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Aposentadoria Especial

Professor Roberto de Carvalho


Santos

PARTE II
Discussão quanto à natureza
do enquadramento nos
decretos

Caráter exaustivo ou exemplificativo

2
O item 01 do Anexo IV do Decreto
30.48/99 estabelece que o rol de
agentes nocivos é exaustivo,
enquanto que as atividades
listadas, nas quais pode haver a
exposição, é exemplificativa.
Súmula 198 extinto do Tribunal
Federal de Recursos
“Atendidos os demais requisitos, é
devida a aposentadoria especial se
perícia judicial constata que a
atividade exercida pelo segurado é
perigosa, insalubre ou penosa,
mesmo não inscrita em
Regulamento.”
STJ
É assente na jurisprudência deste Superior
Tribunal ser devida a concessão de
aposentadoria especial quando a perícia
médica constata a insalubridade da atividade
desenvolvida pela parte segurada, mesmo
que não inscrita no Regulamento da
Previdência Social (verbete sumular nº 198 do
extinto TFR), porque as atividades ali
relacionadas são meramente
exemplificativas.
(REsp 639066 / RJ)
STJ

In casu, o laudo técnico para


aposentadoria especial foi
devidamente subscrito por engenheiro
de segurança do trabalho e por técnico
de segurança do trabalho, o que
dispensa a exigibilidade de perícia
judicial.
(REsp 689195 / RJ)
STJ

A jurisprudência desta Corte Superior


firmou-se no sentido de que o rol de
atividades consideradas insalubres,
perigosas ou penosas é exemplificativo,
pelo que, a ausência do enquadramento da
atividade desempenhada não inviabiliza a
sua consideração para fins de concessão de
aposentadoria.
(AgRg no REsp 842325 / RJ)
STJ
Este Superior Tribunal de Justiça possui
entendimento no sentido da impossibilidade
de enquadramento como insalubres ou
perigosas, de outras atividades, ainda que
anteriores à Lei 9.032/95, as quais não
constem do rol de profissões dos Decretos
53.831/64 e 83.080/79, exceção feita
àquelas cuja especialidade seja, então,
devidamente comprovada por meio de
prova pericial.(AgRg no REsp 790596 / RJ)
Aplicação da legislação
trabalhista
Art. 58 da Lei n. 8.213/91
§ 1º A comprovação da efetiva exposição do
segurado aos agentes nocivos será feita
mediante formulário, na forma estabelecida
pelo Instituto Nacional do Seguro Social -
INSS, emitido pela empresa ou seu preposto,
com base em laudo técnico de condições
ambientais do trabalho expedido por médico do
trabalho ou engenheiro de segurança do
trabalho nos termos da legislação
trabalhista
Decreto 3.048/99
Art. 68 (...)
§ 11. As avaliações ambientais deverão
considerar a classificação dos agentes
nocivos e os limites de tolerância
estabelecidos pela legislação trabalhista,
bem como a metodologia e os
procedimentos de avaliação estabelecidos
pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de
Segurança e Medicina do Trabalho -
FUNDACENTRO
Norma Regulamentadora-15 da
Portaria n. 3.214/78 do Ministério
do Trabalho e Emprego
TRF DA 2ª REGIÃO
A atividade insalubre ressai-se, de forma
contundente, do laudo pericial conclusivo no
sentido da exposição a agentes nocivos à
saúde, acima dos limites de tolerância
previsto na NR-15 da Portaria 3.214/78 do
MTE, consoante exigido pela lei (art. 189 e
195 da CLT), sendo prescindível para
caracterização da insalubridade que no
laudo conste expressamente que a
atividade é insalubre. AMS
200351010213817
TRF DA 3ª REGIÃO
“Deve ser tida por prejudicial a exposição a
ruídos acima de 85 decibéis a partir de
05.03.1997, tendo em vista o advento do
Decreto 4.827/2003, que reduziu o nível
máximo de tolerância ao ruído àquele
patamar, interpretação mais benéfica e
condizente com os critérios técnicos voltados
à segurança do trabalhador previsto na
NR-15 do Ministério do Trabalho que prevê
a nocividade da exposição a ruídos acima
de 85 decibéis.” APELREE
201003990037347
14
Decreto 3.048/99
Art. 68 (...)
§ 1º As dúvidas sobre o
enquadramento dos agentes de que
trata o caput, para efeito do disposto
nesta Subseção, serão resolvidas pelo
Ministério do Trabalho e Emprego e
pelo Ministério da Previdência e
Assistência Social.
Decreto 3.048/99
Art. 68 (...)
§ 7o O laudo técnico de que tratam os
§§ 2º e 3o deverá ser elaborado com
observância das normas editadas pelo
Ministério do Trabalho e Emprego e
dos atos normativos expedidos pelo
INSS.
Adicional de
insalubridade/periculosidade –
influência na aposentadoria
especial
Adicional de Insalubridade

O empregado receberá, além do


salário normal, um adicional
correspondente à insalubridade,
calculado em 40%, 20% ou 10%
sobre o salário mínimo da região,
conforme o grau de insalubridade.
Adicional de Periculosidade
Para inflamáveis e explosivos: 30%
sobre o salário básico, excluídas
gratificações, prêmios e
participação nos lucros;
Para eletricidade, de 30% sobre o
salário recebido, no caso de
permanência habitual em área de
risco, desde que a exposição não
seja eventual.
O trabalhador não pode receber os
dois adicionais simultaneamente,
salvo negociação coletiva ou
contrato.§2º do art. 193 da CLT.
Adicional de insalubridade

A extinção do pagamento do
adicional de insalubridade nos
termos do art. 248, V, da IN n. 45
de 2010 é relevante para
caracterizar a alteração no
ambiente de trabalho.
TRF-2ª Região
O fato de perceber adicional de
periculosidade, por si só, não basta ao
êxito da prédica, eis que referida
vantagem foi estendida a todos os
funcionários contratados pela
Petrobrás por conta de acordo coletivo
de trabalho
(AC nº 285580⁄RJ)
ENUNCIADO 47 DO TST

O trabalho executado, em caráter


intermitente, em condições insalubres,
não afasta, só por essa circunstância,
o direito à percepção do respectivo
adicional.
TRF-3ª Região
A simples constatação de
percebimento do adicional de
insalubridade não demonstra a efetiva
exposição do requerente a agentes
agressivos em seu ambiente de
trabalho.(2000.03.99.022492-0 )
TRF-3ª Região
A ausência do formulário de atividade
especial DSS8030 (antigo SB-40), resolve-
se pelo contrato de trabalho, na função de
técnica de enfermagem, em carteira
profissional apresentada em audiência,
junto à Santa Casa de Misericórdia de
Pontal, aliados aos comprovantes de
recebimento de adicional de
insalubridade que integravam o salário da
parte autora, no cargo de auxiliar de
enfermagem (...) 2008.03.99.059439-4
TRF-2ª Região
A fruição do adicional de periculosidade e
insalubridade não constitui elemento para fins
de comprovação da atividade especial porque
são distintos os pressupostos para tal
pagamento e para a concessão de
aposentadoria especial, podendo apenas
servir, para fins previdenciários, como
indício de que o trabalhador esteve exposto
a elementos perigosos ou insalubres, e não
como prova cabal (EIAC 9602010622, DJU
de 02/04/2007 e AC 200751018036940)
Habitualidade e permanência
na exposição ao agente
nocivo
Exposição ao agente nocivo de
forma habitual e permanente, não
ocasional nem intermitente.

Exigência introduzida pela Lei n.


9.032,
032, de 28. 04.1995 – art. 57, §3º
28.04.
da Lei n. 8.213/91.

28
Conceito de exposição permanente –
Decreto 3.048/99

Art. 65. Considera-se trabalho


permanente, para efeito desta
Subseção, aquele que é exercido de
forma não ocasional nem intermitente,
no qual a exposição do empregado, do
trabalhador avulso ou do cooperado ao
agente nocivo seja indissociável da
produção do bem ou da prestação do
serviço.
29
TRF DA 4ª REGIÃO

AGENTES BIOLÓGICOS. EXPOSIÇÃO


INTERMITENTE. DENTISTA

A exposição a agentes biológicos não


precisa ser permanente para
caracterizar a insalubridade do labor,
sendo possível a conversão do tempo
de serviço especial, diante do risco de
contágio sempre presente.
Acórdão - 2008.70.01.006885-6 30
Fabio Zambitte

“Naturalmente, o tempo de exposição


será importante para observar o grau de
nocividade do agente - a identificação
da atividade como nociva dependerá da
relação de intensidade do agente com o
tempo total da exposição - quanto
maior a concentração do agente
nocivo, menor o tempo necessário de
exposição, e vice-versa."
31
Athur Bragança
“Por conseguinte, a expressão
exposição permanente, não ocasional
nem intermitente deve ser entendida
como tempo de exposição ao agente
nocivo capaz de impor à atividade o
caráter de nociva à saúde humana.
humana.
Necessariamente, este lapso temporal
não coincidirá com a totalidade da
jornada de trabalho ...”
...”
32
O potencial de danos a audição de um
dado ruído depende não somente de
seu nível, mas também de sua duração
de tempo. Uma exposição de um minuto
a 100 dB(A) não é tão prejudicial quanto
um exposição de 60 minutos a 90 dB(A).

33
STJ

O tempo de trabalho permanente a


que se refere o parágrafo 3º do artigo
57 da Lei nº 8.213/91 é aquele
continuado, não o eventual ou
intermitente, não implicando, por
óbvio, obrigatoriamente, que o
trabalho, na sua jornada, seja
ininterrupto sob o risco.
(REsp 658016 / SC)
34
Atividades de supervisão

Não quebra a permanência o exercício


de função de supervisão, controle ou
comando em geral desde que seja
exclusivamente em ambientes de
trabalho cuja nocividade tenha sido
constatada (art. 264, I, da IN 45 de 2010
do INSS).

35
Tempo de serviço prestado antes
da vigência da Lei n. 9.032
(28.04.95).

Entendimento de que não se pode


exigir a habitualidade e
permanência – pricípio da
irretroatividade das leis.

36
STJ
Considerando-se a legislação
vigente à época em que o serviço
foi prestado, não se pode exigir a
comprovação à exposição a agente
insalubre de forma permanente,
não ocasional nem intermitente,
uma vez que tal exigência somente
foi introduzida pela Lei nº 9.032/95.
(REsp 658016 / SC) 37
TRF da 3ª Região
A necessidade de comprovação de
trabalho "não ocasional nem
intermitente, em condições especiais"
passou a ser exigida apenas a partir de
29/4/1995, data em que foi publicada a
Lei 9.032/95, que alterou a redação do
Art. 57, § 3º, da Lei 8.213/91, não
podendo, portanto, incidir sobre
períodos pretéritos.
(2007.61.08.009114-0 ) 38
Instrumentos probatórios
para a comprovação da
atividade especial

39
Compente ao segurado
comprovar, perante o INSS,a
efetiva exposição aos agentes
nocivos na forma da legislaçãp
vigente à época do exercício
da atividade profissional.

40
Instrumentos probatórios

a) até 28 de abril de 1995 - será exigido


do segurado o formulário de
reconhecimento de períodos laborados
em condições especiais (SB-40, DSS-
8030, DISES-BE 5235 ou DIRBEN
8030) e a Carteira de Profissional (CP)
ou a carteira de Trabalho e Previdência
Social (CTPS), bem como, para o
agente físico ruído, LTCAT;
41
b) entre 29 de abril de 1995 a 13 de
outubro de 1996 - será exigido do
segurado formulário de reconhecimento
de períodos laborados em condições
especiais, bem como, para o agente
físico ruído, LTCAT ou demais
demonstrações ambientais;

Não há previsão da CTPS, pois não


existe mais enquadramento por
categoria.
42
c) entre 14 de outubro de 1996 a 31 de
dezembro de 2003 - será exigido do
segurado formulário de reconhecimento
de períodos laborados em condições
especiais, bem como LTCAT, qualquer
que seja o agente nocivo;

43
d) a partir de 1º de janeiro de 2004 - o
único documento será o PPP.

A empresa deverá ter o LTCAT, devendo


manter arquivado em suas
dependências, podendo ser o mesmo
solicitado pelo INSS em caso de dúvidas
ou divergências de informações.
44
De acordo com a Instrução
Normativa/INSS/DC nº 99 de
05/12/2003, após a implantação do
PPP em meio magnético, pela
Previdência Social, esse documento
será exigido para todos os segurados,
independentemente do ramo de
atividade da empresa e da exposição a
agentes nocivos.
Até esta data, o PPP somente é exigido
para os trabalhadores expostos a
agentes nocivos.
45
IN 45 de 2010 do INSS
Art. 258 (...)
Parágrafo único. Para as atividades
exercidas até 31 de dezembro de
2003, serão aceitos os antigos
formulários, desde que emitidos
até essa data, observando as
normas de regência vigentes nas
respectivas datas de emissão.
46
Desde que contenham os elementos
informativos básicos constitutivos do
LTCAT poderão ser aceitos os seguintes
documentos:

a) laudos técnico-periciais emitidos por


determinação da Justiça do Trabalho,
em ações trabalhistas, acordos ou
dissídios coletivos;

47
b) laudos emitidos pela Fundação Jorge
Duprat Figueiredo de Segurança e
Medicina do Trabalho
(FUNDACENTRO);

c) laudos emitidos por órgãos do MTE;

d) laudos individuais acompanhados de:

48
d.1) autorização escrita da empresa para
efetuar o levantamento, quando o responsável
técnico não for seu empregado;
d.2) cópia do documento de habilitação
profissional do engenheiro de segurança do
trabalho ou médico do trabalho, indicando sua
especialidade;
d.3) nome e identificação do acompanhante
da empresa, quando o responsável técnico
não for seu empregado;
d.4) data e local da realização da perícia;

49
e) os programas de prevenção de riscos
ambientais, de gerenciamento de riscos,
de condições e meio ambiente de
trabalho na indústria da construção e
controle médico de saúde ocupacional.

50
Não poderá ser aceito:

a) laudo elaborado por solicitação do


próprio segurado, sem o atendimento
das condições previstas no item d
anteriormente mencionado;

51
b) laudo relativo à atividade diversa,
salvo quando efetuada no mesmo setor;
c) laudo relativo a equipamento ou setor
similar;
d) laudo realizado em localidade diversa
daquela em que houve o exercício da
atividade;
e) laudo de empresa diversa.

52
Agente calor – Decreto 53.831 – código
1.1.1 – 28º C
No presente caso, através de formulário DSS
8030, o autor comprovou devidamente a
exposição concomitante aos agentes
agressivos “frio e calor”, por trabalhar diante
de forno com alimentação à lenha durante a
noite. Sendo assim, não se faz necessária a
exata menção da temperatura alcançada,
como quer o INSS, pois a insalubridade está
caracterizada em razão das circunstâncias e
época do serviço prestado. (TRF DA 1ª
Região APELAÇÃO N. 2003.01.99.025232-
3/MG) 53
TRF da 3ª Região

De fato, a exposição aos agentes


agressivos ruído e calor sempre exigiu
a apresentação de laudo,
independentemente do período em que
o labor foi prestado, pois só a medição
técnica possui condições de aferir a
intensidade da referida exposição.

2001.61.14.002844-9
54
Laudo técnico pericial - LTCAT
(entendimento jurisprudencial):

Exigência a partir MP 1.523, de


11.10.96, convertida na Lei n. 9.528
de 10 de dezembro de 1997 - art.
58, §1º, da Lei n. 8.213/91.

55
A necessidade de comprovação da atividade
insalubre através de laudo pericial, foi exigida
após o advento da Lei 9.528, de 10.12.97,
que convalidando os atos praticados com
base na Medida Provisória nº 1.523, de
11.10.96, alterou o § 1º, do art. 58, da Lei
8.213/91, passando a exigir a comprovação da
efetiva exposição do segurado aos agentes
nocivos, mediante formulário, na forma
estabelecida pelo INSS, emitido pela empresa
ou seu preposto, com base em laudo técnico
das condições ambientais do trabalho, (...).
(STJ - REsp 497174 / SC)
56
TRF 1ª Região

A necessidade de comprovação da
atividade insalubre de engenheiro, através
de laudo pericial, foi exigida após o advento
da Lei 9.528, de 10.12.97.

AC 2001.01.99.023544-0/MG

57
TRF 3ª Região
Pode, em tese, ser considerada especial a
atividade desenvolvida até 10.12.1997,
mesmo sem a apresentação de laudo
técnico, pois em razão da legislação de
regência a ser considerada até então, era
suficiente para a caracterização da
denominada atividade especial a
apresentação dos informativos SB-40,
DSS-8030 ou CTPS, exceto para o agente
nocivo ruído por depender de aferição
técnica
58
AC 2003.03.99.019767-0
Enunciado n. 20 do CRPS
Salvo em relação ao agente agressivo
ruído, não será obrigatória a apresentação
de laudo técnico pericial para períodos de
atividades anteriores à edição da Medida
Provisória n° 1.523 -10, de 11/10/96,
facultando-se ao segurado a comprovação
de efetiva exposição a agentes agressivos
à sua saúde ou integridade física
mencionados nos formulários SB-40 ou
DSS-8030, mediante o emprego de
qualquer meio de prova em direito
admitido. 59
O LTCAT deverá ser assinado por
engenheiro de segurança do
trabalho, com o respectivo número
da Anotação de Responsabilidade
Técnica - ART junto ao Conselho
Regional de Engenharia e
Arquitetura - CREA ou por médico
do trabalho, indicando os registros
profissionais para ambos.
60
TRF da 1ª Região

Oportuno consignar que o


reconhecimento do tempo especial
não pode ser afastado em razão de
os laudos serem extemporâneos
à prestação do serviço.

AMS 0011472-69.2006.4.01.3800/MG

61
Arthur Bragança
“Sucede que, jurisdicionalmente,
através de comprovação por
similaridade, o segurado poderá
requerer que seja realizada perícia
em local similar ao que havia
trabalhado” (p. 161. Ob cit)

62
Cooperativa de trabalho e cessão
de mão-de-obra

A cooperativa ou a cedente são


responsáveis pela emissão do PPP

O LTCAT será emitido pela


empresa contratante dos serviços
do cooperado ou empregado (art.
68, §9º, do Decreto 3.048/99) 63
No caso dos trabalhadores avulsos,
o responsável pela emissão do PPP
é o SINDICATO ou OGMO

64
PPP – Perfil Profissiográfico
Previdenciário

Mapeamento atualizado das


circunstâncias laborais e ambientais
do trabalho, devendo ser elaborado
de forma individualizada para
cada trabalhador.

65
Funções do PPP

a) comprovar as condições para


habilitação de benefícios e serviços
previdenciários, em especial, o
benefício de auxílio-doença;

66
b) prover o trabalhador de meios de
prova produzidos pelo empregador
perante a Previdência Social, a
outros órgãos públicos e aos
sindicatos, de forma a garantir todo
direito decorrente da relação de
trabalho, seja ele individual, ou
difuso e coletivo;
67
c) prover a empresa de meios de
prova produzidos em tempo real, de
modo a organizar e a individualizar
as informações contidas em seus
diversos setores ao longo dos anos,
possibilitando que a empresa evite
ações judiciais indevidas relativas a
seus trabalhadores;
68
d) possibilitar aos administradores
públicos e privados acessos a
bases de informações fidedignas,
como fonte primária de informação
estatística, para desenvolvimento
de vigilância sanitária e
epidemiológica, bem como
definição de políticas em saúde
coletiva.
69
As informações constantes no PPP
são de caráter privativo do
trabalhador, constituindo crime nos
termos da Lei nº 9.029/1995,
práticas discriminatórias
decorrentes de sua exigibilidade por
outrem, bem como de sua
divulgação para terceiros,
ressalvado quando exigida pelos
órgãos públicos competentes. 70
Fornecimento do PPP

A empresa é obrigada a fornecer


uma cópia autêntica deste
documento ao trabalhador quando
da rescisão do contrato de trabalho
– art. 58, §4º, da Lei n. 8.213/91 e
art. 68 §6º do Decreto 3.048/99

71
Informações constantes do
PPP
Lotação e atribuição
• Discriminar período, setor, cargo,
função, CBO – Classificação
Brasileira de Ocupações
(Ministério do Trabalho e
Emprego).
Profissiografia

• Descrição das Atividades


Exposição a Fatores de Risco
• Tipo – F: FÍSICO; Q: QUÍMICO; B: BIOLOGICO
• Fator de Risco: Exemplo: ruído
(Em se tratando do Tipo "Q", deverá ser informado
o nome da substância ativa, não sendo aceitas
citações de nomes comerciais)
• Intensidade/Concentração – exemplo: LEQ 86
db (A)
(Caso o fator de risco não seja passível de
mensuração, preencher com NA - Não Aplicável)
Exposição a Fatores de Risco
• Facultativamente, também poderão ser
indicados os fatores de riscos ergonômicos e
mecânicos.
• OBS.: Após a implantação da migração dos
dados do PPP em meio magnético pela
Previdência Social, as informações relativas aos
fatores de riscos ergonômicos e mecânicos
passarão a ser obrigatórias.
Riscos ergonômicos

Qualquer fator que possa interferir nas


características psicofisiológicas do
trabalhador, causando desconforto ou
afetando sua saúde. São exemplos de risco
ergonômico: o levantamento de peso, ritmo
excessivo de trabalho, monotonia,
repetitividade, postura inadequada de
trabalho, etc.
Riscos mecânicos

Ocorrem em função das condições físicas


do ambiente de trabalho e tecnologias
impróprias, capazes de colocar em risco a
integridade física do trabalhador. Exemplos:
ferramentas defeituosas, possibilidade de
incêndio ou explosão, iluminação deficiente
etc.
• Técnica utilizada: exemplo: dosimetria.
(Caso o fator de risco não seja passível de
mensuração, preencher com NA - Não
Aplicável)

• EPC Eficaz (S/N)


• EPI Eficaz (S/N)
• CA EPI – Exemplo: 269 - Caso não seja
utilizado EPI, preencher com NA - Não
Aplicável.
CA – CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
EMITIDO PELO MINISTERIO DO
TRABALHO E EMPREGO QUANTO AO
EPI

CAEPI – Certificado de Aprovação de


Equipamento de Proteção Individual

http://www.mte.gov.br/sistemas/caepi/pesqui
sarcainternetxsl.asp
EXEMPLOS CA DE PROTETORES
AUDITIVOS

Nº. do Nº. do
Nº. do CNPJ Razão Social
CA Processo
46000.00735 61.159.844/0 DURAVEIS EQUIPAMENTOS DE
13
0/2001-97 001-74 SEGURANCA LTDA
AGENA INDUSTRIA DE
46016.00097 33.181.926/0
269 EQUIPAMENTOS DE PROTECAO
5/2007-44 001-80
LTDA
MSA DO BRASIL EQUIP E
46000.03335 45.655.461/0
820 INSTRUMENTOS DE SEGURANCA
1/2009-44 001-30
LTDA
Responsável pelos Registros
Ambientais

• Informar NIT
• Registro no Conselho de Classe
• Nome do profissional legalmente
habilitado.
Seção de Resultados de
Monitoração Biológica
• Exames Médicos Clínicos e
Complementares – Quadros I e II
– NR 07.
• Não é preenchido em razão da
Resolução 1715 de 08/01/2004
do Conselho Federal de
Medicina.
• Representante legal da empresa.
É vedado, portanto, ao médico do trabalho, sob
pena de violação do sigilo médico profissional,
disponibilizar, à empresa ou ao empregador
equiparado à empresa, as informações
exigidas na seção III, “SEÇÃO DE
RESULTADOS DE MONITORAÇÃO
BIOLÓGICA”, campo 17 e seguintes do PPP. O
médico do trabalho fica responsável pelo
encaminhamento das informações
supradestacadas diretamente à perícia do
INSS.
Embasamento do PPP

É elaborado de acordo com as


demonstrações ambientais,
registros administrativos e dos
programas médicos de
responsabilidade da empresa.
Demonstrações ambientais
• I - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais -
PPRA;
• II - Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR;
• III - Programa de Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT;
• IV - Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional - PCMSO;
• V - Laudo Técnico de Condições Ambientais do
Trabalho - LTCAT; e
• VI - Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP.
LTCAT X PPRA
• O LTCAT é um documento que retrata as
condições do ambiente de trabalho de acordo
com as avaliações dos riscos, concluindo sobre
a caracterização da atividade como especial
(legislação previdenciária).

• O PPRA, por sua vez, é um programa de ação


contínua, não é apenas um documento. O
LTCAT pode ser um dos documentos que
integram as ações do PPRA (Norma
Regulamentadora nº 9).
Demonstrações ambientais
Os documentos referidos nos incisos I, II,
III e IV poderão ser aceitos pelo INSS
desde que contenham os elementos
informativos básicos constitutivos do
LTCAT.

Fundamento: Art. 254, parágrafo


segundo, da IN n. 45 de 2010.
Demonstrações ambientais

a) serão atualizados pelo menos uma


vez ao ano, quando da avaliação
global, ou sempre que ocorrer qualquer
alteração no ambiente de trabalho ou
em sua organização;
Demonstrações ambientais
b) emitidos em data anterior ou
posterior ao exercício da atividade do
segurado, poderão ser aceitos para
garantir direito relativo ao
enquadramento de tempo especial,
após avaliação por parte do INSS.
Esclarecimentos à empresa
Art. 265. Existindo dúvidas com relação à atividade
exercida ou com relação à efetiva exposição a
agentes nocivos, de modo habitual e permanente, não
ocasional nem intermitente, a partir das informações
contidas no PPP e no LTCAT, quando estes forem
exigidos, e se for o caso, nos antigos formulários
mencionados no art. 258, quando esses forem
apresentados pelo segurado, poderá ser solicitado
pelo servidor do INSS esclarecimentos à empresa,
relativos à atividade exercida pelo segurado, bem
como solicitar a apresentação de outros registros
existentes na empresa que venham a convalidar
as informações prestadas. (IN n. 45/2010 do INSS)
A empresa deverá apresentar, sempre
que solicitadas pelo INSS, as
demonstrações ambientais, para fins
de verificação das informações. Essas
demonstrações, em especial o LTCAT,
deverão embasar a expedição tambem
da GFIP – GUIA DE RECOLHIMENTO
DO FGTS E INFORMAÇÕES À
PREVIDÊNCIA SOCIAL.
Avaliação/inspeção in loco
Art. 262 (...)
§ 3º Quando for constatada divergência entre os
registros constantes na CTPS ou CP e no
formulário legalmente previsto para
reconhecimento de períodos alegados como
especiais, esta deverá ser esclarecida, por
diligência prévia na empresa, a fim de verificar a
evolução profissional do segurado, bem como os
setores de trabalho, por meio de documentos
contemporâneos aos períodos laborados. (IN n.
45/2010 do INSS) Idem: art. 68, §5º do Decreto
3.048/99.
§ 4º Em caso de divergência entre o formulário
legalmente previsto para reconhecimento de
períodos alegados como especiais e o CNIS ou
entre estes e outros documentos ou evidências, o
INSS deverá analisar a questão no processo
administrativo, com adoção das medidas
necessárias.
§ 5º Serão consideradas evidências, de que trata
o § 4º deste artigo, entre outros, os indicadores
epidemiológicos dos benefícios
previdenciários cuja etiologia esteja
relacionada com os agentes nocivos.
Alegação de irregularidade
TRF DA 1ª REGIÃO

A autarquia previdenciária não produziu


qualquer contraprova capaz de abalar a
autenticidade de referidos documentos, os
quais possuem inteira credibilidade,
presumindo-se de boa-fé, já que há
responsabilidade criminal pelas informações
falsas prestadas. (...)
Portanto, não há razão alguma para que os
formulários e laudos técnicos periciais não
sejam aceitos, especialmente
considerando que o INSS nunca foi
impedido de examinar esses
documentos, bem como o local onde é
desenvolvido o trabalho nocivo, visando à
apuração de irregularidades ou fraudes no
seu preenchimento.
(APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO N.
2000.38.00.037051-9/MG)
CNIS – CADASTRO NACIONAL DE
INFORMAÇÕES SOCIAIS

Art. 255. As informações constantes no


CNIS serão observadas para fins do
reconhecimento do direito à aposentadoria
especial (IN n. 45 de 2010 do INSS)
Procedimentos técnicos de
levantamento ambiental
Os procedimentos técnicos de levantamento
ambiental, ressalvada disposição em
contrário, deverão considerar:

a) a metodologia e os procedimentos de
avaliação dos agentes nocivos
estabelecidos pelas Normas de Higiene
Ocupacional (NHO) da FUNDACENTRO;
b) os limites de tolerância estabelecidos
pela Norma Regulamentadora (NR) nº 15 do
MTE.

Para o agente químico benzeno, também


deverão ser observados a metodologia e os
procedimentos de avaliação, dispostos nas
Instruções Normativas MTE/SSST nº 01 e
02, de 20 de dezembro de 1995.
As metodologias e os procedimentos
de avaliação que foram alterados pela
Instrução Normativa INSS nº 45/2010
somente serão exigidos para as
avaliações realizadas a partir de 1º de
janeiro de 2004, sendo facultado à
empresa a sua utilização antes desta
data.
Informações falsas
• Crime de falsificação de
documento público – art. 297 do
Código Penal.
• Informações de caráter privativo
do trabalhador – sigilo. Somente
podem ser prestadas para os
órgãos públicos competentes.
Penalidade – Multas
Lei n. 8.213/91
Art. 58. (...)
§ 3º A empresa que não mantiver laudo
técnico atualizado com referência aos
agentes nocivos existentes no ambiente
de trabalho de seus trabalhadores ou
que emitir documento de comprovação
de efetiva exposição em desacordo com
o respectivo laudo estará sujeita à
penalidade prevista no art. 133 desta
Lei.
112
A empresa que deixar a
empresa de elaborar e manter
atualizado PPP abrangendo as
atividades desenvolvidas pelo
trabalhador e de fornecer a
este, quando da rescisão do
contrato de trabalho, cópia
autêntica deste documento
estará sujeita à multa. 113
Referida multa varia, conforme
a gravidade da infração, de R$
1.524,43 (um mil quinhentos e
vinte e quatro reais e quarenta e
três centavos) a R$ 152.441,63
(cento e cinquenta e dois mil
quatrocentos e quarenta e um
reais e quarenta e três
centavos). 114
Ação judicial perante a
Justiça do Trabalho

115
Neste caso, pode ser mais
conveniente buscar um
provimento na Justiça do
Trabalho para determinar à
empresa a expedição do PPP.
Não incide prescrição na
espécie, por ser uma ação
declaratória.
116
Precedente jurisprudencial
“Não há prescrição a ser declarada
diante do pedido de reconhecimento do
exercício de atividade periculosa no
intuito de preenchimento do documento
Perfil Profissiográfico Previdenciário -
PPP, tendo em vista o seu caráter
meramente declaratório para fins de
prova junto à Previdência Social,
exatamente como previsto no parágrafo
único do artigo 11 da CLT" (TRT 3ª
Região - Processo no. 00837-2007-016-
03-00-2) 117
“Nos termos do parágrafo 1o. do artigo 11 da
CLT, não se aplica a prescrição às ações que
tenham por objeto anotações para fins de
prova junto à Previdência Social. Do termo
"anotações" é de se interpretar que
compreende não apenas as anotações da
CTPS, mas também todas às que se
refiram à Previdência Oficial, e dentre elas,
o disposto na Lei 8213/91, referente ao
formulário PPP, contendo a descrição das
atividades desenvolvidas, bem como as
condições ambientais a que o trabalhador se
submetia, de acordo com o apurado pela
perícia técnica. (TRT – 3ª Região - 01287-
2005-011-03-00-5 RO) 118
TRF DA 1ª REGIÃO

A existência laudo técnico pericial extraído de


Reclamatória trabalhista movida pelo
trabalhador contra a ex-empregadora,
comprovando o trabalho exposto a tensão
elétrica equivalente a 13.800 volts, confere ao
segurado o direito de ter contado como
especial o tempo de serviço de 10.12.97 a
14.11.01.
(AC - APELAÇÃO CIVEL –
200738000145891)
119
Também em caso de
informações incorretas lançadas
no PPP é importante buscar
inicialmente a correção das
mesmas na Justiça do Trabalho.

120
Equipamento de Proteção
Individual ou Coletiva

121
Somente será considerada a adoção de
Equipamento de Proteção Individual
(EPI) em demonstrações ambientais
emitidas a partir de 3 de dezembro de
1998, e desde que comprovadamente
elimine ou neutralize a nocividade e
seja respeitado o disposto na NR-06 do
MTE, havendo ainda necessidade de
que seja assegurada e devidamente
registrada pela empresa, no PPP, a
observância:
122
a) a seguinte hierarquia: medidas de
proteção coletiva, medidas de caráter
administrativo ou de organização do
trabalho e utilização de EPI, nesta
ordem, admitindo-se a utilização de EPI
somente em situações de inviabilidade
técnica, insuficiência ou interinidade à
implementação do EPC ou, ainda, em
caráter complementar ou emergencial;

123
Estudo da UFSC - RUÍDO

proteção individual do operador


(menos aconselhável)
- solução paliativa;
- deve ser adequado ao trabalhador (são
geralmente pouco confortáveis);
- deve ser de qualidade (não deixar
passar o som);
- dificulta a comunicação entre os
trabalhadores.
124
b) das condições de funcionamento e do
uso ininterrupto do EPI ao longo do
tempo, conforme especificação técnica
do fabricante, ajustada às condições de
campo;

c) do prazo de validade, conforme


Certificado de Aprovação do MTE;

125
d) da periodicidade de troca
definida pelos programas
ambientais, comprovada mediante
recibo assinado pelo usuário em
época própria;

e) da higienização.

126
Fundamentação: art. 238 da
Instrução Normativa INSS nº
45/2010; item 9.3.5.4 da NR-09;
Instrução Normativa MTE/SSST nº
01/1995; Instrução Normativa
MTE/SSST nº 02/1995

127
Deve constar no laudo técnico
informação sobre a existência do
EPI ou EPC que promova a
diminuição da intensidade do
agente agressivo a limites de
tolerância: §2º do art. 58 da Lei n.
8.213/91.

128
Lei n. 8.213/91

Art. 58 (...)
§ 2º Do laudo técnico referido no
parágrafo anterior deverão constar
informação sobre a existência de
tecnologia de proteção coletiva ou
individual que diminua a intensidade do
agente agressivo a limites de tolerância
e recomendação sobre a sua adoção
pelo estabelecimento respectivo.
129
Equipamento de Proteção Individual
ou Coletiva

Exigência constante da Lei n.


9.732, de 11.12.98.

130
Mesmo que constar a informação
de que o EPI atuou como fator
redutor da intensidade dos agentes
agressivos não elide o direito à
aposentadoria especial antes do
mencionado diploma legal.

131
A razão da aposentadoria
especial é a existência de um
ambiente insalubre e não o
efetivo dano à saúde do
trabalhador (presunção de dano
e perda da capacidade laboral).
Não se pode confundir com a
aposentadoria por invalidez.
132
Arthur Bragança

“A demonstração da concreta
incapacidade laboral, em se tratando de
aposentadoria especial, é desnecessária
à percepção do benefício, pois, ocorrida
a hipótese de incidência, a incapacidade
para o trabalho é legalmente
presumida.”

133
“No que diz respeito à utilização de
equipamento de proteção individual, ele
tem a finalidade de resguardar a saúde
do trabalhador, para que não sofra
lesões, não podendo descaracterizar a
situação de insalubridade.”

(TRF da 1a Região. AP. CÍVEL n.


38000158342. Relator Des. Tourinho
Neto).
134
Equipamento de Proteção Individual
ou Coletiva

A simples informação do uso do EPI não


pode presumir que o mesmo foi eficaz
para neutralizar a insalubridade.

A afirmação deveria ser específica e


fundamentada e não genérica.

135
TRF da 1ª Região

O fornecimento de equipamentos de
proteção individual - EPI ao empregado
não é suficiente para afastar o caráter
insalubre da prestação do trabalho,
tendo em vista que o uso de tais
equipamentos pode atenuar o ruído,
mas não afastar o enquadramento da
atividade como insalubre.
AMS 2004.38.02.000323-0/MG
136
STJ

O fato de a empresa fornecer ao


empregado o Equipamento de Proteção
Individual – EPI, ainda que tal
equipamento seja devidamente utilizado,
não afasta, de per se, o direito ao
benefício da aposentadoria com a
contagem de tempo especial, devendo
cada caso ser apreciado em suas
particularidades.
(REsp 720082 / MG) 137
Súmula n. 9 da Turma Nacional
de Uniformização de
Jurisprudência

“O uso de Equipamento de
Proteção Individual (EPI), ainda
que elimine a insalubridade, no
caso de exposição a ruído, não
descaracteriza o tempo de serviço
especial prestado.” 138
Enunciado 21 do CRPS

O simples fornecimento de
equipamento de proteção
individual de trabalho pelo
empregador não exclui a hipótese
de exposição do trabalhador aos
agentes nocivos à saúde,
devendo ser considerado todo o
ambiente de trabalho. 139
Súmula 289 do TST ao mencionar
que o simples fornecimento do
aparelho de proteção pelo
empregador não o desobriga do
pagamento do adicional de
insalubridade, cabendo a ele tomar
as medidas que conduzam à
diminuição ou eliminação da
nocividade, entre as quais o uso
efetivo do equipamento.
140
Exposição a agentes como
organismos vivos
A execução dessas tarefas com o uso de
equipamento de proteção (EPI) não é
suficiente para suprimir o fator insalubridade
pela exposição a agentes biológicos, pois
apenas uma única exposição já coloca em
risco a saúde do trabalhador, visto que
esses agentes são organismos vivos que se
disseminam com extrema facilidade.
Conversão de tempo
especial em comum

142
Previsão constante do §5º do art.
57 da Lei n. 8.213/91

Somente quando o segurado não


completa todo o tempo na atividade
especial.

143
Lei n. 8.213/91

Art. 57 (...)
§ 5º O tempo de trabalho exercido sob
condições especiais que sejam ou venham a
ser consideradas prejudiciais à saúde ou à
integridade física será somado, após a
respectiva conversão ao tempo de trabalho
exercido em atividade comum, segundo
critérios estabelecidos pelo Ministério da
Previdência e Assistência Social, para efeito
de concessão de qualquer benefício.
144
Tabela de Conversão de Atividade
Especial
Fundamentação: art. 70 do Decreto nº 3.048/1999;
arts. 267 e 268 da Instrução Normativa INSS nº
45/2010.

Tempo de Para 15 Para 20 Para 25 Para 30 Para 35


Atividade a ser
Convertido

De 15 anos 1,00 1,33 1,67 2,00 2,33

De 20 anos 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75

De 25 anos 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40

145
Medida Provisória nº 1.663-10, de
28.05.1998, proibiu a conversão do
tempo especial em comum.

Entretanto, ao ser convertida na Lei


n. 9.711, de 20.11.1998, foi
suprimida do art. 32 da MP a parte
final que revogou o §5º do art. 57
da Lei n. 8.213/91.
146
Decreto 3.048/99
Com a nova redação dada pelo
Decreto n. 4.827/03 o art. 70 do
RPS prevê a possibilidade de
conversão, sem qualquer limitação
temporal, sendo também aceito
pelo INSS.

147
Decreto 3.048/99

Art. 70 (...)
§2º As regras de conversão de tempo de
atividade sob condições especiais em
tempo de atividade comum constantes
deste artigo aplicam-se ao trabalho
prestado em qualquer período.

148
TRF da 1ª Região
Admite-se a conversão do tempo de
serviço, para fins de aposentadoria
comum, mesmo após maio de
1998, em razão do advento do
Decreto 4.827/03, que alterou a
redação do art. 70, § 2º, do
Regulamento da Previdência
Social.
(AC 2000.33.00.019803-7/BA) 149
TRF da 1ª Região
O trabalhador que tenha exercido
atividades em condições especiais,
mesmo que posteriores à EC 20/98,
possui direito à conversão do tempo de
serviço, de forma majorada, para fins de
aposentadoria comum.

AMS 2004.38.02.000323-0/MG
150
Na vigência da Lei 6.887/80,
os Decretos 83.080/79 e
87.374/82 não faziam
distinção entre o índice
adotado para segurados do
sexo masculino e feminino.
151
Por sua vez, a Lei 8.213/91
trouxe nova disciplina para a
aposentadoria por tempo de
serviço, prevendo tempo
diferenciado para homens e
mulheres: 35 anos para
homens e 30 para mulheres.
152
O Decreto 357/91, em seu art. 64,
manteve o índice de 1,2 para o tempo
de serviço especial de 25 anos para a
concessão de aposentadoria especial e
o tempo de serviço comum de 30 anos
para mulher. Já para o tempo de serviço
comum de 35 anos para o homem,
estabeleceu o multiplicador em 1,4.

153
No presente caso, a atividade
profissional desenvolvida pelo segurado
(operador de máquina injetora, com
exposição a ruído elevado) garante a
concessão de aposentadoria especial
com tempo de serviço de 25 anos,
motivo pelo qual para a conversão
desse período, para fins de concessão
de aposentadoria ao segurado do sexo
masculino (tempo comum máximo de 35
anos), deverá ser aplicado o fator de
conversão 1,4. (STJ - AgRg no REsp
1105770 / RS) 154
Tempo especial para tempo
especial

155
Decreto 3.048/99
Art.66. Para o segurado que houver
exercido sucessivamente duas ou mais
atividades sujeitas a condições
especiais prejudiciais à saúde ou à
integridade física, sem completar em
qualquer delas o prazo mínimo exigido
para a aposentadoria especial, os
respectivos períodos serão somados
após conversão, conforme tabela
abaixo, considerada a atividade
preponderante: 156
TEMPO A CONVERTER MULTIPLICADORES
PARA 15 PARA 20 PARA 25
DE 15 ANOS - 1,33 1,67
DE 20 ANOS 0,75 - 1,25
DE 25 ANOS 0,60 0,80 -

157
Conversão de tempo comum em
especial

158
TRF da 4ª Região

É devida a conversão do tempo


comum em especial se, à data em
que prestada a atividade, não
havia a vedação trazida pela Lei
nº 9.032, de 28-04-1995.

Apelação/Reexame Necessário Nº
5002221-83.2010.404.7108/RS 159
TRF da 4ª Região

No mesmo sentido: TRF4,


APELREEX 2009.70.01.002087-6 e
PELREEX 2008.70.09.002222-2

160
Arthur Bragança

“Entretanto, com base nos institutos


constitucionais do direito adquirido e do
ato jurídico perfeito, as atividades
comuns desenvolvidas antes da
vigência da Lei n. 9.032/95 poderão
sofrer a conversão para especial,
obedecendo a tabela do art. 64 do
Decreto 611/92” (p. 182)
161
Art. 64 do Decreto 611/92
Atividade a Multiplicadores
Converter
Para 15 Para 20 Para 25 Para 30 Para 35
(Mulher) (Homem)

De 15 Anos 1,00 1,33 1,67 2,00 2,33


De 20 Anos 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75
de 25 Anos 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40
De 30 Anos 0,50 0,67 0,83 1,00 1,17
(Mulher)
De 35 Anos 0,43 0,57 0,71 0,86 1,00
(Homem)
162
Exemplos de contagem de
tempo com períodos especias
e comums

163
Exemplo 01

01/01/1982 a 01/01/1990 - especial

02/02/1992 a 01/01/1994 - comum

30/04/1995 a 10/09/2011 - especial

164
Gênero masculino
Tempo de
Contribuição validada
Fator Contribuição
Início Fim
Mult. An Mese
Dias Anos Meses Dias arez.
os s

01/01/1982 01/01/1990 1.00 8 0 1 8 0 1 E

02/02/1992 01/01/1994 0.71 1 11 0 1 4 10 C

30/04/1995 10/09/2011 1.00 16 4 10 16 4 10 C

Tempo total de contribuição


até a data fim do último 25 AOS 8 MESES 21 DIAS
período

Direito à aposentadoria especial 165


Gênero feminino
Tempo de
Contribuição validada
Fator Contribuição
Início Fim
Mult. An Mese
Dias Anos Meses Dias arez.
os s

01/01/1982 01/01/1990 1.00 8 0 1 8 0 1 E

02/02/1992 01/01/1994 0.83 1 11 0 1 7 3 C

30/04/1995 10/09/2011 1.00 16 4 10 16 4 10 C

Tempo total de contribuição


até a data fim do último 25 AOS 11 MESES 14 DIAS
período

Direito à aposentadoria especial 166


Exemplo 02

01/01/1985 a 01/01/1996 - especial

02/01/1996 a 29/04/1999 - comum

30/04/1999 a 10/09/2011 - especial

167
Gênero masculino/feminino
Tempo de
Contribuição validada
Fator Contribuição
Início Fim
Mult. An Mese
Dias Anos Meses Dias arez.
os s

01/01/1985 01/01/1996 1.00 11 0 1 11 0 1 E

30/04/1999 10/09/2011 1.00 12 4 10 12 4 10 E

Tempo total de contribuição


até a data fim do último 23 AOS 4 MESES 8 DIAS
período

Não tem direito à aposentadoria especial


168
Gênero masculino
Tempo de
Contribuição validada
Fator Contribuição
Início Fim
Mult. An Mese
Dias Anos Meses Dias arez.
os s

01/01/1985 01/01/1996 1.40 11 0 1 15 4 25 E

02/01/1996 29/04/1999 1.00 3 3 28 3 3 28 C

30/04/1999 10/09/2011 1.40 12 4 10 17 3 20 E


Tempo total de contribuição
até a data fim do último 36 AOS 0 MESES 13 DIAS
período

Tem direito à aposentadoria por tempo de


169
contribuição
Gênero feminino
Tempo de
Contribuição validada
Fator Contribuição
Início Fim
Mult. An Mese
Dias Anos Meses Dias arez.
os s

01/01/1985 01/01/1996 1.20 11 0 1 13 2 13 E

02/01/1996 29/04/1999 1.00 3 3 28 3 3 28 C

30/04/1999 10/09/2011 1.20 12 4 10 14 10 0 E


Tempo total de contribuição
até a data fim do último 31 AOS 4 MESES 11 DIAS
período

Tem direito à aposentadoria por tempo de


170
contribuição
Exemplo 03

01/01/1975 a 01/01/1990 - especial

02/02/1992 a 01/01/1994 -
jornalista

30/04/1995 a 10/09/2011 – comum

171
Gênero masculino
Tempo de
Contribuição validada
Fator Contribuição
Início Fim
Mult. An Mese
Dias Anos Meses Dias arez.
os s

01/01/1975 01/01/1990 1.40 15 0 1 21 0 1 E

02/02/1992 01/01/1994 1,17 1 11 0 2 2 27 E

30/04/1995 10/09/2011 1.00 16 4 10 16 4 10 C

Tempo total de contribuição


até a data fim do último 39 AOS 7 MESES 8 DIAS
período

Tem direito à aposentadoria por tempo de


172
contribuição
Exemplo 04

01/01/1982 a 01/01/1990 –
especial – 20 ANOS

02/02/1992 a 01/01/1994 -
especial – 15 anos

30/04/1995 a 10/09/2000 –
especial 25 anos 173
Gênero masculino/feminino
Tempo de
Contribuição validada
Fator Contribuição
Início Fim
Mult. An Mese
Dias Anos Meses Dias arez.
os s

01/01/1982 01/01/1990 1.25 8 0 1 10 0 1 E

02/02/1992 01/01/1994 1,67 1 11 0 3 2 12 E

30/04/1995 10/09/2011 1.00 16 4 10 16 4 10 E

Tempo total de contribuição


até a data fim do último 29 AOS 6 MESES 23 DIAS
período

Direito à aposentadoria especial 174


Exemplo 05

01/01/1982 a 01/01/1990 –
especial – 15 ANOS

02/02/1992 a 01/01/1994 -
especial – 25 anos

30/04/1995 a 10/09/2000 – comum


175
Gênero masculino
Tempo de
Contribuição validada
Fator Contribuição
Início Fim
Mult. An Mese
Dias Anos Meses Dias arez.
os s

01/01/1982 01/01/1990 2,33 8 0 1 18 7 23 E

02/02/1992 01/01/1994 1,40 1 11 0 2 8 6 E

30/04/1995 10/09/2011 1.00 16 4 10 16 4 10 C

Tempo total de contribuição


até a data fim do último 37 AOS 8 MESES 9 DIAS
período

Tem direito à aposentadoria


176
por tempo de contribuição
Gênero feminino
Tempo de
Contribuição validada
Fator Contribuição
Início Fim
Mult. An Mese
Dias Anos Meses Dias arez.
os s

01/01/1982 01/01/1990 2,0 8 0 1 16 0 2 E

02/02/1992 01/01/1994 1,20 1 11 0 2 3 18 E

30/04/1995 10/09/2011 1.00 16 4 10 16 4 10 C

Tempo total de contribuição


até a data fim do último 34 AOS 8 MESES 0 DIAS
período

Tem direito à aposentadoria


177
por tempo de contribuição
Períodos nos quais não há
exposição ao agente, mas
computam-se como
especiais

178
Decreto 3.048/99
Art. 65 (...)
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no
caput aos períodos de descanso
determinados pela legislação trabalhista,
inclusive férias, aos de afastamento
decorrentes de gozo de benefícios de
auxílio-doença ou aposentadoria por
invalidez acidentários, bem como aos de
percepção de salário-maternidade, desde
que, à data do afastamento, o segurado
estivesse exercendo atividade considerada
especial 179
Os períodos de descanso são
considerados tempo de serviço
para todos os efeitos legais.

Fundamentação: art. 253 da CLT;


art. 240 da Instrução Normativa
INSS nº 45/2010; anexo 3 da NR-15
180
Os períodos de afastamento não
acidentários não serão computados
como períodos especiais.

Art. 259, parágrafo único, da IN n.


45 de 2010 do INSS

Previsão meramente regulamentar


181
Restrição somente veiculada após
o Decreto 2.172/97, de modo que o
período anterior é inequivocamente
computado como tempo especial.

Precedente: TRF da 3ª Região AMS


2003.61.08.001061-3
182
Lei n. 8.213 de 1991
Art. 55 (...)
(b)
II - o tempo intercalado em que
esteve em gozo de auxílio-doença
ou aposentadoria por invalidez;

183
TRF da 4ª Região
No caso, verifica-se que o autor, em
data anterior ao início do benefício de
auxílio-doença, exercia atividades
enquadradas na legislação vigente na
época como insalubres, conforme
analisado no quadro de atividade
especial anteriormente demonstrado
(...)
184
TRF da 4ª Região
Assim, se no período imediatamente
anterior ao gozo do benefício de
auxílio-doença, o requerente estava no
exercício de atividade enquadrada
como especial, o período de
afastamento deve ser considerado
como tempo especial.
(Apelação/Reexame Necessário Nº
5000364-68.2011.404.7107/RS) 185
Redução da jornada de trabalho

186
A redução de jornada de trabalho
por acordo, convenção coletiva de
trabalho ou sentença normativa não
descaracteriza a atividade exercida
em condições especiais.

Fundamentação: art. 261 da


Instrução Normativa INSS nº
45/2010. 187
Atividades concomitantes

188
O direito à aposentadoria especial
não fica prejudicado na hipótese de
exercício de atividade em mais de
um vínculo, com tempo de trabalho
concomitante (comum e especial),
desde que constatada a nocividade
do agente e a permanência em,
pelo menos, um dos vínculos (art.
260 da IN n. 45/2010).
189
Na hipótese de atividades
concomitantes sob condições
especiais, no mesmo ou em outro
vínculo empregatício, será
considerada aquela que exigir
menor tempo para a aposentadoria
especial.

190
Cálculo do valor da
aposentadoria especial
Salário-de-benefício
Média aritmética simples
correspondente a 80% do período
contributivo dos maiores salários-de-
contribuição a partir de julho de 1994.

Não há incidência do fator


previdenciário.

192
Renda mensal inicial - RMI

Coeficiente de cálculo: 100% do salário-


de-benefício – §1º do art. 57 da Lei n.
8.213/91.

193

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