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“Alguns lançamentos contábeis são realizados em termos sintéticos, como por exemplo a folha de pagamento,

depreciações do ativo fixo ou mesmo dos impostos (ICMS/IPI) das notas fiscais. Normalmente eles são contabilizados
de forma resumida e nem possuem ‘livro auxiliar’ que demonstre esse valores. Há algum problema em se continuar a
escriturar desta forma?”
Resposta
Esta é uma questão que merece a investigação detalhada. Há margem para duas interpretações:

1) Bastaria entregar o Livro Diário Geral eletrônico (livro “G”) e manter o detalhamento dos fatos contábeis em livros
auxiliares em papel. Por exemplo relatórios de folha de pagamentos.
2) O contribuinte deveria entregar o Livro Diário com Escrituração Resumida (livro “R”), além do Livro Diário Auxiliar
ao Diário com Escrituração Resumida (livro “A”) e/ou Razão Auxiliar (“Z” – Livro Contábil Auxiliar conforme leiaute
definido pelo titular da escrituração). Por exemplo, detalhanto os dados de folha de pagamentos no livro “Z”.

Os argumentos de quem defende a primeira hipótese estão baseados na prática contábil cotidiana das empresas. Os
relatórios com detalhes de folha de pagamentos, por exemplo, não são autenticados e somente são entregues às
autoridades fiscais quando expressamente solicitados.

Para os defensores da segunda hipótese, o fato da Escrituração Contábil Digital fornecer um leiaute parametrizável já
é, por si só, uma solicitação para envio dos detalhes que deram origem à movimentação contábil resumida.

Tentarei esclarecer o tema conforme alguns pontos de vista de especialistas que consultei.

Contudo, há que se ter em mente que o SPED não modifica o Código Civil, a legislação comercial, muito menos as
normas contábeis.
I) Primeiramente é preciso observar as premissas fundamentais do projeto SPED:

• “Propiciar melhor ambiente de negócios para as empresas no País;


• Eliminar a concorrência desleal com o aumento da competitividade entre as empresas;
• O documento oficial é o documento eletrônico com validade jurídica para todos os fins;
• Utilizar a Certificação Digital padrão ICP Brasil;
• Promover o compartilhamento de informações;
• Criar na legislação comercial e fiscal a figura jurídica da Escrituração Digital e da Nota Fiscal Eletrônica;
• Manutenção da responsabilidade legal pela guarda dos arquivos eletrônicos da Escrituração Digital pelo
contribuinte;
• Redução de custos para o contribuinte;
• Mínima interferência no ambiente do contribuinte;
• Disponibilizar aplicativos para emissão e transmissão da Escrituração
• Digital e da NF-e para uso opcional pelo contribuinte. “
http://www1.receita.fazenda.gov.br/sobre-o-projeto/premissas.htm
II) Especificamente sobre o tema, consta no Portal do SPED Contábil da RFB o seguinte:

“Quais os livros abrangidos pela Escrituração Contábil Digital – ECD?


Podem ser incluídos todos os livros da escrituração contábil, em suas diversas formas. O diário e o razão são, para o
Sped Contábil, um livro digital único. Cabe ao PVA mostrá-los no formato escolhido pelo usuário. São previstas as
seguintes formas de escrituração:
* Diário Geral;
* Diário com Escrituração Resumida (vinculado a livro auxiliar);
* Diário Auxiliar;
* Razão Auxiliar;
* Livro de Balancetes Diários e Balanços.
Estas formas de escrituração decorrem de disposições do Código Civil:
Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no
caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.
Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem
cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes
para as margens.
Assim, todas as empresas devem utilizar o livro Diário contemplando todos os fatos contábeis. Este livro é
classificado, no Sped, como G – Livro Diário (completo, sem escrituração auxiliar). É o livro Diário que independe de
qualquer outro. Ele não pode coexistir, em relação a um mesmo período, com quaisquer dos outros livros (R, A, Z ou
B).
O Código Civil traz, também, duas as exceções. A primeira delas diz respeito à utilização de lançamentos, no Diário,
por totais:
Art. 1.184. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do documento respectivo, dia a dia,
por escrita direta ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício da empresa.
§ 1o Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o período de trinta dias,
relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do
estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para registro
individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação.
Temos, assim, mais três tipos de livro:
* R – Livro Diário com Escrituração Resumida (com escrituração auxiliar)
É o livro Diário que contêm escrituração resumida, nos termos do § 1º do art. 1.184 acima transcrito. Ele obriga à
existência de livros auxiliares (A ou Z) e não pode coexistir, em relação a um mesmo período, com os livros G e B.
* A – Livro Diário Auxiliar ao Diário com Escrituração Resumida
É o livro auxiliar previsto no nos termos do § 1º do art. 1.184 acima mencionado, contendo os lançamentos
individualizados das operações lançadas no Diário com Escrituração Resumida
* Z – Razão Auxiliar (Livro Contábil Auxiliar conforme leiaute definido pelo titular da escrituração)
O art. 1.183 determina que a escrituração será feita em forma contábil. As formas contábeis são: razão e diário. Este
é um livro auxiliar a ser utilizado quando o leiaute do livro Diário Auxiliar não se mostrar adequado. É uma ‘tabela’
onde o titular da escrituração define cada coluna e seu conteúdo.
O Art. 1.185 dispõe: ‘O empresário ou sociedade empresária que adotar o sistema de fichas de lançamentos poderá
substituir o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas
exigidas para aquele.’ Tem-se, assim, a segunda exceção:
* B – Livro Balancetes Diários e Balanços
Somente o Banco Central regulamentou a utilização deste livro e, via de regra, só é encontrado em instituições
financeiras. O Sped não obsta a utilização concomitante do livro ‘Balancetes Diários e Balanços’ e de livros
auxiliares.
Para maiores esclarecimentos, consulte o leiaute:
http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/Legislacao/Ins/2007/AnexoUnicoINRFB777.doc“
III) Consultei a equipe do SPED da RFB e a resposta foi: “a ECD não
alterou as regras de contabilização”.
IV) Consultei três amigos contadores e as respostas foram:
[Paulo Consentino] “Qualquer lançamento – conta – pode ser feita pelos valores totais, ou mensais, mas deverá,
OBRIGATORIAMENTE, haver LIVRO AUXILIAR que discrimine aqueles valores. Este livro deverá ter as mesmas
características do LIVRO GERAL. Isto não muda nada em relação à ESCRITURAÇÃO DIGITAL.”
[Lafayette Vilela] “Deveríamos pedir mais detalhes do que a pessoa entende como sintético. Veja bem: pode
entender como sintético lançar na contabilidade o total dos proventos e descontos de todos funcionários e não há
necessidade de ter livro auxiliar e é uma forma sintética de lançar, concorda? Outro ponto é a depreciação
contabilizada por conta e não bem a bem, é uma forma sintética que não precisa de diário auxiliar, basta o controle
a parte. Já para os impostos incidentes sobre vendas o lançamento contábil quando é um só tem como lastro o
livro fiscal, este é o livro auxiliar a que o Código Civil faz referência.
Todas estas 3 formas citadas tem relatórios analíticos fora da contabilidade, seja salário por salário, bem por bem ou
débito por débito de ICMS ou IPI. Assim, eu continuaria com a forma adotada sem livro auxiliar.”
[Marcelo Carvalho] Segundo conversa que tivemos, a manutenção dos registros detalhados que deram origem aos
movimentos contábeis resumidos não ferem os princípios de auditoria. Para ele, a guarda de relatórios, mesmo que
em papel, são suficientes para análise e auditoria contábil. Ele ainda acredita que a Receita Federal deveria
esclarecer expressamente a obrigatoriedade ou não da apresentação dos relatórios analíticos que deram origem aos
lançamentos resumidos através da ECD.
Como é de se notar, esse tema ainda será alvo de muitos debates, mas certamente que irá ganhar é o Brasil.

Enviei uma consulta ao Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), contudo ainda não obtive resposta.

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