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CONSERVANDO AS RAÍZES DO

EVANGELHO

Sumário
EVANGELHO (A PALAVRA) 2
USOS DA PALAVRA ............................................................................................................. 2
RAÍZES DO EVANGELHO 3
NA DOUTRINA DOS APÓSTOLOS 4
EM QUE CONSISTIA A DOUTRINA....................................................................................... 4
PERCEPÇÕES SOBRE OS TEMAS PRINCIPAIS CONTINUAVAM VALENDO ............................ 4
COMPREENDENDO OS DEZ MANDAMENTOS ...................................................................... 6
PERSEVERAVAM NA COMUNHÃO 9
PERSEVERAVAM NO PARTIR DO PÃO 10
PERSEVERAVAM NAS ORAÇÕES 10
CONSERVANDO AS RAÍZES DO
EVANGELHO
ησαν δε προσκαρτερουντες τη διδαχη των
αποστολων και τη κοινωνια και τη κλασει του
αρτου και ταις προσευχαις
( * isan
de proskarterountes ti didachi ton apostolon kai ti
koinonia kai ti klasei tou artou kai tais prosefchais * )
E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir
do pão, e nas orações.
(Atos 2:42)

EVANGELHO (A PALAVRA)
USOS DA PALAVRA
1. No grego mais antigo, em Homero, significa recompensa por trazer boas novas
(Hom. Od, xiv. 12).
2. No Antigo Testamento há dois usos: novas propriamente ditas, e o sentido de nº
1 do grego antigo.
3. Termo técnico para «boas novas de vitória» (Plut. Demetr, 17, 1.896c).
4. No culto imperial, era usadas para designar as proclamações do imperador
divino, proclamações de boas novas que davam vida ou salvação ao povo.
5. No grego mais antigo e posteriormente, significava “sacrifício oferecido por
causa das boas novas” (Aristoph. eq, 658).
6. Na Septuaginta e em outras obras de um grego mais recente, significava as
próprias «boas novas» (11 Reis 18:20,22,25).
7. No Novo Testamento, as boas novas falam:
a. Do reino de Deus,
b. Da mensagem de Deus aos homens,
c. Do perdão de pecados,
d. Da esperança.
i. Nos escritos de Paulo o termo significa boas novas,
especialmente em relação às igrejas;
ii. O plano de Deus para a igreja,
iii. O destino e grande privilégio da mesma, incluindo os meios de
salvação, o perdão de pecados,
iv. A justificação etc., como elementos que são incorporados nas
boas novas.

8. Titulo dos Evangelhos. O termo Evangelho para designar cada um dos Quatro
Evangelhos começou nos escritos dos pais apostólicos. Ver Didache 8.2; 11
C/em. 8.5; Justino, Apol: i.86. Os próprios Evangelhos não têm este uso. De
modo geral, pode-se afirmar que a palavra tem atravessado três épocas no
decorrer da história:
1. Nos antigos autores gregos: recompensa por trazer boas novas.
2. Na Septuaginta e outras obras: as próprias boas novas.
3. No Novo Testamento: as boas novas de Cristo, ou então os livros que
apresentam as boas novas sobre Jesus. A palavra «evangelho», como
título do livro de Mateus, não foi usada pelo seu autor com esse sentido
especifico, referindo-se ao livro em si, mas muitos autores posteriores
têm usado a palavra dessa forma.

RAÍZES DO EVANGELHO
O texto em apreço nos informa que os primeiros discípulos, após a descida do
Espirito Santo, foram agregados ao corpo dos demais discípulos por convencimento
através da pregação do evangelho por parte de Pedro.

O que nos aparece logo após a pregação é um resumo do modo de vida dos
discípulos naquele tempo e o texto resume da seguinte forma (Atos 2.42):

1. Perseveravam na Doutrina dos Apóstolos;


2. Perseveravam na Comunhão;
3. Perseveravam no Partir do Pão;
4. Perseveravam nas Orações.

O que nos salta aos olhos é a repetição da palavra “Perseveravam”. Apesar desta
palavra literalmente aparecer uma vez, ela está implícita na conjunção “E”. Portanto
nestes quatro comportamentos diários, os discípulos, tanto os mais novos (recém-
chegados), quanto os mais antigos (os que estavam juntos desde a época em que Jesus
começou a pregar), precisaram lutar com força de ‘perseverança’.

O que nos é muito significativo, pois o que em palavras nos parece fácil de fazer, na
prática do primeiro século, onde o evangelho nasce, e nasce a com força de sinais e
maravilhas (ou seja, com a evidência sólida da presença e aprovação de Deus), os
mesmos discípulos que vão fazer sinais pelos capítulos cinco, seis e sete de Atos dos
Apóstolos, vão agora ter um trabalho de esforço para manter a prática de coisas que são
a vida da igreja.

No que estes homens e mulheres vão precisar lutar para manterem-se


constantemente?

NA DOUTRINA DOS APÓSTOLOS


A doutrina dos apóstolos consistia de coisas muito básicas no que dizia a teologia e
modo de vida. Até porque a maioria dos discípulos era composta de pessoas que
estudavam e praticavam a Torah, ou seja, os ensinamentos da Bíblia1 de sua época. Isso
é notório entre os que foram batizados com o Espírito Santo no cenáculo e os que
ouviram a mensagem do evangelho por Pedro no dia de Pentecostes.

Isso é facilmente identificável pela ordem de Jesus aos seus discípulos ao ser
assunto aos céus: Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e
ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até
aos confins da terra. (Atos 1:8)

O texto mostra os lugares por graus de afinidade, e a história mostra que no começo
da evangelização os discípulos tiveram dificuldades para sair de Jerusalém e seguir a
apregoar aos gentios, pois o centro religioso de mais conforto para os primeiros crentes
era em Jerusalém, sede da Torah, Lei de Moisés.

Quanto aos primeiros evangelizados também, pois estes estavam cumprindo um


mandamento de peregrinação na cidade de Jerusalém e nesta época de domínio do
império romano somente se arriscava subir a Jerusalém aqueles que realmente eram
religiosos. Com isso temos quase três mil almas de judeus e prosélitos de todas as terras
conhecidas naquele tempo se convencendo de que Jesus fora vindo para eles como
Mashiach. (Atos 2.1-16)

EM QUE CONSISTIA A DOUTRINA


Como visto à cima, a doutrina se embasava na Torah e toda a sua torre de
conhecimento se erigia em torno do que havia sido ensinado na sinagoga. O acréscimo
eram as interpretações dos apóstolos no que tangia ao reino de Deus, seu Messias, o
povo Eleito, e os enxertados.

PERCEPÇÕES SOBRE OS TEMAS PRINCIPAIS CONTINUAVAM VALENDO


Questões de vida básica como sociedade justa, respeito à vida, ser honesto, justiça
para com os menos afortunados, etc... Estas continuavam valendo conforme a Torah
1
Bíblia desta época era o TaNaCh (lê-se tanarr) apenas composta de ‘Lei’ = Torah/ ‘Profetas’ =
Neviim / ‘Escritos’ = Chetuvim. Destes o texto mais importante do qual os outros são extraídos é a Torah
= ‘Lei’, de onde os judeus, os conversos e muitos adeptos simpatizantes do judaísmo e da lei de Deus
extraiam seu comportamento.
estabeleceu, portanto, o que se tem é uma vida pautada nos Esser Dibrot – Dez
Mandamentos. (Êxodo 20.2-17)

1. EU SOU O SENHOR TEU DEUS, QUE TE TIREI DA TERRA DO EGITO, DA CASA


DA SERVIDÃO. (V. 2)

2. NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM. NÃO FARÁS PARA TI IMAGEM
DE ESCULTURA, NEM ALGUMA SEMELHANÇA DO QUE HÁ EM CIMA NOS
CÉUS, NEM EM BAIXO NA TERRA, NEM NAS ÁGUAS DEBAIXO DA TERRA. NÃO
TE ENCURVARÁS A ELAS NEM AS SERVIRÁS; PORQUE EU, O SENHOR TEU
DEUS, SOU DEUS ZELOSO, QUE VISITO A INIQUIDADE DOS PAIS NOS FILHOS,
ATÉ A TERCEIRA E QUARTA GERAÇÃO DAQUELES QUE ME ODEIAM. E FAÇO
MISERICÓRDIA A MILHARES DOS QUE ME AMAM E AOS QUE GUARDAM OS
MEUS MANDAMENTOS. (V. 3-6)

3. NÃO TOMARÁS O NOME DO SENHOR TEU DEUS EM VÃO; PORQUE O SENHOR


NÃO TERÁ POR INOCENTE O QUE TOMAR O SEU NOME EM VÃO. (V. 7)

4. LEMBRA-TE DO DIA DO SÁBADO, PARA SANTIFICÁ-LO. SEIS DIAS


TRABALHARÁS, E FARÁS TODA A TUA OBRA. MAS O SÉTIMO DIA É O SÁBADO
DO SENHOR TEU DEUS; NÃO FARÁS NENHUMA OBRA, NEM TU, NEM TEU
FILHO, NEM TUA FILHA, NEM O TEU SERVO, NEM A TUA SERVA, NEM O TEU
ANIMAL, NEM O TEU ESTRANGEIRO, QUE ESTÁ DENTRO DAS TUAS PORTAS.
PORQUE EM SEIS DIAS FEZ O SENHOR OS CÉUS E A TERRA, O MAR E TUDO
QUE NELES HÁ, E AO SÉTIMO DIA DESCANSOU; PORTANTO ABENÇOOU O
SENHOR O DIA DO SÁBADO, E O SANTIFICOU. (V. 8-11)

5. HONRA A TEU PAI E A TUA MÃE, PARA QUE SE PROLONGUEM OS TEUS DIAS
NA TERRA QUE O SENHOR TEU DEUS TE DÁ. (V. 12)

6. NÃO MATARÁS. (V. 13)

7. NÃO ADULTERARÁS. (V. 14)

8. NÃO FURTARÁS. (V. 15)

9. NÃO DIRÁS FALSO TESTEMUNHO CONTRA O TEU PRÓXIMO. (V. 16)

10. NÃO COBIÇARÁS A CASA DO TEU PRÓXIMO, NÃO COBIÇARÁS A MULHER DO


TEU PRÓXIMO, NEM O SEU SERVO, NEM A SUA SERVA, NEM O SEU BOI, NEM O
SEU JUMENTO, NEM COISA ALGUMA DO TEU PRÓXIMO. (V. 17)
Este é o pilar dos mandamentos da Torah e dos Apóstolos, pois foi o ensino de
Jesus (Mateus 5.17,18).

COMPREENDENDO OS DEZ MANDAMENTOS


1º. Mandamento: Ao identificar-Se, D'us cita o pronome “Eu” em aramaico, e
não em hebraico, a língua dos Hebreus. Isto significa que chegará o dia em
que todos os povos, e não somente o hebreu, O reconhecerão como Ele quer
ser reconhecido.
a. A primeira praga foi a de sangue. O sangue representa a Vida. Não
acreditarem D'us é não acreditar naquele que cria a vida.
b. D'us poderia identificar-Se como O que criou o Mundo. Preferiu ser
associado Aquele que libertou o povo da escravidão. Com isso, D'us
quer que as pessoas O considerem próximo, atento ao sofrimento e
problemas de cada um, sempre presente e capaz de salvar quem
merece.

2º. Mandamento: D'us não se refere somente aos deuses pagãos: ao se adotar
algo material ou uma pessoa como o único guia para o comportamento na
vida, está-se incorrendo no perigo de criar, para si, um deus. E nesta
categoria estão incluídos: dinheiro, trabalho, líderes, atores, cantores,
políticos, etc.
a. A segunda praga foi a de rãs. As rãs, por serem animais anfíbios,
podem viver tanto na água como na terra. Simbolizam a dualidade,
assim como é a crença em mais de uma divindade.
b. D'us não tem uma forma. O que podemos conhecer d’Ele são Suas
Manifestações, que tomam várias formas não-físicas. Adotar uma
imagem para representá-lO significa limttá-lO. D'us está acima de
qualquer imagem, pois Ele é Quem as cria. E nenhuma poderá se
comparar a Ele. Servir a imagens é servir à criatura, e não ao Criador.
c. Só tem ciúmes de alguém quem ama esse alguém. Com isso, D'us
declara Seu amor às pessoas e quer fidelidade em troca.
d. Quando os filhos fazem algum delito, D'us verifica se os pais tiveram
alguma participação nisso, como por exemplo, não os educaram para
evitar a má ação. Se for constatada a corresponsabilidade no evento,
os castigos dos filhos serão atenuados e os pais serão castigados
também.
e. Até quatro gerações conseguem viver simultaneamente. Isto significa
que os antepassados ainda podem presenciar e se arrepender, em
vida, da educação que feneceram ao pecador, evitando, com isso,
piores consequências.
f. Os delitos ocorrem por falta de amor a D'us, pois quem O ama quer
agradá-lo, cumprindo os Seus Mandamentos, e, com isso, evitando
pecar.
g. Os que cumprem os Preceitos Divinos e O amam serão
recompensados por Ele, bem como seus futuros descendentes, até
milhares de gerações.

3º. Mandamento: Nem brincando, nem em juramentos. O Nome de D'us é


sagrado e, como tal, só pode ser pronunciado em ocasiões sagradas, como no
Dia da Expiação (Yom Kipur), pelo Sumo Sacerdote, e no local considerado
o Santo dos Santos, no Grande Templo de antigamente.
a. A terceira praga foi a de piolhos, que representam aquilo que
incomoda. Citar o Nome de D'us em vão é incomodá-lo sem
necessidade.
b. O pronunciamento do Nome Divino se dava visando obter absolvição
dos pecados. Pronunciá-lo em vão provoca o efeito contrário.

4º. Mandamento: Às vezes a vida se torna tão agitada e movimentada que se


perde a noção do tempo. E não há tempo para o descanso. É fundamental que
nos localizemos no tempo e que descansemos periodicamente. O Sábado,
eleito por D'us, é o dia certo para isso. Deve, portanto, ser lembrado.
a. A quarta praga foi a de animais ferozes, que obrigavam as pessoas a
se refugiarem permanentemente, sem descansar, que é o que acontece
com quem não santifica o Sábado.
b. Não basta a pessoa descansar sem respeitar o descanso dos outros. É
importante que todos aqueles sobre quem se tem ascendência
descansem também. E, para tanto, não se deve mandá-los executar
nenhuma tarefa no Sábado. D'us quer que todos se solidarizem no dia
sagrado, reservando o tempo para orar, estudar assuntos elevados,
reunir-se em família, etc. Em suma, que a santificação do Sábado seja
um regozijo para cada um.

5º. Mandamento: Honrar significa colocar em evidência, cuidar, dar


preferência, respeitar, dar valor. Os pais são sócios de D'us na geração e
criação dos filhos. E, honrando-os, honraremos a D'us.
a. A quinta praga era a de peste nos animais. Os animais simbolizam
recursos vitais. Honrar os pais implica em reconhecer que eles nos
proporcionaram os recursos vitais quando éramos incapazes de obtê-
los sozinhos. Não fazê-lo é como “eliminar” os recursos com a peste.
b. Este é um dos poucos Mandamentos Divinos onde está explícita a
recompensa por cumpri-lo. Ao honrar os pais, estamos dedicando
parte de nosso tempo a eles. Este tempo, que é utilizado em
detrimento de eventuais atividades mais “produtivas” ou
“agradáveis”, será compensado com uma vida mais longa e,
certamente, mais feliz.
6º. Mandamento: Somente D'us é Quem pode tirar a vida de alguém: nenhuma
pessoa poderá fazê-lo, mesmo que seja para minimizar sofrimentos
(eutanásia), a menos que esteja cumprindo Ordens Divinas. Este
Mandamento não abrange somente a morte física: matamos alguém quando
falamos mal dele aos outros, pois, com isto, “matamos” sua reputação e as
oportunidades que ele perde por causa de nossa ação. Matamos alguém ao
abandoná-lo quando precisa de nós ou quando o ignoramos ou fazemos
outros o inaugurarem.
a. A sexta praga foi a sarna, que é uma doença que se espalha por toda a
comunidade e que incomoda sobremaneira quem a possui Quem
mata ou denigre alguém afeta toda uma comunidade, e a sua
consciência o incomodará pela eternidade.

7º. Mandamento: Cometer adultério é enganar o próximo. É fazer-se passar por


amigo, mas trai-lo. É enganá-lo comercialmente. É trair sua confiança. É
trapacear nas medidas, na qualidade dos produtos oferecidos.
a. A sétima praga foi a chuva de pedras mesclada com fogo. O fogo
simboliza a paixão de quem comete adultério. E ele vem
acompanhado de pedras que ferem e, até, matam, significando que o
adultério fere a família, podendo ocasionar a sua desintegração.

8º. Mandamento: Furtar é tirar algo do próximo- material ou espiritual. Furtar é


tirar as esperanças justificadas de alguém. É não pagar o que se deve. É não
contar algo que alguém deve saber. É não devolver o empréstimo. É
sequestrar alguém (como brincar com os sentimentos, fingindo estar
interessado e envolvido, mas estar apenas flertando em aventura). Ao
desperdiçarmos algo material, estaremos “furtando” a oportunidade de
alguém que dela precisa.
a. A oitava praga foi a de gafanhotos, que subtraem as plantações,
assim como o ladrão, que subtrai os bens do próximo.

9º. Mandamento: Prestar falso testemunho é divulgar qualquer tipo de mentira,


ou “meias-verdades”. É praticar o mau jornalismo (ou dar qualquer
informação errada sem verificar fontes). É, também, criar falsas
expectativas.
a. A nona praga era a escuridão, que não permitia ninguém ver os fatos
como eles eram; assim como quem presta falso testemunho.

10º. Mandamento: Cobiçar algo do próximo significa não estar satisfeito


com a parte que lhe toca. A cada pessoa é reservado por D'us, o quinhão que
lhe é devido, visando cumprir a sua missão aqui, na Terra. Não aceitá-lo é o
mesmo que discordar da Divina Vontade. Devemos trabalhar para
adquirir, honestamente, aquilo que nos está reservado.
a. A décima praga foi a morte dos primogênitos. O primogênito
simboliza aquilo que cada um tem, proveniente de D’us. Cobiçar as
coisas do próximo é não valorizar o que se tem: é como “matar”
aquilo que se possui.

PERSEVERAVAM NA COMUNHÃO
A coisa mais difícil depois de perseverar na palavra de Deus é fazer as coisas de
forma a ter comunhão.

O pilar da igreja era a comunhão, mas era uma comunhão, não artificial, era uma
comunhão construída.

Quando o texto nos fala de que ‘perseveravam’, ele está falando de um trabalho
árduo que era feito com vistas a um fim. As pessoas daquela comunidade se esforçavam
para manter sua vida em conexão com a de seus irmãos, ou seja, o que aprenderam com
os ‘Dez Mandamentos’ (hb. Esser Dibrot), agora se esforçavam para por em prática, e
isso em nome de terem comunhão.

É daqui que deduzimos haver um acordo mútuo entre os conversos da comunidade


cristã de Jerusalém de entregar todos os seus bens aos pés dos apóstolos. Essa iniciativa
não foi muito proveitosa, pois anos mais tarde Paulo vai pedir ajuda para estes cristãos
que agora passavam por pequenos apertos. (Romanos 15.25,26)

Porém deste texto nós aprendemos algumas lições importantes:

1º - A comunhão é entre pessoas que tem coisas em comum conosco – “De sorte
que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia
agregaram-se quase três mil almas, e perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na
comunhão, e no partir do pão, e nas orações”. (Atos 2.41,42)

2º - A comunhão é um ato Doutrinário – “perseveravam na doutrina dos apóstolos,


e na comunhão”. (Atos 2.42)

3º - A comunhão é um ato Trabalhoso – “perseveravam na doutrina dos apóstolos, e


na comunhão”. (Atos 2.42)

4º - A comunhão é um ato externo – “perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na


comunhão, e no partir do pão”. (Atos 2.42)

5º - A comunhão é protegida com oração – “De sorte que foram batizados os que de
bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas,
e perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas
orações”. (Atos 2.41,42)
PERSEVERAVAM NO PARTIR DO PÃO
Este ato simbólico, porém revelador não era somente uma cerimonia ou um
costume, mas dentro do quadro doutrinário da igreja do primeiro século era uma Mitzvá
(ordenança), dada por Deus em Cristo aos seus discípulos.

A palavra perseverança aparece aqui, justamente para nos demonstrar que:

1º - Não era algo esporádico, era algo constante e que deveria fazer parte da
Liturgia;

2º - Não era algo que todos quereriam, pois coma palavra perseverança vem à ideia
de que alguém poderia querer deixar passar, mas sempre tinha alguém para lembrar-se
do partir do pão;

3º - Não era que se podia deixar para depois, pois a palavra de ordem era,
perseverem no partir do pão.

Com isso podemos entender melhor a orientação de Paulo ao nos contar sobre a
Ceia que Jesus instituiu, dizendo: “fazei isto em memória de mim” (1Corintios 11.24),
este ato deveria ser não somente um memorial, mas um exercício de perseverança por
parte dos discípulos que precisavam se esforçar para:

1. Cumprir o partir do pão;


2. Rememorar a noite da Traição (1Corintios 11.23), ou seja, não cair na tentação
de tornar ‘O Partir do Pão’ uma balburdia; mas sim um ato de solene memorial
sobre o sofrimento de quem se entregara por nós (1Corintios 11.17-22);
3. Entender e discernir ‘O Corpo’ [de Cristo] (1Corintios 11.29)2, com isso em
mente teriam sempre a viva lembrança de que:
a. Não era por cumprir a Torah que estavam salvos, mas pela Graça podiam
cumprir a Torah, pois agora já estavam Salvos.
b. O juízo advindo do tratamento leviano com o partir do pão (1Corintios
11.29, João 6.48-58).

PERSEVERAVAM NAS ORAÇÕES


Chegamos ao quarto, mas não menos importante ponto de nossa meditação que é o
exemplo deixado pelos nossos primeiros irmãos quanto à oração.

2
[de Cristo], 1Coríntios 11.29 - πίνουν ... σώμα (que beber ... corpo) {A}
Os melhores testemunhos preservaram a leitura mais breve. Em muitos testemunhos, o significado do
texto foi aclarado por acréscimos feitos a partir do v. 27: o advérbio'αναξίως (de um modo indigno -
imprudente) foi inserido depois de πίνουν (aquele que beber), e as palavras του κυριου (do Senhor) foram
acrescentadas depois de σώμα (corpo). Não está claro, porém, se neste caso "o corpo" se refere ao "corpo
do Senhor" (assim NTLH, NVI, TEV e FC) no sentido do corpo crucificado de Cristo (como no v. 27), ou
se está se referindo à igreja como o corpo de Cristo. Neste caso, σώμα pode ser uma referência à igreja
como o corpo de Cristo, como transparece na tradução da NBJ (também em Moffatt): "sem discernir o
Corpo". O problema com essa inicial maiúscula é que o ouvinte do texto não percebe qualquer diferença
de significado quando o texto é lido em voz alta, e o leitor do texto não vai necessariamente entender o
significado daquele "C" maiúsculo em "Corpo".
Muito já ouvimos falar sobre oração, porém o que mais nos chama a atenção sobre
este tema é a comparação feita desta com o relacionamento interpessoal.

Com este tema em alusão ao outro podemos compreender qual a intensão de Lucas
ao mencionar que havia uma guerra quanto à oração também, e por isso o usar da
palavra ‘perseveravam’, ou seja, obstinavam-se, insistiam em orar.

Este termo é muito forte para análise. Se entendermos o relacionamento do cristão


com o Senhor da mesma maneira que olhamos para um marido e sua esposa; poderemos
compreender que:

1) o que mais une um casal, e

2) o que mais os divide,

Chama-se COMUNICAÇÃO, ou a falta de ORAÇÃO...

Compreendemos que o que faz separação entre nós e Deus são nossos pecados
(Isaías 59.2), mas nunca nos esqueçamos de que na boca do juiz e profeta Samuel,
deixar de orar é pecado – 1Samuel 12.23.

Portanto vemos que, o que os discípulos tinham, na verdade, era um relacionamento


com Deus no nível de um casamento, pois “perseveravam” para manter o diálogo com
Ele em oração.

Ainda hoje é complicado manter a lucidez e o interesse de assuntos, após alguns


anos de relacionamento com alguém. Há transições no ser humano; tão significativas,
que o transformam de tal maneira nos podendo fazer desconhecer alguém que, há anos
era nosso maior e mais chegado amigo.

É nesse contexto que vemos o Senhor dando a maior e melhor explicação sobre os
que irão estar com ele no mundo vindouro.

No seu excepcional Sermão do Monte, Jesus nos mostra o perfil:

1. Das aspirações dos servos do Reino e sua personalidade (Mateus 5.3-12);


2. Ferramentas de atuação dos súditos – Sal e Luz (Mateus 5.13-16);
3. Forma e Regência do Reino (Mateus 5.17-48);
4. Cuidados no Reino (Mateus 6.1-18);
5. Recompensas do Reino – onde, como e quando (Mateus 6.19-34)
6. Afinidades no Reino – como olhar, se relacionar, e medir pessoas (Mateus
7.1-27).

É mister notar que o mesmo coloca no quadro de afinidades uma sentença muito
pesada, a saber, a exclusão total do reino para aqueles que aparentemente mais
trabalharam em prol do mesmo. Se não vejamos:

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele
que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome?
E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas
maravilhas?
E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que
praticais a iniquidade.
Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei
ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha”. (Mateus 7:21-24)
Este texto é fantástico, pois o Mestre começa este trecho falando de diálogo e
termina falando do mesmo assunto, na verdade os exemplos se alternam, mas o que está
em voga é a capacidade de diálogo e compreensão das partes.

Note comigo que esse grupo de pessoas diz ter feito muita coisa para o Senhor,
porém na classe de maravilhas, milagres, e coisas muito difíceis para um homem fazer
no âmbito de seu serviço para Deus, uma, e talvez a mais difícil de todas foi
negligenciada. E esta é a capacidade de ouvir e praticar aquilo que se ouviu.

Mas o mais intrigante é que Jesus coloca esta incapacidade do homem ouvir e
guardar a sua palavra numa forma de relacionamento, pois o grupo diz: “Senhor,
Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios?
E em teu nome não fizemos muitas maravilhas?” – incrível, eles estão dizendo:

 Profetizamos – falamos em teu nome e o que dissemos se cumpriu;


 Expulsamos Demônios – não houve um capeta que se deparou conosco que
não demos conta, ou seja, oramos (falamos contigo) e jejuamos, pois há
demônios que só com oração e jejum;
 Fizemos maravilhas – fizemos coisas fenomenais, sensacionais,
miraculosas, portentosas, assombrosas, colossais.

Porém a resposta do Mestre vem para o ponto do relacionamento, veja a forma da


resposta:

...“então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci”...


O mais impressionante é que a palavra para conhecer aqui é εγνων, ou seja,
‘conhecer em particular’.

O que nos leva ao nosso assunto deste ponto, a saber, a Oração.

O ponto chave do relacionamento, pois como vimos, eles devem ter orado para
expulsar demônios, mas com certeza apenas eles falaram, apenas eles expressaram suas
carência e desejos, seus medos e anseios, suas decepções e aspirações. Porém como
sabemos; orar não é falar, orar é conversar, portanto, orar também é ouvir, e é isso que
Cristo está querendo ensinar quando menciona – “nunca vos conheci”.

Estas pessoas podem até ter falado para Deus, mas nunca com Deus. Elas podem
ter mencionado muita coisa de suas vidas ao Senhor, mas nunca deram suas vidas a Ele.
Esse é o maior dos problemas. Oramos por uma obrigação de falarmos com Deus.
Falamos pra Deus muito de nós, mas não temos tempo para ouvir Deus falar d’Ele pra
gente.

Neste ponto os discípulos eram firmes, eram tão firmes que ‘perseveravam’ na
oração, tanto quanto perseveravam em tudo o mais.

Este é o desafio, mais que o legado:

E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e


nas orações. (Atos 2:42)

Sinceramente Pr. Paulo Araújo de Oliveira.

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