Sunteți pe pagina 1din 14

Menú principal Índice de Scripta Nova

Scripta Nova
REVISTA ELECTRÓNICA DE GEOGRAFÍA Y CIENCIAS SOCIALES
Universidad de Barcelona.
ISSN: 1138-9788.
Depósito Legal: B. 21.741-98
Vol. XI, núm. 245 (11), 1 de agosto de 2007
[Nueva serie de Geo Crítica. Cuadernos Críticos de Geografía Humana ]

Número extraordinario dedicado al IX Coloquio de Geocritica

REESTRUTURAÇÃO URBANA E SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL NO INTERIOR


PAULISTA

Maria Encarnação Beltrão Sposito[1]


Departamento de GeografiaUniversidade Estadual Paulista, campus Presidente Prudente
mebsposito@prudenet.com.br

Reestruturação urbana e segregação socioespacial no interior paulista (Resumo)

Observa-se no Estado de São Paulo, em função dos ajustes que vem sendo promovidos no âmbito do
capitalismo internacional, nos últimos 30 anos, uma completa redefinição da divisão regional do trabalho
neste território que se acompanha de reestruturação urbana (escala interurbana) e da cidade (intraurbana).
É parte desse processo a acentuação da segregação socioespacial gerada por novas lógicas de produção do
espaço urbano, o que inclui seu consumo e apropriação. Priorizamos a análise da reestruturação da cidade,
ainda que o contexto em que se redefinem essas lógicas seja sempre o propiciado pela reestruturação
urbana, por meio do estudo dos loteamentos fechados, como um dos elementos que redefinem a ordem
centro x periferia e que expressam as particularidades que envolvem a produção do espaço urbano em
cidades médias, no período atual.

Palavras chave: produção do espaço urbano, reestruturação da cidade, loteamentos fechados, cidades
médias, Estado de São Paulo.

Urban restructuration and socio-spacial segregation in the São Paulo State countryside (Abstract)

In São Paulo State it is observed, by reason of the adjustments promoted in the international capitalism
sphere in the last 30 years, a total redefinition of the regional division of labor in its territory accompanied
by urban (inter-urban scale) and city (intra-urban scale) restructuration. As part of this process is the
accentuation of socio-spatial segregation generated by new logics of urban space production, including its
consumption and appropriation. We emphasized the analysis of city restructuration – although the context
within which these logics of urban space production are redefined is always the one provided by urban
restructuration – through the study of gated communities as one of the elements that redefine the order
center x outskirts and that express the particularities involving the production of urban space in middle-
size cities nowadays.

Key words: Urban space production, City restructuration, Gated communities, Middle-size cities, São
Paulo State (Brazil).

Os ajustes que vem sendo promovidos no âmbito do capitalismo internacional, nos últimos 30 anos,
podem ser observados no Estado de São Paulo, expressos numa completa redefinição da divisão regional
do trabalho neste território que se acompanha de reestruturação urbana (escala interurbana) e da cidade
(intraurbana). Um dos indicadores dessas mudanças está no aumento das iniciativas de incorporações
imobiliárias muradas, de acesso controlado e/ou vigiadas que estabelecem novas formas de segregação
socioespacial. Pesquisas que venho realizando ou orientando, em cidades de porte médio, desse estado da
federação brasileira, cujos contingentes demográficos estão entre 200 mil e 500 mil habitantes, mostram
os reflexos dessa tendência.

Neste texto, trataremos da segregação socioespacial gerada por novas lógicas de produção do espaço
urbano, o que inclui seu consumo e apropriação, focando a análise da reestruturação da cidade, ainda que
o contexto em que se redefinem essas lógicas seja sempre o propiciado pela reestruturação urbana.

A redefinição da ordem centro x periferia é o fio condutor da análise e seu substrato é dado pelo esforço
de compreensão das particularidades que envolvem a produção do espaço urbano em cidades médias.

Reestruturação urbana e reestruturação da cidade

Tenho proposto a análise do que vem sendo observado em cidades de porte médio, por meio da articulação
entre dois conjuntos de dinâmicas e processos distintos, mas complementares e articulados entre si: o da
reestruturação da cidade e o da reestruturação urbana (Sposito, 2004 e 2007).

Assumo, assim, de princípio e espero apresentar fundamentos a essa posição por meio do
desenvolvimento desse texto, que estamos vivendo um período de reestruturação e não apenas de
estruturação do urbano e da cidade. Esse fato tem sido bastante observado para os espaços metropolitanos,
e espero oferecer elementos para se compreender como e porque ocorre essa completa redefinição da
estrutura do espaço urbano em cidades de porte médio. Tomo como referência, a posição de Soja (1993, p.
194):

Em sua hierarquia de manifestações, a reestruturação deve ser considerada originária de e reativa a graves choques nas situações e
práticas preexistentes, e desencadeadora de uma intensificação de lutas competitivas pelo controle das forças que configuram a
vida material. Assim, ela implica fluxo e transição, posturas ofensivas e defensivas, e uma mescla complexa e irresoluta de
continuidade e mudança. Como tal, a reestruturação se enquadra entre a reforma parcial e a transformação revolucionária, entre a
situação de perfeita normalidade e algo completamente diferente (grifos nossos).

Adotando como ponto de partida a concepção de Soja, tenho usado o termo “reestruturação” (Sposito,
2004), porque avalio que vivemos um período em que se observa amplo e profundo conjunto das
mudanças, no que concerne aos processos de estruturação urbana e das cidades.

Tenho chamado de estruturação ou reestruturação urbana as dinâmicas e processos atinentes aos espaços
regionais regionais e/ou ocorridos no âmbito das redes urbanas; como estruturação ou reestruturação da
cidade, compreendo dinâmicas e processos que ocorrem na escala intra-urbana. Assim, procuro articular
duas escalas geográficas, distinguindo-as, mas objetivando considerar as múltiplas determinações que
entre elas se estabelecem.

Se, desenvolvo a análise desse modo, adoto a idéia de que, no primeiro caso, estou me referindo a lógicas
de estruturação que são mais do que estruturas espaciais e, no segundo caso, a morfologias urbanas que
são mais que formas espaciais[2] (Sposito, 2007).

Para avaliar como as dinâmicas e processos de reestruturação urbana e da cidade ocorrem ou não nas
cidades não metropolitanas, alguns pontos merecem nossa atenção.

Partindo da realidade das cidades de porte médio no Estado de São Paulo, verificamos que há diferenças
significativas entre elas.
Em algumas, o que prevalece são seus papéis regionais, uma vez que os territórios que polarizam
organizam-se em áreas contíguas a elas e contínuas em si, no âmbito das quais estão várias cidades
pequenas que dela dependem para a obtenção de bens e serviços, atestando o paradigma proposto por
Christaller.

Outras, articulam-se mais entre si, formando eixos ou áreas multipolarizadas, em que as cidades de porte
médio, complementam-se mas, ao mesmo tempo, competem entre si.
Verifica-se, ainda, a existência de cidades desse tamanho que geram e recebem fluxos mais amplos, que
podem atingir escalas internacionais, os quais revelam lógicas, relações, articulações e sobreposições
estruturadas em redes[3]. Nesses casos, as estruturas espaciais regionais em que se inserem essas cidades
podem ser identificadas em áreas, eixos ou redes regionais multipolarizadas, conforme a distância em que
estão de outras cidades de porte demográfico semelhante ou, ainda, dos tipos de atividades que geram suas
relações com espaços nacionais ou internacionais.

No caso destas últimas, reconhece-se de modo claro a tendência de ampliação do desempenho de papéis
de articulação entre o global e o local. Offner (2000, p. 142) destaca que o funcionamento da economia na
forma de rede de cidades, possibilita a cidades que não são propriamente globais, beneficiarem-se das
economais de escala e das modalidades de interação que as novas formas de comunicação propiciam.

Assim, conforme as diferenças citadas nos últimos parágrafos, as cidades de porte médio participam e
refletem de modo diferenciado as alterações nas relações que estabelecem com escalas geográficas mais
abrangentes. A algumas poderia se aplicar o conceito de reestruturação urbana e em relação a outras,
embora se reconheçam mudanças, denotando que é contínuo o processo de estruturação urbana, não se
aplicaria e idéia de reestruturação porque as transformações não são profundas ou significativas, quando
se compara o período atual aos papéis que elas desempenhavam em períodos pretéritos.

Paradoxalmente, quando se foca a atenção na escala intraurbana, o que se nota é a ocorrência de dinâmicas
de reestruturação dessas cidades, independentemente da espessura das transformações observadas no que
concerne aos papéis que desempenham nas escalas regionais, nacional ou internacional.

Desse modo, pode-se ressaltar, no que se refere à estrutura interna dessas cidades, dois pontos: - todas
passam por mudanças significativas, oferecendo-se elementos para se reconhecer uma reestruturação e não
apenas estruturação de seus espaços urbanos; - essas mudanças assemelham-se às das metrópoles no que
tange aos interesses que as determinam, mas diferem significativamente no que diz respeito às estruturas
urbanas geradas.

Para fundamentar esses dois pontos, vamos, nas próximas seções, tratar de modo sucinto do fenômeno dos
loteamentos fechados nas cidades de porte médio, analisando-os a partir dos conceitos de segregação
socioespacial e das relações centro x periferia.

Cidades de porte médio e loteamentos fechados

Nos períodos intercensitários anteriores a 1980, era notório o ritmo de crescimento acelerado das
metrópoles brasileiras. Essa evolução teve continuidade no final do século XX, mas observando-se a
tabela 1, verifica-se que o ritmo das cidades de porte médio tornou-se mais intenso. Na tabela, essas
cidades encontram-se nas categorias “aglomerados urbanos não-metropolitanos” e “centros urbanos”, cuja
participação relativa no conjunto das cidades brasileiras variou, respectivamente, de 9,68% a 12,00por
cento, e de 9,15% a 10,64 por cento.

Tabela 1
Brasil. População segundo a morfologia da rede urbana 1980 a 2000
Distribuição relativa Taxas de
Número crescimento (% a.
(%)
Categorias de a.)
municípios
em 2000 1980 1991 2000 1980- 1991-
1991 2000
Regiões 203 34,08 35,12 36,30 2,21 1,92
metropolitanas (1)
Aglomerados 178 9,68 11,35 12,00 3,42 2,24
urbanos não-
metropolitanos
Centros urbanos 62 9,15 10,10 10,64 2,84 2,21
Outras 5 064 47,08 43,43 41,14 1,18 1,02
municipalidades
Brasil 5 507 100,00 100,00 100,00 1,93 1,63
(1) Inclui as antigas e novas regiões metropolitanas (dezoito áreas).
Fonte: Extraído e adaptado de Baeninger (2003, p.285).

Essa tendência demográfica só pode ser compreendida à luz das transformações referentes à passagem do
sistema fordista de produção ao sistema flexível de produção. A possibilidade de separação das áreas de
comando das áreas de produção industrial tem sido, no caso do Estado de São Paulo, o principal fator que
gera a desconcentração territorial da população, ainda que se mantenha a centralização de capitais e de
gestão econômica na metrópole paulistana.

Essas dinâmicas reforçaram e redefiniram os papéis das cidades de porte médio, como os dados contidos
na tabela 2 demonstram. Comparando-se a evolução demográfica da capital à das demais cidades do
Estado de São Paulo, nota-se a tendência de crescimento mais acelerado das cidades médias, de um modo
geral.

Tabela 2
Estado de São Paulo. Principais Aglomerações e Centros Urbanos. Evolução Demográfica da
População Urbana (1980 – 2000)

1980 1991 2000


População População 1 População 2
São Paulo 8 337 241 9 412 894 1,11 9 813 187 0,46
Campinas 591 557 824 924 3,07 953 218 1,62
São José dos 276 901 425 515 3,98 532 717 2,53
Campos
Ribeirão Preto 308 345 426 819 3,00 502 760 1,84
Sorocaba 265 956 374 108 3,15 486 726 2,97
Santos 414 710 427 273 0,27 415 747 - 0,30
São José do Rio 179 007 275 450 4,00 337 289 2,27
Preto
Piracicaba 197 904 269 961 2,86 317 374 1,81
Bauru 180 761 255 669 3,20 310 442 2,18
Jundiaí 221 888 266 235 1,67 300 207 1,34
Limeira 137 809 177 934 2,35 238 349 3,30
Marília 107 299 150 520 3,12 189 719 2,60
Presidente Prudente 129 903 160 227 1,92 185 229 1,62
Araraquara 118 778 156 465 2,54 173 569 1,16
Araçatuba 116 431 150 905 2,38 164 449 0,96
Bragança Paulista 62 673 92 409 3,59 111 091 2,07
Jaú 62 139 86 823 3,09 107 198 2,37
Catanduva 65 948 89 905 2,86 104 268 1,66
Botucatu 58 333 84 853 3,46 103 993 2,28
1 - Taxa Geométrica de crescimento anual entre o período de 1980-1991.
2 - Taxa Geométrica de crescimento anual entre o período de 1991-2000.
Fonte: IBGE – Censos Demográficos, 1980, 1991 e 2000.
Organização – Maria Aparecida da Silva e Rose Maria do Nascimento.

A reestruturação produtiva no território paulista gerou uma ampliação não apenas demográfica das cidades
de porte médio, mas também da capacidade e da qualidade de consumo de seus moradores.

O aparecimento de novos empreendimentos fundiários e imobiliários estimula e reflete esse movimento de


crescimento quantitativo e qualitativo das cidades de porte médio do Estado de São Paulo. Alguns estudos
têm demonstrado o papel crescente dessas iniciativas redefinindo as formas de habitat urbano, por meio
da implantação de loteamentos fechados ou condomínios horizontais.

Sobarzo (1999) analisou essa dinâmica, em Presidente Prudente, Thomaz (2002), também, tomou essa
cidade como referência para estudar as relações entre a rua e o loteamento fechado, Sposito analisou São
José do Rio Preto (2003) e, em outro texto, voltou a tratar dessa cidade, de Sorocaba e de Presidente
Prudente (2006b). Oliveira (2004) estudou o aparecimento de condomínios fechados para lazer em
Buritama, Zandonadi (2005) em Marília, Lante (2006) em São Carlos. Outros estudos foram realizados
(Sposito, 2002, 2004b), Sobarzo e Sposito (2003), Sposito e Sobarzo (2006) e Dal Pozzo (2007).

O desenvolvimento dessas pesquisas permitiu a verificação de algumas das particularidades relativas à


implantação desses loteamentos nas cidades de porte médio, comparativamente ao que se observa nas
áreas metropolitanas.

Uma primeira especificidade refere-se ao preço das terras urbanas. Em cidades de menor porte
demográfico, o estoque de terras disponíveis é maior e os preços são mais baixos, o que determina
segmentações socioespaciais diversas das observadas em cidades maiores.

Preços mais baixos e maior disponibilidade de terras combinam com custos menores de vida, incluso os
relativos a todos os tipos de serviço necessários à manutenção de habitações unifamiliareas nesses
loteamentos (serviços de limpeza doméstica, manutenção de jardins e de piscina, restauração da edificação
e pintura etc).

Esses fatos explicam porque nesses novos habitats urbanos, incluem-se, em maior proporção nas cidades
do interior paulista, segmentos de médio poder aquisitivo (SPOSITO, 2006b) do que o observado nas
metrópoles, gerando fraturas socioespaciais diversas daquelas notadas nas grandes cidades.

Uma segunda especificidade refere-se ao uso do tempo cotidiano e do espaço urbano. Como as extensões
territoriais das cidades de porte médio são menores e os sistemas viários menos densamente utilizados, há
maior facilidade para os deslocamentos dos moradores desses empreendimentos murados e de acesso
controlado, de modo a que eles tenham acessibilidade ao conjunto da cidade, mesmo tendo escolhido
habitar nesses empreendimentos que, via de regra, têm localização periférica.
Um terceiro aspecto a ser considerado é o da proximidade entre os diferentes sujeitos sociais envolvidos
com os contraditórios interesses que envolvem a produção de espaços urbanos desse tipo. Proprietários
fundiários, incorporadores, membros do poder executivo e do legislativo, bem como representantes de
entidades envolvidas com essa produção freqüentam os mesmos ambientes e, muitas vezes, são moradores
desses empreendimentos.

Assim, por exemplo, a legislação urbana é alterada para legitimar as práticas que facilitam a implantação
de loteamentos fechados[4], ou a fiscalização não é adequadamente exercida, ou ampliam-se práticas
sociais inadequadas, que passam a ser aceitas em nome da defesa e proteção desses espaços[5].

Redefinição das relações entre centro e periferia

O aparecimento desses novos empreendimentos residenciais vem alterando as relações entre o centro e a
periferia nas cidades de porte médio e esta constatação é um dos fundamentos da idéia de que passamos
por uma reestruturação da cidade.

As pesquisas que se realizam sobre a redefinição da centralidade nessas cidades foram ponto de partida
para essa análise. Destaco os estudos de: Whitacker (1991, 1997 e 2003), Sposito (1991, 1998, 1999,
2002), Montessoro e Sposito (1997), Pereira (1998 e 2001), Montessoro (1999), Nascimento (1999), Ruiz
e Sposito (2002), Silva (2002 e 2006), Silva e Sposito (2003) e Ruiz (2004).

Todas essas pesquisas apontam para a redefinição das relações entre o centro e a periferia nas cidades de
porte médio. Até os anos de 1970 e 1980, a circulação intra-urbana nessas cidades articulava-se em torno
de um centro principal, compondo estruturas monocêntricas fortemente integradas a uma única área
importante de concentração de estabelecimentos comerciais e de serviços. Nos últimos vinte anos,
observou-se multiplicação de áreas de concentração dessas atividades (eixos comerciais, centros
comerciais em bairros de bom poder aquisitivo e shopping centers), bem como verificou-se o fenômeno
de diversificação delas, acompanhado de segmentação dos mercados consumidores, segundo diferentes
padrões de consumo e maior ou menor facilidade para se locomover por automóvel.

Para se designar a multiplicação dessas áreas centrais adotamos o conceito de multicentralidade e para
fazer referência à diversificação de padrões de bens e serviços, bem como de clientela propõe-se a adoção
da idéia de policentralidade[6]. O fato é que a constatação dessas mudanças na constituição das estruturas
urbanas de cidades de porte médio justificam a adoção do conceito de reestruturação da cidade. Elas são
necessárias para complementar os novos empreendimentos imobiliários residenciais, sobretudo os
fechados, uma vez, na maior parte das vezes auxiliam a formação de espaços de uso exclusivo, nos termos
propostos por Seabra (2004).

A diversificação das escolhas locacionais de atividades comericiais e de serviços associam-se diretamente


às iniciativas relativas à implantação dos loteamentos fechados.

Para exemplificar essa tendência podemos observar os mapas 1 e 2. Em Sorocaba, a maior parte dos
loteamentos fechados compõe um cinturão periférico que vai do leste ao sul da cidade, próximo da
Rodovia Raposo Tavares, sendo que o shopping center principal localiza-se ao longo desse eixo. Em
Presidente Prudente, os loteamentos fechados concentram-se ao sul da cidade e a partir deles a
acessibilidade ao shopping center é facilitada pela proximidade e pelas vias de acesso.

No caso de São Carlos (figura 3) o principal empreendimento voltado à implantação de loteamento


fechado, o Residencial Faber Castel, localiza-se a leste da cidade e se beneficia-se da contigüidade com o
shopping center.

As localizações desses empreendimentos residenciais colocam em questão a adequação dos conceitos de


centro e periferia para as cidades latinoamericanas, mesmo lembrando que as noções e as conceituações de
centro e periferia são múltiplas, pois se aplicam à compreensão da diferenciação do espaço em muitas
escalas, do espaço urbano ao mundial (Reynaud, 1993, p.617). Além disso, essas duas expressões
vinculam-se a diferentes correntes teóricas e são utilizadas por profissionais de diferentes formações.

De um modo ou de outro a constatação de que as cidades se organizavam segundo dois ou mais


subconjuntos[7] (Reynaud, 1993), no interior dos espaços urbanos, relaciona-se com os processos de
descentralização viabilizados, como destacou Corrêa (1989, p. 46), pela emergência de meios de
transporte mais flexíveis e possibilitados pela difusão do uso de veículos automotores.

Esse processo é complexo e seletivo: a) do ponto de vista das atividades, - no que se refere à forma como
a descentralização ocorre no decorrer do tempo, b) em termos de divisão territorial do trabalho, c)
segundo o tamanho das cidades, e d) em termos dos diferentes territórios que compõem a cidade (Corrêa,
1989, p. 49-50).

É notória a influência exercida nos estudos urbanos pelos modelos elaborados, no âmbito da Escola de
Chicago, a partir da década de 1920. Para estudar os padrões espaciais urbanos, a referência subjacente
era sempre uma estrutura centro-periférica[8].

Entretanto, quando consideramos o conjunto significativo das mudanças que se observa, nas formas de
produção e apropriação do espaço urbano nas últimas décadas, podemos afirmar que nem tudo é periferia
e, ao mesmo tempo, que a periferia é plural (Sposito, 2004, p. 282)[9].

Analisando as formas de extensão territorial urbana e se referindo especificamente às cidades


subdesenvolvidas, Santos (1981, p. 187- 202) afirmava que o livre jogo da especulação é responsável pelo
deslocamento do habitat popular para a periferia, fazendo com que, dentro da cidade, a acessibilidade aos
diferentes serviços, mais concentrados na área central, varie em função das rendas de cada grupo social,
gerando “cidades justapostas”, mal vinculadas entre si, dentro da própria cidade.
Destacando esses traços, Santos (1981) já definia a periferia não apenas do ponto de vista morfológico,
mas mostrava seu menor grau de coesão ou participação na estruturação da cidade e lhe atribuía um
conteúdo social muito peculiar, quando tratava das cidades localizadas em países subdesenvolvidos.

Não raramente, nessas cidades, a ocupação da periferia foi sendo feita irregularmente, no século XX.
Muitas vezes, a iniciativa privada se incumbiu de implantar loteamentos sem atender às exigências da
legislação urbana (tamanho mínimo dos lotes, largura mínima das vias, definição de áreas verdes e de uso
institucional, incorporação de infra-estruturas mínimas etc) e, portanto, sem aprovar seus projetos,
inviabilizando a legalização da aquisição de seus lotes. Outras vezes, é a falta de condições econômicas
para essa aquisição que explica a ocupação de áreas não loteadas, gerando favelas, caracterizadas pela
posse ilegal das terras ocupadas.

Numa de suas obras, ao analisar a metrópole paulista, Santos (1990) chama atenção para os contrastes
entre centro e periferia, fazendo referência à existência de uma “oposição entre a cidade visível e a
invisível”, lembrando que a paisagem urbana se estende mais depressa do que o atendimento das
necessidades da população. O mesmo processo das metrópoles observou-se nas cidades de porte médio,
mas com incidência de ocorrência e magnitude menores.

Caracterização desenvolvida por Santos, em função de sua associação clara e adequada aplicação à
compreensão das cidades brasileiras, lembra-nos a necessidade de notar a forma polissêmica como o
termo periferia vem sendo utilizado nas últimas décadas. Sua origem associa-se ao reconhecimento de
um conteúdo social em áreas residenciais distantes do centro, marcadas pela presença de moradias
precárias e inacabadas, pela ausência ou insuficiência de meios de consumo coletivo, resultantes de um
processo de produção do espaça urbano orientado pelos interesses de implantação de loteamentos
regulares ou irregulares em áreas distantes, cujos terrenos são mais baratos, tornando espaços não-
urbanos em espaços que podem ser colocados no mercado como urbanos, ainda que não sejam dotados
das condições mínimas para tal.

A partir dessa perspectiva, pode-se considerar a noção de periferia urbana como muito própria para
caracterizar as formas de expansão territorial das cidades latinoamericanas, formas essas que foram os
eixos orientadores do crescimento dessas cidades na segunda metade do século XX.

A inadequação da aplicação do termo se quisermos tratá-lo como um conceito é, entretanto, notada


quando o utilizamos para fazer referência a todo o anel que compreende o entorno urbano, quando, de
fato, áreas sem uso, áreas industriais e áreas residenciais de alto e médio padrão também podem ser
encontradas nessa área.
Ao se aplicar de forma pouco precisa o termo periferia, enfraquecendo-lhe o estatuto de conceito,
negligenciou-se, ainda, o de subúrbio, substituindo-se, muitas vezes, este por aquele, fazendo-se
referência a realidades socioespaciais diversas. Há, de fato, distinções entre eles e caberia a adoção
precisa de cada um para designar contextos urbanos que diferem entre si, do ponto de vista das suas
formas de produção e, do ponto de vista das suas formas de apropriação e uso, bem como de seus
conteúdos social e cultural.

Martins adverte para a impropriedade do uso indiscriminado do conceito de periferia e distingue-o do


conceito de subúrbio:

A concepção de subúrbio cedeu lugar, indevidamente, à concepção ideológica de “periferia”, um produto de neopopulismo cuja
elaboração teve a contribuição do próprio subúrbio para distinguir-se dos deteriorados extremos de uma ocupação antiurbana do
solo urbano, para distinguir-se do amontoado de habitações mal construídas, precárias, provisórias, inacabadas, sem infra-estutura
que começaram a se disseminar. [...]

O subúrbio é a negação da periferia. É, aliás, por excelência, o espaço da ascensão social, diferente da periferia que é o espaço do
confinamento nos estreitos limites da falta de alternativas de vida. [...]

O problema da periferia é o do desenvolvimento econômico. O problema do subúrbio é o do desenvolvimento social, o da


realização ampla das promessas de desenvolvimento econômico que o subúrbio já conheceu. (Martins, 2001, p. 78-79).

Analisando a área metropolitana de São Paulo, Kowarick afirma que se trata de:

Periferias... No plural. Isto porque são milhares de Vilas e Jardins. Também porque são muito desiguais. Algumas mais
consolidadas do ponto de vista urbanístico; outras verdadeiros acampamentos destituídos de benfeitorias básicas. Mas, no geral,
com graves problemas de saneamento, transporte, serviços médicos e escolares, em zonas onde predominam casas
autoconstruídas, favelas ou o aluguel de um cubículo situado no fundo de um terreno em que se dividem as instalações sanitárias
com outros moradores: é o cortiço da periferia. Zonas que abrigam população pobre, onde se gastam várias horas por dia no
percurso entre a casa e o trabalho. Lá impera a violência. Dos bandidos, da polícia, quando não dos “justiceiros”. Lá é por
excelência o mundo da subcidadania. (Kowarick, 2000, p.43, grifo nosso)

A periferia, nos termos descritos nos parágrafos anteriores, é uma marca das cidades latino-americanas.
Essa tendência passou a ter importância a partir dos anos de 1950, nas áreas metropolitanas e grandes
cidades, e se acentuou a partir dos anos de 1970, atingindo, inclusive, cidades de porte médio.

Entretanto, o que as idéias debatidas nesse texto ensejam é a pluralidade de contextos e práticas
socioespaciais que caracterizam os espaços periféricos na cidade brasileira contemporânea. Do ponto de
vista conceitual, não caberia mais a simples adoção da noção ou conceito de periferia, cunhado para
fazer-se referência, como já se frisou, a uma dada realidade urbana, delimitada no tempo e no espaço.
Contudo, é fundamental reconhecer a diversificação dos espaços que compõem as áreas mais distantes do
centro, na cidade atual.

Nessas áreas, são implantados loteamentos urbanos, muitos deles fechados, voltados para segmentos de
médio e alto poder aquisitivo, novos espaços de comercialização de bens e serviços e, ainda, centros de
atividades, nos quais se mesclam e integram usos residenciais, industriais, comerciais e de serviços.

Na medida em que essas dinâmicas se desenvolvem, verificamos que a pluralização indica que a periferia
se transforma, multiplicando-se em diversos usos, ampliando-se, na medida em que se torna mais
extensa, articulando-se a outros espaços, uma vez que se diversificam as formas de transportes e
comunicação.

E, por todas essas razões, a periferia segmenta-se, pois a proximidade física de usos diferentes e de
conteúdos sociais e culturais diversos não promove, em si, integração, mas gera separação socioespacial,
sob a forma de segregação socioespacial ou de fragmentação urbana.

Os muros que cercam os loteamentos fechados bem como os sistemas de controle e vigilância neles se
operam podem, assim, ser tomados como elementos constitutivos de segregação socioespacial. Utilizo o
adjetivo socioespacial, para frisar que a segregação é duplamente determinada: - no plano social, tendo
em vista o fato de que os preços dos imóveis nesses espaços fechados aumentam progressivamente,
comparando-se aos preços de imóveis na cidade “aberta”, indicando a pertinência dos termos propostos
por Carlos (2001); - no plano espacial, porque o privilégio decorrente das facilidades de locomoção e de
proximidade, advindas da localização desses empreendimentos, nos espaços intraurbanos das cidades médias,
possibilita que a auto-separação desejada pelos moradores desses empreendimentos não implique em
afastamento espacial ou aumento do tempo necessário aos deslocamentos cotidianos.

Comparando-se as condições e custos de moradia em loteamentos fechados em aglomerações metropolitanas


e em cidades médias, verifica-se que as facilidades observadas nestas em relação àquelas indicam que há
elementos para se observar a ocorrência de indícios de fragmentação urbana.

Notas

[1] Departamento de Geografia da Universidade Estadual Paulista (UNESP, Campus de Presidente Prudente). Pesquisadora do
CNPq. Endereço eletrônico: mebsposito@prudenet.com.br. Endereço postal: Rua José Levy Guedes, 625, CEP 19060-260,
Presidente Prudente, SP, Brasil.

[2] Para Roncalyolo (1990, p. 90-91), a morfologia urbana não se reduz a descrição dos objetos urbanos e de seu arranjo, mas inclui
a repartição dos grupos sociais e dos papéis a serem desempenhados em cada espaço e por cada espaço. Assim, o autor valoriza as
relações entre forma e sociedade urbana, para ver como essa sociedade constrói, utiliza e interpreta os objetos urbanos. Na mesma
direção, Capel (2002, p.20) ressalta que a morfologia urbana reflete a organização social, as estruturas políticas, os objetivos dos
grupos sociais dominantes, razão pela qual seu estudo exige atenção aos elementos básicos que compõem o tecido urbano e aos
mecanismos de transformação das estruturas.

[3] Maria Laura Silveira, em sua apresentação no II Simpósio Internacional “Cidades Médias: Produção do Espaço e Dinâmicas
Econômicas” (II CIMDEPE), realizado pela Universidade Federal de Uberlândia, em novembro de 2006, adotou a nomenclatura
“cidades da globalização”, para falar de cidades com esse perfil.

[4] Em Presidente Prudente, por exemplo, foi aprovada lei municipal que concede o direito exclusivo, aos moradores de loteamentos
fechados, de uso das ruas e áreas públicas que estão dentro dos muros que cercam esses empreendimentos.

[5] Tem se ampliado crescentemente as práticas de controle de acesso de não moradores às áreas desses empreendimentos, o que
pode incluir a solicitação de apresentação de documentos e a verificação de fichas policiais de trabalhadores que desempenham
atividades dentro desses espaços (empregadas domésticas, pedreiros, jardineiros etc).

[6] A expressão poly(multi)centralidade é adotada por Lefebvre (1983) e a adaptamos para designar o aparecimento de novas áreas
de concentração de estabelecimentos comerciais e de serviços nas cidades de porte médio.

[7] Laborde (1994, p. 143 e seguintes) divide o espaço urbano em centro, pericentro e periferia. Langenbuch (2001) elabora
excelente síntese sobre a forma como subespaços urbanos vêm sendo conceituados no âmbito da Geografia. Gorra-Gobin (1989)
também reconhece um espaço periurbano e o associa ao processo de contra-urbanização.

[8] O primeiro desses modelos a se apresentar como uma teoria - Teoria Concêntrica ou das Áreas Concêntricas - foi elaborado por
Burgess e divulgado em 1923. Propugnava um padrão espacial em torno de um centro, a partir do qual círculos concêntricos se
sucediam até atingir os subúrbios nos quais residia a elite. Ainda que não apresentado como uma teoria, o primeiro modelo de
organização do espaço urbano foi, segundo Corrêa (1989, p. 66-67), o elaborado pelo geógrafo alemão Kohl, em 1841, com base na
realidade de cidades pré-industriais. Segundo esse padrão, a elite morava no centro, enquanto os pobres habitavam a periferia.

[9] Os parágrafos que se seguem foram extraídos de SPOSITO (2004, p. 282 e seguintes, texto não publicado).

Referências

BAENINGER, Rosana. “Redistribuição espacial da população e urbanização: mudanças e tendências recentes”. In: GONÇALVES,
Maria Flora; BRANDÃO, Carlos Antônio;

GALVÃO, Antônio Carlos (org.). Regiões e cidades, cidades nas regiões. São Paulo: Editora da Unesp, 2003, p. 272-288.

CAPEL, Horacio. La morfologia de las cuidades. Barcelona: Ediciones del Serbal, Coleción Estrella Polar, Vol. I, 2002.

CARLOS, Ana Fani Alessandri. “A metrópole polifônica – poliorâmica”. In: SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão (org.).
Urbanização e cidades: perspectivas geográficas. Presidente Prudente: GAsPERR/UNESP, 2001, p. 59-72.

CORRÊA, Roberto Lobato. O espaço urbano. São Paulo: Ática, 1989.

DAL POZZO, Clayton Ferreira Novas morfologias urbanas: a produção de loteamentos fechados no munícipio de Presidente
Prudente - SP. Presidente Prudente: UNESP, 2007. [Iniciação científica].

GHORRA-GOBIN, Cynthia. Le peri-urbain: une nouvelle forme d'urbanité en France et aux États-Unis. Acta Geographica. Paris,
n.8, 1989, p. 13-25.

KOWARICK, Lúcio. Escritos urbanos. São Paulo: Editora 34, 2000.

LABORDE, Pierre. Les espaces urbains dans le monde. Paris: Nathan, 1994.

LANGENBUCH, Juergen Richard. Depoimento. Espaço & Debates. São Paulo, n. 42, p. 85-91, 2001.

LANTE, Ricardo Giamloureço. Espaços de auto-segregação: Parque Faber em São Carlos. Presidente Prudente: UNESP, 2006
[Monografia de Bacharelado].

LEFEBVRE, Henri. La revolution urbana. Madrid: Editorial Alianza, 1983.

MARTINS, José de Souza. Depoimento. Espaço & Debates. São Paulo, n. 42, p.75-84, 2001.

MONTESSORO, C. L., SPOSITO, M. Encarnação Beltrão. Shopping centers e (re)estruturação das cidades de Presidente Prudente
e São José do Rio Preto In: Encuentro de Geógrafos de América Latina, 6. Resúmenes. Buenos Aires, 1997. v.1. p.53 – 53.

MONTESSORO, Claudia Cristina Lopes. Shopping centers e reestruturação urbana em Presidente Prudente. 1999. Presidente
Prudente: UNESP, 1999 [Dissertação de Mestrado]
OLIVEIRA, Maria Angélica de. Análise dos aspectos sociais e naturais no processo de produção do espaço urbano: condomínios
fechados em Buritama - SP. 2004. [Iniciação Científica].

NASCIMENTO, Rose Maria. Dispersão e difusão: a constituição do sub-centro da COHAB e de sua centralidade. Presidente
Prudente: UNESP, 1999. [Monografia de Bacharelado].

PEREIRA, Silvia Regina. Análise do sub-centro comercial e de serviços do Jardim Bongiovani - Presidente Prudente SP.
Presidente Prudente: UNESP, 1998. [monografia].

PEREIRA, Silvia Regina. Subcentros e condições de vida no Jardim Bongiovani e Conjunto Habitacional Ana Jacinta - Presidente
Prudente. Presidente Prudente: UNESP, 2001. [Dissertação de Mestrado].

REYNAUD, Alain. Centre et pérfiphérie. In: BAILLY, Antoine et al. Encyclopédie de Géographie. Genebra: Economica, v. 2,
1993, p. 617-633.

RONCAYOLO, Marcel. La ville et ses territoires. Paris: Gallimard, 1990.

RUIZ, João Antonio Matinez, SPOSITO, M. Encarnação Beltrão. Shopping Center Americanas: procedência intra e interurbana.
Formação. Presidente Prudente: UNESP, v.1, 2002, p. 109 – 130.

RUIZ, João Antonio Matinez, Shopping Centers e segregação socioespacial em Presidente Prudente - SP. Presidente Prudente:
UNESP, 2004. [Dissertação de Mestrado].

SANTOS, Milton. Manual de Geografia Urbana. São Paulo: Hucitec, 1981.

SEABRA, Odette. Territórios do uso: cotidiano e modo de vida. Cidades. Presidente Prudente: GEU, n. 2, 2004. p.181-206.

SILVA, William Ribiero, SPOSITO, M. Encarnação Beltrão. Padrões socieconômicos e centralidade urbana. Catuaí Shopping
Center e Zona Norte de Londrina. Formação. Presidente Prudente: UNESP, v.2, 2003, p.197 – 221.

SILVA, William Ribiero. Para além das cidades. Centralidade e estruturação urbana. Londrina e Maringá. Presidente Prudente:
UNESP, 2006. [Tese de Doutorado].

SOBARZO, Oscar. A segregação sócio-espacial em Presidente Prudente: análise dos condomínios horizontais. Presidente
Prudente: UNESP, 1999. [Dissertação de mestrado].

SOBARZO, Oscar, SPOSITO, M. Encarnação Beltrão. Urbanizaciones cerradas: reflexiones y desafios. Ciudades. México, v.59,
p.37 - 43, 2003.

SOJA, Edward. Geografias pós-modernas. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1993.

SPOSITO, M. Encarnação Beltrão. A gestão do território e as diferentes escalas de centralidade urbana. Território , Rio de Janeiro:
UFRJ, v.3, 1998, p.27 – 37.

SPOSITO, M. Encarnação Beltrão. O centro e as formas de centralidade urbana. Revista de Geografia. São Paulo: UNESP, v.10,
1991, p.1 - 18.

SPOSITO, M. Encarnação Beltrão. Multi(poly)centralité urbaine In: MALEZIEUX, Jacques (org.) Industrie et Aménagement.
Paris : L'Harmattan, 1999, p. 259-286.

SPOSITO, M. Encarnação Beltrão. Novos territórios urbanos e novas formas de hábitat no Estado de São Paulo, Brasil In:
Latinoamérica: países abiertos, ciudades cerradas. Guadalajara: Universidad de Guadalajara/UNESCO, 2002, p. 397-422.

SPOSITO, M. Encarnação Beltrão. Centralidade intra-urbana. Conjuntura Prudente. Presidente Prudente: UNESP, v.3, p.49 - 54,
2002b.

SPOSITO, M. Encarnação Beltrão. A cidade dentro da cidade. Uma Edge City em São José do Rio Preto. Sripta Nova. Revista de
Geografia y Ciencias Sociales. Barcelona, v.VII, p.1 - 15, 2003.

SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. O chão em pedaços: urbanização, economia e cidades. Presidente Prudente: UNESP/FCT,
2004 [tese de livre docência].

SPOSITO, M. Encarnação Beltrão. Novos conteúdos nas periferias urbanas das cidades médias do Estado de São Paulo, Brasil.
Investigaciones Geográficas. México, v.54, p.114 - 139, 2004b.

SPOSITO, Maria Encarnação B. O desafio metodológico da abordagem interescalar no estudo de cidades médias no mundo
contemporâneo. Cidades. v. 3, n.5, 2006, p. 143-157.

SPOSITO, M. Encarnação Beltrão. Loteamentos fechados em cidades médias paulistas, Brasil. In: Cidades médias: produção do
espaço urbano e regional. São Paulo: Expressão Popular, 2006b, p. 175-196.

SPOSITO, M. Encarnação Beltrão; SOBARZO, Oscar. Novos habitats urbanos e constituição de uma metametrópole em São Paulo
In: 52a. Congresso Internacional de Americanistas, Sevilla, 2006. Simposium Producción inmobiliaria y reestrutucturación
metropolitana en América Latina. Sevilha, 2006. p. 20 – 21.

SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. Cidades médias: reestruturação das cidades e reestruturação urbana. In: SPOSITO, Maria
Encarnação Beltrão (org.). Cidades médias: espaços em transição. São Paulo: Expressão Popular, 2007 (no prelo).

THOMAZ, Francini. Loteamento fechado e loteamento popular: o sentido da rua como espaço público e coletivo. Presidente
Prudente: UNESP, 2002. [Iniciação científica].

WHITACKER, Arthur Magon. A produção do espaço urbano em Presidente Prudente: expansão/desdobramento da área central.
Presidente Prudente: UNESP, 1991. [Iniciação Científica].

WHITACKER, Arthur Magon. A produção do espaço urbano em Presidente Prudente: uma discussão sobre a centralidade
urbana. Presidente Prudente: UNESP, 1997. [Dissertação de Mestrado].

WHITACKER, Arthur Magon. Reestruturação urbana e centralidade em São José do Rio Preto - SP. Presidente Prudente:
UNESP, 2003. [Tese de Doutorado].

ZANDONADI, Júlio Cézar. A expansão territorial urbana na cidade de Marília-SP e os loteamentos fechados. Presidente
Prudente: UNESP, 2005 [monografia].

© Copyright Maria Encarnação Beltrão Sposito, 2007


© Copyright Scripta Nova , 2007

Ficha bibliográfica:
SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. Reestruturação urbana e segregação socioespacial no interior paulista. Scripta Nova.
Revista electrónica de geografía y ciencias sociales. Barcelona: Universidad de Barcelona, 1 de agosto de 2007, vol. XI, núm.
245 (11). <http://www.ub.es/geocrit/sn/sn-24511.htm> [ISSN: 1138-9788]

Volver al índice de Scripta Nova número 245


Volver al índice de Scripta Nova

Menú principal

S-ar putea să vă placă și