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Centro Sócio-Econômico
Departamento de Ciências da Administração
ComércioExterior
Comércio Exterior
Fernando Seabra
Florianópolis
2009
Copyright © 2009. Universidade Federal de Santa Catarina / Sistema UAB. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida,
transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, do autor.
Inclui bibliografia
Curso de Graduação em Administração a Distância
ISBN: 978-85-61608-62-0
CDU: 339
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Fernando Haddad
CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO
DIRETOR
Ricardo José de Araújo Oliveira
VICE-DIRETOR
Alexandre Marino Costa
CONSELHO TÉCNICO
Maurício Fernandes Pereira
Alessandra de Linhares Jacobsen
DESIGNER INSTRUCIONAL
Denise Aparecida Bunn
Fabiana Mendes de Carvalho
Patrícia Regina da Costa
PROJETO GRÁFICO
Annye Cristiny Tessaro
Mariana Lorenzetti
DIAGRAMAÇÃO
Annye Cristiny Tessaro
Rita Castelan
REVISÃO DE PORTUGUÊS
Sérgio Meira
ORGANIZAÇÃO DE CONTEÚDO
Fernando Seabra
Sumário
Apresentação....................................................07
Estratégias de internacionalização...........................................................75
A decisão da firma de investir no exterior........................................76
Competitividade das exportações..................................................81
Marketing internacional...................................................................89
Resumo............................................................................101
Atividades de aprendizagem.....................................................................102
UNIDADE 4 – Os Fluxos Comerciais Brasileiros
Referências.....................................................................................147
Minicurrículo.....................................................................................150
Apresentação
Prezado(a) estudante!
Talvez você possa ter uma grande expectativa a respeito da dis-
ciplina de Comércio Exterior. Por quê? Porque é um assunto cuja im-
portância tem aumentado muito na mídia e em oportunidades de traba-
lho. A globalização, a abertura dos mercados e a maior integração eco-
nômica e financeira entre as nações é um fato que todos reconhecem.
Mais comércio entre os países é uma consequência direta disso tudo.
A disciplina de Comércio Exterior combina teoria e prática. Como
o assunto de comércio exterior é de grande apelo prático e profissio-
nal, há o perigo de que o curso seja muito informativo e pouco analí-
tico. Como assim? Que o professor despeje um monte de informa-
ções, conceitos, regras de comércio, documentação e legislação, mas
não faça com que vocês pensem como isso tudo afeta estrategicamen-
te a empresa, que decisões tomar frente a diferentes mercados, quais
as opções de contratos e perspectivas econômicas de outros países.
É importante conhecer a informação, mas mais ainda, saber se
posicionar em relação a ela. Conto com vocês nesta tarefa!
Os temas que vamos abordar neste curso vão desde uma noção
básica, mas sólida, dos determinantes teóricos do comércio internaci-
onal, passando pelo exame de blocos regionais e estratégias de comér-
cio e desenvolvimento, até questões práticas, de importância estratégi-
ca para empresas, como modalidades de transporte, estratégias de
marketing internacional e contratos de câmbio.
Eu tenho tido muito prazer estudando, pesquisando e ensinando
em comércio exterior. É uma área extremamente dinâmica, onde tudo
muda rapidamente. Informação e capacidade de análise são essenci-
ais. Não há mais empresa sem links com o mundo globalizado: seja
através da exportação, importação, financiamentos ou simplesmente
pelos afeitos macroeconômicos que viajam – às vezes, sem parecer
fazer sentido – de um país para o outro, em um efeito dominó.
Espero vocês, então, para esta viagem ao comércio exterior. Para
mim, ensinar tem sido um caminho de mão dupla e tenho certeza que
irei também aprender muito com vocês.
Até mais tarde,
Um abraço.
Fernando Seabra
UNIDADE
1
O
O Sistema
Sistema de
de Comércio
Comércio
Exterior:
Exterior: Teoria
Teoria ee Aplicações
Aplicações
Curso de Graduação em Administração a Distância
Objetivo
10
Módulo 7
O princípio das
vantagens comparativas
Amigo(a) estudante,
Para entender as práticas de comércio exterior e as estraté-
gias das empresas para a conquista de mercados distantes é
importante que antes tenhamos uma visão mais geral do
que determina as trocas comerciais, isto é, o que leva as
nações a fazerem comércio. Então, nesta primeira Unida-
de, vamos apresentar e discutir um pouco da teoria básica
que procura explicar por que os países comercializam en-
tre si, que ganhos eles podem ter com essas trocas e tam-
bém quais são as restrições e as dificuldades para exportar
para alguns mercados. Vamos ter a oportunidade de verifi-
car diferenças entre o comércio de países já desenvolvidos
e menos desenvolvidos, de discutir a experiência de expor-
tadores que buscam vender um produto com características
únicas no mercado e de avaliar como os países mais ricos
têm buscado formas diferentes – e às vezes disfarçadas – de
proteger os seus produtos. Os estudos de casos devem en-
tão ser úteis para ilustrar e consolidar o argumento teórico.
Bons estudos e conte conosco.
Para saber mais
*David Ricardo (1772-1823) – Considerado
Em 1817, um economista inglês, um dos maiores economistas de seu tempo e ain-
chamado David Ricardo, publicou uma da hoje, é considerado o legitimo sucessor de
das obras mais influentes em teoria eco- Adam Smith na divulgação da nascente Econo-
nômica de todos os tempos. As contribui- mia Política. Suas obras atingem vastas áreas da
ções de Ricardo em sua obra, Sobre os economia, tais como: política monetária, teoria
Princípios da Economia Política e da Tri- dos lucros, teoria da renda fundiária e da distri-
buição, teoria do valor e do comércio internaci-
butação, foram muitas (teoria do valor das
onal, sendo que muitos desses temas permane-
mercadorias, da distribuição do produto),
cem atuais. Fonte: <http://augusto-
mas a teoria que o tornou mais conhecido, economia.vilabol.uol.com.br/
e é, ainda hoje, base para os argumentos davidricardo.htm>. Acesso em: 19 nov. 2008.
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Módulo 7
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Módulo 7
Brasil 16 4
Rússia 3 2
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Produção
Brasil 24 0
Rússia 0 8
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Módulo 7
GLOSSÁRIO
* Modelo de
Heckscher-Ohlin –
habilidades domésticas da mãe em relação ao pai (considerando que o
Também conhecido
menino já não era mais tão bebê, o aprendizado do pai nas atividades como a teoria das
domésticas não era tão difícil). Em outras palavras, a mãe tinha vanta- proporções dos fa-
gem comparativa trabalhando fora e o pai tinha vantagem comparati- tores. Fonte: <http:/
va cuidando da casa. Logo que eles reconheceram isso, a solução foi /ich.ufpel.edu.br/
adotada (pelo menos, por alguns anos) e ganharam em eficiência (ren- economia/arquivos/
da familiar e bem-estar). andre/inter/
h e c k s c h e r -
ohlin.pdf>. Acesso
em: 19 nov. 2008.
O papel dos recursos de produção: *Tecnologia – Em-
o modelo de Heckscher-Ohlin* bora a raiz da pala-
vra (que vem do gre-
go) signifique “estu-
do de ofícios”, que,
O princípio das vantagens comparativas estabeleceu uma expli- portanto, relaciona
cação convincente do porque os países se especializam e trocam mer- tecnologia com o
cadorias via comércio internacional. Porém, David Ricardo não deu conhecimento de
muitas pistas dos determinantes que fazem com que um país se especi- ferramentas e de
alize em uma mercadoria, enquanto outro país se especializa em outro materiais que são
bem. Uma resposta a essa questão foi dada pelos trabalhos de usados para trans-
formar o ambiente,
Heckscher e Ohlin na década de 1930.
em economia o ter-
O principal argumento do modelo de Heckscher-Ohlin é que a
mo é definido de
vantagem comparativa em determinado bem está relacionada com a modo mais específi-
tecnologia* empregada na produção deste bem – por exemplo, se a co. Para os economis-
produção da mercadoria adota de modo mais intensivo trabalho, capi- tas, tecnologia é
tal ou algum recurso natural. Assim, um país tem vantagem compara- como as empresas, a
tiva e se especializa na produção de um bem que é intensivo em uso partir de seu estado
de energia elétrica (alumínio, por exemplo), se esse recurso é abun- de conhecimento,
combinam recursos
dante no país em questão.
para obter o produ-
A dotação dos fatores de produção comanda, portanto, os bens
to almejado. Tecno-
nos quais a economia deve apresentar vantagem comparativa. Por exem- logias podem ser,
plo, países desenvolvidos tipicamente possuem abundância relativa em por exemplo: inten-
capital e em conhecimento, o que ajuda a entender por que tais países sivas em trabalho,
possuem, por exemplo, vantagem comparativa na produção de máqui- intensivas em capi-
nas e equipamentos e produtos de química fina (como, medicamen- tal ou qualquer ou-
tro insumo de pro-
dução. Fonte: elabo-
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rado pelo autor.
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Módulo 7
GLOSSÁRIO
*Curva de indiferen-
ça – a curva de indi-
ferença expressa di-
ferentes combina-
ções de dois bens,
em relação às quais
Figura 1: Curvas de Possibilidades de Produção de Calçados e Químicos
Fonte: elaborado pelo autor
o consumidor é indi-
ferente em termos
de consumo. Isto é,
Se os dois países se especializam conforme suas vantagens com- todas as possíveis
parativas, o ganho dessa especialização ocorre através do comércio combinações dos
entre eles. Mas como medir este ganho? Podemos medir através de dois bens ao longo
um exemplo numérico, como feito no exemplo do modelo Ricardiano. de uma curva de in-
Mas, de modo mais analítico, podemos avaliar esse impacto pela abor- diferença produzem
o mesmo nível de
dagem gráfica, a partir das próprias possibilidades de produção dos
satisfação ao consu-
dois países. Antes, porém, é importante introduzir (ou relembrar) o
midor. Importante
conceito de outra curva: a curva de indiferença*. entender que curvas
de indiferença mais
à direita (mais longe
Logo, as curvas de indiferenças, no nosso exemplo, expres-
da origem) são pre-
sam o nível de bem-estar de uma economia. Quanto mais
feríveis, pois permi-
altas (mais longe da origem) forem estas curvas, mais alto é
tem níveis de consu-
o nível de renda e de bem-estar da economia.
mo mais elevados.
Os deslocamentos
Desenhando, agora, as curvas de possibilidades de produção dos da curva de indife-
rença para a direita
dois países e uma curva de indiferença em um mesmo gráfico, tem-se
podem ser resultado
o caso de equilíbrio sem comércio (Figura 2). Notem que a curva de
de um aumento de
indiferença é tangente às duas curvas de possibilidade de produção, o renda. Fonte: elabo-
que indica que a produção e o consumo são iguais em cada país; isto rado pelo autor.
é, não há comércio.
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Módulo 7
Note bem que esta reta PU viabiliza a produção nas duas econo-
mias, pois alcança (tangencia) as curvas de possibilidade de produção
dos dois países. E mais, o preço do calçado estabelece, na verdade, o
padrão de troca entre calçados e produtos químicos. Então, com co-
mércio, qualquer ponto ao longo desta reta PU é possível de ser alcan-
çado (através da troca). Qual ponto as duas economias vão preferir?
Lógico, aquele ponto que atinge a curva de indiferença mais alta. Isto
está expresso pelo ponto ECOM (equilíbrio com comércio), o qual está
associado a uma curva de indiferença e, logo um nível de bem-estar,
mais elevado.
Como ler ECOM? Neste ponto a ECOM os EUA se especializam na
produção de químicos, logo a produção de produtos químicos aumen-
ta em relação à situação sem comércio. A produção é, então, PQCOMEUA
e o consumo de produtos químicos é CQCOMEUA, sendo que a diferença
é obviamente a exportação de produtos químicos. Já o Brasil se espe-
cializa em calçados. A produção aumenta para PC BR e o consumo é
CCBR; a diferença é, mais uma vez, as exportações brasileiras de cal-
çados. As diferenças entre consumo e produção de calçados, nos EUA,
e químicos, no Brasil, são as importações.
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Saiba mais...
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Módulo 7
Figura 4: Especiarias
Fonte: <http://en.wikipedia.org/wiki/Spice> licenciado sob a Creative
Commons Atribuição 2.5 Brasil. Acesso em: 17 nov. 2008
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Módulo 7
manda pelo bem é D*2 e a oferta é O*2, logo a demanda por importa-
ções, dada por (D*2 – O*2), é M2. Tomando a distância M2 também no
gráfico (ii) e o ponto de importações zero, ou sem comércio, quando o
preço é P*SEM, temos a reta de demanda por importações DM.
Temos, agora, as retas de oferta de exportações e demanda por
importações no gráfico do mercado internacional. A intersecção das
duas resulta no preço internacional do bem, PCOM. Como vimos anteri-
ormente, o preço internacional situa-se entre o preço do bem no mer-
cado exportador – que tem vantagem comparativa na produção deste
bem – e o preço do bem no mercado importador. Observem que ao
nível de PCOM, a quantidade exportada pelo país exportador é igual à
quantidade importada pelo país importador (você pode ver isso, facil-
mente, desenhando uma linha reta de PCOM e calculando a diferença
entre O e D no gráfico (i) e a diferença entre D e O no gráfico (ii)).
O nível do preço internacional PCOM é único para as economias
que exportam e que importam este determinado bem. Isso sob a hipó-
tese de que o produto é homogêneo e que as empresas que o produ-
zem operam em um regime relativamente concorrencial. Embora este
seja o caso do comércio de muitas commodities, não é compatível para ver Saiba Mais
o comércio de bens tecnologicamente mais avançados – que tendem a
ser muito diferenciados e produzidos por empresas de grande porte.
Vamos discutir estes casos na seção a seguir.
Saiba mais...
Commodities – O termo inglês “commodity” significa sim-
plesmente mercadoria, mas em termos de comércio internacio-
nal denomina-se de commodities todo aquele produto que é
ofertado no mercado sem significativa diferenciação. Assim, uma
commodity negociada no Brasil não é diferente de uma negoci-
ada na Holanda ou na China. Além disso, se o comércio é livre,
o preço desta commodity em qualquer mercado tende a ser o
mesmo (claro, quando denominada na mesma moeda; isto é
convertida para US$). Então, commodities não são necessaria-
mente produtos agrícolas (muita gente faz essa confusão), mas
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Módulo 7
Concorrência imperfeita e
comércio intraindústria
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Módulo 7
Saiba mais...
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Módulo 7
Tarifas
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Módulo 7
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Módulo 7
Barreiras não-tarifárias
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Saiba mais...
Este texto é um extrato
do artigo intitulado O Difícil Caminho das Exportações de Frutas
Barreiras a produtos para os EUA
brasileiros no merca-
O mercado norte-americano para frutas frescas e legumes
do dos Estados Uni-
importados continua se expandindo significativamente. As ex-
dos, publicado pelo
portações brasileiras para os Estados Unidos cresceram de US$
MDIC em: < http://
9,2 milhões em 1998 para um recorde de US$ 55,2 milhões em
www.brasilemb.org/
2006 (aumento de 40% em comparação com as exportações
docs/Barreiras07.pdf>.
em 2005), principalmente em função do suprimento de uvas
Acesso em: 23 nov.
brasileiras do Vale do São Francisco. As exportações de uvas
2008.
brasileiras aumentaram 118%, de US$ 13 milhões em 2005 para
US$ 29 milhões em 2006.
O potencial de ampliação do mercado norte-americano
para a exportação de frutas brasileiras é considerável, diante
do quadro de ampliação do consumo. Não obstante esta ten-
dência favorável, a manutenção de restrições fitossanitárias e a
demora nos processos de certificação funcionam como barrei-
ras significativas. Após três anos de negociações entre o MAPA
e o USDA, os produtores de mamão papaia do extremo sul da
Bahia e do Rio Grande do Norte receberam, em 2005, autoriza-
ção para exportar a fruta para o mercado norte-americano. Até
então, apenas o Espírito Santo era habilitado a vender o produto.
As barreiras fitossanitárias norte-americanas vedam a im-
portação da maioria das frutas e legumes brasileiros - alguns
com grande potencial no mercado, como cítricos, por exemplo.
Para a grande parte dos produtos cuja entrada é permitida, um
obstáculo adicional é o requisito obrigatório de licenças prévi-
as de importação. Praticamente todas as frutas e legumes bra-
sileiros necessitam licença prévia. Outros entraves incluem os
“tratamentos especiais” requeridos, a exigência de que o in-
gresso de vários produtos se faça por portos específicos.
Sazonalidade de tarifas: os impostos de importação de
diversas frutas variam de acordo com a época do ano em que
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Módulo 7
Indicação geográfica:
a diferença que faz de onde que vem
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Módulo 7
RESUMO
41
UNIDADE
2
O
O padrão
padrão de
de Comércio
Comércio
Exterior
Exterior Brasileiro
Brasileiro
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Objetivo
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Módulo 7
Caro(a) estudante,
Nesta segunda Unidade, começamos a tratar de assuntos
mais específicos de comércio exterior. Aqui, vamos apre- GLOSSÁRIO
sentar e discutir conceitos básicos e de grande uso prático * incotermos ou
em vendas para o exterior, como os códigos que identifi- incoterms – acrônimo
cam a modalidade de comércio (os chamados de International
incotermos*
incotermos*), os documentos necessários para o comér- commercial terms,
cio exterior e aspectos relacionados ao transporte em ex- que é uma codificação
portações. A ideia é não apenas ter contato com essas de termos e regras in-
informações - muito úteis no dia a dia de quem lida com ternacionais mantida
comércio exterior – mas, principalmente, enxergar as di- pela Câmara de Co-
versas opções de contratos com o exterior como uma deci- mércio Internacio-
são estratégica da empresa. Isto é, para um bom gestor de nal para uso e inter-
comércio exterior, não basta conhecer códigos e modali- pretação dos termos
dades de transporte, o importante é saber avaliar qual o comerciais dos con-
mais adequado para uma determinada empresa. Esse é um tratos de importação
desafio que vamos enfrentar juntos. e exportação. Fonte:
Lacombe (2004,
p. 176).
Na Unidade 1 vimos a base teórica que sustenta o argumento de
que o comércio internacional pode ser benéfico a todas as nações. Um
comércio livre e igual, sem restrições e privilégios. Ora, é verdade que
ainda estamos longe desse ideal, mas sem dúvida mais perto do que
estávamos duas ou tres décadas atrás.
Mas, e do ponto de vista da empresa? Comércio exterior,
liberalização comercial e abertura econômica são medidas positivas?
Vamos discutir mais esse tema na última Unidade desta discipli-
na. Mas, por enquanto, podemos dizer que o livre comércio resulta em
ganhos de eficiência, pois as empresas domésticas devem “enfrentar”
a concorrência externa (através dos produtos importados) e, é claro,
representa oportunidades para as empresas locais de vender seus pro-
dutos no mercado externo. Há também as oportunidades para as em-
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Curso de Graduação em Administração a Distância
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Módulo 7
2007. Podemos observar que existem quatro empresas que estão tanto
na lista das dez maiores exportadoras quanto na lista das dez maiores
importadoras. Isso segnifica que, muitas vezes, as empresas que ex-
portam são empresas que dependem de insumos importados; por que
são mais baratos ou mais eficientes (como no caso de máquinas e equi-
pamentos). Note, ainda, o bom desempenho das empresas estrangei-
ras em termos de exportação (das dez maiores, seis são empresas es-
trangeiras).
47
Maiores empresas exportadoras do Brasil – 2007 Maiores empresas importadoras do Brasil – 2007
Origem do Valor (US$ % total da Origem do Valor (US$ % total da
Empresa Setor Empresa Setor
capital milhões) exportação capital milhões) importação
Petrobras N Petróleo 13.626 8,48 Petrobras N Petróleo 15.357 12,73
Vale N Mineração 7.904 4,92 Embraer N Construção 2.957 2,45
de Aeronaves
Embraer N Construção 4.737 2,95 Alberto N Petróleo 2.324 1,93
de Aeronaves Pasqualini –
Refap S.A.
Bünge Alimentos E Alimentos e 3.055 1,90 Motorola E Eletro- 1.866 1,55
S.A. Bebidas Industrial Ltda. eletrônica
Volkswagen do E Veículos e 2.196 1,32 Cisa Trading N Trading 1.377 1,14
Brasil Peças S.A.
N 1.776 1,11 N 1.316 1,09
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Fonte: Revista Conjuntura Econômica (2008)
Módulo 7
Categorias
Grupo E
Grupo F
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Módulo 7
Grupo C
Grupo D
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Módulo 7
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Curso de Graduação em Administração a Distância
COMMERCIAL INVOICE
Export References:
Exporter Name and Ultimate Consignee Name Sold To Name and Address:
Address: and Address: Mendez Panaderias S.A.
Baking Technologies, Inc. Mendez Panaderias S.A. Col. Roma
45 South 7th Street Col. Roma Mexico D.F., C.P. 06760
Minneapolis, MN 55402 Mexico D.F., C.P. 06760
ine Item Number, Harmonized Number, Country Quantity Unit Price Total
No Product Description of Origin Price
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Módulo 7
Registro de Exportação
Saiba mais...
O que é o Siscomex?
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Nota Fiscal
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Módulo 7
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Certificados de Origem
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Módulo 7
Transporte e logística
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Módulo 7
Regimes de Afretamento
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Módulo 7
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Saiba mais...
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Curso de Graduação em Administração a Distância
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Módulo 7
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Curso de Graduação em Administração a Distância
RESUMO
Atividades de aprendizagem
UNIDADE
3
Competitividade,
Competitividade, Marketing
Marketing
ee Sistemas
Sistemas de
de Incentivo
Incentivo
às
às Exportações
Exportações
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Objetivo
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Módulo 7
Estratégias de internacionalização
Olá estudante,
Esta terceira Unidade vai tratar de aspectos da prática de
comércio exterior com relação aos diversos instrumentos,
privados e públicos, que são usados para estimular as ex-
portações das empresas. Podemos dizer que esta Unidade
trata do “coração” do comércio exterior enquanto prática
de estratégia empresarial. Vamos abordar assuntos como a
controvérsia entre exportar ou investir no exterior, os
determinantes da competitividade e os principais instru-
mentos de marketing empresarial para enfrentar a compe-
tição internacional. O aprendizado deste conteúdo ajuda
na diferenciação de uma pessoa que apenas conhece os
termos e a burocracia do comércio externo de alguém que
pensa o comércio exterior como uma alternativa estratégi-
ca da empresa.
75
Curso de Graduação em Administração a Distância
GLOSSÁRIO cado externo e, então, vender o produto. Neste caso, portanto, a em-
* E m p r e s a presa atinge o mercado externo adotando uma estratégia de investi-
multinacional mento direto externo e tornando-se uma empresa multinacional*.
(EMN) – é definida, As multinacionais podem se produzir internacionalmente de for-
segundo Eiteman,
ma horizontal, quando possuem estabelecimentos em diversos países
Stonehill e Moffet
com a mesma produção (por exemplo, a rede de fast food McDonald’s),
como “uma empre-
sa que tem subsidi- ou de forma vertical, quando possuem unidades em diferentes países
árias, filiais e afilia- que produzem componentes ao longo da cadeia de valor (por exem-
das operando em pa- plo, Adidas).
íses estrangeiros.” Dentre as vantagens da atração de multinacionais estão: a gera-
De acordo com ção de emprego e renda, o ingresso de divisas, o treinamento da mão
Krugman e Obstfeld, de obra, o transbordamento tecnológico para empresas locais e o efei-
uma empresa é con-
to multiplicador sobre outros investimentos na região.
siderada filial de
A maior multinacional do mundo é a rede varejista Wal-Mart
uma multinacional
com sede no exteri- Stores, com uma receita de US$ 351 bilhões. Outras grandes
or se 10% ou mais multinacionais incluem a Exxon Mobil (US$ 347 bilhões), a Royal
de suas ações per- Dutch Shell (US$ 319 bilhões) – ambas da indústria petroleira, a ame-
tencerem a uma em- ricana General Motors (US$ 207 bilhões) e a japonesa Toyota Motor
presa estrangeira, já Corporation (US$ 205 bilhões), ambas da indústria automobilística.
que 10% são sufici- Assim, a internacionalização da empresa pode ser via Exporta-
entes para a aquisi-
ção e/ou Investimento Externo.
ção de controle. Fon-
te: Eiteman, Stonehill
e Moffet (2002, p.
24); Krugman e
A decisão da firma de
Obstfeld (2005).
investir no exterior
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Módulo 7
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Curso de Graduação em Administração a Distância
GLOSSÁRIO
*joint ventures – (É Terceiro, as empresas multinacionais podem decidir incluir o
uma associação en- país doméstico (Brasil, por exemplo) em seus planos de in-
tre duas empresas vestimento de acordo com sua cadeia global de produção.
para desempenhar Nesse caso, o país que recebe o investimento não produz o
uma determinada bem todo, mas é responsável apenas por uma etapa de pro-
atividade empresari- dução – que se integraliza a partir de uma produção em ca-
al, na qual ambas deia global.
mantém sua perso-
Quarto, o movimento dos investimentos das multinacionais
nalidade jurídica. A
ao redor do mundo é também influenciado pelas oportunida-
joint venture, por-
des financeiras. ... Como assim? Ora, uma grande empresa
tanto, existe en-
dispõe de recursos financeiros ou tem crédito para comprar
quanto durar o pro-
outra empresa, desde que este seja um bom negócio. Então,
jeto que levou as
programas de privatizações (como o que aconteceu na área
duas empresas a ce-
de telecomunicações no Brasil) e abertura do capital de em-
lebrar a associação.
presas para sócios internacionais (joint ventures*) são opor-
A joint venture de
tunidades para o investimento multinacional.
uma empresa domés-
tica com uma
Dentre as vantagens de uma joint venture estão: (i) as empresas
multinacional em ge-
não participam societariamente, isto é há apenas um relacionamento
ral visa a transferên-
cia de tecnologia, a operacional, com prazo determinado para terminar; (ii) a empresa do
experiência em ges- país menos desenvolvido pode adquirir tecnologia, acesso a mercados
tão e comercialização e obter ganhos de escala; (iii) e a empresa do país menos desenvolvido
e a produção em es- absorve novas técnicas de gestão e tem ganhos decorrentes da experi-
cala global. Exem- ência de comercialização internacional. Em alguns países em desen-
plos são a joint volvimento, principalmente na China, as empresas multinacionais são
venture entre a Sony
obrigadas a formar joint ventures com empresas locais para poderem
(Japonesa) e a
acessar o mercado chinês e também a transferir tecnologia e a própria
Ericsson (Sueca)
para produzir apare- gestão do negócio após o fim da associação.
lhos celulares; e no
Brasil, a joint
ventures, entre a Saiba mais...
Volkswagen e a
A internacionalização das montadoras de ônibus: os casos
Ford (Autolatina),
que vigorou de da Marcopolo e Busscar:
1987-1996 com o Busscar: Fundada em 1946, por descendentes de suecos, como
objetivo de reduzir uma marcenaria, em Joinville – SC, a Busscar S/A é dona das
custos das duas marcas: Tecnofibras, Climabuss, HVR Equipamentos Industriais, e
montador as. Fonte:
elaborado pelo autor.
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Vantagem Descrição
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Módulo 7
Vantagem Descrição
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Preço
Vantagem competitiva pode ser resultado de liderança da em-
presa em custos. Produto é razoavelmente homogêneo em
relação à concorrência, mas mais barato. Exemplo: empresas
brasileiras siderúrgicas têm vantagens de preço, pois seus
custos são mais baixos devido ao acesso privilegiado ao mi-
nério de ferro.
Diferenciação
Qualidade do produto: característica intrínseca ao produ-
to, que o diferencia em relação ao concorrente. Muitas ve-
zes é resultado da exigência do consumidor (por exemplo,
no caso de certificação de qualidade ISSO 9000). Exem-
plo: as roupas de toucador (atoalhados de algodão) expor-
tadas por empresas brasileiras têm um preço elevado, mas
o consumidor externo paga mais pela qualidade.
Design: arte-ciência de projetar/fabricar bens de acordo com
as características da demanda. Design: fabricação econô-
mica + aspecto atraente + durabilidade + tamanho funcio-
nal (transporte, distribuição e exposição). O design do pro-
duto é uma fonte de agregação de valor. No caso brasilei-
ro, há dois exemplos extremos em termos de tamanho de
empresa: a Embraer, que exporta aeronaves onde a princi-
pal vantagem competitiva é o design do avião (notem que
o motor, a fuselagem e mesmo o interior da aeronave são
importados); e empresas de biquínis (como, a Cia Marítima),
que fazem sucesso no mercado externo vendendo um produ-
to tipicamente brasileiro, mas ajustado ao gosto do cliente.
Embalagem: é um item que atende condições de seguran-
ça e proteção do produto, mas também questões de
atratividade de bem. Depois do 11 de setembro, os produ-
tos exportados para os EUA passaram a ser submetidos a
exames mais rigorosos quanto à adequação às normas de
segurança.
Assistência técnica: incluem serviços de pós-venda, como
garantia, instruções sobre o uso do produto, atendimento
ao cliente, reposição de peças, reparo e manutenção. A
competitividade de empresas exportadoras de máquinas de-
pende muito de suas políticas de assistência técnica.
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Módulo 7
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Curso de Graduação em Administração a Distância
ACC e ACE
PROEX: operado pelo Banco do Brasil, com recursos do Te- Mais informações
souro Nacional. É um programa de financiamento à exporta- sobre esse assunto, em
ção e à importação. Duas modalidades: Proex financiamento <http://
e Proex equalização (a ideia é subsidiar juros cobrados para apps.fiesp.com.br/
que sejam equalizadas as condições de crédito no Brasil e no spcred/proex.asp>
exterior); Prazo: nas exportações de bens, os prazos de paga-
mento variam de 60 dias até dez anos.
BNDES-Exim: o objetivo é oferecer financiamento às ex-
portações brasileiras, com condições semelhantes àquelas
oferecidas no mercado internacional.
Financia exportações de produtos e serviços, exceto de auto-
móveis de passeio, commodities e produtos de baixo valor
agregado. Existem três modalidades de financiamento no pro-
grama: Exim Pré-embarque, Exim Pré-embraque especial
(exclusivamente para bens com índice de nacionalização igual
ou superior a 60%) e Exim Pós-Embarque (financia a
comercialização de bens e serviços no exterior).
Operações de Drawback
Como assim?
É simples: as empresas exportadoras importam máquinas e equi-
pamentos necessários para a atualização tecnológica e também impor-
tam insumos (produtos químicos, por exemplo) que são essenciais para
a produção. Esses bens de capitais e insumos tornam a empresa mais
competitiva, capacitando-a para exportar. Então, o drawback facilita a
importação destes bens de capitais e insumos, através da isenção de
impostos, eleva a competitividade das empresas exportadoras e esti-
mula as exportações.
Os tributos que são isentos na importação do bem a ser utilizado
na industrialização do produto a ser exportado são: imposto de renda,
IPI, ICMS e A-FRMM. A-FRMM? Claro, o Adicional ao Frete da
Marinha Mercante. A tarifa, recolhida sobre o valor do frete das im-
portações, transporte de cabotagem e navegação interior no transporte
de granéis líquidos, compõe o Fundo da Marinha Mercante. O destino
deste tributo é incentivar a indústria naval brasileira e o sistema de
transporte aquático de carga.
Existem duas modalidades de regime de drawback:
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Módulo 7
Marketing internacional
Pesquisa de Mercado
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Módulo 7
País Exportador País Importador: EUA Maiores empresas importadoras do Brasil – 2007
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Módulo 7
Feiras Internacionais
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Módulo 7
Saiba mais...
A Feira de Hannover
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Módulo 7
Saiba mais...
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Feiras internacionais
Missões comerciais
RESUMO
Atividades de aprendizagem
Estratégias de internacionalização
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Módulo 7
UNIDADE
4
Os
Os Fluxos
Fluxos Comerciais
Comerciais
Brasileiros
Brasileiros
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Objetivo
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Módulo 7
Exportações e importações
brasileiras e mundiais
Caro(a) estudante!
O objetivo desta quarta Unidade é conhecer melhor a rea-
lidade estatística do comércio exterior brasileiro e relacio-
nar seu desempenho com a questão cambial. Além disso,
um aspecto determinante do comércio exterior é a relação
comercial que o Brasil, assim como outros países do mun-
do, estabelece no contexto de blocos regionais (Mercosul).
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Módulo 7
Valor Δ% Part %
Value 2007/06 % Share
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Valor Δ% Part %
Value 2007/06 % Share
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Figura 27: Taxa Real de Câmbio, Valor das Exportações e das Impor-
tações – Brasil – 1998/2007
Fonte: Dados Brutos IPEADATA
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Saiba mais...
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Módulo 7
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Módulo 7
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Módulo 7
O Brasil e o Mercosul
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Módulo 7
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Mortalidade Infantil (por 1.000 hab) 13,4 23,6 32,0 13,1 ---
PIB per capita (US$ PPC) 13.308 9.695 4.489 11.621 10.179
Exportação Global FOB (US$ mi) 55.933 160.262 2.785 4.496 223.476
Importação Global CIF (US$ mi) 44.400 126.655 5.577 5.589 182.221
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Módulo 7
Saiba mais...
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Curso de Graduação em Administração a Distância
RESUMO
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UNIDADE
5
Comércio
Comércio Exterior
Exterior ee
Estratégias
Estratégias de
de
Desenvolvimento
Desenvolvimento
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Curso de Graduação em Administração a Distância
Objetivo
preferência).
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Módulo 7
Prezado(a) estudante!
Nesta quinta e última Unidade vamos discutir o papel das
principais instituições internacionais, como elas se envol-
vem com o comércio internacional e buscam alcançar rela-
ções mais justas entre países ricos e pobres. A questão do
desenvolvimento a partir do comércio é discutida aqui.
Esse é um ponto de chegada natural, pois de que adiantam
os esforços em ganhos de produtividade, busca de merca-
dos, negociações internacionais e disputas por tarifas e
outras barreiras, se o comércio internacional não gerar be-
nefícios amplos para todas as nações e para todos os cida-
dãos dessas nações?
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Banco Mundial
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O GATT/OMC
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da, a mais importante rodada até hoje foi a Rodada Uruguai (com des-
taque abaixo).
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OMC
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Sim, mas bem menos. E por quê? Porque não há mais tanto es-
paço para políticas intervencionistas. O chamado Consenso de Wa-
shington estabeleceu de certo modo uma quase unanimidade em torno
de políticas com menos intervenção do Estado, maior controle de po-
líticas monetárias e fiscais (com efeitos sobre a redução da inflação) e
maior abertura ao comércio internacional. Dificilmente um país hoje
poderia decidir aumentar significativamente suas tarifas de importa-
ção, restringir movimentos de capitais e atuar de modo intervencionista
no apoio às exportações de suas empresas, sem que fosse discrimina-
do no contexto do comércio e finanças internacionais.
Neste contexto, de um mundo mais integrado e ao mesmo tem-
po com empresas mais sujeitas à competição, a questão de como o
comércio pode auxiliar na geração de oportunidades e no combate à
pobreza é fundamental. Abaixo, discutimos dois aspectos deste tema.
Saiba mais...
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RESUMO
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Atividades de aprendizagem
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REFERÊNCIAS
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Fernando Seabra
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