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TITULO:

SABERES RECONTEXTUALIZADOS E RESSIGNIFICADOS NA AUTO-FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL


DOCENTE: A BUSCA PELA QUALIFICAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE

1. JUSTIFICATIVA

A formação continuada dos profissionais da educação é o mecanismo primordial no qual, são


desencadeadas mudanças significativas na práxis educativa. Através dela, muitos docentes
podem não apenas discutir temas e solucionar problemáticas, que implicam diretamente em
sua atuação/formação, mas ressignificar suas concepções sobre a educação como um todo.
Analisar e pesquisar sobre esta temática possibilita uma reflexão sobre quais saberes estão
sendo incorporados pelos docentes através dos diversos cursos de formação, e como eles têm
interferido na formação dos educadores.

Verifica-se que durante os últimos anos, muitos profissionais docentes têm optado pela
qualificação e formação profissional, na tentativa de acompanhar o que prevê a Lei de
Diretrizes e Basesda Educação, número 9394/96, sobre a formação profissional. Assegurado
pela lei, os educadores têm caminhado na busca pela própria formação, fazendo cursos de
pós-graduação, participando de palestras e entre outros. Mas, de que forma isto resulta em
mudança?

No entanto, a formação continuada profissional não se faz antes da mudança de postura do


docente, pois cada educador deve ser responsável por sua ação educativa, e esta mudança
ocorre aos poucos, justamente durante o processo de reflexão dos saberes que vão sendo
recontextualizados: o profissional da educação deve estar preparado para admitir que não
domina todas as informações e saberes, que necessita de informação, de orientação, de
aprender a aprender.

Esta postura, por si só, já é suficientemente instigadora e desafiadora para alavancar uma
formação continuada que possibilite de fato, uma reflexão da prática com efeitos direto no
exercício da ação docente. Compreende-se que tais mudanças não ocorrem somente pela
incorporação de novos paradigmas de comportamentos da sociedade, mas é necessário,
sobretudo, investigar suas motivações.

2. PROBLEMATIZAÇÃO

A formação continuada realizada de forma individualizada pelos profissionais, que buscam a


auto-formação, fazendo cursos, oficinas, palestras dentre outras possibilidades, tem
contribuído para aquisição de suporte teórico e prático para o desenvolvimento de habilidades
e competências da profissão docente, proporcionando a ressignificação e a recontextualização
das práticas e dos saberes destes profissionais para atuação como docentes na
contemporaneidade?

3. OBJETIVO GERAL

Pesquisar e refletir sobre as múltiplas linguagens que constituem o universo da auto-formação


continuada dos profissionais da educação, possibilitando conhecimentos teóricos e práticos
dos principais cursos feitos pelos profissionais docentes, analisando os discursos que
permeiam a construção da identidade do profissional.

3.1 Objetivos Específicos:


• Pesquisar sobre a relação teoria e prática voltadas para o fazer pedagógico na formação
continuada de professores.
• Pesquisar e analisar a co-relação entre a auto-formação continuada e o discursos dos
profissionais em relação à estas formações, buscando identificar os saberes ressignificados e
resontextualizados.
• Entrevistar os profissionais da educação, analisando a importância dos cursos de formação
continuada através dos discursos valorizando a historicidade profissional.

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Compreende-se a formação continuada do profissional docente, como o processo de formar


em serviços os educadores, é o espaço de reflexão simultânea entre o que estou fazendo e
como posso fazer esta mesma ação de uma forma melhor. A formação continuada é um
ambiente onde os saberes e práticas vão sendo ressiginificados, reconstextualizados, e
constituir-se um espaço de produção de novos conhecimentos, de troca de diferentes saberes,
de repensar e refazer a prática do professor, da construção de novas competências docente.

A formação do professor precisa ser redimencionada, ou a escola corre o risco de entrar em


um processo de esvaziamento de sua função social. O professor que antes não sentia
necessidade de refletir sobre si mesmo – sobre seu saber, seu fazer e seu saber-fazer – agora
precisa não só dessa reflexão, mas dessa reflexão no espaço coletivo. O professor que sai da
sua formação inicial “pronto” para exercer sua função agora precisa cada vez mais do
conhecimento. (LIMA, 2008, p 137)

VEIGA (2008) preconiza a necessidade da formação do educador, e salienta que é preciso


compreender o papel da docência, propiciando uma profundidade cientifico - pedagógica que
capacite o educador a enfrentar questões fundamentais da escola como instituição social, uma
prática social que deve ser baseada na reflexão e crítica, que torna-se o centro de uma
formação continuada que resultara em um aprendizagem significativa.

Outra característica básica da docência está ligada à inovação quando rompe com a forma
conservadora de ensinar, aprender, pesquisar e avaliar, reconfigura saberes procurando
superar as dicotomias entre conhecimento cientifico e senso comum, ciência e cultura,
educação e trabalho, teoria e prática e etc. ( VEIGA, 2008, p 14)

Para NÓVOA (1997)

a formação de professores não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou


de técnicas) mas, sim através de um trabalho de reflexividade crítica sobre as práticas de
re(construção) permanente de uma identidade pessoal. Por isso é tão importante investir na
pessoa e dar um estatuto ao saber da experiência” (NÓVOA 1997 p. 25)

PIMENTA (2005) afirma que o saber docente não é formado apenas da prática, sendo também
nutrido pelas teorias da educação, pois dota os sujeitos de variados pontos de vista para uma
ação contextualizada, e recontextualizada oferecendo perspectivas de análise para que os
professores compreendam os diversos contextos vivenciados por eles no exercício da
profissão.

O desejo de ser um profissional cada vez, mas competente, e a própria dinâmica do mercado
de trabalho, levou o educador a buscar a sua própria formação. A auto-formação é um passo
importante para qualquer profissional, onde o próprio docente busca sua qualificação, remete-
se a aprender e a estudar para poder exercer melhor a pratica educativa. Nesta fase ocorre o
período de transição entre o modelo aprendido e as receitas mais pragmáticas que envolvem o
ambiente profissional:

O profissional mede a distância entre o que imaginava e o que está vivenciando, sem saber
ainda que este desvio é normal, não tem relação com sua incompetência, nem com sua
fragilidade pessoal, mas que está ligada à diferença que há entre a prática autônoma e tudo o
que já conhecia. (PERRENOUD, 2002, p.18-19)

PERRENOUD (2002) salienta que para formar um profissional reflexivo é preciso acima de tudo
formar um profissional capaz de dominar sua própria evolução, construindo competências e
saberes mais ou menos profundos a partir de suas aquisições e de suas experiências. Nesta
perspectiva de proporcionar o desenvolvimento de competências reflexivas, de ressignificação
dos discursos e dos sabres, a auto- formação continuada apresenta-se como sendo uma
condição imprescindível para o desenvolvimento da retextualização dos saberes adquiridos
durante a formação inicial, mas também representa-se como um espaço de construção e
reconstrução de novos conhecimentos e práticas pedagógicas, implicando em alterações na
organização , nos conteúdos, nas estratégias, recursos, refletindo-se positivamente nas
relações sociais estabelecidas entre equipes pedagógicas, docentes e alunos.

Os saberes profissionais são, pois, saberes da ação. Essa hipótese reforça a idéia de que os
saberes profissionais são trabalhados e reconfigurados no contexto do próprio trabalho. Ou
seja, é sobre as situações dilemáticas ou de conflitos que se remodelam os saberes com vistas
ás respostas impostas no cotidiano.( D´ÁVILA, SONNEVILLE , 2008, p 23).

O docente em busca de uma formação e de novos saberes para a sua profissão, busca
conhecer novas teorias, e este processo faz parte da construção profissional, mas não bastam,
se estas não possibilitam ao professor relacioná-las com seu conhecimento prático construído
no seu dia-a-dia, e possibilite uma reflexão da prática educativa (NÓVOA, 2002; PERRENOUD,
2000). Não faz mais sentido o profissional pensar que, ao terminar sua formação escolar,
estará acabado e pronto para atuar na sua profissão. No processo de formação vivenciamos e
trocamos experiências que vão colaborar para a nossa mediação na educação, como enfatiza
FREIRE
Não posso entender os homens e as mulheres, a não ser mais do que simplesmente vivendo,
histórico, cultural e socialmente existindo como seres fazedores dos seu caminho que, ao fazê-
lo, se expõem ou se entregam aos ´caminhos` que estão fazendo e que assim os refazem
também”. (FREIRE, 1999, p. 97)

O momento histórico e social, como são entendidos os conceitos de escola e de ensinar e


aprender, dita as concepções dos professores e devem ser considerados para entendermos a
Formação Continuada. TARDIF (2002) defende que o saber não se reduz, exclusiva ou
principalmente, a processos mentais, cujo suporte é a atividade cognitiva dos indivíduos, mas é
também um saber social que se manifesta nas relações complexas entre professores e alunos.
Há que “situar o saber do professor na interface entre o individual e o social, entre o ator e o
sistema, a fim de captar a sua natureza social e individual como um todo” (TARDIF, 2002, p.16).

5. METODOLOGIA

O projeto será desenvolvido na Ilha de Itaparica, especificamente com docentes da Rede


Municipal de Educação de Vera Cruz-BA, em 5 escolas do ensino fundamental, com 20
professores. Para esta pesquisa optou-se por realizar um estudo de caso qualitativo, que
consistirá no levantamento de informações e estudo a respeito da auto-formação continuada
dos profissionais da educação na Rede Municipal de Vera Cruz.

Serão observados aspectos referentes aos cursos de formação e os discursos e os saberes


contextualizados nestes cursos, tomando como base a importância e necessidade destas
formações. As fontes de coletas de dados utilizadas serão: entrevista; questionário fechados;
visitação; história de vida; notas de campo; pesquisa bibliográfica.

Por pesquisa bibliográfica entende-se um apanhado geral sobre os principais trabalhos


realizados, capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados ao tema. Nesta
pesquisa serão consultados autores com reconhecida contribuição no que se refere à temática
da pesquisa, tais como COSTA, FREIRE, NÓVOA, PERRENOUD, PIMENTA, DEMO dentre outros.

Para a coleta de dados serão utilizadas as técnicas de entrevista, visitação e observação. A


entrevista e a visitação, utilizadas como técnicas para coleta de dados, ao mesmo tempo em
que valorizam a presença do investigador, também dão espaço para que o sujeito investigado
tenha liberdade de participar e enriquecer a investigação.

Após a coleta dos dados, os mesmos serão classificados de forma sistemática através de
seleção (exame minucioso dos dados), codificação (técnica operacional de categorização) e
tabulação (disposição dos dados de forma a verificar as inter-relações). Esta classificação
possibilita maior clareza e organização na última etapa desta pesquisa, que é a elaboração do
texto da dissertação.

7. REFERÊNCIAS

Alves, N. (org.) Formação de professores: pensar e fazer. São Paulo: Cortez, 1992.

COSTA, Marisa C. Vorraber. Trabalho docente e profissionalismo. Porto Alegre: Sulina, 1995.
BERGER, P. L. e LÜCKMANN, T. A construção social da realidade - Tratado de sociologia do
conhecimento. 12. ed. Petrópolis, RJ:Vozes, 1995.
BERMAN, M. Tudo que é Sólido Desmancha no Ar. A Aventura da Modernidade. 15 ed. São
Paulo: Companhia das Letras, 1998.

BEHRENS, Marilda Aparecida. Formação Continuada dos Professores e a prática pedagógica.


Curitiba: Champagnat, 1996.

BRANDÃO, Carlos R (org.). O educador: vida e morte. Escritos sobre uma espécie em perigo.
Rio de Janeiro, Edições Graal, 5ª Edição, 1984.

D'Ávila, Cristina ; VEIGA, Ilma Passos . Profissão docente: novos sentidos, novas perspectivas.
Campinas: Papirus, 2008.

DEMO, Pedro. Desafios modernos para a educação. Brasília: IPEA, 1991.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 12 ed. São
Paulo: Paz e Terra, 1999.

GALEANO, Eduardo.(Trad. Sergio Faraco). De pernas pro ar. A escola do mundo ao avesso.
Porto Alegre: L&PM, 1999.

MORAIS, Regis (org.). Sala de Aula: Que espaço é esse? Campinas, SP: Papirus, 1986.
NÓVOA, A. (coord.). Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.

__________________. . (Org.). Vidas de professores. Porto: Editora Porto.2002.

PERRENOUD, Philippe. Práticas pedagógicas, profissão docente e formação: perspectivas


sociológicas. Lisboa, Dom Quixote, 1993.

__________________. (1997) (Trad. Bruno C. Magne). Construir as competências desde a


escola. Porto Alegre: Artes Médicas Sul LTDA, 1999.

__________________. (2002) (Patrícia C. Ramos). 10 novas competências para ensinar. Porto


Alegre: Artes Médicas Sul LTDA, 2000.

PIMENTA, Selma Garrido. Formação de professores: identidade e saberes da docência. In:


PIMENTA (Org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez, 1999.

MORAIS, Regis (org.). Sala de Aula: Que espaço é esse? Campinas, SP: Papirus, 1986.

SILVA, Tomáz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2.
ed. 7ª imp. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2004.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
TARDIF, Maurice; LESSARD, Claude; LAHAYE, Louise. Os professores face ao saber – esboço de
uma problemática do saber docente. Teoria & Educação, Porto Alegre, n. 4, 1991.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Formação de Professores: Políticas e Debates. São Paulo:
Papirus, 2002.

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