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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO E ESTUDOS DE GOVERNO

Português
Prof. Caco Penna

LISTA 1

Texto para as questões 1 a 4

SENÃO COMO LITERATURA, como espetáculo data o teatro no Brasil do século do descobrimento. (1)
Foram seus inventores ou introdutores aqui os jesuítas. Na sua obra de catequese e educação, a mais
inteligente sem dúvida que jamais se fez (2), recorriam esses padres, desde a Europa, a (3) todos os
recursos, ainda os mais grosseiros, de sugestão. Desses foram as grandes solenidades, meio profanas, meio
religiosas, dos seus colégios, com representações, recitações, cânticos e danças e espetáculos a que já
podemos chamar de (4) teatrais. Mediante estes, os seus mais rudes palcos achariam acaso ouvintes mais
caroáveis (5) que o seu púlpito.
Desde o século XVI, na citada Narrativa epistolar de Fernão Cardim e em outros cronistas, no século
XVII, nos longos títulos dos poemas de Gregório de Matos e em mais de um noticiador do Brasil de então, e
com frequência maior nos cronistas do século XVIII, encontram-se notícias desses espetáculos, que uma
crítica incompetente pretendeu arvorar em início do nosso teatro.
Desses talvez o primeiro de que há (6) notícia foi o que o Padre José de Anchieta realizou (7) em S.
Vicente, em 1555, fazendo representar por índios seus catecúmenos e portugueses, em tupi, e em
português, o auto da Pregação Universal, ruim arremedo dos “autos de devoção” que se representavam no
Reino, dos quais o contemporâneo Gil Vicente deixou os melhores exemplares.
Mas nem esse pobre auto, nem outros que se lhe seguiram, representados em estabelecimentos
jesuíticos ou alhures, (8) não são propriamente teatro no sentido da literatura dramática. Todos eles
desapareceram sem deixar prole, nem sequência.
As representações ou espetáculos teatrais, que aqui mais tarde se viram (8), e de que há notícias
desde os meados do século XVIII, de comédias, entremezes, momos, loas, portugueses e espanhóis, ou,
quem sabe?, (9) já produto colonial, nenhuma afinidade teriam com os autos jesuíticos ou quejandos.
Desde, pelo menos, a segunda metade do século XVIII que em festas públicas celebradas por ocasião da
exaltação ao trono de reis portugueses, ou de nascimentos, desposórios principescos, se faziam (10) aqui
representações teatrais, em geral de peças espanholas, como também sucedia na metrópole. Em 1761, na
Bahia, por motivos dos esponsais da futura D. Maria I, foi representado o Anfitrião, acaso o mesmo que
inspirou o nosso engenhoso e desgraçado patrício Antônio José.
Destas representações, e sempre por idênticos motivos, em outras partes do Brasil, ainda em antes
da fundação da Casa da Ópera no Rio de Janeiro, em 1767, se encontram notícias nas crônicas e relatos
contemporâneos. (11) Se não é ainda possível asseverar que Alvarenga Peixoto, um dos poetas da plêiade
mineira, tenha de fato composto um drama Enéias no Lácio e traduzido a Mérope, de Maffei, e, menos
ainda, que por volta de 1775 estes se hajam representados na referida Casa da Ópera, não parece duvidoso
que outro poeta do mesmo grupo, Cláudio Manoel da Costa, tenha composto “poesias dramáticas” que,
segundo declaração sua, (12) se tinham “muitas vezes representado nos teatros de Vila Rica, Minas em geral
e Rio de Janeiro” e feito “várias traduções de dramas de Metastásio”.
História da Literatura Brasileira, José Veríssimo.

1 – Com base nas relações semânticas trabalhadas pelo autor, julgue (C ou E) os itens a seguir.
1 – Depreende-se do segundo parágrafo do texto que, apesar de incompetente, a crítica do século XVIII foi
fundamental para que houvesse o desenvolvimento do início do teatro no Brasil, noticiando os espetáculos
em crônicas, narrativas e poemas.
2 – Entende-se, do quinto parágrafo, que as primeiras ditas representações teatrais no Brasil provinham de
Portugal e Espanha. Tais peças não tinham, ainda, finalidade de catequização, mas sim de celebração e
exaltação. Apenas mais tarde, em meados do século XVIII apareceriam os textos nativos brasileiros, como o
“Anfitrião”.

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3 – A conjunção “se” (ref. 11) poderia, no contexto em que foi utilizada, ser substituída por “conquanto”,
desde que o verbo “ser” que a sucede fosse conjugado em sua forma no modo Subjuntivo.
4 – O advérbio “não”, em “não são propriamente teatro” (ref. 8), poderia ser suprimido, sem que houvesse
alteração do sentido original buscado pelo autor.

2 – Com relação a aspectos gramaticais do primeiro parágrafo do texto, julgue (C ou E) os itens que se
seguem.
1 – A preposição “a” (ref. 3) foi utilizada no sentido de “até”, completando o sentido iniciado pela preposição
“desde”, em “desde a Europa”.
2 – A preposição “de” (ref.4) poderia ser suprimida, mantendo-se a correção gramatical do período e sem
prejuízo para o sentido original.
3 – O adjetivo “caroáveis” (ref. 5), foi utilizado, no texto, com sentido de “afetuosos, amáveis”.
4 – Os pronomes demonstrativos “esses”, “desses” e “estes” (em destaque) foram todos utilizados como
anafóricos, referindo-se, respectivamente, a “jesuítas”, “recursos” e “espetáculos”.

3 – Com relação à concordância dos verbos no texto I, julgue (C ou E) os itens que se seguem.
1 – O verbo “ser” (ref.1) encontra-se na terceira pessoa do plural por concordar com o termo “seus
inventores ou introdutores”.
2 – O verbo “fazer” (ref. 2) encontra-se no singular por concordar com o termo “obra”, no início do período.
3 – O verbo “haver” (ref. 6) foi utilizado no singular, por concordar com o termo “notícia”, também no
singular.
4 – A forma verbal “faziam” (ref. 10), encontra-se no plural para marcar um sujeito indeterminado, uma vez
que não se tem clara a referência do seu agente.

4 – A partir da observação dos aspectos morfossintáticos explorados no texto, classifique em C ou E as


afirmações abaixo:
1 – A forma verbal “realizou” (ref. 7), possui como objeto direto o termo “o primeiro”, anteposto a ele.
2 – A forma verbal “viram” possui como sujeito sintático a expressão “as representações ou espetáculos
teatrais”, classificado como Sujeito Composto.
3 – O pronome oblíquo “se” (ref. 12) está utilizado corretamente em relação à topologia pronominal,
embora, no contexto sintático em que aparece, pudesse estar enclítico à forma verbal “tinham”.
4 – A vírgula que antecede a expressão “de comédias” poderia, mantendo-se a correção gramatical e o
sentido do período original, ser substituída por travessão, desde que também fosse substituída a vírgula que
sucede a expressão “produto colonial” (ref. 9).

GAB

1–E E C C
2–E C C C
3–E C E E
4–E E C E

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