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PLEXO LOMBO-SACRAL

Os nervos lombares são cinco pares de nervos espinhais derivados da medula


espinhal localizados entre a nona vértebra torácica e a porção inferior da décima
primeira. Cada um se divide em um nervo espinhal típico. As divisões primárias
posteriores dividem-se em (1) ramos mediais, que inervam os músculos multífidos da
espinha (os três inferiores enviam também pequenos ramos sensitivos para a pele e
região sacral), e (2) ramos laterais; dentre eles os três superiores fornecem ramos para
os músculos sacroespinhais adjacentes e se tornam os nervos glúteos superiores
cutâneos. Os dois ramos laterais inferiores são pequenos e terminam nos músculos
sacro-espinhais. As divisões primárias anteriores dos nervos lombares juntamente com
aquelas dos nervos sacral e coccígeo formam o plexo lombo-sacral, no qual se
encontram os nervos principais da cintura pélvica e membro superior. Um número
variável de ramos comunicantes reúne os nervos lombares e tronco simpático. Pequenos
ramos recorrentes inervam a dura espinhal.

O Plexo Lombar

O plexo lombar, localizado no interior do músculo psoas, é a porção superior do


plexo lombo-sacral. É geralmente formado pelas divisões anteriores dos três primeiros
nervos lombares e parte do quarto, e em 50% dos casos ele recebe uma contribuição do
último nervo torácico.

Os nervos L1,L2 e L4 dividem-se em superior e inferior. O ramo superior de L1


forma os nervos ílio-hipogástrico e ílio-inguinal.

O ramo inferior de L1 une-se ao ramo superior de L2 para formar o nervo


gênito-femoral. O ramo inferior de L4 une-se a L5 para formar o tronco lombo-sacral.

O ramo inferior de L2, todos de L3 e o ramo superior de L4 dividem-se, cada um


deles, em divisão anterior, menor, e divisão posterior. As três divisões anteriores unem-
se para formar o nervo obturatório. As três divisões posteriores unem-se para formar o
nervo femoural, e as duas superiores fornecem ramos que formam o nervo cutâneo
lateral da coxa.

Os ramos motores colaterais inervam o músculo quadrado lombar e


intertransversais a partir de L1 e L4, e o músculo psoas a partir de L2 e L3.

Distribuição dos ramos terminais

O nervo ílio-hipogástrrico (T12,L1) passa lateralmente em torno da crista ilíaca


entre os músculos transverso e oblíquo interno e divide-se em um ramos ilíaco (lateral)
que se dirige à pele da parte lateral superior da coxa e num ramo hipogástrico (anterior)
que desce anteriormente para a pele que recobre a sínfise. O nervo ílio-inguinal (L1)
segue um curso ligeiramente inferior ao ílio-hipogástrico, com o qual pode se
comunicar, e é distribuído à pele da parte medial superior da coxa e à raiz do pênis e
escroto ou monte púbico e lábio maior. O nervo gênito-femoral (L1,L2) emerge da
superfície anterior do músculo psoas, caminha obliquamente para baixo sobre a
superfície deste músculo e divide-se em ramo genital, em direção ao músculo cremaster
suprindo a pele do escroto ou lábios vaginais, e ramo femoral, para a pele da parte
supeior média da coxa. O nervo cutâneo lateral da coxa passa obliquamente cruzando o
músculo ilíaco e sob o ligamento de Poupart para se dividir em vários ramos
distribuídos à pele do lado antero-lateral da coxa. O tronco lombo-sacral (L4,L5) desce
para a pelve, onde entra na formação do plexo sacral.

Lesões do Plexo Lombar

As lesões da medula espinhal e cauda eqüina podem comprometer fibras destes


nervos. As lesões não-fatais do plexo lombar são raras por causa da sua localização
profunda, porém podem ser decorrentes de fraturas, ferimentos por arma de fogo,
tuberculose das vértebras, abscesso do músculo psoas e pressão decorrentes de tumores
pélvicos (incluindo o útero grávido).

Características clínicas de acordo com o nervo comprometido:

1. Nervo ílio-inguinal, ílio-hipogástrico e gênito-femoral. A lesão destes nervos por


si só tem pouca importância; entretanto, a perda da sensibilidade ou dor em sua
distribuição pode ter valor na localização de lesões da medula espinhal e lesões
nas raízes. A dor referida na sua distribuição ocorre em doenças da pelve renal e
ureter.

2. Nervo cutâneo lateral da coxa. A lesão tem importância clínica porque este nervo
é freqüentemente sede de parestesia e ocasionalmente dor (meralgia parestésica
de Roth). Os sintomas compreendem insensibilidade, formigamento e dor sobre
a superfície externa e anterior da coxa, mais marcada quando se deambula ou se
permanece de pé. A causa é desconhecida, apesar de terem sido incriminadas
várias entidades patológicas, como por exemple a neurite, acotovelamento do
nervo quando ele deixa a pelve, pressão exercida pelas fáscias, “pé chato”,
obesidade, espondilite e pressão exercida por roupas apertadas. É mais comum
em homens de meia idade e pode ocorrer como primeiro sinal de um tumor da
medula lombar.

O Nervo Femoral (Crural Anterior)

O nervo femoral ó o maior ramo do plexo lombar. Ele se origina das três
divisões posteriores do plexo, que são derivadas do segundo, terceiro e quarto nervos
lombares; emerge da borda lateral do músculo psoas, logo acima do ligamento de
Poupart; desce abaixo deste ligamento entrando no trígono femoral lateral à artéria
femoral, onde se divide em ramos terminais. Os ramos motores acima do ligamento
inguinal inervam os músculos sartório, pectíneo e quadríceps femoral. Os ramos
sensitivos compreendem os ramos cutâneos anteriores da coxa para a superfície ântero-
medial da coxa e o nervo safeno para o lado medial da perna e pé.

Lesões que Afetam o Nervo Femoral

As lesões do nervo femoral freqüentemente comprometem também nervo


obturatório. Devem ser consideradas lesões da medula espinhal, cauda eqüina e
plexo lombar. As lesões periféricas podem ser resultantes de tumores pélvicos,
abscessos do músculo psoas, fraturas da pelve e porção superior do fêmur, uso de
fórceps durante o parto, lesão durante e redução de luxação congênita do quadril,
pressão exercida durante intervenções cirúrgicas prolongadas quando as coxas são
fortemente abduzidas, ferimentos a bala e por armas brancas (especialmente em
tempos de querra), aneurismas da artéria femoral e neurite, particularmente o
diabetes melittus.

Características clínicas:

Estas dependem do nível do comprometimento.

1. Sintomas motores. A paralisia do músculo ílio-psoas determina a


incapacidade de flexionar a coxa sobre o tronco. Se o ilíaco isoladamente
estiver paralisado, a flexão da coxa estará enfraquecida. Na paralisia do
quadríceps estão ausentes tanto a extensão da perna quanto o reflexo patelar.
O andar é difícil (impossível no comprometimento bilateral) e os pacientes
utilizam-se de marchas pseuso-escavante, freqüentemente tornando mais
firmes suas coxas com a ajuda de suas mãos. O andar para trás é mais fácil.

2. Lesões atróficas. A atrofia desenvolve-se na superfície anterior da coxa.

3. Distúrbios sensitivos. A sensibilidade é perdida na distribuição cutânea do


nervo femoral. A dor ocorre com as lesões irritativas e freqüentemente é
mais acentuada no joelho.

4. Lesões parciais. Lesões da coxa podem comprometer somente ramos isolados


do nervo femoral, como por exemplo o nervo safeno isoladamente ou ramos
para o músculo quadríceps.

O Nervo Obturatório

O nervo obturatório origina-se do plexo lombar através das três divisões


anteriores do plexo, que são derivadas do segundo, terceiro e quarto nervos lombares.
Emergindo da borda medial do músculo psoas, próximo ao rebordo pélvico, ele passa
lateral aos vasos hipogástricos e ureter e desce através do canal obturatório em direção
ao lado medial da coxa. No canal, o nervo obturatório divide-se em ramos anterior e
posterior. Os ramos motores da divisão posterior inervam os músculos obturatório
externo e adutor magno. Os ramos motores da divisão anterior inervam os músculos
adutor longo, curto e o músculo grácil. Os ramos sensitivos do ramo anterior do nervo
fornecem inervação para a articulação do quadril e uma pequena área de pele sobre a
parte interna média da coxa.

Lesões que afetam o nervo obturatório:

O nervo obturatório pode ser comprometido pelos mesmos processos que afetam
o nervo femoral; é rara a paralisia isolada. Não são incomuns a pressão exercida pelo
útero grávido e lesão durante o trabalho de parto complicado. A rotação externa e a
adução da coxa são prejudicadas e é difícil cruzar as pernas. Freqüentemente não é
significante a perda sensitiva. A síndrome de Howship-Romberg é causada pela pressão
exercida sobre o nervo obturatório por hérnia do obturador (rara). O principal sintoma é
dor, que se irradia para baixo do lado interno da coxa e frequentemente é mais
acentuada na altura do joelho.

Os Nervos Sacrais

Os nervos sacrais são cinco pares de nervos espinhais derivados de segmentos da


medula espinhal, localizados em posição oposta aos corpos das vértebras 12a torácica e
primeira lombar. As quatro divisões primárias posteriores superiores passam através dos
forames sacrais posteriores, com a quinta divisão emergindo entre o sacro e o cóccix. As
três superiores dividem-se em dois conjuntos de ramos: ramos mediais, que são
distribuídos para os músculos multífidos, e ramos laterais, que se tornam nervos glúteos
mediais e inervam a pele da parte medial do glúteo máximo. As duas divisões primárias
posteriores, com a divisão posterior do nervo coccígeo, inervam a pele do cóccix.

As divisões primárias anteriores aparecem nos forames sacrais anteriores e


contribuem, em parte, para o plexo lombo-sacral. Este acha-se descrito abaixo.

Os ramos brancos (parassinpáticos, neste caso) passam do segundo, terceiro e


quarto nervos sacrais para as vísceras pélvicas e abdominais inferiores, via plexo
hipogástrico. Os ramos cinzentos (simpáticos) reúnem-se a cada nervo sacral a partir do
tronco simpático.

Os pequenos ramos meníngicos recorrentes dirigem-se para trás em direção à


dura espinhal.

O Plexo Sacral

A porção sacral do plexo lombo-sacral localiza-se fazendo face ao músculo


piriforme sobre a parede posterior da pelve. Em frente a ele estão o colo pélvico, os
vasos hipogástricos e o ureter. Geralmente origina-se através de cinco raízes do plexo,
formadas pelas divisões primárias anteriores do quinto nervo e parte do quarto nervo
lombar (tronco lombo-sacral) e o primeiro, juntamente com partes do segundo e terceiro
nervos sacrais. Um ramo terminal principal, que é o nervo isquiático, e vários ramos
colaterais são formados pelo plexo.

Cada uma das cinco raízes do plexo divide-se numa divisão anterior e posterior.
As quatro divisões superiores posteriores juntam-se para formar o nervo fibular comum.
Todas as cinco divisões anteriores (L4,L5,S1,S2,S3) reúnem-se para formar o nervo
tibial. (na coxa, os nervos tibial e fibular estão fundidos formando o nervo isquiático). A
divisão posterior de S3, juntamente com ramos das divisões anteriores de S2 e S3
contribuem para o plexo pudendo.

Ramos Colaterais das Divisões Posteriores

O nervo glúteo superior (L4, L5, S1) passa acima do músculo piriforme, através
do forame isquiático maior em direção às nádegas, onde inerva os músculos glúteo
médio e mínimo e o músculo tensor da fáscia lata. O nervo glúteo inferior (L5,S1,S2)
passa abaixo do músculo piriforme, através do forame isquiático maior, em direção ao
músculo piriforme deixa fibras de S1 e S2. O nervo glúteo medial inferior (cutâneo
perfurante, S2,S3) atravessa o ligamento sacro-tuberalo e se distribui para a região
glútea medial inferior.

O nervo cutâneo posterior da coxa (isquiático menor) se contitui num ramo


colateral com raízes oriundas das divisões anterior e posterior de S1, S2 e das divisões
anteriores de S2 e S3. Os ramos perineais dirigem-se para a pele da superfície medial
superior da coxa e para a pele do escroto ou lábio maior. Os nervos glúteos inferiores
estendem-se para a região glútea lateral inferior, e os ramos cutâneos da coxa, para a
porção posterior da coxa em direção ao lado medial. Os ramos colaterais das divisões
anteriores estendem-se para os músculos quadrado femoral e gêmeo inferior (vindos de
L4,L5 e S1) e para os músculos obturatório interno e gêmeo superior (vindos de L5,S1 e
S2).

Lesões do Plexo Sacral

Leões da medula espinhal e da cauda eqüina podem comprometer esses nervos.


A lesão do plexo propriamente dita é infrequente, porém pode resultar de fraturas
pélvicas, luxações, ferimentos por armas de fogo e brancas, tuberculose e tumores
malignos da pelve, pressão exercida pela cabeça do feto ou trauma de fórceps durante o
parto, ou neurites tóxicas ou infecciosas.

Características clínicas de acordo com os nervos comprometidos:

O nervo isquiático acha-se discutido separadamente.

1. Nervo glúteo superior (L4,L5,S1). Raramente comprometido de maneira isolada.


A paralisia dos músculos glúteos médio e mínimo enfraquece a abdução da
perna, que interfere com a deambulação e determina a inclinação da pelve para o
lado oposto quando o paciente repousa sobre o membro afetado. Pode-se testar a
força do abdutor contra a abdução passiva.

2. Nervo glúteo inferior (L5, S1,S2). Lesado mais freqüentemente do que o glúteo
superior, apesar de raras vezes isoladamente. A paralisia do músculo glúteo
máximo e fraqueza conseqüente do poder de extensão do quadril torna difícil
para o paciente elever-se de uma posição sentada ou correr, pular e subir
escadas. Nas lesões unilaterais, a contração das nádegas é assimétrica.

3. Nervo cutâneo posterior da coxa (isquiático menor). A dor em sua distribuição


pode ocorrer com lesões parciais e irritativas do plexo ou das raízes. A
interrupção completa é seguida por perda sensitiva em sua distribuição.

O Nervo Isquiático

O nervo isquiático é o maior nervo do corpo. Ele consiste em dois nervos


reunidos por uma mesma bainha: o nervo fibular comum, formado pelas quatro divisões
posteriores superiores do plexo sacral, e o nervo tibial, formado por todas as cinco
divisões anteriores. O nervo deixa a pelve através do forame isquiático maior,
freqüentemente abaixo do músculo piriforme, e desce entre o trocanter maior do fêmur e
a tuberosidade isquiática ao longo da superfície posterior da coxa para o espaço
poplíteo, onde ele termina nos nervos tibial e fibular comum. Os ramos da coxa inervam
os músculos do jarrete. Os ramos do tronco tibial passam para os músculos
semitendinoso e semimembranoso, a cabeça curta do bíceps femoral, e para o músculo
adutor magno. Um ramo do tronco fibular comum inerva a cabeça curta do músculo
bíceps femoral.

Lesões que afetam a nervo isquiático:

A lesão do nervo isquiático pode resultar de uma hérnia de disco intervertebral


(núcleo pulposo protuído). Luxações do quadril ou tentativa à redução das mesmas;
lesão no parto sobre a criança através de tração sobre as pernas, ou lesão na mãe
decorrente de compressão exercida pelo feto ou pelo fórceps; fraturas da pelve, tumores,
ferimentos por armas de fogo ou brancas; ou injeções de drogas no nervo ou próximo a
ele. Podem ocorrer polineurites alcoólicas, por chumbo, arsênio ou infecciosa, bem
como mononeurite devido à osteoartrite da coluna vertebral ou articulação casro-ilíaca.

Características clínicas:

A) Sinais Motores

a. Paralisia dos músculos do jarrete – a flexão da perna é perdida (ou


enfraquecida em lesões parciais, que freqüentemente poupam os
músculos semitendinoso e semimenbranoso).

b. Paralisia de todos os músculos da perna e pé, causando uma marcha


escarvante e incapacidade para se permanecer em pé sobre os
calcanhares ou dedos. É impossível correr.

c. Perda do reflexo aquileu e do reflexo plantar.

B) Distúrbios Sensitivos. A sensibilidade é perdida sobre a face externa da


perna e todo o pé, exceto para as porções do arco do pé e do maléolo
interno. A dor causálgica acha-se freqüentemente presente com lesões
irritativas ou parciais particularmente do tronco tibial.

C) Lesões atróficas. A atrofia dos músculos comprometidos ocorre, porém ela


pode ser mascarada com edema.

D) Alterações vasomotoras e tróficas. É comum o edema da perna e pé, com a


pele estando seca e descolorida. Freqüentemente é vista hiperqueratose
plantar. Lesões leves à sola do pé podem causar ulcerações que se reparam
lentamente.

E) Lesões parciais. As lesões parciais produzem paralisia dissociada de prejuízo


maior tanto para o tronco tibial quanto para o fibular comum, ou de lesão
parcial a ambos. O nervo fibular comum dificilmente sofre maiores
prejuízos.

F) Sinal “F-ab-re-e” de Patrick (de doença da articulação do quadril). Com o


calcanhar da extremidade dolorosa colocado sobre o joelho oposto, o joelho
afetado permanece elevado e não pode ser abaixado em direção ao leito sem
ocorrer dor. Em resumo, a dor ocorre na tentativa de flexão, abdução e
rotação externa eextensão simultaneantente (F-ab-re-e). Na dor isquiática, a
dor do joelho do lado afetado acha-se somente discretamente e pode ser
abaixado em direção ao leito sem ocorrer dor ou rotação da pelve.

G) Sinal de Lasègue (de doença do nervo isquiático). A dor acha-se ao longo do


trajeto do nervo isquiático quando este é estirado através de flexão da coxa
sobre o abdome e estendendo-se a perna na altura do joelho. Quando
sentado em uma cadeira, o paciente torna-se incapaz de estender totalmente
o joelho por causa de dor.

O Nervo Fibular Comum (poplíteo externo) – L4,L5,S1,S2

O nervo fibular comum é formado por fusão das quatro divisões posteriores do
plexo sacral e desta maneira deriva suas fibras dos dois seguimentos lombares inferiores
e dos dois seguimentos sacrais superiores da medula espinhal. Na coxa, ele é um
componente do nervo isquiático até a porção superior da fossa poplítea. Aqui ele inicia
seu curso independente, descendo ao longo da borda posterior do músculo bíceps
femoral, cruzando diagonalmente o dorso do joelho em direção à porção externa
superior da perna próximo à cabeça da fíbula, onde ele se curva para a frente entre o
fibular longo e o osso dividindo-se em três ramos terminais.

Os ramos emitidos na fossa poplítea são sensitivos e compreendem os ramos


articulares superior e inferior para a articulação do joelho e o nervo cutâneo lateral da
sura, que se junta ao nervo cutâneo medial da sura (do nervo tibial) para formar o nervo
sural, inervando a pele da superfície dorsal inferior da perna, o maléolo externo e o lado
lateral do pé e do quinto dedo.

Os três ramos terminais são o recorrente articular e os nervos fibulares


superficial e profundo. O nervo articular recorrente acompanha a artéria tibial anterior
recorrente, inervando as articulação tíbio-fibular e do joelho e um ramo para o músculo
tibial anterior. O nervo fibular superficial desce ao longo do septo intermuscular para
fornecer ramos motores para os músculos fibulares longo e curto, ramos cutâneos para a
porção ântero-inferior da perna e ramos cutâneos terminais para o dorso do pé, parte do
hálux e lados adjacentes do segundo ao quinto dedos até as segundas falanges. O nervo
fibular profundo (tibial anterior), desce pelo compartimento anterior da perna. Ramos
motores dirigem-se para o tibial anterior, extensor longo dos dedos, extensor longo do
hálux e fibular terceiro. Os ramos articulares inervam as articulações tíbio-fibulares
inferior e do tornozelo. Os ramos terminais dirigem-se para a pele dos lados adjacentes
dos dois primeiros dedos e para o músculo extensor curto dos dedos e articulação
adjacente.

Lesões que afetam o nervo fibular comum:

As lesões do nervo isquiático e do plexo sacral podem comprometer as fibras do


nervo fibular comum. A lesão periférica pode resultar de trauma direto (especialmente
na região do colo da fíbula) ou de fraturas da perna, compressão ou acotovelamento
prolongado, sentar-se com os joelhos cruzados durante muito tempo ou compressão das
pernas em posição de repouso. A neurite primária tem uma predileção especial por este
nervo.
Características clínicas:

1. Distúrbios motores. A paralisia dos músculos extensores, abdutores do pé


causa incapacidade para se extender (dorsifletir) o pé ou falanges proximais
dos dedos, resultando em “pé-caído”; incapacidade para se abduzir e everter
o pé ou para se permanecer em pé sobre o calcanhar afetado; e marcha
escarvante (o paciente eleva alto o joelho e o pé fica suspenso flexionado e
aduzido).

2. Movimentos suplementares. Leve extensão do pé pode acompanhar a flexão


vigorosa dos dedos. A extensão leve dos dedos pode ocorrer quando há
relaxamento súbito dos flexores.

3. Distúrbios sensitivos. A sensibilidade é perdida sobre o dorso do pé e face


externa da perna. Raramente a dor acha-se presente e, se estiver,
freqüentemente é leve.

4. Lesões atróficas. As alterações vasomotoras e tróficas não são acentuadas; os


músculos envolvidos atrofiam-se.

5. Lesões parciais. Estas são infrequentes; elas produzem paralisia dissociada,


como por exemplo, perda de atividade do músculo tibial anterior
isoladamente ou somente dos extensores dos dedos.

6. Biópsia. A biópsia do nervo sural pode ser realizada sob anestesia local, cerca
de 1 cm acima do maléolo lateral. O nervo sural é um nervo sensitivo
adequado para biópsia a fim de se determinar diagnóstico patológico em
pacientes com neuropatias e atrofias nervosas

O Nervo Tibial (poplíteo interno) L4,L5,S1,S3

O nervo tibial é formado por todas as cinco divisões anteriores do plexo sacral,
recebendo, desta maneira, fibras dos dois segmentos lombares inferiores e dos três
segmentos sacrais superiores da medula espinhal. O nervo tibial forma o maior
componente do nervo isquiático na coxa. Ele inicia seu curso próprio na porção superior
da fossa poplítea e desce verticalmente através deste espaço e da face da perna para a
superfície dorso-medial do tornozelo, ponta a partir do qual seus ramos terminais,
nervos plantares medial e lateral, continuam em direção ao pé. A porção do tronco tibial
abaixo da fossa poplítea era antigamente denominada nervo tibial posterior; aquela
porção dentro da fossa era denominada nervo poplíteo interno.

Ramos do Nervo Tibial Propriamente dito

Ramos motores estendem-se para os músculos gastrocnêmio, plantar, sóleo,


poplíteo, tibial posterior, flexor longo dos dedos do pé e flexor longo do hálux. Um
ramo sensitivo, o nervo cutâneo medial da sura, reúne-se ao nervo cutâneo lateral da
sura, ramo do fibular comum para formar o nervo sural (safeno externo), que inerva a
pele da parte dorso-lateral da perna e face lateral do pé. Os ramos articulares passam
para as articulações do joelho e tornozelo.
Há dois ramos terminais (bem como numerosos ramos pequenos articulares não
mensionados). O nervo plantar medial envia fibras motoras para o músculo flexor curto
dos dedos, abdutor do hálux, flexor curto do hálux e primeiro lumbrical; e ramos
sensitivos para a face medial da planta do pé, superfícies plantares dos três e meio dedos
mediais e para as falanges distais dos mesmos dedos. O nervo planter lateral
(comparável ao nervo ulnar da mão e braço) envia ramos motores para todos os
pequenos músculos do pé, exceto para aqueles inervados pelo nervo plantar medial; e
ramos sensitivos para as porções laterais da planta do pé, superfície plantar dos 1 ½
dedos laterais e para as falanges distais destes dedos.

Lesões que afetam o nervo tibial:

As lesões do plexo sacral e nervo isquiático freqüentemente comprometem


fibras do nervo tibial. A paralisia tibial isolada freqüentemente é devida à lesão no ou
embaixo do pescoço poplíteo, como por exemplo decorrente de ferimentos por armas de
fogo ou brancas, acidentes automobilísticos ou fraturas da perna. A lesão do nervo tibial
é muito menos comum do que o a lesão do nervo fibular devido à sua localização mais
profunda e curso mais protegido.

Características clínicas:

1. Sinais motores. Incapacidade para se obter a flexão plantar, a adução ou


inversão do pé, a elevação do pé freqüentemente resulta em contratura do
tibial anterior; incapacidade para se flexionar, abduzir (separar) ou aduzir os
dedos; incapacidade de se permanecer em pé na ponta dos dedos. A
deambulação é difícil, fatigante e freqüentemente dolorosa. O pé pode
tornar-se deformado devido à fibrose da articulação tíbio-tarsal, e a ação sem
oposição dos flexores dorsais pode produzir “pé-em-garra”. O reflexo
aquileu encontra-se ausente.

2. Movimentos suplementares. Flexão plantar débil pelo fibular longo.

3. Distúrbios sensitivos. A sensibilidade é perdida na planta do pé (exceto na


borda interna), nas superfícies laterais do calcanhar e nas superfícies
plantares dos dedos e falanges distais. A dor de natureza causálgica grave é
comum com as lesões incompletas e irritativas.

4. Lesões atróficas. Ocorre atrofia da região posterior da perna e dos músculos


do pé. Pode ser mascarada por edema.

5. Alterações vasomotoras e tróficas. Estas são comuns. O pé torna-se


edemaciado, descolorido e frio. São freqüentemente vistas alterações
ungueais e hipotricose. Ulceras tróficas podem ocorrer sobre os maléolos,
calcanhares e dedos.

6. Lesões parciais. Nas lesões parciais podem ocorrer paralisias dissociadas. As


lesões da região posterior da perna poupam a inervação dos músculos desta
região, de tal maneira que a perda motora acha-se limitada aos músculos do
pé. Freqüentemente a dor está presente.
7. Síndrome do túnel do tarso. A perda de sensibilidade e dor envolvendo a
porção medial anterior do pé e o hálux adjacente podem ser devidas à
compressão do nervo plantar medial. Pancadas leves sobre o maléolo medial,
logo acima da margem do retináculo flexor podem produzir parestesias na
área afetada. A secção cirúrgica do retináculo flexor e a mobilização do
nervo comprimido pode ser necessária para alívio sintomático satisfatório.

Plexo Pudendo

Os plexos pudendo e coccígeo são as porções mais caudais do plexo lombo-


sacral e forncem nervos para as estruturas perineais. As raízes do plexo são oriundas das
divisões primárias anteriores dos quatro nervos sacrais inferiores e do nervo coccígeo. O
quarto nervo sacral é o componente principal, visto que a maioria do S2 e S3 passa para
o plexo sacral e os dois últimos nervos espimhais são relativamente pequenos.

Ramos do Plexo Pudendo

Os ramos motores estendem-se do quarto nervo sacral para os músculos


coccígeo, elevador do ânus e esfíncter externo do ânus. O nervo pudendo (pudico) de
S2-S4 acompanha a artéria pudenda interna através do forame e cruzando a espinha
isquiática, onde reentre a porção inferior da pelve, via forame isquiático menor e canal
de Alcock, na parede lateral da fossa ísquio-retal. Neste ponto ele se divide em (1)
nervos retais inferiores para o esfíncter anal externo e pele adjacente; (2) nervos
perineais; e (3) nervo dorsal do pênis. Os nervos perineais têm um ramo profundo, que
atravessa o diafragma uro-genital (após dar ramos para os músculos elevador e esfíncter
do ânus) para inervar os músculos dos compartimentos perineais e alguns ramos
sensitivos para a uretra; e uma ramo superficial, que se divide em nervos escrotais
posteriores ou labiais posteriores. O nervo dorsal do pênis obliquamente através do
diafragma uro-genital, fornece um ramo para o corpo cavernoso do pênis e passa para
frente para inervar a pele do dorso do pênis. Na mulher, este nervo é pequeno e inerva o
clitóris.

Exame da força muscular:

Não existem provas específicas para determinar a força muscular de cada raiz.
Os músculos que examinamos são geralmente o ílio-psoas (T12,L1,L2,L3), o músculo
quadríceps (L2,L3,L4) e o grupo dos adutores (L2,L3,L4).

Músculo ílio-psoas (ramos procedentes de T12,L1,L2,L3). O músculo ílio-psoas


é o principal flexor da coxa. Para examinar este músculo, o paciente deve estar sentado
na beira da mesa de exame, com as pernas pendentes.

O examinador fixa a pelve do paciente, colocando a mão sob a crísta ilíaca e


solicitando-lhe que levante a coxa acima da borda da mesa. Agora o examinador coloca
a outra mão sob a porção femoral distal do joelho do paciente, solicitando-lhe que
levante mais a coxa, enquanto ele procura opor resistência a este movimento. Determine
a maior resistência que o paciente é capaz de vencer. Em seguida, repita o exame em
relação ao músculo ílio-psoas e compare a força muscular dos dois lados. O músculo
ílio-psoas recebe inervação a partir de vários níveis, de modo que a diminuição discreta
da força muscular em relação ao lado oposto já pode ser sinal de algum problema
neurológico. A fraqueza muscular do ílio-psoas pode não somente ser devida à
patologia nervosa, mas também a algum abscesso afetando o próprio músculo; em tal
caso, o paciente costuma acusar dor durante o exame do mesmo. A fraqueza do músculo
ílio-psoas pode ainda ser devida à cirurgia da articulação do joelho e quadril.

Músculo quadríceps (L2,L3,L4), nervo femoral. Para avaliar a capacidade


funcional do músculo quadríceps o examinador pede ao paciente que se coloque de pé,
saindo da posição de cócoras. Observa cuidadosamente se ele se matem bem ereto, com
os joelhos em extensão completa, ou se ele dá preferência a uma das pernas. A transição
do movimento de flexão para o de extensão deve ser suave. Em alguns casos, o paciente
só consegue realizar a extensão de forma suave até os últimos 10º terminando o
movimento com grande esforço e com várias interrupções. Esta dificuldade relativa aos
últimos 10º de extensão, o assim chamado atraso da extensão, decorre do fato de os
últimos 10 a 15º de extensão do joelho exigir força muscular pelo menos 50% superior à
necessária para o resto do movimento (segundo Jaqueline Perry). Este déficit relativo à
extensão acompanha freqüentemente a fraqueza muscular do quadríceps, às vezes, o
paciente não consegue realizar os últimos 10º de extensão do joelho por mais que ele se
esforce.

O exame manual da força muscular do quadríceps exige que o examinador fixe a


coxa do paciente, colocando uma das mãos imediatamente acima do joelho. O paciente
é intimado a extender o joelho, enquanto o examinador lhe oferece resistência logo
acima do tornozelo. Durante o exame a mão que fixa a coxa do paciente procura palpar
o quadríceps. Convém lembrar que a fraqueza do músculo quadríceps pode também ser
devida a diminuição reflexa da força muscular em conseqüência da cirurgia da
articulação do joelho ou a rutura no interior da própria massa muscular.

Grupo dos Músculos Adutores da Coxa (L2,L3,L4) – Nervo obturador. Da


mesma forma como o quadríceps, os adutores da coxa são examinados em conjunto. O
paciente assume o decúbito dorsal ou lateral e o examinador lhe pede então que afaste
as pernas colocando as mãos sob as faces internas do joelho e pedindo-lhe que uma as
pernas contra a resistência das mãos. O examinador determina a maior resistência que o
paciente é capaz de vencer.

A pesquisa da sensibilidade e o exame dos diversos dermátomos constituem um


método mais exato para avaliação dos níveis neurológicos T12,L1,L2 e L3, em
comparação com o exame da força muscular, visto não existirem os músculos
exclusivos para cada nível. Além disto, não existem reflexos representativos. L4, L5 e
S1 são representados por músculos, dermátomos e reflexos isolados, de modo que seu
diagnóstico se torna mais fácil.

Nível Neurológico de L4

M. tibial anterior – L4 ( nervo peronal profundo). O músculo tibial anterior é


inervado principalmente pelo segmento L4, se bem que receba também a inervação do
segmento L5. para examinar a capacidade funcional deste músculo, o paciente é
intimado a andar sobre os calcanhares, com os pés desviados para dentro (supinação). O
tendão do músculo tibial anterior torna-se visível no ponto em que o mesmo cruza a
parte ântero-interna do tornozelo, fazendo saliênca entre este ponto e o seu local de
inserção. Os pacientes com paralisia dos músculos tibiais não conseguem executar esta
prova funcional de flexão dorsal com inversão; além disso, costumam apresentar pé-
caído ou marcha escarvante. Para examinar aq força do músculo tibial anterior, o
paciente senta sob a borda da mesa de exame. O examinador apóia a perna do paciente e
coloca o seu polegar de tal maneira que o paciente é obrigado a colocar seu pé em
flexão dorsal e inversão para poder alcança-lo. O examinador procura então forçar a
flexão plantar e a eversão do pé, exercendo pressão contra a cabeça e a diáfise do
primeiro osso metartasiano; durante este exame, o examinador procura palpar o músculo
tibial anterior.

Pesquisa dos Reflexos

Reflexo patelar – o reflexo patelar é o reflexo tendinoso profundo do qual participam


mos nervos oriundos das raízes espinhas (L2,L3 e L4, sobretudo L4). Para fins clínicos
o reflexo patelar pode ser considerado um reflexo do segmento L4, se bem que ele ainda
possa estar presente nos casos de seccionamento completo da raiz espinhal de L4,
embora muito enfraquecido visto ser inervado também a partit de L2 e L3. Quase nunca
este reflexo chega a ser completamente abolido, a não ser nas doenças primárias do
músculo ou das raízes nervosas ou nas afecções das pontas anteriores da medula.

Para pesquisar o reflexo patelar, o paciente deverá estar sentado na beira da


mesa de exame, com as pernas pendentes. Outro método consiste em faze-lo sentar
numa cadeira, com uma das pernas cruzada sob o joelho oposto, ou deitado no leito com
o joelho apoiado e em flexão discreta. Nestas posições, o tendão da patela é distendido e
mantido em posição ideal. O examinador palpa a depressão das partes moles que
existem de cada lado do tendão com o objetivo de localiza-lo corretamente. Em seguida
procura desencadear o reflexo, aplicando um golpe rápido sobre o tendão, ao nível da
articulação do joelho, com um movimento rápido e preciso do punho. Faça o paciente
entrelaçar os dedos das duas mãos e em seguida tentar separa-las caso seja difícil
desencadear o reflexo. Esta manobra é repetida no membro oposto, sendo o reflexo
classificado como normal, aumentado, diminuído ou abolido. Para lembrar o nível
neurológico deste reflexo lembre-se que são quatro os músculos que compõem o
quadríceps e que o reflexo patelar é inervado por L4.

Este reflexo pode estar prejudicado por afecções não neurológicas. Assim, por
exemplo, o reflexo patelar pode estar abolido ou diminuído em seguida aos
traumatismos do músculo quadríceps, às intervenções cirúrgicas sobre o joelho ou na
presença de derrame articular.

Exame da sensibilidade

O dermátomo de L4 corresponde à face interna do membro inferior


estendendo-se até a borda interna do pé. A articulação do joelho constitui a linha
divisória entre o dermátomo L3 (em cima) e dermátomo L4 (em baixo). Na perna, a
crista anterior da tíbia forma a linha divisória entre o dermátomo L4, situado na face
interna, e o dermátomo L5, que se localiza na face externa.

Nível Neurológico L5

Exame da Força Muscular


1.Extensor longo do primeiro pododáctlio;

2.Extensor longo e curto dos pododáctilos;

3.M. médio glúteo.

M. extensor longo do primeiro pododáctoli – L5 (ramo profundo do nervo


peroneal). O tendão do músculo longo extensor do primeiro pododáctilo passa adiante
do tornozelo, do lado externo do m. tibial anterior. Para examinar a capacidade
funcional deste músculo, o examinador faz o paciente caminhar sob os calcanhares, com
os pés em posição neutra, isto é, nem em inversão ou eversão. O tendão deve tornar-se
nitidamente visível, acima de seu ponto de inserção na extremidade proximal da última
falange do grande podáctilo. Faça o paciente sentar na beira da mesa para o exame
manual da força muscular do longo extensor do primeiro pododáctilo. Apóie o pé
colocando uma das mãos em torno do calcanhar e aplique seu polegar de maneira a
obrigar o paceinte colocar o primeiro pododáctilo em flexão dorsal a fim de poder
alcança-lo. Oponha resistência a este movimento de flexão dorsal aplicando o polegar
sobre o leito ungueal do grande pododáctilo e os dedos sobre o terço anterior da planta
do pé e puxe o grande pododáctilo para baixo. Quando o polegar cruza a articulação
interfalangiana, você estará examinando tanto o curto extensor do grande pododáctilo
como o extensor longo; portanto, é preciso aplicar a resistência em um ponto distal em
relação à articulação interfalangiana, de modo a examinar exclusivamente o m. longo
extensor do grande pododáctilo. Convém lembrar que a fratura do grande pododáctilo
ou outro traumatismo recente se manifestam através de aparente diminuição da força
muscular do músculo extensor longo do grande podedáctilo.

Músculo extensor longo e curto dos pododáctilos – nervo peroneal profundo.


Examine a função do músculo longo extensor dos pododáctilos, intimando o paciente a
caminhar sobre os calcanhares, como o exame do músculo longo extensor do primeiro
pododáctilo. O tendão do músculo longo extensor dos pododáctilos deve ser visível no
dorso do pé, onde ele cruza adiante do entalhe do tornozelo, abrindo-se a seguir em
leque e inserido em várias tiras isoladas nas faces dorsais das seguintes e últimas
falanges dos quatro últimos pododáctilos.

O exame físico é realizado com o paciente sentado na beira da mesa de exame.


O examinador segura o tornozelo do paciente colocando uma das mãos em torno do
calcanhar e mantendo o polegar da sua outra mão em posição tal que o paciente seja
obrigado a extender os pododáctilos para poder alcança-lo. O examinador procura
resistir a este movimento, exercendo pressão sobre o dorso dos pododáctilos e
procurando forças a flexão plantar dos mesmos. Os pododáctilos praticamente não
devem ceder.

M. médio glúteo – nervo glúteo superior. O músculo glúteo médio é examinado


com o paciente em decúbito lateral. O examinador fixa a pelve do paciente com uma das
mãos e lhe pede que realize a abdução da perna. A perna deve estar completamente
abduzida, antes de se aplicar resistência contra a face lateral da coxa, ao nível do joelho.
É importante manter a coxa em posição neutra durante a realização da prova, a fim de
evitar a troca de músculos capaz de ocorrer quando a coxa se encontra fletida.

Pesquisa dos reflexos


Não existe reflexo de pesquisa fácil para o nível neurológico L5. O músculo
tibial posterior fornece um reflexo relativo ao nível L5, porém na prática, este reflexo é
difícil de ser obtido. Se você tiver dúvida a respeito da integridade do nível L5, após ter
realizado os exames da força muscular e da sensibilidade, procure desencadear o reflexo
do m. tibial posterior, mantendo a metade anterior do pé em posição de ligeira eversão e
flexão dorsal, aplique um golpe com o martelo de reflexos sobre o tendão do m. tibial
posterior junto ao bordo interno do pé, logo acima da sua inserção na tuberosidade do
osso navicular. Normalmente, observa-se um discreto movimento de inversão do pé.

Exame da sensibilidade

O dermatómo de L5 corresponde a face externa da perna e o dorso do pé. A


crista da tíbia separa os dermátomos de L5 e L4. Para melhor distinção entre os
dermátos de L4 e L5, o examinador palpa a crista da tíbia do joelho para baixo, em
direção ao maléolo interno. Toda a área localizada para fora da crista tibial, inclusive o
dorso do pé, recebe a sua inervação sensitiva da raiz L5.

Nível Neurológico S1

Exame da força muscular

1. Músculos peroneais longo e curto;

2. Músculo gastrocnêmio e solear;

3. Músculo grande glúteo;

Músculos peroneais longo e curto – nervo fibular superficial. A capacidade


funcional dos músculos peroneais pode ser examinada em conjunto. Estes músculos são
evertores do tornozelo e do pé; portanto, para examina-los, o paciente deverá ser
intimado a caminhar sobre a borda interna do pé. Nestas condições, os músculos
peroneais se destacam logo acima do ponto onde eles contornam o maléolo externo,
passando por cima e por baixo do tubérculo do perôneo (o músculo curto por cima e o
músculo longo por baixo) em direção aos respectivos locais de insersão. O exame
manual dos músculos peroneais exige que o paciente esteja sentado na beira da mesa de
exame. O examinador fixa o tornozelo do paciente segurando o pé ao nível do calcanhar
e colocando a outra mão em posição tal que o paciente para alcança-la com o pequeno
pododáctilo, seja obrigado a colocar o seu pé em eversão com flexão plantar. O
examinador opõe resistência a este movimento de flexão plantar e eversão, exercendo
pressão com a palma da sua mão, sobre a cabeça e a diáfise do quinto osso
metatarsianpo. Convém ter o cuidado de não aplicar pressão sobre os pododáctilos, pois
estes poderiam movimentar-se.

Músculos gastrocnêmio e solear – S1, S2 – nervo tibial. Este grupo muscular é


muito mais forte que todos os músculos do braço e antibraço combinados o que torna
difícil a identificação da paresia discreta. Por conseguinte, o exame manual da força
muscular não fornece resultados fiéis em relação a este grupo de músculos; é preferível
observa-lo em funcionamento. O examinador solicita ao paciente que caminhe sobre as
pontas dos pés; a diminuição acentuada da força muscular o impedirá de faze-lo
corretamente. Se esta prova for normal, o examinador pede ao paciente para saltar
alternadamente sobre aos pernas, apoiando-se sobre o solo apenas com as cabeças dos
metatarsianos e com os pododáctilos; deste modo, os músculos da panturrilha serão
obrigados a suportar quase que 2 ½ vezes o peso do corpo. Existe paresia dos músculos
da panturrilha, quando o paciente desce sobre a planta inteira do pé ou quando não
consegue realizar esta prova. É obvio que esta parte do exame funcional não pode ser
realizada pelos pacientes idosos ou por aqueles que referem dores na coluna. Estes
pacientes deverão, em vez disto, permanecer apoiados sobre um só pé e se colocar sobre
a ponta do pé, durante cinco vezes consecutivas. A incapacidade para realizar esta prova
indica diminuição da força dos músculos da panturrilha.

Músculo grande glúteo – S1 – n. glúteo inferior. Para realizar a prova funcional


do músculo grande glúteo, o examinador solicita ao paciente que passe da posição
sentada para a posição de pé, sem fazer uso das mãos. Para o exame correto da força
muscular recomenda-se colocar o paciente em decúbito ventral sobre a mesa de exame
com as coxas fletidas sobre a beira da mesa e as pernas pendentes. O paciente deve fletir
o joelho a fim de relaxar os músculos posteriores da coxa, de modo a excluir a
participação destes músculos no movimento de extensão da coxa, juntamente com o m.
grande glúteo. O examinador apóia o antebraço sobre a crista ilíaca do paciente, com a
finalidade de fixar a pelve; a outra mão deve ficar livre para poder palpar o músculo
grande glúteo. Agora o examinador pede ao paciente que extenda a coxa apondo
resistência opondo resistência a este movimento de extensão, mediante pressão exercida
de cima para baixo, sobre a face posterior da zoxa imediatamente acima do joelho e
avaliando o tônus do grande glúteo pela palpação enquanto esta prova está sendo
executada.

Exame dos reflexos

Reflexo aquileu. O reflexo aquileu é um reflexo tendinoso profundo, do qual


participa o músculo tríceps sural. A sua intervensão provém predominantemente dos
nervos correspondentes ao nível medular S1. O reflexo aquileu costuma estar
praticamente abolido quando a raiz espinhal S1 for seccionada.

Para a pesquisa do reflexo aquileu deve o paciente estar sentado na beira da


mesa de exame, com as pernas pendentes. O tendão é ligeiramente distendido graças à
dorsiflexão discreta do pé. O examinador aplica o seu polegar e indicador nas
depressões das partes moles que existem de cada lado do tendão de Aquiles, com a
finalidade de localiza-lo corretamente; em seguida, aplica-lhe um golpe com a
extremidade romba do martelo de reflexo desencadeando normalmente um rápido
movimento involuntário de flexão plantar do pé, em alguns casos convém facilitar o
reflexo; pede-se ao paciente que entrelace os dedos das mãos, procurando separa-los (ou
junta-los) no momento em que for aplicado o golpe sobre o tendão. Para lembrar que o
reflexo Aquileu é um reflexo de S1 procure associar este reflexo com “ponto fraco de
Aquiles”.

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