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Médico assistente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, 2Docente do Departamento de Clínica
Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP.
CORRESPONDÊNCIA: Unidade de Emergência do HCRP, Centro de Estudos de Emergência em Saúde, Rua Bernardino de Campos, 1000.
Centro, Ribeirão Preto SP. CEP 14015-130. Telefone: (16) 3602-1225 / Fax: (16) 36021248. (E-mail: fabioneves@hcrp.fmrp.usp.br)
Neves FF, Pazin-Filho A. Raciocínio clínico na sala de urgência. Medicina (Ribeirão Preto) 2008; 41 (3): 00-00.
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Raciocínio clínico na sala de urgência Medicina (Ribeirão Preto) 2008; 41 (3): 00-00
Neves FF, Pazin-Filho A http://www.fmrp.usp.br/revista
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Medicina (Ribeirão Preto) 2008; 41 (3): 00-00 Raciocínio clínico na sala de urgência
http://www.fmrp.usp.br/revista Neves FF, Pazin-Filho A.
A próxima etapa do raciocínio clínico é a cria- de presença de hálito etílico pode dificultar o diagnós-
ção da representação do problema clínico, a qual tico, pois o médico já cuidou de vários pacientes em-
é uma abstração mental que sintetiza em uma senten- briagados com diminuição do nível de consciência e
ça o caso específico.6 Muitas vezes os médicos não estes não evoluíram para o diagnóstico de AVC. 12 O
percebem esta etapa do raciocínio clínico e a realizam médico deve ficar atento às correlações ilusórias, onde
intuitivamente. o efeito é atribuído a uma causa, entretanto sem co-
Denomina-se problema clínico a queixa que nexão clara do ponto de vista fisiopatológico. A into-
necessita de investigação diagnóstica, pois interfere xicação etílica não poderia explicar a anisocoria do
na qualidade de vida, requerendo uma ação terapêuti- paciente, mas se o foco estiver em apenas uma hipó-
ca ou preventiva por parte do médico.9 tese diagnóstica, o profissional tenderia a desprezar
este achado.
CASO I (Continuação) Outra causa comum de falha diagnóstica é
Baseado neste breve contato, o Dr. Pruden- heurística da disponibilidade. Ela ocorre quando o
te estabelece, rapidamente, o seguinte conceito médico, estimulado por fatos marcantes e recentes da
inicial: prática clínica, tende a procurar com mais ênfase um
diagnóstico, valorizando excessivamente os dados que
Tabagista Dispnéia paro- Idoso
corroboram com a suspeita. Por exemplo, médicos que
xística noturna
atenderam recentemente pacientes com bacteremia,
Etilista Ex-militar Baixa adesão tendem a considerar uma probabilidade excessiva deste
terapêutica diagnóstico para os pacientes subseqüentes.13 Por
Dispnéia Independente Boa estrutura outro lado, a ausência de um exame complementar
familiar tende a fazer o médico pensar menos nas doenças
que exijam este recurso diagnóstico. Na mesma linha
Edema Ansioso Sem patologias de equívoco investigativo está o viés de confirma-
prévias ção, onde o médico direciona sua investigação de for-
ma inflexível para a impressão diagnóstica inicial equi-
O médico organiza o conceito inicial e gera vocada. Ele nunca faz questões que possam enfra-
a seguinte representação do problema: Homem quecer a suspeita diagnóstica inicial.14
idoso e tabagista com edema e dispnéia. Para estabelecer as hipóteses diagnósticas, o
médico deve escolher os dados mais relevantes do
Quase que simultaneamente à formulação da conceito inicial e se policiar continuamente, evitando
representação do problema clínico, o médico produz as vieses. A seleção destes dados deve levar em conta a
hipóteses diagnósticas. Elas surgem de forma espon- melhor relação entre sensibilidade e especificidade
tânea, em intensidade proporcional à capacidade do para o diagnóstico da doença hipotética. Por exemplo,
médico em conceber explicações plausíveis. A maio- o achado de tufos auriculares é bastante específico
ria dos médicos formula de três a cinco hipóteses diag- para o diagnóstico de gota, assim como a presença de
nósticas, as quais são produzidas através de heurísti- dor articular é bastante sensível. No entanto, a maio-
cas, que são associações rápidas e práticas entre dados ria dos pacientes com gota não apresenta tufos auri-
(sinais e sintomas) e explicações potenciais (doença ou culares (baixa sensibilidade) e a maioria dos casos de
síndrome específicas).10 Estas heurísticas surgem na dor articular não são relacionados à gota (baixa espe-
memória do médico, intuitivamente, o qual ordena da- cificidade), tendo pouca produtividade a análise isola-
dos oriundos do seu conhecimento (estudo) e de suas da destes achados.
vivências clínicas prévias (experiência profissional). Nesta fase, o médico utiliza o denominado co-
Existem riscos inerentes à utilização das heu- nhecimento centrado no dado e busca o maior nú-
rísticas, podendo atrasar ou distorcer o diagnóstico mero possível de doenças que expliquem o problema
clínico.11 Uma falha freqüente é a heurística de re- clínico. Estas doenças são enumeradas de forma
presentação, onde ocorre uma generalização de acha- hierarquizada, visto que o médico possui um roteiro
dos clínicos similares para populações distintas. Por pré-estabelecido de cada doença em sua base de co-
exemplo, quando um paciente apresenta quadro típico nhecimentos e priorizará aquelas cujo quadro clínico
de acidente vascular cerebral (AVC), a informação do paciente mais se correlacione.6
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radiografia simples de tórax. No ECG, o médico incluindo os achados de exames complementares al-
observa um ritmo de fibrilação atrial, sem outras tamente específicos, como fibrilação atrial no ECG
alterações morfológicas. Na radiografia é evidente (93%) e congestão venosa pulmonar na radiografia
a congestão venosa pulmonar, embora a área car- de tórax (96%), o médico define com grande margem
díaca não esteja aumentada. de segurança o diagnóstico de insuficiência cardíaca.
O médico inicia um tratamento com vasodi- É importante ressaltar que na prática médica
latador e diurético de alça e interna o paciente diária, o clínico faz este tipo de análise estatística de
para compensação do quadro de insuficiência car- forma inconsciente, muitas vezes comparando o caso
díaca. atual com experiências prévias semelhantes.
A definição do diagnóstico de insuficiência car- Em resumo, o raciocínio clínico clássico com-
díaca congestiva seguiu uma inferência estatística preende a aquisição de informação, a determinação
Bayesina.17 O Teorema de Bayes determina uma abor- de hipóteses diagnósticas, que são paulatinamente re-
dagem normativa e seqüencial para o processamento finadas através de um processo cíclico que envolve o
da informação. conhecimento do dado e da doença que ampliam a
O conhecimento é processado na forma de hi- probabilidade de uma determinada hipótese, podendo
póteses, caracterizadas por uma probabilidade subje- estar sujeito a diversos erros. A maioria dos casos é
tiva da ocorrência da doença (hipótese verdadeira). conduzida através deste processo cognitivo. Entretanto,
A melhor aplicação deste teorema é quando neces- as peculiaridades da emergência impõem novos tipos
sitamos rever a hipótese quando uma nova informa- de abordagem que serão descritos a seguir.
ção é recebida. A nova informação fornece uma ra-
zão de verossimilhança que é aplicada na informação CASO II
antiga, gerando uma probabilidade posterior.18 O segundo paciente é um homem de 50 anos
Aplicando o conceito de Bayes no caso clínico com dor em flanco direito há 20 minutos, em cólica
acima teríamos a seguinte seqüência estatística: um de forte intensidade, que irradiava para a região
homem de 68 anos apresenta dispnéia aos esforços. inguinal, acompanhada de hematúria franca. Apre-
A prevalência de insuficiência cardíaca num homem sentava-se pálido, com intensa sudorese e fácies
na sétima década de vida é de aproximadamente 14% de dor. Imediatamente, o Dr. Prudente faz o diag-
(probabilidade pré-teste). Durante a entrevista clíni- nóstico de cólica ureteral, solicita que a técnica
ca, o paciente referiu ter medidas elevadas de pres- de enfermagem obtenha acesso venoso periférico
são arterial. A probabilidade mudou? Segundo o teo- e prescreve antiinflamatório endovenoso. Como a
rema de Bayes sim. A taxa de verossimilhança é deter- melhora da dor é parcial, o médico prescreve anal-
minada pela razão entre a probabilidade de um tes- gésico opiáceo, com resolução do sintoma.
te positivo na presença da doença e chance da po- O médico acaba de utilizar o método de iden-
sitividade do teste na ausência de doença (sensibili- tificação de padrão. Ele pode ser considerado um
dade / 1 - especificidade). No caso em questão, a sen- diagnóstico de porta, onde o diagnóstico é freqüen-
sibilidade do teste (presença de hipertensão) é 60% e temente óbvio, basicamente visual.15 O problema deste
a especificidade 56%, dando uma razão de verossimi- modelo é que o médico pode fechar o diagnóstico pre-
lhança de 1,36.19 Assim, a probabilidade pós-teste da maturamente e equivocadamente (viés de ancora-
doença é de 19% (14% x 1,36). O paciente também gem).20 O clínico tende a ignorar dados adicionais que
se queixou de dispnéia aos esforços, cuja sensibilida- refutam o diagnóstico inicial podendo causar dano
de e especificidade são, respectivamente, 84% e 34%, irreparável.2 O caso II poderia tratar-se de um paci-
determinando uma razão de verossimilhança de 1,27. ente com dissecção aguda da aorta cujo diagnóstico
A nova probabilidade pós-teste é de 24,1%. Durante precoce seria dificultado pela administração de anal-
o exame físico, o médico observou a presença de gésicos e pela decisão de não investigação dos diag-
edema de membros inferiores. Este achado tem uma nósticos alternativos ao padrão identificado.
sensibilidade de 50% e uma especificidade de 78%.
Seguindo a mesma lógica estatística, a nova probabili- CASO III
dade pós-teste para insuficiência cardíaca seria de Uma mulher de 65 anos que após lavar o
54,7% (24,1% x 2,27). Após todos os testes positivos, piso da casa apresentou dor torácica de forte in-
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tensidade, à direita, sem irradiação, ventilatório- 1- Avalia a reatividade do paciente através de estí-
dependente e que piora com a palpação do local. mulos táteis e auditivos: o paciente não reage;
A dor já dura 45 minutos e é caracterizada como 2- Ele solicita que a enfermeira busque o desfi-
muito intensa pela paciente. O exame físico é nor- brilador na sala ao lado;
mal, exceto por hipertensão arterial moderada e
3- Avalia a respiração do paciente: paciente não
discreta taquicardia.
respira;
O Dr. Prudente afere a pressão arterial nos
quatro membros, solicita radiografia simples de 4- Pesquisa a possibilidade de corpo estranho obs-
tórax, ECG de 12 derivações, enzimas cardíacas e truindo a via aérea: o tórax expande normal-
pesquisa sérica de dímeros D. Ele pretende excluir mente após ventilação com bolsa e máscara;
os diagnósticos de tromboembolismo pulmonar, sín- 5- Procura a presença de pulso carotídeo: paci-
drome coronariana aguda, dissecção de aorta e ente sem pulso;
pneumotórax espontâneo, apesar de ter quase cer-
teza de que se trata de uma distensão muscular. 6- Inicia ressuscitação cárdio-pulmonar com com-
pressões torácicas numa freqüência de 100 por
Neste caso o Dr. Prudente utilizou um método minuto e ventilações com dispositivo bolsa más-
cognitivo denominado exclusão do pior cenário. O cara e 100% de fração inspirada de oxigênio,
médico faz uma revisão mental das principais doen- numa proporção de 30 compressões para duas
ças de alta mortalidade que devem ser excluídas no ventilações;
quadro clínico.2;21 Se todos estes diagnósticos foram 7- Quando a enfermeira traz o desfibrilador, o Dr.
excluídos, provavelmente o paciente não corre risco Prudente interrompe as manobras e identifica
iminente de morte, podendo o médico avaliar a situa- o ritmo de fibrilação ventricular com as pás do
ção de forma tranqüila e analítica. A principal falha desfibrilador. Instantaneamente, ele aplica um
deste método é o fato do médico considerar apenas choque elétrico não sincronizado de 360 joules
os diagnósticos mais familiares. Também pode ocor- e o paciente volta para ritmo sinusal, com pul-
rer retardo no tratamento e utilização ineficaz de re- so palpável, pressão audível (70/30 mmHg),
cursos visto que a exclusão das doenças potencial- porém sem ventilação espontânea.
mente graves é morosa e cara.
Observe que os métodos de identificação de 8- O médico realiza intubação orotraqueal e faz
padrão (CASO II) e exclusão do pior cenário (CASO prova de volume com solução cristalóide, após
III) podem ser considerados variações do CASO I. certificar-se da ausência de congestão pulmo-
Neles o paciente está consciente, mas apresenta des- nar;
conforto de tal nível que pode inviabilizar o raciocínio 9- Ele prescreve amiodarona (ataque e manuten-
clínico hipotético-dedutivo ou nos quais a utilização de ção), solicita ECG, enzimas cardíacas, radio-
método hipotético-dedutivo pode colocar o paciente grafia de tórax, eletrólitos e gasometria arte-
em risco inaceitável, frente ao ônus a ser pago na even- rial, transferindo o paciente para o CTI.
tualidade de erro diagnóstico. Nestas situações, estes
métodos são mais adequados para o atendimento ime- Apenas uma hora após estas ações, um fa-
diato, garantindo a estabilização do paciente até que miliar é identificado e informa com detalhes os
se tenham condições de prosseguir no processo diag- eventos ocorridos com o paciente.
nóstico com segurança. Neste caso, o médico não teve condição de uti-
lizar o modelo hipotético-dedutivo. Ele não conhecia
CASO IV os dados clínicos do paciente, não teve tempo para
Um paciente de meia idade, sem acompa- realizar exame físico completo e não sabia a causa da
nhante, é trazido inconsciente e direcionado para parada cardíaca. O Dr. Prudente utilizou o método
a sala de emergência. O auxiliar de enfermagem do algoritmo, o qual tenta simplificar o processo de
refere que o paciente acaba de perder a consciên- tomada de decisão dividindo-o numa série de estági-
cia. De forma automática o Dr. Prudente executa os. Este método de raciocínio clínico é amplamente
uma série de ações críticas: divulgado em cursos como o ATLS e o ACLS.22;23
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Alguns críticos consideram este modelo cogni- ações que preservam a atividade de órgãos nobres,
tivo intelectualmente pouco desafiador, mas ele ofe- antes mesmo do estabelecimento diagnóstico.2 No
rece a vantagem de economizar tempo e reduzir a atendimento médico em questão, o objetivo primordial
ansiedade do médico, visto que diminui a margem de do Dr. Prudente foi à manutenção das funções vitais,
erro nas situações que necessitam ação rápida, como ou seja, o tratamento do choque, mesmo sem ter cer-
no atendimento da parada cardíaca.2 Entretanto, o uso teza da etiologia deste. Após a estabilidade clínica do
não crítico deste instrumento pode ser deletério, visto paciente, o médico terá condição de obter dados que
que nem todos os casos podem se enquadrar no pa- possibilitem o diagnóstico etiológico e conseqüente tra-
drão esperado. Por exemplo, um algoritmo para trata- tamento direcionado à causa. É fundamental que a
mento da insuficiência cardíaca descompensada indi- condução do evento seja encarada pelo médico como
ca a utilização de diurético e nitrato para um paciente uma medida ponte e que o diagnóstico etiológico pre-
dispnéico e com edema de membros inferiores.24 ciso deve ser enfaticamente perseguido.
Entretanto, o paciente pode ter insuficiência Os casos IV e V, ao contrário dos casos an-
cardíaca diastólica e hipertrofia septal com obstrução teriores, não podem ser considerados variações do
da via de saída, sendo o tratamento preconizado no CASO I. Neles, os pacientes encontram-se em con-
algoritmo potencialmente danoso.25 dições críticas de risco iminente de vida e não há con-
Para o bom uso destes protocolos é fundamen- dições de se realizar o raciocínio clínico pelo método
tal que o médico compreenda adequadamente a base hipotético-dedutivo clássico. Para contornar as limita-
científica da seqüência de decisões determinadas no ções do processo, estes métodos estão fundamenta-
algoritmo. Assim, ele pode identificar os pacientes que dos em conhecimento prévio e garantem uma atua-
não se adequam às diretrizes. ção praticamente reflexa frente a parâmetros objeti-
vos. Deve-se ter em mente, a exemplo dos casos II e
CASO V III, que também se tratam de situações paliativas, até
O último paciente da tumultuada manhã do que o método clássico possa ser empregado.
Dr. Prudente é um jovem portador de seqüela neu-
rológica grave com alta dependência. A mãe traz
o jovem ao hospital porque ele está interagindo 3- CONCLUSÃO
menos e deixou de alimentar-se há dois dias. En-
contrava-se pálido, diaforético, cianótico e com Na sala de urgência temos o ambiente com
padrão respiratório superficial. Ao exame foi ob- maior proporção de erros evitáveis, que ocorrem prin-
servada febre aferida em 39º C, hipotensão, ta- cipalmente por falhas no raciocínio clínico. Os erros
quicardia e taquipnéia. A ausculta pulmonar evi- médicos podem ser causados por falhas intelectuais,
denciava roncos difusos. más condições ambientais e pela falta de rotina de
O médico realizou intubação orotraqueal e checagem de erros.1;26 A ansiedade presente durante
instalou ventilação mecânica com alta oferta de o tratamento de uma emergência leva à redução da
oxigênio. Foi prescrita reposição volêmica rigo- capacidade psicomotora e cognitiva dos médicos au-
rosa e instalado cateter venoso central. Após a mentando a freqüência de erros.4
administração de fluidos endovenosos sem recu- Somado a estas limitações, as situações enfren-
peração dos níveis pressóricos, o médico prescre- tadas pelos médicos na sala de urgência impõem no-
veu noradrenalina em infusão contínua. O paci- vos métodos de raciocínio, que fogem do padrão clás-
ente teve a pressão arterial e a oferta tecidual de sico hipotético-dedutivo e que, apesar de serem ne-
oxigênio normalizadas. O Dr. Prudente conseguiu cessários e apresentarem vantagens nas situações de
leito de terapia intensiva e transferiu o paciente. avaliação inicial, podem ampliar a margem de erro
posterior. O conhecimento destes processos de racio-
O médico utilizou uma estratégia denominada cínio diagnóstico e a limitação decorrente do seu uso
condução do evento. É um método muito utilizado podem auxiliar o desenvolvimento de autocrítica e re-
nos departamentos de emergência, que prioriza as duzir a ocorrência de erros.
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Neves FF, Pazin-Filho A. Clinical reasoning at the emergency department. Medicina (Ribeirão Preto) 2008; 41
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ABSTRACT: Clinical reasoning is the exercise of judging with uncertainty in the care of the
patient. No medical environment is as unpredictable as to the emergency room, and the clinical
reasoning is often hampered by several factors, such as the need for rapid decision-making, work
overload, poorly trained staff, incomplete clinical data, frequent interruptions and patients poor
collaboration. However, this environment often chaotic, concentrates the bulk density of decisions
on medical practice, many of them vital. This article will use illustrative cases to describe the
classic model of clinical reasoning, as well as other models that arise from the peculiarities of the
emergency practice, in order to help developing self-assessment in the diagnostic process,
seeking the reduction of avoidable errors.
keywords: Clinical Reasoning. Medical Problem Solving. Clinical Decision Making. Clinical
Competence. Emergency Medicine.
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