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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

ATELIER IV

LEGISLAÇÃO DE LAURO DE FREITAS

______________________________________________________

ANANDA AMARAL, ANDREA SILVA, GABRIELA SALES,

IAN DIEGO FELIX, NAYARA TALARICO E SABRINA RUBIO

Salvador - BA

2018
SUMÁRIO

1. LEGISLAÇÃO FEDERAL/ESTADUAL........................................4
1.1.1. LEI FEDERAL Nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979..............4
1.1.2. DEFINIÇÃO E OBJETIVO.........................................................4
1.1.3. PARCELAMENTO DO SOLO...................................................4
1.1.4. PROIBIÇÕES E LIMITADORES DO PARCELAMENTO
URBANO...................................................................................6
1.1.5. REQUISITOS URBANÍSTICOS PARA LOTEAMENTO............8
1.1.6. PROJETO E LEGALIZAÇÃO DO LOTEAMENTO..................11
1.1.7. DISPOSIÇÕES PENAIS..........................................................12
1.2. ESTATUTO DA CIDADE.......................................................................12
1.3. ESTATUTO DA METRÓPOLE (Lei nº 13.089/2015).............................13
1.3.1. O QUE É O ESTATUTO DA METRÓPOLE? .........................13
1.3.2. O QUE É METRÓPOLE? .......................................................14
1.3.3. COMO SE INSTITUI OFICIALMENTE UMA REGIÃO
METROPOLITANA?................................................................14
1.3.4. COMO FUNCIONA A GOVERNANÇA
INTERFEDERATIVA?.............................................................15
1.3.5. CONCEITOS DE “DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL” E
“COMPENSAÇÃO AMBIENTAL”............................................13
1.3.6. QUAIS SERÃO OS INSTRUMENTOS PARA IMPLEMENTAR
O ESTATUTO?........................................................................16
1.3.7. COMENTÁRIOS......................................................................16
2. PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL......16
2.1. VERTICALIZAÇÃO................................................................................17
2.2. ZONEAMENTO.....................................................................................20
2.2.1. ZPR.........................................................................................20
2.2.2. ZRU.........................................................................................21
2.2.3. ZEUS.......................................................................................22
2.2.4. ZPT..........................................................................................23
2.2.5. ZEUTR....................................................................................24
2.2.6. ZEIS........................................................................................25
2.2.7. ZOC........................................................................................27
2
2.2.8. ZIN...........................................................................................28
2.2.9. ZEIA.........................................................................................30
2.2.10. ZPM.........................................................................................31
2.2.11. ZAE..........................................................................................31
2.2.12. CAD.........................................................................................32
2.3. INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA...........................................36
2.3.1. DIREITO DE PREEMPÇÃO....................................................36
2.3.2. OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS.........................37
2.3.3. OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR.........37
2.3.4. DIREITO À POSSE DE TERRA..............................................38
2.3.5. ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA.............................38
3. APA.............................................................................................39
3.1.1. APA - PLATAFORMA CONTINENTAL DO LITORAL
NORTE.39...............................................................................42
3.1.2. APA - JOANES IPITANGA................................................ ....44
3.1.3. ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO DA ÁREA DE
PROTEÇÃO AMBIENTAL – APA JOANES-IPITANGA..........46
3.1.4. ZONAS RURAIS......................................................................49
4. INCENTIVOS FISCAIS...............................................................51
4.1.1. LEI Nº 1590.............................................................................51
4.1.2. LEI Nº 1573.............................................................................52
4.1.3. LEI Nº 1572.............................................................................52
5. CÓDIGO DE OBRAS..................................................................54
5.1. LEI MUNICIPAL Nº. 1.252 DE 06 DE JULHO DE 2007. ......................54
5.1.1. Capítulo IV - DAS LICENÇAS - SEÇÃO III - DA ANÁLISE DE
ORIENTAÇÃO PRÉVIA (AOP). .............................................55
5.1.2. Capítulo IV - DAS LICENÇAS - SEÇÃO IV - DA LICENÇA DE
IMPLANTAÇÃO (ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO) ....................55
5.1.3. Capítulo IV - DAS LICENÇAS - SEÇÃO V - HABITE-SE.......55
5.1.4. Capítulo V - DA FISCALIZAÇÃO.............................................56
5.1.5. Capítulo VI - DISPOSIÇÕES FINAIS .....................................56
6. CÓDIGO SANITÁRIO.................................................................56
6.1.1. LEI Nº 696/1991......................................................................56

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7. CÓDIGO DE POSTURA.............................................................57
7.1.1. LEI Nº 247/73..........................................................................57
8. CONCLUSÃO.............................................................................59
9. REFERÊNCIAS .........................................................................60

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1. LEGISLAÇÃO FEDERAL/ESTADUAL

1.1. LEI FEDERAL Nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979


1.1.1. DEFINIÇÃO E OBJETIVO

A Lei Federal nº 6766/79, conhecida como Lei Lehmann e revisada pela


9785/99, trata do parcelamento do solo em todo o Brasil e outras providências.

O parcelamento do solo em zona urbana é a divisão da terra em


unidades jurídicas independentes, objetivando a construção de edificações,
levando em consideração as diversas regiões da cidade e suas legislações
específicas, definidas por leis federais, estaduais e municipais. Com isso, os
órgãos responsáveis poderão estabelecer normas complementares em relação
ao parcelamento do solo municipal, adequando o previsto na lei às
particularidades regionais e locais.

Segundo a legislação, as alterações de uso do solo rural para fins


urbanos dependerão da aprovação por parte do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária - INCRA, do Órgão Metropolitano, caso haja o
órgão no município em questão.

1.1.2. PARCELAMENTO DO SOLO

A lei ainda dispõe sobre as legislações e diferenciações do


parcelamento do solo, que consiste na subdivisão da gleba e compreende o
loteamento e o desmembramento.

O parcelamento do solo urbano poderá ser feito por meio de loteamento


ou desmembramento, sendo consideradas esta Lei e as legislações estaduais
e municipais.

Loteamento diz respeito à criação de lotes para edificação e criação de


infraestrutura e desmembramento é a subdivisão de terras sem que haja
modificações na infraestrutura urbana.

A gleba é o terreno que não possui qualquer regulamentação de


legislação federal, estadual ou municipal. “Gleba é a porção de terra que não
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tenha sido submetida a parcelamento sob a égide da Lei n° 6.766/79, o que
equivale dizer que estaremos diante de uma gleba se a porção de terra jamais
foi loteada ou desmembrada sob a vigência da nova Lei.”

O lote é definido pela gleba já com infraestrutura básica e adaptada às


legislações vigentes, inclusive atendendo às exigências do plano diretor
municipal. “Considera-se lote o terreno servido de infraestrutura básica cujas
dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei
municipal para a zona em que se situa (art. 2º, § 4º, da Lei 6.766/79).”

Logo, a diferença básica entre Gleba e Lote é que o último nada mais é
que o primeiro devidamente regulamentado e adequado às leis do Plano
Diretor da região onde ele se encontra.

O loteamento é a primeira forma prevista na legislação de parcelamento


do solo urbano e consiste na divisão de terra e implantação de infraestrutura
para a cidade. “Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes
destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de
logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias
existentes(art. 2º, § 1º, da Lei 6.766/79).”

Já o desmembramento consiste na divisão de terra e aproveitamento da


infraestrutura existente na cidade. “Considera-se desmembramento a
subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do
sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e
logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já
existentes(art. 2º, § 1º, da Lei 6.766/79).”

Sendo assim, Loteamento e Desmembramento são tipos de


parcelamento de um Lote. A diferença principal entre eles é que no Loteamento
há criação de um sistema viário para abastecer a região, já o
Desmembramento aproveita esse sistema já existente, ou seja, todas as ruas,
avenidas e rodovias da região.

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Figura 1 - Exemplo projeto de bairro planejado, em que o terreno (gleba)
foi dividido por meio de loteamento, contendo os lotes para futura ocupação.

1.1.3. PROIBIÇÕES E LIMITADORES DO PARCELAMENTO


URBANO

Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em


zonas urbanas ou de expansão urbana, assim definidas por lei municipal.

Para que ocorra o parcelamento do solo conforme a Lei, é preciso


realizar uma série de ações preventivas e corretivas em relação à infraestrutura
urbana.

Não será permitido o parcelamento do solo em:

- terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as


providências para assegurar o escoamento das águas;

- terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem
que sejam previamente saneados;

- terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento) salvo se
atendidas exigências específicas das autoridades competentes;

- terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação;

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- áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça
condições sanitárias suportáveis, até a sua correção.

1.1.4. REQUISITOS URBANÍSTICOS PARA LOTEAMENTO

A Lei Federal dispõe de direcionamentos em relação à áreas mínimas


de uso público, dimensões dos lotes, faixas obrigatórias não edificáveis, vias de
loteamento articuladas e preocupação com edificações inseridas na topografia
local.

Os loteamentos deverão atender aos seguintes requisitos:

- As áreas destinadas a sistema de circulação, a implantação de equipamento


urbano e comunitário, bem como a espaços livres de uso público, serão
proporcionais à densidade de ocupação prevista para a gleba;

- Os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros


quadrados) e frente mínima de 5m (cinco metros), salvo quando a legislação
estadual ou municipal determinar maiores exigências ou quando o loteamento
se destinar à urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais
de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos
competentes;

- A longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das
rodovias, ferrovias e dutos, será obrigatória a reserva de uma faixa "non
aedificandi" de 15 (quinze) metros de cada lado, salvo maiores exigências da
legislação específica;

- As vias de loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes oficiais,


existentes ou projetadas, e harmonizar-se com a topografia local.

- A percentagem de áreas públicas prevista no Inciso I deste artigo não poderá


ser inferior a 35% (trinta e cinco por cento) da gleba, salvo nos loteamentos
destinados ao uso industrial cujos lotes forem maiores do que 15.000m²
(quinze mil metros quadrados), caso em que a percentagem poderá ser
reduzida.

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- Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura,
saúde, lazer e similares.

- O Poder Público competente poderá complementarmente exigir, em cada


loteamento, a reserva de faixa "non aedificandi" destinada a equipamentos
urbanos.

Parágrafo Único - Consideram-se urbanos os equipamentos públicos de


abastecimento de água, serviços de esgoto, energia elétrica, coletas de águas

pluviais, rede telefônica e gás canalizado.

Figura 2 e 3 - Exemplo de Área Non Edificandi, que se aplica às


estradas, águas correntes e dormentes.

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Figura 4 - Exemplo de Área Non Edificandi, que se aplica às águas
correntes, porém a faixa não edificável não está sendo respeitada às margens
do Rio Sapato, no município de Lauro de Freitas.

Figura 5 - Exemplo de Área Non Edificandi, às margens do Rio Joanes,


no município de Lauro de Freitas, sendo a faixa não edificável em certos
trechos respeitada e em outros não.

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Figura 6 - Exemplo de Área Non Edificandi, às margens da Estrada do

Côco, sem as faixas não edificáveis, indo contra a legislação vigente.

Figura 6 - Em bairros como Itinga, por exemplo, há uma maior


concentração de lotes que não respeitam a legislação, ou seja, com área
menor que 125m² e testada menor que 5m. Já em bairros localizados no centro
e na orla, como por exemplo, Ipitanga e Vilas do Atlântico, possui maior
regularização nesse sentido.

1.1.5. PROJETO E LEGALIZAÇÃO DO LOTEAMENTO

Para a implantação de um loteamento ou desmembramento para fins


urbanos, o loteador deve se submeter aos termos da Lei Federal 6.766/79, com
as alterações advindas da Lei 9.785/99 e, também, à legislação municipal

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respectiva, para edificações localizadas em zona urbana ou de expansão
urbana.

Para loteamento e desmembramentos serem considerados legais, a


planta e o projeto devem ser previamente aprovados pela Prefeitura, ou Distrito
Federal, quando for o caso, obedecendo a legislação vigente. Após a
aprovação do loteamento, deve ser registrado no Cartório de Registro de
Imóveis, conforme dispõe essa lei. Mediante a aprovação e execução de obras
de infraestrutura, o loteamento é submetido ao registro imobiliário, conforme
legislação.

1.1.6. DISPOSIÇÕES PENAIS

Constitui crimes penais:

- dar início ou efetuar loteamento ou desmembramento do solo para fins


urbanos, sem autorização ou em desacordo com as disposições desta Lei ou
das normas federais, estaduais e municipais;

- fazer proposta, contrato ou comunicação pública a interessados, com falsa


legalidade e não regularização de loteamento ou desmembramento do solo;

- vender ou reservar lotes não registrados no Registro de Imóveis competente.

1.2. ESTATUTO DA CIDADE

Lei Federal N° 10.257, criada em 10 de Julho de 2001, para


regulamentar os Arts. 182 e 183 da Constituição Federal, que tratam da política
de desenvolvimento urbano e da função social da propriedade.

Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder


Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo
ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o
bem-estar de seus habitantes.

Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e
cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem

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oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o
domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

Esta Lei, denominada Estatuto da Cidade, estabelece normas de ordem


pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do
bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do
equilíbrio ambiental.

São utilizados alguns Instrumentos da Política Urbana para que o


Estatuto da Cidade se cumpra de maneira democrática, o principal deles é o
Plano Diretor:

1. Planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e


de desenvolvimento econômico e social;

2. Planejamento das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e


microrregiões;

3. Planejamento municipal, em especial: Plano Diretor; disciplina do


parcelamento, do uso e da ocupação do solo; zoneamento ambiental,
etc.;

4. Institutos tributários e financeiros: IPTU,contribuição de melhoria;


incentivos e benefícios fiscais e financeiros;

5. Institutos jurídicos e políticos: desapropriação, servidão administrativa,


limitações administrativas, etc.;

6. Estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto


de vizinhança (EIV).

1.3. ESTATUTO DA METRÓPOLE (Lei nº 13.089/2015)


1.3.1. O que é o Estatuto da Metrópole?

É uma lei federal, sancionada no dia 12 de janeiro, que tem o objetivo de


criar regras para a governança compartilhada e integrada de grandes
aglomerados urbanos que envolvam mais de um município, como já acontece
nas principais capitais do Brasil, em parceria com os governos estadual e
federal. Ela fixa diretrizes gerais para o planejamento, a gestão e a execução
de políticas públicas em regiões metropolitanas e aglomerações urbanas

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instituídas pelos estados. Isso quer dizer que essas ações teriam funções
públicas de interesse comum, ou seja, que seja inviável para um município
realizar sozinho ou que cause impacto em municípios vizinhos. São exemplos:
transporte público, saneamento básico, habitação e destinação final de lixo.

A observância das disposições desta lei não afasta as disposições


presentes na Lei nº 10.257/2001, conhecida como Estatuto da Cidade, a qual
regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelecendo
diretrizes gerais da política urbana, e em outras leis federais, bem como as
regras que disciplinam a política nacional de desenvolvimento urbano, a política
nacional de desenvolvimento regional e as políticas setoriais de habitação,
saneamento básico, mobilidade urbana e meio ambiente.

1.3.2. O que é metrópole?

É o espaço urbano com continuidade territorial que, em razão de sua


população e relevância política e socioeconômica, tem influência nacional ou
sobre uma região. É considerada aglomeração urbana a unidade territorial
constituída pelo agrupamento de dois ou mais municípios vizinhos,
caracterizada por complementaridade funcional e integração das dinâmicas
geográficas, ambientais, políticas e socioeconômicas.

1.3.3. Como se institui oficialmente uma região metropolitana?

O Estado e os municípios incluídos em região metropolitana deverão


promover a governança interfederativa, sendo que a instituição de região
metropolitana que envolva Municípios pertencentes a mais de um Estado será
formalizada mediante a aprovação de leis complementares pelas assembleias
legislativa do Estados envolvidos. As mencionadas leis complementares
definirão os Municípios integrantes da unidade territorial urbana, as funções
públicas de interesse comum que justificam a instituição da unidade territorial, a
conformação da estrutura de governança interfederativa e os meios de controle
social da organização, planejamento e da execução das funções públicas de
interesse comum.

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1.3.4. Como funciona a governança interfederativa?

Segundo o Estatuto da Metrópole, a governança interfederativa deve


respeitar os seguintes princípios: prevalência do interesse comum,
compartilhamento de responsabilidades; autonomia dos entes da Federação;
observância das peculiaridades regionais e locais; gestão democrática da
cidade; efetividade no uso de recursos públicos; e busca de desenvolvimento
sustentável. Ainda deverão ser observadas diretrizes como: implantação de
processo permanente e compartilhado de planejamento quanto ao
desenvolvimento urbano; sistema integrado de alocação de recursos e
prestação de contas; execução compartilhada das funções públicas;
participação de representantes da sociedade civil nos processos de
planejamento e tomada de decisão; compatibilização das leis orçamentárias
dos entes da governança interfederativa; e compensação por serviços
ambientais. O Estatuto prevê ainda que essa governança se dê com a
participação da população, com órgãos colegiados de política urbana; debates,
audiências e consultas públicas; conferências sobre assuntos de interesse
urbano e iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos
de desenvolvimento urbano.

A gestão interfederativa é, sem dúvida, a principal inovação trazida pelo


Estatuto da Metrópole. Trata-se de um modelo de administração que
transcende os limites e competências de um município, fazendo com que as
políticas setoriais de interesse do conjunto de municípios, sejam aglomerados
urbanos ou regiões metropolitanas, possam alcançar o conjunto de
transformações urbanísticas necessárias para ampliar as potencialidades de
realização de direitos fundamentais naquela área específica.

1.3.5. Conceitos de “desenvolvimento sustentável” e


“compensação ambiental”.

A busca do desenvolvimento sustentável é um dos princípios da


governança interfederativa das regiões metropolitanas e das aglomerações
urbanas. Já a compensação ambiental é um instrumento do desenvolvimento
urbano integrado, feita a partir de serviços ambientais e outros prestados por

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um município à metrópole. Por exemplo, um município que possui um aterro
sanitário que recebe dejetos de outras cidades deve ser compensada pelas
outras prefeituras.

1.3.6. Quais serão os instrumentos para implementar o Estatuto?

São previstos dez instrumentos para a gestão compartilhada, constando


dentre eles consórcios públicos, convênios de cooperação, contratos de
gestão, parcerias público-privadas interfederativas e a possibilidade de
compensação por serviços ambientais.

Estes instrumentos são os meios materiais para execução das


disposições gerais previstas no Estatuto da Cidade, no Estatuto da Metrópole
ou em outros instrumentos normativos com potenciais de transformações
urbanísticas na área em questão. Os Municípios integrantes de aglomerações
urbanas ou regiões metropolitanas devem se empenhar em realizar
planejamentos que sejam integrados e que estejam aptos a ampliar a fruição
de direitos fundamentais em toda área circunscrita. Para tanto, devem
estimular e dar condições para a participação efetiva e qualitativa de sua
população nos processos de planejamento e execução de políticas públicas
ambientais e urbanísticas.

1.3.7. Comentários

Como se percebe, diante do Estatuto da Cidade e do Estatuto da


Metrópole, o planejamento urbano é um processo público que não só faculta a
participação da população das áreas planejadas, mas eleva esta participação
ao status de indispensabilidade.

Ao final deste breve ensaio, percebe-se que a lei em comento (Lei nº


13.089/2015) é de extrema utilidade para o estabelecimento de um correto
ordenamento dos espaços urbanos e territoriais. Sua principal contribuição ao
ordenamento jurídico brasileiro, em especial ao direito administrativo e ao
direito urbanístico foi a criação de um novo modelo de gestão pública, a
governança interfederativa, a qual constitui o somatório de esforços dos entes
integrantes de regiões metropolitanas e aglomerados urbanos com vistas à

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realização de transformações urbanísticas que sejam aptas a ampliar a
concretização de direitos fundamentais sobre os espaços urbanos e territoriais.

2. PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL

O Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal de Lauro de Freitas


(PDDM), instrumento normativo da política de desenvolvimento municipal, foi
instituído através da lei nº 1330, de 30 de dezembro de 2008, tem como intuito
organizar o funcionamento e o crescimento do município, podendo ser definido
como um conjunto de princípios e regras orientadoras da ação dos agentes que
constroem e utilizam o espaço urbano.
O plano sofreu algumas alterações quanto foi revogado pela lei nº1458
de 29 de dezembro de 2011, modificando alguns dos zoneamentos
estabelecidos anteriormente.
O PDDM, como instrumento básico de política urbana, contem:
● A modelagem espacial;
● A indicação das áreas urbanas onde poderão ser aplicados os
instrumentos urbanísticos previstos na legislação federal;
● As diretrizes para o desenvolvimento municipal.
● As diretrizes para o ordenamento do uso e ocupação do solo.
Dividido em diversos capítulos, o plano tem por objetivo constituir-se no
instrumento básico de política urbana de Lauro de Freitas, de maneira a
promover um desenvolvimento de forma urbanística e ambientalmente
sustentável, e assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos
quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao exercício das atividades
econômicas.

2.1. VERTICALIZAÇÃO
Tratando-se da verticalização, os parâmetros serão estabelecidos de
acordo com o tamanho do lote, tendo em vista:

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I - Um plano de massas a ser elaborado pelo Poder Executivo Municipal,
contemplando estudos de volumetrias - cheios e vazios, gabaritos e
inserções edilícias;
II - Estudos de qualidade ambiental urbana, compreendendo massa
arbórea, ventilação e insolejamento;
III - Estudo de impacto de vizinhança e avaliação prévia dos impactos dos
polos geradores de tráfego, contemplando os seguintes aspectos:
a) análise da circulação na área de influência na situação sem o
empreendimento:
b) previsão da demanda futura de tráfego;
c) avaliação de desempenho e identificação dos impactos na
circulação na situação com o empreendimento;
d) revisão do projeto e da planta de situação do empreendimento
sob a ótica viária.
Como restrição, está estabelecido, em um dos artigos, que não será
permitida a verticalização nas zonas de interesse ambiental e nas Zonas de
Ocupação Controlada (ZOC).
Poderão ser permitidas edificações residenciais com até 15 (quinze)
pavimentos, desde que atendidas todas as condicionantes abaixo:
a) os imóveis onde serão implantadas tais edificações deverão ser
lindeiros a vias arteriais;
b) deverá ser comprovada, através de relatório de sondagem
devidamente acompanhado da Anotação de Responsabilidade Técnica -
ART do profissional responsável, a impossibilidade de serem
implantadas garagens em subsolo;
c) o índice de permeabilidade mínimo será de 50% da área do lote;
d) as edificações não poderão ser enquadradas como "moradia
econômica", devendo, portanto, obedecer às áreas mínimas de
compartimentos previstas no Código de Obras do Município;
e) a quota de conforto mínima da unidade imobiliária deverá ser de 14
m²/hab (quatorze metros quadrados por habitante).

A taxa de ocupação máxima obedecerá às seguintes porcentagens:


a) 31% da área do lote, para gabarito de 11 pavimentos;

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b) 29% da área do lote, para gabarito de 12 pavimentos;
c) 27% da área do lote, para gabarito de 13 pavimentos;
d) 25% da área do lote, para gabarito de 14 pavimentos;
e) 23% da área do lote, para gabarito de 15 pavimentos.

Exigir-se-á do empreendedor o emprego de técnicas que favoreçam as


condições de sustentabilidade ambiental do empreendimento, quais sejam:
aproveitamento das águas pluviais; reciclagem do lixo produzido; utilização de
placas solares para captação de energia.
A abertura de processos com solicitações deste tipo deverá ser
precedida de análise de orientação prévia, com parecer favorável da Secretaria
Municipal de Planejamento, Ciência, Tecnologia e Inovação - SEPLANCTI e da
Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte - SMTT.
Os empreendimentos com Alvará de Construção concedido poderão ter
aumento de gabaritos desde que atendidas às disposições previstas nos §§ 1º e
2º deste artigo.
Os recuos frontais e laterais dos empreendimentos obedecerão às
fórmulas constantes na "Tabela de Recuos Progressivos", que integra o Anexo I
desta Lei, sendo que a Prefeitura poderá exigir recuos maiores nos casos em
que julgar procedente, dadas as necessidades de requalificação do sistema
viário do Município e as peculiaridades dos tipos de empreendimentos.
Para efeito de aplicação das fórmulas descritas no Anexo I, consideram-
se recuos originais os previstos pelos Termos de Acordo e Compromisso -
TAC`s dos parcelamentos e, na omissão destes, os recuos previstos pelos
estudos de zoneamento do Município, quais sejam: recuo frontal de 4,00m
(quatro metros); recuos laterais e de fundo de 1,50m (um metro e meio).
No caso de imóveis lindeiros à Estrada do Côco (Avenida Santos
Dumont/Rodovia BA-099), serão considerados os recuos específicos para cada
trecho, conforme Tabela integrante do Anexo II desta Lei, prevalecendo sempre
os recuos de maior grandeza.
Além dos recuos, deverão ser obedecidas as faixas de domínio, faixas
de previsão de duplicação e/ou ampliação de vias, áreas previstas para
implantação de vias marginais, acomodação de veículos, aceleração e
desaceleração, cujos parâmetros serão determinados pela Secretaria Municipal

19
de Trânsito e Transportes - SMTT, com base na localização e no porte do
empreendimento.

2.2. ZONEAMENTO
O PDDM divide o município em diversas zonas, estabelecendo diretrizes
para o crescimento das mesmas, das quais serão especificadas abaixo.

2.2.1. ZPR
As Zonas Predominantemente Residenciais (ZPR) são áreas com
predominância de residências, porém com a possibilidade de implantação de
atividades de comércio e serviços, como Miragem, Vilas do Atlântico, Jardim
Aeroporto, Jardim Belo Horizonte, Morada do Sol, Praia de Ipitanga, Jardim
Ipanema, Bosque dos Quiosques, Portão do Sol, Rua Priscila Dutra e a

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parcela do território municipal respectivos ao Zoneamento do antigo Jockey
Clube e Parque Jockey Clube. Suas diretrizes incluem:
a) controle do processo de transformação desordenada dos padrões
urbanos existentes evitando o adensamento;
b) conservação do atual padrão existente, através de estudos
urbanísticos específicos para definição de índices pactuados com
moradores locais;
c) implementação dos seguintes equipamentos:
1. Parque Municipal de Lazer de Ipitanga;
2. mobiliário urbano;
3. ciclovia;
4. terminal rodoviário em Vilas do Atlântico;
d) ordenamento do comércio informal e das barracas da orla;

e) revitalização da orla marítima;

2.2.2. ZRU
As Zonas De Requalificação Urbana (ZRU) são áreas densamente
ocupadas, que necessitam de um plano específico de requalificação, no intuito
de reordenar as ocupações e, no caso da Área Central, reordenar também o
sistema viário. Participam dessa divisão a Área Central, Jardim União, Pomar
do Rio, Portão e Caixa D`Água. Suas diretrizes incluem:
21
a) revitalização da área a partir de projetos urbanísticos específicos para
criar praças, avenidas, estacionamentos, e ações de controle e
ordenamento do espaço urbano;
b) implantação dos seguintes equipamentos:
1. concha acústica;
2. mobiliário urbano;
c) ordenamento do comércio ambulante e informal;
d) regulamentação da publicidade e propaganda;

2.2.3. ZEUS
As Zonas De Expansão Urbana Sustentável (ZEUS) são áreas pouco
adensadas, originalmente destinadas à implantação de chácaras e sítios, que
devem ser objeto de incentivo à expansão urbana de forma ordenada e
sustentável. Está inserido neste zoneamento Área do Caji-Picuaia (exceto
Jardim Castelhão) e Jardim Meu Ideal.

22
a) fiscalização no sentido de evitar a reprodução do processo de
ocupação espontânea, a partir da elaboração de um programa de
habitação popular sustentável, capaz de propiciar condições de moradia,
emprego e renda, para populações de menor poder aquisitivo;
b) elaboração do Plano de Habitação Popular sustentável, visando
definir um modelo de ocupação de boa qualidade, capaz de oferecer
oportunidades de emprego e renda para os seus moradores;
c) implantação de um programa de habitação popular;
d) execução do Projeto "Cozinha Experimental";
e) implantação de um Pólo de Empregos;

f) construção de ligação Via do Trabalhador/CIA - Aeroporto;

2.2.4. ZPT
As Zonas Predominantemente Turísticas (ZPT) são zonas ao longo da
orla atlântica e ao longo do Rio Joanes (Marisol, Praia de Ipitanga, Orla de
Vilas, Buraquinho, Marina Riverside), onde deverão ser estimulados
empreendimentos turísticos e hoteleiros, bem como a criação de parques,

23
sempre em consonância com os princípios de preservação ambiental. Suas
diretrizes abrangem:

a) atração de empreendimentos turísticos hoteleiros, equipamentos de


apoio ao turismo de negócios e comerciais ao longo do rio Joanes e
Praia de Buraquinho;
b) desenvolvimento de plano de desenvolvimento turístico, para atrair
empreendedores da área de turismo de negócios, hotelaria,
restaurantes, bares e esportes náuticos;
c) elaboração de plano de desenvolvimento turístico especial para a
Zona;
d) elaboração do plano de desenvolvimento de esportes náuticos;
e) ordenamento do comércio e das barracas da orla;
f) implantação dos seguintes equipamentos:
1. parque municipal de lazer de Buraquinho;
2. retorno viário em frente ao Terminal Turístico;
3. portal receptivo com balcão central de informações e com
centro de serviços, incluindo estacionamentos e pontos de parada
para ônibus, postos de informação e segurança, equipamentos
sanitários, lojas de suvenires, alimentos e bebidas, agências de
viagens, terminais de caixas eletrônicos;
4. pólos de demonstração de capoeira e de vendas de acarajé;
5. centro de convenções;
6. mobiliário urbano;
7. ciclovia;
8. empreendimentos turísticos hoteleiros e comerciais;
g) recuperação ambiental do manguezal do Rio Joanes;
h) revitalização da orla marítima;
i) atração de empreendimentos turísticos residenciais do tipo
condomínios bem infra-estruturados;
j) desenvolvimento de plano de desenvolvimento turístico, para atrair
empreendedores imobiliários nas áreas de condomínios turísticos e
desenvolvimento de esportes náuticos;

24
l) elaboração de plano de desenvolvimento turístico especial para a
Zona;
m) elaboração de plano de desenvolvimento de esportes náuticos;
n) recuperação ambiental do manguezal do rio Joanes;
o) instalação de mobiliário urbano;
p) desenvolvimento de plano de desenvolvimento turístico, para atrair
empreendedores da área de turismo de negócios, hotelaria, restaurantes
e bares;
q) elaboração de plano de desenvolvimento turístico especial para a
Zona;
r) ordenamento do comércio e das barracas da orla;
s) implantação de mobiliário urbano;
t) revitalização da orla marítima;

2.2.5. ZEUTR
As Zona De Expansão Urbana Turística E Residencial (ZEUTR) são as
zonas situada entre o povoado de Jambeiro e o Rio Joanes a oeste do

25
Município. As recomendações para esta área apenas foram instituídas na lei de
2011.

a) atração de empreendimentos turísticos hoteleiros, equipamentos de


apoio ao turismo de negócios e comerciais;
b) atração de empreendimentos turísticos e/ou residenciais do tipo
condomínios horizontais e verticais bem infraestruturados;
c) desenvolvimento de plano turístico, para atrair empreendedores
imobiliários nas áreas de condomínios turísticos;
d) instalação de mobiliário urbano, iluminação pública e rede de

abastecimento de água tratada;

2.2.6. ZEIS
As Zonas De Especial Interesse Social (ZEIS) são zonas densamente
povoadas, compostas por assentamentos precários, onde se deve promover a

26
regularização urbanística e fundiária, como é o caso de Itinga, Jardim,
Castelhão, Jardim Ipitanga, Vida Nova, Lagoa dos Patos, Vila Praiana e
Vilamar, Lagoa da Base, Chafariz, Caixa D`Auga, Capelão, Fonte das Pedras -
Portão, Caji - Picuaia - CAIC – Caji. Para este tópico, foi definido o art.22 com
suas recomendações. Os projetos para estas áreas deverão conter:
a) previsão e tratamento adequado de áreas verdes e espaços livres;
b) diretrizes para o saneamento básico, compreendendo os sistemas de
abastecimento de água, de esgotamento sanitário, de drenagem de
águas pluviais e a coleta regular de resíduos sólidos;
c) diretrizes para a iluminação pública;
d) adequação dos sistemas de circulação de veículos e pedestres;
e) eliminação de situações de risco, estabilização de taludes e de
margens de córregos;
f) instalação de equipamentos sociais e dos usos complementares ao
habitacional;
g) projeto de recuperação das edificações degradadas, bem como das
novas unidades criadas para transferir a população localizada em áreas
de risco ou excedente do processo de reurbanização;

27
2.2.7. ZOC
As Zonas De Ocupação Controlada (ZOC) são zonas compostas em sua
maioria por condomínios fechados, regidos por Termos de Acordo e
Compromisso, como o Trecho A do Recreio de Ipitanga, Santo Antonio,
Encontro das Águas, Village, Chácaras do Rio Joanes, Vilas do Bosque,
Pedras do Rio, Amsterdã, Reserva Ecovillas, Ecoville, Jardim dos Pássaros,
Villa Inglesa, Parque dos coqueiros. Suas diretrizes não foram estabelecidas.

2.2.8. ZIN
As Zonas Industriais (ZIN) são as áreas do Trecho B do Recreio
Ipitanga, Pólo Industrial Henrique Fabian, Pólos Industriais Midas, Pólo
Industrial Tarumã, Portal Norte, ZIN6 - corresponde ao vazio urbano na porção
noroeste da bacia do Caji, contida entre a Rua Djanira Maria Bastos e a Diretriz
de Desvio da Estrada do Coco. Suas diretrizes incluem:
a) implantação de Polo Tecnológico, com infraestrutura adequada à
atração de empresas de tecnologia;

28
b) desenvolvimento de modelo de polo tecnológico, detalhando projeto,
para a atração de indústrias de tecnologia para a zona;
c) implantação de infraestrutura de suporte a telemática (redes de fibra
ótica e de telecomunicação sem fio);
d) implantação dos seguintes negócios relacionados à tecnologia:
1. rede de fornecedores de serviços de tecnologia da informação
e comunicação;
2. Centro de Hospitalidade;
3. Centro Tecnológico Municipal;
4. Núcleo de Inclusão Digital;
5. núcleo de formação e qualificação de empresários, líderes
comunitários, gestores e cooperativas nas áreas de gestão e
projetos;
6. Centro de Qualificação Técnica e Profissional. implantação de
um Polo Tecnológico;

29
2.2.9. ZEIA
As Zona Especial De Interesse Ambiental (ZEIA) são as áreas
remanescentes do antigo Jockey. Recomenda-se para estas áreas:

a) ZEIA A - Áreas verdes ou permeáveis, públicas ou privadas e


unidades de conservação na zona urbana destinadas à recuperação,
preservação ou manutenção do seu estado atual;
b) ZEIA B - Áreas de recuperação de manguezal, incluindo o do Rio
Joanes, objeto de projeto de reassentamento e recuperação da
vegetação de manguezal;
c) ZEIA C - Áreas das nascentes de rios e córregos e de proteção dos
drenos, delimitadas e contornadas por vias de proteção;
d) ZEIA D - Áreas de Preservação Permanente (APP), na zona rural com
diretrizes estabelecidas pela legislação federal;
e) ZEIA E - Áreas públicas ou privadas em situação de degradação ou
com passivo ambiental que devem ser recuperadas (Redação dada pela
Lei nº 1458/2011).

30
2.2.10. ZPM
As Zona De Proteção De Mananciais (ZPM) correspondem à:
ZPM1 - Reserva Cachoeirinha: desenvolvimento de plano turístico,
de esportes náuticos e pesca esportiva na Represa da Cachoeirinha
e estímulo a criação do Parque Metropolitano da Cachoeirinha
objetivando estimular o desenvolvimento turístico desta Zona dada a
sua proximidade com a represa;
ZPM2 - correspondente a porção extrema do Município, pertencente
à bacia do Rio Cachoeirinha, cuja rede hídrica deságua na represa
da Cachoeirinha, integrante do sistema de abastecimento Joanes,
constituindo-se uma área de proteção de mananciais de
abastecimento;
Não há recomendações específicas para estas áreas nesta lei.

2.2.11. ZAE
As Zona Agro-Ecológica (ZAE) -são delimitações correspondente à área
da bacia do rio Cabuçu, com fragmentos florestais remanescentes e pequena
agricultura. Não há recomendações no PPDM.

31
2.2.12. CAD
Os Corredores De Atividades Diversificadas (CAD) são locais como a
Avenida Santos Dumont (Estrada do Coco), Avenida Beira Rio, Avenida Gerino
de Souza Filho (Estrada do Trabalhador), Avenida Luiz Tarquínio, Ruas A e B
do Varandas Tropicais, Avenida Praia de Itapuã, Rua Dejanira Bastos
(incluindo a ligação Vida Nova/Areia Branca), Avenida Brigadeiro Mário
Epinghaus, Avenida Amarílio Thiago dos Santos, Avenida Fortaleza, Rua São
Cristóvão. São recomendações para estes locais:

a) elaboração de plano de ordenamento e controle de atividades;


b) elaboração de estudos urbanísticos específicos de circulação e
implantação de vias locais;
c) implantação do sistema viário alternativo através da qualificação e
complementação da rua Dr. Gerino de Souza Filho;
d) elaboração de plano funcional de vias;
e) modernização e ampliação dos empreendimentos locais que possam
substituir importações municipais;

32
f) fomento à oferta de serviços a empresas - jurídicos, financeiros, de
consultoria, de engenharia, de logística, de segurança, de limpeza,
alimentação, manutenção e reparos;
g) implantação dos seguintes equipamentos:
1. mobiliário urbano;
2. ciclovia;
h) regulamentação da publicidade e propaganda;
i) instalação de empresas de serviços empresariais e de intermediação
comercial e financeira;

Em algumas regiões, são estabelecidas diretrizes específicas para a


melhoria na qualidade de vida da população local. São elas:
● I - Centro: implantação e/ou melhoria de infraestrutura e equipamentos
(saúde, educação e lazer) em áreas de comunidades carentes; a
implementação do Plano de Abastecimento de Água e de Saneamento
Ambiental; municipalização do Cine-Teatro de Lauro de Freitas;
requalificação e reestruturação do Mercado Municipal; implantação de
um complexo esportivo nas proximidades do Estádio Municipal
existente; requalificação ou transferência de local do terminal de ônibus

33
do Centro; implantação de sistema de biblioteca que atenda todo o
Município. recuperação da Lagoa do Jockey e implantação do Parque
Municipal no seu entorno.
● II - Itinga: implantação de um complexo cultural, esportivo e de lazer nas
áreas adjacentes à Escola Dois de Julho; instalação de nova escola de
nível médio; aumento do número de médicos e do fornecimento dos
medicamentos; ampliação de serviços urbanos (bancos, correios e
outros); aquecimento da economia; saneamento básico; requalificação
urbana; instalação de escola de nível média profissionalizante.
● III - Caji - Picuaia: estruturação da macrodrenagem da área conhecida
como Caji da EMBASA; estímulo da ocupação, porém de forma
preventiva do ponto de vista ambiental, voltada para o desenvolvimento
econômico local, devendo ser objeto de operações consorciadas;
melhorias no atendimento do Centro Nelson Barros; implantação de
container para armazenamento do lixo em Vila Nova e Jardim Castelão;
● IV - Portão: maior participação da comunitária nas decisões, através da
abertura para uso público do Centro Comunitário de Portão; fomento a
atividades econômicas, para possibilitar oferta de emprego; inclusão da
micareta de Portão no calendário festivo oficial do Município;
implantação de escolas técnicas e de ensino médio; implantação de
posto de saúde com especialidades médicas e odontólogo; construção
do ginásio de esportes; necessidade de retorno dos incentivos às
atividades esportivas; melhoria do saneamento básico efetivo; alocação
de praças equipadas e criação áreas públicas de lazer; melhoria da
oferta e distribuição dos transportes e fiscalização do trânsito; melhoria
da qualidade ambiental e remoção das construções em áreas de
preservação; melhoria da limpeza pública; urbanização, pavimentação e
saneamento para a rua do cemitério;
● V - Areia Branca/Quingoma: transporte escolar; escolas de 2º grau,
faculdades e escolas técnicas; unidades hospitalares que atendam a
todas as especialidades e medicamento nos postos de saúde.
● VI - em Areia Branca/Quingoma: unidade e assistência médica;
implantação de posto de saúde 24h e sistema de segurança pública;
ampliação do quadro de escolas de 1º e 2º graus; geração de emprego e

34
renda local frente à construção de pousadas e outros empreendimentos;
desativação do lixão e melhoria da coleta de lixo incluindo todas as ruas
e não somente as transversais e criação de cooperativas para a
reciclagem do lixo; construção de habitações de interesse social;
melhoria do atendimento de água, rede de esgoto e drenagem;
tratamento da poluição da rede hidráulica; segurança pública;
equipamentos básicos; criação do Parque Metropolitano de
Cachoeirinha.
● VII - em Vilas do Atlântico: respeito às áreas de ocupação consolidadas;
proteção das águas e mananciais, bem como da Mata Atlântica;
instalação de posto de saúde; estabelecimento de uma escola pública,
mediante convênio com as escolas particulares funcionamento noturno-
curso profissionalizante; segurança pública; sinalização; coleta seletiva;
identificação de áreas pública do Município em estado de ocupação
irregular ou não, definidas na aprovação do projeto originário do
loteamento.
● VIII - para a Orla de Buraquinho: urbanização, requalificação e
estruturação da orla de Buraquinho, para implantação de um Parque
Municipal de Lazer, com tratamento das barracas existentes;
estruturação do espaço para o desenvolvimento de atividades náuticas
na foz do Rio Joanes; pavimentação Miragem/Buraquinho; saneamento
básico; melhoria do transporte coletivo; segurança pública; fiscalização
em terrenos baldios;
● IX - para Ipitanga: tratamento para qualificação das barracas e áreas da
orla de Ipitanga; construção de casas populares; implantação de
equipamentos de lazer na área ocupada pelo Kartódromo; saneamento.
● X - para a região do Jockey Clube: requalificação urbanística e
ambiental; implantação de uma centralidade urbana, envolvendo a
implantação de universidade pública e um Centro de Engenharia
Ambiental.

35
Mapa 1 - Zoneamento de Lauro de Freitas

2.3. INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA

Para garantir uma melhor organização do município, foram criados


diversos instrumentos de “barganha” para compensação entre a construção de
diversos tipos de edificação e o governo local. Desta forma, aplicação dos
instrumentos de política urbana atenderá aos dispositivos do Estatuto da
Cidade e às diretrizes do modelo de desenvolvimento espacial estabelecidas
pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal.

2.3.1. DIREITO DE PREEMPÇÃO


O Direito de Preempção confere ao Poder Público a preferência para
aquisição de imóvel urbano, objeto de alienação onerosa entre particulares,

36
podendo ser aplicado em toda a área urbana, atendendo às seguintes
finalidades e condições:
I - Constituição de reserva fundiária para a execução de programas e
projetos habitacionais de interesse social;
II - Implantação de infraestrutura, sistema viário, equipamentos de
saúde, educação, promoção social e para implantação de projetos
estratégicos;
III - Constituição de reserva fundiária;
IV - Criação de espaços públicos e de lazer;
V - Recuperação ou proteção ambiental;
VI - Proteção de imóveis de interesse histórico-cultural.

2.3.2. OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS


São intervenções pontuais realizadas sob a coordenação do Poder
Público e envolvendo a iniciativa privada, os moradores e os usuários do local,
buscando alcançar transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e
valorização ambiental.
São previstas operações urbanas consorciadas para integração das
zonas situadas a Leste da Av. Santos Dumont com as zonas situadas além
Avenida Santos Dumont, em especial Zona de Expansão Urbana Sustentável
(ZEUS), Corredores de Atividades Diversificadas (CAD), Zonas Especiais de
Interesse Ambiental (ZEIA), Zonas Especiais de Interesse Ambiental (ZEIA),
Zona Industrial (ZIN) e Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), a serem
criadas e regulamentadas por lei específica.

2.3.3. OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR


A Outorga Onerosa do Direito de Construir, também conhecida como
“solo criado”, refere-se à concessão emitida pelo Município para que o
proprietário de um imóvel edifique acima do limite estabelecido pelo coeficiente
de aproveitamento básico, mediante contrapartida financeira a ser prestada
pelo beneficiário.
O Coeficiente de Aproveitamento Básico é um índice que indica o quanto
pode ser construído no lote sem que a edificação implique numa sobrecarga de
37
infraestrutura para o Poder Público. Caso o proprietário deseje edificar uma
área maior que a estabelecida pelo coeficiente básico, ele deve dar ao Poder
Público uma contrapartida financeira, ou seja, ele deve “comprar” do município
o direito de construir uma área maior.
Segundo o PDDM, a outorga onerosa do direito de construir poderá ser
aplicada nas áreas destinadas à verticalização indicadas nesta Lei.

2.3.4. DIREITO À POSSE DE TERRA


O direito à posse da terra será reconhecido aos ocupantes de assentamentos
de baixa renda em terrenos municipais desde que não situados:
I - Em áreas de uso comum do povo;
II - Em áreas destinadas a projeto de urbanização;
III - Em áreas protegidas pela legislação ambiental, em desconformidade
com os critérios específicos de conservação ou preservação;
IV - Em vias existentes ou em áreas previstas para implantação destas;
V - Em áreas de risco à vida humana ou ambiental, de acordo com
parecer do órgão municipal competente.

2.3.5. ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

O Conselho Municipal de Política Urbana (CMPU), o Conselho Municipal


de Meio Ambiente e Desenvolvimento Autossustentável (COMMAMDAS) e
entidades não-governamentais poderão solicitar ao Poder Executivo Municipal
o prévio Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) nos procedimentos relativos a
licenciamento de atividades que possam afetar a drenagem, as redes de água,
de esgoto, de energia elétrica e de telecomunicações e causar significativo
aumento de tráfego.
O Estudo deverá contemplar os efeitos positivos e negativos do
empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população
residente na área e suas proximidades.
Nesses casos, presume-se que será necessário tal estudo quando há
instalações de:
I - indústrias;
38
II - hidrelétrica;
III - aeroportos;
IV - complexo turístico;
V - igrejas e templos religiosos;
VI - auditório para convenções, congressos e conferências e espaços e
edificações para exposições e para shows;
VII - escolas, centros de compras, mercados;
VIII - estádio;
IX - autódromo, velódromo e hipódromo;
X - torre de telecomunicações;
XI - aterros sanitários e estações de transbordo de lixo;
XII - casas de detenção e penitenciárias;
XIII - terminal rodoviário urbano e interurbano;
XIV - estacionamento para veículos de grande porte;
XV - jardim zoológico, parques de animais selvagens, ornamentais e de
lazer.

3. APA
Citada no artigo 14, inciso I da lei do SNUC (Sistema Nacional de
Unidades de Conservação, Lei N.º 9.985 de 18/07/00), a APA (Área de
Proteção Ambiental) faz parte do grupo das unidades de conservação de uso
sustentável.
É uma área em geral extensa, com grau de ocupação humana, com
atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais, [...] e tem como objetivos
básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e
assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais (SNUC – Lei
9.985/2000).
A "APA” é uma das categorias de UC que pode ser constituída por terras
públicas e/ou privadas. E nela deve-se restringir o uso e ocupação do solo,
desde que observados os limites constitucionais e, nas áreas sob propriedade
particular, o proprietário é quem deve estabelecer as condições para visitação
e pesquisa de acordo com as exigências legais.

39
A unidade deve dispor de um Conselho Gestor presidido pelo órgão
responsável por sua administração -- o ICMBio, se for APA federal ou órgão
ambiental estadual, se for APA estadual ou municipal -- e constituído por
representantes dos órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e da
população residente, conforme se dispuser em seu regulamento.

Originalmente criado pela Lei


6902/1981, as áreas de proteção ambiental são hoje reguladas pela Lei
9.985/00, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza

(SNUC).

De acordo com o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC),


até junho de 2015, existem 294 áreas de proteção ambiental no país: 32 na
esfera federal, 185 na esfera estadual e 77 na municipal.

40
3.1. APA - PLATAFORMA CONTINENTAL DO LITORAL NORTE

APA marítima, localizada na porção norte do Litoral Baiano, a APA


Plataforma Continental estende-se desde o Farol de Itapoã até a divisa com o
Estado de Sergipe, às margens do Rio Real, totalizando uma área de
aproximadamente 362.266 ha(3.622,66 km²).

A plataforma continental é estreita, apresentando largura média de 20


km. A largura média da plataforma continental é de aproximadamente 20 km,
mas esta largura cresce progressivamente no sentido sul – norte. Os trechos
onde a plataforma é mais estreita estão os municípios de Camaçari (5km) e
Mata de São João (11Km).
A região marinha do Litoral Norte é ainda frequentada pelas Baleias
Jubarte, nos meses de inverno e primavera, para fins de reprodução e criação
de filhotes. Os principais pontos onde se pode avistar baleias ocorrem na
região da plataforma continental externa de talude. Esta região é destaque
também por se configurar como local de desova de quatro espécies de
tartaruga marinha.

O Decreto estadual n° 8.553 de 5 de junho de 2003, assinado pelo então


Governador Paulo Souto, criou a Área de Proteção Ambiental, à vista do
disposto na Lei Estadual nº 7.799, de 07 de fevereiro de 2001, fundamentada
nas Leis Federais nos 6.902, de 27 de abril de 1981, e 9.985, de 18 de julho de
2000, e nas Resoluções CONAMA n º 10, de 14 de dezembro de 1988, e nº 12,
de 14 de setembro de 1989.

Art. 2º - A criação da Área de Proteção Ambiental – APA da Plataforma


Continental do Litoral Norte tem como objetivos principais:

I – proteger as águas salobras e salinas;


II – disciplinar a utilização das águas e seus recursos;
III – combater a pesca predatória pelo incentivo ao uso de técnicas adequadas
à atividade pesqueira;

41
IV – proteger a biodiversidade marinha;
V – promover o desenvolvimento de atividades;econômicas compatíveis com o
limite aceitável de câmbio do ecossistema (LAC);
VI – buscar uma melhoria constante da qualidade de vida das comunidades
que usufruem da área.

Art. 3º - A administração da APA da Plataforma Continental do Litoral Norte


será exercida pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos –
SEMARH, através da Superintendência de Desenvolvimento Florestal e
Unidades de Conservação - SFC, cabendo-lhe, dentre outras competências
previstas na legislação própria, especialmente na Resolução CONAMA nº 10,
de 14 de dezembro de 1988:
I – elaborar o Diagnóstico Ambiental, o Zoneamento Ecológico Econômico e o
Plano de Manejo, a partir dos quais serão definidos as zonas e usos restritivos
no limite territorial da APA, observando a legislação pertinente e as disposições
deste Decreto;
II – promover a formação de um Conselho Gestor da unidade;
III – fazer o acompanhamento e apoiar atividades de fiscalização da área,
podendo celebrar convênios com entidades idôneas, que tenham interesses
relacionados aos objetivos da APA; I
IV – promover a participação de organizações não governamentais – ONG´s e
demais segmentos sociais interessados no desenvolvimento sustentável da
área;
V – analisar e emitir pareceres visando à implantação de empreendimentos e
atividades na área.

42
Fonte: SEMA, 2017.

Principais Conflitos Ambientais:

● Pesca predatória
● Disposição inadequada de resíduos sólidos
● Exploração inadequada dos recifes de corais
● ·Colisão das baleias Jubarte com embarcações

43
3.2. APA - JOANES IPITANGA

Fonte: Conselho Gestor da APA Joanes-Ipitanga (INEMA)

A APA de Joanes-Ipitanga - Unidade de Conservação, que abrange


parte dos municípios de Camaçari, Simões Filho, Lauro de Freitas, São
Francisco do Conde, Candeias, São Sebastião do Passé, Salvador e Dias
D´Ávila. Sua área total é de 64.463 ha.
Criada para garantir a preservação das nascentes, das represas dos
rios Joanes e Ipitanga, importante sistema de abastecimento de água para a
Região Metropolitana de Salvador, região estuarina, preservação, conservação
e recuperação dos ecossistemas existentes na área da APA. E zelar pela
qualidade do manancial de abastecimento e pelas nascentes encontradas na
área.
Com praias associadas às dunas com vegetação de restinga abrigam
espécies da fauna e da flora de grande importância ambiental para o equilíbrio
ecológico.

44
Os manguezais, ricos em biodiversidade, são encontrados no estuário
do Rio Joanes.
Na APA são encontrados remanescentes de Mata Atlântica e avifauna
bastante representativa.
Locais como, Praias e lagoas de Busca Vida, Praia de Buraquinho, Praia
de Jauá, Dunas de Abrantes e Jauá, Represas de Joanes e Ipitanga e Recantos
Ecológicos, são seus aspectos relevantes.

Criada pelo Decreto nº 7.596 de 05 de junho de 1999, assinado pelo


Governador César Borges tendo em vista as disposições da Lei Estadual nº
3.858, de 3 de novembro de 1980, e com fundamento na Lei Federal nº 6.902,
de 27 de abril de 1981, e nas Resoluções CONAMA nº 010, de 14 de
dezembro de 1988, e nº 012, de 14 de setembro de 1989.

Art. 2º - A administração da APA de Joanes-Ipitanga será exercida pelo Centro


de Recursos Ambientais – CRA, ao qual caberá, dentre outras competências
previstas na legislação própria, especialmente na Resolução CONAMA nº 10,
de 14 de dezembro de 1988:
I - elaborar o plano de manejo, no qual se estabelecerá o zoneamento
ecológico-econômico, respeitada a autonomia e o peculiar interesse municipal,
assim como observadas a legislação pertinente e as disposições deste
Decreto;
II - traçar os limites da APA em base cartográfica, com definição das
coordenadas geográficas e respectivo memorial descritivo;
III - analisar, emitir pareceres e aprovar a implantação de empreendimentos e
atividades na área, considerando os planos e políticas municipais;
IV - exercer a fiscalização da área, podendo celebrar convênios com entidades
idôneas e que tenham interesses relacionados aos objetivos da APA;
V - promover a participação das prefeituras, de organizações não
governamentais e demais segmentos sociais interessados no desenvolvimento
sustentável da Bacia do Joanes-Ipitanga.

45
3.2.1. ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO DA ÁREA DE
PROTEÇÃO AMBIENTAL – APA JOANES-IPITANGA

Art. 1º - Fica estabelecido o Zoneamento Ecológico-Econômico da Área de


Proteção Ambiental – APA Joanes-Ipitanga, cujas zonas encontram-se
delimitadas no mapa que acompanha esta Resolução e cujas diretrizes de uso
e ocupação do solo se encontram no quadro apresentado no Anexo I.

Art. 2o - Ficam sujeitas à anuência prévia do órgão gestor da APA


JoanesIpitanga, as atividades consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras relacionadas no Artigo 180 do Regulamento da Lei No 7799/01,

46
aprovado pelo Decreto Estadual No 7967/01, sendo esta integrante do parecer
técnico objeto do processo de licenciamento.

Art. 3o - As atividades de pesquisa científica, educação ambiental e


ecoturismo, quando localizadas na Zona de Vida Silvestre (ZVS) e na Zona de
Proteção Rigorosa (ZPR), deverão obedecer os seguintes critérios e
recomendações:
a) O interessado deverá apresentar previamente ao órgão gestor da APA as
suas credenciais e da instituição responsável pelo projeto, com o respectivo
plano de trabalho contendo a justificativa, objetivos, resultados esperados e
cronograma de execução;
b) O interessado assume o compromisso de disponibilizar os resultados do
projeto para o órgão gestor da APA e divulgar para a comunidade local,
interagindo com a rede de ensino.

Art. 4o - Para requerimento de licença ambiental ao Centro de Recursos


Ambientais – CRA, o interessado apresentará o Relatório de Informação
Ambiental - RIA, relativo à ocupação da área total da propriedade, elaborado
por equipe técnica especializada, contendo, no mínimo:
a) Memorial descritivo do projeto;
b) Coordenadas geográficas da propriedade, em UTM;
c) Documentação da propriedade e registro no cartório de imóveis;
d) Plantas arquitetônicas, quando for o caso;
e) Mapas temáticos plani-altimétricos (recursos hídricos, restrições decorrentes
da legislação ambiental e outros), em escala que poderá variar de 1:2.000 a
1:5.000, de acordo com o porte do empreendimento e a fragilidade ambiental
da área;
f) Solução adequada para saneamento básico: abastecimento de água,
esgotamento sanitário e resíduos sólidos;
g) Projeto de iluminação das áreas costeiras, conforme Portaria IBAMA Nº
1.933/90, visando a preservação das áreas de desova das tartarugas marinhas;
h) Certidão expedida pelo órgão competente da prefeitura municipal referente à
viabilidade do empreendimento.

47
Art. 5o - Constitui Área de Preservação Permanente a área situada:

I - em faixa marginal, medida a partir do nível mais alto, em projeção horizontal,


com largura mínima, de:
a) trinta metros, para o curso d’água com menos de dez metros de largura;
b) cinqüenta metros, para o curso d’água com dez a cinqüenta metros de
largura;
c) cem metros, para o curso d’água com cinqüenta a duzentos metros de
largura;
d) duzentos metros, para o curso d’água com duzentos a seiscentos metros de
largura;
e) quinhentos metros, para o curso d’água com mais de seiscentos metros de
largura;

O Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental de Joanes-Ipitanga


do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - INEMA do Estado da
Bahia tem por finalidade contribuir para o efetivo processo de gestão
participativa da referida Unidade.

Principais Conflitos Ambientais


● Lançamento de esgotos domésticos e industriais nos rios e
lagoas
● Ocupação de Áreas de Preservação Permanente: dunas, lagoas,
matas ciliares, manguezais, zona de preamar (60m da maré alta)
e margens das represas Joanes e Ipitanga.
● Extração ilegal de areia, arenoso e barro
● Depósito irregular de lixo
● Desmatamento
● Queimadas
● Poluição atmosférica

48
Disposto na Lei nº 1330, de 30 de dezembro de 2008. Que instituiu o
Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal de Lauro de Freitas,
O PDDM divide o município em diversas zonas, e suas diretrizes para
crescimento, das quais serão especificadas abaixo as Zonas Rurais dispostas
no artigo 10º da Seção II.

3.2.2. ZONAS RURAIS


Art. 10 Ficam instituídas as seguintes zonas rurais:
I - Zona Agro-Ecológica (ZAE): correspondente à área da bacia do rio Cabuçu,
com fragmentos florestais remanescentes e pequena agricultura;
II - Zona de Proteção de Mananciais (ZPM): correspondente a porção extrema
do Município, pertencente à bacia do Rio Cachoeirinha, cuja rede hídrica
deságua na represa da Cachoeirinha, integrante do sistema de abastecimento
Joanes, constituindo-se uma área de proteção de mananciais de
abastecimento;
III - Área sob Regime Especial - ZRE: parcela do território municipal inseridas
na APA Joanes-lpitanga, instituída pelo Decreto Estadual nº 7.596, de 5 de

49
junho de 1999, na zona rural as disposições do respectivo Zoneamento
Ecológico-Econômico - ZEE.

Parágrafo Único - São diretrizes definidas para as Zonas Rurais de que trata
esta Lei:

I - Zona Agro-ecológica (ZAE):

a) fiscalização no sentido de evitar usos inadequados, a partir da introdução de


atividades produtivas ambientalmente sustentáveis, capazes de incorporar
populações residentes em povoados rurais (Jambeiro, Areia Branca) com
atividades econômicas geradoras de renda;
b) implantação de projeto de desenvolvimento agro-ecológico, definindo
culturas economicamente viáveis, e infra-estruturando a área para a atividade;
c) execução de programas de educação ambiental e sanitária nas
comunidades;
d) criação da "Patrulha Ambiental";
e) implantação de um Horto Florestal.

II - Zona de Proteção de Mananciais (ZPM):


a) fiscalização no sentido de evitar a indução processos de expansão urbana
desordenados para as áreas, sob a pena de contaminação do manancial por
lançamento de esgotos domésticos e outras cargas poluentes;
b) criação de unidades de conservação apropriadas às condições de proteção
de manancial, com respectivos planos de manejo;
c) implantação dos seguintes equipamentos:
1. Parque Municipal de Lazer do Joanes;
2. Centro de Pesquisa da Mata Atlântica na Fazenda Capiarara;
3. Terminal Rodoviário Interurbano e Interestadual (Areia Branca).
d) definição de área pertencente a Fazenda Capiarara, como Área de Proteção
Permanente - APP
e) criação da "Patrulha Ambiental";

III - Área sob Regime Especial, em acordo com as determinações da


administração da unidade de conservação, que deverá ser ouvida, no prazo

50
máximo de 30 (trinta) dias, visando à compatibilização dos licenciamentos com
o plano de manejo da unidade de conservação.

DO SISTEMA DE ÁREAS VERDES E ESPAÇOS PÚBLICOS

Art. 11 O Sistema de Áreas Verdes e Espaços Públicos é composto pelas


áreas de proteção permanente dos drenos, áreas verdes de condomínios e
loteamentos, praças, parques e jardins.

§ 1º As Áreas Verdes e Espaços Abertos serão áreas non aedificandi, com


exceção de equipamentos destinados à sua gestão, à visitação pública e
contemplação.

4. INCENTIVOS FISCAIS
4.1. LEI Nº 1590
Segundo a lei nº 1590 de 17 de novembro de 2015, fica concedida a
isenção de imposto e das seguintes taxas às associações, fundações ou
instituições filantrópicas, sem fins lucrativos e oficialmente declaradas de
Utilidade Pública Municipal no Município de Lauro de Freitas – Bahia.
I - Taxa de Licença de Localização - TLL;
II - Taxa de Licença de Fiscalização do Funcionamento - TFF;
III - Taxa de Licença de Urbanização - TLU;
IV - Taxa de Licença para Exposição de Publicidade nas Vias e
Logradouros Públicos e em Locais Expostos ao Público - TLP;
V - Taxa de Licença Especial de Utilização Sonora - TLEUS;
VI - Taxa de Vigilância Sanitária - TVS;
VII - Taxa de Controle Ambiental - TCA;
VI - Taxa de Serviços Públicos – TSP;
IX - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana-IPTU.

Para fazerem jus à isenção, as organizações sem fins lucrativos e


oficialmente declaradas de Utilidade Pública no Município de Lauro de Freitas,
deverão possuir:
I- estatuto registrado em cartório;
II - certificado de registro de pessoas jurídicas;

51
III - cadastro imobiliário do imóvel onde a atividade se desenvolve.
IV - lei de utilidade pública municipal;

4.2. LEI Nº 1573


Segundo a lei nº 1573 de 26 de agosto de 2015, Fica concedida a
isenção das seguintes taxas aos templos religiosos de qualquer culto no
Município de Lauro de Freitas:
I - Taxa de Licença de Localização e Funcionamento;
II - Taxa de Licença para Exposição de Publicidade;
III - Taxa de Licença Especial de Utilização Sonora;
IV - Taxa de Limpeza Pública.

Para fazerem jus à isenção, as organizações religiosas deverão possuir:


I- estatuto registrado em cartório;
II - certificado de registro de pessoas jurídicas;
III - cadastro imobiliário do imóvel onde a atividade se desenvolve.

4.3. LEI Nº 1572


Como uma forma de incentivar a vinda de empresas para o município,
foi instaurada a lei nº 1572 de 26 de agosto de 2015, instituindo o novo codigo
tributacio de Lauro de Freitas.
Em um de seus artigos foi declarado a criação do Parque Tecnológico
De Software Do Município De Lauro De Freitas com os objetivos de fomentar
o desenvolvimento de empresas de base tecnológica e instituições de ciência
e tecnologia, e de difundir a cultura de conhecimento e inovação de setores
estratégicos de alta tecnologia.
Para os efeitos desta lei consideram-se setores estratégicos de alta
tecnologia:
I - Fabricação e Serviços em Sistemas de Telecomunicações;
II - Fabricação de Equipamentos e Serviços de Informática;
III - Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológicos;
IV - Design;
V - Laboratórios de Ensaios e Testes de Qualidade;
VI - Instrumentos de Precisão e de Automação Industrial;
52
VII - Biotecnologia, Nanotecnologia, Novos Materiais, tecnologias em
Saúde e em Meio Ambiente;
VIII - outros setores produtivos, quando baseados em atividades
tecnológicas de informática.

Para estas empresas, foram decretados os seguintes incentivos fiscais:


I - redução temporal e progressiva do Imposto Sobre Serviços - ISS,
fixada a alíquota nos seguintes percentuais:
a) a nova empresa que se instalar no município passa a ser 2,0%
(dois vírgula zero por cento);
b) a partir do quinto ano de atividade: 2,5% (dois vírgula cinco por
cento);
b) a partir do decimo ano de atividade: 3,0% (três vírgula cinco por
cento);
c) a empresa já instalada no município passa a gozar de alíquota
de 2,0% (dois vírgula zero por cento), desde que consiga atrair
outras empresas do ramo tecnológico para se instalar no
Município, compensando o imposto oriundo da redução da
alíquota concedido que deixou de recolher ou;
d) a empresa já instalada no município passa a gozar de alíquota
de 2,0% (dois vírgula zero por cento), desde que promova como
contrapartida social com base no montante do benefício, curso de
formação em informática gratuito para os munícipes de Lauro de
Freias em níveis diferenciados (Básico, Avançado e Gerencial),
capacitando-os para concorrer às vagas do mercado de trabalho
e, em especial nas empresas do Segmento de Tecnologia da
Informação.
II - isenção do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis - ITBI, por
ato "Inter vivos", quando da aquisição de terreno localizado no Parque
de Software destinado à implantação da empresa ou ampliação de sua
área física;
III - redução de 50% (cinquenta por cento) do Imposto sobre a
Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU, pelo prazo de 15

53
(quinze) anos, incidente sobre o imóvel locado a contar do exercício
posterior à data de locação.
IV - taxas pelo exercício do poder de polícia;
V - contribuição de melhoria.

5. CÓDIGO DE OBRAS
5.1. LEI MUNICIPAL Nº. 1.252 DE 06 DE JULHO DE 2007.
Art. 1º Fica instituído o Código de Obras do Município de Lauro de Freitas, que
estabelece as normas para elaboração e aprovação de obras, tendo como
objetivos gerais:

I - assegurar o padrão de qualidade dos empreendimentos, obras, reformas e


demolições, de modo a garantir aos seus usuários higiene, segurança, conforto
e salubridade;

II - evitar ou remover os obstáculos para pessoas portadoras de necessidades


especiais, permitindo o acesso destas aos edifícios e aos logradouros públicos,
suas unidades autônomas e dependências.

Capítulo I - 6 anexos

Capítulo II - DAS RESPONSABILIDADES - Art. 6º A execução de obras,


inclusive de demolição, somente poderá ser iniciada depois de concedidas as
respectivas licenças, mediante os competentes alvarás.

Parágrafo único. Para fins de fiscalização, são atividades que caracterizam o


início de uma construção, isoladamente ou em conjunto:
I. nivelamento do terreno;
II. confecção do gabarito;
III. abertura de valas para fundações;
IV. colocação de tapumes; e
V. execução das fundações.

54
5.2. Capítulo IV - DAS LICENÇAS - SEÇÃO III - DA ANÁLISE DE
ORIENTAÇÃO PRÉVIA (AOP).
I - ao uso do solo,
II - à infra-estrutura;
III - às restrições ambientais e de tombamento de imóveis, quando for o caso, e
dos condicionamentos possíveis de serem indicados para minimizar impactos
ou potenciais impactos sobre a vizinhança, a paisagem e o meio ambiente,
inclusive os visuais;
IV - à abertura e ligação de novos logradouros ao sistema viário urbano;
V - ao número de unidades imobiliárias especificadas, por categoria de uso;
VI - à fração ideal do terreno por edificação, quando se tratar de
empreendimento em condomínio;
VII - exploração de atividade mineral.

5.3. Capítulo IV - DAS LICENÇAS - SEÇÃO IV - DA LICENÇA DE


IMPLANTAÇÃO (ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO)
I. implantação de parcelamentos e construção;
II. reforma, que determine o acréscimo ou o decréscimo na área construída do
imóvel;
III. reforma, que interfira na segurança, estabilidade ou conforto da construção;
IV. implantação de canteiros de obras, em imóvel distinto daquele onde se
desenvolve a obra;
V. implantação e utilização de construção temporária para vendas de lotes ou
unidades autônomas de condomínios;
VI. a demolição de edificação, que afete elementos estruturais; e
VII. regularização de imóvel existente.

5.4. Capítulo IV - DAS LICENÇAS - SEÇÃO V - HABITE-SE

Art.35. A Licença de Operação ou o Habite-se poderá ser parcial, em caso de:


I. edifício composto de área comercial e residencial, utilizadas de forma
independente, em unidades habitacionais e pavimentos distintos concluídos;
II. construção por etapas, desde que a etapa proposta esteja completamente
55
concluída;
III. programas habitacionais com caráter emergencial, desenvolvidos e
executados pelo Poder Público ou pela comunidade beneficiada.

5.5. Capítulo V - DA FISCALIZAÇÃO

Parágrafo único. Caso o notificado reincida na infração, serão adotadas novas


penalidades, na seguinte seqüência: 1. Embargo; 2. Interdição; 3. Apreensão
de Materiais; 4. Demolição.

5.6. Capítulo VI - DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 50. Revogam-se as disposições em contrários, especialmente a Lei


Municipal de n.º 1.235 de 8 de maio de 2007, que proíbe a liberação de Alvarás
de Construções e consultas prévias para empreendimentos verticalizados, até
que seja votado e aprovado o PDDM – Plano Diretor de Desenvolvimento de
Lauro de Freitas, bem como a Lei Municipal de n.º 702 de 30 de Dezembro de
1991, que instituiu o Código de Obras do Município de Lauro de Freitas.

6. CÓDIGO SANITÁRIO
6.1. LEI Nº 696/1991

Este Código especifica as normas de higiene, vigilância sanitária, saneamento


básico, controle e fiscalização de estabelecimentos a seguir especificados,
visando à preservação a saúde dos trabalhadores e da população.

I - de trabalho em geral;

II - implementar a política municipal do idoso, definindo prioridades para as


ações correspondentes e aplicação de recursos;industriais que fabriquem ou
preparem gêneros alimentícios;

III - comerciais, que depositem ou vendam gêneros alimentícios;

IV - de prestação de serviços;

56
Além das especificações do presente Código compatíveis com os
regulamentos Federais e Estaduais de saúde, a legislação sanitária
compreende leis, Decretos e normas complementares, que disciplinam o
comportamento individual ou de empresa com relação aos interesses coletiva.

Nenhuma construção, reconstrução ou reforma de prédios destinados à


industrialização e comercialização de gêneros alimentícios ou destinados a
prestação de serviços poderá ser executado sem que obedeça às exigências
estabelecidas como mínimas pela Legislação sanitário do Município.

Este código trata dos Alvarás de Licença de localização e funcionamento de


estabelecimentos, da higienização de vias públicas, higienização das
habitações, higienização dos alimentos e do funcionamento dos
estabelecimentos de trabalho em geral.

7. CÓDIGO DE POSTURA
7.1. LEI Nº 247/73

Art.1° O código de urbanismo e obras disciplina o uso das terras, estabelece


normas para as construções, visando assegurar as condições adequadas de
habitação, circulação, recreação e aspecto de embelezamento.

Este código estabelece condutas a serem seguidas relacionadas ao


Urbanismo, aos Loteamentos e Lotes da divisão de terra, aos Elementos
componentes da Edificação, a Utilização da Terra, aos Terrenos não edificados
e as Edificações Rurais. Também traz Penalidades para aqueles que não
cumprirem esta Lei, como:

a) multa

b) embargo

c) interdição

d) apreensão do material na construção

57
e) demolição

● CÓDIGO DE URBANISMO E OBRAS- TABELA DE MULTAS

58
8. CONCLUSÃO

A legislação urbana compõe uma coleção de leis, decretos e normas


que regulamentam o uso e ocupação do solo urbano; e define não somente
formas de apropriação do espaço permissíveis ou não permissíveis, como
também o desenvolvimento das cidades para além da divisão de lotes.

Essa relação estende- se também na questão da resignificação do


espaço urbano, legitimando modos de vida e formas de organização dessa
cidade. Essas apropriações podem ser percebidas através das marcações e
definições de fronteiras que por vezes discrimina e segrega espaços físicos e
sociais que diferem do padrão exigido pelas leis.

Nesse contexto, é importante perceber que a legislação trabalha em


diferentes níveis de organização - federal, estadual, municipal - da macro,
mesmo à microesfera, em que todas elas se intercalam, se completam e
perpassam uma série de transformações decorrentes de mudanças
necessárias à organização da cidade e de adaptação à configuração urbana.

Além disso, a legislação dispõe de uma série de direcionamentos


relacionados às questões de ocupação e preocupações ambientais, bem como
adequação e criação de infraestrutura, inserção no entorno e topografia local,
tipos e modos de habitação, criação de equipamentos e espaços urbanos,
áreas de preservação ambiental, entre outros assuntos essenciais à
implantação, crescimento e aos desdobramentos da habitação e ocupação
territorial nas cidades.

Com isso, pode-se constatar que a legislação, em todas as suas


determinações urbanísticas e ambientais, são de extrema importância para o
entendimento do surgimento e desenvolvimento da urbe; para seu
planejamento e organização e principalmente para regulamentação e
formalização espaço urbano que está em constante reestruturação e
transformação.

59
9. REFERÊNCIAS

Lei Federal Nº 6.766/79 - Parcelamento do Solo Urbano

Lei nº 1330 de 2008 - PDDM

Site INEMA - Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Site SEDUR - Lauro de Freitas

PDDM - https://leismunicipais.com.br/plano-diretor-lauro-de-freitas-ba

Código Tributário - https://leismunicipais.com.br/codigo-tributario-lauro-de-


freitas-ba

Código de Postura - https://leismunicipais.com.br/codigo-de-posturas-lauro-de-


freitas-ba

Código de Obras - https://leismunicipais.com.br/codigo-de-obras-lauro-de-


freitas-ba

Lei Orgânica - https://leismunicipais.com.br/lei-organica-lauro-de-freitas-ba

Verticalização - https://leismunicipais.com.br/a/ba/l/lauro-de-freitas/lei-
ordinaria/2008/133/1329/lei-ordinaria-n-1329-2008-estabelece-parametros-
para-construcoes-verticalizadas-no-municipio-de-lauro-de-freitas-na-forma-que-
indica-e-da-outras-providencias?q=verticaliza%E7%E3o

Isenção de taxas a templos religiosos -


https://leismunicipais.com.br/a/ba/l/lauro-de-freitas/lei-
ordinaria/2015/158/1573/lei-ordinaria-n-1573-2015-concede-isencao-de-taxas-
publicas-aos-templos-religiosos-de-qualquer-culto-na-forma-que-indica-da-
outras-providencias?q=TEMPLOS%20RELIGIOSOS

Isenção de taxas para Instituições Filantrópicas -


https://leismunicipais.com.br/a/ba/l/lauro-de-freitas/lei-
ordinaria/2015/159/1590/lei-ordinaria-n-1590-2015-concede-isencao-de-taxas-
publicas-as-associacoes-fundacoes-ou-instituicoes-filantropicas-sem-fins-
lucrativos-e-oficialmente-declaradas-de-utilidade-publica-municipal-na-forma-
60
que-indica-e-da-outras-
providencias?q=INSTITUI%C7%D5ES%20FILANTROPICAS

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