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Em termos de comércio para fora dos dois blocos, a AP tem uma pauta de exportação com
baixa diversificação. Aproximadamente 65% do que é exportado vai para os Estados
Unidos e 13% para a Ásia. Já nas importações, 40% vêm dos EUA e 34% da Ásia. O
Mercosul possui um comércio mais diversificado: nas exportações, 38% vai para a Ásia,
16% para a União Europeia e 14% para os Estados Unidos; nas importações, 33% vem da
Ásia, 20% da União Europeia e 16% dos Estados Unidos (CEPAL, 2018, p. 25).
A “Hoja de Ruta” com o Mercosul parece não ser o principal alvo da AP. Em março desse
ano, a Declaração Presidencial da Aliança do Pacífico, e a reunião Grupo de Alto Nível
(GAN) em maio, discutiram a “Visión Estratégica para el 2030” onde a AP tem como alvo a
região da Ásia-Pacífico e o fortalecimento com os Estados associados: Austrália, Canadá,
Nova Zelândia e Singapura. Vale destacar que esses são os únicos países associados ao
bloco. Dos países membros do Mercosul, apenas o Brasil e a Venezuela não são “países
observadores” da AP – de um total de 52 países de todo o mundo (ALIANZA DEL
PACÍFICO, 2018).
Para o Brasil, alguns questionamentos ficam pendentes para outra análise de conjuntura
mais aprofundada: I) Para o Brasil, quais são os pontos positivos e negativos da crescente
aproximação dos países da Aliança do Pacífico com os países asiáticos? II) Caso haja uma
assinatura de um acordo de livre comércio Mercosul-Aliança do Pacífico, o Brasil estaria
preparado para aceitar as regras de origem e as competitividades comerciais dos países
da AP que estão no TPP? III) Como o Chile e o Peru têm acordos de preferências
comerciais com a China, será que o Mercosul conseguiria competir com os produtos
chineses?
Referências
ALIANZA DEL PACÍFICO, Acuerdo Marco de la Alianza del Pacífico, 2012. Disponível em:
https://alianzapacifico.net/download/acuerdo-marco-de-la-alianza-del-pacifico/ Acesso em:
11 jun. 2018.
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ALIANZA DEL PACÍFICO, Protocolo Adicional, 2015. Disponível em:
https://alianzapacifico.net/download/primer-protocolo-modificatorio-al-protocolo-adicional/
Acesso em: 11 jun. 2018.
Sobre o autor
Hugo Agra é doutorando em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília – UnB.
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