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Dilma Rousseff pelo editorial

do Estadão:
comparação entre 2010 e 2014

Mariane Nava
Mestranda em Comunicação pela Universidade Federal do
Paraná - UFPR
Resumo:
 Este trabalho propõe a análise da imagem pública
da candidata à presidência Dilma Rousseff (PT)
apresentada pelos editoriais do jornal O Estado
de S. Paulo nos 90 dias que antecederam a
votação dos pleitos de 2010 e 2014.
 O objetivo é, através da análise de
enquadramento, identificar se houve variações (e
quais foram elas) na abordagem do jornal em
relação a candidata quando da reeleição.
 O corpus, composto por 151 textos - obtidos no
acervo online do jornal, será analisado de acordo
com um livro de códigos adaptado a partir de
Porto (2001), para assim identificar a imagem
pública de Dilma, construída pelo jornal em dois
momentos distintos.
Imagem Pública, Jornalismo e Política
 A imagem pública é a forma pela qual os sujeitos
políticos são reconhecidos. Ela é formada por um
processo de construções e desconstruções de
verdades, realidades e de legitimidade, através do que
é falado seja pelo próprio agente, quanto por
terceiros (WEBER, 2004, p. 262).
 O Jornalismo atua na esfera política como meio entre
a informação e o receptor. Mas, tratá-lo como veículo
além de uma descrição simplória, seria uma falácia,
pois o que chega ao leitor, de forma alguma, é isento
de participação (BIROLI. 2012; EBERWEIN et al, 2015;
PAGE, 1996; PATTERSON, 1997; EILDERS, 1997).
 Na definição de EBERWEIN (2015), a mídia atua
como ator político quando usa o conteúdo para
objetivos políticos, agindo de forma paralela à política.
Editoriais: o espaço do ator político
 Embora o jornal enquanto representante
da instituição Jornalismo tenha por função
a defesa do interesse público, enquanto
organização precisa lidar com uma série
de dilemas de ordem prática, em seu
papel de empresa. Por isso, é fundamental
distinguir, como ressalta Eilders (1997) o
clamor por informações neutras e o
direito da instituição jornalística de se
posicionar como ator político.
Apresentação da pesquisa
 Foram selecionados os editoriais dos 90 dias
anteriores a votação que citaram Dilma,
obtidos no acervo online do jornal. O
resultado foi
◦ 31 textos entre os dias 01/07 a 03/10/2010
◦ 120 entre 01/07 e 05/10/2014,
◦ 151 editoriais totais
 O material foi categorizado por
◦ (1) tema;
◦ (2) enquadramento
◦ (3) papel representativo.
Enquadramento

Disputa/ Comparação eleitoral (Trata da comparação de propostas e


desempenho entre os candidatos); Personalista (Enfatiza a vida dos candidatos,
descrevendo suas habilidades, qualidades e defeitos); Temático (Interpreta
posições e/ou propostas, contextualizando assuntos); Episódico (É simples
relato de fatos ou declarações de candidatos ou não sobre a campanha).
Tema
Papel
 Em 2010, Dilma foi apresentada como :
◦ Membro do Partido em 58% dos editoriais
(18)
◦ Candidata em 42% (13)
 Na reeleição 2014:
◦ 61,6% a apresentaram como Ocupante de
cargo
◦ 29,1% como Candidata,
◦ 8,3% como Membro do Partido
Conclusões
 Percebe-se que nos textos selecionados existe a função de interpretação dos
fatos de campanha(predominância do enquadramento temático e Disputa)
 Enquanto em 2010, houve a predominância da temática institucional e ética-
moral, em 2014, foi econômica e de disputa. Curiosamente, o enquadramento
“Disputa” não foi tão frequente em 2010, provavelmente porque Dilma foi
majoritariamente apresentada vinculada as ações do presidente Lula, e não
como uma candidata „independente‟. Conclusão reforçada pela predominância
do papel “Membro do Partido” e temática “Político-Institucional”, isso porque o
jornal aproveitou acontecimentos do governo de Lula para construir a imagem
de que era aquilo que o eleitor deveria esperar também do mandato de Dilma.
 Já quando da reeleição, sua imagem foi parcialmente desvinculada de Lula, o que
se percebe pela diminuição da frequência do enquadramento “Membro do
Partido”, sendo essa menor do que “Ocupante de Cargo”.
 Assim, o que se nota no caso específico é que quando a candidata concorreu
pela primeira vez, o jornal se baseia nas decisões do governo de Lula
(classificados sob o tema Político Institucional) e nas denúncias por corrupção
(tema Ético-moral) para demonstrar que aquilo continuaria, uma vez que Dilma
seguiria as diretrizes dele. Já no período de reeleição, a empresa se baseia em
dados e análises econômicas para demonstrar a prévia do que seria o próximo
mandato, principalmente pela característica editorial do Estadão e pelas
medidas com foco na economia do primeiro mandato de Dilma.
OBRIGADA!
Mariane Nava
mariane.nava9@gmail.com
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