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Saúde
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA E NASF
Sua expansão ganhou impulso com a Norma Operacional Básica (NOB-96) que
operacionalizou a descentralização de recursos e a municipalização da saúde,
apresentando as orientações para o repasse, aplicação e mecanismos de controle e
acompanhamento dos recursos financeiros que compõe o Piso da Atenção Básica (PAB),
assim com a responsabilidade dos municípios enquanto gestores.
Essas equipes devem realizar o cadastramento das famílias por meio de visitas
domiciliares às residências, em sua área de abrangência. As informações desse cadastro,
juntamente com outras fontes de informação, levam ao conhecimento da realidade
daquela população, seus principais problemas de saúde e seu modo de vida.
MÓDULO POLÍTICO GESTOR
Saiba Mais...
Importante perceber que todas essas atividades, desde uma visita domiciliar, uma consulta
médica ou de enfermagem, um grupo educativo, o acolhimento e toda e qualquer atividade
desenvolvida na USF, estão em sinergia com a filosofia da Vigilância à Saúde.
Todos esses profissionais devem desenvolver suas atividades laborais, tanto nas
unidades quanto na comunidade, devendo ter gosto pelo trabalho em equipe, facilidade
no trato com pessoas, habilidade em trabalhar com planejamento e programação em
saúde; capacidade em adaptar-se a situações novas e qualificação profissional adequada
às práticas de saúde pública.
Você sabe quais são as principais atividades que deve ser desempenhadas
pelos profissionais da Estratégia Saúde da Família na unidade básica de saúde?
Cada uma das ações desempenhada pelos profissionais que compõem a ESF, antes
de se constituir em uma tarefa que finda em si mesmo, faz parte de um projeto maior de
Vigilância à Saúde. Nessa lógica é importante refletirmos qual o sentido de uma área
adscrita, do acolhimento, da visita domiciliar, da consulta ou de um grupo educativo.
Caso estas ações findem em si mesmas e resolvam, ou não, apenas problemas pontuais,
e os profissionais envolvidos no processo de cuidar, não transcendam às queixas, foi vã a
proposta da integralidade do cuidado e consequentemente da Vigilância à Saúde.
Constitui -se em desafios à ESF sua integração à rede assistencial, o aumento de sua
resolutividade e a capacidade de compartilhar e fazer a coordenação do cuidado. Com o
objetivo de superar estes desafios, o Ministério da Saúde, em 2008, criou o Núcleo de Apoio
à Saúde da Família (NASF) para ampliar a abrangência e as ações da Atenção Básica,
reforçando o processo de territorialização e regionalização em saúde.
O NASF não é uma estrutura desvinculada da atenção primária à saúde e, como esta,
tem dentre seus pressupostos a territorialização; a educação permanente em saúde;
integralidade; participação social; promoção da saúde e humanização. Ele procura ampliar,
aperfeiçoar a atenção e a gestão da saúde na ESF, superando uma lógica fragmentada e
privilegiando a construção de redes de atenção e cuidado, constituindo-se em apoio às
equipes de SF.
A principal diretriz do SUS a ser praticada por este núcleo é a integralidade e deve
estar presente na atitude do profissional no encontro com seus clientes. Além desta, outros
princípios e diretrizes devem orientar as ações a serem desenvolvidas pelo NASF, como o
território onde deve ser desenvolvida a atuação dos profissionais; a educação em saúde da
população; a interdisciplinaridade – onde diversas ações, saberes e práticas se
complementam; a participação social com foco na gestão participativa; a educação
permanente em saúde buscando a transformação das práticas profissionais e da
organização do trabalho; a humanização, a partir de construções coletivas entre
gestores, trabalhadores e usuários e promoção da saúde que procura eleger formas de
vida mais saudáveis.
QUADRO 1
Modalidades 1 2 do Núcleo de Apoio à Saúde da Família segundo
profissionais envolvidos e constituição dos núcleos
São elas:
• Identificar as atividades, ações e práticas a serem adotadas em cada uma das áreas
de abrangência;
• Promover a gestão integrada e a participação dos usuários nas decisões, por meio
dos Conselhos Locais e/ou Municipais de Saúde;
Importante refletir aqui também que, da mesma forma que em relação às ações
desenvolvidas pela ESF, cada ação por si ou todas elas, analisadas no conjunto da obra,
pressupõe um conjunto ações, a serem desenvolvidas em conjunto com as Equipes de
Saúde da Família e a comunidade, com vista à vigilância à saúde.
Ferramentas utilizadas pelo Núcleo de Apoio à
Saúde da Família em sua organização
Competências profissionais na
estratégia Saúde da Família e
o trabalho em
Processo de trabalho em saúde
Mas, para facilitar a compreensão dos papéis a serem desempenhados pela equipe
de saúde, abordaremos inicialmente as competências propriamente ditas, conforme
estabelecidas na Portaria nº 648/GM de 28/03/06, seguidas por reflexões acerca do
fazer e do ser um profissional da saúde.
O saber do trabalhador da saúde
Cada tópico destacado nos ajuda a refletir sobre nossa atuação dentro da
rotina da unidade de saúde, sua forma de aplicação, limitações e aspectos a
serem aprimorados. A seguir vamos vê-los mais de perto!
Glossário
Padrões de
Previsibilidade:
A prática do cuidado familiar ampliado tem sido
1. Sair de casa; estimulada e estudada por pesquisadores da área no intuito
2. Compromisso com o de instrumentalizar os profissionais para que reconheçam,
seu parceiro; na estrutura familiar, a oportunidade de intervir no processo
saúde-doença. Ferramentas como o ciclo de vida familiar,
3. Aprender a viver junto;
que parte do princípio de que, assim como o indivíduo, os
4. Chegada do primeiro sistemas familiares têm sua própria história e passam por
filho;
padrões de previsibilidade, auxiliam os profissionais a
5. Vivendo com pré- identificar em que estágio de desenvolvimento a família se
escolares;
encontra para estabelecer o plano de cuidado para cada
6. Vivendo com adoles- caso familiar.
centes;
7. Saída dos filhos; Dentro desse plano de cuidado, estão previstas as
doenças que podem ocorrer com maior frequência em cada
8. Velhice.
uma das etapas do desenvolvimento familiar, somadas aos
critérios de risco ambientais, biológicos e comportamentais.
Outro aspecto importante a ser lembrado para que se possam estabelecer laços fortes
com alguém é a criação de vínculos de confiança. Em sentido etimológico, con-fiança
significa ter fé junto com alguém, ou seja, acreditar junto com alguém em alguma coisa. Nas
práticas assistenciais, a confiança é essencial. O paciente confia no profissional, que ele
poderá contribuir ou oferecer um serviço do qual precisa de maneira adequada. Para ele, o
profissional é quem poderá ajudá-lo a recuperar ou a manter sua saúde. Entretanto,
algumas vezes, o profissional não é capaz de resolver o problema do paciente, e isso não é
incomum.
Desse modo, é necessário que o profissional esteja preparado para solicitar ajuda a
outro colega (se for o caso, pelo apoio matricial), ou para esclarecer ao paciente que aquele
problema não pode ser solucionado naquela instância (da Atenção Básica), e então
providenciar a referência (por exemplo, ambulatórios médicos de especialidades e centro de
especialidade odontológica). O importante é mostrar-se solidário ao problema e não se
esquecer da responsabilidade da Equipe de Saúde da Família no tocante à saúde da
população de seu território.
Vamos supor que você tenha que atender em seu consultório um parente ou
amigo de quem gosta muito. Como você se sentiria?
É provável que você sinta dificuldade em atender essa pessoa não somente pelo
envolvimento psicológico, mas também porque você deseja que ela receba o melhor
tratamento possível. Assim, poderá acontecer de você se recusar a atender essa pessoa,
por achar que outro profissional estaria mais preparado para tal. Isso acontece porque
você reconhece o valor, a dignidade daquela pessoa. Você sabe que aquela pessoa
merece o melhor tratamento. É esse valor, essa dignidade, que devemos reconhecer em
todas as pessoas, estendendo a todos os pacientes o melhor tratamento que pudermos
oferecer.
Avaliação: Pesquisa de Satisfação de Serviços Públicos (Silvia Cervellini), com usuários de postos de saúde de uma capital.
Pode-se dizer que existem três paradigmas nas relações assistenciais: o técnico-
científico, que, na área da saúde e bem-estar, ocorre quando a doença se torna mais
importante que o doente, quando os equipamentos técnicos (de tratamento, de
diagnóstico) se interpõem entre o profissional e o paciente, dificultando (ou impedindo)
que se estabeleça um relacionamento adequado entre o profissional e o paciente; o
financeiro, que se refere à busca incessante pelo lucro, ou à busca em evitar prejuízos
financeiros, como nos casos que envolvem processos judiciais; e o humanitário, que
envolve um entendimento da importância do resgate das relações humanas.
Relação (re-lação) significa estabelecer laços com alguém, e esses laços devem
ser fortes, sob o risco de se romperem se assim não o forem. Mas como estabelecer
um laço forte com alguém, sobretudo com uma família, ou com os membros de uma
equipe com a qual se trabalha?
O profissional deve estar preparado para uma mudança de atitude, que envolve
perceber o outro, resgatando-se a subjetividade, e assim estabelecer com ele uma
relação empática. Também deve compreender que outros fatores, além do biológico,
fazem parte da totalidade do ser humano.
Dicas
entre a equipe de saúde e a população adscrita
VII - Acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos sob
sua responsabilidade, de acordo com as necessidades definidas pela equipe; e
IV - Apoiar as atividades dos ACD e dos ACS nas ações de prevenção e promoção da
saúde bucal; e
Cirurgião-Dentista
A avaliação da condição da família pode ser realizada de várias formas. Existem alguns
instrumentos específicos, mas uma entrevista com a maior parte dos membros da família,
garantindo-se a presença do principal responsável, pode oferecer muitas das informações
necessárias. O fundamental é facilitar a comunicação para explorar as visões de vários
membros da família, permitindo que a informação circule e identificando aspectos que
revelem dificuldades, conflitos e potencialidades.
Escala de Coelho
Um instrumento que vem sendo utilizado por equipes da ESF é a escala de risco
familiar ou Escala de Coelho, que estratifica itens observados, classificando sua situação de
risco com base em dados que já são colhidos pelos agentes comunitários de saúde.
Ecomapa
PROFISSIONAIS NA ESF
DISPOSIÇÕES GERAIS
V - Estimular a participação dos usuários como forma de ampliar sua autonomia e capacidade na
construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do território, no enfren-tamento
dos determinantes e condicionantes de saúde.
2. DAS FUNÇÕES NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE
• - Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais elevado grau de
descentralização e capilaridade, cuja participação no cuidado se faz sempre necessária;
3. DAS RESPONSABILIDADES
I - Contribuir para a reorientação do modelo de atenção e de gestão com base nos fundamentos
e diretrizes assinalados;
XII - Viabilizar parcerias com organismos internacionais, com organizações governamentais, não
governamentais e do setor privado, para fortalecimento da atenção básica e da Estratégia Saúde
da Família no País; e
São necessárias à realização das ações de atenção básica nos municípios e Distrito Federal:
I - Unidades Básicas de Saúde (UBS) construídas de acordo com as normas sanitárias e tendo
como referência o manual de infraes-trutura do Departamento de Atenção Básica/SAS/MS;
V - Garantia pela gestão municipal, dos fluxos definidos na Rede de Atenção à Saúde entre os
diversos pontos de atenção de diferentes configurações tecnológicas, integrados por serviços de
apoio logístico, técnico e de gestão, para garantir a integralidade do cuidado.
I - Definição do território de atuação e de população sob responsabilidade das UBS e das equipes;
III - Desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e os fatores de risco clínico-
comportamentais, alimentares e/ou ambientais, com a finalidade de prevenir o aparecimento ou a
persistência de doenças e danos evitáveis;
IV- Realizar o acolhimento com escuta qualificada, classificação de risco, avaliação de necessidade
de saúde e análise de vulnerabilidade, tendo em vista a responsabilidade da assistência resolutiva à
demanda espontânea e o primeiro atendimento às urgências;
VIII - Implementar diretrizes de qualificação dos modelos de atenção e gestão, tais como a
participação coletiva nos processos de gestão, a valorização, fomento à autonomia e protagonismo
dos diferentes sujeitos implicados na produção de saúde.
IX - Participar do planejamento local de saúde, assim como do monitoramento e avaliação das ações
na sua equipe, unidade e município, visando à readequação do processo de trabalho e do
planejamento diante das necessidades, realidade, dificuldades e
possibilidades analisadas;
X - Desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e redes de apoio social voltados para o
desenvolvimento de uma atenção integral;
XI - Apoiar as estratégias de fortalecimento da gestão local e do controle social; e
XII - Realizar atenção domiciliar destinada a usuários que possuam problemas de saúde
controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade
de saúde.
As atribuições dos profissionais das equipes de atenção básica devem seguir as referidas disposições
legais que regulamentam o exercício de cada uma das profissões.
IV - Realizar ações de atenção à saúde conforme a necessidade de saúde da população local, bem
como as previstas nas prioridades e protocolos da gestão local;
VII - Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória e de outros
agravos e situações de importância local;
IX - Praticar cuidado familiar e dirigido a coletividades e grupos sociais que visa a propor intervenções
que influenciem os processos de saúde-doença.
X - Realizar reuniões de equipes a fim de discutir em conjunto o planejamento e avaliação das ações
da equipe, a partir da utilização dos dados disponíveis;
XII - Garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas de informação na atenção básica;
XIV - Realizar ações de educação em saúde à população adstrita, conforme planejamento da equipe;
XVII - Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais; e
XVIII - Realizar outras ações e atividades a serem definidas de acordo com as prioridades locais.
Atribuições do Cirurgião-Dentista:
III - Realizar os procedimentos clínicos da atenção básica em saúde bucal, incluindo atendimento das
urgências, pequenas cirurgias ambulatoriais e procedimentos relacionados com a fase clínica da
instalação de próteses dentárias elementares;
VI - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros
da equipe, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar;
VII - Realizar supervisão técnica do técnico em saúde bucal (TSB) e auxiliar em saúde bucal (ASB); e
VIII - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS.
I - Realizar a atenção em saúde bucal individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a grupos
específicos, segundo programação e de acordo com suas competências técnicas e legais;
III - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros
da equipe, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar;
IV - Apoiar as atividades dos ASB e dos ACS nas ações de prevenção e promoção da saúde bucal;
VII - Participar das ações educativas atuando na promoção da saúde e na prevenção das doenças
bucais;
XI - Fazer remoção do biofilme, de acordo com a indicação técnica definida pelo cirurgião-dentista;
XIII - Inserir e distribuir no preparo cavitário materiais odontológicos na restauração dentária direta,
vedado o uso de materiais e instrumentos não indicados pelo cirurgião-dentista;
XIV - Proceder à limpeza e à antissepsia do campo operatório, antes e após atos cirúrgicos, inclusive
em ambientes hospitalares; e
I - Realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal para as famílias, grupos e indivíduos,
mediante planejamento local e protocolos de atenção à saúde;
VI - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros
da equipe de Saúde da Família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma
multidisciplinar;
IX - Selecionar moldeiras;
II - O número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um
máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família, não ultrapassando o
limite máximo recomendado de pessoas por equipe;
III - Cada equipe de Saúde da Família deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, sendo a
média recomendada de 3.000, respeitando critérios de equidade para essa definição.
IV - Cadastramento de cada profissional de saúde em apenas uma ESF, exceção feita somente ao
profissional médico, que poderá atuar em, no máximo, duas ESF e com carga horária total de 40
horas semanais; e
V - Carga horária de 40 horas semanais para todos os profissionais de saúde membros da equipe de
Saúde da Família, à exceção dos profissionais médicos.
Os profissionais de saúde bucal que compõem as equipes de Saúde da Família podem se organizar
nas seguintes modalidades:
I - Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas (eSFR): desempenham a maior parte de suas funções
em Unidades Básicas de Saúde construídas/localizadas nas comunidades pertencentes à área
adscrita e cujo acesso se dá por meio fluvial; e
II - Equipes de Saúde da Família Fluviais (eSFF): desempenham suas funções em Unidades Básicas
de Saúde Fluviais (UBSF).
Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram criados com o objetivo de ampliar a
abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade.
São constituídos por equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de
conhecimento, que devem atuar de maneira integrada e apoiando os profissionais das equipes de
Saúde da Família, das equipes de atenção básica para populações específicas (Consultórios na Rua,
equipes Ribeirinhas e Fluviais etc.) e Academia da Saúde, compartilhando as práticas e saberes em
saúde nos territórios sob responsabilidade dessas equipes, atuando diretamente no apoio matricial às
equipes da(s) unidade(s) na(s) qual(is) o NASF está vinculado e no território dessas equipes.
Os NASF fazem parte da atenção básica, mas não se constituem como serviços com
unidades físicas independentes ou especiais, e não são de livre acesso para atendimento individual
ou coletivo (estes, quando necessários, devem ser regulados pelas equipes de atenção básica).
Devem, a partir das demandas identificadas no trabalho conjunto com as equipes e/ou
Academia da Saúde, atuar de forma integrada à Rede de Atenção à Saúde e seus serviços (ex.:
CAPS, Cerest, Ambulatórios Especializados etc.), além de outras redes como SUAS, redes sociais e
comunitárias.
A responsabilização compartilhada entre a equipe do NASF e as equipes de Saúde da
Família/equipes de atenção básica para populações específicas prevê a revisão da prática do
encaminhamento com base nos processos de referência e contrarreferência, ampliando-a para um
processo de compartilhamento de casos e acompanhamento longitudinal de responsabilidade das
equipes de atenção básica, atuando no fortalecimento de seus princípios e no papel de coordenação
do cuidado nas Redes de Atenção à Saúde.
Os NASF devem buscar contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS
principalmente por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de
análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto
sanitários. São exemplos de ações de apoio desenvolvidas pelos profissionais dos NASF: discussão
de casos, atendimento conjunto ou não, interconsulta, construção conjunta de projetos terapêuticos,
educação permanente, intervenções no território e na saúde de grupos populacionais e da
coletividade, ações intersetoriais, ações de prevenção e promoção da saúde, discussão do processo
de trabalho das equipes etc.
Todas as atividades podem se desenvolvidas nas Unidades Básicas de Saúde, Academias da
Saúde ou em outros pontos do território. Os NASF devem utilizar as Academias da Saúde como
espaços que ampliam a capacidade de intervenção coletiva das equipes de atenção.
Programa saúde na escola
III - Educação permanente para qualificação da atuação dos profissionais da educação e da saúde e
formação de jovens.
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA E ATENÇÃO BÁSICA – QUESTÕES
A) Primária
B) Secundária
C) Terciária
D) Quaternária
E) Hospitalar
4 - (Prefeitura de Serra Negra) O Programa de Saúde da Família compreende
estratégias de reorganização de serviços que se traduzem em ações como:
(A) Trata-se de uma estratégia de baixo custo voltada prioritariamente às populações mais carentes,
que contempla algumas das necessidades básicas de atendimento a emergências.
(B) É uma das estratégias para mudança do modelo assistencial anteriormente centrado nas
especialidades, baseada no menor custo, considerando-se que o SUS tornou-se inviável
financeiramente.
(C) Trata-se de uma estratégia para mudança do modelo assistencial anteriormente centrado na
abordagem de doenças para um modelo com enfoque nas condições de vida das comunidades.
(D) Trata-se de uma estratégia para ampliar as equipes de saúde e o mercado de trabalho, com
médicos de diversas especialidades, enfermeiros e outros profissionais afins.
(E) Trata-se de uma estratégia incompatível com a existência de uma rede de unidades básicas de
saúde, razão pela qual sua implementação é mais difícil nas grandes metrópoles, onde o SUS é mais
consolidado.
(A) observa critérios de risco, vulnerabilidade, resiliência e o imperativo ético de que toda demanda,
necessidade de saúde ou sofrimento devem ser acolhidos.
(B) tem a participação social restrita do ponto de vista formal, pois os agentes comunitários de saúde,
por residirem no território, representam as ideias da comunidade.
(C) utiliza tecnologias de cuidado simples que devem auxiliar no manejo das demandas e
necessidades de saúde de maior frequência e relevância em seu território.
(D) deve se organizar para exercer sua função central de acolher, escutar e oferecer respostas
positivas, ainda que representem pouco diante das necessidades da população.
(E) deve ter as estruturas dos serviços definidas exclusivamente pelos municípios que têm autonomia
para estabelecer a composição de suas equipes livremente.
(A) desenvolver aulas sobre as doenças mais comuns para que a população passe a ter uma
formação técnica.
(B) desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e a população mais jovem, com a finalidade
de prevenir o aparecimento de doenças e danos evitáveis.
(C) realizar a atenção integral domiciliar a todos os usuários para que eles não precisem se deslocar
até as unidades de saúde.
(D) definir o território de atuação e de população sob responsabilidade das UBS e das equipes,
provendo atenção integral, contínua e organizada à população adscrita.
(E) participar do planejamento local de saúde, mas não do monitoramento e da avaliação das ações
na sua equipe.
10 - (Prefeitura de São Paulo) Uma das atribuições comuns dos profissionais da
atenção básica é
(A) responsabilizar a população pelo autocuidado e pela capacidade de resolutividade dos problemas
de saúde.
(B) favorecer a aproximação da unidade de saúde das famílias e possibilitar o estabelecimento de
vínculos entre a equipe e os usuários.
(C) propiciar, à população adscrita, capacidade para realizar pequenos curativos em casa, para que
haja uma diminuição da demanda nas unidades de saúde.
(D) a auto-organização de acordo com as necessidades da população adscrita sem qualquer vínculo
com diretrizes nacionais.
(E) promover informações sobre automedicação, para que a população ganhe autonomia em relação
aos serviços de saúde.
A.( ) 30%.
B.( ) 50%.
C.( ) 80%.
D.( ) 90%.
( ) É desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, próxima da vida das
pessoas.
( ) Deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de comunicação
da Rede de Atenção à Saúde.
( ) Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do
cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização, da equidade e da
participação social.
( ) Considera o sujeito em sua singularidade e inserção sociocultural, buscando produzir a atenção
integral.
A) Iniciado na década de 90, o PSF apresentou uma redução no número de usuários atendidos nos
últimos anos em razão da menor adesão de gestores estaduais e municipais nas administrações mais
recentes.
B) O PSF é uma estratégia de modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de
equipes de especialistas em hospitais regionais.
C) O PSF tem como proposição de ação uma abordagem terapêutica exclusivamente centrada na
patologia, visando primordialmente o diagnóstico e o tratamento.
D) No PSF, as equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número indefinido de
famílias, em uma área geográfica não delimitada, conforme a demanda espontânea.
E) No PSF, as equipes atuam mediante ações de reabilitação de pacientes com doenças e agravos
mais frequentes, bem como na manutenção da saúde da comunidade.
19 - Quanto à organização da atenção básica e ao funcionamento da estratégia de
saúde da família, assinale a opção correta.
A) Nos grandes centros urbanos, o Ministério da Saúde recomenda uma cobertura populacional de,
no máximo, trinta mil habitantes para cada unidade básica de saúde (UBS) sem saúde da família.
B) Para cada unidade básica de saúde (UBS) com saúde da família, o parâmetro recomendado pelo
Ministério da Saúde é de até vinte mil habitantes, em grandes centros urbanos.
C) O Ministério da Saúde não normatiza parâmetros de cobertura populacional para unidade básica
de saúde (UBS) por se tratar de assunto a ser definido pelos próprios municípios que desejarem
organizar esse tipo de serviço de saúde.
D) Uma das atribuições específicas do profissional enfermeiro na estratégia de saúde da família é
realizar consulta de enfermagem, procedimentos e atividades em grupo, não sendo permitida a
solicitação de exames complementares nem a prescrição de medicações.
E) A normatização do Ministério da Saúde sobre o funcionamento das equipes de saúde da família
exige uma carga horária semanal de quarenta horas para todos os profissionais da equipe, exceto
para os médicos.
A) Demografia da população.
B) Trabalho em equipe multiprofissional.
C) Hierarquização da população adstrita.
D) Educação permanente em saúde.
E) Territorialização.