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Magnetometria Malagutti Filho, W.

MAGNETOMETRIA

A TERRA FUNCIONA COMO UM GRANDE IMÃ

• Hipótese mais aceita: correntes elétricas originadas no núcleo da


Terra produzem o magnetismo

• Anomalias magnéticas: produzidas por corpos ou estruturas na


crosta terrestre, que são objeto de medição pela magnetometria

• Equipamentos: magnetômetros, medem a intensidade do campo


magnético em locais de interesse

O magnetismo terrestre deve ser separado em duas partes:

1. campo magnético principal: produzido no núcleo;

2. campo magnético anomâlo: produzido na crosta.

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NATUREZA DO MAGNETISMO

A força ( f ) atuando entre dois polos P1 e P2, separados por uma distância r é

expressa, segundo a Lei de Coulomb:

1 P1 P2
f =
µ r2
onde: µ é a permeabilidade magnética do meio

CAMPO MAGNÉTICO ( H )

Definido como a força que experimenta um polo magnético ( P1 )devido à presença no

espaço de outro polo magnético considerado:

f 1 P2
H= =
P1 µ r 2

onde: P 1 é um polo magnético ficitício no espaço onde o sensor está localizado

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Campo magnético entre dois dipolos

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http://www.mines.edu/fs_home/tboyd/GP311/introgp.shtml

Representação vetorial do campo magnético gerado por um dipolo.

A direção dos vetores é aquela do campo e a intensidade é representada pelo comprimento.

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http://www.mines.edu/fs_home/tboyd/GP311/introgp.shtml

Representação do campo magnético entre dois dipolos por linhas de força.

A direção do campo em qualquer ponto é indicado pela direção das linhas e a

intensidade é representada pelo espaçamento entre as linhas.

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INDUÇÃO MAGNÉTICA

Quando um material é submetido ao efeito do campo H, ele adquire uma


intensidade de magnetização ou imantação M, proporcional ao campo:

M = κ. H

onde: K é a susceptibilidade magnética do material

A susceptibilidade magnética é um dos parâmetros fundamentais no Método Magnético. Para um mesmo


valor do campo, os materiais com maior susceptibilidade estão aptos a a se magnetizarem mais fortemente.
Em alguns materiais ela pode ser positiva e em outros negativa refletindo o sentido da intensidade de
magnetização, em relação ao campo.

A magnetização de um material por um campo externo, se faz através do alinhamento

dos momentos dos dipolos internos provocando o aparecimento de um campo adicional

que somado ao campo externo H gera um campo conhecido por indução magnética. O

“campo indução magnética” B é relacionado ao campo externo H da seguinte forma:

B = µ .H
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Representação do fenomeno da indução magnética

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MOMENTO MAGNÉTICO

Unidade Magnética Fundamental

Considerando que a origem dos campos magnéticos relacionam-se à correntes


elétricas que fluem através de condutores, define-se m como:

r Ia r
m= n
c

Ia = corrente que flui numa espira de área a;


C = velocidade da luz
r
n = vetor unitário normal à área limitada pela espira

r
m
r
a n
I

espira

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UNIDADES DE B

No Sistema Internacional ⇒ Tesla ( T )

No Sistema C.G.S. ⇒ Gaus ( G )

1 G = 10-4 T

Para propósitos geofísicos usa –se o gamma ( γ )

1 γ = 10-5 G

1 γ = 10-9 T

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CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA


• O campo magnético da Terra pode ser aproximado pelo campo produzido por
um momento de dipolo localizado no seu centro. Este momento aponta para
o polo sul geográfico e se localiza sobre um eixo que forma um ângulo de
11.50 com o eixo de rotação da Terra.
• O eixo do dipolo terrestre intercepta a superfície da Terra nas coordenadas
o o o o
aproximadas de 78.5 N - 69 W e 78.5 S - 111 E, determinando o que se
chama de polos geomagnéticos.
• Os polos magnéticos verdadeiros, definidos nas posições onde uma agulha
o
magnetizada inclina-se com ângulo de 90 com a superfície da Terra,
o o o o
localiza-se nas coordenadas: 75 N - 101 W (NE do Canadá) e 67 S - 143 E
(Antartida), o que indica que não são diametralmente opostos.
• O campo magnético terrestre, num determinado ponto de observação, pode
ser representado na forma de um vetor, a partir da combinação de 7
quantidades, denominadas de elementos geomagnéticos:

- declinação magnética ( m );
- inclinação ( i );
- intensidade total do campo ( F );
- componente vertical ( Z )
- componente horizontal ( H );
- componente de intensidade ( X );
- componente de intensidade ( Y ).

Combinando-se estes 7 elementos obtem-se:

F 2 = H2 + Z2 = X2 + Y2 +Z2

F = H/cos i = Z/sen i

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Campo geomagnético

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Propriedades do campo geomagnéticoLuiz, J.G. & Silva, L.M.C. 1995

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Robinson, E.S. & Çoruh, C. 1988


Elementos geomagnéticos

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Campo magnético principal da Terra (em contornos inteiros) e variação secular anual (em contornos interrompidos) (em
gammas)

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Inclinação do campo magnético da Terra (em graus)

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ORIGEM DO CAMPO MAGNÉTICO TERRESTRE

• A teoria mais moderna para explicar a parte principal do campo


baseia-se no funcionamento de um dínamo. O campo seria
produzido por correntes elétricas que circulam no núcleo líquido da
Terra, o qual acredita-se ser constituido principalmente por ferro. As
correntes elétricas são mantidas pelo movimento de partículas no
núcleo líquido, explicando tanto a variação secular com inversões
de polaridade do campo.

• Os valores normais do campo recebem adição, localmente das


concentrações de minerais magnéticos que ocorrem nos primeiros 5
km da crosta as quais constituem-se nas anomalias do campo
magnético objeto de prospecção pelo Método Magnetométrico.

• A esses dois efeitos superpõem-se campos produzidos por fontes


externas à Terra, cuja característica básica é a rápida variação com
o tempo. A causa desses campos são as correntes elétricas que
fluem na ionosfera ; (colocadas em movimento pela “tidal force”) e
1

resultantes da interação entre o campo magnético principal com a


ionosfera a magnosfera e o vento solar . 2 3

1
Camada gasosa parcialmente ionizada situada entre 60 e 1000 km acima da superfície da Terra.
2
Camada de gás completamente ionizada portadora de campo magnético, que situa-se entre 1.000 e 64.000 km acima da superfície da
Terra.
3
Plasma contendo principalmente hidrogênio ionizado (prótons e elétrons), pouco magnético, que é emitido pelo Sol.
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VARIAÇÕES DO CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA

• Variações seculares: são as variações que sofrem o campo magnético da


Terra, e seus elementos, ao longo de um tempo grande. Estas variações foram
constatadas no século XV através de medidas da declinação magnética na
cidade de Londres. Além disso foram também constatadas inversões de
o
polaridade do campo, isto é, mudanças de 180 no sentido do momento do
dipolo. Nos dias atuais estas variações são acompanhadas a partir de redes de
informações de vários observatórios, produzindo mapas de contorno que
representam as mudanças.

• Variações diurnas: são pequenas variações que o campo magnético da Terra


sofre ao longo do dia. A quantidade destas mudanças é da ordem de poucas
dezenas de gammas sendo mais pronunciada nas regiões equatoriais e
diminuindo nas altas latitudes. Observa-se também uma variação sazonal
uma vez que a variação diurna é maior no verão do que no inverno.

Levando em consideração a variação sazonal, o efeito da latitude e


também o fato dos fenômenos serem maiores durante o dia do que a noite,
conclue-se que o Sol é o responsável por este ciclo diário de 2 formas:

• as radiações eletromagnéticas que emanam do Sol (raios ultravioleta e raios


X) ionizam partículas neutras da atmosfera, na ionosfera;

• a força de atração do Sol produz correntes de massa de ar cíclicas, na


ionosfera, tornando-a carregada de partícula elétricas em movimento,
produzindo correntes elétricas

Este ciclo excita correntes elétricas no interior da Terra por indução


eletromagnética, gerando um campo magnético secundário.

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Robinson, E.S. & Çoruh, C. 1988

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Hinze, W.J. 1990

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PROPRIEDADES MAGNÉTICAS DOS MATERIAIS


GEOLÓGICOS

D i a m a g n e t i s m o : propriedade de alguns minerais de adquirirem magnetização


de intensidade fraca e cujos momentos magnéticos tendem a se opor à polaridade de um
campo indutor aplicado. A fraca intensidade da magnetização provém do pequeno valor
da susceptibilidade magnética destes materiais, enquanto que o sentido contrário do
campo resulta em valores negativos de susceptibilidade. Exemplos: quartzo, calcita,
halita.

P a r a m a g n e t i s m o : propriedade de alguns minerais cujos momentos atômicos


tendem a se alinhar com a polarização do campo indutor, embora a magnetização ainda
seja fraca em função de sua baixa susceptibilidade, que no entanto é positiva. Exemplos:
silicatos, olivinas, piroxênios, anfibólios.

F e r r o m a g n e t i s m o :as substâncias ferromagnéticas tem susceptibilidade


magnética muito elevada e positiva, o que lhes permite uma magnetização com
intensidade muito forte, no mesmo sentido do campo. O valor da susceptibilidade nestas
substâncias dependem da intensidade do campo externo. Suportam 3 classificações:

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ferromagnetismo
verdadeiro: apresentam
momento magnético com a
mesma orientação (ferro,
cobalto, níquel);

antiferromagnetismo: os
momentos magnéticos não são
igualmente orientados e possuem
uma resultante nula (hematita,
troilita, ilmenita);

ferrimagnetismo: os momentos não


são igualmente orientados mas existe
uma resultante em alguma direção
(magnetita, titanomagnetita, maghemita
e pirrotita). Para a prospecção
magnética este é o grupo mais
importante

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MAGNETIZAÇÃO DAS ROCHAS

A magnetização observada nas rochas, como resultado da presença de


minerais magnéticos na sua composição, pode ser classificada em dois tipos

Magnetização induzida e Magnetização remanente

Magnetização induzida: provocada pelo campo atual da Terra

Magnetização remanente: adquirida ao longo da história geológica


da rocha

Vários processos podem produzir magnetização remanente:

Magnetização termo-remanente: desenvolve-se a partir do resfriamento


da rocha abaixo da temperatura de Curie, na presença do campo
magnético terrestre da época.

Magnetização isotérmica: campo magnético aplicado ao material e


depois retirado aparecendo uma magnetização residual; localmente queda
de raios por exemplo.

Magnetização química: transfomações químicas ou crescimento de grãos


ferromagnéticos (ainda que abaixo da temp. de Curie), durante a formação
de rochas metamórficas e sedimentares.

Magnetização deposicional: ocorre durante a deposição de sedimentos


finos

Magnetização piezo-remanente: ocorre como resultado da aplicação


conjunta de pressão e de um campo magnético (fenômeno de
magnetostrição); rochas submetidas a esforços tectonicos
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SUSCEPTIBILIDADE MAGNÉTICA DE ROCHAS E MINERAIS

Nas rochas depende principalmente da quantidade, tamanho dos


grãos e modo de distribuição dos minerais ferromagnéticos nelas
contidos, os quais ocorrem na forma de grãos finos dispersos em
uma matriz de minerais paramagnéticos e diamagnéticos,
representada pelos silicatos.

Rochas sedimentares ⇒ menores valores ⇒ inf. a 50x10-6 (cgs)

Rochas vulcânicas ⇒ varia entre 100 x 10-6 e 10.000 x 10-6

Rochas plutônicas ⇒ varia entre 100 x 10-6 e 5.000 x 10-6

Rochas metamórficas ⇒ valores entre 10 x 10-6 a 500 x 10-6

As rochas máficas, por conterem maior quantidade de ferro


apresentam maiores valores de susceptibilidade ⇒ valor típico:
5.000 x 10-6
Dentre os minerais ferromagnéticos, a magnetita, a pirrotita, a
ilmenita, a franklinita e a maghemita (hematita-γ ) têm
susceptibilidade suficientemente elevada para produzirem
anomalias detectáveis nos trabalhos de prospecção magnética. Pela
sua abundância os 3 primeiros são os que mais contribuem para a
magnetização das rochas

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Luiz, J.G. & Silva, L.M.C. 1995

Susceptibilidade magnética de alguns minerais

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Luiz, J.G. & Silva, L.M.C. 1995

Susceptibilidade magnética de algumas rochas

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INSTRUMENTOS - MAGNETÔMETROS

• Desenvolvidos após a 2a Guerra Mundial, os magnetômetros permitem que se registre


a intensidade do campo magnético (campo total) ou de suas componentes. De
acordo com o seu princípio de funcionamento, os magnetômetros podem ser dos
seguintes tipos: saturação (flux-gate), bombeamento ótico, supercondutividade e
precessão nuclear ou precessão de prótons.

Magnetômetro “flux-gate”

1. Possui dois núcleos de material ferromagnético de elevada permeabilidade.


2. Os núcleos são posicionados paralelamente e envolvidos por duas bobinas iguais
(primária e secundária) e enroladas no sentido oposto.
3. As bobinas secundárias são ligadas em um voltímetro.
4. As bobinas primárias, ligadas em série, recebem uma corrente elétrica alternada que
magnetizam `a saturação os núcleos ferromagnéticos.
5. Na ausência do campo externo o valor lido no voltímetro será zero pois as bobinas
são opostas.
6. Na presença de um campo o mesmo será somado vetorialmente ao campo que existe
em um dos núcleos saturando-o mais cedo.
7. Neste caso haverá uma voltagem induzida nas bobinas secundárias, proporcional ao
campo.
8. Pode-se medir a intensidade do campo ou qualquer de suas componentes utilizando-
se uma orientação conveniente dos núcleos.
9. Nos levantamentos aéreos são geralmente orientados com o campo total e nos
levantamentos terrestres com a componente vertical.
10. Precisão: 1 nT Intervalo de medidas: ≅ 100.000 nT

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MAGNETOMETRO FLUX-GATE

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• Núcleos paralelos, envolvidos por 2 bobinas (primária e secundária)


• Bobinas secundárias ligadas a um voltímetro
• Bobinas primárias recebem AC que magnetizam os núcleos
• Ausência do campo externo – valor zero – bobinas opostas
• Presença do campo externo – voltagem induzida nas bobinas
secundárias, proporcional ao campo.

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MAGNETÔMETRO DE PRECESSÃO NUCLEAR

Consiste basicamente de um sensor, contendo uma fonte de prótons


(metanol, álcool etílico, querozene) e um contador eletrônico;
Baseia-se no movimento de precessão, que é característicos de partículas
de próton.
O sensor é submetido a um campo artificial muito mais forte do que o
campo magnético terrestre e perpendicular a este;
Os prótons são polarizados segundo a resultante dos 2 campos a qual é
virtualmente paralela ao campo artificial;
A remoção repentina do campo artificial faz com que os prótons voltem a se
orientar com o campo terrestre,girando em torno deste campo;
O número de ciclos do eixo do spin, em volta do cone, por unidade de
tempo é denominado de frequência de precessão (f)
Ela depende do momento magnético (M), do momento angular (L) do
próton e da intensidade (F) do campo magnético da Terra

M GF
f= =
2πL 2π onde: G = raio giromagnético
G = 0.2675

Conhecendo-se este fator pode-se rearranjar a equação anterior:

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2 πf
F = F = 23,4874*f
G

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MAGNETOMETRO DE PRÓTONS

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• Sensor contendo fonte de prótons
• Baseia-se no movimento de precessão
• Sensor é submetido a um campo artificial muito mais forte que o terrestre e
perpendicular
• Protons são polarizados segundo a resultante dos campos – virtualmente paralela
ao artificial
• Remoção do campo artificial – protons voltam a se orientar pelo campo terrestre
• Número de ciclos do spin por tempo = frequencia de precessão (f)

M GF
f = = onde G(raio giromagnético) = 0.2675
2πL 2π

2πf
F= F = 23,4874 x f
G

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TÉCNICAS DE LEVANTAMENTO MAGNETOMÉTRICO

As medidas magnéticas são normalmente realizadas na superfície


do terreno ou com o auxílio de aeronaves. Com menor frequência
são efetuadas medidas em poços ou na superfície marinha.

Os levantamentos aéreos são empregados nos trabalhos de


reconhecimento regional em auxílio por exemplo à prospecção de
petróleo ou a trabalhos que visem a delineação de grandes
estruturas uma vez que as fontes destas anomalias são de grandes
dimensões.

Os levantamentos terrestres aplicam-se a trabalhos de maior


detalhe, auxiliando o mapeamento geológico e trabalhos de
prospecção mineral.

LEVANTAMENTOS TERRESTRES

Nos trabalhos de reconhecimento, as medidas são tomadas


normalmente ao longo de estradas, ou leitos de rios. O
espaçamento entre as estações pode variar entre 1 a 10 km;

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Nos trabalhos de detalhe, as medidas são realizadas ao longo de
picadas, normalmente transversais à direção de um corpo a ser
prospectado. O espaçamento pode variar entre 10 a 100 metros.

Nestes levantamentos medem-se valores absolutos do campo


magnético total, ou de sua componente vertical, empregando-se
magnetômetros;

Empregam-se normalmente 2 magnetômetros: um permanece fixo


em um ponto escolhido como estação base, e o outro efetua o
levantamento propriamente dito;

O magnetômetro que permanece na estação base registra as


variações temporais do campo as quais servirão para corrijir as
leituras de campo.

As medidas fornecidadas pelos magnetômetros são digitais


devendo ser tomadas de 3 a 5 leituras por ponto a fim de se obter
a necessária confiabilidade, obtida pela repetibilidade.

Valores muito discrepantes podem ser causados por mau


funcionamento do equipamento, gradientes magnéticos muito
fortes (devidos a afloramentos ou linhas elétricas ou ainda a
tempestades magnéticas ou metereológicas).

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As medidas na magnetometria terrestre são, em geral bastante
rápidas. Um operador treinado pode cerca de 150 estações,
espaçadas de 50m ou 600 estações, espaçadas de 10m por dia, em
áreas de bom acesso.

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Levantamento terrestre

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LEVANTAMENTOS AÉREOS

São efetuados por aviões ou helicópteros, sendo que este último

permite que os levantamentos sejam feitos em altitudes menores

e seja mantida uma altura constante em relação ao terreno; essas

condições de vôo, são importantes quando o alvo de interesse é

relativamente pequeno, como nos casos de prospecção de

minérios.

Quando o objetivo é a determinação de feições gelológicas de

grandes dimensões, como são os casos de mapeamentos

regionais e na prospecção petrolífera, não é necessária uma

altura de vôo pequena, nem que a mesma fique rigorosamente

constante, sendo mais adequado o emprego de aviões.

A altura de vôo pode variar desde 50 metros, se o alvo é de

pequenas dimensões (corpos de minério) até 450 metros para

alvos regionais.

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Representação esquematica do levantamento aeromagnetométrico

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TRATAMENTO DOS DADOS

1. correções para eliminar as variações devidas a causas não geológicas


(variação diurna e o desnível dos pontos)

2. filtragem para eliminação de efeitos geológicos indesejáveis (heterogeneidades


próximas da superfície ou interferência de fontes rasas ou profundas)

• correção da variação diurna

com 2 magnetômetros ⇒ um registra numa estação base e o outro nas


estações de interesse
-com um magnetômetro ⇒ estação base deve ser reocupada periodicamente

• correção topográfica: correção dos efeitos das encostas e dos vales; é maior com o
aumento da intensidade da magnetização; raramente aplicada

• correção de latitude: o campo magnético varia ≅ 10 nT/Km. Em trabalhos que


cubram variações de vários graus de latitude, dependendo da precisão deve ser
efetuada esta correção.

• remoção do IGRF: o IGRF (International Geomagnetic Reference Field) é a


representação teórica do campo magnético normal da Terra. Para se definir uma
anomalia é necessário subtrair-se o valor do campo normal de cada medida tomada
no levantamento. Em áreas pequenas toma-se apenas um valor e em áreas extensas
vários valores.

• redução ao polo: em função do caráter dipolar do campo terrestre, sua direção e


inclinação variam ao longo da superfície, influenciando no padrão da anomalia gerada
a diferentes latitudes. Para contornar este problema transforma-se os dados coletados
em qualquer latitude, para a latitude onde a inclinação do campo é 90o (polo
magnético).

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Representação vetorial da soma do campo magnético da Terra com um campo anômalo

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Representação esquematica da soma vetorial do campo magnético principal da


Terra com um campo anômalo e a respectiva anomalia

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ANOMALIA MAGNÉTICA DE UMA ESFERA NO EQUADOR

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ANOMALIA MAGNÉTICA DE UMA ESFERA NO POLO NORTE

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ANOMALIA MAGNÉTICA DE UMA ESFERA – LATITUDE INTERMEDIÁRIA

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INTERPRETAÇÃO DE DADOS GRAVIMÉTRICOS E MAGNETOMÉTRICOS

A interpretação pode variar desde a simples identificação de


locais anômalos em termos de contrates entre propriedades físicas,
em subsuperfície, até a completa caracterização da fonte da anomalia,
em termos de modêlos tri-dimensionais. A chave para uma boa
interpretação, envolve o melhor conhecimento possível das
características de subsuperfície, obtido, eventualmente por outra
modalidade de informação ( direta ou indireta )

A interpretação de dados destes dois métodos que pode ser


qualitativa e/ou quantitativa, via de regra é ambigua porque a anomalia
observada pode ser o produto de um número infinito de fontes. Este
fato reforça a necessidade de um bom conhecimento geológico do
local. O processo interpretativo é comumente executado de uma
maneira iterativa, utilizando modêlos prévios, para serem testados,
frente aos dados obtidos e continuamente modificados até que o
produto final de compatibilize da melhor maneira com os dados.

De forma resumida, a despeito das diferenças em termos da


relação entre os dados computados para a fonte, entre as duas
técnicas, pode-se proceder a uma aproximação genérica quanto à
sequência de análise:

- 1. utilização de técnicas para localizar as anomalias residuais, de eventual


interesse. A interpretação qualitativa iria se esgotar aqui;

- 2. uso de técnicas para destacar e isolar uma eventual anomalia residual;

- 3. proceder a uma aproximação preliminar, para uma primeira


caracterização das fontes;

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- 4. emprego de ambos os modelamentos direto e inverso, com iterações


sucessivas, para a determinação das características físicas da fonte da anomalia;

- 5. tradução, em termos geológicos, das características computadas.

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Hinze, W.J. 1990

Representação esquematica da forma das anomalias do campo magnético total


de diferentes corpos em diferentes latitudes

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Mapa aeromagnetométrico – Bacia do Paraná Ferreira, F.J.F. 1982

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Ferreira, F.J.F. 1982


Mapa aeromagnetométrico interpretado – Bacia do Paraná
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Exemplo de modelamento de dados magnetométricos e gravimétricos - Geosoft

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Exemplo de modelamento de dados magnetométricos e gravimétricos - Geosoft

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Exemplo de modelamento de dados magnetométricos - Geosoft

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Exemplo de modelamento de dados magnetométricos - Magix

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