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COMITÊ BRASILEIRO DE BARRAGENS - CBDB

V SIMPÓSIO SOBRE SEGURANÇA DE BARRAGENS E RISCOS


ASSOCIADOS
17 E 18 DE MARÇO DE 2016

O RISCO GEOTÉCNICO ASSOCIADO A


PERCOLAÇÃO EM CONTATOS

PAULO CRUZ – LUCRÉCIA N. DE SOUSA – ERALDO L.PASTORE


O RISCO GEOTÉCNICO
ASSOCIADO A PERCOLAÇÃO EM
CONTATOS
BARRAGEM JABURU I
Geologia do Sítio
A barragem Jaburu I está localizada na vertente
nordeste da Serra da Ibiapaba, em região de
topografia acidentada formada por morros com
encostas relativamente ingremes, em área de
ocorrência dos arenitos siluto-devonianos da
Formação Serra Grande que compõe a Bacia
sedimentar do Parnaíba. Ela barra o rio Jaburu, que
desde sua nascente corre em vale com constante
mudança de direção,encaixado e profundo inserido
em substrato rochoso predominantemente formado
por arenito intensamente fraturado.
Na área onde a barragem está assentada, a
litologia compreende, predominantemente, rocha
arenítica de coloração clara, intercalada por níveis
de siltitos e estratos cauliníticos sub-horizontais
distribuídos em diversos níveis. O substrato
rochoso arenítico apresenta-se extremamente
diaclasado, com granulometria média a fina, em
parte feldspáticos, coloração vermelho-amarelada
e presença marcante de intenso fraturamento.
A ocorrência de fraturas horizontais e sub-
horizontais que seguem o acamamento dos
arenitos, provavelmente causadas por alívio de
pressão ou dissolução de níveis sílticos/caulínicos
intercalados, certamente favoreceu o surgimento
de caminhos preferenciais de percolação. Tais
estruturas apresentam-se freqüentemente abertas,
planares, com oxidação nas paredes e vestígios de
circulação de água.
O exame do canal de restituição do vertedouro
reforça estas considerações, pois o intenso
fraturamento nos arenitos que compõem a área,
com forte indicio de percolações nas fraturas
abertas, associado ao acamamento da rocha, têm
possibilitado erosões acentuadas e subsidência de
blocos aproveitando os planos de fraqueza. Ocorre,
ainda, a presença de planos de falha com belas
Geologia Regional
A formação Serra Grande, conhecida como Serra
da Ibiapaba, compreende um pacote de arenitos
grosseiros e conglomeráticos, com intercalações
siltosas e argilosas, bem definidas, cujos
testemunhos são visíveis nos afloramentos das
escarpas da serra.
uma seção típica da Serra Grande é a da figura,
em que as elevações são maiores no estremo mais
oriental, diminuindo à medida que se desloca
para o ocidente. O contato inferior do arenito com
o cristalino é um testemunho insofismável da
frenagem cataclástica, transfigurando o arenito
num metarenito conhecido como Formação
Jaibaras.
Esta resistência cataclísmica ao deslocamento
horizontal resultou numa metamorfose do
arenito mais inferior, ao mesmo tempo que, por
ação inercial, lançava as camadas de arenito
superior a maiores altitudes, gerando, graças a
um gradiente cisalhante vertical, camadas que
hoje possuem inclinações de 40 a 70, no sentido
NS-SW, sentido inverso aos deslocamentos
formadores do maciço.
Geologia Local
O boqueirão onde se construiu a barragem é
típico da formação sedimentar em que o arenito é
geralmente fino apresenta-se diaclasado,
associado a siltitos e folhelhos,finamente
estratificado, friável e quase sempre pouco
consistente, de cor cinza claro amarelado e, às
vezes, vermelho ferruginoso ou cinza escuro,
formando paredões verticais de até cerca de 200
m de altura. Nota-se nesses paredões,
acamamento do sedimento, formando, por vezes,
vários patamares, estes geralmente coincidentes
com juntas de alivio, horizontais ou sub-
OMBREIRA DIREITA
Encontra-se fortemente alterada e também
fraturada. As fraturas mais extensas apresentam
direção E.W. e são subverticais sendo de aparente
cisalhamento. As fraturas NS, também sub-verticais,
são abertas, mas freqüentemente intermitentes e
limitadas pelo acamamento
OMBREIRA ESQUERDA
Na ombreira esquerda a camadas de arenito pouco
alterado é mais coerente e espesso do que na
ombreira direita e possui fraturamento menos
aberto.
Abaixo desta camada de arenito branco e duro,
ocorre um conjunto de pacotes de siltitos e arenitos
alterados, com intercalações de camadas duras de
aproximadamente 1 cm de espessura de arenito
branco. A alteração por vezes transforma arenitos
em areias finas siltosas medianamente a muito
compactas, mas friáveis.
ACIDENTES
Interface barragem de terra ombreira em arenito. Ruptura da ombreira devido a fluxo
Registro fotografico do canal de restituição do Vertedouro da Barragem Jaburu I

Canal de deságue do vertedouro a jusante da passagem molhada – DEZ 1988


Canal de deságue do vertedouro a jusante da passagem molhada – DEZ 1988
Canal de deságue do vertedouro a jusante da passagem molhada – DEZ 1988
Canal de deságue do vertedouro a jusante da passagem molhada - JUL 1999
Visita a Barragem Jaburu I - 2003. Erosão no canal de restituição do vertedouro.
Visita a Barragem Jaburu I - 2003. Erosão no canal de restituição do vertedouro.
Visita a Barragem Jaburu I - 2003. Erosão no canal de restituição do vertedouro.
Visita a Barragem Jaburu I - 2003. Erosão no canal de restituição do vertedouro.
Visita a Barragem Jaburu I - 2003. Erosão no canal de restituição do vertedouro.
Visita a Barragem Jaburu I - 2003. Erosão no canal de restituição do vertedouro.
Visita a Barragem Jaburu I - 2003. Erosão no canal de restituição do vertedouro.
Visita a Barragem Jaburu I - 2003. Erosão no canal de restituição do vertedouro.
Canal de deságue do vertedouro a jusante da passagem molhada - Visita de
inspeção de GESIN em 27 DEZ 2008
Canal de deságue do vertedouro a jusante da passagem molhada - Visita de
inspeção de GESIN em 27 DEZ 2008
Canal de deságue do vertedouro após inverno de 2009 – DEZ 2009
Canal de deságue do vertedouro após inverno de 2009 – DEZ 2009
Outra vista do acentuado processo erosivo do canal de restituição do vertedouro –
MAR 2010
Figura 11 - Vista da erosão no canal de restituição do sangradouro
Inspeção em 12AGO 2011
Outra vista da inspeção em 12 de AGO 2011
Vista do canal de deságua do vertedouro. Visita do Prof Chagas
UFC em 06 de DEZ 2011
Outra vista da visita do prof. Chagas da UFC em 06 de DEZ 2011
Vista do canal de restituição do vertedouro em 22 de JUL 2012
Outra vista do canal de restituição do
vertedouro em 22 de JUL 2012
Vista do Canal de restituição. Inspeção realizada em 25 de JUL de 2013
– Observar o acentuado processo erosivo. Inspeção realizada em 25 de JUL de 2013
Visita a Barragem Jaburu I da ANA/COGERH/SRH/Batalhão de Engª em 28 de SET 2015. Erosão
no canal de restituição do vertedouro.
Outra vista da erosão do vertedouro - Visita ANA/COGERH/SRH/Batalhão
de Engª em 28 de SET 2015
A erosão frontal do canal de restituição sofreu de 2014 até esta data uma
acentuada subsidência. 28 de SET 2015.
RUPTURA DA OMBREIRA
ESQUERDA DE UMA BARRAGEM
DE CCR POR PERDA DE MATERIAL
CARREADO PELOS DRENOS
VERTICAIS
Barragem 2 - Superfície remanescente de rocha “sã” a jusante e
sob a barragem.
Formação rochosa a montante sobre a rocha remanescente.
LIQUEFAÇÃO
BARRAGEM 12 - VERTEDOURO
BARRAGEM 12 – VERTEDOURO E TOMADA DE ÁGUA
BARRAGEM 12 – LIQUEFAÇÃO FUNDAÇÃO -FORMAÇÃO DA BRECHA
BARRAGEM 12 – VISTA GERAL APÓS RUPTURA
BARRAGEM 12 – VISTA GERAL APÓS RUPTURA
BARRAGEM 12 – VISTA GERAL APÓS RUPTURA
BARRAGEM 12 – RUPTURA POR LIQUEFAÇÃO DA FUNDAÇÃO
BARRAGEM 12 – ESCOMBROS DO VERTEDOR E TOMADA DE ÁGUA
BARRAGEM 12 – ESCOMBROS DO VERTEDOR E TOMADA DE ÁGUA
BARRAGEM 12 – ESCOMBROS DO VERTEDOR
BARRAGEM 12 – ESCOMBROS DO VERTEDOR E TOMADA DE ÁGUA
PIPING
Barragem 10
BARRAGEM – 22 - RUPTURA NA INTERFACE VERTEDOR - OMBREIRA DIREITA
TRINCAS
DAM 13 (Brazil)
Dam 13
Crack in the transition upstream zone of the Dam –March
1982
Upstream crack seem inside a pit open at the top of the
Dam- April 1982.
Zones of plasticization (in Yellow) with the use of stress
redistribution – Isovalues of maxima strains.
Plasticization on the internal drainage system.
Local safety factor

Safety Factor on the base of each slice of the failure surface on the
upstream zone after filling at the reservoir.
Regions with local safety factor below 1.0.
Evolutions of settlements in stakes 9 and 10 due to oscillations in the reservoir.
Stability factor for the upstream slope for full reservoir – biplanar failure
surface crossing the core.
Barragem 14
BARRAGEM 15 1

Visita Técnica do PISB


Fissura junto ao meio-fio de jusante
entre as estacas 29 e 31
20-03-2012
BARRAGEM 15
BARRAGEM 15

FISSURA ABERTA POR RUPTURA HIDRÁULICA


2

Fissura embebida
com calda de supercal

Fissura longitudinal
junto ao meio-fio de jusante
entre as estacas 29 e 31
21-03-2012
4

ESTACA 29 – 1,60m de profundidade


Inspeção da vala na fissura longitudinal
junto ao meio-fio de jusante
21-03-2012
BARRAGEM 15

FISSURA ABERTA POR RUPTURA HIDRÁULICA


COMENTÁRIO

As trincas dos slides ocorreram no talude de Jusante de


Diques de pequena altura (5 a 10m), construídos com
solos compactado em taludes de 1,75(h) : 1,00 (v) a
Montante e 1,5 (h) : 1,0 (v) Jusante, protegidos com
pedra e grama.
Os diques são estáveis ao escorregamento graças à coesão,
mas sujeitos a trincas devido ao baixo confinamento e à
dificuldade de compactar o solo junto aos taludes.
FLUXO PELAS VÁRIAS CAMADAS
DA FUNDAÇÃO DE UMA
BARRAGEM APOIADA EM
BASALTO
Feições típicas
Em maciços
Basálticos.

Que podem ser


Consideradas
Interfaces rochosas
Com permeabilidade
preferencial
Interface Barragem de Concreto Ombreira de basalto. Fluxo pela fundação.
Galgamento
CARACTERÍSTICAS DE RESISTÊNCIA
DE ARENITOS
RESISTÊNCIA DO ARENITO
Resultados de dezenas de ensaios triaxiais
procedidos em arenitos, foram reunidos por
Hoek e Brown, e estão plotados na figura 1 de
forma adimensional.
A envoltória de resistência é marcadamente
curva e apresenta um ângulo de atrito na
origem da ordem de 60º e um  médio de 54º
até as tensões normais da ordem de 0,3 0 c.
(c = resistência à compressão simples).
Para tensões normais mais elevadas, o valor do
ângulo de atrito médio cai para 38,6º. O valor
da coesão na origem varia numa faixa restrita
entre (0,10 e 0,20) c.
Particularizando-se para os vários arenitos da
fundação da barragem, pode-se definir
envoltórias curvas do tipo  = c + a b ,
adotando –se um valor característico de c
(resistência a compressão simples).
Dados de ensaios em c.p. saturados dos arenitos
deram os seguintes valores:
Arenito A - I c - 80 a 380 kg/cm2
Arenito A - III c - 20 a 100 kg/cm2
Arenito A - V c - 0 a 20 kg/cm2
Para valores de c médios obtém-se
Arenito A – I  = 10 + 3 0,80 kg/cm2
Arenito A – III  = 6 + 3 0,80 kg/cm2
Arenito A – V  = 1 + 3 0,80 kg/cm2
Na figura 2 mostra-se a envoltória para o A – III
com c = 60 kg/cm2.
Quando se passa de rocha para maciço rochoso,
A presença de fraturas, alteração e
descontinuidades tornam o maciço rochoso
menos resistente do que a rocha. No caso de
D.Francisca a rocha é pouco fraturada, muito
pouco alterada e as descontinuidades são
representadas pelas feições sub horizontais
das argilas, siltitos e argilitos, na ordem de 1
descontinuidade a cada 2 a 5m.
Considerando como arenito mais frequente o
A – III, e usando a classificação de Beniawski
(1989) pode-se calcular um parâmetro
classificatório chamado GSI
GSI = 10 + 17 +15 +25 + 10 = 77, que
corresponde a uma rocha boa.
Recorrendo a Teoria de Hoek/Brown para
maciços rochosos pode-se calcular:

Pela teoria de Hoek e Brown a equação de


resistência do maciço rochoso pode ser
calculada pela equação:
Os valores dos parâmetros mb, s e  já foram
calculados. O valor de mi pode ser adotado
como 19 (segundo Hoek para arenitos).
Calculando-se e traçando círculos de
Mohr obtém-se a envoltória da figura
3(também mostrada na figura 2). No trecho
inicial pode-se confundir a envoltória com
uma reta de equação .
Para fins de cálculo, tem-se adotado para o A-III
. kg/cm2 que é um valor conservador.
Fazendo uma avaliação semelhante para os
arenitos A - I e A – III, pode-se definir as
envoltórias para cálculo:
Kg/cm2

Kg/cm2

A figura 4 mostra resultados de ensaios de


cisalhamento direto procedidos em blocos do
arenito Botucatu (friável), in situ, em área
próxima a localização da Casa de Força do
projeto anterior da barragem (margem
esquerda do rio).
Pode-se ver que a envoltória proposta para o
arenito A - V, coincide uma média desses
ensaios.
Quanto aos argilitos e siltitos A-I dispõe-se de
dados de ensaios realizados em CP retirados
de sondagens realizadas na fundação da
barragem.
A envoltória de resistência obtida nos ensaios
com alteração A-I foi:

kg/cm2 (figura 5)
Por segurança sugere-se adotar nas análises de
estabilidade

kg/cm2

Já para o argilito A-III, a envoltória obtida foi de

kg/cm2 (figura 6)

Esta última envoltória é a que foi adotada nos


estudos de estabilidade.
A feição de menor resistência que ocorre no
maciço rochosos da fundação da barragem, é
uma argila plástica, cuja resistência ao
cisalhamento foi investigada por meio de
ensaios de cisalhamento direto, procedidos
em formação de mesma natureza que ocorre
na área do “lambedor” na estrada de acesso à
barragem.
Os resultados dos ensaios são mostrados nas
figuras 7 e 8, reproduzidas do relatório do
IPT-(No 39759-25/05/99).
A figura 7, reúne todos os resultados dos
ensaios denominados “in natura”, ou seja,
relativos à ruptura dos blocos.
A envoltória de resistência é:
kg/cm2

Nesse tipo de ensaio, costuma-se aproveitar a


montagem, e fazer um segundo ensaio, para
uma nova tensão normal, levando as amostras
à ruptura, mas já numa condição
enfraquecida, porque pré-rompidas, são os
ensaios denominados pós-ruptura.
Na figura 8, os resultados de todos os ensaios
( in natura e pós ruptura) foram reunidos num
único gráfico.
A envoltória média é:
kg/cm2

Que foi adotada nos cálculos de estabilidade.


A questão básica e de importância vital na
análise dos resultados dos estudos de
estabilidade, refere-se à forma de ocorrência
desta feição argilosa no maciço rochoso de
fundação da barragem.
A análise detalhada de fotos tiradas nas faces de
Montante e Jusante das escavações
procedidas para a execução da chaveta de
Jusante da barragem, além das exposições
naturais na estrada que liga Agudo à obra; as
fotos das sondagens, e principalmente a
avaliação dos geólogos que vem
acompanhando a execução da obra, permitem
definir a forma de ocorrência da feição
argilosa.
A feição ocorre em “bolsões” alongados
associada aos arenitos e/ou aos siltitos e
argilitos. Não há evidências de sua ocorrência
num plano continuo, sem qualquer ponto de
apoio, até porque devido ao peso próprio
sobrejacente a argila teria sofrido
adensamento, deixando a sua condição de
argila plástica, e devendo ocorrer como uma
camada de argila rija.
Nas reavaliações de estabilidade dos blocos
procurou-se representar estas feições
considerando a contribuição das áreas de
apoio e dos bolsões de argila, nas proporções
de 50% de áreas de apoio (arenito, ou argilito)
e 50% de argila. Verificou-se também para
40% e 30% de apoio e 60% e 70% de argila.
Para levar em conta as diferenças de
mobilização das 2 parcelas resistentes,
considerou-se sempre que na feição argila, só
é mobilizada 50% da sua resistência.
CONSIDERAÇÕES SOBRE O EMPUXO DE ROCHA
DE JUSANTE

Embora o maciço rochoso de jusante seja o


mesmo maciço da fundação, na avaliação do
empuxo foram considerados parâmetros
reduzidos de resistência para levar em
consideração eventuais abalos produzidos
pela escavação, e o fraturamento do maciço
observado nas fotos e in situ.
Adotou-se como envoltória de resistência a
equação:
kg/cm2

e ainda fatores de minoração de resistência de


2 para a coesão e 1,5 para o atrito.
A fórmula utilizada para o cálculo de Ep, conduz
a valores semelhantes aos cálculos pela teoria
clássica de Rankine, como se vê no exemplo a
seguir.
Bloco 25 – altura de rocha + concreto a jusante:
8,50m, (51 – 42,50 = 8,50m).
Cálculo do empuxo:
Calculando Ep sem os coeficientes parciais de
F.S., obtém-se:

O F.S. médio será – 529,62/261,29 = 2,02.


Daí pode-se concluir que os valores do empuxo
adotado nos cálculos são muito inferiores aos
reais.
FEIÇÕES TÍPICAS EM ARENITOS
BRANDOS
ARENITOS
GRABEN
CLASSIFICAÇÃO DE ARENITOS
DISPOSITIVOS RECOMENDADOS
PARA CONTROLE DO FLUXO,
PIPING E LIQUEFAÇÃO
Fundação de estruturas de concreto e
barragens de terra ou enrocamento
constituídas por arenito coerente (C1/C2).

A percolação ocorre pelas fraturas e planos de


acamamento podendo ser utilizado como
dispositivo de vedação a clássica cortina de
injeção com calda de cimento, pois nestas
feições a calda penetra quando aplicada sob
pressão.
Fundação de estruturas de concreto e
barragens de terra e enrocamento constituídas
por arenito coerente (C1/C2) com intercalações
de camadas delgadas ou pouco espessas de
arenito friável (C4).
A percolação ocorre pelas fraturas dos arenitos
C1/C2 e pelas camadas de arenito friável.
A utilização de injeção de cimento somente
atinge as fraturas dos arenitos C1/C2, porque
não conseguem penetrar nos poros do arenito
friável.
Os dispositivos de vedação da fundação têm
como objetivo interceptar as camadas do
do arenito friável, o que se pode fazer com trincheiras
ou chavetas preenchidas com solo (no caso de
barragens) e concreto (estruturas). Se as feições
permeáveis ocorrem também em profundidade tem-se
recorrido a injeções de cimento que como vimos só é
eficiente nas fraturas dos arenitos C1/C2. Se a
ocorrência destas feições se estende também às
ombreiras da barragem, uma solução mais radical pode
ser necessária para evitar que a água percolada surja à
jusante e instabilizando taludes da ombreira a jusante
da obra.
Nesse caso pode-se recorrer ao Jet-grouting, ou mesmo
a um diafragma plástico penetrando ombreira adentro.
Fundação de barragens de terra ou
enrocamento constituída por camada de
arenito friável com pequena espessura sobre
arenito coerente.
Cutoff com profundidade de 3-4 m ou até atingir
o arenito coerente conjugado com tapete
impermeabilizante a montante pode ser
suficiente. Para garantir-se uma boa
performance do tapete os autores
recomendam a aplicação de uma manta tipo
PEAD, sob o tapete.
Fundação de barragem de terra ou
enrocamento constituída por camada de
arenito friável com espessura média sobre
arenito coerente.

Cut off conjugado com trincheira de vedação,


desde que o fundo fique em arenito coerente
pode ser suficiente. Como nos demais casos
este tratamento deve ser completado com um
sistema de drenagem a jusante.
Barragem de terra ou enrocamento de pequena
altura fundada em camada de arenito friável
com grande espessura sobre arenito coerente.

Trincheira de vedação parcial, mesmo não


alcançando a rocha impermeável, juntamente
com tapete impermeabilizante a montante
pode ser suficiente. Analisar as condições das
ombreiras.
Barragem de terra ou enrocamento com grande
altura, em fundação constituída por camada de
arenito friável com grande espessura sobre
arenito coerente.
A solução com trincheira de vedação pode
exigir escavações profundas porque é
necessário atingir o arenito coerente. Uma
combinação de uma trincheira parcial
trapezoidal seguida de uma trincheira vertical
(tipo cut-off) preenchida com solo argiloso ou
concreto dependendo da compressibilidade
do arenito friável atingindo o arenito coerente
pode ser aceitável
O tratamento das ombreiras pode requerer como
no caso anterior uma solução mais radical
Este tratamento deve se estender às ombreiras. A
solução por Jet-grouting visa a formação de uma
“parede” formada por colunas adjacentes
alinhadas, ou em 2 linhas para melhor vedação.
Soluções por Jet-grouting nem sempre
conseguem ser efetivas, porque a formação das
colunas depende da penetração e remoção do
arenito friável.
Nestes casos o diafragma plástico é mais
garantido.
Dispositivos de drenagem
O controle efetivo do fluxo resultante da
percolação da água e as perdas que podem
ocorrer nos sistemas de vedação das
estruturas, só são conseguidos combinando-se
a vedação com a drenagem. Esta tem a função
de conduzir as águas percoladas ou que
passam pelas estruturas para fora da área da
fundação e das ombreiras de forma segura.
Complementando os dispositivos de vedação
indicados no capitulo anterior, o projeto de
drenagem, abrangendo filtros verticais,
drenos horizontais, poços de alívio, trincheiras
drenantes, tapetes drenantes, etc, são soluções de
proteção importantes no tratamento de
fundações em arenito.
Estas soluções de vedação e drenagem requerem
investigações de campo e exposição das
fundações e ombreiras muitas vezes ainda pouco
conhecidas na fase de projeto, por exemplo,
ocorrência de “cavas” mencionadas no item 1
deste artigo podem estar mascaradas pelas
camadas de solo e pela vegetação e só são
conhecidas quando o solo e a vegetação são
removidos.
A erosão interna e piping são responsáveis pela maioria
dos acidentes e rupturas de barragens. No caso de
fundação em arenitos, a construção de cutoff, sistema de
drenagem interna, drenos de alívios e a colocação de
materiais granulares nas áreas de jusante, de modo a
reduzirem-se os gradientes de fundação e de saída são
soluções aplicáveis e que têm garantido à segurança na
fase pós-enchimento.
O dimensionamento e a escolha dos materiais do
sistema de drenagem interna fazem parte do conjunto
de medidas de proteção, que não podem ser
minimizadas pelo projetista, entre essas medidas estão
os Critérios de Filtro (TERZAGHI - BERTRAM) e de
retenção, empíricos, entre os materiais de filtros e da
base, que devem ser aplicados.
Esses critérios consideram os temas de
retenção (e proteção contra erosão
progressiva) e de permeabilidade. Na escolha
dos materiais a serem aplicados nos drenos,
filtros e transições, outras considerações
devem ser atendidas tais como: granulometria
e potencial de segregação dos materiais,
materiais não coesivos, etc.

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