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Toque de Reunir
Uma Aliança de Amor
Servir em toda parte
5 FDJ
TEMPO DE VIVER
6 RGA
Uma nova forma
de compreender
7 RGA
jesus ao leme
8 Tema do mês
uma aliança de amor
13
Conselho Editorial: Azamar B. Trindade, Catarina de Santa Bárbara, Eduardo
Miyashiro, Elizabeth Bastos, Joaceles Cardoso Ferreira, Luiz Amaro, Luiz Pi- mediunidade
zarro, Milton Gabbai, Miriam Gomes, Miriam Tavares, Páris Piedade Júnior, o médium ausente
Rachel Añón, Renata Pires e Sandra Pizarro.
Colaboraram nesta edição: Antônio Carlos Tardivelli, César Alejandro Correa,
Cristina Ricardo, Julio Isao, Maria Ap. F. Pereira, Vera Perez Russo, Wanderley
Emídio Gomes e Waldehir Bezerra de Almeida Missão da Aliança
Foto (capa): Alline Garcia Bullara
Redação: rua Francisca Miquelina, 259 - CEP 01316-000 – São Paulo-SP Efetivar o ideal de Vivência
Telefone (11) 3105-5894 fax (11) 3107-9704 do Espiritismo Religioso
Site: www.alianca.org.br por meio de programas
E-mail: trevo@alianca.org.br
de trabalho, estudo e
Os conceitos emitidos nos textos são de responsabilidade de seus autores. As fraternidade para o Bem da
colaborações enviadas, mesmo não publicadas, não serão devolvidas. Textos,
fotos, ilustrações e outras colaborações podem ser alterados para serem ade- Humanidade.
quados ao espaço disponível. Eventuais alterações e edição só serão submeti-
dos aos autores se houver manifestação nesse sentido.
Q
uase todos, durante nossas primeiras experiências no
grau de servidor, escrevemos sobre o tema “O Cristão é
chamado a servir em toda parte”. Em geral, colocamos no
papel nossa visão e expectativa de colaboração pessoal,
estimulados pela novidade e gratos pela oportunidade.
Que todos Em termos de oportunidade de servir, nossa Aliança é generosa.
Muitos programas, poucos pré-requisitos, espaço farto à participação.
nos sintamos Com o decorrer dos anos, começamos a travar uma batalha inter-
integrantes de na contra a rotina e a mesmice, reflexos do egoísmo. Se nos man-
tivermos firmes nos esforços de autoanálise e contínua mudança,
uma poderosa conservamos a motivação.
unidade coletiva, Porém, se nos fecharmos em quatro paredes, sempre no mesmo
dia e horário, enxergamos a nós mesmos com uma lente de aumen-
dispostos a servir to, perdendo a noção do mundo real.
e não sermos O Mestre deixou claro que veio ao mundo para servir, e não ser
servido. Nosso personalismo induz sentimentos, pensamentos e ati-
servidos tudes exatamente ao contrário.
Este ano de 2011, para a Aliança, marca o aumento das oportu-
nidades de servir. Tudo está sendo feito de modo descentralizado.
Todas as atividades do calendário implicam em esforço coordenado
e simultâneo em diferentes locais.
Tudo isso é um ensaio para a vida. Nos desafios de cada dia,
para o discípulo de Jesus, é fonte de força a lembrança de que seus
irmãos em Fraternidade estão espalhados na Terra, cada um cum-
prindo com seu dever.
Nossas tendências negativas não vencerão, se lembrarmos que há
uma força invisível nos unindo e coordenando. Que ninguém se sin-
ta um heroi isolado salvando a humanidade. Mas que todos nós nos
sintamos integrantes de uma poderosa unidade coletiva, dispostos
a servir e não sermos servidos.
Permitamos que os trabalhos em Aliança constituam o programa
de treinamento que nos capacite a servir em toda parte.
O Diretor Geral da Aliança
PRIMEIRA
REUNIÃO GERAL
M
arcando o terceiro aniversário da Aliança Espírita Evangélica, acon- e nenhum exclusivismo ou destaque
teceu uma festa de luz: a Primeira Reunião Geral que congregou, pessoal em relação a seus dirigentes e
durante três dias, um total de 787 pessoas, representando 127 Gru- cooperadores, salvo o que decorre de
pos Integrados. funções executivas.
A reunião teve o seu início no dia 11 em São José dos Campos e o encerra- O que se tem em vista de forma
mento no dia 12 de dezembro de 1976 na Câmara Municipal de São Paulo. primeira é servir, esclarecer e trans-
Nos dias que avizinhavam o inicio da Reunião, a expectativa, assim como o formar moralmente o maior número
trabalho, aumentavam conduzindo-nos aos reais fins colimados: “Amemo-nos possível de irmãos nossos, para que
uns aos outros, para que possamos nos dedicar às boas obras”. possam enfrentar, com serenidade e
A mensagem do Cmt. Edgard Armond, cujos trechos transcrevemos abaixo, confiança, o selecionamento espi-
foi apresentada em vídeo-tape, dada a sua impossibilidade de comparecer, por ritual de fins deste ciclo evolutivo,
motivos de saúde. porque esta foi a finalidade princi-
pal da missão de Jesus na Terra, de
sua predicação, seus ensinamentos e
seus sacrifícios, que se resumiam to-
MENSAGEM PARA A vém sempre explicar) é uma aspiração dos em se espiritualizar e redimir a
REUNIÃO GERAL DA ALIANÇA coletiva de cristianidade, formada por humanidade retardada e corrompida
um número indeterminado de grupos daquela época.
Irmãos e amigos:
espíritas animados dos mesmos ideais Saudamos a todos que compare-
Sem a menor dúvida esta reunião de aperfeiçoamento moral, que se unem
geral tem especial importância, por- cem a esta reunião, sobretudo os Ser-
para a vivência evangélica em comum, vidores que se fazem hoje Discípulos;
que atendendo a esta convocação vo- visando a formação de um mais amplo
cês provam: e nosso pensamento no momento é de
movimento de fraternização humana, prece a Deus, nosso Pai Criador, para
1) que a Aliança dia a dia mais se com base nos seguintes fundamentos:
consolida, tornando-se melhormente que nenhum deles se perca nos torve-
a) a preparação individual dos servi- linhos do mundo, nenhum se desvie
à execução de seus programas; dores, pela reforma íntima, nas Escolas
2) que, individualmente, estão vo- da estrada larga e clara que o Divino
de Aprendizes do Evangelho. Mestre indicou a seus seguidores.
cês mais conscientizados da necessi- b) a inclusão na Fraternidade dos
dade da união, sem a qual nenhuma Externamos também nossa es-
Discípulos de Jesus, para as exempli- perança de que, após esta reunião
organização permanece; ficações individuais no campo social,
3) ante Jesus, provam que são fieis geral tão fraterna e acolhedora, uma
como colaboração na redenção da hu- compreensão mais clara e verdadeira
ao ideal de servir, testemunhando seu manidade.
Evangelho na Terra. se faça sobre a Aliança Espírita Evan-
A Aliança, de certa forma, prolonga gélica e seus devotados dirigentes e
Aqueles que mantem contato no presente os ideais, as tradições e as
mais habitual com as Entidades que trabalhadores, para que a soma dos
esperanças do passado remoto, trans- esforços de todos em nosso Estado
respondem pela direção espiritual do fundido no Cristianismo Primitivo e re-
movimento espírita em nosso País, ao e fora dele, no sentido do aperfei-
presentados simbolicamente: çoamento moral pela reforma íntima,
qual integrou-se esta Aliança, em de- a) pela Arca da Aliança de Moisés,
zembro de 1973, poderão ver e infor- resulte na mais perfeita e justa efeti-
contendo a Lei dos Dez Mandamentos. vação das tarefas evangélicas que, na
mar o quanto de esperança existe em b) pela Aliança estabelecida por Je-
seus corações, de que a Aliança pros- seara do Divino Mestre, a cada um de
sus com seus Apóstolos e Discípulos, nós, como discípulos de boa vontade,
siga desembaraçadamente nos rumos na propagação de seus ensinamentos
traçados e suas finalidades e progra- cabe defender a cultivar.
redentores. E que assim seja.
mas de ação sejam compreendidos e Nenhuma ideia de competição, emu-
respeitados. lação, discriminação, anima a Aliança Edgard Armond
A Aliança Espírita Evangélica (con- em relação a instituições congêneres; O Trevo de Janeiro de 1977
FDJ
Antonio Carlos Tardivelli
C
omo quem sonha todos os sonhos
Sente cada movimento
Do espírito enquanto viajante.
Como o mundo lhe oferece vistas,
Tudo guarda como a um tesouro.
Pérolas preciosas nos momentos de sorrisos,
Diamantes brutos no lapidar das provas,
Onde o viver se firma como escola divina
E o espírito reserva suas lições em corpo etéreo.
Em quantas vidas se dividiria o ser divino?
Tantas quantas o Creador permita,
Porque a terra sem a charrua definha
e o viajante, trabalha, ensina, coopera...
Não é o espírito em todas as crenças o ser eterno?
Aquele que recebe a paga justa por suas obras santas ou profanas?
E sendo assim, todo ser vivente, sonha, trabalha, ensina, coopera.
Se não com obras de plena sabedoria,
Outras como viajante que contribui com sua lida
Para que enfim o Cristo, Ave Cristo, assim ensine
Onde está a luz que o viajante é...
Sendo luz não a ocultes, coloca sobre o candeeiro,
Para que aqueles que a vejam, sintam, entendam
Glorifiquem ao Pai que está nos céus...
de compreender
RGA descentralizada - Polo 1
O
lema da Aliança Espírita Agora, quase nas vésperas da re-
Evangélica é “Confraternizar alização da RGA é que conseguimos
para melhor servir”, o que re- compreender o nosso lema mais pro-
petimos com muito carinho fundamente, pois somente quando
em diversas oportunidades, como em nos permitimos vivenciar com o nosso
aulas, cursos, encontros, enfim, sem- companheiro de ideal é que consegui-
pre que cabia, ali estava o jargão da mos Servir nosso próximo.
RGA
RGA descentralizada - Polo 2
E
stá chegando mais uma RGA e com ela o tema para reflexão: CONFRA-
TERNIZAR PARA MELHOR SERVIR.
Assim, queridos A essência deste tema transcende os limites da cooperação e fra-
ternização, ultrapassando a fronteira do “eu”, alcançando os efeitos
irmãos de salutares da vivência do Evangelho ensinado por Jesus.
A sua mensagem está no ar, podendo ser alcançada e vivida por cada um de
jornada, iremos nós que um dia adotou no coração o ideal de Aliança, alinhado aos ensinamen-
tos do Cristo, pois estar em Aliança é nos unirmos para melhor servir, encontran-
a mais uma do o equilíbrio entre confraternizar e colocar em prática com amor incondicional
a condição de servidor de Jesus, servindo à humanidade, transpondo barreiras,
RGA, agora incansavelmente.
Assim, queridos irmãos de jornada, iremos a mais uma RGA, agora descentra-
descentralizada, lizada, mas não menos amorosa, participativa, fraterna e acolhedora.
Que possamos de fato estar unidos em Aliança, sedimentando as relações
mas não menos fraternas, colaborando com as vibrações e levando muita alegria aos corações.
Relembrando a comemoração dos 30 anos da nossa Aliança, quando algu-
amorosa, mas propostas de reflexão foram sugeridas, resgatamos algumas delas e propo-
mos utilizá-las também como reflexão em nossa RGA 2011.
participativa, São elas:
1) Como está a nossa união com os companheiros de ideal que congregam
fraterna e a AEE?
2) Como podemos estar mais unidos, solidários, fraternos sentindo apoio em
acolhedora nossos testemunhos?
3) Como propagar mais as Boas Notícias de Jesus, pela lente amplificadora
da Doutrina Espírita?
No mais, Feliz RGA para todos nós e que possamos levar aos nossos compa-
nheiros participantes da RGA, o nosso abraço, o nosso sorriso, a nossa fraterni-
dade em Aliança.
Será com certeza mais uma RGA repleta de vibrações, com Jesus ao leme do
nosso barco de amor e de luz.
No mais, feliz RGA para todos nós!
Cristina Ricardo - Equipe Organizadora da RGA - POLO 2
POLO 4:
Ribeirão Preto
POLO 2:
Campinas
POLO 1: Quantos companheiros
São José dos Campos chegaram para partici-
par das frentes de traba-
lho e quantas lideranças
foram despertas para
assumir as oportunida-
des vindouras!
POLO 3:
São Caetano do Sul
de participar
RGA descentralizada - Polo 3
Q
ual é o sentimento de RGA?
Confraternização e padronização.
Padronização? Que nome complexo! Estranho? Difícil?
Talvez!
Mas quando existe uma reunião geral e nós conseguimos ver que em
outros lugares o programa dá certo, por que não falarmos em padroni-
E, agora, zação?
E quando conseguimos juntar padronização com confraternização,
teremos uma RGA conseguimos fazer uma RGA!!!
Técnico? Talvez!
descentralizada! Mas quando podemos ser e contar com pessoas, que têm a chama do
Um desafio que ideal sempre acesa, torna-se uma alegria estarmos juntos para falar de
Aliança e relembrarmos os passos de Edgard Armond e de Jesus!
está contando Sempre contamos com um ambiente propício para boas conversas e
reflexões!
com a coragem de E agora, teremos uma RGA descentralizada!
Medo? Talvez!
muitas pessoas Um desafio, com certeza! Um desafio que está contando com a co-
ragem de muitas pessoas, que antes apenas compareciam e que, agora,
têm a oportunidade de participar de uma organização e ver os porme-
nores tanto deste lado encarnado, quanto do desencarnado.
Uma experiência nova, cheia de descobertas incríveis, tanto da nossa
Aliança, quanto de novos e queridos amigos que sempre trazem boas e
novas ideias!
RGA foi, é e sempre será um momento mágico em que podemos
sempre Confraternizar para melhor servir!
Maria Ap. F. Pereira - Equipe Organizadora da RGA - POLO 3
RGA
Espiritualização
na Terra
RGA descentralizada - Polo 4
C
aros companheiros,
No sentimento universal com que a Aliança envolve e cativa
os cristãos, muito valioso é o propósito de uma Reunião Geral da
Aliança. Neste ano, o convite maior é de trabalho e reflexão, para
sentirmos em um único tom, em uma única vibração, as oportunidades de
comunhão de vibrações para o Bem.
Muitos já O momento é único. Cabe a nós nos prepararmos para o Ágape Espi-
ritual.
sentiram as Muitos já sentiram as movimentações de ideias, os propósitos, as con-
vergências de anseios que se fazem presentes em todo o movimento.
movimentações Muitos fazem reflexões, buscando entender e perceber o que é esse
Estar no Caminho
FDJ DE
ESCOLA
GEESE
E
star no Caminho implica que Quando transpuser o último degrau e
a pessoa tenha se comprome- tiver entrado no Caminho, tudo muda.
tido com o despertar acima As dúvidas que podia ter com relação
das outras preocupações da ao seu guia desaparecem e, ao mes-
vida, tendo compreendido as ideias da mo tempo, seu guia torna-se menos
Escola. necessário para ele do que antes. Em
Jesus também afirmou ser o Ca- muitos sentidos, agora pode até ser
minho, correspondendo ao estado de independente, porque sabe para onde
quem está desperto para as verdades vai. E também não pode mais perder
eternas, com preocupações que não tão facilmente os resultados de seu tra-
são as da vida cotidiana. E aceitamos balho e nem cair de novo no nível da
que o estágio já alcançado pelo Cristo vida ordinária, mesmo que se afaste do
permanece além de nossa compreensão Caminho.
atual. Há diferentes caminhos. As Escolas
Escolas do Oriente ilustravam a si que adotam a abordagem do faquir,
mesmas como escadas de diversos de- do monge ou do iogue têm condições
graus, ou graus de iniciação. Os guias muito específicas. Nas Escolas que ado-
ou gurus desempenham função impor- tam abordagem simultânea na ação, na
tante nesse processo, porém é neces- devoção e na meditação, há condições
sário considerar a diferença de lingua- especiais que não existem nas outras.
gem. Os mestres ou guias têm função Nestas, na ascensão da escada, uma
comparável a dirigentes ideais, enquan- das condições é que um homem não
to o Caminho corresponde ao processo pode subir o degrau seguinte antes de
de libertação da influência material. E ter colocado alguém em seu próprio
a escada corresponde às etapas da via degrau. Este outro, por sua vez, deve
de Iniciação. colocar um terceiro em seu lugar, se
Nessas Escolas, o primeiro degrau é quiser ascender um degrau. Quanto
o momento em que o homem que bus- mais um homem sobe, tanto mais se
ca o despertar encontra quem conhece vê na dependência dos que o seguem.
o Caminho ou o seu guia. Entre a vida Se eles param, ele também pára. Tais
comum e o Caminho, existe a escada. situações são igualmente encontradas
É somente por ela que o homem pode no caminho.
entrar no Caminho. É formada com a O que um homem adquiriu, deve
ajuda de seu mestre, uma vez que não imediatamente repassar àqueles que
é capaz de subi-la sozinho. O Caminho desejam receber. (“Dai de graça o que
só começa no topo da escada, num ní- de graça recebeste”); só então poderá
vel muito acima da vida ordinária. adquirir mais.
Onde começa o Caminho? Segun-
No próximo artigo será abordada a
do a tradição das Escolas, começa com
diferença entre Ser e Saber.
o que não está na vida deste mundo.
C
abe agora analisar a cota de der, desde as primeiras aulas, comple- sim! Mas de sensibilidade apurada, tor-
responsabilidade do Centro Es- mentadas com prática dos iniciados, nando-se, por isso, presas mais fáceis
pírita com relação ao médium que a caridade é o esteio a favorecer das sugestões e influenciações menos
ausente. A liberdade dada pe- a mediunidade, como ensinava a ines- elevadas, por serem, e neste caso, como
los dirigentes, permitindo que compa- quecível Ivone A. Pereira. todos nós, imperfeitos. Trazem regis-
reça à instituição quando assim desejar, Outro cuidado é o de não alimentar tros fortes de desvios pregressos de
sem disciplinamento de suas atividades a formação de grupos isolados nas ati- conduta em seu inconsciente histórico-
mediúnicas e sem conduzi-lo a outras vidades mediúnicas da instituição. Mé- espiritual. Tais anotações, no exercício
tarefas de natureza assistencial, tão dium é antena viva a captar inspirações da mediunidade, se confundem muitas
necessárias para melhorar sua sintonia do invisível com mais facilidade. Ao vezes com a realidade consciente, ge-
com o plano invisível, é um procedi- coordenador encarnado das atividades rando nele procedimentos inadequados
mento que merece reflexão. Todos so- mediúnicas convém ficar vigilante, sa- à tarefa sublime, superáveis, com a aju-
mos livres para decidir quanto ao pró- bendo o que se passa em cada grupo, e da dos companheiros de jornada.
prio destino, mas nossa liberdade de ser o que seus componentes estão “ouvin- Vamos concluir, resgatando a adver-
e de agir tem limites quando se trata do” do que vem do lado de lá, fazendo tência do querido mentor Emmanuel,
da instituição que nos acolhe e do fato reuniões periódicas. No templo espírita na intenção de tornar bem claro para
de fazermos parte de uma equipe. Há mourejam não somente os Espíritos es- todos, médiuns e Centro Espírita, o que
regras a serem respeitadas. Será de bom clarecidos, mas, também, os sofredores compete a cada um buscar e fazer no
alvitre constar do Regimento Interno da e obsessores. A existência “desse” ou sentido de se unirem na realização da
Casa a exigência de o médium a ela fi- “daquele” grupo estanques, funcio- tarefa comum, não ficando ausentes
liado, além de participar das atividades nando sem unidade de princípios, gera um do outro.
mediúnicas, seja também colaborador o separativismo e coopera para o iso- “Admitido a construções de ordem
em outras de natureza não-mediúnica, lacionismo de alguns médiuns menos superior, o médium é convidado ao
onde terá oportunidade de contato preparados para o enfrentamento dos discernimento e à disciplina, para que
com a carência e a dor dos seus seme- conflitos de ideias e de procedimentos, se lhe aclarem e aprimorem as facul-
lhantes. Diz o simpático orador carioca muito comuns em qualquer agrupa- dades, cabendo-lhe afastar-se do “tudo
Raul Teixeira: “Vemos tantos médiuns mento humano. Não estamos falando querer” e do “tudo fazer” a que somos
preocupados em ouvir o gemido do de controle severo, de barreiras que impelidos, nós todos, quando imaturos
Espírito desencarnado e não ouvem os a instituição venha criar, cerceando a da vida pelos que se afazem à rebeldia
gemidos dos encarnados”. [1] liberdade do médium, fazendo-o re- e à perturbação”. [2]
É oportuno enfatizar que o Centro troceder ao seu isolamento. Estamos
(Publicado na Revista Internacional de
Espírita como escola de almas deve ficar falando de apoio fraterno, de medidas
Espiritismo, em setembro de 2000)
atento com os médiuns personalistas preventivas, de orientação fundamen-
para não descaracterizarem sua função tada nos postulados da Doutrina Con- [1] TEIXEIRA, Raul. Diretrizes de Segurança -
Resposta à pergunta 46.
educativa, servindo de mau exemplo soladora, com intuito de ajudar e não [2] EMMANUEL/LUIZ, André/XAVIER, Fran-
para os demais. Fundamentalmente de controlar. cisco Cândido. Estude e Viva, FEB, 6 ed, Capítulo
para os iniciantes. Estes devem apren- Os médiuns são pessoas normais, 37, p. 211.