 14.21)?
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R: Ele estava ressaltando esses fatos acerca de Cristo porque os falsos mestres
em Colossos estavam pregando que Cristo era Deus apenas parcialmente. As
afirmações de Paulo, portanto, forma uma contestação direta a falsa idéia.
Para responder:
Por que Elias propôs que o monte Carmelo fosse o local da disputa com os profetas
de Baal (I Rs 18.19)?
R:
Por que Elifaz acusou Jó de pedir penhores a seus irmãos sem motivo?
R: Naquela época cobrar penhores sem motivo era uma atitude desprezível.
Quando uma pessoa devesse a outra e não pudesse pagar, ela dava sua capa
como penhor de um pagamento futuro, quando tivesse condições. Contudo, ao
anoitecer o credor devolvia a capa, pois provavelmente a pessoa teria que
apascentar no campo ao relento. Portanto fazer isso sem motivo, era uma
atitude pecaminosa e desumana. Mas Jó justifica que não fez isso.
Para responder:
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R:
Por que os fariseus e herodianos perguntaram a Jesus se dar tributo a César era
lícito ou não (Mc 12.16)?
R:
Para responder:
Por que Jesus condenou a figueira que não tinha frutos se não era época de figos (Mt
11.12-14)?
R:
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Para responder:
Como Raabe poderia ter uma casa em cima do muro (Js 2.15)?
R:
O que Oséias quis dizer quando disse que Efraim era um pão que não
foi virado (Os 7.8)?
R: Quando assavam pães e não o viravam um lado assava mais do que o outro,
Oséias usou essa ilustração para dizer que Efraim precisava de equilíbrio,
estava dando mais atenção a uma coisa e deixando outra de lado.
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Para responder:
Por que Tiago disse para ungir os enfermos com óleo (Tg 5.14)?
R:
Por que o Senhor usou a ilustração da erva que é lançada no fogo (Mt 6.30)?
R:
Para responder:
Por que Paulo afirmou, em II Co 2.14, que Deus sempre nos conduz em triunfo?
R:
Por que Habacuque mencionou a falta de comida naquele contexto (Hc 3.17-19)?
R:
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Para responder:
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R: Por que ele sabia que Saul teria dificuldades de segui-lo até lá, devido ao
terreno acidentado entre o sul de Jericó e o oeste do Mar Morto. Também
porque havia muitas cavernas ali, o que dificultaria Saul de encontrá-lo.
Para responder:
Por que Jonas com intenção de ir para Társis teve que descer (Jn 1.2,3)?
R:
Por que Jesus falou de um homem que desceu de Jerusalém para Jericó se a cidade
fica a nordeste daquela (Lc 10.30)?
R:
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Para pensar:
I Tm 2.11-15 – Quais as razões alistadas para as
limitações da mulher? São culturais ou
transculturais?
Exemplos:
Lv 20.11 cp. I Co 5.1-5 – Sobre o incesto.
Exemplos:
II Tm 4.11-13 – Trazer a capa e os livros de Paulo.
Exemplo:
Dt 6.9 – Escrever a Palavra nos umbrais e na porta.
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1) Sinalize as sentenças colocando “P” para o que é permanente (está ligado diretamente
a nós) e “T” para o que é temporário (somente a cultura dos tempos bíblicos).
“Saudar com ósculo foi uma prática do primeiro século que não é comum na cultura de
hoje, mas o princípio eterno do amor fraternal deve ser observado. Podemos cumpri-lo
dando um abraço em nossos irmãos em Cristo”.
2) Estudar os seguintes textos e determinar como devem ser aplicados nos dias atuais.
Para orientação, responda as perguntas sugeridas.
A - I Tm 2.1-15
1) Quais as razões no texto que proíbe a mulher de exercer autoridade? São culturais ou
transculturais?
2) O que exatamente o texto proíbe? Onde? Quando? Sobre quem?
3) Há outros textos que influenciam a interpretação?
4) Resumir os princípios eternos do texto.
5) Aliste as aplicações para os dias atuais do texto.
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B - II Co 11.2-16
1) Aliste as razões dadas no texto para o uso do véu. Elas são culturais ou transculturais?
2) O que exatamente este texto exige? Onde? Quando?
3) Resumir os princípios eternos destes versículos.
4) Aliste aplicações para os dias atuais.
Não podemos nos ater a estudar a Bíblia de forma geral, ela também
precisa ser observada em seus detalhes. A investigação de palavras, observando
os seus respectivos círculos de contexto para descobrir e seu significado
original pode fazer uma grande diferença na direção em que caminhará sua
interpretação.
5.2.5.2 – Estudo sintático.
português, porém, em algumas línguas como o grego, não é mais a ordem que
altera, mas sim as inflexões nas palavras que determinam o seu significado. O
estudo destas inflexões e ligações entre as palavras, da estrutura literária e
gramatical de um texto constitui o estudo sintático.
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Temos que reconhecer que a Palavra de Deus não foi escrita em nosso idioma,
com isso não estou afirmando que é impossível interpretar a Bíblia pela tradução em
português, é possível, mas não refletem o texto em seu idioma original. O estudo dos
textos grego e hebraico nos proporcionará uma recompensa maior do que o tempo
gasto em estudá-los. Se ao interpretarmos a Bíblia, não entendemos o idioma em que
foi escrito estamos dependentes de outros que o fizeram. Nesse caso o interprete
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somente tem a opção de ficar dependente da interpretação de outros, assim, ele não
terá liberdade na sua interpretação sendo que não pode julgar os trabalhos feitos.
Porém, se ele tem acesso às línguas originais, ele terá liberdade na interpretação
podendo olhar diretamente para o texto sem depender de trabalhos de outros, e assim
terá liberdade para questionar se as interpretações correntes são realmente válidas. Por
esta razão é aconselhável ao interprete que estude as línguas do texto bíblico, mas
alguns conselhos são necessários nessa questão:
Muitos abusos de textos são cometidos por aqueles que acham que
conhecem o que a língua original diz, assim, afirmam o que acham que
entendem. O estudante não deve se contentar em simplesmente conhecer as
palavras no idioma da Bíblia, mas ter conhecimento suficiente para poder
averiguar a compreensão dos escritos nele.
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Esse cuidado vale ser lembrado para encerrar esta seção. O intérprete deve se
lembrar de que está trabalhando com uma literatura diferente das demais, o que
estamos tentando interpretar é a Palavra de Deus, por isso devemos ter alguns
cuidados.
Isso não significa que vamos ficar esperando uma revelação direta do
Espírito Santo, pois isso Deus já fez pela Sua Palavra, porém não devemos tentar
entender a Palavra de Deus sem depender de sua ajuda.
5.3 – Princípios de Interpretação especial.
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literaturas na Bíblia. Não reconhecer as formas especiais e interpretar na forma coerente pode
resultar em uma hermenêutica falha.
Símile
Metáfora
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Hipocatástase
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Metonímia
Sinédoque
Merisma
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Personificação.
Antropomorfismo
Antropopatia
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Apóstrofe
Eufemismo
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Elipse
Pergunta retórica.
Essa forma é quando o orador faz uma pergunta que exige uma
resposta; o seu objetivo é forçar o leitor a responder mentalmente para
avaliar suas implicações.
Hipérbole
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Litotes.
Ironia.
II Sm 6.20 - ... que bela figura fez o rei de Israel ... (Mikal –
cf vs 20)
I Rs 18.27 – Clamai em altas vozes, porque ele é deus!
Pleonasmo
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Oxímoro
Paradoxo
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Paronomásia.
Onomatopéia
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Elemento de
Texto Imagem Objeto
comparação
Seguro/ prospero/
Árvore Crente
Frutífero
O que?
Salmo 1 Quem?
Como assim?
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B – Preencha o quadro:
Salmo 23.1
Is 53.6
Mt 16.11
Is 57.20
Sl 84.11
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C – Ligue de acordo:
FIGURA SIGNIFICADO
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Um tipo deve conter pelo menos seis elementos: uma semelhança com
o antítipo, um realismo histórico, um aspecto de prefiguração ou predição ao
antítipo, a elevação da superioridade do antítipo, o planejamento divino e uma
especificação no Novo Testamento, sem a presença desses seis elementos
devemos rejeitar a idéia de ser uma tipologia.
Semelhança
Realidade histórica
Prefiguração
Elevação
Planejamento divino
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JOSÉ JESUS
1
Alimentando o rebanho (Gn 37.2) O Bom Pastor (Jo 10.11,14)
Relatava as más ações dos irmãos (Gn Revelou as obras más dos homens (Jo
2
37.2) 3.19,20)
3 Amado (pelo pai) (Gn 37.3) Meu Filho amado (Mt 3.17)
4 Odiado (pelos seus irmãos) (Gn 37.4,5) Odiado sem causa (Jo 15.25)
5 Não acreditavam nele (Gn 37.5) Nem seus irmãos criam nele (Jo 7.5)
6 Reverência (Gn 37.7,9) Preeminência em tudo (Cl 1.18)
7 Reinará sobre nós? (Gn 37.8) Não queremos este homem (Lc 19.14)
8 Invejado (Gn 37.11) Entregue por inveja (Mc 15.10)
Sua mãe guardava todas essas palavras no
9 Seu pai guardou as palavras (Gn 37.11)
coração (Lc 2.51)
10 Enviado a seus irmãos (Gn 37.13) Enviarei meu filho amado (Lc 20.13)
11 Aqui estou (Gn 37.13) Aqui estou (Sl 40.7,8)
12 Traga-me notícias (Gn 37.14) Agora venho a ti (Jo 17.13)
Do vale de Hebron (comunhão) (Gn
13 A glória que tive contigo (Jo 17.5,24)
37.14)
A uma cidade em Samaria que é chamada
14 Chegou a Siquém (Gn 37.14)
Sicar (ou Siquém) (Jo 17.5,24)
O campo é o mundo; Não tinha onde
15 Vagueando pelos campos (Gn 37.15)
repousar a cabeça (Mt 13.38; Lc 9.58)
16 Procuro meus irmãos (Gn 37.16) Vim buscar e salvar (Lc 19.10)
17 Foi atrás dos irmãos (Gn 37.17) Busca os perdidos (Lc 15.4)
Tomaram decisão contra ele (Mt 27.1; Jo
18 Conspiraram contra ele (Gn 37.18)
11.53)
19 Veremos (Gn 37.20) Para que vejamos (Mc 15.32)
20 Despido (Gn 37.23) Tiraram-lhe as vestes (Mt 27.28)
21 O poço (37.24) A cova horrível (Sl 40.2; 69.2,14,15)
22 Sentaram-se ()Gn 37.25 Sentaram-se e o olharam ali (Mt 28.36)
Trinta moedas de prata (Mt 26.15; 27.9; Ex
23 Vinte peças de prata (Gn 37.28)
21.32)
24 Para o Egito (Gn 37.36) Do Egito chamei o meu Filho (Mt 2.14,15)
13
HABERSHON, Ada. Manual de tipologia bíblica. São Paulo: Vida, 2003 p.163
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Que a supre do melhor do trigo (SI Todos recebemos da sua plenitude (Jo
78 147.14) 1.16)
Mandou que lhes dessem mantimentos Suprirá todas as necessidades de vocês (Fp
80
para a viagem (Gn 42.25) 4.19)
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Fiquem tranquilos. Não tenham medo. Para que vocês transbordem de esperança,
88 (Gn 43.23) pelo poder do Espírito Santo. (Rm 15.13)
Eu sou José, o seu irmão, que vocês Eu sou Jesus, a quem você persegue (At
93 venderam (Gn 45.4) 9.5)
José sustentou seu pais [...] e toda a O Senhor é o meu pastor, de nada terei
100 família, de acordo com o número dos falta (SI 23.1)
filhos (Gn 47.12)
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O coração de Jacó quase parou! Não Não creram ainda, devido à alegria (Lc
107 podia acreditar neles (Gn 45.26) 24.41)
Não nos deixes morrer (Gn 47.15,19) Eu sou a Ressurreição e a Vida (Jo 11.25)
110
A nossa prata acabou (Gn 47.18) Depois de gastar tudo (Lc 15.14; Mc 5.26)
111
Nada mais nos resta a não ser os nossos
Não tinham com que pagar (Lc 7.42)
112 próprios corpos (Gn 47.18)
Hoje comprei vocês (Gn 47.23) Comprados por alto preço (I Co 6.20)
113
Sementes para os campos e alimentos Sementes para o semeador e pão para
114 para vocês (Gn 47.24) quem come (Is 55. 10,11; II Co 9.10)
Por isso, não tenham medo [...] e os Não se perturbe o coração de vocês (Jo
117 tranquilizou (Gn 50.21) 14.1)
José é uma árvore frutífera [...] cujos Eu sou a videira; vocês são os ramos (Jo 15.
118 galhos passam por cima do muro. (Gn 5)
49.22)
119 Arvore frutífera à beira de uma fonte Se tornará nele uma fonte de água (Jo
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Não se entristecem com a ruína de José Vocês não se comovem, todos vocês que
127 (Am 6.6) passam por aqui? (Lm 1.12)
Um novo rei, que nada sabia sobre José Nenhum dos poderosos desta era o
128 (Êx 1.8) entendeu (I Co 2.8)
Josué disse à tribo de José: "Vocês são Tudo posso naquele que me fortalece (Fp
130 numerosos e fortes." ( Js 17.17) 4-13)
As tribos de José ficaram mais poderosas Mais que vencedores, por meio daquele
132 (Jz 1-35) que nos amou (Rm 8.37)
Ilustração
Elias é uma ilustração de homem que ora com fervor (Tg 5.17),
mas Tiago também pode ser usado como ilustração, assim como Daniel
e outros.
O episodio de Jonas na barriga do peixe não era uma profecia do
sepultamento de Jesus (Mt 12.40), mas o próprio Jesus citou esta
passagem para ilustrar o que aconteceria com ele. Ou seja, há
semelhanças nos eventos.
Similaridade com o tipo:
ILUSTRAÇÃO
OBJETO SEMELHANÇA IMAGEM ILUSTRADA
Rejeitado
José Preso injustamente Cristo
“Salvador”
Santuário
Templo de Salomão Habitação de Deus Igreja
Casa de Deus
Davi Rei de Israel Jesus
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Alegoria
Um dos perigos que a tipologia trás ao interprete é o erro de
tentar ver nos tipos e ilustrações da Bíblia uma espécie de alegorização.
Quando o interprete deseja ver um significado não real nas
semelhanças entre o tipo e o antítipo, o objeto e a imagem que ilustra
ele comete a alegorização. Devemos evitar qualquer informação
imposta ao texto que seja apenas curiosidade entre fatos correlatos,
nossa limitação deve ser o que ele próprio sugere.
Exemplo:
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Para responder:
A – Isaac é um tipo de Cristo, ou uma ilustração? Avalie nas seis exigências do tipo?
1 Semelhança?
0
2 Realidade histórica?
3 Prefiguração?
4 Elevação?
5 Planejamento divino?
6 Especificação no NT?
Conclusão
Tipo = Antítipo =
1 Semelhança?
0
2 Realidade histórica?
3 Prefiguração?
4 Elevação?
5 Planejamento divino?
6 Especificação no NT?
Conclusão
C – Localize na Bíblia uma ilustração, e escreva o que ela está ilustrando sobre a
imagem.
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está próximo”.
5.3.3.2 – Parábolas como provérbios.
Outro uso com conotações de parábolas está a amplitude que ela tem com o
significado de provérbios. No Novo Testamento a palavra parabolê é usada uma única
vez com esse sentido em Lc 4.23. Tendo em mente este sentido, Jesus citou vários
provérbios para ilustrar uma comparação de significado com o que desejava
comunicar. Vejamos no quadro a seguir os provérbios que Jesus citou:
OS PROVÉRBIOS DE JESUS
...não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte. Mt 5.14
...ninguém pode servir a dois senhores. Mt 6.24
... os sãos não precisam de médico, e sim, os doentes. Mt 9.12
... não há profeta sem honra, senão na sua terra e na sua casa. Mt 13.57
... ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco. Mt 15.14
... o discípulo não está acima do seu mestre. Lc 6.40
... digno é o trabalhador do seu salário. Lc 10.7
... quem já se banhou não necessita de lavar senão os pés. Jo 13.10
... o servo não é maior do que o seu senhor. Jo 13.16
... onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres. Mt 24.28
... vós sois o sal da terra; ora se o sal vier a ser insípido, como lhe
Mt 5.13
restaurar o sabor?
... vem, porventura, a candeia para ser posta embaixo do
Mc 4.21
alqueire, ou da cama?
... médico, cura-te a ti mesmo... Lc 4.23
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A maior parte das parábolas da Bíblia foi contada por Jesus, esse era o seu
discurso preferido.
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não somente manter a atenção, mas também fazer com que cada um seguisse
os detalhes dela. Note alguns detalhes que ele usou:
Fatores domésticos
Casas Cozinhar Fermento Comida Costurar
Moedas Varrer Dormir Comer Crianças brincando
Viúvas Odres Porteiro
Fatores religiosos
Sacerdote Levita Samaritano Fariseu
Empregou surpresa
Uma característica bem visível das parábolas de Jesus era que elas
continham um suspense, o que fazia todos desejarem saber o final, o que
sucederia com aqueles personagens. Por exemplo:
Expectativa Texto
O que o Senhor misericordioso fará com o
Mt 18.21-35
servo que não perdoou?
O que acontecerá aos arrendatários que
Mt 21.33-46
mataram o filho do fazendeiro?
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Empregou contrastes
Contrastes
Casa edificada sobre a rocha Casa edificada na areia
Roupa nova Roupa velha
Vinho novo Odres velhos
Semente em solo bom Solo ruim
Semeador que semeia trigo Inimigo que semeia joio
Pequena semente de mostarda Arvore frondosa
Porção de fermento Alimento em grande quantidade
Tesouro e pérola Posses de pouco valor
Peixes bons Peixes ruins
Servo que foi perdoado de uma grande
Não perdoa uma pequena dívida
dívida
Trabalham um dia inteiro por um denário Trabalham uma hora pelo mesmo salário
Um filho recusa a trabalhar, mas depois Um filho promete trabalhar, mas não
trabalha trabalha
Os convidados negam vir ao casamento Outros comparecem
Servo fiel Servo mau
Cinco virgens prudentes Cinco néscias
Dois servos aplicam suas minas Um não investe uma única mina
Um credor Dois devedores que não podem pagar
O sacerdote e levita passam O samaritano para
Amigo à meia noite Amigo dormindo
Ganha riquezas Perde a alma
Dona figueira deseja cortá-la O viticultor espera mais um ano
O filho pródigo é celebrado O filho mais velho não tem celebração
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Lc 18.1-8
Elas se recusam a
Vão dividir o óleo com as
fornecer o azeite as
As 10 virgens outras.
tolas.
O samaritano cuida
Os sacerdotes vão cuidar e o
O bom samaritano enquanto os sacerdotes
samaritano desprezará.
rejeitam ajuda.
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Outro fator que Jesus usou para a compreensão de suas parábolas foi
fazer perguntas retóricas, o que deixava todos evidentes da conclusão.
Exemplo:
Parábola Pergunta
“Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem
ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto
A ovelha perdida
as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu,
até encontrá-la?”
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Contexto literário
Exemplo:
Na parábola dos dois devedores de Lc 7.41-43, o assunto antes da
parábola foi à objeção de Simão, o fariseu. Sua objeção era por ter Cristo
aceitado que uma prostituta lhe lavasse os pés. Neste caso, a parábola está
inteiramente ligada com a questão do perdão, e também do amor que o
perdoado tem para com o perdoador.
A audiência bíblia
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Exemplo:
Na parábola da ovelha perdida de Mt 18.12-14 e Lc 15.4-7, a audiência
são duas, porque ela é repetida, assim há duas audiências. Em Mt a audiência
são os discípulos, e a ênfase é sobre a missão que eles tinham de realizar o
desejo do Pai de nenhuma ovelha se perder, dessa forma eles devem trabalhar
para achar a ovelha perdida. Já em Lc 15:4-7, Jesus está falando com os
fariseus, assim ele coloca a ênfase sobre a alegria do Pai e dos anjos por causa
do arrependimento de um pecador, algo que eles não estavam fazendo em não
aceitar o gentio que se arrependesse.
Pano de fundo
Exemplo:
Algumas fontes antigas nos revela um dado de que um dos sinais da
posição alta do patriarca da sociedade antiga era o andar, ou seja, muito lento,
calmo, com dignidade. Entendendo isto, podemos notar com mais veemência a
emoção do pai do filho pródigo quando ele viu seu filho e saiu correndo para
abraçá-lo.
Cuidado:
Devemos tomar muito cuidado ao pesquisarmos sobre o pano de
fundo e ocorremos em interpretar um detalhe que muda tudo.
Exemplo:
Na parábola do camelo e a agulha de Lc 18.24-25, surgiu algumas
controvérsias de pessoas que escreveram comentários sobre elas.
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São detalhes que o autor faz para mostrar o assunto que está tratando.
Exemplo:
Na parábola dos talentos de Mt 25.14-30
20 – aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo:
Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei.
21- Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito
te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
23 - Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito
te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
Contraste.
24- Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és
homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste,
receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.
26 - Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde
não semeei e ajunto onde não espalhei?
A estrutura poética em que o autor montou sua parábola pode nos indicar
a ênfase que ele quer sugerir. Seguindo esta forma sua ênfase segue sempre
após a linha do meio.
Exemplo:
Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si INTRUDUÇÃO
mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros:
7. Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, DOIS DESCEM
e não aquele; (1) FARISEU (2) COLETOR
porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado. CONCLUSÃO
O principio de identificar o problema ou situação da parábola.
Respostas a perguntas
Exemplo:
Em Mt 9.14 os discípulos de João perguntaram a Jesus: “porque
jejuamos nós e os fariseus, e teu discípulos não jejuam?” Dessa forma, a
parábola do remendo novo e dos odres novos está inteiramente ligada a
pergunta. Jesus estava dizendo que seus caminhos eram novos.
Respostas a pedidos
Exemplo:
Em Lc 11.5-8 Jesus disse a parábola do amigo à meia noite após um de
seus discípulos ter-lhe pedido para que ele os ensinasse a orar. Em Lc 12.16-21
Jesus contou a parábola do homem rico após o pedido de alguém da multidão,
que queria que Jesus dissesse ao seu irmão para repartir a herança com ele.
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Respostas a críticas
Exemplo:
Em Lc 7.39 um fariseu que convidou Jesus para jantar pensou que se
Jesus fosse profeta saberia que a mulher que lhe tocou era pecadora; Jesus
sabendo da situação contou a parábola dos dois devedores (Lc 7.41-43).
Com propósitos definidos
Exemplo:
A parábola do Juiz iníquo Jesus contou para mostrar a seus discípulos
que deviam orar sempre sem nunca esmorecer (Lc 18.1).
Israel rejeitou Jesus como o Messias, isso ficou evidenciado pela forma
como os fariseus o desafiavam. Em respostas a essa questão, Jesus contou
varias parábolas sobre o reino, que exemplificavam o que Deus estava fazendo
com eles.
Exemplo:
Após os fariseus terem acusado Jesus de fazer milagres por satanás, ele
contou a parábola do semeador que é uma parábola do reino em Mt 13.13-23.
com isso ele estava indicando que a maioria das pessoas rejeitariam as boas
novas.
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Estas parábolas foram ditas quando Jesus havia dado uma exortação ou
ensinado algum principio, que em seguida contou para ilustrá-lo.
Exemplo:
Em Mc 13.33 Jesus tinha dito aos discípulos que deviam vigiar e orar porque
não sabiam quando seria o tempo, em seguida contou a parábola do porteiro
(Mc 13.34-37).
Exemplo:
Em Lc 11.5-8 Jesus contou a parábola do amigo que vem à meia noite e
em seguida fez a exortação de orar persistentemente (vv 9-10).
Exemplo:
Jesus comparou o povo da época como as crianças nas praças em Lc
7.31-35, ele fez isso depois dos fariseus rejeitarem abertamente as suas
palavras (vv 29-30).
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Exemplo:
Na parábola dos talentos de Mt 25.14-30 não encontramos uma
prescrição direta na parábola do seu propósito, ela não é precedida e nem
seguida de uma exortação, também não é resposta a nenhuma pergunta em si,
ou crítica do momento, mas implicitamente podemos ver indicação de que
Jesus está dizendo do que espera de seus discípulos no momento da sua
ausência.
Verdade geral
Exemplo:
Parábola Ilustração Verdade geral
Pela insistência ele fez juízo Deus fará justiça aos que se
Juiz iníquo
por ela. achegarem a Ele (Lc 18.7)
O pastor faz festa ao Há festa no céu pelo
Ovelha perdida
encontrá-la. arrependido.
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Detalhes interligados
Exemplo:
Na parábola da ovelha perdida, obviamente que o pastor está
representando Jesus, e que a ovelha representa o pecador, isso é explicado em
Lc 15.7, assim como as 99 representam aqueles que não necessitam de
arrependimento. Mas não devemos buscar significado para o deserto, os
ombros do pastor, os amigos, vizinhos, etc. Eles são apenas elementos que
compõem a historia.
Exemplo:
O fermento foi usado para representar o mal em outros trechos das
Escrituras ( Mt 16.6,11-12; Mc 8.15; Lc 12.1; I Co 5.7-8; Gl 5.8-9). Tendo em
mente isso, o interprete pode olhar para a parábola do fermento de Mt 13.33 e
imediatamente dizer que representa o mal, porém, se isso for verdade seria
uma redundância, já que o joio representa o mal (vv24-30). Na verdade o que
Jesus está dizendo é que como fermento provoca crescimento, aqueles que
dizem pertencer ao reino crescerão em número, e não poderá ser impedido.
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4º Identificar a verdade
Geral Assunto que está ensinando a parábola toda de forma geral.
Detalhes Detalhes que são importantes para entender a verdade geral.
5º Identificar o ensino direto
Verificar se todas as partes estão interligadas, e são coerentes com a conclusão.
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Para responder:
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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