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MATRÍCULA: 12106601
Esta carta, produto da Conferencia de Atenas de 1931, foi um dos documentos bases e decisivos para
toda a política de conservação e restauração, assim como para a redação de documentos póstumos.
Neste documento estabelece-se:
Na carta se fala sobre a descontextualização das obras com respeito aos elementos do seu entorno, mas
especialmente de esculturas; hoje em dia isso poderia ser estendido a um número mais amplo de
elementos, como moveis, imóveis, conjuntos, áreas urbanas, etc.
Carta de Amsterdã
Com respeito às intervenções, indica-se a importância de uma política social de moradia na qual os
direitos dos residentes tradicionais economicamente fracos sejam valorizados num lugar de vida
melhorado e qualificado. Os métodos de restauração e conservação devem ser aplicados e ampliados
mesmo nos conjuntos de menos interesse artístico. Os materiais tradicionais devem estar sempre
disponíveis e continuar sendo aplicados, além de que a manutenção tem que ser constante para evitar o
desperdiço desnecessário de fundos em processos mais caros e complexos. Educativamente, é
necessário o incentivo à formação de profissionais voltados à esta área, assim como professionais
multidisciplinares.
Nesta declaração, aprecia-se uma evolução com respeito à Carta de Atenas, basicamente porque
supera-se o conceito de monumento para agir em outros mais amplos como os âmbitos urbanos e
rurais, assim como outros “menores” que com o tempo tenham adquirido significado cultural. Além
disso, se faz questão de marcar a importância da convergência de todas as ciências e técnicas para o
estudo e proteção do patrimônio monumental.
Nos critérios de restauração, fala-se da mesma como operação excepcional e solução última,
priorizando as intervenções preventivas; assim como também se fala da necessidade de estudos
históricos e arqueológicos prévios à restauração, sempre com o cuidado com os materiais e técnicas
aplicadas, fazendo evidente a reintegração com materiais contemporâneos. Necessita-se documentar as
obras em todas as suas fases históricas, além das suas publicações de ações e resultados.
Conclusão
A Carta de Atenas, como base dos estudos de conservação e restauração do patrimônio histórico no
mundo, marcou diretrizes de intervenção capazes de inspirar uma futura agenda aos profissionais das
diferentes áreas com o fim de preservar o patrimônio como fato de marca tangível na história e incluir
no cotidiano das novas populações com o fim de nunca esquecer a importância das nossas origens,
sabendo que surgimos de um conjunto que sempre andou numa direção. Incluiu-se a importância da
preservação, não só como tarefa dos arquitetos e urbanistas, mas também dos profissionais das
diferentes áreas. Nas póstumas declarações e cartas, surgiu a ampliação da visão sobre o qué que tinha
que ser preservado, não falando só de monumentos isolados como anteriormente se falava, mas agora
falando-se de conjuntos e até zonas urbanas completas, sendo este um dos passos mais importantes
para a evolução da preservação e para o entendimento do mesmo para as futuras gerações, no meu
ponto de vista, direcionada hoje em dia para gerações que estão cada dia mais abstraídas da realidade
onde estão imersas, que recebe maior captação por meio de telas digitais e está cada dia mais
relacionada com o abstrato da informação que vem de fora e não se relaciona mais com “a própria terra
onde eles estão pisando”.