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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Índice
CAPITULO 1..............................................................................................................................................1
FORMAÇÃO DOS GRÁFICOS PARA ANÁLISE TÉCNICA .............................................................1
1. O QUE É ANÁLISE TÉCNICA?..........................................................................................................2
1.1 UM POUCO DE HISTÓRIA .....................................................................................................................2
1.2 ANÁLISE TÉCNICA X ANÁLISE FUNDAMENTALISTA............................................................................2
1.3 IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE TÉCNICA..................................................................................................2
2. A TEORIA DE DOW.............................................................................................................................3
2.1 PRINCÍPIO 1: OS ÍNDICES DESCONTAM TUDO .....................................................................................3
2.2 PRINCÍPIO 2: AS TRÊS TENDÊNCIAS DO MERCADO .............................................................................3
2.3 PRINCÍPIO 3: AS TRÊS FASES DOS MOVIMENTOS ................................................................................4
2.3.1 Fases do Mercado de Alta .........................................................................................................4
2.3.2 Fases do Mercado de Baixa.......................................................................................................5
2.4 PRINCÍPIO 4: O PRINCÍPIO DA CONFIRMAÇÃO .....................................................................................5
2.5 PRINCÍPIO 5: VOLUME DEVE CONFIRMAR A TENDÊNCIA ....................................................................5
2.6 PRINCÍPIO 6: A TENDÊNCIA CONTINUA ATÉ SURGIR UM SINAL DEFINITIVO DE QUE HOUVE
REVERSÃO ................................................................................................................................................6
Para Saber Mais .................................................................................................................................6
3. FORMAÇÃO DOS GRÁFICOS...........................................................................................................6
3.1 CONHECENDO O GRÁFICO DE BARRAS ...............................................................................................6
3.2 CONHECENDO O GRÁFICO DE CANDLES .............................................................................................7
3.2.1 Resumo Introdutório ..................................................................................................................8
3.3 PERIODICIDADE DOS GRÁFICOS ........................................................................................................10
4. SUPORTES E RESISTÊNCIAS .........................................................................................................11
4.1 O COMPONENTE PSICOLÓGICO .........................................................................................................12
4.1.1 Comprometimento, envolvimento e orgulho ............................................................................12
4.1.2 Alívio e arrependimento...........................................................................................................13
4.2 NEGOCIANDO COM A AJUDA DE SUPORTE E RESISTÊNCIA ................................................................13
5. O PADRÃO PIERCING ......................................................................................................................14
5.1 IDENTIFICANDO O PADRÃO ...............................................................................................................14
5.1.1 Psicologia ................................................................................................................................14
5.1.2 Fatores de Reforço...................................................................................................................15
6. O PADRÃO SHOOTING STAR (BEARISH SHOOTING STAR) .................................................17
6.1 CARACTERÍSTICAS DO PADRÃO ........................................................................................................17
6.1.1 Psicologia ................................................................................................................................17
6.1.2 Utilização e Confluência..........................................................................................................18
7. O PADRÃO ENGOLFO ......................................................................................................................20
7.1 FATORES QUE FORTALECEM O PADRÃO ............................................................................................20
7.2 FORMAÇÃO DE RESISTÊNCIA OU SUPORTE .......................................................................................21
8. O MARTELO (HAMMER): CONSTRUINDO O PADRÃO...........................................................22
8.1 O MARTELO......................................................................................................................................22
8.2 A FORÇA DOS MARTELOS .................................................................................................................22
Um Pouco de Curiosidade ................................................................................................................23
8.3 O MARTELO (HAMMER): REALIZANDO TRADES ...............................................................................23
8.3.1 Princípio 1: O Fundo do Martelo é Região de Suporte ...........................................................23
8.3.2 Princípio 2: Administrando Risco e Recompensa com o Martelo ...........................................24
9. PADRÕES DE CONTINUAÇÃO: RISING AND FALLING THREE METHODS......................25
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
9.1 IDENTIFICANDO O PADRÃO ...............................................................................................................25
9.2 REALIZANDO TRADES.......................................................................................................................26
10. PADRÕES - O MERCADO SE REPETE........................................................................................28
10.1 OMBRO-CABEÇA-OMBRO (OCO) ...................................................................................................28
10.1.1 Negociando com o OCO ........................................................................................................28
10.2 TRIÂNGULOS ..................................................................................................................................30
10.2.1 Triângulo Ascendente ............................................................................................................30
10.2.2 Triângulo Descendente ..........................................................................................................31
10.2.3 Triângulo Simétrico ...............................................................................................................31
10.2.4 Outras Características dos Triângulos..................................................................................31
11. TOPOS E FUNDOS DUPLOS E TRIPLOS ....................................................................................32
11.1 TOPOS DUPLOS ...............................................................................................................................32
11.2 FUNDOS DUPLOS ............................................................................................................................32
11.3 NEGOCIANDO COM TOPOS E FUNDOS DUPLOS ................................................................................33
11.4 Topos e Fundos Triplos ............................................................................................................33
12. BANDEIRAS E FLÂMULAS............................................................................................................34
12.1 BANDEIRA ......................................................................................................................................34
12.2 FLÂMULA .......................................................................................................................................35
12.3 ALVO PARA OS PREÇOS ..................................................................................................................35
13. TOPOS E FUNDOS ARREDONDADOS ........................................................................................36
13.1 FORMA DOS PREÇOS E PADRÃO DE VOLUME ..................................................................................36
14. REALIZANDO TRADES COM CANAIS.......................................................................................37
14.1 TÉCNICAS DE OPERAÇÃO ................................................................................................................38
14.2 SUPORTE E RESISTÊNCIA EM CANAIS ..............................................................................................38
14.3 FALSOS ROMPIMENTOS...................................................................................................................38
14.4 APROVEITANDO O ROMPIMENTO VERDADEIRO ..............................................................................39
CAPITULO 2............................................................................................................................................41
ESTUDO E INDICADORES...................................................................................................................41
1. TIPOS DE DIVERGÊNCIAS..............................................................................................................42
1.1 MOMENTUM E DIVERGÊNCIAS ..........................................................................................................42
1.2 DIFERENTES TIPOS DE DIVERGÊNCIAS ..............................................................................................42
1.2.1 Divergências Tipo A ................................................................................................................42
1.2.2 Divergências Tipo B ................................................................................................................43
1.2.3 Divergências Tipo C ................................................................................................................43
2. GAPS .....................................................................................................................................................44
2.1 QUANDO SURGE UM GAP? .................................................................................................................44
2.2 O FECHAMENTO DE UM GAP .............................................................................................................44
2.3 TIPOS DE GAP ...................................................................................................................................45
2.3.1 Gaps de Rompimento ...............................................................................................................45
2.3.2 Gaps de Continuação...............................................................................................................46
2.3.3 Gaps de Exaustão ....................................................................................................................47
2.4 SUPORTE/RESISTÊNCIA .....................................................................................................................47
3. A FÍSICA DO MERCADO..................................................................................................................47
3.1 A INÉRCIA NOS GRÁFICOS .................................................................................................................47
3.2 RETRO ALIMENTAÇÃO ......................................................................................................................48
3.3 CENTRO DE GRAVIDADE ...................................................................................................................48
4. MUNDO DAS MÉDIAS MÓVEIS .....................................................................................................49
4.1 QUE TIPO DE MÉDIA UTILIZAR? .......................................................................................................50
4.2 USANDO MÉDIAS MÓVEIS ................................................................................................................50
4.3 MÉDIAS MÓVEIS COMO SUPORTE E RESISTÊNCIA ............................................................................51
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
4.4 CRUZAMENTOS (CROSSOVERS) ........................................................................................................51
4.5 ADAPTANDO A JANELA DE TEMPO....................................................................................................52
5. IFR - ÍNDICE DE FORÇA RELATIVA............................................................................................53
5.1 TOPOS E FUNDOS ..............................................................................................................................53
5.2 FORMAÇÕES GRÁFICAS ....................................................................................................................53
5.3 SUPORTE E RESISTÊNCIAS.................................................................................................................54
5.4 DIVERGÊNCIAS .................................................................................................................................54
5.5 OUTRAS CARACTERÍSTICAS ..............................................................................................................54
6. CONHEÇA O ESTOCÁSTICO..........................................................................................................55
6.1 TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO DO ESTOCÁSTICO ...................................................................................55
6.1.1 Níveis Extremos .......................................................................................................................55
6.1.2 Movimento Atenuado ...............................................................................................................56
6.2 DIVERGÊNCIAS .................................................................................................................................57
7. O INDICADOR FORCE INDEX........................................................................................................58
7.1 FORMA DE CÁLCULO ........................................................................................................................58
7.2 ENTRANDO EM UM TRADE ................................................................................................................58
7.3 EXAUSTÃO ........................................................................................................................................59
7.4 DIVERGÊNCIAS .................................................................................................................................60
8. O INDICADOR OBV...........................................................................................................................60
8.1 DIVERGÊNCIA ...................................................................................................................................61
8.2 ELEMENTOS DA ANÁLISE TÉCNICA...................................................................................................61
9. O INDICADOR MARKET FACILITATION INDEX (MFI)..........................................................62
9.1 O MARKET FACILITATION INDEX E AS SITUAÇÕES DE MERCADO .....................................................62
10. MOVIMENTO DIRECIONAL: ADX, DI+ E DI-...........................................................................63
10.1 COMPONENTES DO MOVIMENTO DIRECIONAL: ADX, DI+ E DI- ....................................................64
11. PARABÓLICO SAR ..........................................................................................................................65
11.1 TENDÊNCIA É FUNDAMENTAL ........................................................................................................65
11.2 STOPS, ENTRADAS E SAÍDAS ...........................................................................................................66
12. BANDAS DE BOLLINGER ..............................................................................................................67
12.1 UM POUCO DE ESTATÍSTICA ...........................................................................................................67
12.2 REGRAS DE INTERPRETAÇÃO ..........................................................................................................68
12.2.1 Estreitamento .........................................................................................................................68
12.3 ALCANÇANDO AS BANDAS .............................................................................................................69
12.4 OUTRAS DICAS DE USO ..................................................................................................................70
13. USANDO FIBONACCI FAN ............................................................................................................70
13.1 TRAÇANDO O FIBONACCI FAN ........................................................................................................70
13.2 O QUE O FIBONACCI FAN TEM A NOS DIZER? ..................................................................................70
14. DESCOBRINDO SUPORTES E RESISTÊNCIAS COM ANDREW'S PITCHFORK ..............72
14.1 CRIANDO O PITCHFORK ..................................................................................................................72
14.2 UTILIZAÇÃO ...................................................................................................................................72
15. O INDICADOR MACD .....................................................................................................................72
15.1 ENTENDENDO O MACD .................................................................................................................73
15.2 SINAIS DE COMPRA E VENDA..........................................................................................................73
15.3 CONFIABILIDADE DOS SINAIS .........................................................................................................74
15.4 OUTRAS CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DO MACD ..................................................................74
16. TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO DO VOLUME ..............................................................................75
CAPITULO 3............................................................................................................................................77
iii
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
ESTRATÉGIAS DE TRADER ...............................................................................................................77
1. PLANEJAMENTO DE TRADES .......................................................................................................78
1.1 CONSIDERE OS ASPECTOS PESSOAIS .................................................................................................78
1.2 PREPARAÇÃO MENTAL .....................................................................................................................78
1.3 TESTE SEU SISTEMA .........................................................................................................................78
1.4 GERENCIAMENTO DE RISCO E OBJETIVOS .........................................................................................79
1.5 DEFINA REGRAS CLARAS DE SAÍDA .................................................................................................79
1.6 DEFINA REGRAS CLARAS DE ENTRADA ............................................................................................79
1.7 AUTO-AVALIAÇÃO E REGISTROS ......................................................................................................79
2. REGRAS DE PROTEÇÃO .................................................................................................................80
2.1 SISTEMA DE PROTEÇÃO ....................................................................................................................80
2.2 A REGRA DE 2%................................................................................................................................80
2.3 A REGRA DE 6%................................................................................................................................80
3. GUERRILHA TRADING....................................................................................................................80
3.1 CANDLE BULLISH 20/20 .............................................................................................................81
3.1.1 PONTOS IMPORTANTES .......................................................................................................81
3.2 CANDLE BEARISH 20/20..............................................................................................................82
3.2.1 PONTOS IMPORTANTES .......................................................................................................82
3.3 TÁTICA 1 ........................................................................................................................................82
3.3.1 O ATAQUE DO SNIPER .........................................................................................................82
3.3.2 A BATALHA .............................................................................................................................83
3.4 TÁTICA 2 ........................................................................................................................................84
3.4.1 A FUGA DO SNIPER ..............................................................................................................84
3.4.2 A BATALHA .............................................................................................................................84
3.5 TÁTICA 3 ........................................................................................................................................86
3.5.1 GAP SURPRESA DO TOURO.................................................................................................86
3.5.2 A BATALHA .............................................................................................................................87
3.6 TÁTICA 4 ........................................................................................................................................87
3.6.1 GAP SURPRESA DO URSO....................................................................................................87
3.6.2 A BATALHA................................................................................................................................88
3.7 TÁTICA 5 ........................................................................................................................................89
3.7.1 BEARISH 20/20 .......................................................................................................................89
3.7.2 A BATALHA .............................................................................................................................89
3.8 TÁTICA 6 ........................................................................................................................................90
3.8.1 BULLISH 20/20 .......................................................................................................................90
3.8.2 A BATALHA .............................................................................................................................90
CAPITULO 4............................................................................................................................................93
IMPOSTO DE RENDA SOBRE RENDA VARIÁVEL........................................................................93
1. IMPOSTO DE RENDA .......................................................................................................................94
1.1 OPERAÇÕES DE RENDA VARIÁVEL ...................................................................................................94
1.1.1 Imposto de renda retido na fonte .............................................................................................94
1.1.2 Como preencher o DARF, veja o exemplo passo a passo........................................................96
1.1.3 Como calcular o Imposto de Renda sobre as operações no Mercado à Vista .........................97
1.1.4 Como calcular o Imposto de Renda sobre as operações no Mercado a Termo.....................100
1.1.5 Cálculo do imposto de renda sobre operações de Day Trade ...............................................102
CAPITULO 5..........................................................................................................................................104
ENTREVISTAS, DEPOIMENTOS E CURIOSIDADES ...................................................................104
1. COMO OPERAR NO DIA ................................................................................................................105
2. ATITUDE............................................................................................................................................105
3. O PROBLEMA DO DINHEIRO ......................................................................................................106
4. A SABEDORIA DE JESSE LIVERMORE .....................................................................................107
5. 10 ATITUDES PARA PERDER MUITO DINHEIRO NA BOLSA..............................................108
iv
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
6. O SAMURAI DE 100 TRADES VITORIOSOS ..............................................................................108
7. PUBLICADO NA REVISTA ISTO É DINHEIRO 09/06/2004 ............................................109
ANEXOS .................................................................................................................................................113
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Figura 50: Falso Rompimento no Gráfico da GGBR4 ................................................... 39
Figura 51: Rompimento Verdadeiro Gráfico BRTO4.................................................... 40
Figura 52: Divergência Entre Topo Duplo e IFR no Gráfico do Ibovespa .................... 43
Figura 53: GAP no Gráfico do Ibovespa ........................................................................ 45
Figura 54: GAP no Gráfico do Ibovespa ........................................................................ 46
Figura 55: GAP’s de Continuação no Gráfico da ELET6 .............................................. 46
Figura 56: Inércia e Rompimento no Gráfico do Ibovespa ............................................ 48
Figura 57: Centro de Gravidade no Gráfico da ACES4 ................................................. 49
Fórmula 1: Média Móvel Aritimética............................................................................. 50
Fórmula 2: Média Móvel Exponencial........................................................................... 50
Figura 58: Média Móvel Como Suporte no Gráfico da TNLP4..................................... 51
Figura 59: Cruzamento (Crossovers) da Média Móvel no Gráfico da GGBR4 ............. 52
Figura 60: Divergência no IRF no Gráfico do Ibovespa ................................................ 53
Figura 61: Divergência de Tendência no Gráfico do Ibovespa ...................................... 54
Fórmula 3: IRF (Índice de Força Relativo) .................................................................... 54
Fórmula 4: Estocástico ................................................................................................... 55
Figura 62: Sinalização de Compra e Venda Com o Estocástico .................................... 56
Figura 63: Perda de Inclinação ....................................................................................... 57
Figura 64: Divergência de Tendência Com o Estocástico no Gráfico da ARCZ6 ......... 57
Figura 65: Pontos de Entrada Com o Força Index no Gráfico do Ibovespa................... 59
Figura 66: Exaustão do Movimento Com o Força Index no Gráfico PETR4 ................ 60
Figura 67: Divergência de Tendência Com o OBV no Gráfico BBDC4 ....................... 61
Figura 68: Princípio de Inversão Com o OBV no Gráfico da CMIG4........................... 62
Figura 69: ADX na Confirmação de Ausência de Tendência no Gráfico do Ibovespa.. 64
Figura 70: ADX, DI+ e DI- na Análise do Gráfico do Ibovespa ................................... 65
Figura 71: Análise de Tendência com o Parabólico SAR no Gráfico da ELPL4........... 66
Figura 72: Análise de Tendência com o Parabólico SAR no Gráfico da GGBR4 ......... 67
Figura 73: Bandas de Bollinger e OBV na Análise de Divergência no Gráfico da
AMBV4 .......................................................................................................................... 68
Figura 74: Bandas de Bollinger na Análise do Gráfico TNLP4..................................... 69
Figura 75: Fibonancci Fan Encontrando Suporte Oculto no Gráfico Ibovespa ............. 71
Figura 76: Fibonancci Fan Encontrando Suporte Oculto no Gráfico PMAM4.............. 71
Figura 77: Encontrando Suportes e Resistências Potências Com o Pitchfork no Gráfico
do Ibovespa..................................................................................................................... 72
Figura 78: Análise do Gráfico do Ibovespa com o MACD............................................ 73
Figura 79: Análise do Gráfico da TNLP4 com o MACD............................................... 74
Figura 80: Análise por Volume no Gráfico da AVPL3.................................................. 76
Figura 81: Candle Bullish 20/20..................................................................................... 81
Figura 81: Candle Bearish 20/20 .................................................................................... 82
Figura 82: Candle Bearish 20/20 .................................................................................... 83
Figura 83: Tática de Trade Após Candle Bearish 20/20 ................................................ 83
Figura 84: Candle Bullish 20/20..................................................................................... 84
Figura 85: Tática de Trade Após Candle Bullish 20/20 ................................................. 84
Figura 86: Ataque do Sniper nas Ações da GGBR4 ...................................................... 85
Figura 87: Fuga do Sniper nas Ações da GGBR4 .......................................................... 85
Figura 88: Fuga do Sniper Com Falling Three Methods nas Ações da CRUZ3 ............ 86
Figura 89:Candle Bearish 20/20 ..................................................................................... 86
Figura 90: GAP Surpresa do Touro................................................................................ 87
Figura 91: Candle Bullish 20/20..................................................................................... 87
Figura 92: GAP Surpresa do Urso.................................................................................. 88
vii
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Figura 93: GAP Surpresa do Touro nas Ações da EMBR4 ........................................... 88
Figura 94: Candle Bearish 20/20 .................................................................................... 89
Figura 95: Candle Bearish 20/20 Continuação............................................................... 89
Figura 96: Candle Bullish 20/20..................................................................................... 90
Figura 97: Candle Beallish 20/20 Continuação.............................................................. 90
Figura 98: Operando com Bearish e Bullish com as Ações de Cesp4 ........................... 91
Tabela 1: Resumo de Movimentos, Gaps, Stop e Vendas de Ações .............................. 92
Tabela 2: IR Operações Day Trade ................................................................................ 94
Tabela 3: Mercado e Fato Gerador IR ............................................................................ 95
Tabela 4: Preenchimento de DARF................................................................................ 96
Tabela 5: Exemplo Para Cálculo IR ............................................................................... 97
Tabela 6: Exemplo Para Cálculo de IR .......................................................................... 97
Tabela 7: Exemplo Para Cálculo de IR .......................................................................... 98
Tabela 8: Exemplo Para Cálculo de IR .......................................................................... 98
Tabela 9: Exemplo Para Cálculo de IR .......................................................................... 99
Tabela 10: Exemplo Para Cálculo de IR ........................................................................ 99
Tabela 11: Exemplo Para Cálculo de IR ........................................................................ 99
Tabela 12: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 100
Tabela 13: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 100
Tabela 14: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 100
Tabela 15: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 101
Tabela 16: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 101
Tabela 17: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 101
Tabela 18: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 102
Tabela 19: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 102
Tabela 20: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 102
Tabela 21: Exemplo Para Cálculo de IR ...................................................................... 103
viii
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Capitulo 1
Formação dos Gráficos Para Análise
Técnica
1
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
• Tenta medir o valor intrínseco de um ativo, ou seja determinar um valor adequado que
reflita a situação da empresa no presente e as expectativas futuras.
• O valor intrínseco inclui fatores difíceis de quantificar como posicionamento da empresa
no mercado.
• Análise fundamentalista estuda as questões relativas à economia e perspectivas do
segmento a que pertence à empresa.
• Avalia como ocorre o gerenciamento da empresa.
As duas escolas têm por objetivo determinar o que comprar/vender quando comprar/vender.
Contudo, utilizam abordagens claramente diferentes para atingir esse objetivo.
2
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
ativo irá se valorizar (compra) versus aqueles que pensam o contrário (venda). Essas
manifestações aparecem nos gráficos.
As pessoas lembram-se dos valores em que ganharam ou perderam dinheiro. Dessa maneira,
começa a formação de zonas de preços difíceis de ultrapassar, são as chamadas regiões de
suporte e resistência como veremos ao longo do tutorial. De modo semelhante, as tendências são
formadas e a análise técnica oferece ferramentas que possibilitam medir a força da tendência e
mesmo sua provável extensão.
Outro fator importante é a crescente popularidade da análise técnica. Conforme ela ganha mais
adeptos, mais pessoas passam a utilizar suas teorias e a perceber, simultaneamente, padrões de
compra e venda, o que acaba por impulsionar o movimento de preço.
Não podemos esquecer ainda o dinamismo da análise técnica. Durante o dia surgem diversas
oportunidades de negócios, pois o mercado se repete e os mesmos padrões que uma pessoa
observa em um gráfico de nível diário pode aparecer diversas vezes ao longo de um único pregão.
2. A Teoria de Dow
A teoria de Dow é uma das principais bases da análise gráfica. A teoria é composta por alguns
princípios básicos que estudaremos a seguir.
Dessa forma, todo o fator que afeta a relação de oferta/demanda está refletida no preço do
mercado. Entretanto, existem os eventos que são imprevisíveis e que as pessoas não têm como
saber, como calamidades naturais, catástrofes como os atentados nas torres americanas, etc.
Esses são os chamados "atos divinos" , quando acontecem podem gerar fortes oscilações iniciais,
mas acabam sendo absorvidos pelo mercado.
Resumo do Princípio:
3
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Uma tendência primária não se movimenta em linha reta. Ao observarmos o mercado (como no
gráfico acima) percebermos que o movimento acontece como um ziguezague. Em um mercado
de alta, após um impulso para cima que forma um novo topo (mais alto que o anterior), temos
uma correção que forma um novo fundo (também mais alto que o fundo anterior). Em uma
tendência de baixa o oposto acontece, após uma queda que forma um fundo mais baixo, acontece
uma reação que cria um topo mais baixo. O conjunto desses impulsos e correções dentro de uma
tendência primária são as chamadas tendências secundárias. Uma tendência secundária dura
de 3 semanas a alguns meses e pode corrigir até dois terços da tendência primária que ela faz
parte.
As tendências terciárias fazem parte das secundárias. São movimentos menores de, em média,
até 3 semanas. Elas se comportam em relação às tendências secundárias da mesma maneira que
as secundárias em relação às primárias.
• Fase 1: No início da alta o mercado começa a ser propulsionado por investidores mais
qualificados, que percebem logo que novos ventos estão soprando. Enquanto isso, a
maioria ainda acredita que o pior ainda está por vir, o que permite aos investidores de
elite comprarem papéis muito baratos. As notícias apresentadas pela mídia refletem as
expectativas negativas da maioria.
• Fase 2: A segunda parte é uma aceleração mais acentuada do movimento. A pressão
compradora aumenta bastante.
• Fase 3: A terceira fase é marcada por grandes altas. Os participantes do mercado, de
maneira geral, estão cada vez mais seguros de seus lucros e os investidores mais bem
preparados começam a vender suas posições. A grande massa de investidores está em
clima de euforia que se realimenta diariamente nos noticiários. Está aberta a possibilidade
para a fase 1 do mercado de baixa.
4
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
2.3.2 Fases do Mercado de Baixa
• Fase 1: Nesta fase os profissionais e investidores de elite vendem seus ativos, iniciando a
retração.
• Fase 2: É uma etapa marcada por um grande nervosísmo, os investidores percebem o
equívoco e tentam se desfazer de suas posições.
• Fase 3: Com as grandes perdas e ativos muito desvalorizados a pressão vendedora se
dissipa, oportunidades para uma nova alta começam a surgir.
Essa é a essência do princípio da confirmação. Dois índices são usados para que um pronuncie
uma "segunda opinião" sobre o outro, de modo a validar o que está acontecendo ou indicar uma
armadilha. No caso brasileiro, esses dois índices poderiam ser, por exemplo, o índice Bovespa e o
IBRX.
Tendência de Alta: Em uma tendência principal de alta é esperado que o volume aumente com a
valorização dos ativos e diminua nas reações de desvalorização.
Tendência de Baixa: Em uma tendência principal de baixa é esperado que o volume aumente
com a desvalorização dos ativos e diminua nas reações de valorização.
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2.6 Princípio 6: A Tendência Continua Até Surgir um Sinal
Definitivo de que Houve Reversão
Embora pareça óbvio, este princípio é importante. O mercado não vai cair apenas porque atingiu
um nível "alto demais" ou subir porque "já caiu demais". Uma das técnicas mais simples utilizadas
é a identificação de falhas ao formar um topo mais alto (em uma tendência de alta) ou um fundo
mais baixo (em uma tendência de baixa). O investidor deve possuir uma metodologia de
identificação de pontos de entrada e saída, existem uma série de ferramentas de análise técnica
que ajudam nessas decisões. Neste e em outros tutoriais e artigos você aprenderá sobre padrões
clássicos, candles, indicadores e muitas outras armas da escola gráfica.
A barra oferece uma série de informações sobre o que acontece no pregão. O segmento de reta
para a esquerda é a abertura, ou seja, o valor do primeiro negócio que ocorreu no dia. O
segmento para a direita é o valor de fechamento, representando o preço do último negócio no
pregão. O ponto mais alto da barra coincide com o preço máximo praticado durante o pregão,
enquanto que a extremidade inferior corresponde ao preço mínimo.
O tamanho da barra (distância entre o máximo e o mínimo) nos oferece alguns dados,
mostrando um pouco sobre como foi à batalha entre compradores e vendedores. Uma barra
pequena ou média, normalmente, demonstra um mercado calmo, sem grandes conflitos. Mas,
o que é uma barra pequena? Que tamanho é uma barra média? Isso depende do mercado/ativo, o
que se faz é analisar o tamanho da barra em relação ao tamanho médio das outras barras do
gráfico, se, por exemplo, for metade do tamanho da maioria, com certeza estamos falando de
uma barra pequena.
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Abaixo um gráfico de barras do índice Bovespa:
Figura 5: Candles
O gráfico de candles é composto por duas partes: corpo e sombras. O corpo é a parte entre a
abertura e o fechamento (parte mais alargada da figura acima), caso a abertura tenha sido
inferior ao fechamento (um dia de alta) o corpo recebe, por exemplo, a cor branca. Se o
fechamento foi menor que a abertura (um dia de queda) o corpo recebe outra cor, preto por
exemplo. Assim, como pode ser visto na figura, em um dia de alta a abertura delimita a parte
inferior do corpo candle e em um dia de queda o contrário. Existe uma classe de candles, contudo,
que não possuem corpo são os chamados doji. Um doji é formado quando a abertura e
fechamento coincidem. Exemplo:
Figura 6: Doji’s
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3.2.1 Resumo Introdutório
Nas figuras abaixo podemos ver:
- padrões baixistas
- padrões altistas
- padrões que indicam reversão de tendência.
No endereço a seguir pode-se aprofundar no assunto (inclusive com as interpretações dos
candles): http://www.equis.com/free/taaz/candlesticks.html
Considerações sobre algumas figuras:
Hammer (Martelo) – Representa uma figura de alta. É identificado como um pequeno corpo
branco com uma sombra que chega a ser 2 vezes maior que o seu corpo. Um martelo é
identificado por um corpo real pequeno (isto é, uma faixa pequena entre a abertura e os preços de
fechamento) e por uma sombra longa , isto é, a mínima é bem inferior à abertura. Significa que
ocorreu uma diminuição na tendência de baixa. Nota - Se aparecer depois de um significativo
movimento altista, será chamada de enforcado, e neste caso é baixista.
Piercing Line –. Linha da perfuração. Representa uma figura de alta. O segundo candle abre mais
abaixo do mínimo do dia anterior, mas fecha acima do meio, sem ultrapassar o topo. Espera-se,
neste caso, que o mercado está iniciando um movimento de alta.
Engulfing Line – Este teste padrão é fortemente altista se ocorrer após um movimento de queda
significativo (isto é, age como um teste padrão da reversão).
Shooting Star – Indica baixa. O mercado vinha num movimento altista e no dia faz um novo topo,
mas perde força e fecha no mesmo preço de abertura.
Engulfing de baixa – Este teste padrão é fortemente baixista se ocorrer após um movimento de
alta significativo (isto é, age como um teste padrão da reversão).
Doji Star– Indica mudança na tendência altista. O mercado vinha subindo gradualmente e de
repente mostra indecisão e falta de confiança na continuidade do movimento. Uma abertura no dia
seguinte abaixo do fundo do Doji pode significar reversão.
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As sombras, de maneira semelhante ao gráfico de barras, são traços que mostram os valores
máximo e mínimo que os preços alcançaram. Vale ressaltar que um candle pode não ter sobra
inferior ou superior, para isso basta que a abertura/fechamento seja no exato valor da
mínima/máximo. Por exemplo:
Em gráficos de candles podem ser utilizados todos os preceitos da teoria de Dow e padrões
clássicos que veremos a seguir. Além disso, os candles introduzem um novo conjunto de padrões
que serão assuntos durante nosso estudo. O mesmo gráfico de barras do Bovespa está sendo
representado com candles abaixo:
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Uma outra classe, são os que mostram o que aconteceu durante a sessão, são os gráficos intraday
(também chamados intradia). Em um gráfico intraday o intervalo utilizado corresponde,
normalmente, há alguns minutos. Os mais comuns: 1, 5, 15, 30 e 60 minutos.
A maneira como o símbolo é desenhado é exatamente a mesma que no caso de uma barra ou
candle de 1 pregão. Vamos pegar como exemplo um gráfico semanal, cada semana será
representada por um único símbolo, assim, o valor de mínimo será o menor entre todos os preços
praticados na semana, enquanto que o valor máximo será o maior preço negociado no mesmo
período. A abertura, nesse caso, será a abertura do primeiro dia de pregão da semana (segunda-
feira em nosso exemplo) e o fechamento o valor de encerramento da sexta-feira.
Um ponto importante é que as técnicas de análises são válidas em qualquer tempo gráfico. As
teorias são sempre válidas quando a formação do preço é livre (oferta x demanda), o que
acontece algumas vezes é que certas técnicas se adaptam melhor a determinados períodos que
outras.
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4. Suportes e Resistências
Suportes e resistências, de maneira simples, são zonas de preços nas quais o movimento atual do
mercado tem grandes chances de parar e reverter. Definições:
Não existe nada de mágico com suportes e resistências o que existe é oferta versus demanda e
psicologia humana. Em uma alta, conforme os preços aumentam, os ativos vão ficando
naturalmente mais caros e menos compradores vão estar disponíveis a pagar determinado preço.
Os vendedores, pelo contrário, vão querer vender como nunca nesses novos valores, aumentando
a oferta e contribuindo para o início da desvalorização (queda).
Podemos ver no gráfico abaixo do índice Bovespa que o mercado subia até atingir um nível de
preços no qual ele parou (resistência). Depois de encontrar a resistência, o mercado corrigiu
caindo um pouco, mas voltou a subir a alcançou a resistência novamente, ponto no qual reverteu
para uma tendência de queda maior.
Em uma baixa o contrário acontece, os ativos tornam-se mais baratos e a demanda pelos papéis
começa a aumentar. Os vendedores, já não acham os preços tão atrativos, diminuindo a oferta.
Está aberto o caminho para a valorização (alta).
Abaixo temos um exemplo de suporte no índice Bovespa, note que o mercado vinha em queda até
chegar ao valor de 15.780 pontos. A partir desse nível, a força compradora aumentou e a queda
parou. O mercado reagiu, mas voltou a cair até a linha de suporte mais duas vezes até reverter
para uma tendência de alta de maior intensidade.
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Suportes e resistências estão entre os primeiros conceitos que aprendemos quando começamos a
estudar análise técnica. Eles refletem, diretamente, a idéia de "comprar barato e vender caro" que
habita os sonhos e intenções de qualquer investidor. Mas, como se formam esses níveis? O que
faz com que determinado papel não consiga romper uma resistência antiga? A resposta para essas
questões é ao mesmo tempo simples e complexa, assim como são os seres humanos.
Quando o investidor está comprometido, muitas vezes o orgulho o impede de admitir que esteja
errado. Quanto dinheiro já foi perdido com a idéia de que "o mercado vai virar a qualquer
momento". O primeiro fator, portanto, que torna tão poderosas as zonas de suporte e resistência
é o comprometimento comum. Vendo os gráficos, o analista sabe que muitos investidores estão
dispostos a se comprometer, comprando ou vendendo, em determinado nível, o que aumenta
muito a confiança no trade . Se, por acaso, o suporte ou resistência falhar ele sabe que muitos
outros analistas erraram também o que leva a um impacto menor em sua auto-estima. Assim,
mais do que zonas de pressão compradoras ou vendedoras, suporte e resistências são níveis de
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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maior segurança psicológica. Abaixo algumas zonas de suporte e resistência no índice Bovespa
durante o movimento lateral de fevereiro/março de 2004.
Entretanto, uma série de correções acontece. Conforme os pregões vão se sucedendo, X vai
caindo até chegar bem próximo do nível de R$ 30,00. Neste momento, na sua cabeça e na de
muitos outros investidores uma voz irá repetir "de novo não". Dessa vez, você sente que tem uma
segunda chance e compra no valor de R$ 30,00, o qual tende a se perpetuar como um ótimo nível
de suporte.
Imagine agora que o papel Y, está valendo R$ 40,00. Ele faz parte de sua carteira e você já
ganhou algum dinheiro com ele. Contudo, dessa vez ele está com um desempenho ruim, de 40 já
passou para 38.. 36...32 e agora está em 16! Todo o dia você se faz as mesmas perguntas: por
que não vendi antes? E agora seguro ou liquido de uma vez?
O mercado, no entanto, começa a subir. O papel Y volta para perto de R$ 40,00. Você sente que
vendendo agora será dado fim ao doloroso trade . Você coloca sua ordem de venda e sente todo o
alívio que o momento traz. Você e o mercado estão quites e o valor de R$ 40,00 torna-se uma
resistência forte.
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resistência, sendo importante contar com estratégias para proteção do capital e também para
aproveitar esses acontecimentos. Nesse contexto um ponto relevante é à força do suporte e
resistência. Quanto mais vezes o mercado "bater e voltar" na linha, mais forte é a confiabilidade
da barreira de preços.
5. O Padrão Piercing
Candles estão entre as ferramentas de preços mais ágeis em gerar sinais importantes, tanto de
reversão quanto de continuação de movimento. Quando prestamos atenção ao contexto no qual
um determinado candle surge e combinamos suas informações com outras técnicas ocidentais os
resultados são muito bons.
Neste artigo vamos conhecer um padrão de reversão chamado piercing. Trata-se de um padrão
altista que surge com alguma freqüência e possui características importantes que devemos
conhecer para medir (pelo menos subjetivamente) sua confiabilidade. Como convenção neste
artigo usaremos o período diário para explicar o padrão, mas ele é perfeitamente válido para
intervalos de tempo maiores e também intraday.
5.1.1 Psicologia
Com o forte dia de vendidos dominando e com o gap de baixa no segundo dia, cada vez mais
apresenta um cenário onde os vendidos estão confiantes. No entanto, o segundo dia fecha o gap
de baixa e invade metade do corpo do candle anterior sendo assim colocando em xeque sua
tendência de baixa.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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O mercado vem em queda com uma sucessão de candles baixistas (pretos na figura) e no dia 20
de fevereiro, para satisfação dos vendedores, o mercado abre abaixo da mínima do pregão
anterior. No entanto, ao longo do dia os preços iniciam uma recuperação que leva a um
fechamento bem acima, penetrando fortemente no último candle de queda. Está formado o
piercing, o qual foi o ponto de reversão para um belo rally na EBTP4.
Lembre-se sempre de observar os candles no contexto em que surgem. O piercing, por exemplo,
só possui validade após um movimento de queda. Os candles são uma linguagem de preços rica
que pode contribuir bastante em suas estratégias. O piercing como outros padrões de candles
possui o seu padrão oposto baixista, o dark- cloud (nuvem escura).
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
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Não existe regra definida para o tamanho da sombra, mas espera-se que seja de pelo menos 2
vezes o tamanho do corpo. Como outros padrões do tipo estrela, a cor do corpo não é um fator
muito importante, por isso está representado em cinza na figura abaixo:
Como a maioria das formaçoes de candles, a Shooting é válida em qualquer tempo gráfico desde
uma periodicidade Intraday até mensal, semanal, etc. Sendo um padrão que sinaliza topos (ou
seja uma possível queda) ela deve surgir necessariamente após um movimento de alta.
6.1.1 Psicologia
A longa sombra superior e o pequeno corpo formado pelo candle no fundo do movimento de alta
causa preocupação nos comprados. Eles imaginam se é o final da tendência de alta e tomam
precauções para proteger os seus ganhos.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
O mercado reage após chegar na região dos 20 mil pontos. O movimento de alta estabelecido
começa a ser posto em dúvida com o surgimento da Shooting Star, indicando através de sua
sombra que o mercado tentou, mas rejeitou novamente o nível de preços de aproximadamente
23.370, confirmando a última resistência alcançada.
Na figura abaixo um novo exemplo com a Telemar (TNLP4) próximo a uma Banda de Bollinger.
Note que a Shooting possui uma pequena sombra inferior, por ser bastante reduzida em relação
ao restante do candle ela não invalida o padrão.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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Procure sempre observar se a formação surge junto com resistências, linhas de tendência de baixa,
limites de envelopes, bandas de bollinger e também em conjunto com osciladores em estado de
sobrecompra como IFR, Estocástico, etc. Essas coincidências aumentam muito a confiabilidade. O
artigo que trata de trades com canais mostra uma Shooting Star confirmando o limite superior do
canal, os exemplos existem em grande quantidade e o mercado vai continuar criando novos
continuamente.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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7. O Padrão Engolfo
Os padrões de engolfo de alta e de baixa são padrões de reversão de tendência que possuem uma
confiabilidade significativa. Estão entre os padrões de candles mais "famosos". Como reconhecer
um engolfo? Vamos lá, as características do engolfo de alta são:
• Surgir após movimento rápido (que pode ter deixado o mercado vulnerável a correções)
ou após uma tendência longa (mercado sobrecomprado/sobrevendido).
• O primeiro dia do padrão ser composto por um candle de corpo pequeno, o que pode
indicar a existência de um balanço entre as forças de oferta e demanda e, portanto, o
controle não é mais tanto dos vendedores/compradores quanto anteriormente.
• Volume forte no segundo dia do padrão.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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O papel vinha em uma forte tendência baixista, mesmo surgindo alguns candles de indecisão
(como alguns doji) o mercado continuava em "queda livre". Mas, surgiu no início de julho um
grande candle de alta que juntamente com o candle de baixa anterior mudou a cena técnica
formando um padrão engolfo de alta. Note que após a formação do padrão o papel realizou, por
vários pregões, um movimento consistente de alta.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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Caso você tenha comprado (no engolfo de alta) ou vendido (no engolfo de baixa), essa é uma boa
região para o posicionamento de seu Stop. Nunca se esqueça de realizar a análise de
risco/recompensa, dependendo da situação (mercado corrigiu demais em um único dia,
aproximou-se muito de uma resistência, etc.) o trade pode deixar de ser atrativo, especialmente
em curtíssimo prazo.
8.1 O Martelo
O martelo é um dos padrões mais confiáveis de reversão, entretanto, para usá-lo de maneira
efetiva é preciso conhecer suas características. Vamos a elas:
• O martelo possui uma longa sombra inferior e o corpo situado na parte superior do padrão.
O tamanho da sombra deve ser pelo menos duas vezes o tamanho do corpo.
• Para ser um martelo deve surgir após uma baixa. Se a figura aparecer após uma alta ela
provavelmente será um outro padrão chamado o enforcado. Este padrão é idêntico ao
martelo, mas indica reversão para baixa e possui suas próprias particularidades. Será
tema de outro artigo.
• O pequeno corpo do martelo pode ser de qualquer cor, ou seja, o candle pode ser de alta
ou de baixa.
• Se houver sombra superior ela deve ser muito pequena, o ideal é que seja inexistente.
Sejamos práticos, nem sempre o mercado vai parar em um martelo (embora seja um sinal muito
bom). Muitas vezes a queda continuará, portanto, é importante saber os fatores que aumentam a
confiabilidade do martelo:
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
• É preferível, mas não uma exigência que o candle tenha um fechamento positivo (corpo
"branco"). Esse tipo de martelo também recebe a denominação de linha de força (power
line).
• Proximidade com uma região de pressão compradora: A formação do padrão sobre uma
zona na qual existe um suporte, ou um nível de fibonacci, por exemplo, aumenta
bastante a chance de acontecer a reversão.
• Velocidade do movimento de queda: Se a queda foi muito rápida, o mercado pode tornar-
se vulnerável ao acontecimento de uma correção técnica para cima e o martelo pode
ser um bom indício de que esse processo está em andamento.
Neste gráfico de 30 minutos o mercado vinha caindo mais de 300 pontos. Surgiu então o padrão
martelo. Após a formação do martelo, a tendência de queda foi interrompida e pelos 120 minutos
seguintes o mercado acumulou antes de começar, efetivamente, um movimento de alta.
Neste artigo, vimos como identificar o padrão e fatores que influenciam em sua confiabilidade. Na
parte 2 deste estudo veremos algumas estratégias de utilização do martelo em nossos trades.
Um Pouco de Curiosidade
Para aqueles que gostam de curiosidades um fato interessante é a maneira como os japoneses
chamam o martelo. Segundo Steven Nison em seu livro "Japanese Candlestick Charting
Techinques" o termo utilizado é takuri. O significado da palavra soa como "tentando saber a
profundidade da água sentindo o seu fundo".
Neste artigo vamos ver, de forma direta, algumas regras que podemos utilizar para fazer trades
com martelos.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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Vamos ver alguns exemplos:
Neste gráfico diário do índice Bovespa o mercado formou um martelo que colocou fim a uma
queda. A partir daí o mercado reagiu e passou a se movimentar de lado acima dos 14000 pontos.
Em meados de Junho iniciou-se um novo movimento baixista, o qual encontrou suporte na região
do martelo que havia sido formado há cerca de dois meses e meio atrás.
Imagine, por exemplo, um martelo com uma sombra muito grande. No momento em que a figura
acaba de ser formado talvez a atratividade de compra seja muito pequena, pois o papel já
percorreu um longo caminho desde seu fundo (a cotação mínima do candle).
Candles sinalizam antes de outros sinais da análise técnica ocidental as possibilidades de reversão.
Entretanto, não carregam com si informações sobre alvos de preços. Dessa maneira, é
interessante antes de fazer investimentos com o martelo analisar o risco/recompensa em conjunto
com outras técnicas.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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Veja o gráfico acima da Gerdau (GGBR4). O mercado vinha em queda até que um martelo foi
formado. Esse martelo praticamente não tem corpo, sendo também um doji (mais especificamente
um dragonfly doji, mas isso é tema de outro artigo).
Vale a pena comprar neste martelo? Observe que existe uma linha de tendência descendente logo
em cima. Essa linha tem grande potencial de ser uma resistência, logo, talvez a recompensa seja
pequena não justificando a entrada neste trade.
Esse tipo de análise não deve ser negligenciada quando nos preparamos para arriscar nosso
dinheiro.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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Como você já deve estar imaginando, as regras de formação do falling são similares, mas
contrárias. Vejamos as diferenças:
Se você não estiver posicionado é hora da sempre importante análise risco/recompensa. Note
que conforme dito, o último candle do padrão tende a ser intenso, ou seja, o mercado pode já ter
subido bastante e não ser mais atrativo do ponto de vista de compras. Obviamente, entrar ou não
depende de cada situação. Existem resistências por perto? Linhas de tendência? Um lugar em que
os traders, normalmente, posicionam seu stop em relação a este padrão é abaixo da mínima do
primeiro candle. Você, portanto, conhece seu risco, basta avaliar se a provável recompensa vale a
pena.
O mercado vem em sua tendência altista. Após um dia longo de alta surgem em sequência três
candles de corpos pequenos com um claro aspecto corretivo. A psicologia por trás dos three
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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methods é de um mercado "tomando fôlego" antes de um novo movimento. Após esses três dias,
um candle altista forte fecha bem acima do primeiro candle do padrão. O mercado seguiu, assim,
a tendência de alta, conforme reforçado pelo padrão rising three methods.
Os padrões de continuação ajudam o trader a seguir com a tendência (lembre-se ela é sua melhor
amiga).
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• Ombro-Cabeça-Ombro (OCO)
• Triângulos
• Topos e Fundos Duplos e Triplos
• Retângulos
• Bandeiras e Flâmulas
O padrão lembra, de fato, os ombros e cabeça de uma pessoa. O mercado forma um primeiro topo
(ombro) e retorna a linha base que será chamada de linha de pescoço. Desse ponto, uma alta
acontece superando o topo anterior e formando a cabeça, até esse momento o mercado sugere a
continuação da alta. Os preços, a partir da cabeça, retornam uma vez mais até a linha de pescoço
e voltam a subir, dando origem ao segundo ombro com tamanho muito semelhante ao primeiro.
Está formado o OCO.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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Uma das características mais interessantes do padrão cabeça e ombros é o alvo de preços que a
formação sugere. Mede-se a altura da cabeça até a linha de pescoço e projeta-se essa mesma
altura a partir da linha de pescoço na direção de rompimento. A linha vermelha na figura acima,
mostra até onde o OCO sugere que os preços subam.
No exemplo a seguir temos um gráfico em nível diário do índice Bovespa mostrando um OCO de
queda. Note que a linha pontilhada vermelha indica o alvo dos preços.
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10.2 Triângulos
Triângulos são classificados como padrões de continuação de tendência, eles se formam quando a
flutuação dos preços começa a atingir amplitudes cada vez menores conforme o tempo passa.
Existem três tipos básicos de triângulos: ascendentes, descendentes e simétricos.
No começo de sua formação o triângulo está em seu ponto mais largo, á medida que o tempo
passa os preços passam a oscilar entre duas linhas: a inferior de suporte e a superior de
resistência. Não existe verdade absoluta, mas a tendência é a continuação do movimento atual
após o rompimento, em especial no que se refere a triângulos ascendentes e descendentes.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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No que diz respeito a duração do padrão, em um nível diário, o triângulo demora algo em torno de
3 ou 4 semanas para se formar e raramente mais do que 90 dias. Entretanto, sempre é bom
ressaltar que essa é uma expectativa e não a ação que o mercado vai efetivamente tomar.
Na figura acima a linha vermelha representa duas vezes a altura do topo a partir de sua linha base.
O tamanho da linha indica um preço-alvo para o movimento após a reversão. Para uma maior
validade, muitas vezes os analistas apreciam uma certa separação entre os topos de pelo menos
duas ou três semanas.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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São válidos os mesmos conceitos em relação ao nível-alvo dos preços após a formação e o tempo
de duração. Conforme os fundos vão se formando existe, normalmente, um aumento de volume
associado, diminuindo na reação de volta até a linha base.
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São formações, em geral, de curta duração (1 a 3 semanas) que surgem com mais freqüência em
fases de subidas ou de quedas mais bruscas. O volume durante a formação tende a se reduzir,
aumentando novamente no ponto de corte.
A diferença fundamental entre uma bandeira e uma flâmula é o formato do padrão corretivo da
formação. Observe nas figuras abaixo que a bandeira é semelhante a um retângulo (podendo ter
inclinação), enquanto que a flâmula é uma bandeira pontiaguda, lembrando bastante um triângulo.
12.1 Bandeira
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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12.2 Flâmula
Abaixo vemos um exemplo de bandeira na Telemar (TNLP4). Observe que conforme mencionado,
o retângulo que forma o padrão corretivo da bandeira pode ser inclinado.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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Topos e fundos arredondados enquadram-se nessa categoria, uma vez que são construídos a
partir de diversas barras. Vamos conhecer mais a fundo suas características.
No gráfico abaixo vemos a Acesita (ACES4) definindo um fundo arredondado. O volume sofre uma
desaceleração para aumentar bastante conforme os preços iniciam a alta na seqüência. Observe
como após o fundo arredondado a Acesita vai de aproximadamente R$ 8,00 até cerca de R$ 24,00.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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Topos e fundos arredondados são padrões que mostram uma mudança gradual na relação
oferta/demanda de um ativo. Por serem movimentos lentos dificilmente vemos rompimentos
(breakouts) e também é complicado identificar níveis claros de suporte e resistência. Contudo, é
possível detectá-los com alguma facilidade e após sua conclusão, geralmente, tem início um
movimento forte que abre espaço para trades bastante lucrativos.
Um canal é formado por duas linhas. Uma primeira linha conecta uma série de fundos, enquanto
que uma segunda linha, paralela à primeira, conecta uma sequência de topos. A inclinação do
canal pode ser acendente, descendente ou mesmo horizontal. Canais são formações mais
completas do que linhas de tendência. Uma primeira vantagem dos canais é que eles definem
limites bastante objetivos de preços, tanto para entrada quanto para saída.
Conforme esperado, a técnica de canais pode ser aplicada em qualquer tempo gráfico, utilizando-
se da característica fractal dos mercados. Assim, um canal traçado é tão válido em gráfico
semanal quanto em em um gráfico de 15 minutos. Um ponto interessante, contudo, é que quanto
maior a duração do canal mais significativo ele é. Um canal ativo por um tempo considerável e
conectando diversos topos e fundos, tem uma importância grande e tanto o teste de um dos seus
extremos quanto seu eventual rompimento representam eventos consideráveis na análise do
índice/ativo.
No gráfico abaixo temos Gerdau PN (GGBR4) em um canal ascendente iniciado em maio de 2004.
Observe como a linha inferior serviu diversas vezes como suporte, enquanto que a linha superior
foi resistência em várias oportunidades.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Analisando esses topos e fundos dentro de um canal com o auxílio de outros indicadores, em
especial osciladores, como IFR e estocástico você perceberá que, muitas vezes, os indicadores
sinalizarão um estado de sobrecompra ou sobrevenda. Essa indicação reforça as chances de
reverão na extremidade do canal.
Uma outra técnica interessante é a conjunção de candles com canais. Note no gráfico acima que
na última vez em que a GGBR4 testou a parte superior do canal, ela o fez através da sombra de
uma Shooting Star, um padrão de reversão de candles. Dessa forma, encontrar um padrão de
reversão nas proximidades de uma extremidade reforça a chance de que o suporte/resistência se
manterá.
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Esses falsos rompimentos, muitas vezes fazem com que o Stop do trader seja acionado. Mas, de
forma alguma isso deve servir de desculpa para o não posicionamento da ordem. Um rompimento
verdadeiro de um canal, frequentemente, acontece com rapidez e com grande volume, ou seja, a
não utilização do Stop pode significar um prejuízo considerável para a carteira.
Um falso rompimento, portanto, demonstra que a força de um dos lados chegou ao seu limite, o
que indica uma boa possibilidade de realizar bons negócios agindo pela ponta vencedora, pelo
menos em um prazo curto. Quando acontece um falso rompimento o alvo de preços (target) é o
lado oposto do canal.
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Durante o percurso do canal de baixa acontece um falso rompimento que leva, na sequência, ao
teste da região de suporte. Entretanto, quando os preços voltam a testar a linha superior, os
compradores conseguem levar os preços para além da linha de fronteira. Acontece a reação de
volta à linha (pull-back) para, finalmente em seguida, superar o topo formado no candle de
rompimento com um forte candle branco e pôr um final definitivo no canal de baixa.
Uma boa estratégia para operar rompimentos de canais é, portanto, esperar o acontecimento de
retorno à linha rompida. Se a linha segurar, a ordem pode ser posicionada ligeiramente acima do
topo gerado no rompimento inicial.
Essas são algumas técnicas para explorar os canais. Você os encontrará com frequência nas suas
análises. Teste as técnicas e defina a estratégia ideal para seus ativos, seus mercados e seu perfil.
O sucesso e a recompensa virão para aqueles que unirem estudo, metodologia e disciplina.
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Capitulo 2
Estudo e Indicadores
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1. Tipos de Divergências
Mesmo elementos bastante conhecidos dos analistas técnicos como as divergências possuem
propriedades pouco exploradas. As divergências entre indicadores e os preços têm um valor
excepcional para o trader, podendo avisar com antecendência uma reversão ou simplesmente
gerar sinais claros para encurtar os stops devido ao enfraquecimento da tendência atual. Neste
artigo, vamos conhecer os diferentes tipos de divergências e suas caracterísiticas.
Uma das maneiras em que esses indicadores são mais utilizados é na procura por divergências. As
definições clássicas de divergências estão detalhadas abaixo:
• Divergência altista: uma divergência altista ocorre quando os preços fazem um novo
fundo mais baixo que o anterior, enquanto que o indicador falha ao fazer um fundo mais
baixo.
• Divergência baixista: uma divergência baixista ocorre quando os preços fazem um novo
topo mais alto que o anterior, enquanto que o indicador falha ao fazer um topo mais alto.
Uma divergência é um sinal importante, ao qual devemos prestar muita atenção, pois uma boa
oportunidade de entrada ou de saída pode estar se aproximando.
Os sinais deste tipo são muito importantes e possibilitam ao investidor realizar uma boa entrada
em um trade ou preparar uma ótima saída.
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1.2.2 Divergências Tipo B
Esta classe possui um nível de relevância menor que a classe A. Entretanto, essas divergências
não podem ser desprezadas, até mesmo porque acontecem em conjunto com padrões de preços
de reversão. As características são:
No gráfico do índice Bovespa abaixo, temos um exemplo de divergência baixista classe B. Note
como o topo duplo é formado com os preços atingindo o mesmo patamar e, enquanto isso, o IFR
de 9 períodos traça uma clara trajetória desacendente.
Uma divergência baixista C acontece quando os preços fazem um novo topo e o indicador faz um
topo que está no mesmo nível da perna de alta anterior (como se o indicador fizesse um topo
duplo agora). De maneira semelhante, a divergência altista nível C acontece quando um fundo
mais baixo é construído pelos preços e o indicador apenas alcança seu fundo anterior (como se
fosse um fundo duplo).
As informações apresentadas neste artigo são ferramentas que você poderá aplicar em suas
análises. O departamento de pesquisa em análise técnica da Nelogica está realizando um estudo
no qual iremos quantificar o nível de confiabilidade de cada tipo de divergência ao longo dos
últimos anos. Os resultados serão posteriormente divulgados no portal.
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2. Gaps
Gaps não são apenas espaços vazios nos gráficos. Eles trazem uma série de informações
importantes que podem influenciar diretamente a percepção do trader sobre o movimento. A sua
interpretação pode variar de um claro indicativo de força até uma expectativa de reversão
dependendo do contexto no qual o gap se manifesta.
Obviamente, um gap pode surgir em outras periodicidades além de em nível diário, como intraday,
semanal, mensal, anual, etc. Contudo, conforme o intervalo de tempo aumenta os gaps são cada
vez mais raros. Para que ocorra, por exemplo, um gap no gráfico semanal não pode haver
intersecção dos preços dos 5 dias de uma semana com os preços de nenhum dos 5 dias da
semana seguinte.
Mas, o que significa fechar um gap? O fechamento ou preenchimento acontece quando os preços
passam novamente e cobrem o espaço vazio, veja a figura abaixo.
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A principal causa do fechamento é o aspecto fortemente emocional dos gaps. Eles mostram
força para um dos lados, muitas vezes são gerados a partir de notícias surgidas durante a noite.
Muitos traders possuem um relacionamento extremamente emocional com seus ativos e
operações e tomam decisões pouco racionais.
Entretanto, quando a situação começa a normalizar e os fatos são analisados de maneira mais
racional, muitos percebem que a decisão foi incorreta e começam a desfazer a posição equívocada.
Esse comportamento inicia a reação que muitas vezes culmina com o fechamento total ou parcial
do gap.
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No gráfico acima o gap de rompimento confirma a superação de uma resistência. É desejável que
o gap seja acompanhado por um aumento de volume no caso de gap de alta, condição não
necessária para rompimentos de baixa.
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Neste gráfico da ELET6 vemos dois gaps de continuação. Um cuidado a ser tomado é que o
surgimento do segundo ou terceiro gap sinaliza perigo, pois o movimento pode estar usando de
suas últimas forças. A seguir discutimos o gap de exustão.
Cuidado especial deve ser tomado caso o gap seja grande em relação a outros gaps ou caso
ocorra um gap de queda no dia seguinte deixando uma barra de preços isolada. Neste caso, tem-
se uma ilha de reversão. Para os japoneses trata-se de uma padrão de candles de reversão tipo
estrela bastante forte chamado de bebê abandonado.
2.4 Suporte/Resistência
Vale ressaltar também que um gap tende a tornar-se uma zona de suporte/resistência. Para os
japoneses um gap é uma janela (Window) um padrão de continuação e toda a área da janela é
considerada um nível potencial de pressão compradora ou vendedora.
Existem técnicas de exploração de gaps que serão analisadas em outros artigos. Observe os gaps
e também o contexto no qual eles aparecem. Eles têm muita informação para ajudar em seus
trades.
3. A Física do Mercado
A física procura e tem conseguido ao longo dos séculos equacionar diversos aspectos naturais.
Não é surpresa, portanto, a existência de pesquisas que visam explicar a dinâmica do mercado
financeiro através de teorias matemáticas e com analogias às leis que regem os fenômenos do
universo.
Neste artigo, apresentamos algumas situações do cotidiano da análise técnica sob o ponto de vista
dos preceitos da física do mercado. A intenção deste texto não é descrever detalhadamente todos
os conceitos, mas sim apresentar uma visão geral desta interessante maneira de explicar os
padrões e movimentos dos ativos.
Durante essa fase inicial da nova tendência a volatilidade aumenta, mas a inércia tende a
desacelerar a movimentação dos preços. O resultado é uma série de acumulações e movimentos
laterais que se manifestam enquanto o ativo tenta livrar-se da influência da tendência anterior.
Quando o efeito da inércia é finalmente vencido, o rally está pronto para acelerar.
O analista técnico conhece esse fenômeno. No gráfico abaixo (30 min do IBOVESPA), após a
queda, os preços lutam para vencer a inércia e testam diversas vezes a parte superior de uma
zona de congestão. Quando essa região de resistência é finalmente vencida os preços estão livres
da inércia para finalmente iniciar a alta. Muitos analistas posicionam uma ordem de entrada
ligeiramente acima da zona de congestão quando observam essa formação.
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Para que ocorra a reversão existe a necessidade de uma força oposta externa, maior do que a
força que movimenta a tendência.
Os analistas técnicos podem medir e se aproveitar dessa força através de bandas de bollinger,
sabendo que quando os preços tocam em um das extremidades das bandas estão razoavelmente
afastados de sua zona de gravidade. Uma outra maneira é utilizando envelopes (determinado
desvio padrão ou percentual de distância de uma média móvel) como no exemplo abaixo.
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Neste gráfico diário da Acesita (ACES4) vemos um envelope configurado para ser plotado a uma
distância de 16% de uma média móvel exponencial de 26 períodos. Note que conforme os preços
se afastam da média móvel e tocam no envelope eles tendem a retornar prontamente para a
região da média.
Uma outra ferramenta que visa identificar áreas de equilíbrio (centros de gravidade) é a
regressão linear, técnica que será discutida em outro artigo.
Os conceitos apresentados são apenas um pequeno exemplo de aspectos físicos cuja aplicabilidade
está sendo investigada em mais detalhes. Entretanto, é inegável a influência das leis naturais no
sobe e desce dos gráficos e fascinante a maneira como as novas descobertas interagem com a
análise técnica.
Uma média, como o nome diz, mostra o valor médio de uma amostra de determinado dado. Uma
média móvel aritmética (MMA) é uma extensão desse conceito, representando o valor médio,
normalmente dos preços de fechamento, em um período de tempo.
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Na fórmula acima, V representa os diferentes preços, enquanto que N é a janela de tempo sobre a
qual se constrói a média. O parâmetro N é muito importante quando trabalhamos com médias
móveis na análise gráfica, pois é a variável que iremos ajustar para obter melhores resultados.
Modificando seu valor, a média irá responder mais ou menos rapidamente às variações de
preços.
Mas, por que média móvel? A palavra móvel está presente pelo fato de que quando uma cotação
entra no cálculo outra cotação sai. Por exemplo, se estamos usando uma média de 20 barras e
surge uma nova cotação a última dessas 20 cotações é excluída do cálculo, enquanto que a mais
recente entra. Assim, a média "movimenta-se" através do gráfico.
Abaixo temos a fórmula da média móvel exponencial (MME). Preço representa o fechamento do
dia de hoje e MMEontem é o valor anterior da média móvel exponencial e K é uma variável
dependente do período N como pode ser visto.
Ao contrário da média simples, na exponencial os dados mais novos possuem uma importância
superior. Além disso, os valores mais antigos não são diretamente descartados quando passam a
constar fora da janela de cálculo. Eles mantém uma participação no valor da média exponencial
que vai ficando cada vez menor com o tempo.
O principal argumento apresentado por Elder é que a média simples é muito sensível às variações
do mercado, pois seu valor recebe uma influência dupla quando um novo dado chega: a inclusão
do novo preço e o descarte do mais antigo. Em uma média exponencial o efeito dos preços antigos
permanece e vai desparecendo com o tempo, além disso o dado mais recente possui um peso
maior, fazendo com que a média reflita de maneira mais adequada o humor atual do mercado.
A primeira informação importante fornecida por uma média móvel é sua inclinação. Uma média
móvel ascendente mostra um mercado comprador, enquanto que uma média descendente indica
um mercado vendedor. Posicione-se de acordo com o que a média indica, pois ela tende a refletir
de maneira adequada o comportamento dos investidores.
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Por ser um indicador seguidor de tendência existe um momento no qual não devemos usar as
médias móveis. Que momento é esse? O mercado seguidamente se coloca em acumulação,
movendo-se lateralmente entre limites de preço. Nesses movimentos, a aplicação das médias só é
possível em períodos muito curtos e mesmo assim existe uma chance considerável de obtenção de
sinais errados, pois não há uma tendência definida a ser seguida.
Observe o gráfico da Telemar (TNLP4) acima entre março e junho de 2003. Uma média
exponencial de 22 dias nos sinalizou 5 oportunidades de compra até perder a inclinação
ascendente. Não é preciso dizer que essa técnica de operação é válida também para mercados em
queda, nos quais devemos vender quando acontece o repique até a média móvel descendente.
Para a aplicação dessa técnica o analista pode utilizar-se de outros recursos como comprar na
vizinhança da média apenas quando aparecer um candle de reversão. Note no gráfico que no
quinto toque na média aparece também a figura de um martelo. Qual mecanismo auxiliar utilizar
em conjunto com a média fica a critério de cada trader, de acordo com sua metodologia e
ferramentas.
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cruzam de cima para baixo uma venda é sinalizada. Veja o gráfico abaixo da Gerdau (GGBR4). Os
preços partem para a parte superior da média em uma nova tendência de alta.
Uma importante questão é saber quando o cruzamento é verdadeiro. Algumas vezes, os preços
rompem a média e em seguida retornam de volta ao lado original, gerando um sinal falso.
Novamente, não existe regra fixa para identificar a validade dos cruzamentos. Alguns traders
definem que o rompimento é verdadeiro quando os preços superam por um percentual a média
(por exemplo, 3%). Outros preferem aguardar 1 ou mais fechamentos na nova região, se o
mercado consegue manter-se acima/abaixo após o cruzamento o sinal ganha força.
Além do cruzamento dos preços outra técnica usada é o cruzamento entre duas médias, uma
longa e uma curta. Suponha que a média longa seja de 22 barras e a curta de 11. Quando a
média de 11 superar a de 22 cruzando para cima, tem-se um sinal de compra, de maneira
semelhante, cruzando para baixo um sinal de venda é caracterizado. Nesta variação, é importante
que ambas estejam inclinadas na mesma direção.
• Quanto menor o período de maneira mais próxima a média seguirá os preços. Contudo,
se o período for pequeno demais a média estará excesssivamente exposta às variações de
preços, perdendo sua utilidade como seguidora de tendências.
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Como descobrir então com qual média operar? Trabalhando e utilizando a técnica de tentativa e
erro. Comece, por exemplo, com um período como 22 (aproximadamente o número de pregões
em um mês) ou 30 para um gráfico diário. Varie o valor e veja se a resposta do indicador foi
superior ou inferior do que no teste anterior. O processo é semelhante a sintonizar um rádio com
aqueles antigos sistemas analógicos nos quais era preciso girar um botão.
Criado em 1978 por Welles Wilder, o IFR mede a "força" de um ativo. Ele oscila entre 0 e 100 e
pode ser utilizado em seus trades de 4 maneiras principais, vamos a elas.
A interpretação feita é que acima de 70 o ativo está em uma condição de compra excessiva, ou
seja, os preços estão altos, levando a pressão compradora a tornar-se fraca e abrindo espaço par
uma correção. De maneira semelhante, abaixo de 30 aconteceram muitas vendas e o ativo está
barato, sugerindo oportunidades de compra que podem dar origem a um movimento altista.
Alguns autores acreditam que em uma tendência grande de alta o valor de 80 é mais adequado
para sinalizar a condição de compra excessiva, enquanto que em um mercado de baixa o limite
inferior pode ser ajustado para 20.
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5.3 Suporte e Resistências
Linhas de suporte e resistência são perfeitamente válidas no IFR, sugerindo, respectivamente,
região de pressão compradora e vendedora.
5.4 Divergências
A procura por divergências é um dos principais usos do IFR. A divergência acontece quando o
movimento do IFR "discorda" do que está acontecendo com o preço. Como um exemplo, algumas
vezes o gráfico dos preços faz um novo topo mais alto que o anterior, enquanto que o IFR não
acompanha este movimento ficando abaixo de seu último topo. O que está acontecendo? O IFR
está apresentando a você um sinal de fraqueza do mercado de alta e talvez seja uma boa chance
de vender. Não é preciso dizer que o contrário também é válido, se os preços fazem um novo
fundo e o IFR não, pode estar surgindo força compradora.
Acima podemos ver que o índice Bovespa fez um fundo mais baixo, sugerindo a continuação da
queda, o IFR, entretanto, divergiu apresentando nas mesmas posições fundos sucessivamente
mais altos. Logo em seguida, aconteceu a reversão de tendência e os preços acompanharam o IFR.
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Na fórmula, "A" representa a média dos preços de fechamento dos dias de alta do período,
enquanto que "B" a média dos preços de fechamento dos dias de baixa. Como já foi dito, não
existe regra bem determinada para o período de cálculo das médias, mas quanto menor o período
maior a volatilidade do indicador, ou seja, o IFR irá oscilar mais.
O IFR é bastante versátil e pode ajudar muito em seus trades. Muitos analistas concordam que o
IFR é muito eficiente auxiliando na confirmação de uma idéia ou hipótese sobre o mercado. É
possível realizar negócios baseando-se unicamente nesse indicador, mas essa prática não é a ideal.
O importante é possuir uma metodologia que combine algumas técnicas de análise, podendo ser o
IFR mais uma importante arma em seu arsenal.
6. Conheça o Estocástico
O estocástico é um importante indicador do tipo oscilador criado por George Lane. Ele mede a
capacidade das forças compradoras de realizar o fechamento próximo ao valor máximo
atingido dentro de um determinado intervalo de tempo e a capacidade das forças vendedoras
em trazer esse fechamento para as proximidades do valor mínimo da janela de tempo.
Existem algumas variações do estocástico. A fórmula do estocástico rápido pode ser vista a seguir:
Fórmula 4: Estocástico
Onde %K é a chamada linha rápida e %D a linha mais suave. Fech representa o valor de
fechamento de hoje, Min(n) e Max(n) são os valores máximo e mínimo atingidos pelos preços nas
últimas n barras.
O parâmetro de tempo, como em outros indicadores pode ser otimizado para nossas
necessidades. Uma janela grande analisa um período de tempo que compreende mais barras,
filtrando acontecimentos menores. Um tempo pequeno, por sua vez, volta sua atenção para os
últimos preços oferecendo sinais de curto prazo.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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Acima do patamar de 85 o ativo está mais vulnerável à correções, pois houve um impulso forte
para atingir esse nível. Abaixo de 15, houve um movimento de venda acentuado, o qual pode dar
lugar a boas oportunidades de compras.
Uma metodologia possível e seguida no exemplo a seguir para a Acesita (ACES4) é a geração de
um ponto de compra quando o estocástico retorna de baixo de 15 para cima desse patamar. De
maneira análoga, um ponto de venda surge quando o estocástico cruza de cima para baixo o
patamar de 85. As linhas vermelhas horizontais no estocástico representam os níveis de 15 e 85.
As linhas verticais azuis no gráfico de preços mostram as sinalizações de compras, enquanto que
as linhas verticais vermelhas mostram as sinalizações de venda segundo os critérios descritos.
Alexander Elder no clássico Trading for a Living faz uma colocação interessante. Talvez mais
importante do que comprar abaixo de 15 ou vender acima de 85 seja não comprar acima de 85 e
não vender em um valor menor do que 15. Isso porque, apesar da vontade de aproveitar o
momento forte de um dos lados, as chances de reversão são bastante grandes.
Entretanto, existe uma técnica que justamente visa explorar um movimento amplo do estocástico.
Se a linha %K atingir o valor 100 (ou 0 em uma queda), e após um pull-back o valor 100 (ou 0)
for novamente alcançado um ponto de compra (venda) é gerado. A teoria consiste em explorar o
momento forte, pois o preço está fechando continuamente próximo do valor máximo (ou mínimo).
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6.2 Divergências
Como em outros osciladores, divergências no estocástico são uma ótima maneira de observar
o comportamento do mercado.
Quando o gráfico de preços do ativo sucessivamente alcança topos mais altos e o estocástico
não acompanha esse movimento entre em estado de alerta. O mesmos e aplica para quando
os preços fazem fundos mais baixos, mas o estocástico falha em fazer um fundo mais baixo que o
anterior criando a divergência.
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Como em todas as outras situações procure otimizar os parâmetros para sua metodologia. Antes
de aplicar na prática realize testes e conheça bem o indicador, estar familiarizado com a
ferramenta é fundamental.
Se a variação for maior que zero o Force Index será positivo. De maneira semelhante, se o
fechamento for inferior ao do dia anterior o Force Index será negativo. O volume entra como um
fator que amplifica ou atenua a importância do dia, ou seja, ajuda a qualificar a relevância da
variação.
O Force Index normalmente recebe mais um nível de tratamento, no qual aplica-se uma média
móvel aos seus resultados, sendo mostrado como uma linha ao invés de um histograma. Essa,
aliás, é uma das recomendações do criador do indicador. Dessa forma, ao longo do restante deste
texto a notação Force Index [14], por exemplo, refere-se ao indicador atenuado por uma média
móvel de 14 unidades de tempo.
A idéia por trás desse mecanismo é identificar um pequeno momento dos vendedores dentro de
uma tendência de alta e, assim, conseguir comprar por um preço barato. Claro que os Stops
devem estar posicionados, pois o momento dos vendedores pode não ser tão breve como achamos
inicialmente.
Entretanto, esta técnica pode gerar melhores resultados se adicionarmos um pequeno recurso
extra. Além dos itens citados acima, o ponto de compra é gerado quando os preços estão
próximos da média móvel. Este item a mais vai diminuir o número de sinais, mas, de acordo
com nossos testes, os resultados são superiores, de modo que recomendamos sua utilização.
O gráfico abaixo mostra a técnica sendo aplicada ao IBOVESPA. As linhas verticais identificam
claramente os pontos de entrada gerados.
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Os mesmos conceitos podem ser usados para uma operação de venda, basta para isso, inverter
as afirmações. O Force Index [2] deve estar acima de zero e o indicador de acompanhamento de
tendência apontando para baixo.
7.3 Exaustão
Muitas vezes um movimento de alta ou de baixa dá um último e forte "suspiro" antes de finalizar
sua trajetória. Esse acontecimento chama-se exaustão e pode ser identificado de algumas
maneiras, uma delas utilizando-se o Force Index [2].
Observe o gráfico abaixo da Petrobrás (PETR4). O indicador realiza um pico muito maior do que o
normal. Essa sinalização mostra uma exaustão no movimento de alta, de modo que nos dias
seguintes o papel iniciou um processo de correção.
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7.4 Divergências
Como muitos outros osciladores procure sempre prestar atenção às divergências entre o Force
Index e o preço. Uma distinção que se faz é que para a observação de divergências é muito
melhor trabalhar com um Force Index maior como [13] ou [22].
Assim, quando o Force Index falha ao fazer um topo mais alto, enquanto o gráfico dos preços
consegue, temos um indicativo de possíveis problemas pela frente. O análogo também é
verdadeiro, ou seja, se o Force Index falha ao fazer um fundo mais baixo, mas os preços
conseguem atingir um nível inferior, temos a indicação de que uma reação altista pode estar
surgindo.
O Force Index é um indicador sobre o qual vale a pena dar uma boa estudada. Não existem regras
fixas para os parâmetos e com certeza cada investidor pode encontrar uma configuração ideal
para seus ativos.
8. O Indicador OBV
O OBV (On Balance Volume) é um indicador momentum que relaciona mudanças no preço com
as variações de volume. Ele foi criado por Joe Granville e a idéia é detectar a direção do fluxo
do volume, ou seja, se está entrando ou saindo volume do ativo.
Dia de alta:
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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Dia de baixa:
O OBV pode, naturalmente, ser aplicado também para gráficos Intraday. Neste caso, o cálculo não
é feito em termos de dias, mas sim em relação à periodicidade de cada barra.
A interpretação do indicador pode ser feita segundo diferentes técnicas como divergência, quebra
de tendência, padrões, cruzamentos de médias, etc. Veremos alguns desses mecanismos a seguir.
8.1 Divergência
Como muitos outros indicadores o OBV permite a análise por divergências. Quando o preço
atinge patamares mais elevados (ou mais baixos) e o OBV não acompanha trata-se de um
indicativo extra de que está faltando força ao movimento e existe probabilidade razoável de
reversão. Em um situação como essa os Stops devem ser encurtados para preservar o lucro da
operação ou a entrada no novo movimento deve ser planejada.
O gráfico acima do Bradesco (BBDC4) mostra que os preços realizaram uma perna de alta,
enquanto que o OBV gerou um topo inferior. O sinal de divergência gerado transformou-se em
seguida em um movimento baixista mais amplo.
O gráfico abaixo mostra o OBV da Cemig (CMIG4). Note como os fundos do OBV formam uma
linha de tendência de alta, a qual após seu rompimento foi testada novamente, servindo agora
como resistência (princípio da inversão).
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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É claro que seriam necessárias diversas páginas para analisar a fundo todas as características
deste indicador. Entretanto, observando-o constantemente você irá familiarizar-se e logo
perceberá as divergências e as formações mais confiáveis.
Existem indicadores semelhantes ao OBV, contudo mais sofisticados que serão analisados em
novos artigos.
O Market Facilitation Index é analisado em conjunto com o volume, levando a quatro situações
possíveis:
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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• MFI crescente e volume crescente: representa um bom momento para estar no mercado, a
favor da tendência atual. O número de participantes do mercado está aumentando e novas
posições estão sendo abertas na direção da tendência.
• MFI crescente e volume descrescente: segundo Bill Williams esta é uma fase chamada Fake
(falso). O mercado continua a mover-se em uma direção principal, mas não há volume gerado
pela entrada de novos participantes, ou seja, o menor volume pode estar representando as
atividades especulativas de poucos participantes, mascarando o sentimento geral do mercado.
• MFI descrescente e volume crescente: mostra um forte confronto entre as forças de compra
e venda. O volume está aumentando, mas os preços não se movem com força. Um dos lados,
inevitavelmente, irá vencer e o movimento tende a ser forte. A estratégia aqui é monitorar até
que ocorra a definição do lado vencedor e se posicionar de acordo. Muitas vezes teremos um gap
de rompimento, a superação dos limites de uma congestão e outros fortes indicativos.
O mercado, frequentemente, torna-se confuso, sendo difícil fomar uma opinião satisfatória. O
Market Facilitation Index nos fornece elementos adicionais na construção de um ponto de partida
mais sólido para a definição de nossas estratégias de operação
Na condição oposta, tendo a consciência de estarmos em um mercado sem tendência, iremos nos
valer de outros fatores:
Estudando esses aspectos o analista Welles Wilder concebeu a idéia do movimento direcional. A
base de cálculo utiliza-se da comparação dos extremos alcançados pelos preços hoje em relação a
períodos anteriores. Para mais detalhes sobre as particularidades matemáticas, recomendamos o
livro New Concepts in Technical Trading do próprio Wilder.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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10.1 Componentes do Movimento Direcional: ADX, DI+ e DI-
O ADX (Average Directional Index) consiste em uma média do DI+ e DI- em determinado
período. Ele é calculado de maneira que oscila entre 0 e 100 e indica se o mercado está em
tendência ou não. Embora, como quase tudo na análise técnica, não exista uma regra definitiva,
considera-se que o ADX informa sobre a não existência de uma tendência quando ocorre pelo
menos uma das seguintes situações:
No gráfico abaixo do índice Bovespa temos plotado na parte inferior, para simplicidade do exemplo,
apenas o ADX sem os componentes DI+ e DI-. Observe que no período que estende-se das
primeiras semanas de Junho até os primeiros dias de Agosto temos o ADX sob a linha de 25 (linha
azul). Analisando os preços, confirmamos visualmente um mercado lateral, no qual sistemas
baseados em seguidores de tendência apresentarão um maior número de sinais falsos.
O ADX pode ser utilizado também como um sinalizador de final ou de interrupção temporária de
uma tendência. Quando o ADX começa a afastar-se de seu ponto mais alto, deve-se observar
cuidadosamente o cenário técnico para avaliar se chegamos, efetivamente, em um momento de
transição. Um sinal desses sugere, pelo menos, que repensemos o volume de nossas posições
compradas ou vendidas.
Conforme dito anteriormente, o sistema direcional conta ainda com os componentes DI+ e DI-.
Esses indicadores geram sinais objetivos:
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
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No gráfico a seguir vemos três situações em que houve o cruzamento. Cada um dos cruzamentos
está marcado por um círculo, sendo que o primeiro e o último são sinais de venda, enquanto que
o central indica compra.
O sistema direcional possui um mérito fundamental, ele nos deixa no lado certo do mercado.
Como todo o seguidor de tendência existe um “atraso” no indicador, mas em análise técnica muito
mais importante do que topos e fundos exatos é não posicionar-se contra o mercado. Utilize as
ferramentas certas dentro de cada panorama técnico que os gráficos nos mostram.
Criado por J. Welles Wilder e apresentado em detalhes em seu livro New Concepts in Technical
Trading Systems, o nome parabólico vem do fato de que o conjunto de pontos do indicador
apresenta frequentemente a forma de uma parábola. SAR, por sua vez, significa em inglês Stop
And Reverse, ou seja, pára e reverte. Trata-se de uma menção à maneira como o indicador é
empregado, a qual estaremos estudando a seguir.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
No gráfico abaixo vemos o parabólico (pontilhado) gerando diversos sinais na Eletropaulo (ELPL4).
Observe o uso conjunto de um seguidor de tendências, no caso uma média móvel exponencial de
26 períodos, cuja forma achatada (flat) torna mais evidente ainda o movimento lateral.
• Deve-se fechar posições de compra quando o preço cai para baixo do parabólico e cobrir
posições de venda quando o preço sobe acima do parabólico.
O parabólico é um grande sinal de alerta. Suponha um ativo em tendência de alta, a cada dia o
parabólico subirá de acordo com o tamanho da movimentação dos preços, mas não importando a
direção dessa movimentação. Eventualmente, haverá a intersecção e a superação dos preços pelo
parabólico esse é o sinal de stop-and-reverse.
O indicador pode ser usado também para gerar pontos de compra e venda de maneira
independente. Entretanto é aconselhável que se utilize em conjunto um seguidor de tendência.
Assim, um sinal de compra é gerado quando os preços superam o parabólico e o seguidor de
tendência (média móvel, macd, etc.) indica uma situação altista. No caso de uma média móvel,
ela deverá estar com uma inclinação para cima. Para situações de venda, as condições são
similares, mas ao contrário.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
No gráfico da Gerdau (GGBR4) acima, vemos que o parabólico sinaliza todas as reações à
tendência de baixa. Se o trader estiver em uma operação de venda ele conta com um aviso claro
para cobrir sua posição ou encurtar os seus stops.
A partir dessas observações, o analista técnico John Bollinger criou as bandas de Bollinger. Elas
consistem em duas linhas, uma superior e outra inferior, traçadas a partir de uma determinada
distância de uma média móvel.
Esse conceito é, basicamente, o mesmo de envelopes. Nos envelopes, temos também duas linhas
as quais são calculadas a partir de um determinado percentual de distância da média. A diferença
introduzida por Bollinger está na utilização do desvio padrão. Vamos, então, ver de maneira
rápida alguns conceitos de estatística.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
quantificar o nível de dispersão dos dados. O desvio padrão é justamente uma medida da
dispersão de um conjunto de dados em relação a sua média.
Aplicando esse conceito no contexto da análise técnica de um ativo, tem-se que o desvio padrão é
uma medida da volatilidade, ou seja, quanto maior a volatilidade de um ativo maior seu desvio
padrão. As bandas são, portanto, traçadas a um determinado número de desvios padrão de
uma média.
O analista sabe que na maior parte do tempo os preços estarão reclusos dentro desse limite.
Como é possível constatar, existe uma relação direta entre as bandas de Bollinger e a
volatilidade. Essa integração é muito interessante e pode ser facilmente percebida graficamente
durante acumulações e quando ocorrem acelerações dos movimentos de preços.
12.2.1 Estreitamento
Muitas vezes ocorre uma diminuição na volatilidade de um ativo em razão de um certo equilíbrio
entre demanda e oferta. Essa diminuição tem reflexo direto nas bandas, uma vez que elas se
aproximam deixando um canal muito mais estreito. A melhor analogia para o que essa formação
representa é a calmaria que antecede uma tempestade, uma vez que trata-se de um considerável
sinal de que um forte movimento está vindo.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Observe o gráfico acima da Ambev (AMBV4). Em final de maio e início de junho de 2003 as
bandas estreitaram-se, permanecendo assim até final de agosto quando um significativo
movimento altista teve início. Ao mesmo tempo em que o rally iniciou-se as bandas começaram
novamente a se afastar refletindo o aumento de volatilidade.
Dessa maneira, as bandas nos fornecem com antecedência o sinal de que existe uma
oportunidade de trade se aproximando, mas para qual lado o mercado vai? Podemos tentar
descobrir essa resposta com a ajuda de alguns indicadores. Uma técnica é procurar
divergências ou avaliar a sobrecompra/sobrevenda através de um oscilador como o IFR,
entretanto, não podemos esquecer das valiosas informações fornecidas pelos indicadores
baseados em volume.
Nessas situações, esses indicadores desempenham um papel importante, afinal o volume avalia o
grau de comprometimento financeiro dos investidores. No gráfico acima, vemos uma linha
vermelha descendente nos preços, enquanto que o OBV desenvolve uma trajetória ascendente
(divergência altista). Com essas informações reunidas podemos preparar o trade e fazer uma
ótima entrada.
Uma dessas regras diz que quando o preço supera uma das bandas espera-se a continuação do
movimento. Essa afirmação é plenamente razoável, visto que o preço superar a banda constitui,
sem sombra de dúvida, uma manifestação de força.
Neste gráfico da Telemar (TNLP4) do final de 2003 e início de 2004 vemos os preços superando as
bandas algumas vezes em um contínuo movimento altista. Esta é uma boa maneira de operar e
aproveitar a tendência, principalmente se você gosta de administrar posições por algum tempo.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Entretanto, seguidamente, ao alcançar uma das bandas o mercado reverte para a outra direção,
nem que seja uma rápida pausa para "tomar ar" antes de continuar a escalada ou a queda. Isso
acontece porque ao atingir a linha superior ou inferior, os preços já se distanciaram bastante de
sua média e estão vulneráveis a correções. Sob essa visão, a superação de uma banda é na
verdade um alerta que sugere a liquidação de posições.
A conclusão é que a estratégia de uso das bandas depende do plano de trade. O objetivo é manter
a posição por algum tempo ou realizar trades curtos? Serão trades curtos ou curtíssimos como
day-trade? Sob quais condições técnicas acontecerá a saída? Onde estarão os stops? Essas
perguntas devem estar respondidas.
Maiores informações sobre essa interessante ferramenta você encontra no livro de John Bollinger,
Bollinger on Bollinger Bands.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Foi traçado um Fibo Fan entre o ponto 1 (fundo) e o ponto 2 (topo). A partir da aplicação da
técnica nessa perna de alta, surgiram três linhas de tendência. A primeira foi suporte durante
diversas vezes, como no final de setembro e novamente no final de outubro.
Alguns pregões após o ponto 2 o mercado sofreu uma correção parando na região da linha de
38,2% do Fibo Fan (final de setembro). A partir daí tivemos uma nova alta, a qual mais tarde veio
a retornar para a linha que tinhamos desenhado há cerca de 1 mês atrás e por um bom tempo
não se separaram (os preços voltavam insistentemente para o Fibo Fan).
Com certeza muitos traders fizeram boas compras com as indicações do Fibonacci Fan. Essa é
uma das situações em que as oportunidades de negócios aparecem para os olhos daqueles que
praticam a arte da análise técnica.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Entretanto, esse método desenvolvido pelo Dr. Alan Andrews é uma ferramenta útil para detectar
zonas "escondidas" de pressão compradora e vendedora.
14.2 Utilização
Conforme dito, o pitchfork mostra suportes e resistências potenciais. No gráfico abaixo intraday da
Bovespa um "R" mostra cada ponto no qual o pitchfork traçado foi resistência e o "S" locais onde
foi suporte.
Figura 77: Encontrando Suportes e Resistências Potências Com o Pitchfork no Gráfico do Ibovespa
Assim, na realização de trades temos regiões nas quais a possibilidade de reversão de tendência é
maior. Também possuimos melhores condições de avaliar os valores para colocação de ordens
stop.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
uma ótima ferramenta técnica. Neste artigo você vai entender como o MACD é formado e,
principalmente, como utilizá-lo como um fiel ajudante no acompanhamento de tendências.
Agora que temos os elementos, vamos calcular a linha do MACD. Para isso, basta subtraírmos a
média móvel longa (26 dias) da média móvel curta (12 dias). O resultado será um número que irá
oscilar em torno de zero, vamos analisar os possíveis resultados:
• MACD maior que zero: Neste caso a média móvel de 12 dias é maior que a média de 26,
isso significa que as expectativas mais recentes são mais favoráveis para alta que as
anteriores.
• MACD menor que zero: Neste cenário a média de 12 dias é menor que a de 26,
mostrando um panorama mais relacionado a uma situação de baixa.
No gráfico acima, vemos na parte superior os preços e na parte inferior o MACD. O zero no MACD
representa uma região na qual a oferta e demanda estão em equilíbrio. Entretanto, ainda não
utilizamos um dos elementos que formam o MACD que é a linha de sinalização. Através dela
iremos identificar melhor as oportunidades de compra e venda.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
• Sinal de compra: Um sinal de compra é gerado sempre que o MACD cruza para cima sua
linha de sinalização.
• Sinal de venda: É gerado sempre que o MACD cruza para baixo sua linha de sinalização.
No gráfico, a linha vertical vermelha mostra o ponto no qual o MACD gerou um sinal de venda.
Apesar de não ter sido no topo, a tendência de queda prosseguiu ainda por cerca de 20 pregões. A
linha verde mostra um sinal de compra, note que o sinal não surge no fundo exato (embora
próximo), neste caso ele demorou dois pregões. Enquanto o MACD permanecer sobre/sob sua
linha de sinalização a posição de compra/venda deve ser mantida.
Conforme dito anteriormente, a região da linha zero do MACD representa uma área de equilíbrio
entre oferta e demanda. À medida que o indicador se afasta dessa região (seja para cima ou para
baixo) maior é a quantidade de compras ou vendas sobre o ativo ou índice. Ao realizarmos uma
inspeção histórica dos pontos máximos e mínimos que o MACD atingiu ao longo do tempo,
podemos ter uma boa idéia se estamos alcançando uma posição de compra ou venda excessiva, o
que facilita a ocorrência de movimentos corretivos. Assim, se um sinal de compra (venda) surgir
próximo a uma região de venda (compra) excessiva, temos um indicativo mais confiável do que se
manifestado em áreas próximas ao nível zero.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Lembre-se sempre que o MACD é bastante eficiente para acompanhar tendências. Isso significa
que ele demora para mostrar reversões nos preços ou oportunidades de compra e venda próximas
aos fundos e topos, sua função primordial é simplesmente indicar o que está acontecendo,
possibilitando que você fique junto com a tendência atual do mercado e por conseqüência
minimize os riscos dos seus investimentos.
O tipo escolhido para acompanhamento não tem grande importância, pois a única informação que
o volume nos fornece de maneira absoluta é a indicação sobre a liquidez do papel. O principal e
mais relevante para a análise é a comparação relativa do comportamento do volume de um ativo
ao longo do tempo.
Existem diversos fenômenos observados em relação ao comportamento dos preços e sua relação
com o comprometimento financeiro dos participantes do mercado. Vamos analisar alguns
conceitos que servem como regras de operação auxiliares quando consideramos uma análise
conjunta preço-volume:
1. Volume alto e volume baixo são conceitos relativos . Eles referem-se principalmente à
performance do passado recente do ativo.
2. Volume confirma a tendência . Considere que um movimento de alta acontece e leva o
mercado até um novo topo. Durante essa alta o volume também atinge um novo patamar
mais alto. O esperado, então, é que os preços retestem ou excedam o pico formado, uma
vez que o aumento de volume significa a entrada de novos traders reforçando a força
compradora. De maneira semelhante, se o mercado constrói um novo fundo e o volume
atinge um patamar mais alto, provavelmente, o fundo criado será atingido novamente e
até superado.
3. Se dentro de uma tendência de alta ocorre uma nova elevação e o volume não
acompanha esse acontecimento, um sinal de alerta é gerado. A tendência pode estar
próxima de seu final. Esse conceito é mais relevante para movimentos altistas, uma vez
que o mercado pode manter uma tendência de queda com baixo volume.
4. Se o mercado está em negociação lateral dentro de um retângulo (Box range) é esperado
que a direção do próximo movimento defina-se a partir de um rompimento com alto
volume. Um rompimento com baixo volume indica que existem grandes chances de os
preços retornarem aos limites de movimentação lateral. Existem diversas formas de
operar rompimentos (breakouts) de formações de acumulação e elas serão abordadas em
outros artigos sobre Swing Trading e técnicas de Wyckoff.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Esses cinco comportamentos descritos são apenas a ponta do iceberg de informações que a
análise de volume oferece. Obtém-se ainda muitos resultados de qualidade quando estudamos e
incluímos na metodologia os indicadores baseados em volume como OBV, Chaikin Money Flow,
Force Index, etc.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Capitulo 3
Estratégias de Trader
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
1. Planejamento de Trades
A melhor maneira de se atingir um determinado objetivo é, antes de colocar qualquer estratégia
em ação, identificar os passos verdadeiramente necessários para a obtenção dos resultados
desejados. É dessa maneira que agem as empresas de sucesso e assim agiram os generais
vitoriosos nas batalhas da história.
A questão que fica é a seguinte: por qual razão a maioria dos traders não faz o mesmo para a
guerra do mercado financeiro? A razão passa por falta de disciplina, mas os principais motivos são
desinformação e também o fato de que muitos não encaram o ato de operar com a seriedade
necessária.
Não podemos negar que existem aqueles que querem mais é se divertir com o sobe e desce das
ações. Para esses, bolsa de valores é um tipo sofisticado de brinquedo. No entanto, os demais
participantes do mercado que realmente desejam viver de renda variável ou alavancar seus
ganhos mensais devem adotar a postura adequada para alcançar o sucesso.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
1.4 Gerenciamento de Risco e Objetivos
Quanto de seu capital estará sendo arriscado? Qual o percentual de perdas máximo aceitável de
sua conta de investimentos por mês? Essas questões dependem de sua tolerância ao risco e de
seu perfil. Existem regras que ajudam o trader a administrar esses fatores, como a regra do 2%
e 6%.
Seus objetivos também devem estar na ponta da língua. Quando atingir um determinado
percentual de ganhos vai sair incodicionalmente? Vai esperar o mercado virar? Tenha de maneira
clara essas respostas e não se esqueça que quando entramos em um trade extamos em uma
situação de risco/recompensa. Qual relação está boa para você? 2:1? 3:1? Este tópico tem forte
relação com o próximo.
Antes de entrar na operação saiba onde estão suas saídas. Uma delas é seu stop. Um stop mental
não tem a força de um stop escrito junto ao planejamento de trade, portanto, anote-o em seu
caderno ou computador. A outra saída pode ser seu alvo de lucro, quando chegar lá liquide uma
parte e levante o stop com o restante. Seja qual for sua estratégia o importante neste ponto é não
devolver o que já ganhou, você já venceu o trade, cuide para não entregar seu prêmio.
Um exemplo de regra de entrada é a seguinte: "Se o sinal X for disparado em uma região de
suporte e o alvo de preços for 3 vezes maior que meu stop, então comprar".
Para uma avaliação correta é preciso registrar cada passo tomado. Por qual motivo a entrada foi
feita dessa maneira? Qual era o cenário técnico? Bons traders mantém sempre bons registros de
suas operações. Escreva tudo que considerar importante e também alguns detalhes. Exemplos são:
entrada e saída do trade, padrão e/ou condição técnica utilizada, níveis de suporte e resistência,
status psicológico, descrição da abertura do mercado, etc.
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CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
2. Regras de Proteção
Todo investidor sabe que, eventualmente, terá prejuízo com um trade. Perder dinheiro é sempre
desagradável, entretanto o trader disciplinado sabe que é uma ótima oportunidade para aprender.
Algumas perguntas que devem ser feitas nesse momento são:
O importante é melhorar sempre detectando os pontos falhos. Mas, para continuar investindo é
preciso tomar cuidado para não comprometer todo ou a maior parte do capital em um trade
perdedor. Para isso, existem algumas técnicas de limitação de perdas que podem ser utilizadas.
2.2 A regra de 2%
Muitos livros e artigos referem-se à regra de 2%. Essa regra diz que 2% da sua conta de
investimentos em renda variável é o máximo que deve ser arriscado em cada trade individual.
Seguindo essa estratégia, quando a diferença entre os valores de compra e venda no trade
perdedor atingirem 2% do montante da carteira o melhor a fazer é zerar a posição. Dependendo
do perfil, alguns investidores podem achar esse valor pequeno, uma vez que excluiria
oportunidades de trades com uma recompensa potencial alta e consequentemente com um risco
maior. Cada investidor deve analisar sua situação, de seu mercado e taxas de corretagem antes
de determinar um número com o qual se sinta confortável. Os defensores da regra de 2%, no
entanto, lembram que muitos profissionais acham 2% um valor muito elevado e utilizam
percentuais bastante inferiores como 0,5%.
2.3 A regra de 6%
Uma vez tendo determinado o percentual máximo de prejuízo por trade, é necessário identificar o
total de perdas admitido dentro de um período de tempo. O intervalo normalmente utilizado é de
um mês. Isso é necessário, pois mesmo sabendo qual o limite de perdas aceitável por
investimento, é preciso considerar que as perdas podem ocorrer em sequência e ter uma ação
devastadora no capital de investimentos. Dessa maneira, uma regra utilizada é a regra de 6%. Se
as perdas de um mês atingirem 6% da carteira de investimentos as posições devem ser zeradas e
novos trades não devem ser realizados (no mês inteiro). Não importa se estamos na primeira ou
última semana.
Regras de limitação de perdas são muito importantes. Os traders que possuem um alto
envolvimento emocional com suas carteiras devem, especialmente, determinar claramente quais
são os valores aceitáveis. É também importante que uma vez criada a política de proteção ela seja,
efetivamente, cumprida. Deve-se evitar pensamentos e atitudes do tipo: "Tudo bem, aceito uma
perda de 15%, mas só este mês".
3. Guerrilha Trading
O estilo de Guerrilha Trading (“Guerrilla Trading”) é o mais distinto e eficiente estilo de
operação de compra e venda de ações, opções e contratos futuros que existe, muito difundido nos
Estados Unidos. O método foi designado para investidores (Traders) que apreciam negociações de
curto prazo, permanecendo pouco tempo com papel ou derivativo em custódia. A aceitação e
80
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
divulgação cada vez mais crescente do Guerrilha Trading justifica-se pelo seu alto poder de acerto
que varia entre 70 e 90% (ref Seminário Pristine Guerrilla Trading Tatics página 14).
Você está prestes a conhecer seis táticas que foram designadas para traders que,
operando no curto prazo, terminam a operação com lucro após dois a três dias de aquisição do
papel.
Essas táticas não resultam em grandes ganhos, porém a consistência de seus ganhos o
faz uma poderosa e indispensável metodologia para as suas táticas de trading.
Chama-se 20/20 porque a abertura deve estar 20% da mínima do dia e o preço de fechamento
deve estar 20% da máxima do dia.
Este tipo de candle tem maior importância se ocorrer depois de um candle de alta, quanto mais
candles, mais significante a 20/20 irá ser.
Este candle tem mais força quando ocorre após um grande movimento de alta e significa que os
compradores estão dominando o movimento. Isto possibilita armar uma tática para assustá-los
(Guerrilha Trading Style) e assim o movimento ir contra eles.
81
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
3.2 CANDLE BEARISH 20/20
O candle Bearish 20/20 é definido por uma grande barra que tem o seu preço de abertura perto
da mínima e o preço de fechamento perto da máxima.
Chama-se 20/20 porque o fechamento deve estar 20% da mínima do dia e o preço de abertura
deve estar 20% da máxima do dia.
Este tipo de candle tem maior importância se ocorrer depois de um candle de baixa, quanto
mais candles, mais significante a 20/20 irá ser.
Este candle tem mais força quando ocorre após um grande movimento de baixa e significa que os
vendedores estão dominando o movimento. Isto possibilita armar uma tática para assustá-los
(Guerrilha Trading Style) e assim o movimento ir contra eles.
3.3 TÁTICA 1
3.3.1 O ATAQUE DO SNIPER
ARRANJO
Obs. Os valores utilizados para a demonstração serão entre 18/50 Reais, confira tabela de valores
para cada ativo que deseja aplicar a técnica.
82
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
1 – A ação deve estar dois dias consecutivos de queda.
2 – Precisamos de um grande movimento no dia, no caso maior que um Real.
3 – A Abertura do dia obrigatoriamente deve estar por volta de 20% da máxima do dia.
4 – O fechamento do dia obrigatoriamente deve estar por volta de 20% da mínima do dia.
3.3.2 A BATALHA
1 - Se a Ação abrir com um Gap de baixa maior que 0,50 centavos e começar a fechar o Gap,
compre quando invadir 10 centavos da mínima do dia anterior;
2 – Coloque um Stop de proteção 10 centavos abaixo da mínima do dia;
3 – Venda no 3º dia ou com lucro de 2/3 Reais na operação, o que vier primeiro.
83
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
3.4 TÁTICA 2
3.4.1 A FUGA DO SNIPER
ARRANJO
Obs. Os valores utilizados para a demonstração serão entre 18/50 Reais, confira tabela de valores
para cada ativo que deseja aplicar a técnica.
1 – A ação deve estar dois dias consecutivos de alta.
2 – Precisamos de um grande movimento no dia, no caso maior que um Real.
3 – A abertura do dia obrigatoriamente deve estar por volta de 20% da mínima do dia.
4 – O fechamento do dia obrigatoriamente deve estar por volta de 20% da máxima do dia.
3.4.2 A BATALHA
1 - Se a Ação abrir com um Gap de alta maior que 0,50 centavos e começar a fechar o Gap, venda
quando invadir 10 centavos da máxima do dia anterior;
2 – Coloque um Stop de proteção 10 centavos acima da máxima do dia;
3 – Compre no 3º dia ou com lucro de 2/3 Reais na operação, o que vier primeiro.
84
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
EXEMPLO
85
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Figura 88: Fuga do Sniper Com Falling Three Methods nas Ações da CRUZ3
3.5 TÁTICA 3
3.5.1 GAP SURPRESA DO TOURO
ARRANJO
Obs. Os valores utilizados para a demonstração serão entre 18/50 Reais, confira tabela de valores
para cada ativo que deseja aplicar a técnica.
1 – A ação deve estar dois dias consecutivos de queda..
2 – Precisamos de um grande movimento no dia, no caso maior que um Real.
3 – A Abertura do dia obrigatoriamente deve estar por volta de 20% da máxima do dia.
4 – O fechamento do dia obrigatoriamente deve estar por volta de 20% da mínima do dia.
5 – O Volume deve estar acima da média. - Opcional
86
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
3.5.2 A BATALHA
1 - Se a Ação abrir com um Gap acima do fechamento do dia anterior e maior que 0,50 centavos,
compre imediatamente. Você pode optar por comprar após 30 minutos da abertura do pregão
(Conservador).
2 – Coloque um Stop de proteção 10 centavos abaixo da mínima do dia anterior;
3 – Venda no 3º dia ou com lucro de 2/3 Reais na operação, o que vier primeiro.
3.6 TÁTICA 4
3.6.1 GAP SURPRESA DO URSO
ARRANJO
Obs. Os valores utilizados para a demonstração serão entre 18/50 Reais, confira tabela de valores
para cada ativo que deseja aplicar a técnica.
1 – A ação deve estar dois dias consecutivos de alta..
2 – Precisamos de um grande movimento no dia, no caso maior que um Real.
3 – A abertura do dia obrigatoriamente deve estar por volta de 20% da mínima do dia.
4 – O fechamento do dia obrigatoriamente deve estar por volta de 20% da máxima do dia.
5 – O Volume deve estar acima da média. – Opcional
87
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
3.6.2 A BATALHA
1 - Se a Ação abrir com um Gap abaixo do fechamento do dia anterior e maior que 0,50 centavos
venda imediatamente. Você pode optar por vender após 30 minutos da abertura do pregão
(Conservador).
2 – Coloque um Stop de proteção 10 centavos acima da máxima do dia anterior;
3 – Compre no 3º dia ou com lucro de 2/3 Reais na operação, o que vier primeiro.
EXEMPLO
88
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
3.7 TÁTICA 5
3.7.1 BEARISH 20/20
ARRANJO
Obs. Os valores utilizados para a demonstração serão entre 18/50 Reais, confira tabela de valores
para cada ativo que deseja aplicar a técnica.
1 – A ação deve estar dois dias consecutivos de queda..
2 – Precisamos de um grande movimento no dia, no caso maior que um Real.
3 – A Abertura do dia obrigatoriamente deve estar por volta de 20% da máxima do dia.
4 – O fechamento do dia obrigatoriamente deve estar por volta de 20% da mínima do dia.
5 – O Volume deve estar acima da média. - Opcional
3.7.2 A BATALHA
1 - Se a Ação abrir 0,50 centavos acima ou abaixo da mínima do dia anterior, espere 30 minutos
Então compre a ação 10 centavos acima da máxima estabelecida nos primeiros 30 minutos.
2 – Coloque um Stop de proteção 10 centavos abaixo da mínima do dia anterior ou do dia corrente,
o período que conter a menor mínima registrada;
3 – Venda no 3º dia ou com lucro de 2/3 Reais na operação, o que vier primeiro.
89
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
3.8 TÁTICA 6
3.8.1 BULLISH 20/20
ARRANJO
Obs. Os valores utilizados para a demonstração serão entre 18/50 Reais, confira tabela de valores
para cada ativo que deseja aplicar a técnica.
1 – A ação deve estar dois dias consecutivos de alta..
2 – Precisamos de um grande movimento no dia, no caso maior que um Real.
3 – A Abertura do dia obrigatoriamente deve estar por volta de 20% da mínima do dia.
4 – O fechamento do dia obrigatoriamente deve estar por volta de 20% da máxima do dia.
5 – O Volume deve estar acima da média. – Opcional
3.8.2 A BATALHA
1 - Se a Ação abrir 0,50 centavos acima ou abaixo da máxima do dia anterior, espere 30 minutos.
Então venda a ação 10 centavos abaixo da mínima estabelecida nos primeiros 30 minutos
2 – Coloque um Stop de proteção 10 centavos acima da máxima do dia anterior ou do dia corrente,
o período que conter a maior máxima registrada;
3 – Compre no 3º dia ou com lucro de 2/3 Reais na operação, o que vier primeiro.
90
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
EXEMPLO
91
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
MOVIMENTO
GAP
Ações entre 0,50 e 1,00 –maior ou igual a 3 centavos;
Ações entre 1,01 e 3,00 - maior ou igual a 7 centavos;
Ações entre 3,01 e 5,00 - maior ou igual a 18 centavos;
Ações entre 5,01 e 10,00 - maior ou igual a 25 centavos;
Ações entre 10,01 e 18,00 - maior ou igual a 38 centavos;
Ações entre 18,01 e 50,00 - maior ou igual a 50 centavos;
Ações entre 50,01 e 100,00 - maior ou igual a 2,50 Reais;
Ações maiores que 100,01 - maior ou igual a 5 Reais.
FECHAMENTO DO GAP
Ações entre 0,50 e 1,00 –1 centavos acima da mínima do dia anterior;
Ações entre 1,01 e 3,00 - 2 centavos acima da mínima do dia anterior;
Ações entre 3,01 e 5,00 - 3 centavos acima da mínima do dia anterior;
Ações entre 5,01 e 10,00 - 5 centavos acima da mínima do dia anterior;
Ações entre 10,01 e 18,00 - 7 centavos acima da mínima do dia anterior;
Ações entre 18,01 e 50,00 - 10 centavos acima da mínima do dia anterior;
Ações entre 50,01 e 100,00 - 0,25 centavos acima da mínima do dia anterior;
Ações maiores que 100,01 – 0,50 centavos acima da mínima do dia anterior.
STOP
Ações entre 0,50 e 1,00 –1 centavos abaixo da mínima do dia;
Ações entre 1,01 e 3,00 - 2 centavos abaixo da mínima do dia
Ações entre 3,01 e 5,00 - 3 centavos abaixo da mínima do dia
Ações entre 5,01 e 10,00 - 5 centavos abaixo da mínima do dia
Ações entre 10,01 e 18,00 - 7 centavos abaixo da mínima do dia
Ações entre 18,01 e 50,00 - 10 centavos abaixo da mínima do dia
Ações entre 50,01 e 100,00 - 0,25 centavos abaixo da mínima do dia
Ações maiores que 100,01 – 0,50 centavos abaixo da mínima do dia
VENDA
Ações entre 0,50 e 1,00 – 0,07/0,012 centavos ou no 3º dia, o que vier primeiro;
Ações entre 1,01 e 3,00 - 0,15/0,30 centavos ou no 3º dia, o que vier primeiro;
Ações entre 3,01 e 5,00 - 0,40/0,70 centavos ou no 3º dia, o que vier primeiro;
Ações entre 5,01 e 10,00 - 0,80/1 Real ou no 3º dia, o que vier primeiro;
Ações entre 10,01 e 18,00 - 1/2 Reais ou no 3º dia, o que vier primeiro;
Ações entre 18,01 e 50,00 - 2/3 Reais ou no 3º dia, o que vier primeiro;
Ações entre 50,01 e 100,00 - 6/10 Reais ou no 3º dia, o que vier primeiro;
Ações maiores que 100,01 – 15/23 Reais ou no 3º dia, o que vier primeiro;
Tabela 1: Resumo de Movimentos, Gaps, Stop e Vendas de Ações
92
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Capitulo 4
Imposto de Renda Sobre Renda Variável
93
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
1. Imposto de Renda
1.1 Operações de Renda Variável
Compõe-se de ativos de renda variável, quais sejam, aqueles cuja remuneração ou retorno de
capital não pode ser dimensionado no momento da aplicação. São eles as ações, quotas ou
quinhões de capital, ouro, ativo financeiro, e os contratos negociados nas bolsas de valores, de
mercadorias de futuros e assemelhados.
Alíquota Operação
20% Day-trade
94
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Opções Valor positivo da soma dos prêmios pagos e recebidos no mesmo dia
• ao exercício de opções;
• compensado com o imposto incidente sobre ganhos líquidos apurados nos meses
subseqüentes;
• compensado na declaração de ajuste se, após a dedução houver saldo de imposto retido;
Base de Cálculo:
O ganho líquido será constituído pela diferença positiva entre o valor de alienação do ativo e o seu
custo de aquisição, calculado pela média ponderada. É admitida a dedução dos custos e despesas
incorridos, necessários a realização das operações.
Isenções:
São isentos do imposto de renda os ganhos líquidos auferidos por pessoa física em operações
efetuadas com ações, no mercado à vista de bolsas de valores, e em operações com ouro ativo
financeiro, cujo o valor das alienações (venda), realizadas em cada mês, seja igual ou inferior a
R$ 20.000,00 , para o conjunto de ações e para o ouro ativo financeiro respectivamente.
Transferência de Ações:
Quando ocorrer a transferência de titularidade de ações negociadas fora da bolsa, a entidade
encarregada de seu registro deverá exigir o documento de arrecadação de receitas federais que
comprove o pagamento do imposto de renda sobre o ganho de capital incidente na alienação, ou
declaração do alienante sobre a inexistência de imposto devido.
Se a transferência for efetuada antes do vencimento do prazo legal para pagamento do imposto
devido, a comprovação deverá ocorrer em até 15 dias após o vencimento do referido prazo, ao
95
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
final do qual, caso não tenha sido realizada, a entidade deverá comunicar o fato à Secretaria da
Receita Federal na forma e prazo por ela regulamentados.
Compensação de Perdas:
Para fins de apuração e pagamento do imposto mensal sobre os ganhos líquidos, as perdas
incorridas nas operações do mercado a vista, de opções, futuros e a termo, poderão ser
compensadas com os ganhos líquidos auferidos, no próprio mês ou nos meses subseqüentes, em
outras operações realizadas em qualquer uma dessas mesmas modalidades citadas, exceto no
caso de perdas em operações de day trade, que somente serão compensadas com ganhos
auferidos em operações da mesma espécie.
Retenção e Recolhimento:
O imposto sobre ganhos líquidos em renda variável será apurado por períodos mensais, e pago até
o último dia útil do mês subseqüente ao da apuração.
Essas apurações devem ser feitas para cada ativo isoladamente, e as respectivas memórias de
cálculo devem ser conservadas por um prazo mínimo de cinco anos.
A responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto de renda incidente na fonte (1%
e 0,005%) é da instituição intermediadora da operação, e pelo imposto de renda incidente sobre
os ganhos líquidos (15% e 20%) do contribuinte.
96
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
1.1.3 Como calcular o Imposto de Renda sobre as operações no
Mercado à Vista
Compra realizada no dia 25/06/2005
Vale R R$
Compra à vista 600 R$ 39.660,00
Doce 66,10
Vale R R$
Compra à vista 400 R$ 26.440,00
Doce 66,10
R$
Valor das Operações
66.100,00
R$
Valor Líquido da Operação antes do IR
66.163,14
Tabela 5: Exemplo Para Cálculo IR
Obs. A corretagem acima no valor de 30,00 é referente a operações realizadas pelos investidores,
através do Home Broker da Corretora. No caso, a corretagem é fixa em R$ 20,00 por ordem.
Custo Médio de Aquisição por ação: R$ 66.163,14/ 1000 = R$ 66,16
Venda realizada no dia 26/06/2005
Vale R R$
Venda á vista 200 R$ 13.434,00
Doce 67,17
Vale R R$
Venda á vista 500 R$ 33.600,00
Doce 67,20
Vale R R$
Venda á vista 100 R$ 6.715,00
Doce 67,15
Vale R R$
Venda á vista 200 R$ 13.444,00
Doce 67,22
R$
Valor das Operações
67.193,00
R$
Valor Líquido da Operação antes do IR
67.089,48
97
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
* Corretagem 04 ordens enviadas
(O IRFF de 0,005% foi cobrado, em função do valor da venda ter sido superior à R$ 20.000,00)
Imposto a Recolher:
15% de R$ 953,17 – R$ 3,36 = R$ 139,61
Observações:
a. Como o valor da venda foi superior ao custo de aquisição, houve incidência de imposto
renda sobre o ganho líquido de 15%.
b. O imposto retido na fonte de R$ 3,36 pode ser deduzido do imposto incidente sobre os
ganhos líquidos no mês.
c. Caso houvesse ocorrido prejuízo na operação, a perda poderia ser compensada:
R$ R$
Compra á vista CMIG4 500
77,30 38.650,00
R$
Valor Total da Operação
38.650,00
R$
Valor Líquido da Operação antes do IR
38.683,53
Tabela 8: Exemplo Para Cálculo de IR
98
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Venda realizada no dia 27/07/2005
R$
Venda á vista CMIG4 500 R$ 38.500,00
77,00
R$
Valor Total da Operação
38.500,00
R$
Valor Líquido da Operação antes do IR
38.466,53
(O IRFF de 0,005% foi cobrado, em função do valor da venda ter sido superior à R$
20.000,00)
R$
Venda á vista CMIG4 500 R$ 40.425,00
80,85
R$
Valor Total da Operação
40.425,00
R$
Valor Líquido da Operação antes do IR
40.459,15
Tabela 11: Exemplo Para Cálculo de IR
99
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Venda realizada no dia 29/07/2005
R$
Venda á vista CMIG4 500 R$ 40.425,00
81,00
R$
Valor Total da Operação
40.925,00
R$
Valor Líquido da Operação antes do IR
40.887,99
(O IRFF de 0,005% foi cobrado, em função do valor da venda ter sido superior à R$
20.000,00)
100
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Compra realizada no dia 20/05/2004 Prazo do Contrato: 30 dias
Obs. Não houve incidência de IR (0,005%) na fonte, pois o valor da venda à vista ficou abaixo de
R$20.000,00.
101
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
R$
Venda á vista caemi 1.000 R$ 2.680,00
2,68
R$
Valor Total da Operação
2.680,00
R$
Valor Líquido da Operação antes do IR
2.659,33
102
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
7 Valor de Multa 0
103
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Capitulo 5
Entrevistas, Depoimentos e Curiosidades
104
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
2. Atitude
Rodrigo Fernandes - Economista e MBA em finanças pela FGV.
03/03/2005
Atitude
Os investidores do mercado devem sempre idealizar o sucesso, caso contrário, não realizarão seus
objetivos. Porém, faz-se necessário compreender que uma aplicação financeira pode ter dois
resultados futuros: ganho ou perda. Sendo este um pensamento quase incompreensível para
aquele que sempre quer obter sucesso, o erro não é considerado uma opção. Isto é aceitável, no
entanto, é imprescindível que sejamos realistas, pois saberemos enfrentar o insucesso confiante,
mesmo que seja duro de fazer.
Acredito que um dos principais sentimentos do especulador após um trade ruim é o medo de
novas perdas. Alguns pensam que a melhor maneira de lidar com o auto-erro é culpar outras
situações, ao invés de aceitar sua falta de metodologia e buscar novos aprendizados. Aposto que
você diz:
105
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Não quero dizer que tais problemas não possam acontecer, mas sim, que pense que tais frases
não podem ser "muletas" para os trades que deram errado.
Quando isso acontecer, você tem que pensar que novos trades virão e concomitantemente, o
sucesso. Deve-se analisar a metodologia, ver aonde errou e simplesmente estudar o trade e
aprender com suas falhas.
Os pensamentos e sentimentos podem ser bons ou ruins, e é preciso aceitá-los e analisá-los para
que seja mais fácil neutralizar aqueles que influenciam seu potencial de ganho no momento da
operação. Se o fizer, estará mais focado no trade e poderá alcançar o sucesso com maior
probabilidade. Mercado financeiro não é um jogo de sorte e azar. É preciso buscar sabedoria,
adquirir comportamento adequado e sempre que for preciso, mudar de atitude!
"Atitude
É mais importante
Que a aparência, o dom, a destreza.
O mais incrível é que
Temos a opção de criar
A atitude que teremos a cada dia.
Só podemos mudar
O único aspecto que podemos controlar,
A nossa atitude.
Quando se trata de maneira como você se sente, a escolha é totalmente sua. Sem dizer "se" ou
"mas". É você que está sentado na cadeira do piloto"
3. O Problema do Dinheiro
Rodrigo Fernandes - Economista e MBA em finanças pela FGV
28/02/2005
Quando você faz uma operação, sente medo ou alguma ansiedade? Já aconteceu de suar frio num
trade por perceber que está perdendo dinheiro mesmo estando ainda dentro dos seus planos?
Você olha o quanto está ganhando ou perdendo durante o trade? Se a sua resposta foi sim, algo
de errado está fazendo.
Aposto que em momentos de ganhos, quando seu ativo ainda não atingiu o seu preço alvo e ao
ver o quanto já estava ganhando, saiu da operação... e momentos depois o preço atingiu o valor
traçado. Quando isso acontece, a sensação é quase a mesma de quando você perde a batalha
para o mercado. Isso está acontecendo porque está sendo afetado pelo money trouble, ou seja,
problema dinheiro. O que isso quer dizer? Você está preocupado com o valor monetário da sua
operação no momento errado. O valor de perda e ganho você deve ver somente antes e depois do
trade. Se você fez uma análise correta, com manejo de recursos, verificando pontos de entrada,
saída, volume, indicadores e etc. você não deve mais se preocupar com o dinheiro. Traders
experientes e vitoriosos não vêem valores durante a operação. Se está muito preocupado com isso,
provavelmente está sentido falta de confiança, nervosismo e ansiedade durante o pregão.
106
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Está acertando o movimento do mercado? Está marcando os pontos traçados? Está acertando ou
errando? O que é importante é como está o decorrer da sua analise e não é o quanto está
ganhando, e se estiver preocupado com isso está perdendo patrimônio em suas operações. Foque
suas atenções apenas no preço do ativo e em seu movimento. Fazendo isso verá que ficará menos
apreensivo e suas operações terão mais sucesso! Num trade a única sensação que deve sentir é
tranqüilidade, pois você já fez a análise correta anteriormente.
Abaixo estão algumas citações de Jesse Livermore. Esses conselhos representam a experiência de
um trader que enfrentou diversas situações, inclusive o famoso crash de 1929:
A trajetória e o conhecimento dos grandes traders são uma ótima fonte de aprendizado. Podemos
entender melhor o mercado através da sabedoria que eles adquiriram durante crises assustadoras
e altas espetaculares.
107
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Seguindo cuidadosamente esses 10 conselhos tenha certeza de que o seu cardiologista ganhará
bastante dinheiro, isso se você ainda puder pagar um. Mercado é metodologia e gerenciamento.
Estude as ferramentas, e aja objetivamente. Se o seu sistema falhar, registre bem as condições
sob as quais o erro aconteceu e tente refiná-lo.
O centro comercial do Japão estabeleceu-se na cidade de Osaka. Osaka era uma cidade portuária,
o que favorecia em muito o comércio em uma época na qual as viagens por terra eram demoradas
e, muitas vezes, bastante perigosas. O comércio do arroz era a base da economia, sendo,
efetivamente, a moeda nacional. Não é surpresa alguma, portanto, o fato de alguns mercadores
de arroz terem se tornado extremamante ricos. Um desses homens era Yodoya Keian, reconhecido
por sua incrível capacidade de transportar e distribuir o arroz. Seu poder cresceu de tal maneira
que o primeiro local (bolsa) de comércio de arroz formou-se em seu jardim.
108
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Surge Munehisa Homma
Havia no Japão nesse perído uma rica família de fazendeiros de arroz, chamada Homma. Sua base
de negociação era a cidade de Sakata, uma área onde o comércio de arroz também era bastante
forte. Em torno de 1750 o patriarca da família Homma morreu e o controle dos negócios passou
para Munehisa Homma. Um primeiro aspecto que torna evidente as capacidades de Munehisa é o
fato de que tratava-se do filho mais novo. Na forte tradição hierárquica japonesa quem deveria
assumir o posto seria o filho mais velho, mas a família já conhecia os talentos de Munehisa.
Munehisa foi um verdadeiro cientista do mercado. Ele desenvolveu teorias e passou a guardar
informações detalhadas (registros históricos) sobre condições de clima, preços do arroz e
negociações realizadas. Para compreender a fundo a psicologia dos investidores, analizou os
movimentos de preços do arroz até de negociações ocorridas na época em que os trades eram
realizados no jardim de Yodoya.
Não demorou muito para Munehisa passar a atuar e também dominar a grande bolsa Dojima,
onde acumulou uma fortuna gigantesca. Suas técnicas eram tão precisas que ele não via a
necessidade de se fazer presente em Osaka. Desenvolveu um sistema de troca de informações, no
qual homens eram posicionados sobre telhados de casas no caminho entre Sakata e Osaka, e
através de bandeiras comunicavam as intruções de compra e venda geradas por Munehisa.
Conta a história que Munehisa conseguiu fazer cerca de 100 trades consecutivos vitoriosos.
Diante de tamanho poder e conhecimento o governo contratou Homma como consultor financeiro
e concedeu a ele o título de Samurai. Das teorias deste guerreiro dos mercados evoluiram as
técnicas de candlestick, que hoje são utilizadas e pesquisadas em todo o mundo.
Nahas absolvido... e com sede de vingança. Quinze anos depois do estouro da Bolsa de
Valores, o megainvestidor Naji
Nahas livra-se da acusação de crime ao sistema financeiro, volta a operar, prepara
ações na Justiça contra inimigos e quer reinar novamente no mercado
Já era quase madrugada em Paris, na quinta-feira 3. No L’ami Louis, um dos restaurantes mais
badalados da alta roda francesa, o investidor Naji Nahas, libanês naturalizado brasileiro que fez
história no mercado acionário com jogadas de altíssimo risco, dividia a mesa com alguns mitos do
tênis mundial: o italiano Nicola Pietrangeli, o romeno Ilie Nastase, o argentino Guillermo Villas e o
espanhol Manolo Santana, todos velhos campeões do torneio de Ronald Garros. Nahas decidiu
organizar um jantar para homenageá-los, regado a muitas garrafas de um dos melhores tintos de
Bordeaux, o Mouton Rothschild. Naquela noite, Nahas também festejava uma vitória particular,
que encerra um drama pessoal de 15 anos. O pesadelo começou no dia 9 de junho de 1989,
quando eclodiu a maior crise da história das bolsas de valores de São Paulo e do Rio. Acusado de
manipular o mercado para inflar artificialmente o preço das ações,
Nahas chegou a ser condenado a 24 anos de prisão, sofreu a maior multa já
aplicada pela Comissão de Valores Mobiliários e liquidou seu grupo empresarial, o Selecta, que
reunia 28 empresas e incluía desde a Internacional de Seguros até
a maior produtora nacional de coelhos para exportação. A vitória recente – e definitiva – de Nahas
foi fruto de uma decisão unânime da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Nela, o investidor foi
inocentado das acusações de crime contra o sistema financeiro e a economia popular. Mais: de
acordo com os juízes, o delito jamais existiu. “Perdi os melhores anos da minha vida enfrentando
um processo kafkiano”, disse Nahas à DINHEIRO. “Em vez de fazer o que eu gosto, que é ganhar
dinheiro, tive de viver me defendendo”
109
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
Sem mais nenhuma acusação que lhe pese sobre os ombros, Naji Nahas volta ao mercado
financeiro com sede de dinheiro e de vingança. Seus principais advogados, Eduardo Galil, Paulo
Lazareschi e Carmem Sílvia Parkinson, já preparam novas ações judiciais. Só que não mais na
defesa – e sim no ataque. Nahas agora quer ser indenizado pela Bolsa de Valores de São Paulo
(Bovespa) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Na sua mira, também está o ex-
presidente da Bovespa, Eduardo Rocha Azevedo, o “Coxa”, a quem acusa de ter orquestrado uma
manobra para quebrá-lo. Nahas diz que Rocha Azevedo teria pressionado vários bancos a cortar o
crédito nas operações que fazia para a compra e venda de ações. Um dos banqueiros, o ex-
ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros, chegou a confirmar essa tese num
depoimento à Justiça. “Sem o golpe de 1989, o homem mais rico da América Latina não seria o
Carlos Slim”, disse Naji Nahas, referindo-se ao dono da mexicana Telmex e da Embratel. “Seria
eu”. Sua conta é simples. Antes da crise das bolsas, Nahas era o maior investidor individual do
Brasil. Sozinho, controlava 6% dos papéis da Petrobras e 10% da Vale do Rio Doce. À época, tais
ações valiam US$ 490 milhões. Hoje, a mesma participação não seria vendida por menos de US$
7 bilhões. No entanto, quando as ações desabaram, em junho de 1989, Nahas teve de liquidar sua
posição e perdeu tudo. Dois meses depois, os papéis voltaram aos valores de antes, mas o
portfólio de Nahas já estava nas mãos de outros investidores. “Ele, que foi o único perdedor da
história, acabou sendo perseguido durante 15 anos por um crime que não existiu”, declarou à
DINHEIRO o advogado Eduardo Galil. “Agora tudo acabou”.
A simples possibilidade de retorno de Naji Nahas aos negócios com ações já causa frisson nas
mesas de operação de grandes bancos e corretoras. Até porque Nahas, herdeiro de uma próspera
família libanesa, tornou-se uma figura quase mítica no mercado financeiro nacional e foi o
principal player das bolsas de valores. Em 1969, quando desembarcou no Brasil, trouxe US$ 50
milhões para investir. Nos fim dos anos 70, já tinha mais de US$ 1 bilhão e tentou dominar o
mercado mundial da prata, associado aos Hunt, uma família texana. Na década de 80, quando
transferiu seus negócios de São Paulo para o Rio de Janeiro, fez com que a bolsa fluminense
girasse um volume três vezes superior ao paulistano. Um sinal da grande expectativa em torno
dos próximos passos de Naji Nahas ocorreu duas semanas atrás, na quarta-feira 26. Naquele dia,
um só investidor havia vendido 7 mil contratos do Índice Bovespa no mercado futuro. Era uma
operação atípica, uma vez que, em média, negociam-se apenas mil contratos diariamente. Além
disso, o mercado hoje é dominado por grandes fundos de investimento, sediados no Brasil ou no
exterior. Raras são as operações feitas diretamente por pessoas físicas – e era assim que Nahas
atuava nos anos 80. Por isso, o boato disparado de um telefone a outro dos operadores era um só:
o especulador havia voltado, com sua peculiar ousadia. Ele jura que não. “Sempre apostei na alta,
jamais na baixa”, afirmou.
Foi justamente acreditando na valorização dos papéis que Nahas comandou as polêmicas
operações dos anos 80. Nelas, o investidor comprava as ações e tinha o prazo de cinco dias para
pagar. Caso não tivesse dinheiro, poderia vender os papéis a um banco financiador e recebia os
recursos à vista, no chamado D+0. Só que para entrar no negócio, os bancos embutiam uma taxa
de juros. “Para a operação dar lucro, a valorização das ações tinha que superar a taxa dos bancos”,
explicou à DINHEIRO o investidor Alfredo Grumser, que foi dono da corretora Open e um dos
principais personagens do episódio. “Não houve crime algum e todos os bancos queriam financiar
o Nahas porque sabiam que ele tinha patrimônio para cobrir as apostas”. O problema é que Nahas
acabou sendo condenado por um cheque sem fundos, de US$ 10 milhões, quando a CVM decidiu
mudar as regras do jogo e proibir as operações D+0. O cheque foi devolvido pelo falecido
banqueiro Pedro Conde, do BCN. Nahas acredita que tanto Conde quanto Rocha Azevedo estavam
do outro lado da corda, apostando na queda do Índice Bovespa – e, no fundo, o que estava em
jogo era uma queda-de-braço entre “comprados” e “vendidos” do mercado. “Se eu não quebrasse,
eles teriam quebrado”, disse Nahas. Como, depois de junho de 1989, as ações logo retomaram a
tendência de alta, o ex-ministro Mário Henrique Simonsen declarou à Justiça que houve
manipulação para baixo – e não para cima. Na visão de Alfredo Grumser, Nahas apostou na
tendência correta e seu único erro foi acreditar que as ações subiriam apenas 100%. “O fato é que
elas estavam muito mais baratas e decuplicaram de preço”.
Antes da crise das bolsas, Naji Nahas, ex-sócio dos grupos franceses Societé Génerale e Saint-
Gobain, agia como um autêntico “colunável”. Já havia trazido ao Brasil estrelas do cinema como
Alain Delon, Gina Lolobrigida e Omar Shariff. No entanto, depois do episódio de 1989, ele
submergiu e descobriu que sua nova
forma de atuar, discreta, lhe rendia mais frutos. Evitou negociar ações como pessoa física e
investiu apenas por meio de fundos estrangeiros. Enquanto esteve na
sombra, Nahas continuou costurando uma intensa rede de contatos internacionais. Hoje ele é a
110
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ANÁLISE TÉCNICA, PSICOLOGIA E
ESTRATÉGIA PARA A COMPRA E VENDA DE AÇÕES
pessoa mais próxima de Marco Tronchetti Provera, o controlador da Telecom Italia. O bilionário
francês Robert-Louis Dreyfus, dono da Coinbra, um dos maiores grupos agroindustriais do Brasil, é
quase um irmão. O mesmo vale para a família Lagardère, controladora do principal império de
mídia e armamentos da Europa. Além disso, ninguém no Brasil é tão ligado à família real saudita
quanto ele. No Carnaval deste ano, Nahas trouxe ao Brasil o embaixador saudita em Washington,
o príncipe Bandar Bin Sultan. Na Capital, Bandar foi recebido num jantar com a presença do
presidente Lula, do chanceler Celso Amorim, dos ministros Antônio Palocci e Dilma Roussef, assim
como do presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli – e praticamente nada foi publicado na
imprensa. Lula gostou. Decidiu-se ali que os árabes irão abrir todo seu território para a prospecção
mineral da Vale. Discretamente, Nahas também está pilotando o projeto de uma refinaria de
petróleo no Ceará. Depois do encontro, o presidente confidenciou a um inter-
locutor que conheceu um outro Nahas, bem diferente do personagem que
imaginava. E é este que agora começa a sair da sombra.
A SAGA DO MEGAINVESTIDOR
Como Naji Nahas, libanês naturalizado brasileiro, tornou-se um mito do mercado financeiro
A CHEGADA
Em 1969, ele desembarcou no Brasil num vôo que havia sido seqüestrado e levado a Cuba.
Herdeiro de uma rica família libanesa, trouxe US$ 50 milhões.
A PRIMEIRA TACADA
No fim dos anos 70, tornou-se um dos maiores compradores mundiais do mercado da prata. Nos
anos 80, controlava 28 empresas no Brasil.
O PODER
No regime militar, controlava a Internacional, principal seguradora do País. Com freqüência, era
recebido no Palácio do Planalto, para onde levava grandes investidores internacionais.
NO MERCADO
Em 1982, com um cheque de 10 bilhões de cruzeiros, comprou 3% da Petrobras. Depois, repetiu a
mesma dose.
O ESTOURO DA BOLSA
Em 1989, foi acusado de agir para manipular os preços das ações. Teve de liquidar sua posição,
avaliada em US$ 490 milhões, e foi multado pela CVM.
A PRISÃO
Foi detido no dia 30 de outubro de 1989, por uma equipe chefiada por Romeu Tuma.
A VOLTA
Fora das bolsas, Nahas continuou atuando na atração de grandes investidores. É muito ligado à
Telecom Italia e, recentemente, trouxe o príncipe saudita Bandar Bin Sultan ao Brasil.
ABSOLVIDO
Em 2004, foi inocentado em todas acusações que sofria.
DINHEIRO – O sr. foi acusado de quebrar a Bolsas de Valores em 1989, chegou a ser preso e, 15
anos depois, está inocentado. O que isso representa?
NAJI NAHAS – Tirei um peso das minhas costas.
Fui perseguido durante todo esse tempo e perdi os melhores anos da minha vida. Tinha 43 anos
em
1989 e hoje estou com 58. Em vez de ganhar mais dinheiro, perdi tempo me defendendo.
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ela valeria US$ 7 bilhões e eu seria o homem mais rico da América Latina. Mais rico até do que o
Carlos Slim. Eu perdi muito. O que ninguém pergunta é quem ganhou com isso.
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Anexos
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