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ARTIGO 1 - ESTUDO E SIMULAÇÃO DO MODELO COMPUTACIONAL DA

CÉLULA FOTOVOLTAICA APLICADA AO CONVERSOR BOOST EM


MODELO MÉDIO
Guilherme A. B. Fernandes
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS
Campo Grande - MS
email: gui.anderson@gmail.com

Resumo - O presente trabalho descreve o estudo de células interconectadas em uma estrutura única. Um
teórico do modelo computacional da célula fotovoltaica, painel é um arranjo plural de módulos.
do modelo médio do conversor boost e por fim da
conexão do módulo fotovoltaico com o conversor boost.
As simulações foram feitas no software MATLAB- II. DESENVOLVIMENTO
Simulink. Os resultados de cada modelo são comentados
com vistas a uma aplicação prática. A modelagem matemática da célula fotovoltaica é feita a
partir do modelo elétrico equivalente. A figura 1 apresenta o
Palavras-chave – Módulo fotovoltaico, Conversor CC- modelo completo da célular solar, com as resistências série e
CC, Chopper, Boost, Simulink. paralela representando as não linearidades elétricas.

PAPER 1 - STUDY AND SIMULATION OF


COMPUTATIONAL PHOTOVOLTAIC
CELL MODEL APPLIED TO AN AVERAGE
MODEL BOOST CONVERTER
Abstract - The present paper describes the theoretical Figura 1 – Modelo da célula solar
study of the computational photovoltaic cell model, the
average model boost converter and the connection
De acordo com [1], a equação do circuito elétrico da
between photovoltaic module and boost converter. The
célula solar para a corrente I é dada por:
simulations were performed in the MATLAB-Simulink
software. The results of each model are commented
following a practical application. ( ) ( )

Keywords - DC-DC Converter, Chopper, Buck, (1)


Simulink. e a sua derivada em I:
( )
( )
I. INTRODUÇÃO
(2)
A luz do Sol é a fonte primária de energia que potencializa
e movimenta tudo em nosso planeta. Células fotovoltaicas Onde:
são capazes de captar a luz solar e transformar em energia V, I – Tensão e corrente na célula solar.
elétrica através do efeito fotovoltaico. Duas camadas Iph – Fotocorrente.
justapostas de silício com dopagem P e N produzem um Ir – Corrente de saturação reversa da célula.
potencial de 0,6V com capacidade de corrente proporcional à Rs, Rp – Resistências série e paralela da célula.
área exposta à luz. Comercialmente, essas células podem q – Carga do elétron, 1,6x10 -19 C.
produzir em torno de 10 A de corrente contínua. η – Fator de qualidade da junção p-n.
Essa energia produzida pode ser usada para abastecer k – Constante de Boltzmann, 1,38x10 -23 J/K.
equipamentos elétricos ou, em maior escala, ser usada em T – Temperatura ambiente, K.
sistemas de geração de energia elétrica locais ou conectados
à rede pública. Juntas, essas equações são resolvidas pelo método
O artigo faz um estudo teórico da modelagem da célula numérico de Newton com a seguinte notação:
fotovoltaica e comenta resultados de simulações com cargas
conectadas, com um conversor boost conectado e aborda dois Xn+1 = Xn – f(Xn)/f’(Xn) (3)
métodos de extração de máxima potência do módulo
fotovoltaico, composto por células interconectadas. Onde:
De acordo com a norma ABNT NBR 10899, uma célula é Xn+1 – iteração atual
o gerador fotovoltaico elementar. Um módulo é o conjunto Xn – iteração anterior
Uma célula fotovoltaica é testada dentro das condições n = 1.2;
k = 1.38e-23;
padronizadas STC (standard test conditions). O padrão q = 1.6e-19;
define a radiação solar incidente em 1000 W/m², massa de ar EG = 1.1;
de 1,5 AM e temperatura de 25° C. Tr = 273 + 25;
O módulo solar utilizado nessa simulação é do fabricante T = 273 + T;
Vt = n*k*T/q;
Canadian Solar, modelo CS6P-265P. As características V = Vpv/Ns/Ms;
técnicas desse módulo são: Iph = (Isc + a*(T-Tr))*Psun/1000;
Irr = (Isc - Voc/Rp)/ (exp(q*Voc/n/k/Tr)-1);
Tabela 1 – Característica do modulo fotovoltaico Ir = Irr * (Tr/T)^3*exp(q*EG/n/k*(1/Tr-1/T));
I = 0;
for j=1:5;
Característica Valor I = I-(Iph-I-Ir*(exp((V+I*Rs)/Vt)-1)-
Potência máxima 265 W (V+I*Rs)/Rp)/(-1-Ir*exp((V+I*Rs)/Vt)*Rs/Vt-Rs/Rp);
Tensão de circuito aberto 37,7 V end
Corrente de curto circuito 9,23 A if I < 0 I= 0;
Tensão de máxima potência 30,6 V end
Corrente de máxima potência 8,66 A Ipa = I;
Eficiência 16,47 %
A simulação ocorre durante um tempo suficiente para
A figura 2 adaptada do datasheet do módulo solar mostra carregar o capacitor conectado no módulo, configurado para
as curvas I-V testadas em fábrica. 1 milissegundo. Durante esse tempo, o bloco Function lê a
tensão do capacitor e libera uma corrente que o carrega. A
carga altera a tensão do capacitor, onde é calculada uma nova
corrente. A tensão e corrente do módulo são armazenados
para plotar o gráfico. A figura 3 mostra o resultado da
simulação da curva I-V nas condições STC.

Figura 2 – Curva I-V do módulo fotovoltaico


Fonte: Datasheet (adaptado) Figura 3 – Curva I-V do módulo fotovoltaico CS6P-265P.

Utilizando esses dados de fábrica, é possível montar o


modelo do módulo fotovoltaico no software MATLAB- Usando os pontos do gráfico da figura 3, podemos
Simulink, de acordo com [1]. multiplicar ponto a ponto os valores de V e de I para obter a
Foi utilizado um bloco MATLAB Function, uma fonte de curva P-V, dada pela figura 4.
corrente controlada e um capacitor. O capacitor atua de
forma a provocar um curto-circuito no início da simulação e
um circuito aberto no final da simulação. Essa característica
do capacitor coincide com a necessidade da varredura de
tensão desde o curto circuito incial até a tensão máxima de
circuito aberto. Assim, é possível adquidir os dados para
traçar a curva I-V na simulação.
O programa escrito no bloco Function está descrito a
seguir:

function Ipa = Modelo_Painel(Vpv, Psun,T)


%#Dados de entrada: Potencia do Sol, Temperatura e
Tensão do Painel; Figura 4 – Curva P-V do módulo fotovoltaico CS6P-265P.
Rs = 0.003;
Rp = 17;
Ms = 1; %Módulos em série
Mp = 1; %Módulos em paralelo O ponto em vermelho na figura 4 marca a máxima
Ns = 60; %Células em série no módulo potência que o módulo pode fornecer, também chamado de
Voc = 37.7/Ns; %Tensão de circuito aberto
Isc = 9.23; %Corrente de curto circuito
“Ponto de máxima potência”.
a = 4.8919e-3; %Coeficiente de temperatura para Isc Para efeito de comparação, foi simulado o gráfico para as
(0.053% de Isc) irradiâncias de 1000 W/m², 750 W/m² e 500 W/m², todos a
25° C. Também foi simulado o módulo com incidência de Rmp = Vmp/Imp (4)
1000 W/m² e temperaturas de 25° C, 40° C e 55° C. Rmp = 30,6/8,66 = 3,53 Ohm
A figura 5 mostra a comparação entre irradiâncias
diferentes e temperatura fixa de 25° C. Onde Rmp é a resistência de máxima transferência de
potência. A resistência também foi alterada para um valor
maior e um valor menor, para efeito de comparação com o
valor de máxima tranferência.
A figura 8 mostra o resultado das três simulações. A
irradiação e temperatura estão nas condições STC.

Figura 5 – Curvas I-V de irradiância


Azul: 1000 W/m², Verde: 750 W/m², Vermelho: 500 W/m²

A figura 6 apresenta a comparação entre temperaturas


diferentes e irradiância fixa de 1000 W/m².

Figura 6 – Curvas P-V de temperatura


Azul: 25° C, Verde: 40° C, Vermelho: 55° C.

A figura 7 mostra o esquemático de blocos do Simulink


para a simulação feita.
Figura 8 – Esquemático no Simulink

Verifica-se o valor de 267,4 W para a resistência de 3,53


Ohm, um valor de potência de 129,9 W para a resistência de
1,53 Ohm e um valor de 215,0 W para a resistência de 5,53
Ohm.
Para o valor central de resistência de máxima
Figura 7 – Esquemático do sistema no Simulink transferência de potência, o módulo relamente trasfere toda a
potência disponível. Com as resistência diferentes, tanto
maior quanto menor que a central, a potência entregue foi
A irradiação solar produz a corrente elétrica na fonte de menor do que a máxima, em respeito à lei de transferência de
corrente do modelo. Dessa forma, com mais radiação, o potência.
módulo tem maior capacidade de corrente elétrica. A tensão Para avançar a complexidade das simulações com vistas a
de circuito aberto é pouco afetada com a variação da uma aplicação prática, foi utilizado um conversor boost
irradiação, mas é afetada pela temperatura. Quanto maior a conectado ao módulo solar.
temperatura, menor a tensão de circuito aberto. O conversor boost opera em alta frequência de
Em seguida, foi conectado um resistor de carga nos chaveamento enquanto a dinâmica do módulo pode demorar
terminais do módulo fotovoltaico, de modo a drenar a horas para variar significativamente. Uma simulação que
máxima potência. O valor da resistência pode ser calculado a abrange os pequenos passos para cálculo da dinâmica do
partir dos dados de tensão e corrente de máxima potência. boost e o grande tempo total de simulação, poderia levar
muito tempo para ser calculada. Neste sentido, faz-se
necessária a utilização de um modelo médio do conversor
boost para que se possa casar as duas dinâmicas de
funcionamento.
A modelagem do coversor boost em termos médios
produz as principais equações a seguir:

(4)

( ) (5)

( )( ) (6)

( ) (7)

Na sequência, as equações representam:


(4) Ganho estático do conversor
(5) Resistência de entrada do conversor vista pela fonte
que o alimenta
(6) Tensão no indutor
(7) Corrente no capacitor

A implementação do circuito em termos médios do


conversor boost foi feita no Simulink com a utilização dos
blocos. As equações de tensão e corrente com suas variáveis
Figura 9 – Esquemático Simulink para razão cíclica constante
foram implementadas no Simulink utilizando-se os blocos
matemáticos e variáveis no Workspace. O módulo fotovoltaico alimenta um conversor boost
Inicialmente foi utilizado o método de razão cíclica acionado com razão cíclica constante. Espera-se que no
constante. Foi calculada a razão cíclica em um script com o ponto de operação nominal calculado haja transferência de
seguinte código: máxima potência. Para outros pontos de irradiação menor ou
maior, a transferência de potência pode ser afetada pela falta
%modelo de módulo: CANADIAN CS6P-265P
Cfv = 100e-6; %capacitor de desacoplamento de dinâmica no acionamento do boost, resultando no não
Po = 265; %potência de saída do módulo/boost aproveitamento de toda a potência disponível no módulo.
fs = 10e3; %frequencia de chaveamento A figura 10 mostra um comparativo em três pontos
Vo = 100; %tensão de saída do boost
Vin = 30.6; %tensão de máxima potência do
diferentes de irradiação simulados. O primeiro ponto é o
módulo/entrada boost nominal calculado, enquanto os outros dois pontos estão fora
D = 1-Vin/Vo; %ganho estático da faixa de transferência máxima de potência.
dVc = 0.04*Vo; %variação da tensão sobre o
capacitor
IL = Po/Vin; %corrente média no indutor
R1 = Vo^2/Po; %resistor de saída
dIL = 0.1*IL; %variação de corrente no indutor
C1 = Po*D/(Vo*dVc*fs); %capacitor de saida
L1 = Vin*D/(dIL*fs); %indutor de saida

O esquemático do Simulink para o sistema rodando em


razão cíclica constante é mostrado na figura 9.

Figura 10 – Potências extraídas do modulo fotovoltaico

A linha em roxo marca o nível de potência disponível no


módulo de acordo com a irradiação e temperatura aplicados.
O sinal em amarelo é a potência que está sendo extraída do
módulo.
Observa-se na primeira seção que a potência extraída é
igual (em média) à potência disponível. Trata-se da máxima
transferência de potência. Na segunda e terceira seção a
potência disponível é maior do que a que está sendo extraída
do módulo, ficando uma sobra sem aproveitamento.
Pode-se afirmar que a técnica de razão cíclica constante é
capaz de acertar a máxima transferência de potência para um
único ponto pré-calculado com boa precisão e eficiência. A
técnica, no entanto, sofre com as alterações próprias dos
sistemas fotovoltaicos. Apesar da simplicidade de aplicação,
pode não ser vantajoso, visto que a potência extraída está
relacionada com o tempo de retorno de investimento em um
sistema fotovoltaico.
Para corrigir esta falha, foram desenvolvidas várias
técnicas de rastreio do ponto de máxima transferência de
potência. Uma delas é chamada de “Perturbar e Observar”. Figura 12 – Rastreio de potência, método PeO
Este método consiste em alterar levemente o fluxo de
corrente que sai do módulo e medir a tensão e a corrente. Em Na figura 12, a linha em roxo é a potência disponível no
seguida é calculado a potência e comparado com a potência módulo fotovoltaico e a linha em amarelo é a potência que
anterior a essa alteração. Caso a potência aumente, o método está sendo extraída do módulo. O método rastreia
continua alterando no mesmo sentido. Se a potência corretamente a potência disponível no módulo, alterando a
decresce, o método inverte a alteração da corrente drenada. razão cíclica em passos e testando a medida de tensão e
No caso do boost conectado ao módulo, o método altera a corrente.
razão cíclica do acionamento da chave do conversor com Pode haver desvio do verdadeiro ponto de máxima
passo pré definido. Um fluxograma de operação é mostrado potência pois o método altera a nova potência lida e verifica
na figura 11. se é maior ou menor que a anterior. Visto a boa precisão do
método, é aceitável sua aplicação em sistemas reais.

III. CONCLUSÃO

O módulo fotovoltaico é uma fonte de potência variável


dependente de condições climáticas externas. Seu valor
comercial exige que seu uso seja eficiente no que tange a
extração da energia gerada. Os métodos que rastreiam o
melhor ponto de aproveitamento de energia dos módulos são
essenciais para garatir a rentabilidade da aplicação da energia
solar.
A precisão do modelo matemático da célula fotovoltaica é
importante para evitar custos de desenvolvimento de
produtos relacionados à energia fotovoltaica, visto que o
investimento pela dúvida do retorno não tem espaço na
geração de energia elétrica.
A possibilidade de unir a modelagem matemática da
célula com as técnicas de otimização da extração de energia
permitem o rápido desenvolvimento de produtos mais
eficientes na transformação dessa energia para ser usada nos
equipamentos e na distribuição pública.

IV. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Figura 11 - Fluxograma de operação P&O. [1] Casaro M M, Martins D C. “MODELO DE


ARRANJO FOTOVOLTAICO DESTINADO A ANÁLISES
EM ELETRÔNICA DE POTÊNCIA VIA SIMULAÇÃO” -
A simulação do módulo solar conectado ao conversor 2008
boost mostra que o método é bastante preciso e eficiente na
busca do ponto de máxima tranferência de potência. Nos V. DADOS BIOGRÁFICOS
instantes em que a irradiação é alterada, o método precisa um
tempo até estabilizar em torno do novo ponto de operação. Guilherme A. B. Fernandes, nascido em Aquidauana,
Frente às lentas alterações que ocorrem ao longo do dia, o 02/12/1988 é Engenheiro Eletricista (2016). Trabalhou em
método consegue satisfazer as exigências de velocidade de projetos de Gerador Solar Fotovoltaico On Grid. Atualmente
rastreio do ponto de máxima potência. A figura 12 mostra os trabalha no Laboratório de Inteligência Artificial, Eletrônica
degraus de irradiação aplicados na simulação. de Potência e Eletrônica Digital - BATLAB, com
desenvolvimento de sistemas de eletrônica de potência.

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