Sunteți pe pagina 1din 6

f

RESEÑAS
E U G E N I O C O S E R I U , Sincronía, diacronía e h i s t o r i a . U n i v e r s i d a d de l a
R e p ú b l i c a , F a c u l t a d de H u m a n i d a d e s y C i e n c i a s , M o n t e v i d e o , 1958;
164 p p . { I n v e s t i g a c i o n e s y e s t u d i o s . Serie Filología y lingüistica, 2).

Desde q u e C h . B a l l y y A . Sechehaye p u b l i c a r o n el C o u r s d e Un-


g u i s t i q u e genérale de F e r d i n a n d de Saussure , h a n s i d o m u c h o s los
1

lingüistas de todo e l m u n d o q u e se h a n esforzado p o r c o r r e g i r y superar


los p u n t o s débiles o equivocados q u e a p a r e c í a n e n l a d o c t r i n a g r a m a t i -
cal d e l maestro g i n e b r i n o . S c h u c h a r d t (ya e n 1917), M e i l l e t , e l m i s m o
Sechehaye, H j e l m s l e v , T e r r a c i n i , W a r t b u r g , A m a d o A l o n s o , J a k o b s o n
y otros m u c h o s h a n c o n t r i b u i d o c o n sus observaciones y comentarios a
m e j o r a r n o t a b l e m e n t e e l concepto saussureano d e l lenguaje, h a c i e n d o
algunas veces rectificaciones de detalle, d i s c u t i e n d o otras l a esencia mis-
m a de l a d o c t r i n a de Saussure. E l l i b r o de C o s e r i u debe considerarse
c o m o u n a de las mejores c o n t r i b u c i o n e s de f o n d o q u e se h a n escrito
ú l t i m a m e n t e d e n t r o de l a c a d e n a - e n ocasiones algo d é b i l - de comen-
tadores de Saussure. Y , detalle d i g n o de e l o g i o , a u n q u e C o s e r i u discute
el c r i t e r i o básico, l a p o s t u r a m i s m a a d o p t a d a p o r Saussure a l enfren-
tarse c o n e l h e c h o lingüístico, su réplica es siempre respetuosa p a r a c o n
el maestro de l a lingüística m o d e r n a , y a s i m i s m o n o deja de señalar
c u á n t o debe l a a c t u a l c i e n c i a d e l lenguaje a l a escuela de G i n e b r a ,
creada e n r e a l i d a d p o r e l p r o p i o Saussure (p. 150).
L a tajante a n t i n o m i a saussureana d i a c r o n i a - s i n c r o n i a es, hasta cierto
p u n t o , justificable e n su a u t o r , c o m o l o es t a m b i é n su a p a s i o n a d a y
e x c l u y e m e defensa de l a gramática d e s c r i p t i v a , estática, e i n c l u s i v e l o
p u e d e ser su creencia de que l a visión sincrónica de los hechos lingüís-
ticos sea l a más científica, l a más i m p o r t a n t e y f e c u n d a . H a y q u e tener
en c u e n t a q u e Saussure dictó su famoso curso entre 1906 y 1911, c u a n d o
todavía e r a l a lingüística histórica l a ú n i c a q u e parecía interesar a l a
m a y o r í a de los estudiosos d e l lenguaje. " D e s d e q u e existe l a lingüística
m o d e r n a se p u e d e d e c i r q u e h a estado t o t a l m e n t e a b s o r b i d a en l a d i a -
cronía", i n d i c a b a e l p r o p i o Saussure e n su o b r a (p. 150). Y a c o m b a t i r
ese estado de cosas, u n i l a t e r a l y estrecho, d e d i c ó e l maestro sus enseñan-
zas, c o n a p a s i o n a m i e n t o a veces excesivo, p e r o e x p l i c a b l e e n q u i e n trataba
de i m p o n e r u n a n u e v a visión de los hechos lingüísticos. C o n el t r i u n -
fo de su d o c t r i n a , se h i z o preciso p e r f e c c i o n a r l a y c o r r e g i r l a e n bastantes
aspectos. C o s e r i u , a h o r a , nos m u e s t r a d e t a l l a d a m e n t e c ó m o es p o s i b l e
superar l a a n t i n o m i a sincronía-diacronia; esta a n t i n o m i a se basa en u n

1
T o d a s las citas de esta obra se harán, siguiendo el ejemplo del p r o p i o Coseriu,
a través de la traducción española de A . Alonso, 'Buenos A i r e s , 1945.
39§ RESEÑAS N R F H , X I I

error de apreciación cometido por Saussure, para q u i e n los cambios


lingüísticos , 2
especialmente los fonéticos, son fenómenos enteramente
ajenos a l sistema de l a l e n g u a y se p r o d u c e n sólo e n e l h a b l a (Curso,
pp. 63 ss.), c o m o hechos individuales que e n n a d a afectan a l sistema
c o n s t i t u i d o : " C u a l q u i e r a q u e sea e l n ú m e r o de casos e n q u e se v e r i f i q u e
una ley fonética, todos los h e c h o s q u e a b a r c a n o s o n m á s q u e m a n i f e s -
taciones de u n solo h e c h o p a r t i c u l a r " (p. 166). E l c a m b i o sería, pues,
asistemàtico y ajeno a l a lengua. Pero ya la fonología diacrònica ha
d e m o s t r a d o q u e e l c a m b i o f ó n i c o se ejerce sobre " e l sistema de m o d o s
f ó n i c o s " de l a l e n g u a , y n o sobre los s o n i d o s aislados; y, a n t e t o d o , los
cambios gramaticales (morfológicos y sintácticos) atañen directamente
a l sistema, y a q u e l o m o d i f i c a n y r e e s t r u c t u r a n , o b l i g á n d o l o a reorga-
nizar o reacomodar sus m ú l t i p l e s elementos, por lo que, indudable-
m e n t e , d e b e n considerarse c o m o f e n ó m e n o s p r o p i o s d e l sistema m i s m o . 3

P o r o t r a p a r t e , m u e s t r a C o s e r i u c ó m o e l c a m b i o n o pertenece a l d o m i n i o
del h a b l a (separada de l a lengua p o r Saussure m e d i a n t e o t r a falsa a n t i -
n o m i a ) , y a q u e e l h a b l a , p o r ser o c a s i o n a l y m o m e n t á n e a ,
4
carece de
c o n t i n u i d a d y es esencia/mente sincrónica (p. 147); por consiguiente,
si e l c a m b i o se p r o d u c e d e n t r o d e l a l e n g u a t i e n e q u e ser, necesaria-
m e n t e , sistemático.
No creo q u e p u e d a n superarse las a n t i n o m i a s saussureanas de m a -
n e r a más c l a r a y f e l i z : e l c a m b i o n o es " s i m p l e m o d i f i c a c i ó n
5
de un

2
E s necesario señalar que, como a p u n t a e l mismo Coseriu en el subtítulo de su
trabajo, e l objeto de éste n o h a sido e l cambio lingüístico, sino e l p r o b l e m a d e l
cambio lingüístico, o más precisamente los tres distintos problemas que e l cambio
entraña: 1 ) e l problema r a c i o n a l d e l cambio, el porqué de l a m u t a b i l i d a d de las
lenguas; 2) e l problema g e n e r a l de los cambios, es decir, el de los factores que pue-
den condicionar los cambios; 3 ) e l p r o b l e m a histórico de cada u n o de los cambios
concretos.
3
E l razonamiento más convincente, quizá, de los varios que ofrece e l autor para
p r o b a r l a s i s t e m a t i c i d a d del cambio es e l que se refiere a la naturaleza m i s m a de
éste: e l cambio no es u n a alteración caprichosa que corrompa l a estructura d e l siste-
ma, sino simplemente l a realización de u n a de las innumerables p o s i b i l i d a d e s que e l
sistema mismo ofrece. Es decir, l a conversión en n o r m a de alguna de las posibilidades
implícitas en cada sistema lingüístico, o b i e n " e l desplazamiento de l a norma hacia
otras realizaciones consentidas p o r e l sistema" (p. 137). Mas no hay que o l v i d a r que,
por otra parte, el cambio puede i n t r o d u c i r en algunos casos realidades gramaticales n o
practicadas anteriormente p o r l a lengua, o sea contrarias a l a norma (por ejemplo,
el caso de los plurales anómalos d e l t i p o b o e r s ; c i . E . L O R E N Z O , " D O S notas sobre
la morfología del español actual", E M P , 6, 65-76).
4
S i n embargo, n o deja de reconocer Coseriu (p. 137) que ya el mismo Saussure
parecía advertir l a interdependencia de lengua y h a b l a , y que incluso intuyó en u n
caso que el cambio lingüístico podía interpretarse a veces como "hacerse" de l a
lengua, puesto que para Saussure l a analogía no es cambio externo o ajeno a l sistema
(propio del habla), sino fenómeno gramatical y sincrónico, p o r ser creación que obe-
dece a pautas ya existentes en l a lengua, en e l sistema. L o que Coseriu hace es
mostrar cómo esta misma concepción de l a analogía es aplicable a l a inmensa mayo-
ría de los cambios lingüísticos [si n o a l a totalidad de ellos, como el autor sostiene
decididamente].
6
Superación que no había sido conseguida, en opinión de Coseriu, n i p o r el
estructuralismo diacrònico (que ve l a lengua como u n sistema hecho, e q u i l i b r a d o , y
su historia como u n conjunto de estados de lengua ordenados en el tiempo), n i p o r
la concepción teleológica d e l lenguaje (que parece i n c u r r i r en u n determinismo cie-
go), n i p o r l a escuela de Copenhague (que Coseriu juzga excesivamente matemática
y abstracta). S i n embargo, con relación a esta última escuela, m e parece i n d u d a b l e
N R F H , X I I RESEÑAS 399
sistema y a d a d o , s i n o u n a c o n t i n u a construcción d e l sistema" (p. 153),
fuerza q u e f o r m a parte d e l sistema m i s m o , q u e n o algo ajeno a él. N o
debe, pues, hablarse de s i s t e m a (como algo estático) y de m o v i m i e n t o
(como fuerza opuesta a esa e s t r u c t u r a estática), s i n o de "sistema e n
m o v i m i e n t o " (p. 154). E l c o n c e p t o q u e C o s e r i u nos ofrece de l e n g u a ,
sobre ser p o r c o m p l e t o acertado - y precisamente p o r e l l o - , resuelve l a
tajante a n t i n o m i a : u n a l e n g u a n o es u n sistema h e c h o y cerrado, s i n o
u n a sistematización dinámica, u n a recreación c o n s t a n t e . L a e s t a t i c i d a d
6

de u n sistema lingüístico, e n efecto, sólo se p u e d e c o n c e b i r c o m o posi-


ble e n e l caso de u n a l e n g u a " m u e r t a " . L a s a n t i n o m i a s saussureanas
h a n l o g r a d o s o b r e v i v i r d u r a n t e tantos años gracias a l a confusión exis-
tente e n t r e el p l a n o r e a l de l a l e n g u a ( d o n d e l o sincrónico y l o diacrò-
n i c o se e n l a z a n i n d i s o l u b l e m e n t e ) y l a a c t i t u d a d o p t a d a p o r e l inves-
t i g a d o r (que sí p u e d e ser d e c i d i d a m e n t e histórica o descriptiva).
L a cuestión más i m p o r t a n t e de las m u c h a s q u e C o s e r i u p l a n t e a e n
su denso trabajo es, precisamente, l a d e l c a m b i o lingüístico. I n d i s c u t i -
ble y s u m a m e n t e exacta es su d i v i s i ó n d e l c a m b i o en dos fases dis-
tintas: l a innovación o alteración de l a n o r m a , y l a adopción de esa
i n n o v a c i ó n p o r p a r t e de los hablantes. C o m o es o b v i o , n o p u e d e h a -
blarse d e c a m b i o e n t a n t o u n a i n n o v a c i ó n n o h a y a sido generalmente
a d o p t a d a ; p e r o n o es menos cierto q u e e l c a m b i o tiene q u e empezar
necesariamente p o r l a i n n o v a c i ó n (y n o p o r l a adopción, p . 82). Es
c l a r o q u e e n toda l e n g u a h a b l a d a se están p r o d u c i e n d o a cada paso
alteraciones i n d i v i d u a l e s (innovaciones) q u e , n o adoptadas p o r l a co-
m u n i d a d , n o l l e g a n a c o n s t i t u i r c a m b i o a l g u n o . E n l a m a y o r í a de los
casos es i m p o s i b l e d e t e r m i n a r c o n certeza c u á l h a y a p o d i d o ser e l o r i g e n
de las i n n o v a c i o n e s (en especial, de las fonéticas) y q u i é n el p r i m e r
i n n o v a d o r (p. 84), a u n q u e e n l a práctica se sepa a veces q u i é n h a s i d o
el agente i n n o v a d o r i n d i v i d u a l , c o m o sucede e n el caso de algunas
creaciones léxicas, usadas p o r p r i m e r a vez e n e l i d i o m a p o r t a l o c u a l
escritor (cf. p . 86); l a a d o p c i ó n , e n c a m b i o , es siempre a n ó n i m a y
c o l e c t i v a . C a s i siempre l o i m p o r t a n t e es d e t e r m i n a r , n o cómo empezó
u n a i n n o v a c i ó n , sino cómo p u d o c o n s t i t u i r s e e n tradición (p. 86), o sea
en c a m b i o , l o c u a l p u e d e servir t a m b i é n p a r a e x p l i c a r l a razón' de l a
a l t e r a c i ó n i n i c i a l ; p e r o siendo l a i n n o v a c i ó n u n f e n ó m e n o d i s t i n t o d e l
de l a a d o p c i ó n , p u e d e ser e n a l g u n o s casos m u y interesante conocer e l
p o r q u é d e su p r o p i a existencia, l a causa p a r t i c u l a r de que t a l i n n o v a -
ción se h a y a p r o d u c i d o , o b i e n el i m p u l s o p o r e l c u a l el h a b l a n t e i n n o -
v a d o r realizó l a alteración P o r q u e C o s e r i u asienta a u e " t o d a s las
i n n o v a c i o n e s lingüísticas son necesariamente i n d i v i d u a l e s " (p. 8 6 ) . 7

que esa posición matemática (mejor sería decir f o r m a l ) adoptada p o r la glosemática


es sumamente útil y certera cuando se trata de hacer el estudio científico y preciso,
no de l a lengua n i del lenguaje, sino de l a gramática de u n a lengua; es decir, que
quizá p u e d a pensarse que l a glosemática sea el más seguro y exacto procedimiento de
estudio gramatical practicado en nuestros días, sin que ello signifique que d i c h a
ciencia sea l a única, n i siquiera l a p r i n c i p a l , de las múltiples ramas de la lingüística.
8
L a lengua no es sólo u n a actividad que e m p l e a signos, sino u n a "actividad
c r e a d o r a de signos", según l a definición del autor (p. 26), p o r lo que el cambio es
fruto directo de l a esencia misma de l a lengua.
7
A ñ a d e : " E n cuanto a l a lengua, se puede decir que es creación «colectiva», pero
sólo en el sentido de que muchos i n d i v i d u o s h a n volcado en ella sus creaciones i n d i -
4oo RESEÑAS N R F H , X I I

H e c h a l a diferenciación de las dos fases d e l c a m b i o , sostiene C o s e r i u


q u e "las i n n o v a c i o n e s fónicas, e n c u a n t o actos p u n t u a l e s , n o p u e d e n
tener g r a d u a l i d a d fisiológica" (p. 83), sino q u e sólo p u e d e darse gradua-
l i d a d extensiva, o sea, e n e l proceso de adopción. E l f e n ó m e n o de l a
aspiración y p o s t e r i o r caída de l a /- i n i c i a l , entre otros m u c h o s , podría
tal vez explicarse c o m o proceso g r a d u a l e n l o q u e respecta a l a fuerza
a s p i r a t o r i a de l a h ' K
D e n t r o d e l p r o b l e m a g e n e r a l d e l c a m b i o , el p u n t o más interesante
es el r e l a t i v o a sus c a u s a s . E n p r i m e r l u g a r , las lenguas c a m b i a n p o r q u e
la m u t a b i l i d a d es " u n a característica esencial y necesaria de l a l e n g u a "
(p. 39), l o c u a l es i n c u e s t i o n a b l e . A s e n t a d o esto, C o s e r i u r a z o n a q u e e l
p r o b l e m a general de los c a m b i o s n o es causal, sino c o n d i c i o n a l , y cla-
sifica los factores q u e c o n d i c i o n a n el c a m b i o e n dos g r u p o s : sistemáticos
(relativos a l sistema f u n c i o n a l y a l a n o r m a de cada lengua) y extrasis-
temáticos o c u l t u r a l e s (referentes a l saber lingüístico y a su v a r i e d a d ) .
D e n t r o de los p r i m e r o s , u n o d e los más i m p o r t a n t e s es l a i n e s t a b i l i d a d
de l a e s t r u c t u r a i d i o m à t i c a (p. 68), e n especial si se r e p a r a e n l a dife-
r e n c i a existente entre las realizaciones n o r m a l e s de cada l e n g u a y las
variantes de realización; p o r o t r o l a d o , m u c h a s de las oposiciones posi-
bles en cada sistema f u n c i o n a l q u e d a n i n u t i l i z a d a s , y el c a m b i o p u e d e
consistir s e n c i l l a m e n t e e n l a práctica de a l g u n a de esas p o s i b i l i d a d e s
(p. 70); son t a m b i é n factores q u e e x p l i c a n el c a m b i o las c o n t r a d i c c i o -
nes internas de los sistemas (desinencias casuales frente a preposiciones
en e l caso d e l latín), y l a i n t e r d e p e n d e n c i a d i n á m i c a de todos los ele-
mentos d e l sistema (p. 75), l o c u a l supone q u e todo c a m b i o sea o p u e d a
ser m o t i v o de otros cambios correlativos.
A p o y á n d o s e e n l a afirmación aristotélica de q u e " e n todo a q u e l l o e n
q u e hay u n fin, los términos anteriores y consecutivos se p r o d u c e n c o n
vistas a ese fin", C o s e r i u sostiene q u e los cambios lingüísticos se pro-
d u c e n siempre o b e d e c i e n d o a u n a finalidad expresiva , pero nunca
9

presionados p o r c a u s a p r e v i a a l g u n a . Q u i z á se trate sólo de u n a cues-


tión de n o m e n c l a t u r a , p e r o creo q u e p u e d e hablarse en algunos casos
de causas determinantes d e l c a m b i o , n o sólo de finalidades. C i e r t o que
la causa p r i m e r a (o m e j o r , l a condición indispensable) es l a m u t a b i -
l i d a d p r o p i a de las lenguas, p e r o e n e l caso p a r t i c u l a r d e d e t e r m i n a d o

viduales, y no en el sentido de que alguna innovación pudiera surgir desde el


comienzo como colectiva o general". P o r supuesto que esto no puede interpretarse
en el sentido de que toda innovación haya de tener u n agente creador único, sino
de que en las innovaciones no hay acuerdo previo colectivo, i n t e r i n d i v i d u a l . Pero
es natural que muchas alteraciones sean en cierto m o d o colectivas, p o r cuanto pueden
haberse iniciado o p r o d u c i d o en varios individuos independientemente, en diversos
lugares y simultáneamente o no. N o podría suponerse que el efecto del sustrato se
ejerciera únicamente sobre u n solo i n d i v i d u o , y que todos los demás hablantes actua-
sen sólo como adoptadores de l a innovación i n d i v i d u a l , también p o r ellos sentida
como necesaria.
8
E n el proceso de ensordecimiento de l a [-f ] final que se está i n i c i a n d o en Méxi-
co, podrían descubrirse diversos grados de relajamiento, hasta llegar a [-s]. N a t u r a l -
mente que cada u n o de esos grados podría interpretarse, en última instancia, como
una nueva alteración (puntual) respecto del sonido precedente.
9
" L o s hechos lingüísticos existen porque los hablantes los crean p a r a a l g o " (p.
114). Agrega: " L a única explicación propiamente «causal» de u n hecho lingüístico
nuevo es que la libertad lo ha creado con u n a finalidad".
N R F H , X I I RESEÑAS 401

c a m b i o sería j u s t i f i c a d o h a b l a r de causa e n vez d e r a z ó n . 1 0


Aristóteles
se refiere a " t o d o a q u e l l o e n q u e h a y u n fin", y e n todos los c a m b i o s
lingüísticos existe s i n d u d a u n a finalidad, p e r o ¿siempre lingüística?"
I n c l u s i v e en e l caso de los " p u n t o s d é b i l e s " d e l sistema, sostiene C o s e r i u
q u e " e l c a m b i o n o o c u r r e porque se d a n tales p u n t o s , s i n o p a r a supe-
r a r l o s ; y dos fonemas q u e se c o n f u n d e n e n su r e a l i z a c i ó n (y c u y a dis-
t i n c i ó n es necesaria) n o se m o d i f i c a n porque se c o n f u n d e n , s i n o para
mantenerse d i s t i n t o s " (p. 117). E s i n d u d a b l e q u e causa y finalidad son
conceptos que e n m u c h a s ocasiones se c o n f u n d e n , se i d e n t i f i c a n . 1 2
Es
e v i d e n t e q u e p a r a q u e l a l e n g u a r e a l i c e u n proceso de d i s t i n c i ó n es pre-
ciso q u e se h a y a p r o d u c i d o , o esté p r ó x i m a a p r o d u c i r s e , u n a c o n f u s i ó n .
L a distinción (el p a r a qué) está d e t e r m i n a d a p o r l a c o n f u s i ó n (el por-
qué). E l hecho de que una alteración lingüística esté motivada por
a l g ú n f a c t o r e x t e r i o r - n o a j e n o - a l sistema ( c u l t u r a l , social, histórico,
etc.) n o s i g n i f i c a m e n o s c a b o a l g u n o p a r a l a l i b e r t a d l i n g ü í s t i c a de los
h a b l a n t e s . L a causa d e l c a m b i o ejerce s u i n f l u j o sobre l a lengua, no
contra l a v o l u n t a d de los h a b l a n t e s (ni tampoco necesariamente por
l a v o l u n t a d d e éstos), s i n o con s u c o n s e n t i m i e n t o más o m e n o s cons-
ciente, de l a m i s m a m a n e r a q u e las e x i g e n c i a s finales d e l sistema t a m -
poco actúan c o n t r a l a l i b e r t a d lingüística de la comunidad (p. 120).
N o cabe d u d a de q u e l a finalidad distintiva (por ejemplo, l a tendencia

1 0
Coseriu juzga " m a g i s t r a l " el p r i n c i p i o , asentado p o r Menéndez P i d a l , de que
"todo cambio fonético es n a t u r a l y puede ocurrir en varias lenguas, pero siempre en
cada u n a ocurre p o r precisas c a u s a s históricas d e t e r m i n a n t e s ; cambios lingüísticos
semejantes h a n de tener en distintos países c a u s a s históricas distintas". E l estructu-
ralismo considera que, cuando se trate de explicar cualquier cambio lingüístico, se
deben buscar ante todo las explicaciones "internas", las causas implícitas e n l a estruc-
tura m i s m a de l a lengua en que se produzca e l cambio. C o n t r a esta tesis h a escrito
M E N É N D E Z P I D A L en B A E , 34 (1954), 187: " A n t e u n cambio lingüístico deben exami-
narse p r i m e r o las posibilidades de explicación histórica que se ofrezcan, y cuando
éstas dejen de ser explicativas, se indagarán las razones que p u e d a n descubrirse en
la organización estructural de l a lengua". Quizá no siempre sea posible otorgar t a n
debatida primacía a u n o u otro de los dos procesos metodológicos.
1 1
Finalidades extralingüísticas podrían justificar innovaciones caprichosas, anor-
males e incluso asistemáticas, modas y otras alteraciones que n o corresponden a
n i n g u n a "necesidad expresiva", y a q u e u n a necesidad estética sólo en sentido m u y
a m p l i o puede considerarse " f u n c i o n a l " . L a sustitución de l a p a l a b r a coñac (referida
a licores españoles) p o r b r a n d y obedece a l a prohibición de los productos franceses
de q u e se usara indebidamente el topónimo C o g n a c . L a reposición de l a -e final en
las postrimerías d e l siglo x m h a sido explicada p o r L A P E S A ( E M P , 2, 185-226) como
una consecuencia de l a actitud nacionalista de Alfonso e l Sabio. E n l a generalización de
la pronunciación francesa p o p u l a r [wá] (por [we]) puede verse u n a consecuencia
de l a Revolución. D e l lat. r a p i d u cabe esperar esp. * r a b i o ; r a u d o prevaleció s i n
embargo para evitar l a h o m o n i m i a con el presente de r a b i a r ( M E N É N D E Z P I D A L , " M o -
do de obrar e l substrato lingüístico", R F E , 34, 1950, p . 5); s i n embargo, d e l lat.
a n g é l u cabría esperar esp. *año; l a forma ángel debe explicarse p o r influjo de
la lengua eclesiástica culta y no p o r e l deseo de evitar l a h o m o n i m i a con e l derivado
de lat. a n n u . Factores todos éstos q u e pueden llamarse indistintamente causa,
condición o razón, según que se los considere desde u n p u n t o de vista p a r t i c u l a r y
concreto o de acuerdo con u n criterio generalizador y, en cierto modo, filosófico,
como es e l adoptado normalmente p o r e l autor (cf. p p . 113 y 122).
1 2
P o r q u e tengo sed, bebo; pero también bebo p a r a calmar l a sed. Coseriu, a l
comentar l a explicación f i n a l i s t a que d e l futuro romance ofrece Vossler, advierte que
no es satisfactoria puesto que "se refiere a l cómo y no a l porqué d e l cambio o de
sentido" (p. 94).
402 RESEÑAS N R F H , X I I

a e v i t a r las h o m o n i m i a s ) ejerce n o t a b l e i n f l u e n c i a e n e l d e s a r r o l l o de
los i d i o m a s ; p o r eso u n o de los más positivos aciertos, entre los m u c h o s
q u e e n c i e r r a esta investigación, es precisamente l a sugestiva explicación
d e l proceso [s] > [x] e n castellano (p. 87) c o m o r e s u l t a d o de l a necesi-
d a d de d i s t i n g u i r entre [s] y [s] (sobre todo d a d o e l carácter a p i c a l de
l a s española).
M e parece t a m b i é n e x t r a o r d i n a r i a m e n t e f e c u n d a l a s u t i l distinción
q u e a p u n t a C o s e r i u d e n t r o d e l concepto saussureano d e l h a b l a . N o sería
exacto c o n f u n d i r bajo u n a m i s m a d e n o m i n a c i ó n el u s o i n d i v i d u a l de
u n sistema lingüístico y el u s o c o l e c t i v o d e l m i s m o sistema. Saussure
sólo se refiere a l h a b l a c o m o a n t ó n i m o de l a l e n g u a ; C o s e r i u d i s t i n g u e ,
d e n t r o d e l p r i m e r concepto, entre e l h a b l a (uso i n d i v i d u a l de l a lengua)
y e l h a b l a r (uso colectivo, s u m a i d e a l d e todas las h a b l a s i n d i v i d u a l e s ) .
L a l e n g u a e n c i e r r a i n n u m e r a b l e s p o s i b i l i d a d e s ; e l h a b l a r establece l a
n o r m a y r e a l i z a los c a m b i o s ; el h a b l a i n i c i a las i n n o v a c i o n e s , a u n q u e
p o r l o general trate de someterse a l a n o r m a establecida, a l h a b l a r .

JUAN M . LOPE BLANCH


E l Colegio de México.

G O N Z A L O C O R R E A S , A r t e d e l a l e n g u a española c a s t e l l a n a . E d i c i ó n y pró-
l o g o de E m i l i o M a r c o s García. C . S. I . C , M a d r i d , 1954; x x x v i i +
500 p p . ( A n e j o 56 de l a R F E ) .

E n t r e los gramáticos españoles d e l S i g l o de O r o , G o n z a l o Correas


es, s i n d u d a a l g u n a , u n o de los más destacados y originales. S u A r t e
g r a n d e , de l a q u e hasta a h o r a sólo se h a b í a hecho u n a edición i n c o m -
p l e t a , es p o s i b l e m e n t e l a o b r a g r a m a t i c a l más i m p o r t a n t e d e l R e n a c i -
1

m i e n t o español. T o d a s las gramáticas p u b l i c a d a s a l o l a r g o d e l siglo


x v i , a más de c i n c u e n t a años de d i s t a n c i a de l a de N e b r i j a , son breves
c a r t i l l a s escritas c o n e l s i m p l e propósito de f a c i l i t a r el aprendizaje d e l
i d i o m a español a los extranjeros; n i n g u n a d o c t r i n a g r a m a t i c a l de i m -
p o r t a n c i a aparece e n ellas. T a l es el caso de l a a n ó n i m a Útil y b r e v e
institución p a r a a p r e n d e r . . . l a l e n g u a hespañola q u e sacó a l u z en L o -
v a i n a B a r t o l o m é G r a v i o e n 1555; o de l a t a m b i é n a n ó n i m a Gramática
d e l a l e n g u a v u l g a r d e España q u e c u a t r o años después editó e l m i s m o
i m p r e s o r ; o i n c l u s o de l a más a m b i c i o s a Gramática c a s t e l l a n a q u e C r i s -
t ó b a l de V i l l a l ó n p u b l i c ó e n A m b e r e s e n 1558. Sólo las breves I n s t i t u -
c i o n e s d e l a gramática española de X i m é n e z P a t ó n (1614) t i e n e n a l g ú n
p r o p ó s i t o d o c t r i n a l , a u n q u e constreñido p o r l a b r e v e d a d m i s m a de l a
obra.
P o r e l l o , l a d o c t r i n a g r a m a t i c a l de C o r r e a s t u v o q u e basarse, casi
e x c l u s i v a m e n t e , e n l a i n d i s c u t i d a a u t o r i d a d de N e b r i j a , si b i e n nues-
2

L a que en 1903 publicó el Conde de l a Viñaza aprovechando u n a copia frag-


1

mentaria de G a l l a r d o , dado que el manuscrito estuvo p e r d i d o durante bastante


tiempo.
Correas fue u n o de los pocos humanistas que conocieron y utilizaron la G r a -
2

mática c a s t e l l a n a de N e b r i j a ; la mayoría de los lingüistas del Renacimiento, espa-


ñoles o extranjeros, a l aducir la autoridad del Nebrisense, solían a l u d i r únicamente
a sus obras latinas, en especial a sus I n t r o d u c c i o n e s . Correas, en cambio, maneja

S-ar putea să vă placă și