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3 erros mais comuns e que podem ser mortais, ou seja, podem colocar todo o

trabalho por água abaixo!

E quais seriam esses erros?

1. CONVERSAR
2. IGNORAR A IMPLICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS
3. USAR TÉCNICAS SEM CONTEXTO

Vamos ao primeiro: CONVERSAR

Que fique estabelecido aqui, agora e sempre: crianças não gostam de


conversar. Quanto menos idade a criança possuir, mas certeira é essa
afirmação. Particularmente se o "conversar" em questão é uma série de
perguntas realizadas por um adulto que quer falar de algo sobre o qual a
criança não quer falar, com palavras que muitas vezes ela não entende e
exigindo dela recursos cognitivos e linguisticos que ela não possui.

É importante lembrar sempre que a capacidade verbal é algo que está em


desenvolvimento nas crianças e, portanto, não é o seu "forte".

Dizer para uma criança que ela vai ao psicoterapeuta para conversar acaba
resultando em crianças que chegam a terapia e reproduzem o discurso dos
pais, como papagaios, e tão logo se livram de tal "tarefa", cortam o assunto e
tentam fortemente fazer outra coisa que não seja falar sobre isso,o que
muitas vezes aparece sob a forma de "não sei" variados ou de silêncios solenes
diante das insistentes perguntas e tentativas do psicoterapeuta de sustentar a
conversa.

A insistência nesse tipo de interação geralmente resulta em crianças


absolutamente resistentes na relação com o psicoterapeuta, por vezes
inclusive se recusando vir a sessão terapêutica, ou então a "crianças-robôs" ,
boazinhas, que fazem o que o psicoterapeuta quer, reproduzindo sua forma
básica de lidar com os adultos fora da terapia, sem que nenhuma
transformação efetiva aconteça no processo terapêutico

Se é certo que crianças não conversam como adultos, sabemos também que
elas tem como prioritárias um outro tipo de conversa: a conversa lúdica.

Crianças "falam", conversam, se expressam, se mostram e comunicam através


de suas formas de brincar e jogar. A linguagem lúdica é a forma primordial
das crianças se relacionarem com o mundo e assim precisa ser também na
psicoterapia.

Portanto, para conversarmos com a criança, precisamos nós, os


psicoterapeutas, mudar a "chave" da forma de comunicação. Somos nós que
vamos encontra-la na sua linguagem lúdica, da fantasia e do jogo. E não ao
contrário....

Sendo assim, precisamos substituir o CONVERSAR pelo BRINCAR.


E o segundo erro mortal?

Esse é clássico e fatal. Talvez o mais fatal de todos. E certamente o mais


conhecido de todos os psicoterapeutas de crianças.

É o IGNORAR A IMPLICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS na eclosão e manutenção


dos sintomas e dificuldades apresentados pela criança.

(Mas Luciana....não são eles mesmo que levam a criança? os sintomas não
fazem parte da queixa dos pais?? como eles poderiam estar colaborando para
isso...???)
A resposta é: eles não sabem que estão implicados!

E nossa tarefa é mostrar isso para eles....

Uma criança não é um ser que nasce e se cria dentro de uma bolha estéril. Ela
faz parte de um campo de forças relacionais que interagem e se afetam
mutuamente o tempo inteiro. O que equivale a dizer que a forma como a
criança se apresenta nesse momento, com tudo que ela tem, é fruto dessa
interação ininterrupta com seu ambiente, que inclui naturalmente as pessoas
mais próximas e suas experiencias relacionais em todos os contextos que
frequenta e experimenta.

Em outras palavras, todas as formas de ser e estar no mundo que a criança


desenvolve (satisfatórias ou não) são construídas em função dessas relações, o
que significa que muitas vezes as crianças estão, com seus sintomas,
reagindo a situações e relações que por elas são vivenciadas.

Os adultos envolvidos na situação, na maioria das vezes não se dão conta de


como contribuem para a questão apresentada pela criança; são "pontos cegos"
que cabe ao psicoterapeuta identificar e apontar.

Se não fizermos isso, corremos o risco de trabalhar em prol de um objetivo


enquanto os responsáveis, inadvertidamente, sem perceberem, puxam para o
lado contrário.....e, dessa forma, a psicoterapia da criança não tem
resultados satisfatórios, algo fica "emperrado", impedindo a mudança.

Uma outra consequência de tal erro, é que se não trabalhamos a implicação


dos responsáveis nos comportamentos e sintomas apresentados pela criança,
no momento em que a psicoterapia começa a possibilitar que a criança
transforme seus comportamentos, esses mesmos responsáveis se ressentem da
mudança e começam a perceber a psicoterapia como algo ameaçador ou que
esta "piorando" a criança.

Isso se dá porque nem sempre a criança muda da forma como os responsáveis


desejam ou muitas vezes tais mudanças deixam em aberto necessidades,
dificuldades e "feridas" dos mesmos, que antes eram mascaradas pela
"doença" da criança.

Por isso é fundamental que ao trabalharmos com uma criança, JAMAIS


deixemos de acompanhar os responsáveis ao longo do processo terapêutico,
para auxilia-los a enxergar sua participação na questão da criança, por um
lado, e a lidar com as mudanças que forem acontecendo, por outro.

Se assim não o fizermos, corremos o sério risco de amargarmos uma série de


processos terapêuticos interrompidos "do nada" e nos encontrarmos em
situações onde a interferência dos responsáveis é tão grande que não nos
permite trabalhar.

Sendo assim, precisamos substituir o foco NA CRIANÇA pelo foco NAS


RELAÇÕES que ela estabelece.

E, por fim, o terceiro erro mortal....

Quando falo de USAR TÉCNICAS SEM CONTEXTO, estou falando de


psicoterapeutas que, para se assegurarem que estão fazendo o melhor em sua
atuação, fazem inúmeros cursos, leem uma serie de livros, compilam técnicas
e mais técnicas ( e nem sempre elas combinam entre si.....) e preenchem a
sessão terapêutica com uma serie de "atividades", sem levar em conta o
desejo da criança e aquilo que ela mesmo aponta e que surge
espontaneamente na sessão.

Usada dessa forma, toda e qualquer técnica torna-se um exercício, uma


atividade "aplicada" a situação terapêutica sem que o fluxo possível da criança
seja respeitado, fazendo da relação terapêutica algo bem parecido com todas
as outras relações que a criança estabelece fora da terapia, a saber, relações
verticais, onde existe sempre uma autoridade que sabe o que é melhor para a
criança, que decide o que ela vai fazer e como vai fazer, que escolhe o que
deve ser investigado, trabalhado, melhorado.
O resultado disso é muitas vezes uma criança que se recusa a fazer as coisas
propostas pelo psicoterapeuta, simplesmente porque esse não é o seu foco,
sua energia não está ali, o seu caminho para chegar as suas questões e
dificuldades não é esse.

A unica coisa que o psicoterapeuta consegue é resistência e desconfiança, por


vezes travando uma "batalha" com a criança e, com isso, perdendo
completamente o proposito da psicoterapia que deveria ser o de acolher a
criança tal como ela se apresenta e acompanha-la no desdobramento de seu
mundo interno, seus padrões e suas formas habituais de se relacionar, no
tempo de cada uma, na linguagem lúdica, e a partir daquilo que a criança
escolhe fazer na sessão terapêutica.

Em algumas outras situações a criança simplesmente faz o que é pedido, mas


sem nenhum engajamento, sem nenhuma energia e, portanto, sem abrir
possibilidades para uma real transformação. Pelo contrário, a criança
"boazinha", reproduz seu padrão relacional submisso, sua dificuldade de
efetuar escolhas e de dizer "não" para aquilo que não serve para ela ( o que
certamente ela faz também fora da terapia ) e com a ajuda do
psicoterapeuta!!!!

Mas ai você pode me perguntar: e como usar as técnicas então?

As técnicas para auxiliar a criança a se conhecer mais e construir novas


possibilidades de ser e estar no mundo tem o seu lugar, mas precisam
obedecer o critério máximo: a orientação da própria criança, daquilo que ela
escolhe e aponta como possível na sessão terapêutica, o que significa dizer
que utilizamos técnicas dentro do contexto que a criança nos traz, tanto em
termos de recursos lúdicos escolhidos como de assuntos a serem abordados e
jamais impomos qualquer atividade ou recurso sem que ela tenha se engajado
inicialmente e por livre escolha na proposta.

Sendo assim, precisamos substituir o USO DAS TÉCNICAS SEM CONTEXTO e


trazidas a priori, pelo acompanhar as crianças em suas escolhas e USAR AS
TÉCNICAS PARA EXPANDIR, DESENVOLVER E ESMIUÇAR o que está sendo trazido
pela criança.

Se ficarmos atentos a esses 3 tópicos:


1. Estabeleceremos um vinculo forte de confiança e aceitação
com a criança, pré requisito básico para que ela deixe que entremos
no "seu mundo"
2. Ganharemos a confiança e colaboração dos adultos que
cercam a criança, agilizando o tempo do processo terapêutico e
garantindo mudanças mais expressivas e significativas para a criança
e os adultos envolvidos.
3. Eliminamos drasticamente a chance de interrupções precoces
e abruptas do processo terapêutico.

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