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Filipe II de Espanha

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Filipe II (em castelhano: Felipe II; Valladolid, 21 de maio de 1527 Filipe II
– Escorial, 13 de setembro de 1598)[1] foi Rei da Espanha de 1556
até sua morte e também Rei de Portugal e Algarves como Filipe I
a partir de 1581. Expandiu o domínio espanhol a Portugal, à
Flórida e às Filipinas. Foi o primeiro líder mundial a estender os
seus domínios sobre uma área direta "onde o sol jamais se punha",
superando portanto Gengis Cã, até então o homem mais poderoso
de todos os tempos. Os limites do seu império foram denominados
em sua homenagem desde o extremo leste das Américas (Filipeia,
hoje João Pessoa) ao sudeste insular asiático: Filipinas; do
Atlântico centro-ocidental ao Pacífico centro-ocidental passando
por todas as longitudes dooceano Índico.[2][3]

Índice
Primeiros anos Rei de Nápoles
Regência e ascensão Reinado 25 de julho de 1554
Apreciação a 13 de setembro de 1598
A Coroa de Portugal Antecessor(a) Carlos IV
Os Países Baixos e outros problemas Sucessor(a) Filipe II
O caso da princesa de Eboli Rei da Espanha , Sardenha e Sicília

Casamentos e posteridade Reinado 16 de janeiro de 1556


a 13 de setembro de 1598
Ver também
Predecessor Carlos I
Referências
Sucessor Filipe III
Bibliografia
Rei de Portugal e Algarves
Reinado 17 de maio de 1581
a 13 de setembro de 1598
Primeiros anos Predecessor Henrique I
Filho do Imperador do Sacro Império Romano-Germânico e rei Sucessor Filipe II
das Espanhas Carlos V de Habsburgo e de D. Isabel de Portugal,
governou um vasto território integrado por Aragão, Castela, ilhas
Esposas Maria Manuela de Portugal
Canárias, Baleares, Navarra, Galiza, Valência, Rossilhão, Franco- Maria I de Inglaterra
Condado, Países Baixos, Sardenha, Córsega, Sicília, Milão, Isabel de Valois
Ana da Áustria
Nápoles, além de territórios ultramarinos na África (Orão, Túnis, e
Descendência
outros), na América e na Ásia (Filipinas).[4] Em termos de política
Carlos, Príncipe das Astúrias
externa, sua mais significativa vitória sucedeu contra os turcos Isabel Clara Eugênia da Áustria
otomanos: a Batalha de Lepanto, em 1571. Catarina Micaela da Áustria
Fernando, Príncipe das Astúrias
Diogo, Príncipe das Astúrias
Filipe III de Espanha
Casa Habsburgo
Casa Habsburgo
Nasceu no Palácio de Pimentel em Valladolid, sendo o Nascimento 21 de maio de 1527
primogênito dos seis filhos de seus pais e faleceu no Escorial,
Valladolid, Espanha
onde está sepultado. Chamado ainda o Sábio e o Prudente, foi
Morte 13 de setembro de 1598 (71 anos)
batizado em 5 de junho, na Igreja do Convento de São Paulo, pelo
El Escorial, Espanha
arcebispo de Toledo, Dom Alfonso de Talavera. Rei consorte da
Inglaterra de 1554 a 1558 como marido de Maria Tudor também
Enterro Escorial, Espanha
foi, regente da Espanha desde 1543 se tornou rei do citado país em Pai Carlos I de Espanha
1555. Filipe de Habsburgo também conde de Artois, conde da Mãe Isabel de Portugal
Borgonha, e conde de Charolais por 42 anos. Religião Catolicismo

A partir de 1552 já se tinha tornado rei como Filipe I de Nápoles, da Sicília, Sardenha, rei titular de Jerusalém e duque de Milão. Em
1555 foi também rei dos Países Baixos; em 1556 conde de Holanda, Zelândia e Ostrevant, duque de Gueldres e a partir de 1580 será
também o rei de Portugal, Filipe I. Recebeu uma educação humanista, planejada por seu tutor, Juan de Zúñiga, no entanto Filipe
nunca se tornaria um erudito pelos padrões renascentistas. Além da sua língua nativa, o espanhol, possuía domínio sobre oportuguês,
língua da sua mãe e o latim.

Demonstrou interesse pela arquitetura e a música, além de gosto por atividades ao ar livre, como a caça. Desde os 12 anos foi
preparado para os assuntos do governo e aos 16 anos ficou encarregado da regência dos reinos da Espanha, enquanto o pai
administrava o Santo Império Romano-Germânico. Assumiu a coroa espanhola em 1556, depois da abdicação do pai em 1555,
herdando um vasto império colonial, com uma difícil situação financeira e inimigos poderosos como a: Inglaterra, França e Países
Baixos.

Regência e ascensão
Nomeado regente da Espanha, com um Conselho, por CarlosV, em Bruxelas em 22 de outubro de 1555, Carlos V lhe cedeu os Países
Baixos, as coroas de Castela, Aragão e Sicília em 16 de janeiro de 1556, e o condado da Borgonha em 10 de junho. A coroa imperial
foi herdada por seu tio Fernando, irmão de Carlos V.

Católico devoto, defendeu a fé e se dedicou a interromper o progresso do protestantismo. É considerado por muitos o primeiro rei
absolutista da Espanha. Seu reinado começou com a quebra da Trégua de Vaucelles assinado com a França em 1556, à qual se uniu
ao Papa Paulo IV contra ele. Filipe teve portanto que enfrentar duas guerras ao mesmo tempo, na Itália e nos Países Baixos. Na Itália,
o duque de Alba, Vice-Rei de Nápoles, derrotou o duque de Guise e obrigou o Papa a pedir paz. Filipe a concedeu, magnanimamente,
e o duque de Alba foi obrigado a pedir o perdão do Papa por ter invadido os
Estados Pontifícios.

Na Espanha, Filipe prosseguiu a política de seus bisavôs, D. Fernando de Aragão e D. Isabel de Castela. Foi drástico na supressão da
heresia luterana, sobretudo em Valhadolid e Sevilha. Durante o seu reinado ocorreu uma sangrenta rebelião mourisca, no antigo
Reino de Granada de 1567 a 1570 que terminou com a intervenção de Dom João de Áustria, seu meio-irmão legitimado. Como
resultado os mouriscos, vencidos, foram deportados para outras partes da Espanha.

Apreciação
Em 25 de Julho de 1554, Filipe II se tornou rei consorte da Inglaterra por seu casamento com Maria Tudor. Na verdade, a função
política que ele passou a exercer na Inglaterra a partir de então é algo um tanto controverso, pois, embora seja conhecido como rei
consorte da Inglaterra, ele tinha os mesmos títulos e recebia as mesmas honras que sua esposa, além de os atos parlamentares
constarem sempre com os nomes de ambos e as moedas serem cunhadas com as efigies de ambos. Isso caracterizaria uma diarquia e,
por conseguinte, faria dele umrei da Inglaterra, e não apenas um rei consorte, que seria tão somente marido de uma rainha.

O projecto de união pessoal dos dois países falhou com a morte de Maria Tudor em 1558, antes de ter tido um herdeiro. Em guerra
contra a França, com quem lutava pelo controle de Nápoles e deMilão e seus territórios, obteve vitórias nas Batalhas de São Quintino
em 10 de agosto de 1557 e em Gravelines em 13 de julho de 1558. Após as vitórias que estabeleceram seu reinado e consolidaram a
hegemonia espanhola na Europa, o monarca assinou com a França oTratado de Cateau-Cambresisem 3 de abril de 1559.
Como parte do tratado constava seu casamento com Isabel de Valois (1545–1568),
filha de Henrique II da França, que fora prometida a Carlos das Astúrias, seu filho
com D. Maria Manuela. Isabel de Valois lhe deu apenas duas filhas as infantas Isabel
Eugênia e Catarina Micaela, fazendo com que o rei permanecesse sem descendentes
masculinos. Seria apenas com o seu quarto casamento, com a arquiduquesa Ana da
Áustria, filha do imperador Maximiliano II, que nasceria o herdeiro ao trono,
Filipe III de Espanha.

Na área da política externa, apesar da vitória diante dos berberiscos em Malta em


1565, a hostilidade da Espanha com os turcos persistia. Seu meio-irmão, D. João de
Áustria, comandando uma frota, obteve uma grande vitória, embora não definitiva,
na Batalha de Lepanto em 1571.

Teve primeiros-ministros notáveis: o Duque de Alba, morto em Lisboa dois anos


depois da conquista; Rui Gomes da Silva, príncipe de Éboli, morto muito antes do
rei; António Perez, que lhe sobreviveu; o cardeal Granvelle, que depois de ter
perdido o favor do rei, o recuperou e foi chamado de Nápoles para ficar como
regente do reino em Madrid, enquanto o rei ia a Portugal; e Cristóvão de Moura, o Filipe II de Espanha
último homem forte.

Antes de morrer, o cardeal-arquiduque Alberto, vice-rei de Portugal, fora nomeado governador dos Países Baixos, e para o substituir
em Portugal nomeou um conselho composto do Arcebispo de Lisboa, dos condes de Portalegre, de Sabugal e de Santa Cruz, e de
Miguel de Moura. Foi o último ato importante do seu reinado.

A Coroa de Portugal
Um dos seus triunfos políticos foi obter a União Ibérica, fazendo valer seus direitos de sucessão em 1581 nas Cortes de Tomar, que
tiveram lugar no Convento de Cristo. A política matrimonial prévia das dinastias reinantes facilitara esta união.

Depois da morte do rei D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir, ao ser aclamado rei o cardeal D. Henrique, decrépito, investiu os
[carece de fontes?]
meios e dinheiro para ganhar ao seu partido a corte de Portugal.

Sete pretendentes disputavam a posse do reino quando morreu o rei em 1580, mas apenas cinco baseavam as suas pretensões em
fundamentos aceitáveis:

D. Catarina de Portugal, duquesa de Bragança, filha legítima do infante D.Duarte de Portugal.


D. Filipe II filho da primogênita do reiD. Manuel, com seu marido Carlos V;
Emanuel Felisberto, Duque de Saboia, duque de Saboia, filho da infanta Beatriz de Portugal (filha do mesmo rei
D. Manuel) e de seu esposo,Carlos III de Saboia;
António, prior do Crato, filho do infante D. Luís, sendo este filho do mesmo rei D. Manuel;
Rainúncio I Farnésio, duque de Parma, neto por parte de mãe do infante D.Duarte, filho do mesmo rei D. Manuel;
Os que menos direito mostravam eramCatarina de Médici, rainha da França, descendente deD. Afonso III e da sua primeira esposa a
condessa Matilde da Bolonha, e o papa, herdeiro natural dos cardeais, que entendia portanto dever usufruir o reino que um cardeal
governava assim como podia usufruir uma quinta de que fora possuidor. Dos cinco que apresentavam títulos valiosos, só três
disputavam seriamente a coroa: Filipe II, o prior do Crato e aduquesa de Bragança.

O reino de Portugal ficara entregue a cinco governadores dependentes dos Habsburgos, os quais hesitavam em reconhecer Filipe
como Rei. Este se dispôs a conquistar Portugal pelas armas. O prior do Crato se fizera aclamar em Santarém, mas dispunha de poucas
tropas. Filipe reuniu exército, entregou-o aoDuque de Alba; confiou ao Marquês de Santa Cruz o comando da esquadra, e conservou-
se próximo da fronteira de Badajoz. Alba marchou sobre Setúbal; conquistando o Alentejo, atravessou para Cascais na esquadra do
Marquês de Santa Cruz, marchou sobre Lisboa, derrotou o prior do Crato na Batalha de Alcântara a 4 de agosto de 1580, perseguiu-o
até à província do Minho, e preparou enfim o reino para receber a visita do seu novo soberano.
Filipe procurou não intervir muito na política interna de Portugal e entregou o governo do país a um homem de sua confiança, o
Duque de Alba. Além de ser filho de mãe portuguesa, Filipe fora educado por cortesões portugueses durante os primeiros anos de
vida. Filipe, em 9 de dezembro de 1580, atravessou a fronteira, entrou em Elvas, onde se demorou dois meses recebendo os
cumprimentos dos novos súditos. Dos primeiros que o veio saudar foi o duque de Bragança. A 23 de fevereiro de 1581 Filipe II saiu
de Elvas, atravessou triunfante e demoradamente o país, e a 16 de março de 1581 entrou em Tomar, para onde convocara cortes.
Distribuiu recompensas, ordenou suplícios e confiscos, e recebeu a noticia de que todas as colônias haviam reconhecido a sua
soberania, exceptuando a Ilha Terceira, onde se arvorara a bandeira do prior do Crato, ali foi jurado rei de Portugal a 16 de abril de
1581.

Nas cortes, prometeu respeitar os foros e as isenções e nunca dar para governador ao país senão um português ou um membro da
Família Real. Expediu de Lisboa tropas que subjugaram a Ilha Terceira, em que D. Antônio fora auxiliado pela França, e partiu para
Espanha depois da vitória naval de Vila Franca, em que o Marquês de Santa Cruz destroçou a esquadra francesa em 26 de julho de
1582, obtendo a submissão da ilha. Nomeando para vice-rei de Portugal seu sobrinho, o cardeal-arquiduque Alberto da Áustria, e
depois lhe ter agregado um conselho de governo e de ter nomeado os membros do conselho de Portugal, partiu finalmente a 11 de
fevereiro de 1583.

A nova monarquia, associada aos interesses da rama austríaca dos Habsburgos, dominava a Península Ibérica, Nápoles, Sicília,
Milão, Sardenha, Bélgica, Holanda e Luxemburgo atuais e partes da França; na Ásia, Filipinas e feitorias na Índia, Pérsia, China,
Indochina, Arábia; na África, as guarnições de Ceuta, Melilha, Mazalquivir, Orão, Ifni, Bizerta, La Goleta, Casablanca, Mazagão e
Ilhote de Vélez de la Gomera, Angola, Moçambique, Madeira, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Canárias, toda a América menos
algumas ilhas das Antilhas, parte dos atuais Estados Unidos e o Canadá, e terras na Guiana; na Oceânia, as Molucas, Ilha de Páscoa,
Ilhas Marianas (atuais Ilhas Marianas do Nortee Guam) e Ilhas Carolinas (atuais Ilhas Palau, Estados Federados da Micronésia, Ilhas
Marshall e Ilhas Gilbert.

No Brasil português, a "Cidade Real de Nossa Senhora das Neves", fundada em 1585 e hoje denominada João Pessoa, capital do
Estado da Paraíba, em 1588 adquiriu o nome de "Filipeia de Nossa Senhora das Neves", em homenagem ao rei Filipe II.

Os Países Baixos e outros problemas


Apesar de seus inúmeros êxitos, Filipe II não conseguiu solucionar o conflito político-religioso nos Países Baixos pois nenhum de
seus governadores conseguiu mitigar a sublevação dos Estados Gerais. Filipe II tinha entregue o governo à sua meia-irmã, Margarida
de Parma, mas os nobres, sem influência, se uniram em conspirações. Protestavam contra a presença de milhares de soldados da
Espanha, contra a influência do Cardeal de Granvelle sobre a regente, e contra a severidade dos decretos de Carlos V contra os
protestantes.

Filipe II assim decretou a volta do exército e do Cardeal, mas se recusou a diminuir a severidade dos decretos do pai. Surgiram assim
as dificuldades com os iconoclastas, e ele jurou castigá-los, enviando o Duque de Alba com um exército, o que provocou a demissão
de Margarida de Parma. Alba se comportou como em país conquistado, mandou prender e executar o conde de Egmont e o conde de
Hornes, acusados de cúmplices dos rebeldes, criou o Conselho de Perturbações, conhecido popularmente como Conselho do Sangue,
derrotou o Príncipe de Orange e seu irmão, que haviam invadido o país com mercenários alemães, mas não conseguiu evitar a
recaptura de Brille. Teve êxitos militares, mas foi chamado de volta em 1573. Seu sucessor
, Requesens, não pode recuperar Leida.

Influenciadas pelo Príncipe de Orange, as províncias concluíram a «Pacificação de Gante», regulamentando a situação religiosa nos
Países Baixos do Sul sem intervenção real. O novo governador, Dom João da Áustria, atrapalhou os cálculos de Orange ao aceitar a
Pacificação, e finalmente Orange resolveu proclamar a deposição de Filipe II nas províncias rebeladas. O monarca respondeu banindo
Orange que acabou assassinado, em 1584. Nem assim as Províncias Unidas se submeteram, e a Espanha as perdeu para sempre. Os
numerosos interesses econômicos e religiosos levaram às guerras que causaram a emancipação da Holanda, da Zelândia e do restante
das Províncias Unidas.

As províncias do sul no entanto, foram recuperadas pelo novo governador, Alexandre Farnésio. No entanto, a guerra contra os
rebeldes se tornou mais difícil, com os protestantes sob a liderança de Maurício de Orange, filho de Guilherme de Orange. Filipe II
mudou sua política e cedeu os Países Baixos a sua filha Isabel Eugênia, que fez casar com o arquiduque Alberto da Áustria,
determinando que as províncias retornariam à Espanha caso não houvesse
descendentes do casamento (1598).

Com relação à Inglaterra, a Espanha perdeu a esquadra recentemente


construída, chamada de Invencível Armada (1588), golpe do qual não se
recuperaria. Mas a luta dos dois países pelo controle marítimo não terminou
com derrota espanhola e seguiu direta ou indiretamente durante muitos anos.
Exemplo de monarca absolutista, o governo de Filipe II foi exercido com o
recurso de Conselheiros e de Secretários Reais, baseados em uma
administração centralizada, marcada por um rigoroso fiscalismo. Completou a
obra unificadora começada pelos Reis Católicos. Afastou a nobreza dos
assuntos de Estado, entregando postos a secretários reais oriundos das classes
médias, deu forma definitiva ao sistema de Conselhos, codificou leis, realizou
censos de população e riqueza econômica e impôs prerrogativas à Igreja.

No plano religioso, recorreu à Inquisição contra o protestantismo nos seus


domínios. Sob o seu governo foi erigido um dos mais importantes
monumentos da Espanha: O Escorial, mosteiro/palácio perto de Madrid, que
conta com valioso acervo artístico.

Palácios reais como o Escorial, erguidos por ele ao norte de Madri tinham o
objetivo de espelhar a solidez e a magnificência da estrutura arquitetônica da
Espanha. Com os edifícios e catedrais vieram os grandes pintores: Sofonisba
Anguissola, El Greco, Juan Pantoja de la Cruz, Juan de Ribera, Diego
Filipe II, pintado por Ticiano Vecellio
Velázquez, Zurbarán, Murillo, e tantos outros. Com o novo público urbano e
cortesão surgiu a novela de Cervantes, a poesia de Calderón de la Barca, de
Garcilaso de la Vega, de Luís de Gôngora, de Francisco Quevedo, e as comédias de Lope de Vega, ao mesmo tempo em que a
Espanha acompanhava os relatos sensacionais das conquistas feitas porPonce de León, Hernán Cortés ou de Bernal Díaz del Castillo.
Também podemos destacar a narrativa de Garcilaso el Inca. Muitos gêneros literários destacaram naquela época: o épico, o lírico, o
dramático e o cômico, além de um produto tipicamente espanhol, a novela picaresca como Lazarillo de Tormes, de autoria anonima e
Don Quixote de La Mancha de Miguel de Cervantes. Ao lado dessa riqueza, também prosperou a literatura beata, dos monges, das
freiras e dos místicos.

O reinado de Filipe II foi definitivamente a Era de Ouro do Império Ultramarino Espanhol. Entre a descoberta e a decadência passou-
se um pouco mais de um século (para George Ticknor, o historiador literário norte-americano que criou, em 1849, a expressão "Idade
do Ouro" para as letras espanholas, esse período se estenderia de 1492 até 1665). A prata e o ouro mexicano e peruano, as essências
indianas vindas da conquista das Américas e das rotas orientais, contribuíram para que a arte espanhola atingisse um nível
extraordinário.

O caso da princesa de Eboli


A princesa de Eboli, D. Ana Mendoza y de La Cerda, nascera na província de Guadalajara em 1540, filha única de Diego de
Mendoza, Príncipe de Melito e Duque de Francavila, com Catarina da Silva, irmã do Conde de Cienfuentes. Bisneta do Cardeal
Mendoza, aos nove anos foi casada com Rui Gomes da Silva, feito príncipe de Eboli, que tinha já 32 anos. O casamento foi
consumado quatro anos mais tarde, quando a noiva completou 13 anos. iV
veram juntos na corte até 1573, quando morreu o marido.

Rui chegara como menino ou pagem da Rainha Isabel de Portugal e passou a pagem do infante Filipe, ficando bons amigos. Foi
secretário pessoal do rei, sumiller de Corps, conselheiro de Estado e de Guerra, intendente da Fazenda, primeiro mordomo do
príncipe Don Carlos. Cheio de comedimento e nobreza, chegou a Grande de Espanha. Dos 11 filhos, sobreviveram cinco: dois
militares (pensa-se que o primogênito, Rodrigo, soldado em Portugal e Flandres, poderia ser filho do Rei), um poeta, um eclesiástico
que chegou a Arcebispo de Granada e de Saragoça, uma monja.
A viúva entrou com a filha e vasta servidumbre para o mosteiro carmelita de Pastrana, fundado por Santa Teresa de Jesus com fundos
seus (Teresa fundara também um mosteiro masculino). A intervenção do Rei conseguiu afastar a nova reclusa. Em 1576 na Corte,
amante do rei, fora também amante de António Pérez (nascido em Madrid em 1534), o jovem secretário de Estado, enigmático
personagem protegido por Eboli (com suspeitas de homossexualidade aprendida na Itália por António Pérez[carece de fontes?]), que era
secretário do Rei; e seria talvez amante de Juan de Escobedo, o secretário de don João de Áustria, que vinha da nobreza mediana da
Cantábria.

Em 28 de julho de 1579 Filipe II ordenou a prisão de ambos, seis anos depois. Pérez fugiu para o Aragão e salvou-se. Ana, acusada
de malversar o seu património, foi presa na Torre de Pinto (arredores de Madrid) e transferida para a fortaleza de San Torcaz; em
1581 seria desterrada no seu palácio de Pastrana, sem a tutela dos filhos, e ali morreu em 1591.

Casamentos e posteridade
(I) Casou aos 16 anos emSalamanca em 15 de novembro de 1543 com a infanta de Portugal Maria Manuela (Coimbra, 15 de outubro
de 1527 - Valladolid, 12 de julho de 1545). Era filha de sua tia a rainha D. Catarina de Áustria (que por sua vez era filha de Joana de
Castela e do arquiduque Filipe de Habsburgo) e do rei D. João III. O noivo teve sarna, atrasando a consumação do matrimónio,
segundo informou ao imperador seu pai o aio fiel, Juan de Zúñiga.

1 - Carlos de Espanha (1545-1568)


(II) Viúvo aos 18 anos, em 1551 casou com a prima, Maria Tudor, rainha de Inglaterra, e foi residir em Londres. Casaram em 25 de
julho de 1554 na catedral de Winchester. Maria I Tudor nascera em fevereiro de 1516 no palácio de Greenwich e morreria em 17 de
novembro de 1558 de um câncer de ovários. Era Rainha da Inglaterra desde 1553, filha do rei Henrique VIII e de sua tia, Catarina de
Aragão. Onze ou doze anos mais velha do que o noivo, estava envelhecida antes do tempo. Foi um casamento político que deu à
Espanha influência indireta em assuntos da Inglaterra, onde fora recentemente restaurado o catolicismo. Filipe viveu em Londres,
mas era pouco simpático aos ingleses. Partiu em 1555 para os Países Baixos, cujo governo seu pai Carlos V lhe cedeu, como lhe
cedera, um ano antes, o governo de Nápoles e da Sicília. Em 1556, foi-lhe cedido o governo da Espanha, ao abdicar seu pai para se
recolher no mosteiro de San Yuste. Em agosto de 1555, Filipe partiu paraBruxelas e só retornou à Inglaterra decorridos dois anos. No
verão de 1557 se despediram no porto de Dover. A morte de Maria I afastou os dois países. Filipe teria pedido sua cunhada Elizabeth
I em casamento, recebendo uma negativa[carece de fontes?].

(III) Isabel de Valois (Fontainebleau, 1545 - Aranjuez, 3 de outubro de 1568), filha de Henrique II de França, foi sua terceira mulher.
Casaram-se por procuração em Paris em 22 de junho de 1559. O encontro pessoal teve lugar em 31 de janeiro de 1560 na capela do
palácio ducal ou do Infantado de Guadalajara, casando-se na missa de velaciones. Sua mãe era Catarina de Médici, que a havia
prometido ao rei da Inglaterra Eduardo VI (morto em 1553) e a Dom Carlos da Áustria em 1558. Pelo tratado de Cateau-Cambresis
de 3 de abril de 1559 ajustou-se o casamento, celebrados os desposórios na Catedral de Notre-Dame de Paris estando o rei
representado pelo duque de Alba. Isabel cruzou a fronteira em 3 de janeiro de 1560, sendo esperada em Roncesvalles pelo Arcebispo
de Burgos D. Francisco de Mendoza, o Duque do Infantado D. Iñigo López de Mendoza. Levada a Guadalajara, instalaram-se os
soberanos no palácio ducal. Ela teve a saúde abalada por propensão a contágios e a numerosos abortos. Uma gravíssima erupção de
varíola, com poucos meses de casada, quase a matou, e tinha crónicos acessos hemorroidais. Teve certa intervenção na política nas
conferências de Bayonne em que, em junho de 1565, encontrou seu irmão o rei da França Carlos IX e Catarina de Médici (o rei se
recusara a assistir, desaprovando a política de transigência da sogra com os protestantes, e enviou o Duque de Alba). Outra vez
grávida, Isabel abortou; mal tratada pelos médicos, morreu aos 22 anos, deixando 2 filhas.

2/3 - gêmeas (1564).


4 - Isabel Clara Eugénia (1566)
5 - Catarina Micaela (1567)
6 - aborto (1568)
(IV) Ana Maria da Áustria ou de Habsburgo (Cigales, Valladolid, 2 de novembro de 1549 - Badajoz, 26 de outubro de 1580),
sobrinha sua, filha do imperador Maximiliano II e da infanta Maria da Áustria (1528-1603), a irmã mais velha de Filipe. Tinha-se
pensado em Ana da Áustria para casar com seu filho D. Carlos. Filipe a submeteu a enorme espera, até cumprir 18 anos, quando os
pais pensaram em casá-la com Carlos IX.
Enquanto isso Carlos, tendo conseguído ser nomeado membro do Conselho de Estado, seguia buscando um território próprio. Foi
suspeito de traição com os rebeldes holandeses. D. Carlos foi preso nos primeiros dias de 1568 numa torre do alcázar onde morreu de
causas nunca esclarecidas em junho de 1568. Os inimigos do pai propagaram que por ordem sua, por adultério com Isabel dealois.
V

Ana desembarcou em Santander e encontrou o tio pela primeira vez no Alcázar de Segóvia, estando já casados por poderes. A
cerimónia de casamento foi realizada em 1570 em Segovia. Ana morreu estando a corte em Badajoz, a caminho de Portugal. Consta
que de gripe ou numa epidemia, quando seguia o progresso das armas espanholas. Dela, o rei teve seis filhos, quatro deles varões.
Seria a primeira rainha a ter o corpo sepultado no novo Panteão dos Reis do
mosteiro de El Escorial.

7 - Fernando (1571-1578)
8 - Carlos Lourenço (1573-1575)
9 - Diogo (1575-1582)
10 - Filipe III de Espanha (1578-1621)
11 - Maria (1580-1583)

Ver também
Ordenações Filipinas
Árvore genealógica dos reis de Portugal

Referências
2. Geoffrey Parker. The Grand Strategy of Philip II, (2000)
1. Campos, Alfredo Luís Campos, Memória da Visita
Régia à ilha Terceira - 1 de julho de 1901. Publicado 3. Garret Mattingly. The Armada p. 22, p. 66 ISBN 0-395-
em Angra do Heroísmo pela "Imprensa Municipal" em 08366-4
1903, pág. 282. 4. James Boyden; Europe, 1450 to 1789: Encyclopedia of
the Early Modern World

Bibliografia
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Filipe II de Espanha
Casa de Habsburgo
21 de maio de 1527 – 13 de setembro de 1598

Rei de Nápoles
25 de julho de 1554 – 13 de setembro de
Precedido por 1598
Carlos I

Sucedido por
Filipe III

Rei da Espanha, Sardenha e Sicília


16 de janeiro de 1556 – 13 de setembro de
1598

Precedido por
Henrique I

Rei de Portugal e Algarves


como Filipe I
16 de abril de 1581 – 13 de setembro de
1598

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