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INSTITUTO DE FÍSICA
PÓS-GRADUAÇÃO EM FÍSICA DA MATÉRIA
CONDENSADA
Tese de Doutorado
Maceió
2016
Átila Pereira Ribeiro
Maceió
Catalogação na fonte
Universidade Federal de Alagoas
Biblioteca Central
Divisão de Tratamento Técnico
Bibliotecária Responsável: Helena Cristina Pimentel do Vale
Bibliografia: f. 82-90.
CDU: 531.77.5
Dedico ao meu pai, em memória, a minha mãe e aos meus irmãos que sempre
me deram forças e muito me incentivaram a seguir essa jornada.
6
grande número de pessoas. Primeiramente, agradeço a Deus por ser minha fonte
inesgotável de forças quando eu já não as tinha mais e por ser fiel em minha
vida e aos meus irmãos e minha mãe por ser meu amparo. Em segundo lugar,
agradeço o meu orientador Alexandre que me tomou sob sua asa e me ensinou
muito do que eu sei sobre ser um cientista. O tempo que passamos a discutir
muitas coisas de física, matemática, ou variado é mais valioso para mim que as
palavras podem expressar. Sua influência e estilo muito têm moldaram a minha
forma de fazer ciência, e sem o seu encorajamento persistente eu não teria sido
capaz de empurrar essas idéias, tanto quanto eu tenho. Neste sentido também
agradeço ao professor Glauber Tomaz que muito contribuiu para a construção das
Os amigos são para toda a vida, ainda que não estejam conosco a vida inteira.
da maturidade. Aqueles que não estão perto e podem estar dentro. Em outras
Nesse sentido, a minha trajetória na Ufal foi de grandes amizades, que não foram
poucas. Agradeço a Tainã Laís por está presente muitas vezes nos momentos que
muito precisei, por alugar sua atenção por horas, por nossas rizadas e vibrando
e me motivar nos momentos que precisei o mesmo se adequa a Elaine Cristina, Lívia
Maria, Camyla Martins bem como Rafaela pelo círculo de amizade que criamos em
Gostaria de agradecer também aos amigos que fiz na pólo Maceió - UAB, como
secretárias Elizabete Soares e Ana Medeiros bem como o Enizaldo, grandes ami-
zades que o tempo não apaga. Agradeço também aos amigos Benjamin, Vanessa,
E aos amigos que fiz na vida como Tiago Leite que sempre esteve presente
e muito me motivou durante várias etapas desse tempo que encarei esse douto-
Ribeiro, Gláucia Marinho, Lidiane Lira, Erika Maria, Noélia Rodrigues, Janaina
Ligya, Izabella Rosario, Elda Nicásio, Marlyse Lessa e Viviane Paixão sou eter-
carinho de avó de Zoraide Felgueiras que desde a época de mestrado tem por mim
E por fim agradeço aos novos amigos como a Maria Terezinha Pestana do
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais por acreditar que esse cíclo iria se
nova família em Arinos MG as irmãs Valéria César e Raquel César pela recepção
mento acústico por espalhadores rígidos inclusos em meios com defeitos topológicos
tais como desclinação e monopolo global. Para estes meios foram investigados o
líquidos na fase nemática com desclinação bem como defeitos de monopolo. Nestas
com defeitos.
names that depend particularly on the symmetry breaking of the system. Thus,
media with topological defects such as declination and global monopole. For these
media the acoustic scattering by solid scatter and isotropic included in liquid
crystals in the nematic phase with disclination as well as global monopole defects
were investigated. In these systems, the amplitude and the scattering patterns
were computed as well as the cross section. The results revealed that for low
frequencies and 𝛼 < 1 the backscattered wave is dominant, however for values
of 𝛼 > 1 the spread wave becomes dominant, where 𝛼 is the default parameter.
For high frequencies, when the value of 𝛼 approaches to 0.1 we found that the
and the global monopoles media have a great advantage in the use in devices that
make use of acoustic wave scattering because of the large amplitudes that can
fluids.
scattering.
Sumário
Introdução 13
1 Equações Fundamentais 18
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.2 Desclinação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
11
Sumário 12
estrutura. Tais defeitos podem ser de origem química, elétrica ou estrutural, isto
por muitas das propriedades físicas e químicas dos sólidos [57, 39].
seja, um ponto ou uma linha onde a ordem é destruída e uma região de campo
distante onde uma variável elástica muda lentamente no espaço. Isto é, assim
como em uma carga pontual, que tem a propriedade de que a sua presença pode ser
que envolva a carga. Por outro lado, os defeitos topológicos apresentam diferentes
portante nas propriedades reais dos materiais. Por exemplo, eles são responsáveis
13
Sumário 14
pelo grande número de propriedades mecânicas dos metais como o aço. Particular-
na transição de fase de baixa temperatura, caracterizado por uma rigidez não nula
seja em sistemas da matéria condensada tais como linhas de vórtices em hélio lí-
linhas de desclinação em cristais líquidos [60, 10], bem como em sistema cosmo-
[74, 38, 73, 12, 71]. Além destes, os defeitos topológicos também estão presentes
[10].
como é conhecida atualmente. Por outro lado, Burgers [64] generalizou a idéia
desclinações foram originalmente estudadas pela física dos sólidos cristalinos, em-
bora não tenha despertado um interesse marcante nessa área, visto que os mesmos
Uma outra classe de defeitos são os monopolos globais os quais na natureza são
formados na transição de fase que ocorre quando uma simetria global é quebrada.
destrutivo é apresentado como sendo o método mais objetivo e mais rápido. Para
a uma força de tração até atingir a sua rotura, sendo um teste destrutivo para
teste, que basicamente usa o mesmo tipo de força, porém com intensidades muito
testes não destrutivos por ultrassons foram usados para a detecção de defeitos. Ou
onda refletida, que pode ser usada para identificar e também classificar este defeito.
avaliação não destrutiva de componentes cilíndricos longos que caem na classe das
poucas geometrias para as quais o campo de pressão tem uma solução explícita na
dros foram iniciadas por Faran em 1951 [25]. A Teoria Ressonante de dispersão
(RST) era um dos principais trabalhos teóricos nesta área que apresentou uma
terferência construtiva das ondas de superfície. Essa teoria também mostrou que
breposta a uma ressonância do espectro não ressonante, e que estas duas partes
infinito. As ondas de superfície geradas por uma onda acústica plana também
incidente obliquamente sobre um cilindro foram estudados por Nagl et al. [56]
soma dos modos normais como uma integral de contorno no plano complexo [70].
rizado por uma onda incidente obliquamente e mostrou a sua correspondência com
correspondência de fase das ondas de superfície helicoidal foi dada por Conoir et
al. [19], que mostrou também que as ressonâncias se deslocam para frequências
sólidos inclusos em cristais líquidos na fase nemática que apresentam defeitos como
para este estudo é que as pesquisas sobre defeitos topológicos têm despertado um
a ser um dos campos mais ativos da cosmologia moderna bem como na fisica da
matéria condensada.
genérica em relação aos aspectos mais relevantes focados neste trabalho no Capí-
acústico por uma esfera rígida e isotrópica em num cristal líquido na fase nemática
com defeito "hadgehog"e por fim, no capítulo 4 serão apresentadas as nossas con-
1.1 Introdução
Os princípios gerais da mecânica se aplicam a todos os corpos e movimentos, bem
que são especificadas pelo tensor T. Assim como diferentes figuras são definidas na
contínua os materiais ideais são definidos pelas relações específicas entre o tensor
de stress e o movimento do corpo [8]. Assim, neste presente capítulo será feito
fluido homogêneo e isotrópico, também será feita uma descrição para o movimento
de uma onda de compressão num fluido não viscoso visto que, estas equações
como um meio contínuo. Um fluido é dividido em pequenos elementos que são fi-
18
1.2. Equações de Conservação 19
e moléculas. Além disso, ele está em equilíbrio termodinâmico. Esta hipótese nos
permite definir quantidades para o elemento de fluido tal como densidade, pressão,
mento de fluido é sua velocidade, que poderá ser definida em termos da velocidade
por
𝑁
1 ∑︁
𝜌(r,𝑡) = 𝑚𝑖 , (1.1)
𝑉 𝑖=1
𝑁
1 ∑︁
𝑣(r,𝑡) = 𝑚𝑖 𝑣𝑖 , (1.2)
𝜌(r,𝑡) 𝑖=1
∫︁ ∫︁
𝜕 3
𝜌𝑑 r + 𝜌v · n𝑑2 r = 0, (1.3)
𝜕𝑡 𝑉 𝑆
∫︁ ∫︁
𝜌v · n𝑑 r = 2
∇ · (𝜌v)𝑑2 r. (1.4)
𝑆 𝑆
𝜕
𝜌 + ∇ · 𝜌v = 0. (1.5)
𝜕𝑡
também pode variar por convecção. Neste caso, o fluxo de momento é definido
como 𝜌vv, onde a quantidade vv é conhecida como uma díade que representa
momento linear no volume 𝑉 deve ser igual à soma do fluxo do momento, as forças
é dada por
∫︁ ∫︁ ∫︁ ∫︁
𝜕 3
𝜌v𝑑 r + 2
𝑝n𝑑 r + 2
𝜌vv · 𝑑 r + f 𝑏 𝑑3 r = 0, (1.6)
𝜕𝑡 𝑉 𝑆 𝑆 𝑉
Eq.(1.6) pode ser transformada em uma integral de volume por meio do Teorema
∫︁ ∫︁ ∫︁ ∫︁
𝜕 3
𝜌v𝑑 r + 3
∇𝑝n𝑑 r + 3
∇ · (𝜌vv)𝑑 r + f 𝑏 𝑑3 r = 0. (1.7)
𝜕𝑡 𝑉 𝑉 𝑉 𝑉
momento é
𝜕
(𝜌v) + ∇𝑝 + ∇ · (𝜌vv) + f 𝑏 = 0. (1.8)
𝜕𝑡
Em muitos casos de estudos, como neste trabalho, forças de corpo são muito
na Eq. (1.8). Além do mais, o grandiente da pressão pode ser expandido como um
𝜕
(𝜌v) + ∇ · S = 0, (1.9)
𝜕𝑡
Por outro lado, os processos energéticos em fluidos são governados pelas leis
𝑝
𝑑𝜖 = 𝑇 𝑑𝑠′ − 𝑝𝑑(𝜌−1 ) = 𝑇 𝑑𝑠′ + 𝑑𝜌, (1.10)
𝜌2
forma, a energia interna específica e a pressão podem ser expressas como uma
função da densidade,
𝑝 = 𝑝(𝜌), (1.11)
𝜖 = 𝜖(𝜌). (1.12)
𝜌𝑣 2 (r,𝑡)
𝐸(r,𝑡) = + 𝜌𝜖(r,𝑡). (1.13)
2
termos do fluxo de energia (𝜌𝑣 2 /2+𝜌𝜖)v, enquanto que a potência devido a pressão
∫︁ (︂ )︂ ∫︁ (︂ 2 )︂ ∫︁
𝜕 𝜌𝑣 2 𝜌𝑣
3
+ 𝜌𝜖 𝑑 r + + 𝜌𝜖 v · n𝑑 r + 𝑝v · n𝑑2 r = 0.
2
(1.14)
𝜕𝑡 𝑉 2 𝑆 2 𝑆
(︂ )︂ [︂(︂ 2 )︂ ]︂
𝜕 𝜌𝑣 2 𝜌𝑣
+ 𝜌𝜖 + + 𝜌𝜖 v + 𝑝v = 0. (1.15)
𝜕𝑡 2 2
tude num meio homogêneo e isotrópico o qual pode ser considerado como um fluido
invíscido, isto é, um fluido ideal que não possua viscosidade. Tomando v = 𝑣(r,𝑡)
𝜕v 1
+ (v · ∇)v + ∇𝑝 = 0, (1.16)
𝜕𝑡 𝜌
a equação de continuidade
𝜕𝜌
+ ∇ · (𝜌v) = 0, (1.17)
𝜕𝑡
a equação de estado
𝑝 = 𝑓 (𝜌,𝑆), (1.18)
e a hipótese adiabática
𝜕𝑆
+ v · ∇𝑆 = 0, (1.19)
𝜕𝑡
tal que o termo (v · ∇)v na equação de Euler pode ser desprezado. Pelo mesmo
𝑝 = 𝑝0 + 𝑝′ , (1.20)
𝜌 = 𝜌0 + 𝜌′ , (1.21)
Obtém-se:
𝜕𝜌′
+ 𝜌0 ∇ · v = 0, (1.22)
𝜕𝑡
𝜕v 1
+ ∇𝑝′ = 0. (1.23)
𝜕𝑡 𝜌0
ser aplicáveis para a propagação de ondas sonoras é que a velocidade das partículas
uma delas, observe que uma onda sonora num fluido ideal é parecido com qualquer
(︂ )︂
𝜕𝑝′ 𝜕𝑓 (𝜌0 ,𝑆0 )
+ 𝜌0 ∇ · v = 0. (1.25)
𝜕𝑡 𝜕𝜌′
Derivando em 𝑡 a Eq.(1.25)
(︂ )︂
𝜕 2 𝑝′ 𝜕𝑓 (𝜌0 ,𝑆0 ) 𝜕v
+ 𝜌0 ∇· = 0. (1.26)
𝜕𝑡2 𝜕𝜌′ 𝜕𝑡
pressão 𝑝′ ,
1 𝜕 2 𝑝′
∇2 𝑝′ − = 0, (1.27)
𝑐2 𝜕𝑡2
𝜕𝑓 (𝜌0 ,𝑆0 )
𝑐2 = . (1.28)
𝜕𝜌′
v = ∇𝜑. (1.29)
escrito como:
𝑝′ = 𝑖𝜌0 𝜑. (1.30)
1 𝜕 2𝜑
∇2 𝜑 − = 0. (1.31)
𝑐2 𝜕𝑡2
[︀ ]︀
𝜑(r,𝑡) = 𝑅𝑒 𝜑(r)𝑒−𝑖𝜔𝑡 , (1.32)
inclusos em cristais líquidos com defeito de linha e também com defeito pontual.
2.1 Introdução
Existe um grande interesse no estudo de defeitos topológicos [41, 3] sobre siste-
mas com quebra de simetria como em meios ordenados com materiais magnéticos,
quânticos [15, 9, 49, 69, 78, 13, 16, 20]. Devido à semelhança na natureza das leis
de escala que caracterizam esses sistemas, os cristais líquidos fornecem uma plata-
forma de fácil acesso para pesquisas. Mesmo alguns modelos cosmológicos podem
cristais líquidos [18, 17]. Entretanto, o conhecimento atual que se tem sobre defei-
Grandjean [65, 44, 42, 36, 30, 28]. Além do mais, numerosas estrutura biológicas
hastes rígidos, quando sujeitos a restrições topológicas, podem formar uma des-
27
2.1. Introdução 28
camente por Lord Rayleigh [63]. Contudo, devido a complexidade das soluções
com o comprimento de onda, foi dada numa forma conveniente por Morse [55],
de Bessel. Além disso, muitos dos espalhamentos por sólidos no ar podem ser
ser levadas em conta, como pode ser considerado um efeito na distribuição do ân-
Lowan, Feshbach e Lax estenderam mais tarde esta solução para incluir os efei-
acústica por um cilindro rígido incluso num cristal líquido nemático com descli-
nação. Entretanto, para este fim será apresentado uma métrica que descreve este
2.2 Desclinação
Quando um cristal sofre deformações, a distância entre dois pontos quaisquer do
tais defeitos são devidos a impurezas químicas, sítios da rede vázios e átomos fora
da rede. Eles também podem ser formados pela quebra de simetria no cristal, os
quais são denominados de defeitos topológicos. Estes podem ser definidos como
um defeito em um campo do parâmetro de ordem que não pode ser eliminado por
uma deformação contínua do parâmetro de ordem [39]. Por outro lado, eles podem
ser caracterizado por uma região de singularidade, isto é, um ponto ou uma linha
onde a ordem é destruída por um campo numa região onde as variáveis elásticas
em questão. Assim sendo, desde que o cristal não seja invariante apenas por
enquanto mantém a ordem local. Este defeito que envolve rotações da rede é
mente a orientação do diretor, não está bem definida. No geral, um local desorde-
nado é uma singularidade dentro de outra forma ordenada, sendo que a presença
dos defeitos não só altera as propriedades físicas na sua vizinhança, mas também
topológicos.
duas classes: desclinação cunha e desclinação torção [27, 62]. Enquanto a singu-
cunha e a linha fica no plano das moléculas na desclinação torção. Nos cristais
líquidos nemáticos od defeitos são principalmente do tipo cunha sendo que estes
remova uma seção de ângulo Ω o qual é definido como vetor de Frank. Tais expe-
unir suavemente faces livres foi primeiramente performado por Volterra em 1907.
Por essa razão, fala-se da criação de uma linha de defeito como um processo de
uma desclinação positiva é aquela que ocorre quando o vetor de Frank Ω é positivo,
veja Figura 2.2(a). Por outro lado, uma desclinação negativa ocorre quando o vetor
material, é inserido no mesmo outro material sendo que tal material inserido pode
Figura 2.2: A figura (a) mostra uma desclinação cunha positiva de 90∘ e (b) uma
desclinação cunha negativa de −90∘ .
sólidos. Nesta, os defeitos agem como uma fonte do campo de distorção gravitaci-
onal. Sabe-se que a métrica a qual descreve o meio em torno do defeito é a solução
lha. Certamente, a métrica que descreve esse espaço num sistema de coordenadas
cilíndricas é:
Figura 2.2. Por outro lado, um infinito número de meio planos atômico, ou seja,
uma rede cristalina regular, isto é, eles podem se encaixar perfeitamente no cristal
Considerando o meio descilinado como na Figura 2.3, a métrica que define este
meio, que de fato é a secção do espaço da métrica da corda cósmica [8], que é dada
por
onde 𝛼 fornece uma medida do déficit angular. Uma vez que a fatia de ângulo
2𝜋(1 − 𝛼) foi removida do espaço, o ângulo total em torno do eixo 𝑧 é agora 2𝜋𝛼.
[︂ (︂ )︂]︂
1 𝜕 𝜕 1 𝜕2 𝜕2
2
∇ = 𝛼𝑟 + 2 2 2 + 2. (2.3)
𝛼𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝛼 𝑟 𝜕𝜃 𝜕𝑧
[︂ (︂ )︂]︂
1 𝜕 𝜕𝜑 1 𝜕 2𝜑 𝜕 2𝜑
𝛼𝑟 + 2 2 2 + 2 + 𝑘12 𝜑 = 0. (2.4)
𝛼𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝛼 𝑟 𝜕𝜃 𝜕𝑧
O Laplaciano também pode ser generalizado para um operador elíptico chamado ope-
1
rador de Laplace-Beltrami definido em uma variedade Riemanniana. Assim, considerando
uma métrica definida por 𝑑𝑠2 = (ℎ1 𝑑𝑞1 )2 + (ℎ2 𝑑𝑞2 )2 + (ℎ3 𝑑𝑞3 )2 , onde ℎ𝑖 são os fatores
de escala,
[︁ o(︁ operador
)︁ de Laplace-Beltrami
(︁ )︁ é(︁ definido)︁]︁por meio da seguinte relação: ∇2 =
1
1
ℎ ℎ ℎ2 3
𝜕
𝜕𝑞
ℎ ℎ 𝜕
1 ℎ
2
𝜕𝑞 1
+ 𝜕𝑞𝜕 ℎℎℎ 𝜕𝑞𝜕 + 𝜕𝑞𝜕 ℎℎℎ 𝜕𝑞𝜕
3
1 2
3
2
1
2 3
.1
3
2
3
[︂ (︂ )︂]︂
1 𝜕 𝜕𝑅 1 𝜕 2Θ 1 𝜕 2𝑍
𝛼𝑟 + 2 2 + + 𝑘12 = 0. (2.6)
𝛼𝑟𝑅 𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝛼 𝑟 Θ 𝜕𝜃2 𝑍 𝜕𝑧 2
1 𝑑2 𝑍
2
= −𝑘𝑧2 , (2.7)
𝑍 𝑑𝑧
logo,
[︂ (︂ )︂]︂
𝛼𝑟 𝜕 𝜕𝑅 1 𝜕 2Θ
𝛼𝑟 + + 𝛼2 𝑟2 𝑘𝑟2 = 0, (2.8)
𝑅 𝜕𝑟 𝜕𝑟 Θ 𝜕𝜃2
onde 𝑘𝑟2 = 𝑘12 − 𝑘𝑧2 . Essa última equação vemos que o segundo termo depende
apenas de 𝜃, desta forma também pode ser igual a uma constante, −𝑚2 :
1 𝑑2 Θ
2
= −𝑚2 , (2.9)
Θ 𝑑𝜃
e
[︂ (︂ )︂]︂
1 𝑑 𝑑𝑅
𝛼𝑟 − 𝑚2 + 𝛼2 𝑟2 𝑘𝑟2 = 0. (2.10)
𝛼𝑟𝑅 𝑑𝑟 𝑑𝑟
[︂ (︁ 𝑚 )︁2 ]︂
𝑑𝑅2 𝑑𝑅 2
𝑟2 2 +𝑟 + (𝑟𝑘𝑟 ) − 𝑅 = 0, (2.11)
𝑑𝑟 𝑑𝑟 𝛼
a qual é conhecida como equação diferencial de Bessel. Desta forma a solução das
Portanto, estas soluções serão utilizadas na seção seguinte para resolver o problema
de espalhamento acústico por um cilíndro rígido incluso num cristal líquido com
desclinação.
líquido na fase nemática, essas ondas incidem sobre um cilíndro infinitamente longo
Figura 2.4. De acordo Lord Rayleigh e outros, a solução previamente dada para
considerado como de uma onda plana incidente e uma onda de espalhada [63, 55,
47].
rígido a onda incidente é totalmente refletida sem que haja absorção por ele. As
⎛ ⎞
⎜𝜑𝑖𝑛 ⎟
(∇2 + 𝑘 2 ) ⎝ ⎠ = 0, (2.15)
𝜑𝑠𝑐
por:
Aqui, usaremos a solução regular da EDO de Bessel 𝐽 𝑚𝛼 (𝑘𝑟 𝑟), pois a segunda
devem ser simétricos em 𝜃 = 0 (direção positiva do eixo x). Além disso, visto
infinita, não deve apresentar uma dependência em z, sendo conveniente supor que
∞
∑︁
𝜑𝑖𝑛 (𝑟,𝜃) = 𝑎𝑚 𝐽 𝑚𝛼 (𝑘𝑟) cos(𝑚𝜃), (2.18)
𝑚=0
∞
∑︁ (2)
𝜑𝑠𝑐 (𝑟,𝜃) = 𝑎𝑚 𝑠𝑚 𝐻 𝑚 (𝑘𝑟) cos(𝑚𝜃), (2.19)
𝛼
𝑚=0
de espalhamento escalar.
∞
∑︁ 𝑚
𝑝𝑖𝑛 (𝑟,𝜃) = 𝑃0 𝑒 𝑖𝑘𝑟 cos(𝛼𝜃)
= 𝑃0 𝜖𝑚 (−𝑖) 𝛼 𝐽 𝑚𝛼 (𝑘𝑟) cos(𝑚𝜃). (2.20)
𝑚=0
√︂ [︂ (︂ )︂]︂
2 1 1
𝐽𝜈 (𝑘𝑟) ≈ cos 𝑘𝑟 − 𝜋 𝜈 + . (2.21)
𝜋𝑘𝑟 2 2
√︂ ∞ [︂ (︂ )︂]︂
2 ∑︁ 𝑚 1 𝑚 1
𝑝𝑖𝑛 (𝑟,𝜃) = 𝑃0 𝜖𝑚 (−𝑖) 𝛼 cos 𝑘𝑟 − 𝜋 + cos(𝑚𝜃). (2.22)
𝜋𝑘𝑟 𝑚=0 2 𝛼 2
solução de uma onda que se propague numa região que não inclui a origem do
sistema de coordenadas, por esta razão, essa onda deve ser regular na origem, ou
disso, observa que a amplitude da onda espalhada 𝜑𝑠𝑐 deve satisfazer a condição
(︂ )︂
𝜕
lim − 𝑖𝑘 𝜑𝑠𝑐 = 0. (2.23)
𝑟→∞ 𝜕𝑟
Sendo que esta condição impõe que a onda espalhada não deve ser refletida no
infinito.
∞
∑︁ (2)
𝑝𝑠𝑐 (𝑟,𝜃) = 𝑎𝑚 𝑠𝑚 𝐻 𝑚 (𝑘𝑟) cos(𝑚𝜃). (2.24)
𝛼
𝑚=0
𝜕
(𝑝𝑖𝑛 (𝑟,𝜃) + 𝑝𝑠𝑐 (𝑟,𝜃)) |𝑟=0 = 0. (2.26)
𝜕𝑟
do espalhamento 𝑠𝑚
𝐽 ′𝑚 (𝑘𝑎)
𝑠𝑚 = −𝑃0 𝛼
(2)′
. (2.27)
𝐻 𝑚 (𝑘𝑎)
𝛼
∞
∑︁ 𝑚
𝐽 ′𝑚 (𝑘𝑎) (2)
𝑝𝑠𝑐 (𝑟,𝜃) = −𝑃0 𝜖𝑚 (−𝑖) 𝛼 𝛼
(2)′
𝐻 𝑚 (𝑘𝑟) cos(𝑚𝜃). (2.28)
𝑚=0 𝐻 𝑚 (𝑘𝑎) 𝛼
𝛼
⎡ ⎤
∞
∑︁ 𝑚
𝐽 ′𝑚 (𝑘𝑎) (2)
𝑝𝑡 (𝑟,𝜃) = 𝑃0 𝜖𝑚 (−𝑖) 𝛼 ⎣𝐽 𝑚𝛼 (𝑘𝑟) − 𝛼
(2)′
𝐻 𝑚 (𝑘𝑟)⎦ cos(𝑚𝜃). (2.29)
𝑚=0 𝐻 𝑚 (𝑘𝑎) 𝛼
𝛼
√︂
2 −𝑖[𝑘𝑟− 12 𝜋(𝜈+ 12 )]
𝐻𝜈(2) ≈ 𝑒 . (2.30)
𝜋𝑘𝑟
√︂
2 ∑︁
∞ 𝐽 ′𝑚 (𝑘𝑎) −𝑖 𝑘𝑟− 1 𝜋 𝑚 + 1
𝑒 [ 2 ( 𝛼 2 )] cos(𝑚𝜃).
𝑚
𝑝𝑠𝑐 (𝑟,𝜃) = −𝑃0 𝜖𝑚 (−𝑖) 𝛼 (2)𝛼
′ (2.31)
𝜋𝑘𝑟 𝑚=0 𝐻 𝑚 (𝑘𝑎)
𝛼
como:
(︂ )︂1/2
𝜋𝑟
𝑒𝑖[𝑘𝑟− 2 ( 𝛼 + 2 )] ,
1 𝑚 1
𝑝𝑠 (𝜃) = lim 𝑃𝑠𝑐 (𝑟,𝜃) (2.32)
𝑟→∞ 𝑝20 𝑎2
(︂ )︂1/2 ∑︁
∞ 𝐽 ′𝑚 (𝑘𝑎)
2 𝑚
𝑃𝑠 (𝜃) = − 𝜖𝑚 (−𝑖) 𝛼 𝛼
(2)′
cos (𝑚𝜃). (2.33)
𝑘𝑎 𝑚=0 𝐻 𝑚 (𝑘𝑎)
𝛼
Este último resultado será útil para a obtenção dos padrões de espalhamento na
de onda e ao seu tamanho. Para uma onda que se propaga ao longo da direção
√︂ [︂ (︂ )︂]︂
2 𝜋 1
𝐽𝑚 (𝑘𝑟) → 𝑐𝑜𝑠 𝑘𝑟 − 𝑚+ (2.36)
𝜋𝑘𝑟 2 2
e √︂ [︂ (︂ )︂]︂
2 𝜋 1
𝑁𝑚 (𝑘𝑟) → sin 𝑘𝑟 − 𝑚+ . (2.37)
𝜋𝑘𝑟 2 2
√︂ [︂ (︂ )︂]︂
2 𝜋 𝑚 1
𝑅𝑚 → 𝑐𝑜𝑠 𝑘𝑟 − + . (2.38)
𝜋𝑘𝑟 2 𝛼 2
clássico, que pode ser obtido a partir da equação clássica do movimento [23]:
𝛼 − 1 𝑚𝜋
𝛿𝑚 = , (2.39)
𝛼 2
e segue que
√︂ ∞ (︂ )︂ (︂ )︂
2 ∑︁ 𝛼 − 1 𝑚𝜋 𝛼 − 1 𝑚𝜋
𝑓𝑘 (𝜃) = 𝑠𝑖𝑛 exp 𝑖 exp(𝑖𝑚𝜃). (2.40)
𝜋 𝑚=0 𝛼 2 𝛼 2
√︂ ∞ (︂ )︂ (︂ )︂
2 ∑︁ 𝛼 − 1 𝑚𝜋 𝛼 − 1 𝑚𝜋
𝑓𝑘 (0) = 𝑠𝑖𝑛 exp 𝑖 . (2.41)
𝜋 𝑚=0 𝛼 2 𝛼 2
∫︁ 2𝜋𝛼
𝜎= 𝜎(𝜃)𝑑𝜃, (2.42)
0
onde 𝜎(𝜃) de acordo com [23] é dada por 𝜎(𝜃) = 𝑘1 |𝑓𝑘 (𝜃)|2 , ou seja,
∞ [︂(︂ )︂]︂
2 ∑︁ 2 𝛼 − 1 𝑚𝜋
𝜎(𝜃) = sin . (2.43)
𝜋𝑘 𝑚=0 𝛼 2
∞ [︂(︂ )︂ ]︂
4𝛼 ∑︁ 2 𝛼 − 1 𝑚𝜋
𝜎= sin . (2.44)
𝑘 𝑚=0 𝛼 2
√︂ ∞ [︂(︂ )︂ ]︂
2 ∑︁ 2 𝛼 − 1 𝑚𝜋
𝐼𝑚𝑓𝑘 (0) = sin . (2.45)
𝜋 𝑚=0 𝛼 2
√
8𝜋𝛼
𝜎= 𝐼𝑚𝑓𝑘 (0). (2.46)
𝑘
do dispersor assume a forma dada pela Eq.(2.33). Foi considerado também que a
Por outro lado, a Figura 2.6 mostra o padrão de espalhamento para um meio
que o aumento do valor de 𝑘𝑎, torna a onda espalhada dominante sobre a onda
retroespalhada.
meio com desclinação onde o parâmetro de defeito varia para valores menores que
também para baixas frequências, 𝑘𝑎 = 0.5, o aumento dos valores de 𝛼 > 1 torna
rando que 𝑘𝑎 = 5.0, e os valores para o parâmetro de defeito são maiores que a
para 𝛼 = 0.9. Por outro lado, a Figura 2.10 mostra mais claramente que o aumento
3.1 Introdução
Do ponto de vista da teoria da gravitação, os diferentes tipos de objetos topológicos
em algum ponto da evolução do universo [3]. Sendo que estes incluem paredes de
uma esfera rígida inclusa num cristal líquido na fase nemática com defeito pontual
denominado de "hadgehog".
50
3.2. Monopolos globais 51
[68, 21, 40, 11, 34, 53]. Os cristais líquidos são feitos de moléculas anisotrópicas
líquida. Um desses meta-estados é a fase nemática a qual o eixo das moléculas são
que este também pode ser utilizado para determinar as trajetórias de som [33].
acústica. O interesse de utilizar essa analogia ou, mais especifiamente, esta abor-
imagem tomográfica através de traçado de raios [79], tempo de vôo em guias de on-
[75].
tânea de simetria. Estes podem ser de vários tipos tais como monopolos, paredes
de domínio, cordas e seus híbridos [38, 74]. Sua natureza depende da topologia do
de simetria tanto local quanto global, sendo que neste último é denominado de
para para um grupo unitário U(1), grupo de Lie real. Este modelo pode ser descrito
pela lagrangiana
1 1
𝐿 = 𝜕𝜇 𝜓 𝑎 𝜕 𝜇 𝜓 𝑎 − 𝜆(𝜓 𝑎 𝜓 𝑎 − 𝜂 2 )2 , (3.1)
2 4
brada O(3) foi investigada por Bariola e Vilenken [6] no contexto da relatividade
geral. Vale a pena ressaltar que longe do núcleo do monopolo global, os principais
efeitos são produzidos pelo ângulo sólido déficit, assim o termo de massa pode ser
escrita como:
𝑑𝑠2 = (1 − 8𝜋𝐺𝜂 2 )𝑑𝑇 2 − (1 − 8𝜋𝐺𝜂 2 )−1 𝑑𝑅2 − 𝑅2 (𝑑𝜃2 + 𝑠𝑖𝑛2 𝜃𝑑𝜙2 ), (3.2)
de simetria.
define um defeito hedgehog é similar a de um monopolo global que pode ser definida
(︂ )︂ (︂ )︂
1 𝜕 𝜕 1 𝜕 𝜕 1 𝜕2
2
∇ = 2 2
𝑟 + 2 2 𝑠𝑒𝑛𝜃 + . (3.10)
𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝛼 𝑟 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝜕𝜃 𝜕𝜃 𝛼2 𝑟2 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝜕𝜙2
(︂ )︂ (︂ )︂
1 𝜕 2 𝜕𝜑(r) 1 𝜕 𝜕𝜑(r) 1 𝜕 2 𝜑(r)
𝑟 + 2 2 𝑠𝑒𝑛𝜃 + + 𝑘 2 𝜑(r) = 0.
𝑟2 𝜕𝑟 𝜕𝑟 𝛼 𝑟 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝜕𝜃 𝜕𝜃 𝛼2 𝑟2 𝑠𝑒𝑛2 𝜃 𝜕𝜙2
(3.11)
tipo:
(︂ )︂ (︂ )︂
1 𝑑 2 𝑑𝑅 1 1 𝑑 𝑑Θ 1 𝑑2 Φ
𝑟 + 𝑠𝑒𝑛𝜃 + + 𝑘 2 = 0. (3.13)
𝑅𝑟2 𝑑𝑟 𝑑𝑟 2 2
Θ𝛼 𝑟 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝑑𝜃 𝑑𝜃 Φ𝛼2 𝑠𝑒𝑛2 𝜃 𝑑𝜙2
1 𝑑2 Φ
2
= −𝑛2 , (3.14)
Φ 𝑑𝜙
cuja solução é
(︂ )︂ [︂ (︂ )︂ ]︂
1 𝑑 2 𝑑𝑅 1 1 1 𝑑 𝑑Θ 𝑛2
𝑟 2 2
+𝑘 𝑟 + 2 𝑠𝑒𝑛𝜃 − = 0. (3.16)
𝑅 𝑑𝑟 𝑑𝑟 𝛼 Θ 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝑑𝜃 𝑑𝜃 𝑠𝑒𝑛2 𝜃
(︂ )︂
1 1 𝑑 𝑑Θ 𝑛2
𝑠𝑒𝑛𝜃 − = −𝑚(𝑚 + 1). (3.17)
Θ 𝑠𝑒𝑛𝜃 𝑑𝜃 𝑑𝜃 𝑠𝑒𝑛2 𝜃
[︂ ]︂ (︂ )︂
𝑑 2 𝑑Θ(𝑥) 𝑛2
(1 − 𝑥 ) + 𝑚(𝑚 + 1) − Θ(𝑥) = 0. (3.18)
𝑑𝑥 𝑑𝑥 1 − 𝑥2
onde 𝑃𝑚
𝑛
(𝑥) são os polinômios associados de Legendre para 𝑚 = 0,1,2,... e 𝑛
variando de −𝑚 a 𝑚. Assim, a solução deve ser finita nestes limites, e esta é
definido por:
√︃
2𝑚 + 1 (𝑚 − 𝑛)! 𝑛
𝑌𝑚𝑛 (𝜃,𝜙) = (−1)𝑛 𝑃 (𝑐𝑜𝑠𝜃)𝑒𝑖𝑛𝜑 . (3.20)
4𝜋 (𝑚 + 𝑛)! 𝑚
(︂ )︂ (︂ )︂
𝑑 2 𝑑𝑅𝑚 𝑚(𝑚 + 1)
𝑟 + 𝑘 𝑟 − 2 2
𝑅𝑚 = 0. (3.21)
𝑑𝑟 𝑑𝑟 𝛼2
[︂ ]︂
𝑑2 𝑅𝑚 2 𝑑𝑅𝑚 𝑚(𝑚 + 1)
+ 2
+ 𝑘 − 𝑅𝑚 = 0. (3.22)
𝑑𝑟2 𝑟 𝑑𝑟 𝛼2 𝑟 2
cial de Bessel:
2
(︂ )︂
2𝑑 𝐺𝑚 𝑑𝐺𝑚 𝑚(𝑚 + 1) 1
𝑟 +𝑟 2 2
+ 𝑘 𝑟 − − 𝐺𝑚 = 0, (3.23)
𝑑𝑟2 𝑑𝑟 𝛼2 4
uma forte restrição na forma dos coeficientes 𝑎𝑚 na solução geral. Desta forma a
√︃(︂ )︂2
−1 1 1 − 𝛼2
𝜈(𝑚) = 𝛼 𝑚+ − . (3.26)
2 4
Assim, a solução para a parte radial que é regular na origem para a equação
equação diferencial:
(1) (2)
onde ℎ𝑠 e ℎ𝑠 são funções esféricas de Hankel de primeiro e segundo tipo, res-
(1) (2)
pectivamente, e 𝑅3 e 𝑅4 são constantes. A ordem das funções 𝑗𝑠 , 𝑦𝑠 , ℎ𝑠 e ℎ𝑠 é
√
−𝛼 + 4𝑚2 + 4𝑚 + 𝛼2
𝑠(𝑚) = . (3.30)
2𝛼
∑︁
𝜑(𝑟,𝜃,𝜑) = 𝜑0 [𝑎𝑚𝑛 𝑗𝑠 (𝑘𝑟) + 𝑏𝑚𝑛 𝑦𝑠 (𝑘𝑟)] 𝑌𝑚𝑛 (𝜃,𝜙), (3.31)
𝑚,𝑛
∑︀ ∑︀∞ ∑︀𝑚
onde 𝜑 é a magnitude do potencial de velocidade e 𝑚,𝑛 = 𝑚=0 𝑛=−𝑚 . Ater-
∑︁ [︀ ]︀ 𝑛
𝜑(𝑟,𝜃,𝜑) = 𝜑0 𝑎𝑚𝑛 ℎ(1) (2)
𝑠 (𝑘𝑟) + 𝑏𝑚𝑛 ℎ𝑠 (𝑘𝑟) 𝑌𝑚 (𝜃,𝜙), (3.32)
𝑚,𝑛
onde 𝑎𝑚,𝑛 , 𝑏𝑚,𝑛 e 𝑐𝑚,𝑛 são coeficientes determinados a partir de condições de con-
sição da fase líquida, ou isotrópica, para a fase nemática defeitos pontuais podem
restritas, estas ondas podem ser consideradas como ondas planas. Considerando
também que o centro desta esfera coincida com a origem de um sistema de coorde-
onda sobre uma partícula rígida a onda incidente é totalmente refletida sem que
Figura 3.3: Representação do espalhamento de uma onda acústica plana por uma
esfera rígida centrado na origem do sistema de coordenadas cartesianas incluso no
cristal líquido na fase nemática.
e (2.17).
dos potenciais incidente e espalhado, podem ser expandidos em uma série de ondas
∑︁
𝜑𝑖𝑛 (𝑟,𝜃,𝜙) = 𝑎𝑚𝑛 𝑗𝑠 (𝑘𝑟)𝑌𝑚𝑛 (𝜃,𝜙), (3.33)
𝑚,𝑛
∑︁
𝜑𝑠𝑐 (𝑟,𝜃,𝜙) = 𝑎𝑚𝑛 𝑠𝑚 ℎ(1) 𝑛
𝑠 (𝑘𝑟)𝑌𝑚 (𝜃,𝜙), (3.34)
𝑚,𝑛
∑︀ ∑︀∞ ∑︀𝑚
onde 𝑚𝑛 = 𝑚=0 𝑛=−𝑚 , 𝑎𝑚𝑛 é o coeficiente de forma de feixe da onda incidente
e 𝑠𝑚 é o coeficiente de espalhamento escalar.
∞ ∑︁
∑︁ 𝑚
𝑝𝑖𝑛 (𝑟,𝜃,𝜙) = 𝑃0 𝑎𝑚𝑛 𝑗𝑠 (𝑘𝑟)𝑌𝑚𝑛 (𝜃,𝜙). (3.35)
𝑚=0 𝑛=−𝑚
∞
∑︁
𝑝𝑖𝑛 (𝑟,𝜃) = 𝑃0 𝑒 𝑖𝑘𝑟 cos 𝜃
= 𝑃0 𝑎𝑚 𝑗𝑠 (𝑘𝑟)𝑃𝑚 (cos 𝜃). (3.36)
𝑚=0
√︂
(2𝑚 + 1)
𝑎𝑚 = 𝑎0𝑚 . (3.37)
4𝜋
∫︀ 1
relação de ortogonalidade dos polinômios de Legendre, ou seja, −1
𝑃𝑠 (𝑥)𝑃𝑠′ (𝑥)𝑑𝑥 =
2
𝛿 ′
2𝑠+1 𝑠,𝑠
onde obtém-se:
∫︁ 𝜋
2𝑎𝑚
𝑒𝑖𝑘𝑟 cos 𝜃 𝑃𝑠 (cos 𝜃) sin 𝑑𝜃 = 𝑗𝑠 (𝑘𝑟). (3.38)
0 2𝑚 + 1
Usando a seguinte mudança de variável 𝜂 = cos 𝜃 esta ultima equação pode ser
reescrita como
∫︁ 1
2𝑎𝑚
𝑒𝑖𝑘𝑟𝜂 𝑃𝑠 (𝜂)𝑑𝜂 = 𝑗𝑠 (𝑘𝑟). (3.39)
−1 2𝑚 + 1
∫︁ 1
𝑑𝑠 𝑖𝑘𝑟𝜂 2𝑎𝑚 𝑑𝑠
𝑒 𝑃 𝑠 (𝜂)𝑑𝜂 = 𝑗𝑠 (𝑘𝑟). (3.40)
−1 𝑑𝑟𝑠 2𝑚 + 1 𝑑𝑟𝑠
dado pela expressão para pequenos argumentos das funções de Bessel (𝑥 ≪ 𝑠):
(︂ )︂
𝑥𝑠 𝑥2
𝑗𝑠 (𝑥) ≈ 1− + ... . (3.41)
(2𝑠 + 1)!! 2(2𝑠 + 3)
∫︁ 1 (︂ )︂
𝑑𝑠 𝑖𝑘𝑟𝜂 2𝑎𝑚 𝑑𝑠 (𝑘𝑟)𝑠
𝑒 𝑃 𝑠 (𝜂)𝑑𝜂 = , (3.42)
−1 𝑑𝑟𝑠 2𝑚 + 1 𝑑𝑟𝑠 (2𝑠 + 1)!!
∫︁ 1
2𝑎𝑚 𝑠 (𝑠!)2
(𝑖𝑘) 𝑠
𝜂 𝑠 𝑃𝑠 (𝜂)𝑑𝜂 = 𝑘 . (3.43)
−1 2𝑚 + 1 (2𝑠 + 1)!!
(2𝑠+1)
Usando a relação (2𝑠 + 1)!! = 2𝑠 𝑠!
na Eq.(3.43)
∫︁ 1
2𝑎𝑚 𝑠 (𝑠!2𝑠 )2
(𝑖𝑘) 𝑠
𝜂 𝑠 𝑃𝑠 (𝜂)𝑑𝜂 = 𝑘 . (3.44)
−1 2𝑚 + 1 (2𝑠 + 1)!
∫︀ 1 2𝑠+1 (𝑠!)2
Utilizando a relação integral −1
𝜂 𝑠 𝑃𝑠 (𝜂)𝑑𝜂 = (2𝑠+1)!
, obtemos que
∞
∑︁
𝑝𝑖𝑛 (𝑟,𝜃) = 𝑃0 𝑒𝑖𝑘𝑟 cos 𝜃 = 𝑃0 𝑖𝑠 (2𝑚 + 1)𝑗𝑠 (𝑘𝑟)𝑃𝑚 (cos 𝜃). (3.46)
𝑚=0
1 (︁ 𝑠𝜋 )︁
𝑗𝑠 (𝑘𝑟) ≈ sin 𝑘𝑟 − (3.47)
𝑘𝑟 2
∞
1 ∑︁ 𝑠 (︁ 𝑠𝜋 )︁
𝑝(𝑟,𝜃)𝑖𝑛 ≈ 𝑖 (2𝑚 + 1) sin 𝑘𝑟 − . (3.48)
𝑘𝑟 𝑚=0 2
onda que se propague numa região que não inclui a origem do sistema de coorde-
nadas, por esta razão, essa onda deve ser regular na origem, ou seja, finita dentro
da região de propagação. Por outro lado, para a onda espalhada não considerare-
mos a região que inclui a origem do sistema de coordenadas. Além disso, observa
Sommerfeld no infinito
(︂ )︂
𝜕
lim − 𝑖𝑘 𝜑𝑠𝑐 = 0. (3.49)
𝑟→∞ 𝜕𝑟
Sendo que esta condição impõe que a onda espalhada não deve ser refletida no
infinito.
cos. Uma vez que o campo espalhado representa ondas esféricas que emanam da
∞
∑︁
𝑝𝑠𝑐 (𝑟,𝜃) = 𝑎𝑚 𝑠𝑚 ℎ(1)
𝑠 (𝑘𝑟)𝑃𝑚 (cos 𝜃). (3.50)
𝑚=0
𝜕
(𝑝𝑖𝑛 (𝑟,𝜃) + 𝑝𝑠𝑐 (𝑟,𝜃)) |𝑟=0 = 0. (3.52)
𝜕𝑟
do espalhamento 𝑠𝑚
𝑗𝑠′ (𝑘𝑎)
𝑠𝑚 = −𝑃0 (1)′
(3.53)
ℎ𝑠 (𝑘𝑎)
Deste modo
∞
∑︁ ′
𝑗𝑠 (𝑘𝑎)
𝑝𝑠𝑐 (𝑟,𝜃) = −𝑃0 (2𝑚 + 1)𝑖 𝑠
(1)′
ℎ(1)
𝑠 (𝑘𝑟)𝑃𝑚 (cos 𝜃). (3.54)
𝑚=0 ℎ𝑠 (𝑘𝑎)
∞
(︃ )︃
∑︁ 𝑗𝑠′ (𝑘𝑎)
𝑝𝑡 = 𝑃0 (2𝑚 + 1)𝑖𝑠 𝑗𝑠 (𝑘𝑟) − (1)′
ℎ(1)
𝑠 (𝑘𝑟) 𝑃𝑚 (cos 𝜃). (3.55)
𝑚=0 ℎ𝑠 (𝑘𝑎)
A onda espalhada no campo distante (𝑘𝑟 ≫ 1), pode ser obtida utilizando a relação
assintótica [4].
−𝑠−1 𝑒𝑖𝑘𝑟
ℎ(1)
𝑠 ≈ 𝑖 (3.56)
𝑘𝑟
na Eq.(3.54) obtendo,
∞
𝑒𝑖𝑘𝑟 ∑︁ 𝑗𝑠′ (𝑘𝑎)
𝑝𝑠𝑐 (𝑟,𝜃) ≈ 𝑖𝑃0 (2𝑚 + 1) (1) ′ 𝑃𝑚 (cos 𝜃). (3.57)
𝑘𝑟 𝑚=0 ℎ𝑠 (𝑘𝑎)
∞
∑︁ 𝑗𝑠′ (𝑘𝑎)
𝑝𝑠𝑐 (𝜃) = 𝑖 (2𝑚 + 1) (1)′
𝑃𝑚 (cos 𝜃). (3.59)
𝑚=0 (𝑘𝑎)ℎ𝑠 (𝑘𝑎)
onde 𝑝𝑖𝑛 = 𝑒𝑖𝑘𝑟𝑐𝑜𝑠𝜃 , e 𝑝𝑠𝑐 = 𝑟−1 𝑓 (𝜃)𝑒𝑖𝑘𝑟 , quando 𝑟 −→ ∞. Também exigimos que
∞
1 ∑︁
𝑓 (𝜃) = (2𝑚 + 1)(𝑒2𝑖𝛿𝑚 − 1)𝑃𝑚 (𝑐𝑜𝑠𝜃), (3.61)
2𝑖𝑘 𝑚
guinte forma
⎛ √︁(︀ )︀ ⎞
(︂ )︂ 𝑚+ 1
− 1−𝛼2
𝜋 1 𝜋⎝ 1 2 4
⎠.
𝛿𝑚 (𝛼) = 𝑚+ − 𝜈(𝑚) = 𝑚+ − (3.62)
2 2 2 2 𝛼
termos de 𝑓 (𝜃) é:
𝑑𝜎
= |𝑓 (𝜃)|2 . (3.63)
𝑠𝑖𝑛𝜃𝑑𝜃𝑑𝜙
é muito menor que 1, tem-se uma sistemática expansão assintótica para 𝑓 (𝜃).
De fato, 𝑓 (𝜃) neste regime de ângulos 𝛼 pode ser facilmente calculado. Portanto,
variável reside no fato que para grandes valores de 𝑧 a diferença de fase 𝛿(𝑧) tem
𝜋 (︁ −1
√ )︁ 𝜋
𝛿(𝑧) = 𝑧−𝛼 𝑧 − 𝑎 = 𝑧(1 − 𝛼−1 ) + 𝑂(𝑧 −1 ),
2 (3.65)
2 2
1−𝛼2
onde 𝑎 = 4
. Neste caso, 𝑎2 é muito pequeno e pode servir como conveniente
parâmetro de expansão. Em geral, pode ser escrito que 𝛿(𝑧) = 𝛿 (0) (𝑧) + 𝛿 (1) (𝑧) +
∑︀
... = ∞ 𝑛=0 𝛿
(𝑛)
(𝑧), onde 𝛿 (0) (𝑧) = 𝜋2 (1 − 𝛼−1 ) e 𝛿 (𝑛) (𝑧) = 𝑂(𝑧 −2𝑛+1 ). O expoente
da diferença de fase é sutil para a expansão de potência
(︃ ∞
)︃
(0) (𝑧)
∑︁
𝑒2𝑖𝛿(𝑧) = 𝑒2𝑖𝛿 × exp 2𝑖 𝛿 (𝑛) (𝑧) . (3.66)
𝑛=1
fase será:
(︂ )︂
𝜋 −1 1 2 −1 −1 −3
𝛿(𝑧) = (1 − 𝛼 )𝑧 + 𝑎 𝛼 𝑧 + 𝑂(𝑧 ) . (3.67)
2 2
∞
∑︁ 1
ℎ(𝜃, 𝛽) = 𝑒𝜋𝑖𝛽𝑧(𝑚) 𝑃𝑚 (cos 𝜃) = √︀ , (3.68)
𝑚=0 2(cos 𝜋𝛽 − cos 𝜃)
∞
∑︁
2 − 12
(1 − 2𝑡 cos 𝜃 + 𝑡 ) = 𝑡𝑚 𝑃𝑚 (cos 𝜃). (3.69)
𝑚=0
1
𝑓 (0) (𝜃) = √ sin 𝜋𝛽(cos 𝜋𝛽 − 𝑐𝑜𝑠𝜃)−3/2 . (3.70)
2 2𝑘
𝜋 cos 𝜋𝛽
𝜎 (0) = 2
. (3.71)
𝑘 2 sin2 𝜋𝛽
2
𝜋𝑎2
𝑓 (1) (𝜃) = ℎ(𝜃, 𝛽). (3.72)
2𝛼𝑘
a seção de choque total de espalhamento será desprezível termo por termo para
𝜋𝑎2 1
𝜎 (1) = − . (3.73)
𝑏𝑘 2 sin 𝜋𝛽
2
calculáveis mas são muito pequenos para propósitos práticos. Observe que a am-
seja muito menor que o comprimento da onda incidente é conhecido como espa-
de monopolo 𝑠0 :
coeficiente de dipolo 𝑠1 :
A Figura 3.6 mostra que para pequenos valores de 𝑘𝑎, ou seja, baixas frequên-
que o meio no qual a esfera está inclusa não apresente defeito, isto é, 𝛼 = 1.
A Figura 3.7 mostra que para grandes valores de 𝑘𝑎, ou seja altas frequências
Nesta vemos claramente que o aumento de 𝛼 também induz no aumento dos picos
acústico por espalhadores sólidos inclusos em fluidos, sabemos que muitas das pro-
ou seja, basta sujeitá-lo a uma força de tração até atingir a sua rotura. Por outro
lado, os ultrassons permitem o mesmo tipo de teste, que basicamente usa o mesmo
tipo de força, porém com intensidades muito inferiores evitando desta forma a des-
ção que é uma classe dos defeitos de linha e o monopolo global que é uma classe
estes sistemas, os cristais líquidos fornecem uma plataforma de fácil acesso para
acústicas planas por um cilindro rígido de material isotrópico incluso num cristal
79
80
Helmholtz utilizando a métrica que descreve um meio com desclinação por meio
ção angular da onda espalhada para baixas frequências mostram que para meios
e mantendo a frequência fixa foi observado que para baixas frequências a onda
outro lado, para essa mesma frequência os valores do parâmetro de defeito maiores
que 1.0 produz o efeito contrário, ou seja, a onda espalhada passa a ser dominante
sobre a onda retroespalhada. Para altas frequências observa-se que o efeito mais
marcante é atingido para valores de 𝛼 maiores que 1.0 onde para grandes valores
fera rígida de material isotrópico inclusa num cristal líquido na fase nemática com
bal, o qual é resultante da quebra de simetria global sendo este uma classe de
valores maiores que 1.0, a onda espalhada também se torna dominante sobre a
onda retroespalhada conforme apresentado por Faran [25]. Por outro lado, para
para obtermos a força de radiação acústica para meios com desclinação bem como
para meio com monopolo global e também calcular o torque de raiação acústica
para estes nestes defeitos topológicos. Além dessas, pretendemos também investi-
dall D Kamien. Colloquium: Disclination loops, point defects, and all that in
82
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