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º 10 /2009
PRIMEIRA ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O
RENDIMENTO DE PESSOAS COLETIVAS (IRC)
(Aprovado pela Lei n.º 16/2008, de 31 de Dezembro)
DIÁRIO DA REPÚBLICA 67
Quinta – Feira, 8 de Outubro de 2009
Versão 1.0
Carlos Neves
Dedico este livro a minha querida esposa que me deu dois lindos filhos
Carlos Neves
LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
IRC
LEI N.º 10/2009
Primeira Alteração ao Código do Imposto Sobre o
Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC)
(aprovado pela Lei n.º 16/2008, de 31 de Dezembro)
DIÁRIO DA REPÚBLICA Nº 67
Quinta – Feira, 8 de Outubro de 2009
Titulo
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC)
Lei n.º 10 /2009
Autor
Carlos Neves
Editor
Carlos Neves
Projeto Gráfico
Carlos Neves
gemboo@hotmail.com
Organizado e paginado por: Carlos Neves 2
Versão 1.0
DIÁRIO DA REPÚBLICA Nº 67 - Quinta – Feira, 8 de Outubro de 2009
Índice
3i
LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
iii5
LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
7v
LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
9vii
LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
TÍTULO I
Incidência
CAPÍTULO I
Incidência Pessoal e Real
Artigo 1.º
Pressuposto do imposto
Artigo 2.º
Sujeitos passivos
c) As entidades, com ou sem personalidade jurídica, que não tenham sede nem
direção efetiva em território nacional, cujos rendimentos nele obtidos não
estejam sujeitos a IRS.
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
Artigo 3.º
Exclusão de incidência subjetiva
Não estão sujeitos ao IRC, as seguintes pessoas coletivas, desde que não
desenvolvam as atividades referidas no artigo 5.º:
a) O Estado;
Artigo 4.º
Incidência real
Artigo 5.º
Atividades de natureza comercial, industrial e agrícola
3. No caso das sociedades comerciais, das sociedades civis sob forma comercial, e
das empresas públicas, entende-se que todas as operações económicas por elas
realizadas têm carácter empresarial.
Artigo 6.º
Lucro do estabelecimento estável
Artigo 7.º
Extensão da obrigação do imposto
O IRC incide sobre a totalidade dos rendimentos dos sujeitos passivos residentes em
território São-tomense, incluindo os obtidos fora desse território, e, quanto aos
sujeitos passivos não residentes neste território, apenas sobre os rendimentos aqui
obtidos.
Artigo 8.º
Residência
São residentes as entidades que tenham a sua sede ou direção efetiva em território
São-tomense.
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
Artigo 9.º
Rendimentos obtidos em território São-tomense
Artigo 10.º
Estabelecimento estável
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
6. Considera-se que também existe estabelecimento estável quando uma pessoa que
não seja um agente independente nos termos do n.º 7 atue em território São-
tomense por conta de uma empresa e tenha, e habitualmente exerça, poderes de
intermediação e de conclusão de contratos que vinculem a empresa, no âmbito
das atividades desta.
Artigo 11.º
Domicílio fiscal
Artigo 12.º
Transparência fiscal
1. É imputada aos sócios, integrando-se, nos termos da legislação que for aplicável,
no seu rendimento tributável para efeitos de IRS ou IRC, consoante o caso, a
matéria coletável, determinada nos termos deste Código, das sociedades a seguir
indicadas, com sede ou direção efetiva em território São-tomense, ainda que não
tenha havido distribuição de lucros:
b) Sociedades de profissionais;
2. A imputação a que se refere o número anterior é feita aos sócios ou membros nos
termos que resultarem do ato constitutivo das entidades aí mencionadas ou, na
falta de elementos, em partes iguais.
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
CAPÍTULO II
Período de Tributação, Início e Cessação de Atividade
Artigo 13.º
Período de tributação
1. O IRC é devido por cada exercício económico, que coincide com o ano civil, sem
prejuízo das exceções previstas neste artigo.
2. Quando se trate de sociedades e outras entidades sujeitas a IRC, que não tenham
sede nem direção efetiva em território São-tomense e neste disponham de
estabelecimento estável, podem, mediante comunicação expressa à
Administração Fiscal, adotar um período anual de imposto diferente do
estabelecido no n.º 1, a considerar a partir do fim do exercício em que foi feita a
comunicação, o qual deve ser mantido durante, pelo menos, os cinco exercícios
seguintes.
Artigo 14.º
Facto gerador
Artigo 15.º
Cessação de atividade
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
CAPÍTULO III
Isenções
Artigo 16.º
Isenções pessoais
Artigo 17.º
Isenções reais
São também isentos de IRC 50% do lucro tributável, relativamente a cada exercício,
após dedução dos eventuais prejuízos a efetuar nos termos deste Código, e fixado às
empresas que desenvolvam uma atividade exclusivamente agrícola.
TÍTULO II
Determinação da Matéria Coletável
CAPÍTULO I
Grupos 1 e 2
Artigo 18.º
Grupos de tributação
As entidades a que se refere o n.º 1 do artigo 2.º são organizadas em dois grupos de
tributação, designados por Grupo 1 e por Grupo 2.
Artigo 19.º
Sujeitos passivos do Grupo 1
Artigo 20.º
Sujeitos passivos do Grupo 2
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
Artigo 21.º
Verificação dos pressupostos
Artigo 22.º
Aplicação de métodos indiciários
O disposto nos artigos anteriores não impede a aplicação de métodos indiciários aos
sujeitos passivos dos Grupos 1 e 2, nos termos previstos neste Código.
CAPÍTULO II
Regras que definem a matéria coletável do grupo 1
Secção I
Regras gerais
Artigo 23.º
Matéria coletável do grupo 1
Artigo 24.º
Cálculo do lucro tributável
Artigo 25.º
Periodização do lucro tributável
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
Artigo 26.º
Obras de carácter plurianual
Artigo 27.º
Proveitos ou ganhos
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
Artigo 28.º
Variações patrimoniais positivas
Artigo 29.º
Custos ou perdas
Artigo 30.º
Custos não dedutíveis
h) 50% das despesas com subsídios de viagem, exceto na parte em que haja
lugar a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas
Singulares, na esfera do respetivo beneficiário;
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
2. Não são dedutíveis, para efeitos de determinação do lucro tributável, 50% dos
encargos relacionados com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas,
designadamente, reintegrações, rendas ou alugueres, seguros, reparações e
combustível, exceto tratando-se de viaturas afetas à exploração de serviço
público de transportes ou destinadas a ser alugadas no exercício da atividade
normal do respetivo sujeito passivo e sem prejuízo do disposto na alínea e) do n.º
1 do artigo 40.º e nas alíneas m) e n) do n.º 1 do presente artigo.
Artigo 31.º
Despesas documentadas e despesas de representação
Artigo 32.º
Variações patrimoniais negativas
Nas mesmas condições referidas para os custos ou perdas, concorrem ainda para a
formação do lucro tributável as variações patrimoniais negativas não refletidas no
resultado líquido do exercício, exceto:
Artigo 33.º
Participação indireta no capital social
Secção II
Valorimetria das existências
Artigo 34.º
Valorimetria das existências
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
Artigo 35.º
Mudança de critério valorimétrico
Secção III
Regime das reintegrações e amortizações
Artigo 36.º
Elementos reintegráveis ou amortizáveis
Artigo 37.º
Métodos de cálculo das amortizações e reintegrações
Artigo 38.º
Quotas de reintegração e amortização
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
3. O período de vida útil do elemento do ativo imobilizado é o que se deduz das taxas
de reintegração mencionadas nos n.ºs 1 e 2.
Artigo 39.º
Elementos de reduzido valor
Artigo 40.º
Reintegrações e amortizações não aceites como custos
Secção IV
Regime das provisões
Artigo 41.º
Provisões fiscalmente dedutíveis
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
Artigo 42.º
Provisões para créditos de cobrança duvidosa
Artigo 43.º
Montante anual para os créditos em mora
Artigo 44.º
Provisão para depreciação de existências
Secção V
Regime de outros encargos
Artigo 45.º
Créditos incobráveis
Artigo 46.º
Donativos para fins culturais e outros
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
Artigo 47.º
Donativos ao Estado e a outras entidades públicas
Secção VI
Regime das mais-valias e menos-valias realizadas
Artigo 48.º
Conceito de mais-valias e de menos-valias
4. No caso de troca por bens futuros, o valor de mercado destes é o que lhes
corresponderia à data de troca.
Artigo 48.º A
Correção monetária das mais-valias e das menos-valias
Artigo 49.º
Valor de Aquisição a título gratuito
Artigo 50.º
Reinvestimento dos valores de realização
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
Secção VII
Dedução dos lucros anteriormente tributados
Artigo 51.º
Eliminação da dupla tributação económica de lucros distribuídos
Secção VIII
Dedução de prejuízos
Artigo 52.º
Dedução de prejuízos fiscais
Secção IX
Obrigações contabilísticas
Artigo 53.º
Contabilidade organizada
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
CAPÍTULO III
Regras que Definem a Matéria Coletável do Grupo 2
Secção I
Regras gerais
Artigo 54.º
Determinação da matéria coletável
Secção II
Regime de escrituração simplificada
Artigo 55.º
Cálculo do lucro tributável
O lucro tributável dos sujeitos passivos do Grupo 2, que optem pelo regime de
escrituração simplificada, é elaborado com base na escrituração exigida no artigo
seguinte, e consiste na diferença entre os proveitos realizados no exercício e os
custos documentados indispensáveis à obtenção dos proveitos, e imputáveis ao
mesmo exercício.
Artigo 56.º
Regime de escrituração simplificada de entidades que exerçam atividade
comercial a título principal
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
5. Os livros referidos neste artigo devem ser apresentados, antes de utilizados, com
as folhas devidamente numeradas, na Direção dos Impostos ou na Delegação do
Príncipe, para que sejam assinados os seus termos de abertura e encerramento e
rubricadas as respetivas folhas, podendo ser utilizada a chancela.
Artigo 57.º
Opção pelo regime de escrituração simplificada
Secção III
Regime simplificado de determinação do lucro tributável
Artigo 58.º
Regime simplificado de determinação do lucro tributável
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
Artigo 59.º
Indicadores de atividade inferiores aos normais
c) Quando aos sujeitos passivos do Grupo 2 forem aplicados durante dois anos
consecutivos os métodos indiciários por violação dos seus deveres de registo,
aplica-se o regime simplificado de determinação do lucro tributável a partir
do terceiro ano, por três anos, a não ser que o regime de escrituração
simplificada conduza a uma tributação superior.
Artigo 60.º
Período mínimo de permanência
Secção IV
Transição entre grupos
Artigo 61.º
Transição entre grupos
1. Relativamente aos sujeitos passivos do Grupo 2 que transitem para o Grupo 1, não
são admitidas como custo as reintegrações e amortizações de elementos do ativo
sujeitos a deperecimento, adquiridos em anos fiscais anteriores e sujeitos ao
regime do Grupo 2.
CAPÍTULO IV
Entidades não residentes
Secção I
Estabelecimento estável
Artigo 62.º
Matéria coletável de estabelecimento estável
Artigo 63.º
Lucro tributável de estabelecimento estável
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
3. Sem prejuízo do disposto no número anterior, nos casos em que não seja possível
efetuar uma imputação com base na utilização pelo estabelecimento estável dos
bens e serviços a que respeitam os encargos gerais, são admissíveis como
critérios de repartição nomeadamente os seguintes:
a) Volume de negócios;
b) Custos diretos;
c) Imobilizado corpóreo.
Secção II
Rendimento não imputável a estabelecimento estável
Artigo 64.º
Rendimentos não imputáveis a estabelecimento estável
CAPÍTULO V
Determinação do lucro tributável por métodos indiciários
Artigo 65.º
Aplicação de métodos indiciários
2. O atraso na execução dos livros e registos contabilísticos, bem como a sua não
exibição imediata, só dão lugar à aplicação de métodos indiciários após o decurso
do prazo fixado para a sua realização, regularização ou apresentação, sem que
esta se mostre cumprida.
3. O prazo referido no número anterior não deve ser inferior a 5 nem superior a 30
dias e não deve prejudicar a aplicação da sanção que corresponde à infração
eventualmente praticada.
Artigo 66.º
Serviços competentes
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
Artigo 67.º
Notificação do sujeito passivo
2. A notificação a que se refere o número anterior deve ser efetuada nos termos
previstos no Código Geral Tributário.
CAPÍTULO VI
Disposições comuns e diversas
Artigo 68.º
Correções para efeitos da determinação da matéria coletável
1. A Direção dos Impostos, bem como quaisquer outros serviços dele dependentes,
podem efetuar as correções que sejam necessárias para a determinação do lucro
tributável, sempre que, em virtude das relações especiais entre o contribuinte e
outra pessoa sujeita ou não a IRC, e independentemente do regime fiscal aplicável
às atividades exercidas, tenham sido estabelecidas condições distintas das que
seriam normalmente acordadas entre pessoas independentes, conduzindo a que
o lucro apurado na contabilidade seja diverso do que se apuraria no inverso
dessas condições.
4. Para efeitos de controlo dos resultados realizados nas zonas francas e fora das
zonas francas, as entidades mencionadas no número anterior devem apresentar
três resultados distintos:
Artigo 69.º
Relações especiais
Considera-se que existem relações especiais entre duas entidades nas situações em
que uma tem o poder de exercer, direta ou indiretamente, uma influência
significativa nas decisões de gestão da outra, o que se verifica, nomeadamente,
entre:
Artigo 70.º
Pagamentos a entidades residentes em países com regime fiscal
privilegiado
3. A prova a que se refere o n.º 1 deve ter lugar após notificação do sujeito passivo,
efetuada com a antecedência mínima de 30 dias.
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
Artigo 71.º
Imputação de lucros de sociedades residentes em países com regime fiscal
mais favorável
Artigo 72.º
Regime fiscal mais favorável
Para efeitos deste Código, considera-se que uma pessoa singular ou coletiva está
submetida a um regime fiscal mais favorável quando no território de residência da
mesma não for tributada em imposto sobre o rendimento ou, relativamente às
importâncias pagas ou devidas por um sujeito passivo, o imposto efetivamente pago
for inferior a 60% do que seria devido se a sociedade fosse residente em território
são-tomense.
Artigo 73.º
Subcapitalização
b) O valor das dívidas do sujeito em relação a cada entidade que nele detenha
uma participação direta ou indireta igual ou superior a 20% seja superior ao
dobro do valor da correspondente participação no capital próprio do sujeito
passivo.
Artigo 74.º
Correções nos casos de crédito de imposto e retenção na fonte
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
TÍTULO III
Transformação de sociedades, liquidação e regime de
neutralidade
CAPÍTULO I
Transformação de Sociedades
Artigo 75.º
Regime aplicável
4. Não se aplica a regra anterior se ocorrer uma mudança igual ou superior a 25% na
titularidade do capital da sociedade, até ao fim do período referido no n.º 1 do
artigo 52.º, caso em que qualquer dedução de prejuízos ocorrida durante esse
período, implica liquidação adicional.
CAPÍTULO II
Liquidação de sociedades e outras entidades
Artigo 76.º
Sociedades em liquidação
Artigo 77.º
Resultado de liquidação
Artigo 78.º
Resultado da partilha
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
1. É englobado para efeitos de tributação dos sócios, no exercício em que for posto à
sua disposição, o valor de mercado dos bens que for atribuído a cada um deles em
resultado da partilha, abatido do preço de aquisição das correspondentes partes
sociais, e corrigido nos termos do artigo 49.º.
Artigo 79.º
Liquidação de pessoas coletivas que não sejam sociedades
CAPÍTULO III
Constituição de sociedades com património empresarial de
pessoa singular
Artigo 80.º
Regime especial de neutralidade fiscal
c) As provisões que tiverem sido transferidas têm, para efeitos fiscais, o regime
que lhes era aplicável para efeitos de determinação do lucro tributável da
pessoa singular.
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
TÍTULO IV
Taxas, liquidação e pagamento
CAPÍTULO I
Taxas
Artigo 81.º
Taxas
CAPÍTULO II
Liquidação
Artigo 82.º
Competência para a liquidação
b) Pelo Diretor dos Impostos ou outros funcionários por ele indicados, quando a
declaração periódica de rendimentos não seja apresentada ou seja
apresentada fora do prazo legal.
2. Quando a liquidação deva ser feita pelo contribuinte na sua declaração, aquela
tem por base a sua matéria coletável que da mesma constar.
Artigo 83.º
Deduções à coleta
5. Ao montante apurado pelo Diretor dos Impostos ou outros funcionários por ele
indicados, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo anterior, apenas são
efetuadas as deduções de que a Direção dos Impostos tenha conhecimento e que
possam ser efetuadas nos termos do n.º 1 deste artigo.
7. Nos casos em que seja aplicável o disposto na alínea b) do n.º 2 do artigo 76.º, são
efetuadas anualmente liquidações com base na matéria coletável determinada
com carácter provisório, devendo, face à liquidação correspondente à matéria
coletável respeitante a todo o período de liquidação, cobrar-se ou anular-se a
diferença apurada.
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
8. A liquidação prevista no n.º 1 pode ser corrigida, se for caso disso, dentro do
prazo de caducidade, cobrando-se ou anulando-se então as diferenças apuradas.
Artigo 84.º
Deduções aplicáveis ao Grupo 2
Artigo 85.º
Dupla tributação internacional
2. Sempre que não seja possível efetuar a dedução a que se refere o número anterior
no exercício em que os rendimentos obtidos no estrangeiro foram incluídos na
base tributável, por insuficiência de coleta no exercício em que os rendimentos
obtidos no estrangeiro foram incluídos na base tributável, o remanescente pode
ser deduzido até ao fim dos cinco exercícios seguintes segundo os mesmos
critérios.
Artigo 86.º
Retenções na fonte
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
CAPÍTULO III
Fixação da matéria tributável e correções pela Direção dos
Impostos
Artigo 87.º
Prazo para fixação
Artigo 88.º
Processo de fixação oficiosa ou de correção
2. O Diretor dos Impostos pode requisitar aos demais serviços e entidades públicas e
privadas as informações pertinentes à fixação a efetuar, ficando aquelas
legalmente obrigadas a prestá-las.
Artigo 89.º
Liquidação adicional
Artigo 90.º
Liquidações corretivas no regime de transparência fiscal
Artigo 91.º
Juros compensatórios
CAPÍTULO IV
Pagamento
Artigo 92.º
Regras de pagamento em caso de contabilidade organizada ou escrituração
simplificada
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
4. Não sendo efetuados os pagamentos nos prazos previstos neste Código, começam
a correr de imediato juros de mora desde o termo do prazo em que cada entrega
deveria ter sido efetuada até a data do pagamento do imposto, e nos termos do
Código Geral Tributário.
Artigo 93.º
Cálculos dos pagamentos por conta
Artigo 94.º
Pagamentos por conta no regime simplificado
a) Três pagamentos por conta do IRC anualmente devido, com vencimento nos
meses de Junho, Setembro e Dezembro do próprio ano a que respeita o lucro
tributável, podendo por opção e requerimento a Direcção dos Impostos fazer
pagamento mensal.
3. O cálculo dos pagamentos por conta tem por base o imposto liquidado no
exercício imediatamente anterior àquele em que se devam efetuar e cada um é
igual a 25% daquele montante.
4. Os pagamentos por conta devem ser feitos até ao último dia útil de cada mês a que
respeitam.
5. Não sendo efetuados os pagamentos nos prazos previstos neste Código, começam
a correr de imediato juros de mora desde o termo do prazo em que cada entrega
deveria ter sido efetuada até a data do pagamento do imposto, e nos termos do
Código Geral Tributário.
6. Os sujeitos passivos a que se refere este artigo são notificados dos prazos de
pagamento do imposto previstos no n.º 1 pelos meios de comunicação social, e os
montantes devidos ser-lhes-ão comunicados nos locais definidos pela Direção
dos Impostos.
Artigo 95.º
Falta de pagamento do imposto autoliquidado
Artigo 96.º
Pagamento do imposto anual liquidado pelos serviços
3. Quando a liquidação do imposto anual não puder ser paga de uma só vez, podem
requerer no prazo de 15 dias a contar da notificação, o pagamento até 3
prestações mensais, com limite de pagamento em Dezembro.
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
Artigo 97.º
Falta de pagamento de retenções na fonte e de pagamentos por conta
1. Nos casos de retenção na fonte, bem como nos casos em que sejam devidos
pagamentos por conta a entregar nos cofres do Estado, a Administração
Tributária, independentemente do procedimento de transgressões ou criminal
que no caso couber, notifica as entidades devedoras para efetuarem o pagamento
do imposto e juros compensatórios devidos, no prazo de 30 dias a contar da
notificação.
Artigo 98.º
Limite mínimo de tributação
Não há lugar à cobrança de imposto liquidado pelos serviços fiscais quando aquele
for de importância inferior a um terço do salário mínimo mensal.
Artigo 99.º
Modalidades de pagamento
Artigo 100.º
Local de pagamento
Artigo 101.º
Privilégios creditórios
Artigo 102.º
Transferência de rendimento para o estrangeiro
Artigo 103.º
Juros compensatórios nos casos de retenção na fonte
2. Sempre que a retenção na fonte tenha carácter definitivo, são devidos juros
compensatórios pela entidade a quem incumbe efectuá-la sobre as importâncias
não retidas, ou retidas mas não entregues dentro do prazo legal, contados desde
o dia imediato àquele em que deviam ter sido entregues até à data do pagamento
ou da liquidação.
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
Artigo 104.º
Responsabilidade do substituto por quantias não retidas
2. Quando o dever de retenção tenha carácter definitivo, e o tributo não tenha sido
retido, cabe ao substituto a responsabilidade solidária pelo pagamento do tributo
não retido e respetivos juros compensatórios nos termos do n.º 2 e alínea a) do
n.º 3 do artigo 103.º.
Artigo 105.º
Responsabilidade do substituto por quantias retidas e não entregues
Artigo 106.º
Responsabilidade do substituto por registo incorreto na contabilidade
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
TÍTULO V
Obrigações acessórias, fiscalização e registo
CAPÍTULO I
Obrigações declarativas
Artigo 107.º
Obrigações declarativas
a) O início de uma ou várias das atividades previstas no artigo 4.º deste Código,
bem como o exercício acidental ou temporário das mesmas (declaração de
início de atividade);
Artigo 108.º
Prazos de apresentação das declarações
1. As declarações a que se refere esta Secção devem ser apresentadas nos prazos a
seguir indicados:
e) Relativamente aos sujeitos passivos que, nos termos do artigo 13.º adoptem
um período de tributação diferente do ano civil, as declarações previstas nas
alíneas b) e c) deste número devem ser apresentadas até ao último dia útil
do quarto mês posterior à data do termo desse período, reportando-se a
informação, consoante o caso, ao período de tributação ou ao ano civil cujo
termo naquele se inclua.
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
Artigo 109.º
Requisitos e forma
1. As declarações a que se refere este Capítulo são de modelo oficial, aprovado por
despacho do (a) Ministro (a) do Plano e Finanças, e os documentos e os anexos
que para o efeito sejam mencionados no referido modelo oficial devem ser-lhes
juntos, fazendo delas parte integrante.
Artigo 110.º
Local de centralização da escrita
Artigo 111.º
Declaração periódica de rendimentos e documentos
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
Artigo 112.º
Obrigação declarativa no regime simplificado
CAPÍTULO II
Obrigações relativas à retenção na fonte
Artigo 113.º
Obrigações das entidades que devam efetuar retenções na fonte
CAPÍTULO III
Fiscalização
Artigo 114.º
Dever de fiscalização das entidades públicas da inexistência de dívidas
fiscais
Artigo 115.º
Dever de fiscalização pela direção dos impostos
O cumprimento das obrigações impostas por este Código é fiscalizado pela Direção
dos Impostos, nos termos do Código Geral Tributário.
Artigo 116.º
Deveres de cooperação dos organismos oficiais e de outras entidades
CAPÍTULO IV
Registo dos sujeitos passivos
Artigo 117.º
Registo dos sujeitos passivos
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
Artigo 118.º
Processo individual
TÍTULO VI
Infrações e sanções
Artigo 119.º
Regime aplicável
Artigo 120.º
Falta de retenção de prestação tributária
A não retenção, total ou parcial, da prestação tributária que devesse ter sido
deduzida ou retida na fonte nos termos da lei, é punível com multa variável entre o
valor da prestação em falta e o seu triplo, com o limite mínimo de Dbs. 100.000,00.
Artigo 121.º
Falta de entrega de declarações
1. A falta de entrega das declarações exigidas por este Código, bem como as
omissões ou inexatidões nelas praticadas ou nos documentos que as devem
acompanhar, são punidas:
2. No caso de não ser devido ou não ter liquidação inferior ao devido, a multa é
fixada respetivamente, entre o mínimo anteriormente estabelecido e um quarto
do valor máximo.
Artigo 122.º
Presunção legal de dolo
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
Artigo 123.º
Recusa de exibição de escrita
Artigo 124.º
Inexistência de livros ou registos
Artigo 125.º
Não organização da contabilidade ou da escrita e atrasos
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LEI N.º 10/2009 - CÓDIGO DO IRC
TÍTULO VII
Disposições finais e transitórias
Artigo 126.º
Reclamações, recursos hierárquicos e impugnações
Artigo 127.º
Recibo de documentos
Artigo 128.º
Remessa de elementos por entidades oficiais
Artigo 129.º
Modelos de declarações e impressos
Artigo 130.º
Atualização de valores
Artigo 131.º
Fixação do salário mínimo nacional
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APÊNDICE
Lei n.º 10/2009
Primeira Alteração ao Código do Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC), aprovado pela
Lei n.º 16/2008, de 31 de Dezembro
Tendo sido recentemente publicado o Código do Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC);
Tendo-se posteriormente constatado certas imprecisões e lacunas, bem como a consagração de medidas
legislativas pouco adequadas à realidade São-tomense;
Mostrando-se, portanto, necessário corrigir a situação, de forma a que os desideratos almejados com a adoção
do diploma se cumpram;
Assim, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea b) do artigo 97.º da Constituição, o seguinte:
Artigo 1.º
Alteração a Lei n.º 16/2008, de 31 de Dezembro
São alterados os artigos 40.º, 42.º, 48.º, 98.º, 111.º, 116.º e 125.º do Código do Imposto Sobre o Rendimento
de Pessoas Coletivas (IRC), aprovados pela Lei n.º 16/2008, de 31 de Dezembro, passando a ter a seguinte
redação:
Artigo 2.º
Aditamento dos artigos 48.ºA e 131.º
São aditados os artigos 48.°A e 131.º ao Código do Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas com a
seguinte redação:
Artigo 3.º
Republicação
É republicada, em anexo, com a redação atual, o Código do Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas,
aprovado pela Lei n.º16/2008, de 31 de Dezembro.
Artigo 4.º
Norma revogatória
Artigo 5.º
Entrada em vigor
Publique-se.
O Presidente da República,
Fradique Bandeira Melo de Menezes.