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1. DEFINIÇÕES DE TERMOS
A palavra ética vem do grego “ethos”, cujo significado aponta para o costume e hábitos
humanos. Classifica-se como uma parte da filosofia e das ciências sociais que lida com a
compreensão das noções e dos princípios que sustentam as bases da moralidade social e da vida
individual. Em outras palavras, trata-se de uma reflexão sobre o valor das ações sociais
consideradas tanto no âmbito coletivo como no âmbito individual.1 Paulo Silvino (Ribeiro,
2016) acrescenta que:
Em ética, analisa-se a influência que o código moral estabelecido exerce sobre
a nossa subjetividade, e acerca de como lidamos com essas prescrições de
conduta, se aceitamos de forma integral ou não esses valores normativos e,
dessa forma, até que ponto nós damos o efetivo valor a tais valores.
3
Ibidem.
4
REDAÇÃO. Ideias. Disponível em: <https://super.abril.com.br/ideias/o-homem-e-a-medida-de-todas-as-
coisas-protagoras/>Acesso em: 11 de dezembro de 2017.
5
LOPES, Augustus Nicodemos. Ética de Cada Dia, artigo publicado na revista MACKENZIE, ed. nº. 3, 2014.
Disponível em: <http://www.monergismo.com/textos/etica_crista/etica_cadadia.htm> Acesso em 11 de
dezembro de 2017.
é correto. A natureza, ensina que somente os mais habilitados sobrevivem e que os fracos,
doentes, velhos e debilitados, por assim dizer, tendem a sucumbir à medida em que a
natureza evolui. Numa sociedade impregnada pela teoria evolucionista de Darwin não foi
difícil para esse tipo de ética se estabelecer. Disso decorre as implicações de crescimento
na aceitação pública do aborto e da eutanásia (elimina doentes, velhos e inválidos).6
6
Ibidem.
7
LOPES, 2014.
8
Ibidem.
3. CONCLAMAÇÃO A UMA MUDANÇA DE MENTE
Jesus trazia uma mensagem desafiadora ao povo para que esse tivesse uma
conversão na qual seus atos estivessem em constante mudança. Essa mudança
deveria começar pelo interior, não apenas nos ritos que Israel estava
acostumado a cumprir seguindo a lei mosaica, antes era preciso compreender
que o reino de Deus tem a ver com mudança, transformação e um novo
formato de vida. Então, era preciso mudar a maneira que se pensava
(metanóia), pois a forma desse Reino pensar é totalmente diferente da forma
que o mundo/sistema pensa, por isso, é totalmente incompatível se mover
nesse novo reino anunciado por Cristo com a mentalidade formatada de
acordo com a cultura anterior.10
9
CARLOS, Antônio. O que é metanóia? Uma abordagem sobre conversão e seus conceitos. Disponível em:
<http://www.logosdoreino.com.br/o-que-e-metanoia-uma-abordagem-sobre-conversao-e-seus-
conceitos/>Acesso em: 11 de dezembro de 2017.
10
CARLOS, 2015.
11
WENDLAND, Heinz-Dietrich. Ética do Novo Testamento: uma introdução. Trad. Werner Fuchs. São Leopoldo:
Sinodal, 1974, p. 11
proclamação de que Deus “assumiu o poder”. Os súditos, para continuar na
linguagem do antigo ritual oriental de entronização, aqui empregada, são
agora engajados no serviço ao novo soberano. Por isso faz parte da natureza
dessa proclamação ou pregação que ela contenha também uma exigência.12
O Sermão da Montanha é "o evangelho do reino" (Mt 4:23). Isto deveria servir
para esclarecer duas coisas: Primeiro, que ele não é meramente a exposição
da lei e, segundo, que suas bênçãos e princípios éticos não são atingíveis pelos
não convertidos. Este é um sermão para os cidadãos do reino. A salvação, e
não a reconstrução social é seu alvo e os homens de sabedoria mundana estão
destinados a jamais entendê-lo.15
12
Ibidem.
13
STOTT, John R. W. Contracultura Cristã: A mensagem do Sermão do Monte. São Paulo: ABU, 1981, p. 8.
14
SOUZA, Umbelina Rodrigues de. Sermão do Monte: o mais excelente código de ética. Disponível em:
<http://umbelinars.blogspot.com.br/2012/11/sermao-do-monte-o-mais-excelente-codigo.html> Acesso em: 11
de dezembro de 2017.
15
Earnhardt, Paul apud SOUZA, 2012.
ouvintes e praticantes da mensagem do reino de Deus (WENDLAND, p. 11). Um novo
nascimento é essencial. Só a crença na necessidade e na possibilidade de um novo
nascimento pode evitar que leiamos o Sermão do Monte com falso otimismo.16 Muitas
pessoas ficam desesperadas quando o leem. Vêem nele um ideal inatingível. Neste sentido,
o Sermão é "Moisíssimo Moisés" (expressão de Lutero); "é Moisés quadruplicado, é Moisés
multiplicado ao mais alto grau"17, porque é uma lei de justiça interior a que nenhum pecador
não-regenerado pode obedecer. Portanto, apenas os condena e torna indispensável o perdão
de Cristo.18
Lutero é ainda mais explícito quanto ao segundo propósito do Sermão: "Cristo nada
diz neste Sermão sobre como nos tornamos cristãos, mas apenas sobre as obras e os frutos
que ninguém pode produzir se já não for um cristão e não estiver em estado de graça."19
Consequentemente, por estarem sob estado de graça, conforme afirmou Lutero, os
cristãos devem ter uma prática de vida totalmente distinta do sistema mundano e decaído
que rege a sociedade atual. Isso é reforçado na ideia de Stott:
O tema essencial de toda a Bíblia, desde o começo até o fim, é que o
propósito histórico de Deus é chamar um povo para si mesmo; que este
povo é um povo "santo", separado do mundo para lhe pertencer e
obedecer; e que a sua vocação é permanecer fiel à sua identidade, isto
ê, ser "santo" ou "diferente" em todo o seu pensamento e em todo o seu
comportamento. Não há um parágrafo no Sermão do Monte em que não
se trace este contraste entre o padrão cristão e o não-cristão. É o tema
subjacente e unificador do Sermão[...] Assim, os discípulos de Jesus
têm de ser diferentes: tanto dos religiosos, como dos irreligiosos. O
Sermão do Monte é o esboço mais completo, em todo o Novo
Testamento, da contracultura cristã. Eis aí um sistema de valores
cristãos, um padrão ético, uma devoção religiosa, uma atitude para com
o dinheiro, uma ambição, um estilo de vida e uma teia de
relacionamentos: tudo completamente diferente do mundo que não é
cristão. E esta contra-cultura cristã é a vida do reino de Deus, uma vida
humana realmente plena, mas vivida sob o governo divino.20
16
STOTT, 1981, p. 14.
17
JEREMIAS, Joachim, 1961 apud STOTT, 1981, p.17
18
STOTT, 1981, p. 17
19
JEREMIAS, Joachim, 1961 apud STOTT, 1981, p. 17-18.
20
STOTT, 1981, p. 8-9
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quanto mais a sociedade atual seculariza-se, tanto mais se faz necessário um rumo que
não o da degradação moral anunciada. As éticas humanistas e relativistas, apenas distorcem a
verdade absoluta que está em Cristo. A igreja de Jesus - aqueles que foram alcançados pela
graça de Deus, são os portadores das boas-novas de grande alegria, e esperança, i. e., o
Evangelho, o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.
SOUZA, Umbelina Rodrigues de. Sermão do Monte: o mais excelente código de ética.
Disponível em: <http://umbelinars.blogspot.com.br/2012/11/sermao-do-monte-o-mais-
excelente-codigo.html>Acesso em: 11 de dezembro de 2017.
CARLOS, Antônio. O que é metanóia? Uma abordagem sobre conversão e seus conceitos.
Disponível em: <http://www.logosdoreino.com.br/o-que-e-metanoia-uma-abordagem-sobre-
conversao-e-seus-conceitos/>Acesso em: 11 de dezembro de 2017.
LOPES, Augustus Nicodemos. Ética de Cada Dia, artigo publicado na revista Mackenzie, ed.
nº. 3, 2014. Disponível em:
<http://www.monergismo.com/textos/etica_crista/etica_cadadia.htm> Acesso em 11 de
dezembro de 2017.
RIBEIRO, Paulo Silvino. "O que é ética?"; Brasil Escola. Disponível em:
<http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-que-etica.htm> Acesso em 11 de dezembro de
2017.