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A memória e suas alterações

 A memória é a capacidade que o sujeito tem de registrar, manter e evocar


informações e experiências em relação aos fatos já ocorridos.
 Alguns pesquisadores renomados na área das Neurociências postulam que a
memória é um fator fundamental na construção da personalidade de um indivíduo,
visto que “somos o que nos recordamos”, no sentido de que somos moldados pelas
nossas experiências, e pelo que recordamos ou deixamos de recordar delas.
 Dalgalarrondo aborda no capítulo referido principalmente a chamada memória
cognitiva, ou psicológica, definida como uma “[...] atividade altamente diferenciada
do sistema nervoso, que permite ao indivíduo registrar, conservar e evocar, a
qualquer momento, os dados aprendidos da experiência.” (Dalgalarrondo, 2008, p.
137).
 É composta por três elementos básicos, a fase de registro, que envolve a
percepção do estímulo, seu gerenciamento e o início de sua fixação; a fase de
conservação, de retenção da informação; e a fase de evocação, as chamadas
lembranças, recordações e recuperação.
 Lei de Ribot: dada uma lesão ou doença cerebral, as memórias quando perdidas
tendem a sumir na ordem e sentido inverso que os adquiriu; os mais recentes, depois
os mais antigos; os elementos mais complexos e depois os mais simples; perde
primeiro os elementos mais estranhos, depois os mais familiares; perde primeiros os
elementos neutros, depois aqueles com significação afetiva, perdendo por último, os
comportamentos e hábitos mais enraizados no repertório comportamental e mental.
 Alterações patológicas da memória
a) Alterações quantitativas
 Hipermnésia: afluência rápida de informações sob a forma de
recordações e lembranças, que, contudo, não mantém precisão e clareza
no processo. O autor menciona que é mais uma alteração do ritmo
psíquico que da memória, propriamente dita.
 Amnésia ou hipomnésias: perda ou déficit na capacidade de manter e
evocar, ou de fixar conteúdos mnêmicos. Pode-se diferenciar as amnésias
em diferentes tipos:
─ Amnésia psicogênica: é aquela que se dá pela perda de elementos
mnêmicos focais que possuem algum valor psicológico (afetivo
ou simbólico). ***remete a conteúdos recalcados ou forcluídos,
se se pensar em uma perspectiva de uma psicopatologia
psicanalítica? ***
─ Amnésia orgânica: menos seletiva que a psicogênica, o indivíduo
tende a perder a capacidade de fixação, e, cronicamente, os
conteúdos antigos. Segue, geralmente, a Lei de Ribot.
─ Amnésia anterógrada: perda de memória relacionada a eventos
ocorridos posteriormente a algum dano ou lesão cerebral.
─ Amnésia retrógrada: é a perda da memória de eventos anteriores à
doença ou trauma.
─ Amnésia Anteroretrógradas: déficit de fixação de conteúdos e
eventos que ocorreram algum tempo antes e depois do trauma ou
doença.
b) Alterações Qualitativas (paramnésias): envolvem sobretudo a deformação do
processo de evocação de conteúdos mnêmicos previamente fixados.
 Ilusões mnêmicas: a lembrança adquire caráter fictício devido ao
acréscimo de elementos falsos a um núcleo verdadeiro de memória.
Ocorre comumente na esquizofrenia, na paranoia, nas histerias graves, e
em transtornos de personalidade (borderline, histriônica, esquizotípica,
etc.);
 Alucinações mnêmicas: criações imaginativas com teor de memórias ou
reminiscências verdadeiras. Surgem de modo repentino e acontecem
geralmente em esquizofrenias e outras psicoses funcionais. Podem
contribuir como material básico de formulação e elaboração de delírios
imaginativos.
 Fabulações: ocorre quando, dadas lacunas na memória do indivíduo,
essas lacunas são preenchidas por elementos da imaginação do doente,
sendo ele incapaz de reconhecer essas imagens falsas como fantasiosas;
assim, não se pode dizer que o doente está mentido para o entrevistador;
se diferencia das alucinações mnêmicas e ilusões pois podem ser
induzidas, enquanto estas não. Alguns autores preferem entender as
fabulações não como déficit de memória, mas sim como uma falha no
monitoramento da realidade. Comum na síndrome de Korsakoff.
 Pseudologia fantástica: histórias e construções fantasiosas geralmente
mescladas com a realidade e vividas tão intensamente que o sujeito
acredita verdadeiramente nelas. *melhor situada nas alterações de juízo
de realidade. *
 Criptomnésias: memórias aparecem como fatos novos ao paciente, não
as reconhecendo enquanto memórias. Comum em demências,
principalmente o Alzheimer.
 Ecmnésias: recordação intensa, abreviada e panorâmica da existência.
Comum em epilepsias, experiências de quase-morte, histerias graves e
em estado de hipnose.
 Lembrança obsessiva: surgimento espontâneo e involuntário de
elementos mnêmicos ou elementos passados que, uma vez presentes na
consciência do indivíduo, não podem ser repelidos voluntariamente por
ele. Aparece em indivíduos com TOC.
c) Alterações do Reconhecimento:
 Agnosias: déficit do reconhecimento de estímulos sensoriais, objetos e
fenômenos, que não podem ser explicados por um déficit sensorial, por
distúrbios da linguagem ou por perdas cognitivas globais. Geralmente
classificadas de acordo com a sua perda sensorial específica (e.g.
agnosias visuais, táteis, auditivas e para percepções complexas).
d) Alterações do Reconhecimento Delirantes: e.g. esquizofrenias, depressões
graves e síndromes psico-orgânicas agudas ou orgânicas, ou mesmo de forma
isolada;
 Falso reconhecimento: identificação de pessoas desconhecidas como
parentes, amigos ou família próxima.
 Falso desconhecimento: o paciente não reconhece pessoas muito
familiares ou outra pessoa próxima.
─ Exemplos de falsos reconhecimento/desconhecimentos ocorrem
na síndrome de Capgras (identificação de pessoas próximas como
sósias quase idênticos que tomaram o lugar da pessoa real;
síndrome de Capgras inversa: pessoa identifica a si própria como
um impostor, um sósia quase idêntico que habita seu corpo),
síndrome de Frégoli (falso reconhecimento de alguém como
sendo de seu círculo pessoal; síndrome de Frégoli inversa: crença
delirante na alteração da própria aparência física sem que se
altere o self), síndrome do duplo subjetivo (pessoa se transformou
fisicamente a ponto de se tornar idêntica ao doente, vindo a ser
seu próprio Eu, um duplo perfeito), síndrome da
intermetamorfose (duas pessoas, geralmente vistas como
perseguidoras, uma próxima e outra não, são vistas como física e
psicologicamente semelhantes).
e) Alterações de reconhecimento não-delirantes: e.g. ocorrem em fadigas e estados
mentais mais ou menos acentuados de esgotamento, não caracterizando
alterações patológicas. Ocorrem também associados a epilepsias,
particularmente as parciais-complexas, e eventualmente em psicoses tóxicas.
 Déja-vu, déja entendu, dejá pensé, dejá vécu : nítida impressão de que o
que está sendo visto, ouvindo, pensando ou vivenciado já foram
experimentados no passado.
 Jamais vu: o doente já passou pela experiência mas não a reconhece
como tal.
A sensopercepção e suas alterações
[...]
Alterações da Sensopercepção

a) Alterações quantitativas
 Hiperestesia: percepções anormalmente aumentadas – intoxicações por
alucinógenos, algumas formas de epilepsia, enxaqueca, hipertireoidismo,
esquizofrenia aguda, alguns quadros maníacos.
 Hipoestesia: mundo circundante percebido como mais escuro, cores mais
pálidas, alimentos sem sabor, etc. – depressão.
 Analgesia de partes do corpo sem origem neurológica – histeria,
hipocondria, somatizações, estados emocionais intensos.
b) Alterações qualitativas
 Ilusão: percepção deformada, alterada, de um objeto real e presente.
 Condições de ocorrência da ilusão:
─ Estados de rebaixamento do nível de consciência – percepções se
tornam imprecisas;
─ Estados de fadiga grave – ilusões transitórias;
─ Estados afetivos intensos – afeto deforma as percepções (ilusões
catatímicas).
 Tipos mais comuns de ilusões:
─ Visuais;
─ Auditivas.
 Alucinações: vivencia de percepção de um objeto sem que esse objeto
esteja presente – não há o estímulo sensorial respectivo.
 Tipos de alucinações:
─ Auditivas – esquizofrenia, quadros maníacos (conteúdo de
grandeza, poder, etc.); *esquizofrenia – aspecto negativo;
deprecia o sujeito, manda ele fazer o que não quer*
─ Musicais – tipo raro, acompanhado de consciência e crítica –
déficits auditivos, doenças neurológicas, transtornos depressivos
– ocorrem com maior frequência em idosos;
─ Visuais – epilepsia, delirium, psicoses tóxicas; *raras nas
psicoses não-tóxicas; muito utilizada pela mídia por ser mais
interessante* três subtipos: fotopsias (pontos luminosos),
cenográficas (alucinações em formato de cena) e liliputianas
(alucinação de seres em miniatura, mais rara);
─ Táteis – delirium tremens, psicoses tóxicas,
{esquizofrenia <~ (sentidas dos genitais)} percebido na
SUPERFÍCIE DA PELE;
─ Olfativas e gustativas – relativamente raras - esquizofrenia,
epilepsia;
─ Cenestésicas (percepção de algo INTERNO, nas vísceras;
sensação de que o coração está explodindo, fígado derretendo,
algo andando dentro da barriga, etc.) e Cinestésicas (relacionada
a movimento; caindo, flutuando, etc.);
─ Funcionais – desencadeadas por estímulos sensoriais, porém
diferem da ilusão.
─ Alucinose – percepção de uma alucinação como sendo estranha,
falta a crença que ocorre na alucinação - quadros psicorgânicos.
c) Alterações da representação
 Pseudo-alucinação: semelhante a alucinação, porém não apresenta
aspectos vivos e corpóreos de uma imagem real – psicoses funcionais e
orgânicas, estados afetivos intensos, fadiga, rebaixamento da
consciência, intoxicações.
 Imagem pós-óptica – não se trata de um fenômeno patológico.
 Alucinações psíquicas – imagens alucinatórias sem um caráter sensorial
(vozes sem ruído). *“não faz muito sentido” (Abreu, F. G.)*
 Alucinação negativa: ausência de visão de objetos reais – histeria.

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