DE ESPETÁCULO AO MUNDO PARA SALVOS À GLORIA ETERNA

1 Coríntios 4.9

Nova tradução: Porque me parece que Deus pôs a nós, os apóstolos, no último
lugar. Somos como as pessoas condenadas a morrer em público, como
espetáculo para o mundo inteiro, tanto para os anjos como para os seres
humanos.

Nos reportamos a 1ª carta que escreveu o Apóstolo Paulo a igreja de Coríntios.

A igreja de Coríntios desfrutava de um elevado nível espiritual, pois ali havia a
manifestação de todos os dons espirituais. Trata-se de uma igreja fervorosa,
porém repleta de problemas. Não existe igreja perfeita, sem dificuldades, mas
como o corpo de Cristo, há membros do corpo que são mais visíveis e outros
mais desprezíveis, porém um não pode ficar sem o outro.
Nesta carta, Paulo trata de diversos assuntos: imoralidade na igreja, processos
na justiça contra irmãos na fé, dons do Espírito Santo, questões doutrinárias
como a ressurreição e também do casamento.
Porém, no capítulo 4, vs. 9, o Apóstolo dos gentios faz uma declaração forte à
igreja de Coríntios. Ele expõe as provações sofridas pelos apóstolos, sugerindo
que suas vidas foram reservadas para serem como espetáculos ao mundo,
enfrentando desprezo, perseguições, calúnias, cujo testemunhos são
presenciados pelos homens e pelos anjos.
Sugere que alguém tem que sofrer para outros se beneficiarem, que alguém tem
que pagar o preço para outras pessoas serem abençoadas. Quantas vezes você
ora, jejua, se consagra e quem é abençoado é seu irmão, sua família, seu amigo.
Você paga um certo preço em favor de alguém e este alguém recebe a cura, o
milagre, o renovo. Você é desprezado e humilhado para outros serem honrados
e vangloriados.
Paulo estava afirmando isso, Deus nos colocou em último lugar, somos como as
pessoas condenadas a morrer em público, como espetáculo para o mundo
inteiro, tanto para os anjos como para os seres humanos, para que vocês
pudessem ser alcançados pelo evangelho, para que vocês tivessem uma vida
em paz e sossegada.
Outrora, Ele chegou a escrever para a mesma igreja que
“Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um.
Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes
sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo;
Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de
salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios,
em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em
perigos entre os falsos irmãos;
Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em
jejum muitas vezes, em frio e nudez.
Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as
igrejas 2 Coríntios 11:23-28 e tudo isso para o crescimento da obra.

Esta mensagem é para os sofredores do Evangelho, pelejadores na obra do

Deus trino, guerreiros que ainda fracos na guerra, não largaram suas espadas.
Fracos sim, mas abatidos jamais, desanimados sim, mas nunca destruídos. Hoje
Deus visita estas pessoas, que ainda não se curvaram diante de Baal, homens
e mulheres que invocam ao Deus Todo Poderoso, que muitas vezes não são
vistos pela elite da sociedade e até mesmo da religiosidade, mas quando abrem
sua boca faz os anjos olharem para baixo e os ouvidos do Senhor se inclinarem
só para ouvir o glória e aleluia.

Quanto se trata de “ser colocado como espetáculo para o mundo”, sugere algo
que chama atenção. Quando se fala de espetáculo, é porque existe uma certa
plateia nos assistindo. E esta plateia, não apenas homens, mulheres, jovens e
adultos que nos assistem, mas também seres espirituais. As nossas obras são
testificadas por esta nuvem de testemunha que está ao nosso redor.

Quando se fala em ser exposto ao mundo, revela-nos ser identificados pelas

pessoas que estão lá fora. Quando se fala em espetáculo, lembra-nos sermos
colocados diante de outras pessoas para sermos assistidos. O mundo está nos
vendo, as pessoas ímpias nos contemplam e daí somos identificados ou
podemos dizer que a nossa personalidade é estampada aos olhos dos homens.
Qual é sua identidade? Impossível não percorrermos os nossos olhos e nos
maravilharmos com a história de 4 jovens que sendo levados à força de sua
terra, são encaminhados para uma terra estrangeira, de outra língua, de outra
cultura e costume. Estamos falando de Daniel, Hananias, Misael e Azarias,
sendo estes três últimos mais conhecidos como Sadraque, Mesaque e
Abdenego. 4 jovens, 4 crentes, 4 identidades em comum, qual? Adorador ao
Deus único e verdadeiro.

Quando citamos Daniel, podemos lembrar o que um certo escritor falou sobre
ele: considerado juntamente com Noé e Jó, como os homens mais justos.
Ninguém ousa dizer que Daniel vivia em um tempo melhor do que o nosso, pois
Daniel escreveu o seu livro quando já estava em cativeiro na Babilônia.
Eles tiveram que mudarem o hábito de adorar a Deus, pois já não tinha mais o
templo, tiveram que falar em uma outra língua estrangeira, pois já não podia falar
mais no seu próprio idioma, tiveram que mudar suas vestimentas, porém a única
coisa que não mudou: foi sua fé no DEUS JEOVÁ. Ainda permanecia o louvor,
a adoração, o glória a Deus e o aleluia.
Daniel, nunca precisou cantar um funk gospel para ganhar outros para Deus,
nunca precisou colocar um baseado na boca para chamar a atenção de outros
jovens para Deus, mas tão somente disse: não desejo me contaminar com a
porção do manjar do rei.

Estátua de Nabucodonosor- todos dobram os joelhos para a estátua. Se fosse

hoje, sadraque, mesaque e abdenego iriam dizer: Estão dobrando o joelho para
a pessoa errada, pois esta escrito: que todo joelho se dobrará e toda língua
confessará que só Jesus Cristo é o Senhor.

A história nos leva entender, que apenas os três amigos representavam o Deus
trino naquele instante, até porque Daniel, como exercia cargo de grande
influência também deveria estar naquela cerimônia, porém pela conjectura
narrada pelo próprio autor todo indica de que ele estivesse em viagem oficial
pelo governo babilônico.

A Estátua era o símbolo do império babilônica, representando-o o seu sistema.

Significa que todos os habitantes deveriam venerá-la.

Todos dobraram seus joelhos, menos os 3. E quem viu foram pessoas próximos
a eles, quem sabe amigos.