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SANTA MARIA – RS
I - DOS FATOS:
¹ Atividades e agentes considerados insalubres e perigosos, com base no quadro a que se refere o art. 2º
do Decreto nº 53.831/64, itens 1.2.10 (analogia) e 2.3.3.
² Atividades e agentes considerados insalubres e perigosos, com base no quadro a que se refere o art. 2º
do Decreto nº 53.831/64, itens 1.1.6 e 2.3.3; o Decreto nº 2.172/97, código 2.0.1 e o Decreto nº 3.048/99,
item 2.0.1.
Dados do Benefício
II - DO DIREITO
MULTIPLICADORES
TEMPO A CONVERTER
MULHER (PARA 30) HOMEM (PARA 35)
Todavia, com a nova redação do art. 57 da lei 8.213/91, dada pela lei 9.032/95, passou a ser
necessária a comprovação real da exposição aos agentes nocivos, sendo indispensável a
apresentação de formulários, independentemente do tipo de agente especial. Além disso, a partir
do Decreto nº 2.172/97, que regulamentou as disposições introduzidas no art. 58 da Lei de
Benefícios pela Medida Provisória nº 1.523/96 (convertida na Lei nº 9.528/97), passou-se a exigir a
apresentação de formulário-padrão, embasado em laudo técnico, ou por meio de perícia técnica.
Informa o Autor que não obteve êxito na obtenção de formulários e laudos técnicos. Dessa
forma, para não ter o seu direito prejudicado devido à inércia das empresas, o Demandante requer a
realização de perícia técnica laboral. Vale lembrar que a jurisprudência é pacífica em relação à
eficácia probatória do laudo judicial:
No mesmo sentido, a lição dada na recente obra de MARIA HELENA CARREIRA ALVIM
RIBEIRO1:
1
RIBEIRO, Maria Helena Carreira Alvim. Aposentadoria especial: regime geral da previdência social. Curitiba:
Juruá, 2008 (p. 241).
independentemente de, à época, ter havido requerimento específico nesse
sentido ou de ter sido aportada documentação comprobatória suficiente ao
reconhecimento da atividade especial, tendo em vista (1) o caráter de direito
social da previdência social, intimamente vinculado à concretização da
cidadania e ao respeito da dignidade humana, a demandar uma proteção social
eficaz aos segurados, (2) o dever constitucional, por parte da autarquia
previdenciária (enquanto Estado sob a forma descentralizada), de tornar
efetivas as prestações previdenciárias aos beneficiários, (3) o disposto no art.
54, combinado com o art. 49, ambos da Lei 8.213/91, no sentido de que a
aposentadoria é devida, em regra, desde a data do requerimento e (4) a
obrigação do INSS - seja em razão dos princípios acima elencados, seja a
partir de uma interpretação extensiva do art. 105 da Lei de Benefícios ("A
apresentação de documentação incompleta não constitui motivo para a recusa
do requerimento do benefício") - de conceder aos segurados o melhor benefício
a que têm direito, ainda que, para tanto, tenha que orientar, sugerir ou
solicitar os documentos necessários. (...) 12. Determinado o cumprimento
imediato do acórdão no tocante à implantação do benefício, a ser efetivada em 45
dias, nos termos do art. 461 do CPC. (TRF4, AC 2008.71.99.002225-3, Quinta
Turma, Relator Celso Kipper, D.E. 01/09/2008). Sem grifo no original.
Nos exatos termos deste precedente, encontram-se as apelações cíveis referentes aos
processos 2000.72.04.003296-1, 2003.04.01.026599-6, 2000.70.04.001644-6, 2005.04.01.012056-
5, 2005.70.00.030379-3 e 2001.71.08.007616-3.
Com relação ao último julgado, vale conferir o voto do Desembargador Federal Ricardo
Teixeira do Valle Pereira:
(...)
Quando a nova lei não estabelece as regras de solução para as questões dos
prazos de prescrição e decadência, nas situações jurídicas pendentes, são apontados,
pela doutrina civilista, os seguintes critérios:
2
ROCHA, Daniel Machado da Rocha; BALTAZAR JR., José Paulo. Comentários à Lei de Benefícios da Previdência
Social. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2008 (p. 355).
II – Se a lei nova reduz o prazo de prescrição ou decadência há que distinguir:
a) se o prazo maior da lei antiga se escoar antes de findar o prazo menor estabelecido
pela lei nova, adota-se o prazo da lei anterior;
b) se o prazo menor da lei nova se consumar antes de terminado o prazo maior previsto
pela lei anterior, aplica-se o prazo da lei nova, contando-se o prazo a partir da vigência
anterior.
Assim sendo, tendo transcorrido lapso temporal inferior a dez anos da data da concessão do
benefício até o ajuizamento da presente ação, não há que se falar em decadência.
Com a análise do exposto, percebe-se que o INSS calculou de maneira incorreta a renda
mensal, pois a falta de conversão dos contratos em que foram desenvolvidas atividades nocivas
diminuiu significativamente o tempo total de serviço. De fato, foi utilizado o coeficiente de cálculo
de 0,7, enquanto o correto corresponde a 1.
4 IV– DO PEDIDO
5
FACE AO EXPOSTO, requer a Vossa Excelência:
a) A concessão do benefício da Assistência Judiciária Gratuita, tendo em vista que o Autor não
tem como suportar as custas judiciais sem o prejuízo de seu sustento e de sua família;
c) A citação da Autarquia, por meio de seu representante legal, para que, querendo, conteste;
Nestes Termos.
Pede Deferimento.
3
Valor da causa = 12 parcelas vincendas (R$ 5.580,00) + parcelas vencidas (R$ 21.459,12) = R$ 27.039,12.
XXXXXXXXXX