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Este mesmo conceito é usado hoje em dia para medir a resistência de vários materiais que
permitem a passagem da corrente elétrica. Se a diferença de potencial aplicada a um resistor é de 1
volt e a corrente que circula por esse resistor é de 1 ampère então a resistência do resistor é de 1
ohm.
V= IxR
onde:
R = resistência em ohms
I = V/R e R = V/I
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Tabela 1 Valores padrões
Notar que os valores dados na tabela devem ser divididos ou multiplicados por 10, 100, 1000, etc., para que se obtenham os valores
fabricados dentro da série. Por exemplo, é possível encontrar resistores de 0,1Ω, 1,0Ω, 10Ω, 100Ω, 1000Ω (1kΩ), 10.000.000 (10MΩ).......... etc.
Tabela 2 Código de cores
Código de cores
Para simplificar a notação dos valores de resistores, que podem ir de alguns décimos
de ohm até vários milhões de ohms, usam-se os múltiplos do ohm:
- 1.000 ohms = 1 kilohm = 1kΩ
- 1.000.000 ohms = 1 Megohm = 1MΩ
Assim sendo, um resistor de 15.000 ohms é um resistor de 15kΩ e um resistor de
4.700.000 ohms é a mesma coisa que 4,7MΩ. A figura 1.1 ilustra a aplicação do código
de cores para a leitura do valor ôhmico de resistores fixos. Notar que a primeira faixa
colorida a ser lida é a que está sempre mais próxima de um dos extremos do corpo do
resistor. A leitura é feita da esquerda para a direita, como mostrado nos exemplos.
Resistores de filme de carbono possuem quatro faixas coloridas para o valor ôhmico
e a tolerância enquanto que resistores de filme metálico possuem cinco faixas coloridas
para o valor ôhmico e a tolerância.
Fig. 1 Aplicação do Código de cores
Símbolos gráficos
Os resistores, como todos outros componentes eletrônicos ou elétricos, têm
símbolos gráficos que os representam nos diagramas esquemáticos. Os diagramas
esquemáticos são desenhos que, através de símbolos gráficos, mostram como os
componentes eletrônicos são interligados, para formar os circuitos de um receptor de
rádio, um amplificador de som, etc.
É praticamente impossível representar um circuito de um amplificador, por exemplo,
usando-se o desenho do formato físico dos componentes. Nesta obra usa-se o formato
físico dos componentes nos capítulos iniciais, para ilustração desses componentes.
Posteriormente serão usados somente símbolos gráficos.
A figura 1.2 mostra os símbolos básicos para os resistores fixos, ajustáveis e
variáveis. Notar que no caso do tipo "ajustável" a linha inclinada forma um pequeno "T"
enquanto que nos componentes variáveis a linha inclinada forma uma "seta". Essa
representação gráfica é também usada em outros símbolos eletrônicos, com componentes
ajustáveis e variáveis.·.
Fig. 2 Símbolos gráficos para resistores
Associação de resistores
Os resistores também podem ser associados (ligados) em série, para se obter um
valor maior de resistência (ver equação (a) da figura 2). Da mesma maneira, os resistores
podem ser associados em paralelo, para se obter um valor que é sempre menor do que o
menor valor de um deles. No caso de associação em paralelo de apenas dois resistores a
resistência total é mais simples de calcular (ver equação (b) da figura 2).
Já no caso de três ou mais resistores em paralelo a fórmula a ser usada é a da
equação (c) da figura 2.
Figura 2 Associação de resistores
Resistores fixos
Os resistores fixos são encontrados em alguns formatos físicos básicos, como
mostrados na figura 3. Nesta figura, em (a) pode ser visto um resistor do tipo de filme
metálico, com cinco faixas coloridas indicando o valor ôhmico. No desenho (b), pode ser
visto um resistor de filme de carbono, com quatro faixas coloridas para o valor. O desenho
(d) mostra um resistor de fio, com corpo de porcelana, para potências pequenas e médias
enquanto que o resistor de fio do desenho (e) tem o corpo coberto de uma pintura epóxi,
geralmente verde e pode ser encontrado em várias potências, desde alguns watts até
centenas de watts.
Os resistores fixos de filme de carbono são um pouco mais econômicos e são usados
para montagens comuns, onde não se requer alta precisão e estabilidade. Já os resistores
de filme metálico são encontrados com precisão de ±1% e ± 2% e são aplicados a
circuitos que requeiram grande precisão e alta estabilidade em função da temperatura.
Figura 3 - Resistores fixos
Alguns resistores fixos, para aplicações especiais, não usam o código de cores e o
valor ôhmico, tolerância e potência são impressos no próprio corpo. Os instrumentos de
medição, como os multímetros, usam esses resistores especiais, o que confere alta
precisão às medidas efetuadas.
A figura 3 mostra os tamanhos físicos dos resistores fixos de filme metálico e filme
de carbono em uso no mercado nacional, com as dimensões aproximadas. O tamanho
físico poderá variar ligeiramente dependendo do fabricante.
Os resistores de carbono geralmente têm o corpo de cor creme enquanto que os
resistores de filme metálico têm o corpo de cor verde ou azul, também dependendo do
fabricante.
Os três resistores em (1) são de carbono. O resistor em (2) é de filme metálico e os
dois resistores em (3) são de fio.
Figura 1 Visualização de tamanhos de resistores comerciais. Copyright © Constanta Ibrape - Philips do
Brasil Ltda
Figura 5 Código de cores de resistores comerciais. Copyright © Constanta Ibrape - Philips do Brasil Ltda
Resistores especiais
Além dos resistores aqui descritos, existem alguns tipos especiais, que são aplicados
a determinados circuitos eletrônicos. Estes resistores variam a sua resistência em função
de um agente externo, como a luz, a temperatura ou a voltagem aplicada aos mesmos.
LDR (Light Dependent Resistor) é um resistor especial cuja resistência depende da
intensidade da luz aplicada ao mesmo. O formato físico do LDR é ilustrado na figura
7.3NTC e o PTC (Negative Temperature Coefficient) já têm sua resistência dependente da
temperatura aplicada aos mesmos. O "N" significa "negativo" e o "P" significa "positivo".
Figura 7.3.
VDR (Voltage Dependent Resistor) já altera a sua resistência em função da tensão
(voltagem) aplicada ao mesmo, mostrado na figura 7.2
O NTC e o PTC (Negative Temperature Coefficient) já têm sua resistência
dependente da temperatura aplicada aos mesmos. O "N" significa "negativa" e o "P"
significa "positiva". Veja figura 7 1
Esses três resistores especiais têm aplicação em circuitos de controle e proteção,
envolvendo variações de temperatura, luz e tensão.
Figura 7 Resistores especiais
C = Q/V
Associação de capacitores
Como no caso de resistores, os capacitores também podem ser associados em série
e paralelo. Entretanto, os resultados obtidos são os inversos dos obtidos com resistores.
Isso porque capacitores em série não adicionam a sua capacitância que é calculada
da mesma maneira que a usada para resistores em paralelo, como ilustrado na figura 10.
Já no caso de capacitores em paralelo, basta somar as capacitâncias, para se obter a
capacitância total. Ver figura 10.
Ë importante observar que na associação em série a tensão final passam a ser a
soma das tensões. Já no caso da associação em paralelo, a tensão final mantem-se a
mesma da menor tensão usada.
Figura 10 Associação de capacitores
Capacitores fixos
Inicialmente os capacitores fixos podem ser separados em duas classes: polarizados
e não-polarizados. Estas duas classes podem apresentar diversos aspectos físicos, como
mostra a figura 11 (não polarizados) e figura 12 (polarizados).
Existem ainda outros tipos de capacitores fixos, que recebem nomes em função do
dielétrico usado para a sua construção: capacitor de papel, policarbonato metalizado, mica
prateada, etc. Ver a tabela 4 para as principais características, aplicações, tolerâncias,
etc.
Capacitores ajustáveis e variáveis
A figura 14 mostra os capacitores ajustáveis mais comuns, encontrados no comércio
normal. Estes capacitores são mais conhecidos pelo nome de "trimmer". Os modelos em
(a) mostram quatro trimmer circular de "folhas" (foil), do tipo miniatura. Este capacitor
ajustável é um dos modelos mais fáceis de ser encontrado.
O desenho (b) da mesma figura ilustra um trimmer de pistão, já com dimensões
maiores, sendo um modelo mais antigo. Um trimmer do tipo circular é mostrado no
desenho (c). Os dois trimmers mostrados na figura , em (d) são de porcelana, maiores.
Bastante usados em rádios antigos.
Os trimmers são encontrados em valores pequenos até aproximadamente 100 pF e,
como o nome diz, eles normalmente são usados para "acertar" uma outra capacitância
maior. Eles são usados em receptores de rádio AM/FM e TV, para as calibrações finais
dos circuitos que envolvem altas frequências. Os trimmer são montados nas placas de
circuito impresso dos equipamentos e sempre são ajustados através de uma chave de
fenda pequena e isolada.
Figura 14 Capacitores trimmer
Capacitores especiais
Poucos são os capacitores especiais de uso mais ou menos frequente. Destaca-se o
capacitor de passagem, conhecido em inglês por "feedthrough". Este capacitor é usado em
circuitos de altas frequências, geralmente blindado em compartimentos metálicos. Alguns
modelos desse capacitor são mostrados na figura 16. Alguns tipos do feedthrough podem
ser soldado diretamente a blindagem metálica.
Figura 16 Capacitores fixos especiais
Nem sempre os valores impressos no corpo de um capacitor deixam claro qual a sua
capacitância e tensão de trabalho. A figura 17 ilustra diversos formatos de apresentação
dos valores, que também podem variar de fabricante para fabricante. O valor da
capacitância sempre é indicado no capacitor, seja através do valor impresso no corpo ou
através do código de cores.
Capacitores ajustáveis e variáveis dificilmente têm seus valores de capacitância
impressos no corpo. Estes tipos de capacitores costumam indicar o valor mínimo e máximo
de capacitância.
Já no caso da tensão de trabalho de um capacitor, nem sempre o valor é marcado,
no caso dos valores impressos no corpo. A tensão de trabalho corresponde a "voltagem"
de CC (corrente contínua) que pode ser aplicada a um capacitor. Corrente contínua é o
tipo de corrente fornecida por pilhas, baterias e fontes de alimentação. Para maiores
informações sobre CC, verificar o capítulo apropriado.
Como regra geral, os capacitores de dielétrico de plástico (mylar, poliester, SCHIKO,
etc,) trazem a tensão de trabalho impressa. Os capacitores de disco cerâmico de alguns
fabricantes costumam trazer este valor. Quando não, deve-se usar como regra de
segurança o valor de 50 volts. Os capacitores de disco cerâmico de alta tensão sempre
trazem o valor impresso, como "1,5kV", "2500V", etc.
Os capacitores do tipo filme de polipropileno (STIROFLEX) possuem um sistema de
faixa colorida no corpo, para indicar a tensão de trabalho, como mostrado na tabela 2.6.
Ver faixa no corpo, no desenho (b) da figura 2.4.
Alguns tipos de “trimmers”, do tipo foil, têm cores diferentes para a placa de
cobertura (primeira placa plástica, junto ao eixo de ajuste), permitindo identificar a sua
capacitância, como mostra a tabela 2.5.
Os capacitores de cerâmica, do tipo PLATE, não trazem o valor da tensão de
trabalho. Normalmente os valores fabricados têm duas tensões de trabalho: 63 e 100V,
dependendo do tipo. A faixa colorida no topo do capacitor, como mostrado na figura 2.4,
desenho (e), indica o coeficiente de temperatura. Ver tabela 2.7.
Os capacitores eletrolíticos sempre trazem a tensões de tântalo são polarizados e
substituem os capacitores eletrolíticos com uma série de vantagens: menor tamanho, baixa
fuga, melhor desempenho, etc. Entretanto, os capacitores de tântalo não são encontrados
numa gama muito ampla de valores e tem um custo relativamente elevado. Num circuito
eletrônico este tipo de capacitor deve ser usado nos locais especificados, sem substituição
por capacitores do tipo eletrolítico. Capacitores polarizados como os eletrolíticos e de
tântalo não podem ser conectados invertidos em um circuito eletrônico, sob risco de danos
ao capacitor e até explosão do mesmo.
Os capacitores ajustáveis normais trabalham com tensões variáveis com dielétrico de
ar (sem dielétrico sólido) podem ser usados com tensões variáveis de altas tensões de
rádio, com isolação de 1, 2 e 5kV.
Como regra geral, verifica-se o espaçamento entre as placas e usa-se 1kV de
isolação para cada 1mm de espaçamento.
Para a correta determinação da tensão de trabalho de capacitores retirados de
aparelhos eletrônicos desmontados ou mesmo adquiridos naquela "super oferta" da loja de
componentes, valem as sugestões aqui descritas.
Até que valor de tensão pode ser aplicado a um determinado tipo de capacitor?
Como regra geral prática, para baixas tensões, deve-se verificar no diagrama
esquemático, qual a tensão de alimentação do circuito, através de pilhas e baterias ou
através de uma fonte de alimentação.
Determina-se o valor da mínima tensão de trabalho dos capacitores tomando-se a
tensão de alimentação do circuito e multiplicando-a por 2 (aprox. 1,42). Por exemplo, um
circuito que trabalha com uma bateria de 12V, deve ter capacitores que tenham tensão de
trabalho de no mínimo 12V x 1,42 = 17,04V. Neste caso, deve-se usar capacitores com
valores acima de 20V.
Quanto maior a tensão de trabalho de um capacitor, maior o seu tamanho físico. Isso
deve ser levado em consideração, no caso de uma possível substituição, em montagens
compactas e em placas de circuito impresso, onde geralmente os espaços disponíveis são
pequenos.
Capacitores que trabalham em circuitos de alta estabilidade, como osciladores de
radiofrequência (usados em receptores e transmissores de rádio e equipamentos
similares) e outros, geralmente usam capacitores com coeficiente de temperatura igual a
zero (NPO), do tipo mica prateada, disco cerâmico, poliestireno, plate, etc. Este tipo de
capacitor deve ser de muito boa qualidade e bem selecionado. O diagrama esquemático e
a lista de materiais de um determinado circuito eletrônico costumam indicar, além do valor
de capacitância, o tipo, tensão de trabalho, disposição dos terminais e características
especiais como o coeficiente de temperatura.
Se um circuito oscilador indica um capacitor de "47pF, disco cerâmico, NPO", nunca
deve ser usado para este capacitor um de poliéster, disco cerâmico N750, etc. A
substituição pode ser feita por um outro que trabalhe no mesmo tipo de circuito, como
indicado na tabela 4.
Tabela 4 - TIPOS, FAIXAS DE VALORES, TOLERÂNCIAS, TENSÕES E
APLICAÇÕES DE CAPACITORES
Neste exemplo, pode ser usado um capacitor de mica prateada, stiroflex ou plate
NPO.
Os capacitores do tipo mica prateada são excelentes para circuitos onde se requer
alta estabilidade em função da temperatura. Entretanto, estes capacitores são difíceis de
serem encontrados e os modelos mais indicados para sua substituição são os de disco
cerâmico NP0, o plate NP0 e o stiroflex.
Os capacitores de disco cerâmico podem ser encontrados numa ampla gama de
capacitância e coeficiente de temperatura. Os valores são impressos no próprio corpo do
capacitor, como mostra a figura 18. O sistema de marcação varia, conforme o fabricante
e a mencionada figura mostra alguns exemplos.
Figura 18 Marcação de valores em capacitores cerâmicos de disco
08/11/13 – pem – Ver 0
Capitulo 3
INDUTORES
Introdução
Os indutores são bastante usados em circuitos de radiofrequência (RF), como os
usados em receptores de rádio, TV, FM. Na sua fôrma mais simples consistem de um
pedaço de fio enrolado em uma fôrma (tubo) de material isolante como plástico, cerâmica
ou fenolite ou mesmo sem fôrma (ar). Esse enrolamento simples é conhecido por bobina.
O indutor tem funções diferentes, dependendo do circuito onde ele é usado. Pode
produzir sinais de corrente alternada (CA) de rádio e TV, quando usado nos circuitos
osciladores. Pode bloquear uma frequência alta (CA) e deixar passar uma frequência
baixa, quando usado nos filtros.
UM POUCO DE HISTÓRIA
1 milihenry = 0,001 H = 1 mH
1 microhenry = 0,000001 H = 1 μH
Tipos de indutores
Como os resistores e capacitores, o indutor também pode ser encontrado em três
tipos básicos: fixos, ajustáveis e variáveis. Os indutores variáveis são usados em casos
especiais e nos circuitos eletrônicos comuns os mais usados são os fixos e os ajustáveis.
Valores padrões e tolerâncias
Modernamente os indutores usados nos circuitos eletrônicos são do tipo miniatura e
podem ser encontrados em valores normais da série "E12", para baixas correntes. Ver (a)
e (b) da figura 23.
O experimentador eletrônico muitas vezes precisa construir seus próprios indutores,
com fio esmaltado enrolado em fôrmas de plástico ou papelão. Nem sempre o valor
desejado é disponível comercialmente e quase todos os artigos técnicos de livros e
revistas especializadas dão os dados construtivos dos indutores usados.
Dos dois tipos modernos de indutores miniatura encontrados no comércio, um deles
tem o valor marcado no próprio corpo plástico, como mostrado na figura 3.2 (b). O outro
tipo ((a) na mesma figura) tem um formato semelhante a um resistor de 1/3W e usa o
código de cores para a indicação do valor.
Existem alguns modelos de indutores, muito parecidos com transformadores,
chamados choques de filtro. Esses indutores, com alta indutância, são usados em fontes
de alimentação. Normalmente os indutores usados em eletrônica têm baixa indutância, da
ordem de microhenry e milihenry.
Construção de indutores
O indutor mais simples que existe é construído com um pedaço de fio enrolado em
fôrma de uma bobina ou mola, como ilustrado em (a) da figura 19. Este indutor não tem
uma fôrma, que é o suporte aonde vai enrolado o fio do indutor. Além disso, diz-se que o
mesmo tem núcleo de ar. O núcleo de um indutor é o material que vai colocado dento da
fôrma do indutor.
Com núcleo usam-se basicamente dois materiais: ferrite e pó de ferro. Geralmente
os indutores de núcleo de ferrite ou pó de ferro possuem o núcleo móvel, sendo este tipo
chamado de "ajustável".
As fôrmas do indutor podem ser de papelão isolante (fenolite), plástico e cerâmica.
No caso de indutores com núcleos de ar, são usados fios grossos para a sua construção,
sendo os mesmos auto suportados, como em (a) da figura 19.
Os fios usados para a construção dos indutores são os fios de cobre esmaltados e
no caso do espaçamento entre espiras ser grande usa-se fio de cobre nu, estanhado ou
prateado.
A indutância de um indutor é dada basicamente pelo número de espiras, diâmetro da
fôrma, comprimento do enrolamento e material do núcleo. A figura 20 mostra os
elementos construtivos de um indutor, geralmente do tipo enrolado pelo próprio
experimentador (a).
Algumas vezes o indutor é montado dentro de uma blindagem para protegê-lo de
campos magnéticos externos que possam alterar o seu funcionamento, como mostrado em
(b) da figura 20. Terminais na parte inferior da blindagem permitem a montagem do indutor
numa placa de circuito impresso.
Algumas fôrmas possuem terminais na parte inferior, para soldagem do fio da bobina
e posterior inclusão do indutor ao circuito, numa placa de circuito impresso ou não.
Símbolos gráficos
Os símbolos gráficos dos indutores lembram uma "mola", como mostrado na figura
21. Em (a) é mostrado o símbolo geral de indutor fixo, sem núcleo. Em (b) é mostrado um
indutor fixo com núcleo de ferro. Em (c), a linha tracejada indica um indutor fixo com núcleo
de pó de ferro ou ferrite.
O indutor mostrado em (d) da mesma figura já é um indutor ajustável, com núcleo de
ferrite ou pó de ferro. Dois indutores ajustáveis, com enrolamentos acoplados entre si, são
mostrados em (e) enquanto que o desenho (f) ilustra um indutor fixo com derivação
("tomada").
Indutores não tem polarização e algumas vezes, junto ao símbolo gráfico, aparece um
pequeno círculo preto, indicando o início do enrolamento e onde ele deve ser conectado
ao circuito, como mostra o desenho (f) da figura 21.
Associação de indutores
Os indutores podem ser associados em série e paralelo, como outros componentes
eletrônicos. Entretanto, raramente encontra-se algum circuito eletrônico onde os mesmo
são associados. A figura 3.5 mostra as associações normais de indutores
Figura 22 - Associação de indutores
Os indutores mostrados em (a), (b) e (c) da figura 23 são indutores fixos miniaturas,
conhecidos por micro choques. O um indutor em (i) é construído a mão, enrolando-se um
fio de cobre esmaltados sobre uma forma de fenolite .Nesse tipo de indutor, se o fio for
grosso, ele pode ser auto suportado, sem necessidades de uma forma. Esse tipo de
indutor é conhecido como núcleo de ar. Já o indutor fixo mostrado em (d) é um choque de
RF. As figuras (f) e (g) são indutores toroidais. Os indutores da figura (h) são micro
choques vistos de outro ângulo. Os azuis têm o seu valor impresso no topo.
Os indutores mostrados em (d), (e) e (f) também podem ser classificados como
choques de RF, todos para baixa corrente. No caso do desenho (c), o enrolamento é do
tipo "ninho de abelha", feito por máquina especial. O choque de RF (d) é simplesmente
uma série de espiras de fio isolado (esmaltado), enroladas numa fôrma de material
isolante, geralmente cerâmica ou plástica.
Nos circuitos modernos, de baixa potência, os indutores mais usados são os
ilustrados em (e), (f), (g) e da figura 23. O indutor (e) é um tipo comumente conhecido por
"micro choque", usado em circuitos de pequena potência e tem o seu valor marcado no
corpo através do código de cores..
Os micro choques tem tamanho reduzido e seu corpo varia de aproximadamente 3,5
mm a 15 mm, com diâmetro variando de aproximadamente 2,5mm a 6mm. Os micro
choques são encontrados em valores que variam de aproximadamente 0,1 μH a 1000 μH.
A corrente máxima permitida varia conforme o valor do choque, sendo de
aproximadamente 40mACC para os micro choques de valor alto (em torno de 1000μH) e
de aproximadamente 300 mACC para micro choques de valor baixo (em torno de 1μH).
O indutor mostrado em (h) da figura 23 é outro tipo popular de indutor de pequeno
tamanho, facilmente encontrado no mercado. Este indutor é fabricado em diversos valores,
dentro da série "E12", para uso geral. Também são indutores para pequenas correntes, da
ordem de 50 a 100 mA, dependendo do valor.
Esses indutores têm o valor impresso no topo do invólucro, como mostrado no
desenho (f).
Os indutores do desenho (f) e (g), na figura 23, é um indutor fixo, com núcleo
toroidal, ou seja, em fôrma de um toróide. Esse indutor geralmente é construído pelo
próprio experimentador, adquirindo-se o núcleo em lojas especializadas. O núcleo toroidal
pode ser de ferrite ou pó de ferro, sendo fabricado em várias dimensões, para várias
frequências de uso. O enrolamento desse indutor já é algo mais complicado do que os
indutores normais. A vantagem no uso de núcleo toroidal é que o mesmo possui uma "auto
blindagem", não necessitando invólucros de metais.
Indutores ajustáveis
Os indutores ajustáveis também podem ser encontrados em vários formatos físicos e
os mais populares são ilustrados na figura 24
Figura 24 - Indutores ajustáveis
TRANSFORMADORES
Transformadores também são componentes muito especiais dentro do estudo de
indutores. Como o nome indica, os transformadores "transformam" uma tensão (voltagem)
CA em outra voltagem CA, de maior ou menor valor. Transformadores só funcionam em CA
- Corrente Alternada.
Um transformador básico pode ser construído como mostrado na figura 3.10. Um
enrolamento é chamado de primário, onde vai ser conectada a tensão disponível e o outro
enrolamento é chamado de secundário, onde se pode retirar uma outra tensão maior, igual
ou menor do que a tensão aplicada no primário do transformador.
Uma impedância muito conhecida é o valor dado aos alto-falantes, que são
especificados em 4Ω, 8Ω, 16Ω, etc. Essa "resistência" na verdade é a impedância que o
alto-falante apresenta. Alguns amplificadores de som tem impedância de saída diferente
da dos alto-falantes, como 1kΩ, por exemplo. Ver figura 29.
Daí a necessidade do uso de um transformador de saída, para "casar" a impedância
do amplificador com a impedância do alto-falante, para máximo rendimento. A figura 30
mostra essas características.
Como adquirir e substituir
INDUTORES
Duas características são fundamentais para a correta escolha de um indutor: a
indutância em si e a corrente máxima que vai circular pelo indutor. As listas de materiais
para montagem de circuitos eletrônicos trazem esses valores. Entretanto, para o caso de
circuitos de baixas potências, onde são usado os micro choques, nem sempre a corrente é
informada. Neste caso, é necessário avaliar a corrente do circuito e verificar se o indutor
irá suportar essa corrente.
Normalmente os indutores pré-fabricados podem ser encontrados em valores dentro
das série "E6" e "E12". Os indutores pré-fabricados, do tipo micro choques e similares
trabalham com baixas correntes, da ordem de 100mA para indutores de baixo valor (em
torno de 10 μH) a 10mA para indutores de valor maior (em torno de 1000 μH).
Na grande maioria dos circuitos experimentais, o montador deverá confeccionar seus
próprios indutores, que variam desde simples indutores com núcleos de ar, feitos de fio
esmaltado, até indutores mais elaborados, com dois ou três enrolamentos, feitos em
fôrmas com núcleo variável ou núcleos toroidais. Normalmente esses circuitos ou
montagens eletrônicas trazem todas especificações para enrolamentos dos indutores,
como número de espiras, tipo e diâmetro do fio a ser usado, espaçamento entre espiras,
diâmetro da fôrma, tipo do núcleo, etc.
Em alguns circuitos, para o experimentador avançado, pode aparecer somente o
valor da indutância a ser usada, com algumas características do fio ou do tipo de núcleo a
ser usado. Isso costuma ocorrer com núcleos de ferrite ou pó de ferro, no formato toroidal.
Uma boa maneira de construir esses indutores é usar as tabelas fornecidas pelos
fabricantes, como a MICROMETALS® e a AMIDON® (USA), que fornecem os dados para
construção de uma enorme gama de indutores, usando núcleos toroidais.
Você também pode construir um “indutometro” ou seja, um medidor de indutâncias,
como descrito mais adiante nesse livro.
Ao usar núcleos de ferrite ou pó de ferro, o experimentador não poderá trocá-los,
pois poderá causar mau funcionamento do circuito onde os indutores vão ser usados. Dai,
a necessidade de um catálogo do fabricante, que fornece instruções para construção, usos
corretos dos materiais do núcleo e dicas importantes. A figura 31 mostra os tipos de
núcleos de ferrite e pó de ferro usado para bobinas.
O enrolamento pode ser chamado de cerrado, quando as espiras são enroladas uma
ao lado da outra e espaçado quando as espiras tem um certo espaçamento entre as
mesmas. Em alguns casos são usados fios nu (sem esmalte ou capa plástica) e fios de
cobre estanhados. A figura 32 ilustra os detalhes de uma bobina e fornece uma fórmula
que permite calcular a indutância de uma bobina simples, com boa aproximação.
Figura 32 Calculo de uma bobina simples
TRANSFORMADORES
Comparado com os componentes eletrônicos já analisados nesse trabalho, o
transformador é o mais caro deles e em muitos projetos eletrônicos que o experimentador
vai realizar ele pode ser o componente mais custoso do conjunto. Por isso é necessário
prestar bastante atenção a sua correta seleção.
Normalmente os transformadores de potência (ou força) usados em fontes de
alimentação, são especificados em função da tensão e da corrente do secundário, para
circuitos de baixa potência. A tensão do primário do transformador vai depender da tensão
da rede de energia elétrica aonde o circuito vai se ligado: 110, 127 ou 220 V. A corrente do
primário não precisa ser fornecida e estará correta se o transformador for de boa
procedência.
Assim sendo, pode-se ter na lista de materiais:
TR1 = Transformador de força, primário de 127 e 220 V,
secundário de 12 + 12 V, 5 A, montagem vertical.
Isso significa que o TR1 tem um primário que tanto pode ser ligado em 127V quanto
em 220V. O secundário tem dois enrolamentos de 12V cada e deve fornecer uma corrente
de 5A cada. A construção do mesmo deve ser vertical.
Pode-se ter outra lista de materiais como:
Neste caso, o secundário tem somente um enrolamento, com uma tomada central. A
figura 34 ilustra os símbolos gráficos desses dois transformadores.
Por exemplo, dois enrolamentos secundários de 5V podem ser ligados em série, para
se obter uma tensão total de 10V. A corrente máxima é a corrente de um dos enrolamentos
(a menor delas). Como outro exemplo, se um circuito requer 12 V com uma corrente de 2A
e o transformador possui dois enrolamentos de 12V com 1A, os dois enrolamentos podem
ser ligados em paralelo. A tensão resultante continua sendo 12V, mas a corrente que pode
ser solicitada passa para 2A, ao invés de 1A de cada enrolamento.
Ao se conectar enrolamentos em paralelo, dois fatos precisam ser levados em
consideração: (1) os enrolamentos precisam ter a mesma tensão e (2) os inícios dos
enrolamentos são conectados juntos, bem com os dois finais do enrolamento. Se essas
conexões forem invertidas, o transformador irá se aquecer podendo ser danificado.
Ao se adquirir um transformador é importante observar a sua construção mecânica,
onde as chapas de ferro do núcleo devem estar bem cortadas e alinhadas, dando a
impressão de que o núcleo forma uma só peça. Transformadores de baixa qualidade têm
estas chapas mal estampadas, parecendo que cada uma delas tem uma dimensão.
Observar também o acabamento da bobina, que deve ter bom isolamento, sem espiras de
fio saindo. Montagens dos enrolamentos em carretéis plásticos dão um bom acabamento
aos enrolamentos e ao transformador.
Como recomendação final é interessante procurar adquirir o transformador de uma
marca conhecida ou recomendada por outros experimentadores. Como alternativa, o
transformador pode ser enrolado em uma oficina recomendada, tomando-se cuidado com
a escolha do núcleo. Não deixar o técnico enrolador usar "aquele núcleo importado", pois
certamente os problemas irão aparecer. O núcleo também pode ser adquirido em casas
especializadas, podendo ser encontrados núcleos de ótima qualidade no país.
Capitulo 4
DIODOS SEMICONDUTORES
Introdução
Com a invenção dos semicondutores, uma nova revolução tomou conta da eletrônica.
Você vai ver como os diodos semicondutores podem ser usados em diversas aplicações
básicas nas montagens que você vai realizar. O diodo é o dispositivo semicondutor mais
simples encontrado em eletrônica. Na realidade a palavra diodo refere-se a uma família de
componentes eletrônicos semicondutores.
Tamanho e potencia
Os diodos semicondutores, usados normalmente em eletrônica, têm um formado
parecido com o dos resistores: o corpo dos mesmos tem a forma cilíndrica com dois
terminais nos extremos. Algumas vezes os diodos são montados em conjuntos de quatro
peças, para aplicação como pontes retificadoras.
Em aplicações de alta potencia, os diodos costumam ser de metal, montados em
dissipadores, para eliminar o calor do corpo dos mesmos, durante o funcionamento. Nesse
caso, eles são especificados em função da máxima corrente direta que pode circular pelos
mesmos.
Tipos de diodos
Basicamente, dois tipos de materiais são usados para a construção de diodos: o
germânio (Ge) e o silício (Si). Geralmente os diodos costumam ser classificados pela sua
ação nos circuitos eletrônicos, como retificadores, estabilizadores de tens, multiplicadores,
ceifadores, indicadores (LED), etc.
Tensão e corrente de trabalho
O diodo tem duas características básicas importantes ao ser escolhido para uma
determinada aplicação: a tensão inversa e a corrente direta.
A tensão inversa é a máxima tensão que o diodo pode suportar, quando ele está
polarizado inversamente, sem que ocorram danos a junção PN.
Já a corrente direta é a máxima corrente que pode circular pelo diodo, quando ele
está polarizado diretamente. Os fabricantes fornecem essas duas especificações para os
diversos modelos de diodos fabricados.
A figura 36 ilustra a condução do diodo, para a polarização direta e polarização
inversa.
No desenho (a) da figura 36, o diodo está polarizado diretamente e circula uma
grande corrente pelo medidor. Já no desenho (b) o diodo está polarizado inversamente e
circula uma diminuta corrente pelo medidor.
A máxima tensão inversa é aplicada no diodo quando ele está polarizado
inversamente, como em (b) acima. Essa tensão inversa pode ir de algumas poucas
dezenas de volts a centenas de volts. A máxima corrente direta circula pelo diodo com
polarização direta, como em (a) acima. A corrente direta vai de alguns miliampères (mA)
até centenas de ampères, nos diodos de potência.
Códigos e modelos
Encontram-se no mercado diodos provenientes de três regiões do planeta: Estados
Unidos, Europa e Japão. (agora tem a China mas desconhecemos diodos desse pais)
Cada um dos fabricantes dessas regiões adota uma nomenclatura e um código, para seus
modelos.
Os Estados Unidos (USA) adotam um código onde o modelo do diodo aparece como,
por exemplo, “1N4001".
Já vários países da Europa adotam um código que pode ser “BY127" enquanto que
no Japão o diodo pode vir marcado “1SA53". Dai a necessidade de sempre consultar o
“Manual de Diodos” dos diversos fabricantes, para se levantar as características de um
determinado diodo. Ver detalhes de como adquirir e substituir mais para frente, nesse
capítulo.
Esse código vem impresso diretamente no corpo do diodo semicondutor. O corpo dos
diodos pode ser de plástico, vidro, metal ou cerâmica. Uma faixa colorida sobre o corpo,
indica sempre o catodo. Ver figura 39.
O formato físico dos diodos vai ser mostrado quando discutirmos os diversos tipos,
conforme suas aplicações.
Símbolos gráficos
Vamos adotar os símbolos padrões no Brasil, da ABNT. Veja a figura 37.
Associação de diodos
Dentro de certos limites, os diodos retificadores podem ser associados em série,
para se obter maior tensão inversa. No caso da associação em paralelo, de diodos iguais,
obtêm-se maior corrente direta. Veja detalhes na figura 38.
Figura 38 Associação de diodos
Diodos retificadores
Os diodos retificadores são os mais usados nos circuitos eletrônicos comuns,
principalmente em fontes de alimentação.
As principais especificações que devem ser levadas em conta ao usar um diodos
retificadores são: máxima tensão inversa e máxima corrente direta. Esses dados também
são mostrados na tabela da figura 38.
Os formatos físicos mais comuns desses diodos são mostrados na figura 39.
Os diodos (a) e (b) da figura 4.4 tem o corpo plástico e são retificadores para
correntes de 1 a 3A. O diodo mostrado em (c) tem o corpo metálico e pode ser
encontrado para correntes até cerca de 3A. Já o diodos metálico mostrado em (d) é para
corrente ala e tem uma rosca para montagem direta em um dissipador. Em (e) são
mostradas duas pontes retificadoras com invólucro em plástico. Note que na ponte
retificadora de cor verde dá para notar a marcação de onde deve ser aplicada a CA e
onde é a saída de CC. Em (f) é mostrada outro tipo de ponte retificadora para alta
corrente. Essas pontes podem chegar a dezenas de amperes.
As pontes retificadoras para altas correntes dissipam muito calor e são montadas em
um dissipador de calor, como o mostrado na figura 40.
Diodos zener
Os diodos zener são componentes especiais, para regular uma tensão, que pode ir
de 1V até dezenas de volts, em várias potências, que vão de 0,5Watt dezenas de watts.
Esses diodos, de importância para o montador, são usados até cerca de 24V, com
potência de 0,5 a 3W. A tabela 6 mostra as características de alguns modelos.
Normalmente esses diodos tem o invólucro de vidro, para potência até 1W. As vezes
tem o invólucro de plástico (epóxi) para essas potências. O formato é o mesmo mostrado
em (a) da figura 41.
O diodo varicap
O diodo conhecido por varicap é um diodo de capacitância variável em função da
tensão aplicada ao mesmo. Esse diodo é empregado nos modernos receptores de rádio,
AM, FM e TV, para a sintonia das estações. O amador, em suas montagens, também irá
encontrá-los. A tabela 7 mostra as principais características de alguns varicaps.
A foto 42 ilustra alguns formatos físicos de varicaps. Note que esses formatos
também são usados para outros tipos de diodos.
Diodos de sinal
Com esse nome existem dois tipos principais de diodos: os diodos detectores e os
diodos de chaveamento. Os diodos detectores são usados para detectar sinais de rádio,
AM, FM, TV, etc. em circuitos desses tipos de aparelhos enquanto que os diodos de
chaveamento fazem papel de “chaves” em determinados tipos de circuitos eletrônicos. A
tabela 8 mostra alguns tipos de diodos dos modelos descritos.
Inventores do transistor: Em
1948, os engenheiros dos Laboratórios
Bell, John Bardeen, Walter Brattain e
William Shockley inventaram o
transistor
Transistores bipolares
Os transistores bipolares são assim chamados devido a dois tipos de carga que
contribuem para seu funcionamento: elétrons e buracos. Têm os três terminais chamados
de base, emissor e coletor.
Em aplicações normais de audiofrequência (frequências audíveis) e algumas
aplicações de RF, eles são usados em três configurações de circuitos, dependendo de qual
terminal é comum a entrada e saída: base comum, emissor comum e coletor comum.
Esses três tipos de configurações estão ilustrados na figura 49.
Vamos tentar dar umas dicas de como usar esse Guia ECG ou outros similares.
1º passo: Verifique o circuito, na revista ou livro, e estude o transistor usado. Veja o
símbolo no circuito, descrição no corpo do texto do artigo, descrição na lista de materiais,
etc. Quanto mais informações, melhor.
2º passo: Verifique se o modelo indicado está disponível no comércio de
componentes eletrônicos. Muitas vezes o transistor indicado é facilmente encontrado no
exterior e não no país. Em alguns casos, se você quiser mesmo montar o circuito, será
necessária a aquisição no exterior, via Correio. Veja mais dicas no capítulo sobre
Montagens.
3º passo: Se você não achar, consulte o Guia de Substituição disponível e obtenha
as principais características, como foi apresentado na tabela 9, e reproduzidas na figura
54.
Figura 57 CI de áudio
Símbolos gráficos
Os símbolos gráficos dos CI são simplificados, sempre mostrando os blocos e não o
circuito interno de cada um. A figura 59 mostra alguns símbolos.
Esses CI costumam usar invólucros do tipo DIP, de plástico, de 8 ou mais pinos. Ver
desenhos (a) e (b) da figura 56.
CI Amplificadores de áudio
Os amplificadores de áudio são bastante conhecidos e módulos de potência, com
circuitos integrados, podem ser encontrados em vários potências, desde alguns watts até
dezenas de watts. Isso torna extremamente simples a montagem de amplificadores de
áudio (som) de alta qualidade. Veja figura 57.
O desenho da figura 58 mostra um CI para uso em amplificadores de áudio,
montado num dissipador de calor. A figura 61 ilustra CIs específicos para amplificadores
de áudio, com potencias indos de frações de watts a centenas de watts. Consulte sempre
os “data sheets” dos fabricantes, na Internet, para circuitos, pinagens, montagens, etc.
A conexão do display de LED é indicada no circuito do projeto e quase sempre ele vai
montado numa placa de circuito impresso.
Ainda existem os displays digitais de LCD, que são bastante usados devido ao seu
baixo consumo quando comparado com os displays de LEDs.
Ver vários displays de LED e de LCD nas fotos da figura 65. Nessa figura, em (a)
são mostrados vários tamanhos de displays de LEDs, frente e verso. Em (b) é mostrado
um display de LCD de 40 pinos.
Figura 65 Formatos de displays de LEDs e LCD
Os SCR tem três terminais: a = anodo, c = catodo e g = Gate (porta) que faz o
disparo de controle do mesmo.
O símbolo gráfico para um SCR e TRIAC é mostrado na figura 66 bem como os
formatos físicos desses semicondutores.
b) O TRIAC é similar ao SCR, exceto pelo fato de que ele trabalha com CA (Corrente
Alternada). Na realidade, um TRIAC é composto de dois SCR, com apenas um Gate
(porta). Os outros dois terminais são os T1 = Terminal 1 e o T2 = Terminal 2. Cada um
desses terminais pode atuar como anodo e catodo.
Como adquirir e substituir
Basicamente as características que você deve analisar são:
1. Máxima corrente direta (I T max) e
2. Máxima tensão de pico repetitiva (VDRM).
Uma boa pilha ou bateria, para usar num circuito eletrônico, é a alcalina. Ela tem de
duas a dez vezes a duração de uma pilha ou bateria de carvão-zinco e pode ser
encontrada em 1,5V e baterias de 9V. Se possível e o custo permitir, use pilhas e baterias
recarregáveis, pois vale a pena. Cuidado com as diversas marcas que existem no
mercado. Entre no site do fabricante que quase todos eles dão dicas de como reconhecer
uma pilha falsa, geralmente de “origem geográfica desconhecida!.
Como já informei, não tenho nenhum vinculo com fabricante ou fornecer de pilhas e
baterias, mas me sinto na obrigação de informar pilhas de boa qualidade, disponíveis no
Brasil, para que você não entre em fria ao adquirir: são as “ENELOOP®”, fabricas pela
SANYO®. Mas cuidado: elas também já estão sendo falsificadas!
A figura 68 mostra uma série de pilhas e baterias. Em (a) uma bateria de 9V,
alcalina, com o clipe de conexão da bateria ao circuito. Em (b) uma bateria recarregável,
de 7,2V, de níquel-cádmio. Em (c) e (e), porta pilhas. Em (d) vários modelos de pilhas de
zinco-carvão.
A pilha recarregável de níquel-cádmio e a de lítio, são as melhores para se usar
apesar de ter preço mais alto. Ela comumente é chamada de “Ni-Cd” e elimina
necessidade de troca constante de pilhas. Essas pilhas também são encontradas em
forma de baterias de 6 a 12V (aprox.) e tem alta capacidade de corrente. Carregadores
para essas pilhas e baterias podem ser encontrados no comércio ou mesmo montados
pelo amador.
Figura 68 Pilhas e baterias
b) Usos
Ao usar pilhas e baterias, seja de qual for o tipo, lembre-se:
- Sempre use pilhas do mesmo tipo. Não misture.
- Remova as pilhas ou bateria se o equipamento não for usado por um longo período
de tempo.
- Pilhas e baterias, quando esgotadas, devem ser descartadas em lugares
apropriados (lembre-se da mãe natureza).
- Pilhas do tipo carvão-zinco não devem ser recarregadas. Não existem fórmulas
milagrosas e elas podem explodir se você tentar recarregá-las.
Para conveniência de montagem, deve ser usado um porta-pilha ou suporte para
pilhas, de plástico, facilmente encontrados em vários formatos e número de pilhas.
Símbolos gráficos
Nos capítulos anteriores já foram mostrados os símbolos gráficos para pilhas e
baterias, repetidos na figura 69.
Figura 13 Símbolos gráficos de pilhas e baterias
Chaves e interruptores
Características
Já que você vai usar CC ou CA para alimentar o seu projeto, você vai precisar de um
interruptor do tipo “liga-desliga”, para as pilhas ou fonte de alimentação. Sempre é
aconselhável usar um interruptor, geralmente montado no painel do aparelho.
Existe ai uma infinidade de tipos, mas o mais comum é o “1 polo x 1 posição, ou seja,
ele interrompe apenas um fio e tem posições de “liga” e “desliga”. Esse tipo é mostrado na
figura 70, em (a). Note que você pode encontrar interruptores que são montados em um
furo redondo feito no painel (geralmente Ø1/4") ou através de um furo quadrado o que dá
mais mão de obra para furar o painel. Veja figura 70 (b).
Figura 70 Interruptores
Símbolos gráficos
Os símbolos gráficos para chaves e interruptores podem ser vistos na figura 72.
Conectores
a) Características
Como acontece com vários outros tipos de componentes, também existe uma grande
variedade de tipos de conectores. Para facilitar o trabalho, podemos tentar uma
classificação como a abaixo.
- Conectores de potência, usados geralmente na rede de alimentação de energia
elétrica, em 127 e 220V. Esses conectores, além dessa tensão relativamente alta, trabalha
em alguns casos, também, com altas correntes. A frequência da tensão de CA da rede
elétrica é de 60 Hz.
- Conectores de áudio, usados em circuitos de áudio, amplificação. Conectores desse
tipo trabalham com baixos níveis de sinais e frequência que variam de aprox. 10Hz a 20
kHz. Conectores comuns nessa aplicação são os plug para microfone, conectores tipo
“RCA” e outros tipos de plugs e jacks.
- Conectores para RF (Rádio Frequência), usados em circuitos de rádio, TV,
transmissores, etc. As frequências normais de rádio vão de 550 kHz até 30 MHz,
aproximadamente. Circuitos que trabalham em VHF, vão de 30 a 300 MHz.
- Conectores para sinais digitais, usados em microcomputadores, periféricos,
monitores, etc.
A figura 73 mostra alguns conectores dos tipos mais usados pelo montador amador.
O desenho (a) mostra uma barra de terminais, geralmente usados para circuitos de
alta potência. Em (b) é mostrado um par de bornes tipo “banana”, fêmea, comumente
usado na saída de fontes de alimentação, saída de alto-falantes em amplificadores de
áudio, etc.
Em (c) é mostrado um conector fêmea tipo “DIN” usado em circuitos de
amplificadores de áudio. O conector macho mostrado em (d) é um conector de microfone.
Os desenhos (e) e (f) mostram fêmea e macho do conector tipo fone de ouvido, tamanho
normal. Em (g) pode ser visto o mesmo tipo de conector de (f), mas miniatura, com 2,5
mm de diâmetro. Por fim, os desenhos (h) e (I) mostram os bastante usados conectores
tipo “RCA”, muito usados em Áudio Frequência.
Figura 73 Conectores usados em eletrônica
Usos
Os principais usos dos conectores já foram citados acima, de acordo com a potência,
tipo, etc.
Símbolos gráficos
A figura 76 mostra os símbolos gráficos para alguns conectores de uso mais
frequente.
Símbolos gráficos
Não existe um símbolo gráfico específico para o soquete de CI. Os CIs são
desenhados no próprio circuito, como retângulos e colocados números para identificação
dos pinos.
Fusíveis
A grande maioria dos circuitos eletrônicos, que contém fontes de alimentação, pede o
uso obrigatório de um fusível, que é um componente de proteção do equipamento que o
montador vai usar.
a) Características
Os fusíveis são encontrados em vários formatos e a especificação é feita em relação
a:
- Máxima corrente que ele pode suportar,
- Tamanho padronizado e
- Tipo de retardo da ação do fusível: rápido, ação lenta, etc.
.
Figura 78 Fusíveis e porta fusíveis
Nessa figura, o desenho (a) mostra dois reles miniaturas, com capa de proteção feita
de plástico. Em (b) um relé normal, aberto, mostrando contatos, mola e bobina. Em (c) um
outro tipo de relé chamado “relé de lâmina” (reed relay), sendo vista a ampola de vidro,
com as lâminas. Essas lâminas operam (abrem e fecham) sob a ação de um campo
magnético produzido por uma bobina que pode estar montada no próprio relé ou sob a
ação de um imã que se aproxima da ampola.
Em (d) o relé de lâmina, internamente, mostrando a bobina de atuação. Em (e)
alguns modelos miniatura de relés de lâminas, para montagem em placas de circuito
impresso.
Símbolos gráficos
Os símbolos gráficos para reles são ilustrado na figura 81 e servem para qualquer
tipo de rele.
A figura 81 mostra o símbolo do relé, com algumas variações para os contatos. Note
que esses contatos são semelhantes a chaves uma vez que o relé , na realidade, é uma
chave de diferente tipo de acionamento.
Nessa figura, em (a), temos um relé de 1 polo e 1 posição, ou seja, ele abre e fecha
um contato, de apenas 1 polo (1 fio). Um relé com 2 polos e uma posição, é visto em (b).
O relé mostrado em (c) tem 1 polo e duas posições, ou seja, esse 1 pólo (1 fio) pode ser
conectado a dois lugares diferentes.
Em (d) da mesma figura é mostrado o símbolo de um rele de 2 pólos x 2 posições,
como também é esse tipo o mostrado na foto ao lado desse símbolo. Note a localização
dos contatos e terminais de alimentação da bobina.
Usos
Em alguns projetos eletrônicos de alarme ou chaveamento, você vai encontrar relés.
Quando as correntes a serem chaveadas ou comutadas tiverem valores elevados, é
necessário ter relés cujos contatos suportem essas correntes. Uma consulta ao manual do
fabricante fornece todos os dados.
Os relés de lâmina (reed) são pequenos e exigem pouca corrente para funcionar,
sendo ideais para a montagem em placas de circuito impresso, onde ocupam pouco
espaço. Já os reles normais, podem ser encontrados em tamanho miniatura, totalmente
encapsulados em plástico, apenas com os contatos saindo de sua base.
Muitos relés encapsulados em plástico costumam ter no próprio corpo um desenho
das conexões e seus terminais são numerados para facilidade de conexão.
Todos os tipos de relés, que tem bobinas, podem ser encontrados com diversas
tensões de funcionamento para a bobina: 6VCC, 12VCC, 127VCA, etc.
Alto-falantes e fones
Esses componentes devem ser seus velhos conhecidos... Os alto-falantes e fones
são usados em equipamentos de áudio e equipamentos eletrônicos que “produzem sons”
como receptores de radio, FM, TV, Microsystems, etc.
Características
Os alto-falantes costumam ser montados em caixas acústicas ou internamente em
receptores de rádio, TV, etc. Basicamente você vai escolher um alto-falante pelo diâmetro
(será que cabe na caixa?) e pela impedância do mesmo.
Na prática você vai encontrar alto-falantes de 1" (1 polegada = 2,54 cm) de diâmetro
até 12" ou 15". A impedância tem dois valores comuns no mercado: 4Ω e 8Ω. Use a
impedância recomendada no seu projeto.
Os fones também têm a impedância como fator principal e é possível achá-los em
dois modelos; o de cristal, miniatura e os de HI-FI, duplos, acolchoados, usados em
walkman, diskman, etc.
Usos
Basta você ler o item acima. Em seus projetos de montador amador, você vai usar
fones ou alto-falantes em pequenos receptores de rádio, alarme, etc. Procure sempre usar
componentes de boa qualidade já que as potências envolvidas costumam ser pequena.
A figura 82 mostra alguns tipos de fones e alto-falantes mais usados.
Em (a) da figura 10.1, é mostrado um cristal oscilador comum, que pode ser soldado
diretamente no circuito ou encaixado num soquete especial. O cristal ilustrado em (b) é
montado deitado no circuito. O cristal mostrado em (c), muito usado em “clock” de
computadores, é na realidade um circuito oscilador completo, com o próprio cristal e
componentes associados. A frequência na qual o cristal oscila é marcada no corpo do
mesmo.
Usos
Como já dito, o cristal de quartzo é usado como um elemento que produz uma
oscilação, numa determinada frequência. Junto com resistores, capacitores e transistores,
ele completa o chamado circuito oscilador, que será visto em maiores detalhes no capítulo
específico sobre isso.
Símbolos gráficos
O símbolo gráfico para o cristal é mostrado abaixo.
Fios e cabos
Nem sempre é dada a devida atenção, pelo montador, ao uso correto de fios e cabos
nos diversos circuitos eletrônicos. Existe uma grande variedade e aqui os tipos básicos
mais comuns para o amador são analisados.
Fios
Normalmente o montador usa fios de dois tipos básicos: o flexível, constituído de
vários condutores de pequeno diâmetro juntos e o rígido, constituído de apenas um
condutor sólido. A capa desses fios costuma ser de PVC, que é um isolante. Algumas
vezes os fios são usados sem a capa de PVC e então são chamados de “fios nus”. Outras
vezes usamos os fios esmaltados, como os aplicados em motores e transformadores.
Os fios vêm com a capa de PVC em diversas cores e é aconselhável usar essas
cores diversas, quando passamos vários fios juntos, numa determinada parte do circuito.
Algumas vezes eles podem ter mais de um fio, ao lado um do outro e então são chamados
de “multi-veias”, muito usados em computadores.
A figura 86 ilustra alguns tipos mais comuns. Os fios são especificados em função da
sua bitola, ou seja, do número AWG, que dá sua capacidade corrente: quanto maior o
diâmetro do fio, maior a corrente que ele pode suportar.
Os cabos mostrados em (a) e (b) da figura 87 são cabos de rede padrão brasileiro
ABNT. Podem ter dois ou três pinos. O cabo em (b) é um “rabicho de força”. Os cabos de
(c) a (f) são cabos blindados usados em áudio e aplicações semelhantes. O cabo
mostrado em (c) é do tipo usado para telefonia. Um cabo de rede está mostrado em (d).
Os cabos de rede também são especificados em função da sua bitola, que determina
a corrente que o mesmo poderá suportar. Os de áudio, em função do número de
condutores: monofônico ou estereofônico.
Na figura 88, PE = polietileno sólido e CEL = polietileno celular.
Fios de cobre esmaltados
Os fios de cobre esmaltados são bastante usados para a construção de
transformadores e bobinas. São constituídos por um fio de cobre, coberto por um verniz de
alta resistência a temperatura e abrasão.
Esse esmalte é um ótimo isolante e os fios, ao serem preparados para serem
soldados em um circuito, devem ter seus extremos lixados (ou raspados) até a completa
remoção do esmalte. A seguir, esses extremos devem ser estanhados para boa conexão
ao circuito.
A figura 89 mostra esses fios e dá uma tabela com alguns dados de interesse sobre
algumas bitolas dos mesmos.
Figura 19 Fio de cobre esmaltado e algumas bitolas de fios
Outros cabos
A figura 90 ilustra mais alguns tipos de cabos usados em eletrônica, com os quais o
montador amador poderá se deparar.
Símbolos gráficos
Os símbolos usados para fios e cabos estão mostrados na figura 91a seguir.
Figura 21 Símbolos gráficos de fios e cabos
25/11/13 – pem – Ver0
Capitulo 11
MICROFONES, NÚCLEOS E MEDIDORES
Introdução
Chegamos ao final da descrição dos principais componentes usados pelo montador
amador em seus projetos. Vamos conhecer os microfones, núcleos e medidores mais
comuns.
Microfones
Os microfones são dispositivos transdutores, que transformam a energia sonora em
energia elétrica. De interesse para o montador, são os microfones usados em circuitos de
áudio e os usados em circuitos de transmissores de rádio.
Características gerais
Geralmente os microfones usados em amplificadores de áudio, têm características
de faixa larga, ou seja, cobrem as frequências audíveis, de aproximadamente 20Hz a 15
kHz. Os microfones usados em rádio comunicação, já tem uma resposta de frequência
menor e em alguns casos tem uma chave incorporada, que permitem passar da recepção
para a transmissão.
De acordo com a tecnologia (ou material) de construção, os microfones levam esses
nomes: cristal, cerâmico, magnético, de condensador, etc.
A figura 92 mostra alguns modelos de microfones.
Figura 22 Microfones
Em (a) e (b) são mostrados microfones típicos de rádio comunicação enquanto que
em (c) é ilustrado um microfone usado em áudio amplificadores.
Símbolo gráfico
O símbolo gráfico geral para os microfones é mostrado na figura 93 abaixo.
Figura 23 Símbolo gráfico de microfone
Núcleos
O montador amador vai se defrontar com o uso de núcleos em dois componentes
eletrônicos já analisados: os transformadores e os indutores. No caso dos indutores, os
núcleos podem ser usados em indutores fixos e indutores variáveis, como discutido no
capitulo apropriado
Características gerais
Os núcleos usados em transformadores podem ser de dois tipos: os núcleos de ferro
laminado e os núcleos de ferrite. Nos transformadores usados em baixas frequências,
como os de fontes de alimentação (60 Hz), os núcleos são os de ferro laminados e no
caso de transformadores usados em áudio (20Hz a 15kHz), costuma-se usar núcleos de
ferrite.
A figura 94 mostra alguns desses núcleos de ferro laminado, que foram discutidos.
Umas palavras...
O diagrama esquemático
O diagrama esquemático já usa os símbolos gráficos que analisamos nos capítulos
anteriores, para os diversos componentes eletrônicos. Assim sendo, por exemplo, um
transformador conectado a um par de diodos retificadores é mostrado como o símbolo
gráfico do transformador, interligado aos diodos, através de fios. Analise a figura 2, (a).
Note que fios, representados por linhas, só tem contato elétrico quando unidos por
um pequeno círculo preto. No diagrama os fios podem se cruzar, e sem essa “bolinha” eles
não têm nenhum contato elétrico.
Normalmente os diagramas esquemáticos são “lidos” da esquerda para a direita e de
cima para baixo. Note que a identificação dos diversos componentes também segue essa
rota.
Em (b) da figura 2, já são mostrados os componentes reais interligados, num circuito
que funciona.
Figura 2 Diagrama esquemático e interligação dos blocos
Em vários tipos de outros circuitos, além da fonte de alimentação, existe mais uma
convenção usada, para a alimentação, baterias e caminho do sinal. Vamos ver a figura 3.
Quatro detalhes são importantes no diagrama da figura 3, já que são quase o
padrão para os desenhos de outros diagramas esquemáticos:
a) A entrada de sinal (Microfone) é colocada à esquerda, enquanto que a saída (Alto-
falante) está à direita. O fluxo do sinal é sempre da esquerda para a direita,
b) Os componentes são também numerados da esquerda para a direita, de cima
para baixo,
c) A alimentação do circuito, no caso uma bateria de 9V, é colocada a direita.
Quando usamos fonte de alimentação para 127/220V, ela costuma ser desenhadas a
esquerda do circuito, e.
d) A linha que alimenta o circuito está com o mais (+) na parte superior e como
menos (-) na parte inferior. Note que todos os componentes desenhados na linha marcada
pela letra “A”, dentro da seta, estão todos conectados ao polo positivo da bateria de 9V,
através da chave Ch1. Na linha marcada “B”, na base do diagrama, os componentes ai
desenhados, estão conectados a massa, terra ou “ponto comum do circuito”.
Figura 3 Diagrama esquemático de um amplificador de áudio convencional.
Junto com o diagrama esquemático do projeto que você vai montar, sempre é
fornecida a lista de materiais, contendo as especificações dos componentes usados.
Ela costuma listar:
a) Resistores, com valor, dissipação, tolerância;
b) Capacitores, com valor, tensão de trabalho, tipo de construção (cerâmico,
plástico, etc.);
c) Semicondutores, como diodos, transistores, circuitos integrados, display, LED,
com modelos e possível substituições;
d) Indutores, como transformadores, bobinas, choques de RF, etc.;
e) Por fim Diversos, onde entram dados sobre a caixa para o projeto (algumas
vezes), fios, cabos, parafusos, fusíveis, etc.
Figura 4 Lista de Materiais, conforme é fornecida pelas revistas ou livros (a maioria).
Para você ter uma ideia de uma lista de materiais real, veja a figura 4, tirada do
artigo “Montando o Receptor Simples e Eficiente”, publicado na revista “Eletrônica
Popular”.
a) a Lista mostrada refere-se ao circuito mostrado na Fig. 4 do artigo mencionado.
b) No caso dos Semicondutores, são dados dois modelos que podem ser usados e
indica que equivalentes também funcionam.
c) Na relação de Resistores, já é indicado que todos eles são de dissipação = 1/4 W
(0,25W), com tolerância de 5%, do tipo “carvão” (carbono).
d) No caso dos Capacitores, os tipos (de acordo com a construção), são indicados
no diagrama esquemático.
e) Os Diversos indicam as bobinas, que estão descritas no texto do artigo. Demais
diversos são: plaqueta de circuito impresso (desenho fornecido), fios, solda, etc.
Agora tudo junto: Diagrama esquemático, figuras, lista de materiais e texto,
Como será que tudo isso aparece num projeto real descrito em uma revista, para
ajudar o montador iniciante? Veja a figura 5, que é uma página real de uma revista.
(Mazzei, Paulo E. – ”Montando o Receptor Simples e Eficiente PY2DJW”, Revista
“Antenna - Eletrônica Popular”, Vol. 114, no.3, Dez/98 – Rio de Janeiro, RJ).
Figura 5 Pagina completa da revista, com diagrama esquemático, lista de materiais, etc.
Circuitos retificadores
Equipamentos eletrônicos usados pelo amador, como amplificadores, receptores,
transmissores, acessórios, etc. geralmente não são alimentados diretamente pela rede de
energia elétrica de 127 ou 220 VCA.
Os circuitos desses equipamentos precisam de CC para funcionar, com um valor de
tensão bem menor, geralmente entre 3 e 28 volts, com correntes variando de algumas
dezenas de miliampères até dezenas de ampères.
Dai entra o circuito retificador, que transforma a Corrente Alternada, em uma CC
pulsante. Essa CC pulsante ainda não tem os requisitos corretos para alimentar nenhum
circuito eletrônico convencional.
Para que tenhamos uma CC que possa ser usada, colocamos no circuito um filtro,
que nada mais é, na sua forma mais simples, um capacitor de alto valor, do tipo
eletrolítico. Analise a figura 7.
Figura 7 Retificador de meia onda.
Capitulo 4
OSCILADORES
Introdução
Osciladores são muito usados em circuitos de rádio, TV, FM, transmissores, etc. É
importante que você conheça os modelos básicos e que tipos de configuração eles podem
ter.
O básico sobre osciladores
“Osciladores produzem oscilações” A afirmação é boba, mas é verdadeira.
Osciladores são circuitos que através de componentes ativos (transistores e CI), produzem
sinais, geralmente senoidais (como a forma de onda da tensão de CA), para aplicações
em rádio, TV, transmissores, etc. Algumas aplicações exigem que osciladores produzam
sinais de forma “quadrada” ou mesmo “triangular”.
Os osciladores podem ser do tipo “LC”, indicando que eles produzem a oscilação
com circuitos LC = indutores (L) e capacitores (C). O oscilador a cristal usa esse
componente para produzir as oscilações, como os usados em clock de computadores.
Quando um oscilador é ligado pela primeira vez, instantaneamente ele começa a
produzir oscilações. Entretanto, como nenhum circuito é ideal, as perdas do próprio circuito
fazem com que ele pare de oscilar. Para que essas oscilações continuem, indefinidamente,
é necessário que usemos realimentação (feedback). A realimentação é uma técnica, usada
em muitos circuitos eletrônicos e consiste na retirada de uma pequena amostra do sinal de
saída e a injeção dessa amostra na entrada do oscilador. Isso pode acontecer com
amplificadores de áudio e outros circuitos. Algumas vezes, esse efeito é indesejável. Na
realidade, osciladores são amplificadores com a correta realimentação, do tipo positiva.
O circuito em blocos de um oscilador é mostrado na figura 19, em (a). Note a
realimentação da saída para a entrada.
Um tipo de realimentação, que você já conhece e tem efeitos indesejáveis, é a que
ocorre quando o alto-falante de um amplificador de áudio é aproximado do microfone do
mesmo amplificador. Ocorre uma “realimentação acústica” que tem como resultado todos
os aqueles apitos e barulhos já conhecidos. Isso é mostrado em (b) da figura 19.
Figura 19 Princípio de funcionamento do oscilador
Note que esse potenciômetro é montado no painel do equipamento onde você vai
usar o oscilador. Agora, a frequência do oscilador passa ser controlada pelo potenciômetro
e não mais por um capacitor variável, como nos circuitos anteriormente discutidos. O
trimpot (resistor ajustável) R3 ajusta esta variação da tensão que vai ser aplicada ao diodo
varicap.
Os valores de L1, C1, C2, etc., devem ser de acordo com a frequência de oscilação.
Os demais componentes do oscilador, têm a mesma função descrita para os
componentes do circuito da figura 21.
Osciladores a cristal
Os cristais de quartzo já foram discutidos no Capítulo 10 e eles substituem o circuito
LC nos osciladores. O cristal tem uma frequência fixa de oscilação, marcada no invólucro
do mesmo e essa frequência é extremamente estável.
A figura 23 ilustra um oscilador básico a cristal.
Figura 23 Oscilador básico a cristal
L2 é uma bobina de poucas espiras, enroladas sobre L1. Note que L1 tem um núcleo
de ferrite. O capacitor trimmer C2 permite o ajuste da frequência de sintonia do sinal de
saída, permitindo a máxima tensão de saída.
Recomendações para osciladores
Como osciladores são circuitos que desempenham funções importantíssimas nos
equipamentos onde eles vão ser usados, você deve seguir certas recomendações básicas
ao montar um deles.
a) Nada de gambiarras com osciladores...
b) É importantíssima a estabilidade mecânica dos componentes. Cuidado com a
montagem mecânica, terminais excessivamente longos, etc. Capacitores variáveis devem
ser fixos a PCI com parafusos e cantoneiras em L, além das soldas normais. Bobinas
também devem ser bem montadas mecanicamente e blindadas com uma caneca metálica
aterrada, quando o circuito recomendar.
c) As tensões de alimentação devem ser muito bem reguladas e filtradas. Sempre
que possível, use reguladores de tensão de pequena potência, como os da série 78LXX,
descritos no capítulo sobre esses componentes.
d) Minimize as variações de temperatura do ambiente, usando sempre capacitores do
tipo NP0. Capacitores de poliestireno (stiroflex) são os melhores para aplicação em
osciladores.
e) O indutor usado num circuito LC deve ter núcleo de ar. Se você for usar um núcleo
toroidal, escolha o correto, de acordo com o fabricante. Toróides tipo “6" parecem ser os
melhores.
d) Tanto transistores bipolares como FET podem ser usados em circuitos
osciladores. Prefira os FET, sempre que possível e aterre a carcaça se ele tiver um
terminal para isso.
28/11/13 – pem – Ver 0
Capitulo 5
RECEPTORES DE RÁDIO
Introdução
Agora, chegou a hora de juntarmos os três circuitos básicos usados em eletrônica:
retificador, amplificador e oscilador e ver como eles funcionam para montar um receptor de
rádio.
Receptores de rádio sejam eles de Ondas Médias - OM, de Frequência Modulada -
FM de TV, etc., sempre exercem uma fascinação sobre o montador amador. Tanto é que
as revistas técnicas de eletrônica e os livros estão cheios de projetos, desde receptores
simples até mais elaborados, com várias funções.
O propósito desse capítulo é apresentar-lhe como funcionam os receptores básicos e
os circuitos mais comuns por eles usados. Divirta-se...
O sinal de rádio
O sinal de RF - Rádio Frequência ou a “onda” de rádio é quem transporta a
informação que recebemos nos nossos receptores, em forma de um som, uma imagem,
um dado, etc.
Basicamente o sinal de rádio é composto de duas componentes: a onda portadora
(RF) e a envolvente, que é o sinal de áudio ou a informação que é transportada. A onda
portadora é gerada em circuitos osciladores e sua frequência é definida de acordo com o
serviço usado. O serviço usado está definido dentro de faixas de frequências, ilustrado na
figura 24, (b).
A frequência do sinal de áudio e do sinal de RF é medida em Hertz (abreviado Hz).
Antigamente tínhamos ciclos por segundo para essa unidade. Sinais de áudio estão na
faixa de frequência, que podemos ouvir, e vão de aproximadamente 16 Hz a 18 kHz. Os
sinais de RF podem ter frequências tão baixas como 100 kHz (100 x 103 Hz) ou tão altas
como um sinal de micro-ondas, na região de 10 GHz (10 x 109 Hz).
Um sinal de áudio de 1kHz, significa que ele oscila 1000 vezes por segundo. Um sinal
de uma estação de rádio amador em 144 MHz significa que tem um sinal de RF que oscila
144 milhões de vezes por segundo!
Observe a figura 24. Em (a) vemos um diagrama em blocos básico de um
transmissor. O sinal de áudio (informação) produzido pelo microfone da cantora (1), é
injetado no modulador. A saída do modulador é injetada no oscilador (portadora), que faz
com que o sinal de áudio “module” o sinal de RF (2), como mostrado no ponto marcado (4)
no desenho. O sinal de RF pode ter, por exemplo, a frequência de uma estação de AM -
Amplitude Modulada, em 1,2 MHz ou 1200kHz.
Esse sinal é amplificado, para atingir o nível de potência necessário (4) e aplicado na
antena transmissora, como em (5). A partir dai o sinal é irradiado por todo espaço.
O desenho (b) da figura 24 mostra as faixas de frequências que são explanadas na
figura 25. Cada serviço de transmissão de rádio, TV, FM, comercial, etc., tem uma faixa
de frequências alocada.
FAIXA DESCRIÇÃO FREQUÊNCIAS
Very Low Frequency
VLF … a 30kHz
Frequência Muito Baixa
Low Frequency
LF 30 a 300 kHz
Frequência Baixa
Medium Frequency
MF 300kHz a 3 MHz
Frequência Média
High Frequency
HF 3 a 30 MHz
Frequência Alta
Very High Frequency
VHF 30 a 300 MHz
Frequência Muito Alta
Ultra High Frequency
UHF 300 MHz a 3 GHz
Frequência Ultra Alta
Super High Frequency
SHF 3 a 30 GHz
Frequência Super Alta
Extremely High Frequency
EHF 30 a 300 GHz
Frequência Extremamente Alta
Figura 25 Espectro de frequências por faixas utilizáveis.
O receptor a cristal
Um dos primeiros receptores de rádio foi o de “cristal” que usava como detector um
cristal de galena. É um receptor muito fácil de ser construído e não precisa de energia
elétrica para funcionar: o próprio sinal de rádio alimenta o mesmo. A potência fornecida
não é suficiente para acionar um alto-falante, mas é o suficiente para fones de ouvido. É
um excelente projeto para o montador amador, quando se inicia na construção de
pequenos receptores!
O circuito básico do receptor consiste de um indutor (L1), com duas derivações, um
capacitor variável (C1) que permite sintonizar as estações, um diodo detector de germânio
(o famoso cristal), um capacitor de filtro (C2) e um par de fones de alta impedância.
O indutor tem duas derivações ou “tomadas”, onde são conectadas a antena e o
diodo detector. Veja a figura 28. Note que um dos extremos do indutor ou bobina é
conectado a terra, junto com um dos terminais do capacitor variável.
Figura 28 Receptor de radio a cristal
Para um bom desempenho desse tipo de receptor é necessária uma boa conexão a
terra (solo) e uma antena de bom comprimento. Quanto maior o comprimento e a altura da
antena, melhor o desempenho do receptor.
A antena capta os diversos sinais de rádio, e apenas um deles é selecionado pelo
conjunto de L1 e C1. Esse sinal da emissora que foi selecionada é aplicado no diodo
detector D1, que “detecta” o sinal, usando apenas metade dele. O capacitor de filtro C2
desvia o sinal de RF (portadora) para a terra, deixando apenas um pequeno sinal de áudio
passar, para acionar os fones.
Aconselho você a começar a suas montagens pelo ótimo receptor descrito no link
abaixo. É um exemplo de como fazer o máximo, com um mínimo, sem desculpas para dizer
“não achei as peças....”. O site em questão é de nosso grande amigo Miguel Bartié,
grande radioamador de prefixo PY2OHH. Lá você vai encontrar muitas e muitas coisas
superinteressantes!
http://py2ohh.w2c.com.br/novato/mp0/mp0.htm
O receptor de conversão direta
17.5 O TRANSMISSOR DE FM
FM - Frequência Modulada, requer um novo circuito para que o sinal de áudio module
a portadora. Isso é mostrado no diagrama em blocos do desenho (a), figura 36
Figura 36 Diagrama simplificado de um transmissor de FM
O oscilador a cristal tem dois cristais que permitem trocar o sinal de SSB, para USB
(Upper Side Band - Banda Lateral Superior) ou para LSB (Lower Side Band - Banda lateral
Inferior). Isso é feito pela chave Ch1. O sinal de saída do oscilador a cristal é injetado no
modulador balanceado.
Esse modulador é mostrado em (c) e é composto de 4 diodos e componentes
associados. A saída do modulador balanceado é aplicada no filtro de banda única.
Esse filtro seleciona uma das duas bandas do sinal: superior ou inferior, conforme
determinado pela chave Ch1, do oscilador a cristal. Como o filtro a cristal usa
componentes de precisão, normalmente ele é comprado pronto e ajustado, já na
frequência desejada.
A seguir, a saída do filtro a cristal é injetada na entrada do amplificador de RF, já USB
ou LSB. O amplificador eleva o sinal de SSB a níveis suficientes para ser transmitido.
Construindo transmissores de rádio
Transmissores de rádio têm circuitos complexos e muitas vezes são difíceis de serem
construídos pelo montador amador, principalmente devido:
a) Complexidade dos circuitos
b) Dificuldade de se encontrar os componentes adequados.
c) Necessidade de equipamentos de medidas de alto custo para o seu ajuste.
Entretanto, existem circuitos de transmissores de pequena potência, principalmente
em CW, que podem ser montados pelo montador amador, como poderá ser visto mais
para frente em outros volumes deste livro.
Capitulo 7
ANTENAS
Introdução
As antenas permitem que o sinal de rádio seja emitido para o espaço pelos
transmissores e recebidos pelos receptores.
Inúmeros são os tipos de antenas usados e muitos podem ser construídos pelo
montador amador, com materiais simples e ferramentas comuns. A antena é um dos mais
importantes elementos num sistema de comunicações.
A onda eletromagnética
Vamos ver algumas propriedades básicas das ondas de rádio e as frequências
usadas, para que nossa análise de antenas possa se tornar mais simples.
a) O sinal de rádio: O sinal de rádio é constituído de dois tipos de campos: o
elétrico e o magnético, que estão a 90° um do outro, como mostrado graficamente na
figura 38. Esse sinal recebe o nome de “onda eletromagnética” devido aos dois campos.
b) Velocidade: A onda eletromagnética viaja a cerca de 300.000 km por segundo, no
vácuo. Essa velocidade pode ser escrita matematicamente como
v=f/λ
Onde v = velocidade em m/s
f = frequência em Hz
λ = comprimento de onda em m (λ = lambda)
O comprimento de onda λ de qualquer onda eletromagnética pode ser determinado
desta fórmula. Por exemplo, um sinal de rádio cuja frequência é 10 MHz, tem um
comprimento de onda de 30 metros.
Figura 38 Representação da onda eletromagnética
O dipolo de ½λ também pode ser usado na posição vertical, ficando como mostrado
na figura 42. Essa antena é constituída de um elemento irradiante de ½λ, dividido ao meio,
onde é conectado o cabo coaxial que vem do transmissor.
Para VHF e UHF, o dipolo de meia onda pode ser feito de tubos de alumínio,
suportados por um isolador central, que pode ser um pedaço de tubo de PVC, como
mostrado em (a) da figura 42. Para frequências menores, o dipolo já fica com
comprimentos difíceis de serem construídos com tubos de alumínio, Nesse caso, podemos
usar fio de cobre, como mostrado em (b) da mesma figura. Note que nos extremos do
elemento irradiante, temos isoladores e mais um pedaço de fio ou cordinha de nylon que
suporta o dipolo na posição vertical.
Figura 42 Antena dipol0o de 1/2 λ .
O cálculo básico para o dipolo de ½λ, para antenas de fio de cobre, até 30 MHz, é:
Comprimento do irradiador = 142,5/f (2)
d) O medidor de ROE
Esse pequeno medidor, de grande utilidade no ajuste de antenas, simplesmente lê a
potência transmitida e a potência refletida, permitindo-se obter a relação entre as duas, ou
seja, a ROE. No capítulo sobre “PROJETOS” você vai aprender a construir um medidor de
ROE.
28/11/13 – pem – Ver 0
Capitulo 8
O CI NE602
Introdução
O Circuito Integrado NE602 e suas versões, é um daqueles CI que quase “faz de
tudo” para quem quer construir receptores de rádio, transmissores, geradores,
osciladores, etc. Devido a grande versatilidade desse CI, um capítulo está sendo dedicado
ao mesmo. Nos capítulos sobre Projetos, vai ser possível ver como o NE602 poderá ser
usado em diversas montagens.
NE602: A pequena maravilha!
Inicialmente o circuito integrado NE602 foi desenvolvido para uso em sistemas de
comunicação de baixa potência, particularmente telefonia celular, pela Signetics® (PHILIPS
COMPONENTS®), como um MISTURADOR DUPLO BALANCEADO e OSCILADOR
LOCAL. Tudo isso num invólucro plástico comum de 8 pinos (DIL) ou num invólucro
miniatura também de 8 pinos SMD (surface mount device - montagem de superfície).
Já existem versões mais elaboradas do NE602 que são as NE602AD e NE602AN,
SA602NE, etc. A figura 47 mostra o invólucro de 8 pinos, NE602N, plástico, DIL, que é o
mais comum e fácil de ser encontrado.
O MISTURADOR DUPLO BALANCEADO (MIXER) trabalha até 500 MHz enquanto
que o OSCILADOR LOCAL (OSCILLATOR) vai até 200 MHz, abrindo aí um caminho
enorme para inúmeros projetos nas frequências de HF e VHF. Conforme a figura 47, o
pino 8 corresponde ao +Vcc que não deve ultrapassar 7 VCC enquanto o pino 3 do
NE602N corresponde a terra. As entradas e saídas do NE602N vão ser descritas adiante,
conforme os seus circuitos, aplicações e possibilidades de usos em outros equipamentos.
O CI NE602N vem sendo usado já há vários anos por amadores, em diversas
montagens, como podem ser vistos em artigos em revistas internacionais. Uma pesquisa
na Internet também mostrará vários circuitos que usam esse CI.
Figura 47 Circuito interno do CI NE602N
A figura 51 (A) mostra um circuito oscilador a cristal de quartzo (XTAL) que oscila em
frequência fixa determinada pelo cristal. Este circuito geralmente é usado em frequências
de até cerca de 20 MHz. Os capacitores aí usados devem ser estáveis, como os de
polipropileno (stiroflex), mica ou disco cerâmico tipo NP0. Os valores (aproximados)
desses capacitores são proporcionais à frequência de operação de acordo com as
equações abaixo:
C1 = 100/√f [1] e
C2 = 1000/√f [2]
onde: C = capacitância em pF (valores podem ser aproximados)
f = frequência de oscilação em MHz
Nesse mesmo circuito ilustrado em (A) o oscilador local a cristal pode ter sua
frequência variada, dentro de uma pequena margem de frequência, colocando-se um
capacitor ajustável (trimmer) de aproximadamente 30 pF em série com o cristal.
O circuito da figura 51 (B) ilustra um oscilador local a cristal, para frequências mais
altas, usando-se um cristal do tipo ”overtone”. Pode-se obter um sinal de alta frequência,
usando-se cristais de terceiro sobretom, da ordem de 25 a 50 MHz. A bobina L1 é
ajustada para a frequência do terceiro sobretom. Os valores que podem ser usados são
indicados abaixo:
COMPONENTE VALOR
C1 5,6pF
C2 22pF
C3 1nF
Xtal 25 a 50 MHz, 3º. sobretom
O circuito de saída
No circuito de saída do CI NE602 obtém-se a frequência de FI, de onde será retirada
a informação do sinal.
Um circuito de saída não sintonizado é mostrado no desenho (A) da figura 53. Um
capacitor, em qualquer um dos pinos 4 ou 5 do CI, acopla o sinal de saída ao resto do
circuito.
Figura 53 Circuitos de saída do CI NE602N.
É importante notar que toda vez que mencionamos filtros cerâmicos usados em FI, é
necessário que o processo de Heterodinação ocorrido no CI NE602 proporcione uma das
frequências padrão dos filtros. Essa situação, imprescindível para o bom funcionamento de
um receptor do tipo heteródino, é mostrada na figura 54
Figura 54 Princípios de Heterodinação.
a. No desenho "A” da figura 60 é mostrado a maneira mais simples que consiste num
circuito temporizador RC. A desvantagem desse circuito é a falta de estabilidade para
aplicações mais críticas e profissionais. Por exemplo, se o PIC vai acender somente o
LED, para uma indicação visual, esse tipo de circuito é suficiente.
b. Uma alternativa, mais profissional e segura é usar um cristal oscilador de quartzo4
nos pinos OSC1 e OSC2, como ilustrado em (B) da figura 20.3. Esses cristais podem ser
do tipo usado em placas de microcomputadores e tem custo reduzido.
c. Uma terceira alternativa, mais econômica que o cristal oscilador de quartzo é usar
um ressonador cerâmico, que já é mostrado conectado ao PIC no circuito da figura 60.
Esses ressonadores são encontrado no comércio comum de componentes.
A montagem do circuito da figura 60 pode ser feita numa PCI (Placa de Circuito
Impresso) feita especialmente para o projeto ou mesmo numa “breadboard” que não
precisará de solda. A “breadboard” é mais aconselhada pois o circuito poderá sofrer
alterações. Depois de tudo funcionando, desenha-se o layout final da PCI.
Dicas
O uso de micro controladores, do tipo PIC, abre um grande campo de pesquisa e
aplicações, não só para o profissional como também para o montador amador.
Os PICs já são encontrados em circuitos eletrônicos de entretenimento, automotivos,
de automação e controle, de telecomunicações, de medicina, etc.
Já existem várias empresas3 no pais que dão treinamentos em micro controladores
PIC e comercializam kits de programadores, etc. Mais ainda, muitas deles já vendem kits
para implementação de projetos, o que permite realizar uma série de experiências.
O hardware de qualquer projeto torna-se bem mais simples com o uso de PICs e o
software praticamente implementa um infinito número de ações.
Nunca seria pretensão deste capítulo dar conhecimentos para a implementação de
projetos com PIC. A ideia foi mais de uma apresentação do PIC e também de mostrar a
“ponta do iceberg”.
O importante é começar, fazendo cursos, lendo livros pesquisando na Internet
(centenas de sites...) e principalmente, montando e programando circuitos com PIC.
Como curiosidade, e para que a dificuldade com hardware não seja um empecilho,
são mostradas nas duas figuras a seguir, figura 61 e figura 62, uma solução de
montagem “caseira” com PIC, tirada de um site na Internet.
Figura 61 Montagem "caseira" de um circuito com PIC (visto do lado dos componentes)
Figura 62 Montagem "caseira” do mesmo circuito com PIC (visto pelo lado do cobre da placa de circuito
impresso tipo breadboard)
As “Protoboards” e as placas de circuito impresso para protótipos.
Este assunto caberia bem nas descrições de tios de montagens mas caso você já resolva
“por as mãos na massa”, essas placas permitem pequenas montagens, sem necessidade
de soldar nada! As “Protoboards” são placas de plástico, com centenas de contato, onde
você pode fazer suas montagens encaixando os componentes eletrônicos e interligando-os
com pequenos pedaços de fios rígido, isolados. Veja fotos nas figura 63 e 64.
Umas palavras...
Na figura 2, note:
a) O voltímetro no desenho (a) está lendo a queda de tensão no resistor R2. Observe
a polaridade do voltímetro, que está de acordo com a polaridade do circuito. Muito
importante: o voltímetro está conectado em paralelo com a tensão a ser medida!
b) No desenho (b) o amperímetro mede a corrente fornecida pela bateria e que
circula pelos dois resistores, R1 e R2. Muito importante: o amperímetro está
conectado em série com a corrente a ser medida!
c) A resistência deve ser medida com o circuito desligado (note Ch1 aberta em (c)!
O Ohmímetro está ligado em paralelo com o resistor R2. Essa medida deve ser feita com
o resistor desligado, ou seja, fora do circuito. No caso do exemplo, é um circuito em série
e não vai haver erros na medida. Nos circuitos em paralelo isso já não acontece.
Medidores analógicos e digitais.
Os voltímetros, amperímetros e ohmímetros podem apresentar as suas medidas de
duas maneiras: analógica e digital. Na medida analógica, a indicação é feita por um
ponteiro, sobre uma escala graduada, como mostrada no desenho (a) da figura 3. Os
medidores analógicos de boa qualidade costumam ser mais caros do que os medidores
digitais e são mais delicados no manuseio.
Em (b) da figura 2 é mostrado um multímetro analógico e em (c) um multímetro
digital.
O multímetro digital mostrado no desenho (c) da mesma figura apresenta as suas
medidas com dígitos num display de LED ou de cristal líquido. São mais robustos e de fácil
leitura para o montador amador. Modernamente os instrumentos digitais, principalmente os
multímetros, costumam ser mais baratos nos modelos simples portáteis.
Os multímetros já permitem a leitura de várias grandezas e seus submúltiplos, como
ampères, miliampères e microampères (CA e CC). Permitem ainda a leitura de tensão
(volts, CA e CC) e de resistência, em kilohms e megohms. Com um único display é
possível apresentar todas essas medidas. Alguns modelos digitais mais elaborados
permitem ainda a leitura de capacitâncias (microfarads), temperatura e frequência até
alguns Megahertz. Uma única chave, de múltiplas posições, permite a mudança de faixas e
da grandeza a ser medida. Um tipo comum de multímetro digital é mostrado em (c) da
figura 2.
Figura 3 Medidores e multímetros analógicos e digitais.
Geradores
Os geradores são equipamentos usados em calibração, testes e reparos de
equipamentos eletrônicos. Como o nome já diz, eles geram sinais que podem ser de baixa
frequência (áudio) ou de alta frequência (RF). Esses sinais podem assumir várias formas,
como senoidal, quadrada, triangular, etc.
Os geradores de sinais de áudio geralmente produzem sinais senoidais e quadrados,
na faixa de 10Hz a 100kHz. São usados em testes e reparos de equipamentos de som,
como pré-amplificadores, amplificadores de potência, caixas acústicas, etc.
Figura 4 Geradores de áudio e de RF.
Os osciloscópios.
O osciloscópio permite visualizar a forma de onda de um sinal. É um instrumento
muito útil na bancada de um profissional, mas seu alto custo impede a maioria dos
amadores de adquiri-lo. Modelos modernos incorporam ainda frequencímetro e mesmo
multímetros digitais junto com os circuitos do próprio osciloscópio.
Existem modelos de dois canais, que permitem visualizar dois sinais ao mesmo
tempo. Além da visualização, o osciloscópio pode medir frequências, períodos, tensões,
correntes, etc.
A grande maioria dos osciloscópios usa um TRC – Tubo de Raios Catódicos para
mostrar a forma do sinal. Entretanto, modernamente existem osciloscópios compactos,
para uso em campo, que usam um display de cristal líquido para visualizar os sinais.
A figura 6 mostra em (A) um osciloscópio com TRC da Heathkit Educational® e em
(B) um osciloscópio da FLUKE®, com display de Cristal Líquido.
Obrigatoriamente o osciloscópio vem acompanhado de um conjunto de pontas de
provas, com atenuadores, etc., variando conforme fabricante e modelo.
Figura 6 Tipos de osciloscópios.
► Bancada ou portátil?
O instrumento de bancada é aquele destinado a ser usado na sua oficina, em casa.
Sua alimentação é de 127 ou 220 VCA. Costuma ser maior, mais pesado e mais preciso
do que os instrumentos portáteis.
Se você vai usar seus instrumentos em outros lugares além da sua bancada, eles
devem ser portáteis. O multímetro e alguns outros tipos de frequencímetro, já são
portáteis.
O instrumento portátil é pequeno e leve, alimentado por pilhas ou baterias,
recarregáveis ou não. Geralmente tem uma bolsa de proteção do aparelho, que
acomodam os cabos, etc.
► Acessórios
Vários instrumentos de medidas têm acessórios, quase sempre vendidos
separadamente, que permitem aumentar a capacidade de medida do mesmo.
Entretanto, com um pouco de habilidade do montador, vários acessórios podem ser
construídos e são descritos em artigos de livros e revistas especializadas. Em capítulos
posteriores, você vai achar dois pequenos projetos que podem tornar seu multímetro digital
num Capacimetro e num indutometro.
► Conservação
Cuide muito bem dos seus instrumentos de medidas. Geralmente no Manual de
Instruções o fabricante fornece dados de como fazer a conservação do instrumento.
Não submeta os instrumentos a calor excessivo, pancadas, choque e vibrações.
Verifique sempre a tensão de alimentação dos mesmos.
Quando não estiver em uso por tempo prolongado, retire as pilhas e baterias dos
instrumentos portáteis.
► Manual de Instruções
Pobre do Manual de Instruções, esse esquecido...!
A tentação é logo após comprar, enfiar o plug do cabo de rede na primeira tomada
que achar para ver funcionar. Depois, vem a decepção...
O Manual de instruções é acessório importante de qualquer aparelho eletrônico,
principalmente dos instrumentos de medidas.
Leia o Manual de Instruções antes de operar qualquer aparelho eletrônico!
► Segurança
Alguns instrumentos de medidas são usados para medições em aparelhos eletrônicos
em funcionamento! Daí, todo cuidado e atenção é pouco, pois você pode ter tensões CA
de até 220V presentes nesses aparelhos.
Nesse Capítulo são dadas dicas de segurança para o multímetro digital, mas que são
válidas para alguns instrumentos de medidas. Daí a necessidade fundamental da leitura do
Manual de Instruções, pois o fabricante do equipamento sempre alerta para os pontos de
importância, segurança, etc.
30/11/13 – pem – Ver 0
Capitulo 2
SOLDAGEM DE COMPONENTES
Introdução
Em um circuito eletrônico normal, os componentes eletrônicos são soldados a uma
base, que permite que esses componentes sejam interligados, para desempenharem a
função do circuito Essa base, costuma ser uma PCI, ou placa de circuito impresso.
Soldar é como uma arte mas você vai ver que seguindo algumas regras básicas e
com um pouco de prática, é possível fazer excelentes soldas de componentes na PCI ou
em terminais especiais para isso.
Segurança
Antes de “meter mnos a obra” é necessário que você conheça algumas regras de
segurança para soldagem e o uso do soldador (ou ferro de soldar) e solda usados em
eletrônica. Ninguém vai querer que você se queime e logo ache que soldar é muito difícil.
Veja a seguir.
SEGURANÇA
a) Características e modelos
Soldadores podem ser encontrados numa grande variedade de tipos, formatos e
potências. Para o trabalho normal do montador amador, um soldador do tipo normal, de 15
a 30 W é o ideal. Se possível, pode-se adquirir um soldador pequeno, tipo lapiseira, para
trabalhos em CI - Circuitos Integrados e outros semelhantes. A tensno de trabalho deve ser
a da rede elétrica disponível: 127 ou 220V.
Modelos comerciais sno mostrados na figura 8. Como para qualquer outra
ferramenta usada em eletrônica, o ferro de soldar deve ser de boa qualidade. Devem-se
evitar soldadores de “origem geográfica desconhecida”, como os encontrados em feiras e
camelôs. É importante investir um pouco maios nesse item e ter uma ferramenta de longa
vida e com peças de reposição que podem ser encontradas no mercado.
O desenho (a) mostra um ferro de soldar simples enquanto que uma estação de
solda é mostrada em (c), com regulagem de temperatura, esponja mineral para limpeza da
ponta do soldador, etc. O formato das pontas disponíveis para os ferros da Weller® são
mostrada em (c) da figura.
Figura 8 Ferro de soldar comercial da marca WELLER®
b) Suportes
Como colocado no item “SEGURANÇA”, você nno deve deixar o soldador solto em
cima da mesa ou em qualquer outro lugar onde possam acontecer acidentes. Para isso
existe uma série de suportes, alguns já com uma esponja, que pode ser umedecida, para a
limpeza da ponta.
Esses suportes sno mostrados na figura 9. Em último caso, você pode fazer um
suporte caseiro, de duas maneiras: 1) um tubo de fibrocimento, colocado sob a mesa, num
lugar de fácil acesso (veja desenho (c) da figura) ou; 2) um suporte de chapa de metal
comum, dobrada como mostrado no desenho (d) da figura 9 .
Figura 9 Suportes para ferro de solda.
A solda ou “fio de solda” pode ser encontrada em rolos (0,5 kg), carretel e em tubo,
num dispenser, como visto na figura 10, (b). O tubo mostrado em (c) é também solda só
que sem chumbo (leadfree). Se achar, use sempre essa.
Acessórios para soldagem
Além dos soldadores e da solda, é conveniente você ter alguns acessórios para o
processo de soldagem, para ajudá-lo na própria soldagem e na limpeza de resíduos de
soldas, componentes, etc.
Um desses acessórios que tem grande utilidade é o suporte para placas de circuito
impresso, que permite colocá-la em várias posições para a soldagem. A figura 11 mostra
esse suporte, no desenho (a).
A figura 11 mostra em (c) um alicate dissipador de calor, para proteger componentes
eletrônicos sensíveis ao calor. Em (b) é mostrado um jogo de acessórios para limpeza de
soldas e em (d) um acessório para limpar os terminais de componentes eletrônicos, antes
de soldá-los no circuito. furação, corte, etc.
Muitos desses acessórios de soldagem podem ser construídos pelo amador, com
algumas ferramentas e um pouco de habilidade. Arames de aço e lâminas de serra
usadas, depois de esmerilhadas no formato, podem ser montadas em pequenos cabos
plásticos fazem pequenas ferramentas como as ilustradas na figura 11.
Figura 11 Acessórios para auxiliar a soldagem.
A arte da soldagem
Apesar de termos passado a você várias recomendações e dicas de como soldar,
soldadores, solda, etc., o processo de soldagem em si nno é difícil.
Quatro itens devem ser observados antes de se começar a soldar e sno as “Regras
de Ouro” da Arte da Soldagem:
1) Limpe muito bem o terminal dos componentes, principalmente se você notar
qualquer sinal de oxidação nos mesmo. Use para isso uma lã de aço do tipo “Bom Bril®”,
seca e com movimentos cuidadosos. Uma lixa de metal, com granulação bem fina, também
pode ser usada. A sujeira e oxidação nos terminais impede a aderência da solda. Placas
de circuito impresso podem ser limpas com uma borracha dura. Se nno funcionar, lave com
uma esponja do tipo “Scotch Brite®”, até que apareça o cobre, brilhando, dos filetes da
PCI. Depois de componentes e PCI limpas, evite tocá-los com os dedos.
2) Ferro de solda na temperatura correta, com a ponta estanhada e limpa de
resíduos. Use a esponja! Se a ponta estiver gasta ou corroída por longos períodos de uso,
pare. Refaça a ponta original com uma lima, a frio. Depois ligue o soldador e estanhe a
ponta. Pontas especiais, de alta durabilidade, nno devem ser limadas. Use a esponja
umedecida para isso. Observe as normas de segurança!!
3) O tempo de soldagem é importante: o conjunto terminal do componente mais a
base (outro fio ou PCI) devem alcançar a temperatura correta para fundir a solda. Um
pouco de prática será suficiente para você descobrir esse tempo. Pratique antes, se você
é novato na soldagem! Temperatura em excesso pode danificar o componente que você
está soldando e temperatura insuficiente pode causar a famosa “solda fria” que é o terror
de quem quer saber “porque será que minha montagem nno funcionou?”!!
4) A quantidade de solda ou “cobertura da solda” deve ser a suficiente para unir o
componente com a base. Solda em excesso pode causar curto circuito (unino) ente os
terminais de componentes, principalmente CI. Solda em falta pode nno unir corretamente o
componente e base, deixando falhas.
Soldando...
Agora vamos discutir como o processo de soldagem ou a “solda” em si pode ser
feito. Normalmente em publicações especializadas você vai achar uma série de
recomendações e dicas de como fazer uma boa solda. Vamos tentar passar a você a “Arte
da Soldagem”!
Segure o soldador como se fosse uma caneta, com uma das mnos. Na outra mno
você deve segurar a solda, num tubo (dispenser) ou um pedaço retirado de uma rolo.
a) Em PCI - Placas de Circuito Impresso
Coloque a PCI sobre uma superfície lisa, coberta com um pano, para que ela nno
deslize. Se possível e a verba for suficiente, use o suporte para placas, mostrado em (a)
da figura 11 (a) ou semelhante. .
Os componentes devem ser encaixados, observando-se a polaridade. Em
componentes com muitos pinos como CI deve ser observado o alinhamento dos pinos.
Todos foram encaixados nos furos? Nenhum dobrou e ficou fora?
Componentes como diodos e capacitores e outros, com terminais longos, devem ser
encaixados e seus terminais devem ser dobrados em um certo ângulo para mantê-los no
lugar. Estude a figura 13. Os desenhos foram adaptados do site MADLABORG®. Esse
site é para iniciantes e você vai achar muita coisa boa lá.
Figura 13 Soldando os componentes numa PCI (Placa de Circuito Impresso).
b) em terminais de componentes.
Os terminais para solda estão em componentes como potenciômetros, chaves, etc.
Ver a figura 15 para alguns exemplos de soldas em terminais de componentes.
Figura 15 Soldas em terminais de PCI e potenciômetros.
Alicates
Basicamente você vai precisar de três tipos de alicates: um alicate de ponta fina, bico
reto um alicate de corte diagonal e um alicate universal (ou de eletricista) e um alicate para
decapar fios ajuda bastante. O tamanho dessas ferramentas é dado em polegadas (“) e
pode ser de cerca de 4” ou 6” . Veja os desenhos desses alicates na figura 20.
Os alicates de (a) a (f) forma um jogo de 6 peças de “mini Alicates”, de 4 polegadas,
fabricados pela Stanley® e encontrados no brasil.
(a) Alicate de bico fino, meia cana, curvo.
(b) Alicate de corte diagonal.
(c) Alicate tipo “turquesa”
(d) Alicate de bico fino, meia cana, reto.
(e) Alicate de bico fino, chato, reto.
(f) Alicate tipo “bomba d´agua”, ajustável.
(g) Alicate decapador de fios, ajuste manual.
(h) Alicate decapador de fios, automático.
Figura 20 Alicates para montagem em eletrônica.
Chaves de fenda
Para essas ferramentas, você também deve adquirir chaves de fenda de boa
qualidade. Os modelos normalmente usados em eletrônica são os tipo de lâmina reta e tipo
“Phillips” (a) As chaves de fenda têm seus tamanhos definidos em polegadas, em função
do comprimento da lâmina. Use chaves de fenda de 6 a 8", com cabo plástico, que
possuam boa empunhadura. Em outras palavras, que “encaixam bem na mão”. Se a sua
verba for maior, adquira chaves de fenda que tenham as pontas de metal duro.
A figura 21 ilustra algumas das chaves de fenda usadas em eletrônica. Essas chaves
podem ser adquiridas em jogos (a) e (b), que contenham chaves para fenda comum e
Phillips, de vários tamanhos, mas que sejam de boa qualidade. Novamente, evite aqueles
jogos com “1001 chaves”, de origem geográfica desconhecida.
(a) As chaves de fenda em (a) formam um jogo de 8 peças de “chaves de vários
comprimentos, fabricados pela Stanley® e encontrados no brasil.
(b) As chaves miniaturas são mostradas no jogo da figura (b).
(c) As chaves de fenda mostradas em (c) são comuns, para uso geral.
(d) Uma chave de catraca, com pontas substituíveis é muito útil. Veja em (d).
Figura 21 Chaves de fenda para eletrônica.
b) Se for usado para circuitos alimentados pela rede de energia elétrica, em 127
ou 220VCA, todos os fios devem ser isolados e o circuito inteiro deve ser alojado
numa caixa plástica ventilada. No exemplo da figura 26, a chave Ch1 e os bornes
seriam instalados no painel dessa caixa enquanto que o porta-fusível F1 e o cabo de rede
de CA estariam no painel traseiro dessa mesma caixa
c) Circuitos que precisem de muita ventilação, como grandes transformadores de
força, semicondutores de potência montados em dissipadores de calor, etc. não devem ser
montados na montagem tipo aranha, mesmo usando uma caixa plástica.
d) A montagem aranha não deve ser usada em circuitos de RF, que trabalhem em
altas frequências, como osciladores, amplificadores de RF, etc.
A montagem em barras de terminais isolados
A barra de terminais isolados é uma régua de fenolite (isolante), onde foram presos
terminais de latão estanhados, para soldagem de componentes.
Nesse tipo de montagem, uma ou mais barras de terminais é presa numa placa de
madeira ou Duratex® e os diversos componentes do circuito são soldados nos terminais da
barra, formando o circuito do aparelho. Com a cuidadosa disposição dos componentes, a
montagem pode ficar com um aspecto razoável. Ver a figura 27
Nessa figura, a barra de terminais isolados é mostrada no canto superior direito.
Essas barras são adquiridas em pedaços de cerca de 20 cm e depois podem ser cortadas
para se adaptarem as montagens a serem efetuadas. Note que as barras e alguns
componentes são presos na placa isolante através de parafusos.
A figura 30 mostra a sequência que deve ser seguida para um projeto com strip
board.
Isso quer dizer que existe uma linha para as conexões ao + da alimentação (+VCC),
outra linha para o “menos” da alimentação (massa ou terra), as entradas do sinal no
circuito estão à esquerda enquanto que as saídas estão à direita, etc. Veja isso na figura
33, que pode ser, por exemplo, um amplificador de áudio.
Muitas vezes o autor não fornece o diagrama esquemático da fonte de alimentação
para o circuito. Nesses casos, você deve procurar uma fonte (quase sempre regulada),
que forneça a tensão e a corrente necessárias à alimentação do circuito. Fontes de
alimentação quase nunca se constituem num problema: você vai achar uma porção delas
em outros artigos. Consulte também os “DATABOOKS” dos fabricantes de
semicondutores, que costumam fornecer diagramas para uso com seus semicondutores
como diodos retificadores, CI, reguladores de tensão, etc.
A fonte de alimentação pode ser montada numa PCI separada (aconselhável) onde
basta montar os diodos, capacitores, CI, resistores, etc. O transformador é montado fora
da PCI, geralmente na própria caixa que abriga o aparelho. Com isso, você economiza no
layout e no custo da PCI. Se a fonte de alimentação tiver componentes como transistores
e CI que precisam ser montados em um dissipador, considere a montagem desse
dissipador fora da caixa, para melhor ventilação.
A disposição dos componentes na PCI
Sempre que possível, alinhe os componentes eletrônicos em ângulos de 90º ao
desenhar o layout, para uma aparência organizada e “limpa”. Veja um exemplo dos
componentes montados na PCI da figura 34. Com isso você tem uma visão melhor dos
diversos componentes do circuito, no caso de testes ou procura de possíveis problemas.
d) Depois que o layout estiver pronto e conferido, coloque um ponto colorido em cada
furo, que vai corresponder às ilhas da PCI. Depois, é só unir as ilhas, com as pistas,
conforme o layout desejado e o circuito.
e) Não se esqueça: o desenho que você obteve, como mostrado na figura 36 é a
PCI vista por cima, ou seja, do lado dos componentes. Para se ver o lado do cobre (pistas
e ilhas), deve se inverter ou desenho, como visto na figura 37.
Figura 37 Desenho da PCI vista pelo lado do cobre.
g) Faça uma verificação minuciosa para ver se não existem pistas e ilhas encostando,
cruzando, etc.
h) Repita o item g)
i) Você pode personalizar a sua PCI, escrevendo nela o seu nome, data, etc. e
principalmente as entradas, saídas, alimentação, etc. Isso pode ser feito usando-se letras
adesivas, como as da marca DECADRY®, fornecidas em cartelas. Esses adesivos não
são corroídos pelo ácido e podem ser retirados posteriormente.
j) A sua PCI está pronta para ser corroída. Não toque a placa com os dedos.
Corroendo a PCI
Agora é a hora da sujeira! Procure um lugar ventilado, onde você tenha água corrente
e uma pia. Não se esqueça das normas de segurança, pois você vai manusear
ácidos! Use luvas e proteja seus olhos!
Brocas de diâmetros diversos, para metal, conforme os diâmetros dos terminais dos
componentes. Para transistores, CI, resistores e capacitores pequenos, a broca deve ter
diâmetro de 0,8 a 1,0 mm ou conforme o terminal do componente. Para componentes
maiores, como capacitores eletrolíticos, bobina, etc., use brocas de 1,0 a 1,2mm
Dicas:
a) Procure sempre colocar uma placa de madeira lisa, sob a PCI a ser furada.
Prenda a PCI a essa placa de madeira com grampos ou fita adesiva resistente. Todo
conjunto deve estar firmemente preso para que não haja movimento durante a furação.
b) A marcação que você fez nas ilhas, ao passar o layout para o lado do cobre da
PCI, deve servir de guia para a furação. Se precisar, reforce essa marcação, com um
punção fino, com pancadas suaves, para que a broca não saia fora.
c) Pode ocorrer a quebra de brocas, durante a furação. Tenha sempre algumas
brocas sobressalentes a mão. Não esqueça de usar óculos de proteção!
d) As brocas devem estar bem afiadas. PCI de fibra de vidro desgastam as brocas
rapidamente. Leve as brocas a uma oficina mecânica, para afiação, se necessário.
e) Os furos que prendem a PCI a caixa do equipamento, podem ser de cerca de 1/8”
ou 3,5 mm. Outros diâmetros, de acordo com os componentes ou acessórios.
Adesivos para o desenho de layout
Existem vários outros métodos que podem ser usados para o desenho do layout e
para passar esse desenho para o lado do cobre da placa, indo desde os caseiros até os
“mais profissionais”.
Um método que dá um ótimo acabamento ao layout é com o uso de adesivos
transferíveis próprios para circuito impresso. Esses adesivos são fornecidos numa cartela,
com vários deles depositados numa folha plástica. Encontram-se já prontas ilhas, pistas,
cantos, ilhas para CI, transistores, etc., todos na medida padrão da grade de 0,1” x 0,1”. A
figura 40 mostra alguns desses adesivos.
As pistas são encontradas na forma de rolos, como fita do tipo “crepe”, na cor preta
e em diversas larguras.
NOTA: Pode ser que haja dificuldades em encontrar esses
adesivos no mercado. Consulte as lojas especializadas, antes
de tentar usar esse método. As marcas que existiam eram
BISHOP, DECADRY, MECANORMA, ALFAC, GRAPHLINE.
► Após a corrosão, resta tirar o toner que ficou depositado sobre as pistas e ilhas.
Muitos produtos foram testados como pode ser visto em vários artigos publicados na
Internet. No nosso caso, usamos água rás. Dá um pouco mais de “mão de obra”, mas o
produto não é tão tóxico e agressivo como thinner e outros.
No Capítulo 31,descrevemos a construção de uma fonte de alimentação regulada,
ajustável cuja PCI foi feita pelo método do “ferro de passar roupas”. Veja lá!
O método fotográfico
Esse método baseia-se no princípio fotográfico e usa uma emulsão comercial para
formar uma película sensível a luz, sobre o cobre da PCI.
O layout produzido numa impressora laser deve ser negativo, ou seja: as pistas e
ilhas são brancas (transparente) e o fundo, onde não tem cobre é preto. A seguir, esse
Com a luz, as partes claras do layout (pistas e ilhas) passam por um processo de
polimerização e não vão sair do cobre. As partes escuras não vão ser polimerizadas e vão
ser retiradas do cobre após um banho/lavagem com água.
Depois é só corroer, furar e proteger as partes de cobre com verniz. Sua placa está
pronta!
Esse método está descrito em sites da Internet, com detalhes e dicas. Cuidado com
os produtos químicos usados: são extremamente tóxicos.
A PCI no estilo “MANHATTAN”
a. Por que Manhattan?
Manhattan é uma ilha, nos USA, que forma a cidade de New York. Radioamadores
norte-americanos, buscando métodos simplificados de montagem de equipamentos
eletrônicos, que não usasse a PCI convencional, com layout de pistas e ilhas, corrosão,
etc., desenvolveram o “Estilo Manhattan” 10.
O nome “Manhattan” vem do uso de “ilhas” para soldar os terminais dos
componentes. Basicamente, o “Estilo Manhattan” pode ser descrito como:
● Uma placa de circuito impresso comum, que serve de base para as ilhas e será um
“plano terra”.
● Ilhas, também de circuito impresso comum, cortadas em formato de um pequeno
disco, com diâmetros que variam de 3 a 6 mm. Também podem ser quadradas (5x5mm) ou
retangulares (3x5mm). As dimensões devem ser adequadas ao projeto a ser montado.
● As ilhas são coladas à placa base, seguindo um layout previamente estudado, em
função do circuito a ser montado.
● Posteriormente, os diversos componentes que foram o circuito, são soldados a
essas ilhas (quando a conexão é isolada) ou soldados a base quando aterrados. Isso é
feito seguindo-se o diagrama esquemático do projeto e o layout definido.
● Todos componentes que são aterrados são soldados na placa base (plano terra).
O “Estilo Manhattan” é bastante usado e dá um bom acabamento e visual, quando
feito com capricho e cuidado. Uma excelente descrição sobre o “Estilo Manhattan” foi feita
por Chuck Adams e pode ser encontrada no link Método Manhattan PCI
Pode até ser o último método disponível ao amador, para fazer uma PCI, sem
corrosão. Vale a pena tentar! Veja mais para frente, neste livro, onde descrevemos a
construção de um pequeno receptor, usando o Método Manhattan Brasil.
Veja na figura 44 alguns componentes montados no estilo Manhattan.
b. Dicas para o layout da PCI no “ESTILO MANHATTAN Brasil”
Algumas das dicas aqui apresentadas foram tiradas dos
excelentes textos sobre “Estilo Manhattan”, disponíveis no link
acima, adaptados a nossa realidade.
Outras dicas vieram da experiência e da prática no trabalho
com o “Estilo Manhattan”, para algumas montagens.
Se você é um novato no “Estilo Manhattan”, por favor, comece
com um projeto simples. Talvez uma fonte de alimentação, um
pequeno amplificador de áudio ou similares vão ajudá-lo a ver os
prós e os contras do método.
Antes de começar a cortar, estampar, colar, furar, etc., você precisa planejar! Não
tá acostumado? Vai ter que se acostumar para que seu projeto funcione bem... Aqui vai :
Figura 44 Exemplos de componentes soldados em ilhas e ilhas soldados na placa base.
3. Tenha a mão o diagrama do circuito que você vai montar. Tente seguir o próprio
fluxo do sinal, quase sempre da esquerda para a direita, de cima para baixo. Não se
esqueça que alguns controles como chaves, potenciômetros, capacitores variáveis devem
ser montados no painel frontal. Conectores de antena, alimentação, saída de áudio, etc.
devem ser colocados no painel traseiro.
4. Usando um gabarito que permita fazer pequenos círculos, vá desenhando as ilhas
a lápis, no papel quadriculado (intersecção das linhas), seguindo o diagrama esquemático.
Não tem um gabarito? Faça os círculos à mão. Faça um tipo de circulo para as ilhas
(cheio, por exemplo) e um outro tipo de circulo (vazio, por exemplo) para as conexões a
terra.
5. Procure colocar os componentes sempre em ângulos de 90 graus uns com os
outros. Isso dá um melhor acabamento e um layout “mais limpo”. Em circuitos de altas
frequências nem sempre você vai poder fazer isso pois muitas conexões são “ponto a
ponto”, bem curtas. Mas, por enquanto, deixe esses circuitos para lá.
6. Para saber a distância entre uma ilha e outra, você precisa do tamanho real do
componente: o tamanho do corpo mais o tamanho dos terminais.
No caso de um resistor ou capacitor, você não precisa usar todo comprimento do
terminal: use um pedaço que dê uma boa conexão as ilhas e permita que outros
componentes também sejam soldados a essa ilha.
Use seu gabarito para desenhar os contornos reais dos componentes (retângulos e
outras formas que podem ser aproveitadas). Não tem um gabarito? Faça os contornos à
mão. Não se esqueça de colocar a numeração dos componentes, R1, C3, Tr1, CI4, etc.
Figura 46 Layout no papel.
14. Retire o papel com o desenho do layout e verifique se a PCI base ainda continua
limpa, sem marcas de dedos. Guarde esse layout pois será seu guia durante a montagem
das ilhas e componentes.
15. Seguindo a orientação das pequenas marcas na PCI e o layout desenhado,
comece a colar as ilhas, estágio por estágio. Como dito acima no item 10, se seu projeto
tiver uma fonte de alimentação, comece por ela. Como você vai começar a colar as ilhas
num dos extremos da placa e ir avançando, proteja a parte da placa que não está sendo
usada. Use papel preso com fita adesiva, papelão ou um pano qualquer. Isso irá impedir
que a PCI base fique suja ou com marcas de dedos.
16. Se você tiver um “nó” aonde vão muitos terminais soldados, é aconselhável usar
uma ilha de diâmetro maior ou mesmo usar duas ilhas menores, uma ao lado da outra.
17. Em alguns projetos mais complexos ou se você ainda não sentir firmeza com o
“Estilo Manhattan”, deixe uma margem de segurança na PCI base: uns 20mm na margem
esquerda e mais 20mm na parte superior. Se aparecem componentes que precisam ser
colocados e não deu para você seguir o layout original, essa “margem de segurança” vai
atuar como tal! Se ela não for usada, você poderá cortá-la posteriormente.
c. Dicas para o material da PCI no “ESTILO MANHATTAN”
Segurança em primeiro lugar!
Cuidado pois você irá trabalhar com algumas ferramentas e
produtos que poderão causar acidentes.
1. Corte da PCI
2. Lixar bordas
3. Prensar ilhas
4. Cola-tudo
5. Solvente acetona.
6. Soldagem, ferro de soldar, fumos da solda, ventilação, etc.
7. Se você não enxerga bem, use óculos!
► Após a PCI cortada, lixar as bordas para acertar o corte. Limpá-la para tirar as
manchas, marcas de dedos, etc. Um bom produto para isso é a espoja do tipo Scotch
Brite®.
► Para as ilhas, antes de cortar a placa, é necessário definir como as mesmas vão
ser cortadas. Para a maioria das ferramentas usadas para se obter as ilhas, é sempre útil
cortar a PCI em tiras, que podem ser deslocadas pela ferramenta de corte. No nosso
caso, a melhor solução foi usar PCI de fenolite, fina (1,2mm) ou a PVI de composite com
1,6mm de espessura.
► Após a chapa limpa, protegê-la com breu dissolvido em álcool. Passe apenas uma
camada pois senão fica manchado. Tente algum outro tipo de verniz, como o de
poliuretano, marítimo, etc.
► Como cortar as ilhas: prensar ou serrar? Antes, limpar a placa pois depois será
difícil. Existem alicates, que podem fazer os furos em chapas, do tipo dos alicates usados
para fazer furos em couro ou plástico flexível. Um vazador, de aço temperado, também
pode ser usado para se obter às ilhas. Também existe no mercado um tipo de alicate
usado por serralheiros, para fazer furos em portas de aço do tipo de enrolar, que se presta
para a produção de ilhas Manhattan. Veja foto na figura 49.
Figura 49 Alicate para vazar as ilhas da PCI.
► A foto da figura 50 mostra ilhas cortadas com uma espécie de vazador macho e
fêmea. Cada uma delas tem diâmetro de 3/16” (4,8 mm). Como o material fenolite da PCI
é mais macio, as ilhas ai cortadas ficaram com melhor acabamento.
O mesmo ocorre com ilhas feitas de PCI do tipo composite. Também o uso desses
materiais dá uma durabilidade maior à ferramenta de corte, já que a fibra de vidro é muito
abrasiva. Não se preocupe muito em usar as ilhas circulares. Se não for possível achar as
ferramentas para essas ilhas, use ilhas quadradas ou retangulares.
► As ilhas especiais são feitas cortando-se uma plaqueta de PCI de 11mm x 18mm
(para um CI de 8 pinos, por exemplo). Depois de lixada as bordas e limpa, a mesma tem
cortes de serra feito na área cobreada, como mostra o desenho da figura 52.
► Com as ilhas cortadas, chegou a hora de preparar a placa de PCI para a base.
Não corra cortar de qualquer tamanho, que você vai perder placa de PCI. É necessário
que você tenha em mãos o layout do seu projeto, para saber o tamanho da PCI da base.
De qualquer maneira, é necessário limpar as rebarbas da PCI base, como descrito no item
b.
d. Montando as ilhas na base
O que você vai precisar para o item d:
1. Cola-tudo
2. Pinça de bico fino
3. Acetona (vidro pequeno ou empreste da mama)
4. Ferro de soldar de 25W
5. Solda de boa qualidade
6. Lupa para verificar o trabalho
7. Multímetro para verificar possíveis curtos
► Chegou a hora de colar as ilhas na base. Você já viu DICAS PARA O LAYOUT DA PCI
NO ”ESTILO MANHATTAN”, que é interessante dividir o circuito em blocos. Por isso, você
só vai colar as ilhas do primeiro bloco. Use para isso um tipo de cola-tudo instantânea,
comumente vendida em supermercados e lojas de ferragens. Compre um tubo pequeno,
secagem rápida . Leia as instruções de uso e regras de segurança para a cola-tudo,
no rótulo da embalagem ou da bisnaga.
► Coloque uma pequena gota de cola no ponto que você marcou com o punção.
Segure a ilha com uma pinça de ponta fina e coloque-a sobre a gota de cola, fazendo leve
pressão no topo da ilha, durante alguns segundos. Não force pois a ilha poderá deslizar e
causar problemas. Não tente usar os dedos para colocar as ilhas pois você poderá ter uma
surpresa desagradável ao ver seu dedo, ilha e base, colados juntos. Em caso de acidente
com a cola, use acetona como solvente. Cuidado: acetona também é um solvente
perigoso. Veja foto na figura 55.
Figura 55 Colando as ilhas na placa base.
► Espere alguns minutos para que a cola-tudo seque. Veja no rótulo da embalagem
qual é esse tempo. Se você percebeu que fez alguma besteira, como colar uma ilha num
ponto de terra, retire a ilha. Para isso, segurando a ilha com um alicate, faça um
movimento de rotação na ilha. Não puxe as ilhas com um alicate pois pode danificar a PCI.
Limpe a cola que ficou com a acetona.
► Após as ilhas coladas, de acordo com seu layout, no primeiro bloco (ou estágio)
de montagem, você deve estanhá-las. Use um ferro de soldar de ponta fina, cerca de 25W,
de boa qualidade. Cuidado com o excesso de calor e nada de colocar estanho demais,
pois pode escorrer e estragar seu trabalho.
e. Montando e soldando os componentes nas ilhas
A ferramenta é feita com lâmina de arco serra e o uso de um esmeril. Se você não
tiver esmeril, leve o desenho na oficina da esquina e peça ajuda.
Para encaixar a espadinha na PCI, apóie a mesma na borda de uma mesa, bem
firme. Com o uso de um alicate de eletricista, empurre a “espadinha” no furo previamente
alargado com a ferramenta. Não tente introduzir a espadinha de uma só vez: um pouquinho
de cada vez, guiando com o alicate.
Você vai ver que a grande maioria das fotos de PCI mostradas nesse livro usam a
espadinha para a conexão dessas PCI aos diversos controles, conectores,
transformadores, etc.
Dicas
Para o layout dos seus projetos, use o EAGLEWARE PCB®. No começo parece
difícil mas depois de alguns erros e acertos você toma o jeito.
Na Internet você vai achar muitos outros sites que descrevem métodos de desenho
de layout, corrosão de PCI, etc., tanto em português como em inglês. Mãos a obra!
03/12/13 – pem – Ver 0
Capitulo 6
MONTAGENS ELETRÔNICAS – CAIXAS
Introdução
Após comprar os componentes para seu projeto e montá-los numa PCI, você precisa
de uma caixa ou gabinete para instalar o seu equipamento e dar “aquela” aparência
profissional no mesmo.
Aqui entra a dúvida: fazer ou comprar pronta uma caixa? Nesse capítulo vamos
ajudá-lo a escolher a melhor alternativa para seu projeto.
Segurança em primeiro lugar!
Para a construção de caixas (ou gabinetes), para acomodar o seu equipamento, você
vai precisar usar algumas ferramentas “mais pesadas”. Essas ferramentas, se mal
manuseadas, podem causar acidentes.
Use as normas de segurança dadas pelos fabricantes das mesmas e as varias dicas
que vamos dar durante o desenvolvimento desse capítulo.
Se necessário, use os equipamentos de proteção individual, como luvas, óculos de
proteção, avental e outros.
Fazer ou comprar a caixa??
Mesmo no Brasil você pode encontrar caixas prontas para as suas montagens, de
plástico e alumínio. As lojas que trabalham com componentes eletrônicos costumam vender
essas caixas em várias medidas.
Com uma caixa pronta, você deve adaptar seu projeto as dimensões e
características da mesma. Também deve levar em consideração os itens discutidos
adiante, no item “QUE MATERIAL USAR?”
Leve ainda em consideração o fato de você estar construindo sua caixa, aprendendo
a ler um desenho técnico, dicas do uso de trabalho com chapas e ferramentas, etc. bem
como o prazer de dar seu toque pessoal ao acabamento da mesma. E aquela velha frase:
“foi feita por mim!”.
As caixas plásticas fabricadas no Brasil pela PATOLA® podem ser encontradas numa
grande variedade de tipos e formatos.
a) Furadeira elétrica
A furadeira elétrica, muito útil nas montagens eletrônicas, também é de suma
importância nos trabalhos de construção de caixas. Os modelos com mandril de ¼“ ou 3/8”
são as ideais, para a grande maioria dos furos em chapas de alumínio, ferro e madeira.
Ver figura 57. Para furos em metal é interessante poder contar com uma base para a
furadeira, como em (c) da figura 57.
O ideal para trabalho com chapas de alumínio e aço é usar uma furadeira de
bancada, como mostrada em (c). Se o “caixa” for suficiente, vale a pena investir nessa
furadeira, pois é muito útil.. Mas, tome cuidado, pois apareceram no mercado um monte
desse tipo de furadeira, com vários acessórios, etc. a preço muito baixo. Compre de
marcas conhecidas, com garantia e assistência técnica.
Brocas para metal, de aço rápido, devem ser usadas para esses trabalhos. Não use
brocas de diâmetros maiores do que o mandril da furadeira comporta. Em caso de furos
maiores, existem diversas alternativas como descrito adiante. Use borcas de marca
conhecidas.
Use óculos de proteção e luvas ao furar chapas metálicas, pois esses materiais
soltam “cavacos” que podem causar ferimentos às mãos e olhos. Confirme que a broca
esteja bem apertada no mandril. Nunca use furadeiras elétricas danificadas, na parte
mecânica ou elétrica.
b) Martelo
O martelo é usado para auxiliá-lo a dobrar as chapas de alumínio ou aço que você vai
usar na construção da sua caixa. Pode ser um tipo comum, de peso médio, como ilustrado
na figura 58, (a).
c) Morsa
A morsa é outra ferramenta do tipo pesado que você usa para dobrar chapas. No
capitulo sobre montagens eletrônicas, indicamos uma pequena morsa de bancada, para
trabalhos bem leves. Veja o formato no desenho da figura 58, (c)
d) Tesoura para chapas
A tesoura serve para cortar chapas finas. Chapas mais grossas precisam ter o corte
feito em guilhotinas, dificilmente disponíveis na oficina do montador amador. Veja (b) da
figura 58.
Figura 58 Punção de centro, t4esouras, e morsa.
e) Punção de centro
O punção de centro é usado para marcar o lugar de um furo numa chapa metálica,
por exemplo. Essa marcação serve para guiar a broca, na hora da furação. Um modelo
simples e de baixo custo, é mostrado na figura 59, (a).
f) Riscador de chapas
O riscador, como o nome já diz, serve para passar para a chapa as dimensões de um
desenho, que permite a construção de uma caixa ou painel. No caso de alumínio, os riscos
não devem ser feitos muito profundos, pois podem aparecer depois sobre a pintura ou
acabamento
k) Acessórios
Aqui entram os materiais de acabamento como lixas para metal e madeira, de
diversas granas, tintas, pincéis, letras adesivas, etc. Mais adiante, nesse capítulo, você vai
ver o uso desses acessórios.
Que material usar?
Antes de tratar dos materiais, vamos ver quais os nomes corretos para as diversas
partes de uma caixa, como ilustrado na figura 61.
Os materiais que você poderá usar para fazer a caixa para seu projeto, podem ser
chapas de: alumínio, plástico, aço e madeira. O que você vai usar depende do tipo de
projeto a ser montado e de algumas considerações técnicas, discutidas a seguir.
► Tipo do circuito: Se você estiver montando algum amplificador de áudio ou
equipamento que trabalhe com baixas frequências, você pode usar qualquer um dos
materiais citados: alumínio, plástico, aço ou madeira. Se esse equipamento dissipar uma
grande quantidade de calor, você deve usar chapas de alumínio ou aço.
Ainda mais, se o circuito do seu projeto trabalha com RF, como transmissores,
receptores, geradores, etc. obrigatoriamente você deve usar chapas metálicas.
► Dissipação de calor: Fontes de alimentação de alta potência e equipamentos
semelhantes devem ter suas caixas construídas de alumínio ou aço. Os dissipadores dos
transistores e CI devem ser montados do lado de fora da caixa.
A figura 65 ilustra o painel traseiro da nossa caixa, com os componentes que ai vão
montados.
Furando...
● Furos pequenos: geralmente os furos pequenos são para parafusos, que fixam os
diversos componentes em seus respectivos lugares. Use os diâmetros de brocas
recomendadas.
● Furos redondos maiores, acima de 1/8” ou 3/16”, devem ser feitos com o uso de
vários diâmetros de brocas, até chegar a dimensão correta.
■ Depois de retirado o miolo, é só limar as rebarbas do furo, até que ele tenha o
formato desejado. Prenda a chapa numa morsa e use limas de acordo com o trabalho. É
cansativo e precisa de capricho e paciência... Veja figura 69.
■ Após toda furação, tire a rebarba dos furos. Nos furos de pequeno diâmetros, use
uma broca de diâmetros maior, girando-a sobre o furo, com a mão. Não use a máquina de
furar para isso. Nos furos maiores, use uma lima para metal, pequena, com o formato
apropriado.
Dobrando...
Para a dobra da caixa, faça um pequeno dispositivo, com dois pedaços de cantoneira
em “L”, de aço, de dimensões iguais a 1 “x 1” x 1/8 “. Passe na serralheria perto da sua
casa e você ganhará os dois pedaço para isso. Devem ter o comprimento necessário para
as dobras a serem feitas, sem ter amassados ou rebarbas nas arestas da cantoneira em”
L “.
Siga a sequência abaixo e os desenhos da figura 70 para dobrar chapas.
Chegou a hora da tinta final. Ai você tem vários tipos de tintas, cores, texturas, etc.
Normalmente usa-se esmalte sintético fosco ou brilhante, conforme sua preferência. As
cores preferidas são a cinza (o de sempre!) e a preta.
Faça a pintura, usando o pincel uniformemente, com pouca quantidade de tinta. Não
deixe escorrer e coloque para secar num lugar onde não tenha pó e onde o seu cachorro
não possa pisar em cima.
Os grandes fabricantes de tinta têm em seus sites na Internet, várias dicas de
pintura, que vão desde a limpeza das peças, até acabamento final, com uma porção de
outras dicas. Veja as referências no final do capítulo. Não tem Internet? Passe então na
loja de tintas, que eles costumam ter vários folhetos sobre o assunto, destinados ao “pintor
de final de semana”.
Os painéis frontal e traseiro
Depois de pintados e bem secos, os painéis podem receber um “acabamento
profissional”, com o uso de letras adesivas. Essas letras são vendidas em cartelas, nas
livrarias, e costumam vir em vários formatos e tamanhos de letras. São encontradas nas
cores branco e preto, conforme a cor do seu painel.
A colocação dessas letras adesivas requer paciência e cuidado mas o acabamento
fica muito bom. Limpe bem o local onde as letras vão ser depositadas. Veja as dicas:
● Coloque o painel numa mesa plana, como se fosse escrever sobre ele. Coloque
uma pequena tira de papel comum, exatamente no local onde você pretende colocar as
letras adesivas. Essa tira de papel pode ser presa pelos extremos, com fita adesiva
comum e ele vai servir de guia para a colocação das letras. Isso é muito importante, para
que as letras fiquem alinhadas.
● Divida corretamente a palavra a ser “escrita” no painel, de maneira que ela fique
centrada com o furo do controle. A palavra que identifica o controle, pode ser feita acima
ou abaixo do mesmo. Cuidado: não se esqueça de verificar o tamanho (diâmetro) do knob
(botão) que você vai usar pois se ele for grande, poderá tampar as letras. Veja figura 71.
● Leia as instruções de como trabalhar com as letras adesivas. Elas costumam vir
impressas na própria cartela de embalagem das letras.
● O painel traseiro também pode receber essas letras, o que facilitará a identificação
dos diversos componentes ali montados.
Alternativas para rotular seu painel:
a) Fazer as letras no computador, usando folhas adesivas. A PIMACO® fabrica
essas folhas e tem um pequeno programa para a impressão das etiquetas.
b) Usar uma rotulador do tipo das fabricas pela BROTHER®, que usam fitas
coloridas, de varias larguras. Essa alternativa, apesar de dar bom acabamento, é a mais
cara devido ao custo da fita para as etiquetas.
Acessórios para a caixa
Existe uma série de acessórios, que facilitam a montagem dos componentes numa
caixa metálica. Dependendo da verba destinada ao projeto, você poderá adquiri-los ou
construí-los, com um pouco de criatividade. Veja os tipos mais comuns.
a) Pés
São de grande importância na caixa pois além de dar um bom aspecto a mesma, não
riscam a mesa da “mama” e ainda ajudam na ventilação dos componentes internos. Podem
ser encontrados em vários formatos, presos com parafusos ou encaixados em furos.
Existem ainda pés de plástico transparente, adesivos. Verifique na loja que vende
componentes eletrônicos ou na loja que vende acessórios de borracha para autos. Ver (a)
e (b) d figura 72.
Alternativa econômica: já usei tampas de pasta de dentes como pés! Use sua
criatividade!
b) Espaçadores para PCI
Esses espaçadores são usados para montar as placas de PCI diretamente no fundo
da caixa, isolando-as do metal da mesma. São feitos de plástico e não necessitam de
parafuso, sendo encaixados diretamente nos furos da PCI. Veja figura 72, (c), (d) e (e).
Em (f) um espaçador de metal.
Se você não encontrar esses espaçadores para adquirir ou são caros, faça pequenos
espaçadores para as PCI, usando tubos plásticos de pequeno diâmetro, como os do corpo
de canetas esferográficas. Nesse caso, esses espaçadores devem ser montados com
parafuso e porca e é necessário observar se o parafuso não encosta em alguma pista ou
ilha da PCI, provocando curtos.
Alternativa econômica: pequenos tubos de caneta BIC® dão ótimos espaçadores
para montagens das PCI no fundo da caixa. Use sua criatividade!
Figura 72 Pés de borracha e espaçadores para PCI.
c) Borracha de passagem
Essas borrachas, em forma de arruela, encaixam-se nos furos por onde devem
passar cabos e fios, protegendo-os. Uma aplicação típica é no furo do painel traseiro, por
onde passa o cabo de rede de 127 ou 220V. Costumam ser encontradas para furos de
1/4” e de 3/8”. Ver desenho (a) da figura 73.
d) Ponte de terminais isolados
Essas pontes ou barras de terminais isolados tem grande utilidade para o montador,
pois permite interligar fios dentro da caixa, com maior segurança e um melhor aspecto na
montagem. Veja (b) da figura 73.
Figura 73 Borracha de passagem, barra de terminais isolados e cintas de amarração.
e) Cintas de amarração
Essas cintas (ou fitas) de plástico flexível, servem para amarrar conjuntos de fios,
formando o que chamamos de “chicote”. Dão acabamento e melhor aspecto a fiação
interna de uma caixa. Veja a figura 73, (c).
f) Porta-fusíveis
Como o nome já diz, os porta-fusíveis alojam os fusíveis do circuito e geralmente são
montados no painel traseiro do equipamento. Alguns modelos de porta-fusíveis são
montados direto na PCI, como mostra a figura 74.
g) Porta LED e “olho de boi”
Os porta-LED facilitam muito a montagem do LED, no painel. O nome “olho de boi” é
comumente usado para suporte de pequenas lâmpadas de filamento (6 ou 12V). Também
são encontrados com lâmpadas do tipo néon, para serem conectados diretamente em 127
ou 220V.
h) Conectores diversos
Existe uma grande variedade de conectores que são usados em eletrônica, como
você já viu anteriormente. Muitos podem ser montados no painel frontal, enquanto que
alguns tipos específicos são montados no painel traseiro da caixa. Devem ser seguidas as
recomendações do projeto. Veja alguns modelos na figura 74.
Figura 74 Conectores e acessórios diversos.
Dicas, dicas, dicas.
Precisaríamos de muitas e muitas páginas para passar todas as dicas relativas a
construção de caixas para projetos eletrônicos.
Com o tempo e a prática, você vai aprender um montão delas. Entretanto, aqui vão
algumas que poderão auxiliá-lo na construção dessas caixas.
■ Se você não tem muita habilidade com as diversas ferramentas necessárias à
construção de caixas, mande fazer numa oficina ou compre uma caixa pronta, para você
fazer a furação final.
■ Tenha sempre em mãos todos os componentes eletrônicos que você vai usar. Isso
é importante para o tamanho e aspecto físico que esses componentes vão ter dentro da
caixa ou nos painéis.
■ Planeje muito bem sua caixa, para não ter surpresas desagradáveis! Cuidado com
as dimensões e localização dos diversos furos. Simplicidade e capricho são fundamentais!
■ Antes de dobrar e dar o acabamento final veja se você fez todos os furos. Depois
da caixa pintada, fica meio complicado...
■ Ao montar os diversos componentes como PCI, controles, conectores, etc., não
force nada. Cuidado com o uso de ferramentas para dar aperto a esses componentes.
■ Cuidado com curtos-circuitos entre os diversos componentes e PCI, com a parte
metálica da caixa. Use isolante onde for necessário.
■ Use e abuse da paciência, paciência, paciência...
■ Use e abuse do capricho, capricho, capricho...
■ Veja na foto da figura 75 como construímos algumas caixinhas, com chapa
galvanizada fina, do tipo usado por Calheiros. Mais simples não tem e podem ser
construídas em casa, com as dicas dadas nesse capítulo.
BOA SORTE!!
Figura 75 Construção de caixa pequenas com chapas de aço do tipo usado para calhas.
Capitulo 7
MONTAGENS ELETRÔNICAS – JUNTANDO TUDO E
FAZENDO FUNCIONAR
Introdução
Agora chegou a hora de juntar a PCI – Placa de Circuito Impresso, acessórios, etc. e
colocar na caixa, fazendo o seu projeto funcionar! Nesse capítulo você vai aprender como
finalizar a montagem na caixa e fazer os testes iniciais do circuito montado.
NOTA: Se você vai montar algum aparelho que você viu numa
revista, Internet ou livro, sempre consulte a fonte para erratas no
circuito ou layout da PCI. Veja também a disponibilidade dos
componentes pois apesar de achar “quase” tudo ali na esquina”,
tem um CI que não acha em lugar nenhum!!
Boas revistas e livros, assim como alguns sites da Internet,
costumam dar retorno e algumas vezes ajudar. Mas isso não ocorre
sempre...
Como você deve estar lembrado, tínhamos duas placas de PCI: uma para a fonte de
alimentação regulada e outra para o amplificador de áudio. Tínhamos ainda o estágio de
saída, com dois transistores, montados diretamente no dissipador de calor. O
transformador de força também é montado na tampa inferior (fundo da caixa).
Pelo projeto de nossa caixa, executado no Capítulo 6, tínhamos:
a) No fundo da caixa vão instalados: Transformador, placas PCI (2) e uma ponte de
terminais isolados, para montagem do cabo de rede (127VCA).
b) No painel frontal vão instalados: a chave liga/desliga, o LED, o controle de volume
e chave seletora de entradas do amplificador.
c) No painel traseiro vão instalados: cabo de rede, porta-fusíveis, saída do
amplificador (para alto-falantes), dissipador de calor e entrada do amplificador.
Analisando o diagrama em blocos da figura 76, vemos que podemos começar pela
fonte de alimentação, constituída de: cabo de rede, ponte de terminais isolados, porta-
fusíveis, transformador de força, LED, chave liga/desliga e placa do circuito regulador.
Como regra geral da montagem temos:
● Instale primeiramente os componentes mecânicos, como ponte de terminais
isolados (no fundo da caixa), porta-fusíveis e borracha de passagem para o cabo de rede
(no painel traseiro).
● Instale ainda a chave liga/desliga e o LED no painel frontal.
● Monte a PCI do circuito regulador da fonte de alimentação, usando os espaçadores
plásticos da PCI. Ou os espaçadores de tubo plástico que você “fabricou”. Nesse caso,
use parafusos para prender a PCI.
● Como o transformador de força é a peça mais pesada, ela é montada por último.
Veja as ligações desse transformador: os fios ou terminais do primário devem estar
voltados para o lado da ponte de terminais e os fios ou terminais do secundário devem
estar voltados para a placa do circuito regulador.
● Alguns componentes já vêm com um sistema de fixação, geralmente composto de
uma arruela e uma porca. Outros, como o transformador e a ponte de terminais isolados
precisam de um parafuso, porca e arruela de pressão.
A caixa deve ficar então com o layout da figura 77. ATENÇÃO: para maior
facilidade de compreensão do desenho, a caixa é mostrada aberta, como se ainda
não estivesse dobrada.
Como você deve estar lembrado, tínhamos duas placas de PCI: uma para a fonte de
alimentação regulada e outra para o amplificador de áudio. Tínhamos ainda o estágio de
saída, com dois transistores, montados diretamente no dissipador de calor. O
transformador de força também é montado na tampa inferior (fundo da caixa).
Pelo projeto de nossa caixa, executado no Capítulo 6, tínhamos:
a) No fundo da caixa vão instalados: Transformador, placas PCI (2) e uma ponte de
terminais isolados, para montagem do cabo de rede (127VCA).
b) No painel frontal vão instalados: a chave liga/desliga, o LED, o controle de volume
e chave seletora de entradas do amplificador.
c) No painel traseiro vão instalados: cabo de rede, porta-fusíveis, saída do
amplificador (para alto-falantes), dissipador de calor e entrada do amplificador.
Analisando o diagrama em blocos da figura 76, vemos que podemos começar pela
fonte de alimentação, constituída de: cabo de rede, ponte de terminais isolados, porta-
fusíveis, transformador de força, LED, chave liga/desliga e placa do circuito regulador.
Como regra geral da montagem temos:
● Instale primeiramente os componentes mecânicos, como ponte de terminais
isolados (no fundo da caixa), porta-fusíveis e borracha de passagem para o cabo de rede
(no painel traseiro).
● Instale ainda a chave liga/desliga e o LED no painel frontal.
● Monte a PCI do circuito regulador da fonte de alimentação, usando os espaçadores
plásticos da PCI. Ou os espaçadores de tubo plástico que você “fabricou”. Nesse caso,
use parafusos para prender a PCI.
● Como o transformador de força é a peça mais pesada, ela é montada por último.
Veja as ligações desse transformador: os fios ou terminais do primário devem estar
voltados para o lado da ponte de terminais e os fios ou terminais do secundário devem
estar voltados para a placa do circuito regulador.
● Alguns componentes já vem com um sistema de fixação, geralmente composto de
uma arruela e uma porca. Outros, como o transformador e a ponte de terminais isolados
precisam de um parafuso, porca e arruela de pressão.
A caixa deve ficar então com o layout da figura 77. ATENÇÃO: para maior
facilidade de compreensão do desenho, a caixa é mostrada aberta, como se ainda
não estivesse dobrada.
☺Se toda a montagem estiver correta, você deverá encontrar uma medida de
resistência infinita quando a chave estiver desligada e apenas alguns ohms quando a chave
estiver ligada.
Figura 80 Interconexões entre o potenciômetro, chave seletora da entrada e conectores de saída para alto-
falantes.
☺Funcionou? Faça o teste definitivo com a fonte de áudio que você vai usar, para
ver a qualidade do som, intensidade, etc.
; Problemas? Passe para o item seguinte onde você vai aprender técnicas bem
simples de localização de defeitos.
E se nada funciona?
O método que descrevemos a seguir é baseado no fato de que a grande maioria dos
montadores amadores tem, no máximo, um multímetro como instrumento de medidas, para
a localização de falhas. Esse método, com uma porção de dicas dadas, funciona para um
grande número de casos.
Fazendo um rápido processo estatístico, com falhas encontradas por montadores
amadores, que usam circuitos de revistas e livros, encontramos aproximadamente os
seguintes dados:
- 90% das falhas acontecem devido a erro do montador
- 4% das falhas ocorrem devido a componentes com defeito
- 3% das falhas ocorrem por causa de defeitos na PCI
- 3% das falhas são ocasionadas por erros no artigo que descreve o projeto.
Se você achar muito difícil tentar resolver essas falhas e ainda é um montador
iniciante, peça ajuda a um amigo que já tenha uma boa experiência em montagens e, de
preferência, que tenha uma bancada “recheada” de instrumentos de medida.
Se você se dispuser a “botar a mão na massa”, vamos lá...
1º Passo: Calma...
Sabe aquele tipo de e-mail que você lê e fica “uma fera”? Quase sempre você deixa
para responder no dia seguinte quando você está mais calmo! Ou o chefe que fala uma
grande besteira para você e é preciso manter a calma?
É isso ai! Se o seu projeto não funcionou depois de uma montagem caprichosa, nem
tente na mesma hora correr atrás das falhas! Deixe para outra hora, outro dia... Com
certeza você vai estar ansioso e a localização de falhas exige uma “cabeça fresca”.
2º Passo: Verificar todos os componentes e conexões
Realize esse passo com o circuito desligado!
● Componentes - Verifique todos os componentes do circuito, estejam ou não na PCI.
Faça a você mesmo as seguintes perguntas:
a) Os valores dos componentes estão corretos?
b) Os componentes que tem polaridade estão orientados corretamente? Diodos,
capacitores eletrolíticos, transistores, CI, etc.?
c) Os componentes estão inseridos na furação correta da PCI ou montados
corretamente nos painéis frontal e traseiro?
d) Fiz alguma substituição de componentes, principalmente de semicondutores, por
não ter encontrado o componente original? Essa substituição está correta? Verifiquei nos
manuais de componentes e “Data Book”?
e) Verifiquei a continuidade dos fios, cabos, enrolamentos, etc.?
f) Tem algum furo na PCI que está “sobrando”? Porque isso ocorre?
● Conexões – Use uma lupa e verifique se as soldas, tanto na PCI, quanto no
restante do circuito estão corretas. Procure por:
a) Soldas frias
b) Aspecto duvidoso das soldas e demais conexões
c) Curtos-circuitos entre pistas, ilhas, fios, cabos, etc.
No caso de soldas frias e aspecto duvidoso, refaça essas soldas. Reveja o Capítulo
20 – Soldagem de componentes, para verificar o método de dessoldar um componente.
No caso de curto-circuito entre pistas e ilhas, retire-os com auxílio de uma pequena faca ou
estilete de corte. Muito cuidado nessa operação!
Umas palavras...
O retificador
Basicamente, o retificador transforma a CA em uma corrente contínua chamada “CC
pulsante”. Veja a forma de onda na saída do retificador, figura 1.
Existem três tipos de retificadores usados nas fontes de alimentação: o do meia
onda, o de onda completa com tomada central no transformador e o de onda completa
com ponte retificadora, como ilustrado na figura 2. Os mais usados sno os de onda
completa, com dois diodos ou quatro diodos. Desses dois circuitos, o de ponte, com quatro
diodos é o mais prático, pois o transformador de forca tem apenas um enrolamento e as
pontes retificadoras já podem ser encontradas prontas, com os quatro diodos num só
invólucro.
Dicas para retificadores
1. A tensão inversa de pico do diodo deve ser de no
mínimo 3 vezes o valor da tensão de CA do
secundário do transformador de forca.
2. A corrente direta do diodo retificador deve ser no
mínimo 40 a 50% maior do que a corrente solicitada
pela carga.
O filtro
Como a tensão de saída do retificador não é uma CC pura é necessário fazer uma
filtragem na mesma para que ela possa ser usada para alimentar os diversos
equipamentos eletrônicos. Essa CC pulsante, na saída do retificador, precisa ser
“aplainada”, para ficar com o mínimo possível de ondulação (ripple).
Quem se encarrega disso é o circuito do filtro, que na forma mais simples e funcional
é composto de um capacitor, do tipo eletrolítico, com alto valor, ligado a saída do
retificador. Na grande maioria das fontes de alimentação, para uso do amador, um circuito
de filtro como esse é o suficiente, desde que se use o capacitor de valor correto. A figura
3 ilustra o capacitor de filtro conectado a um circuito retificador.
Um capacitor eletrolítico polarizado é usado no filtro da fonte de alimentação, devido
aos altos valores de capacitância que se pode conseguir com esses capacitores, num
invólucro relativamente pequeno. O capacitor eletrolítico tem uma tensão de trabalho que
deve ser escolhida em função da tensão do secundário do transformador de força.
Como a tensão de saída da fonte pode variar em função da corrente solicitada pela
carga, é importante prover meios de regular (ou estabilizar) o valor da tensão de saída.
Ainda mais, a tensão da rede que alimenta a fonte, também pode variar, ocasionando
alteração na tensão de saída da fonte.
Isso é feito com o circuito regulador que além de realizar as duas funções acima,
ajuda na filtragem da corrente continua fornecida pela fonte.
Durante muito tempo foram usados diodos Zener para regular a tensão do fontes do
alimentação. Ainda hoje, os circuitos mais simples, de baixa potência e econômicos usam
esses diodos, que são fabricados em vários valores de tensão, conforme a tensão a ser
regulada. Ver o capítulo sobre “Diodos Semicondutores”.
Modernamente os circuitos reguladores são fornecidos na forma do um Cl (Circuito
Integrado) do três ou mais terminais, pronto para ser conectado a saída do filtro, apenas
com a adição do mais alguns poucos componentes. Na forma mais simples o Cl regulador
do regulador de tensão tem três terminais, como os da série “78XX” e podem ser
encontrado em vários valores de tensão.
Assim, o Cl 7812 é um Cl regulador de tensão positivo, de três terminais, para 12
Volts. Esse regulador pode trabalhar com correntes do ate 1,5 A, com o uso de um
dissipador do calor. A figura 4 mostra o uso dos reguladores mais usados da série do CI
78XX, com mais informações sobre os mesmos.
Todos os Cl reguladores de três pinos descritos podem ser usados em conjunto com
um transistor de potência, para aumentar a corrente de saída de uma fonte de
alimentação.
Geralmente as fontes usadas pelo amador usam correntes que podem variar de
algumas centenas de miliampères a dezenas de ampères e para a construção de fontes
econômicas usa-se esse recurso.
A figura 6 ilustra o uso do um transistor do potência NPN para aumentar a corrente
de saída do regulador de três terminais. Em (a) usa-se um regulador da série 78XX e em
(b) um regulador variável tipo LM317T.
Figura 6 Aumentando a corrente de saída do LM317T com um transistor.
● Fusível F1: deve ser montado em um porta fusíveis no painel traseiro. Como
alternativa econômica, você pode usar um porta fusíveis interno, preso ao fundo da caixa.
● PCI: No diagrama esquemático da figura 9, existe uma linha tracejada em volta do
mesmo, que indica o contorno da PCI, ou seja, quais os componentes do circuito que serão
montados na PCI. Existe também o desenho dos terminais da PCI, marcados sobre a linha
tracejada do contorno. Esses terminais são indicados por letras de A a E. Essas letras
correspondem aos pontos marcados no desenho da PCI.
Placa de circuito impresso
O circuito do PROJETO 1 pode ser montado até no sistema de “ponte de terminais
isolados”, devido a pequena quantidade de componentes eletrônicos. Se for o caso, você
deve reler o Capítulo 24 – MONTAGENS ELETRÕNICAS – TIPOS, que descreve esse
tipo de montagem.
Entretanto, como a PCI para esse projeto não é difícil de fazer e como sabemos que
você quer um ótimo acabamento para sua fonte de alimentação, damos, como sugestão, o
desenho de uma PCI especialmente preparada para o PROJETO 1. Veja a figura 10.
Figura 10 PCI da fonte do Projeto 1 (a) vista somente pelo lado dobre, (b) vista pelos dois lados (raios X) e
(c) vista pelo lados dos componentes.
A figura 10 mostra em (a) a PCI da fonte do Projeto 1, vista pelo lado do cobre ou
da solda (em preto). Os desenhos não estão em escala. O desenho (b) da mesma figura
mostra a mesma PCI vista ao mesmo tempo pelo lado do cobre e pelo lado dos
componentes. O lado dos componentes é mostrado em (c) da figura 10.
Você deve notar que na PCI da figura 10, foi usado o método de “quadrados e
retângulos” para o lado cobre, deixando nessa face o máximo possível de cobre. Lembre-
se que esse layout pode ser transferido (no tamanho 1:1) para o cobre e cortado com uma
faca de hobby ou estilete.
Se for possível, copie, imprima ou escaneie o desenho da PCI e aumente na
copiadora ou scanner até que ele fique com as dimensões das de 90 x 50mm.
Cubra a PCVI bem limpa com fita adesiva de papel, como ensino no capitulo sobre as
PCI, Depois com um estilete, recorte as ilhas e pistas (no caso, retângulos e quadrados).
Outro método de fazer essa PCI, como você viu no Capítulo 25 – Montagens
eletrônicas – a PCI (placa de circuito impresso), é usando ilhas e pistas. Esse método é
mostrado na figura 11
Em (a) da figura 11 pode ser vista a PCI pelo lado do cobre (em preto). No desenho
(b) é vista a mesma PCI, por ambos os lados: cobre e componentes.
Você poderá construir a sua PCI usando layout diferente, técnicas diferentes, etc. O
circuito da fonte é muito simples e dificilmente você terá problemas. Os layout aqui
fornecidos são sugestões. Se você for usá-los não se esqueça de manter as medidas da
placa: 90 x 50 mm. Isso é muito importante!
A montagem na caixa
Após a montagem dos componentes eletrônicos na PCI, você pode construir uma
caixa para a fonte do Projeto 1 ou mesmo adquirir uma pronta, de metal ou plástico, que
caibam os componentes da mesma.
Use ponte de terminais isolantes para interligação do cabo de rede, porta-fusível,
primário do transformador, etc. O comprimento e disposição dos fios e cabos, para essa
fonte não é crítico.
No painel frontal você deve colocar a chave liga/desliga, o LED, montado num porta
LED e os bornes da tensão de saída (+ e -) . No painel traseiro devem ser colocadas o
porta fusíveis e entrada do cabo de rede, através de uma borracha de passagem.
Figura 12 Sugestão para a construção de uma caixa metálica para montagem interna dos componentes da
fonte.
● CI regulador: Deve ser montado num dissipador de calor, com uma pequena
porção de pasta térmica na parte metálica do CI. Se for usada uma caixa metálica para a
fonte, esse CI pode ser montado no fundo ou painel traseiro da caixa, que servirá então de
dissipador. Não instale o CI sobre pintura e não se esqueça de usar os isolantes
necessários para sua montagem.
● Capacitores C2, C3 e C4: esses capacitores são importantes para eliminar ruídos
de alta frequência que podem alterar o funcionamento dos circuitos alimentados pela fonte.
Devem ser de tântalo ou, em último caso, eletrolíticos do mesmo valor.
● Fusível F1: deve ser montado em um porta fusíveis no painel traseiro. Como
alternativa econômica, você pode usar um porta fusíveis interno, preso ao fundo da caixa.
● PCI: No diagrama esquemático da figura 13, existe uma linha tracejada em volta
do mesmo, que indica o contorno da PCI, ou seja, quais os componentes do circuito que
serão montados na PCI. Existe também o desenho dos terminais da PCI, marcados sobre
a linha tracejada do contorno. Esses terminais são indicados por letras de A a E. Essas
letras correspondem aos pontos marcados no desenho da PCI.
Placa de circuito impresso
O circuito do PROJETO 2 pode ser montado até no sistema de “ponte de terminais
isolados”, devido à pequena quantidade de componentes eletrônicos. Se for o caso, você
deve reler o Capítulo MONTAGENS ELETRÕNICAS – TIPOS, que descreve esse tipo de
montagem.
Entretanto, como a PCI para esse projeto não é difícil de fazer e como sabemos que
você quer um ótimo acabamento para sua fonte de alimentação, damos, como sugestão, o
desenho de uma PCI especialmente preparada para o PROJETO 2. Veja a figura 14.
A figura 14 mostra em (a) a PCI da fonte do Projeto 2, vista pelo lado do cobre ou
da solda (em preto). Os desenhos não estão em escala. O desenho (b) da mesma figura
mostra a mesma PCI vista ao mesmo tempo pelo lado do cobre e pelo lado dos
componentes. O lado dos componentes é mostrado em (c) da figura 14.
Figura 14 PCI para a fonte de alimentação do Projeto 2.
Você deve notar que na PCI da figura 14, foi usado o método de “quadrados e
retângulos” para o lado cobre, deixando nessa face o máximo possível de cobre. Lembre-
se que esse layout pode ser transferido (no tamanho 1:1) para o cobre e cortado com uma
faca de hobby ou estilete.
Outro método de fazer essa PCI, como você viu no Capítulo sobre Montagens
eletrônicas – a PCI (placa de circuito impresso), é usando ilhas e pistas. Esse método é
mostrado na figura 15.
Em (a) da figura 15, pode ser vista a PCI pelo lado do cobre (em preto). No desenho
(b) é vista a mesma PCI, por ambos os lados: cobre e componentes.
Você poderá construir a sua PCI usando layout diferente, técnicas diferentes, etc. O
circuito da fonte é muito simples e dificilmente você terá problemas. Os layout aqui
fornecidos são sugestões. Se você for usá-los não se esqueça de manter as medidas da
placa: 92 x 50 mm. Isso é muito importante!
30.4 A MONTAGEM NA CAIXA
Após a montagem dos componentes eletrônicos na PCI, você pode construir uma
caixa para a fonte do Projeto 2 ou mesmo adquirir uma pronta, de metal ou plástico, que
caibam os componentes da mesma.
Use ponte de terminais isolantes para interligação do cabo de rede, porta-fusível,
primário do transformador, etc. O comprimento e disposição dos fios e cabos, para essa
fonte não é crítico.
No painel frontal você deve colocar a chave liga/desliga, o LED, montado num porta
LED e os bornes da tensão de saída (+ e -) . No painel traseiro devem ser colocadas o
porta fusíveis e entrada do cabo de rede, através de uma borracha de passagem.
Você deve notar que na PCI da figura 18, foi usado o método de “quadrados e
retângulos” para o lado cobre, deixando nessa face o máximo possível de cobre. Lembre-
se que esse layout pode ser transferido (no tamanho 1:1) para o cobre e cortado com uma
faca de hobby ou estilete.
Outro método de fazer essa PCI, como você viu no Capítulo – Montagens
eletrônicas – a PCI (placa de circuito impresso), é usando ilhas e pistas. Esse método é
mostrado na figura 19. Aqui pode ser usado o método do ”ferro de passar roupas”
descrito no capitulo sobre PCI.
Em (a) da figura 19, pode ser vista a PCI pelo lado do cobre (em preto). No desenho
(b) é vista a mesma PCI, por ambos os lados: cobre e componentes.
Você poderá construir a sua PCI usando layout diferente, técnicas diferentes, etc. O
circuito da fonte é muito simples e dificilmente você terá problemas. Os layout aqui
fornecidos são sugestões. Se você for usá-los não se esqueça de manter as medidas da
placa: 92 x 58 mm. Isso é muito importante!
A montagem na caixa
Após a montagem dos componentes eletrônicos na PCI, você deve construir uma
caixa para a fonte do Projeto 3 ou mesmo adquirir uma pronta, de metal ou plástico, que
caiba os componentes da mesma.
Use ponte de terminais isolantes para interligação do cabo de rede, porta-fusível,
primário do transformador, etc. o comprimento e disposição dos fios e cabos, para essa
fonte não é crítico.
No painel frontal você deve colocar a chave liga/desliga, o LED, montado num porta
LED e os bornes da tensão de saída (+ e -) . No painel traseiro devem ser colocadas o
porta-fusível e entrada do cabo de rede, através de uma borracha de passagem.
d. Use fios grossos para as ligações do transistor Tr1, entre a PCI e dissipador.
e. O transistor de potência PNP MJ2955 usado para Tr1 tem o preço um pouco alto,
quando comparado com um 2N3055, NPN. Além disso, o 2N3055 pode ser achado em
qualquer loja de componentes ou mesmo na sua sucata. Como tínhamos um monte deles e
nenhum MJ2955, fizemos a adaptação mostrada no circuito (B) da figura 23.
f. A fonte também foi testada com um PNP TIP2955 e funciona bem mas com
correntes de saída um pouco menor do que o MJ2955.
g. O circuito do diagrama (B) é montado em duas barras de ponte de terminais
isolados, sem necessidade de PCI.
h. Muito cuidado: se você for usar um transistor PNP: use o diagrama (A) da figura
21 e a mesma PCI mostrada na figura 26.
O desenho da figura 25 ilustra como é feita a fixação do transistor no dissipador de
calor.
Figura 25 Montagem do transistor de potencia no dissipador de calor.
i. Entretanto, se você optar por usar um transistor NPN como o 2N3055, faça as
seguintes modificações nos componentes da PCI mostrada:
- Não use o resistor R2 (0,1Ω). Em seu lugar coloque um jump de fio grosso.
- Retire R3 (10Ω) e não coloque nada no lugar.
- Substitua o resistor R4 (0,33Ω) por um de 22Ω, 5W, fio.
- Monte o transistor e demais componentes do circuito (B) da figura 23, como
explicado. Veja um detalhamento na figura 27 e figura 28.
- O restante dos componentes da PCI permanece o mesmo.
Figura 26 Sugestão para as placas de PCI para a fonte.
A seguir são mostradas varias fotos de minha montagem. Use como um guia, se você
for fazer essa fonte.
Enquanto construía a caixa, bati os olhos numa caixa de uma fonte para computador.
A mesma estava pifada e acabei desmontando-a para aproveitar algum material interno.
Veja que essa caixa, com pequenas adaptações ou não, também serve para alguma
montagem! Qualquer oficina de computador tem essas fontes aos montes!
Figura 34 caixa vazia de fonte de computador.
Dicas
Mais dicas do que demos nesse artigo, nos desenhos e nas fotos, é impossível!
07/12/13 – pem – Ver 0
Capitulo 6
PROJETO 4 – FONTE DE ALIMENTAÇÃO VARIÁVEL
PARA 13,8V E 20A
Introdução
● PCI 2
A PCI2 contém os capacitores eletrolíticos do circuito de filtro da fonte. Por medida
de economia foram usados 4 capacitores eletrolíticos de 4700μF ao invés de apenas um
capacitor de valor maior, mas de custo mais alto e nem sempre encontrado no mercado.
Na realidade essa PCI é composta de duas tiras de cobre, largas, devido à alta corrente
que circula pelo circuito do filtro. Veja detalhes na figura 37.
Figura 37 Layout e conexões da PCI 2 ao circuito
● PCI 3
A PCI3 contém os componentes do filtro de RF de saída (13,8VCC) e mais os
componentes de disparo do SCR de proteção contra sobre tensões. Essa PCI3 é
mostrada na figura 38.
Também como alternativa, os componentes da PCI3 podem ser montados numa
ponte de terminais isolados e colocados o mais próximo possível dos bornes de saída da
fonte.
● PCI 4
A PCI4 contém o circuito de controle da fonte de alimentação, com o CI1 e o
transistor excitador TR1. O layout da PCI4 é mostrado na figura 39.
Figura 38 Layout da PCI 3 e conexões ao circuito.
Fotos da fonte
As fotos aqui mostradas são da própria fonte construída pelo autor e está em uso há
vários anos.
Aproveitei a própria caixa da fonte para montar um alto-falante sobressalente e uma
saída para fones, como pode ser visto na foto do painel frontal. Provavelmente você não
precisa disto.
Figura 43 Foto interna da fonte.
Umas palavras...
Para o trabalho do montador amador é interessante que o multímetro tenha condições de fazer
medições em CC, CA (tensão e corrente) e resistência. As escalas podem ser, no mínimo:
● Tensão CC: até 1.200 V
● Tensão CA: até 600 V
● Corrente CC: até 2 A
● Corrente CA: até 2 A
● Corrente CC especial: até 10 A
● Resistência: até 10 MΩ
A grande maioria dos multímetros digitais tem uma escala especial para medida de corrente
CC, que costuma ir até 12 ou 20 A, conforme o modelo e fabricante. Essa escala especial usa um
borne separado da escala normal do multímetro.
Um par de pontas de provas (vermelha + preta) acompanha o multímetro. Alguns modelos
fornecem junto alguns fusíveis sobressalentes para os circuitos de proteção internos.
Os multímetros digitais
Como os multímetros digitais básicos são mais econômicos e fáceis de usar, recomenda-se que
o amador adquira um desses tipos para seu uso na “oficina”. Baseado nisso, vamos analisar com
mais detalhes esse tipo de multímetro.
A figura 2 ilustra um modelo genérico de multímetro digital, que vamos usar para nossa
descrição.
a) Display: O display é de cristal líquido e tem 3½ dígitos, ou seja, três dos dígitos (a direita)
são completos, com indicação de 0 a 9 e o primeiro dígito é incompleto, com indicação de “1".
Você vai ver que uma escala de “2000", na realidade mede até “1999".
b) Chave seletora: Permite selecionar as diversas funções (tensão CC = e CA ~), corrente,
resistência, etc.) e as escalas que podem ser usadas, dentro de cada função. Assim sendo, no caso
de tensões CC, a chave seletora permite escolher entre as escalas de 200mV, 2000mV (2V), 20V,
200V e 1000V. Não se esqueça de que esses valores são valores de “fundo de escala”.
Pegue alguns resistores e faça algumas medições, comparando o valor medido com o valor do
código de cores. Para isso, não se esqueça de levar em conta a tolerância do resistor.
ATENÇÃO: A partir de agora você vai começar a medir circuitos
energizados com tensões CC ou CA. Cuidado e siga as recomendações
de segurança. Se possível, comece medindo a tensão de pilhas e
baterias.
►Medições de tensões: Você deve selecionar a função tensão e selecionar a faixa mais
apropriada. O montador amador deve usar mais as faixas de 20VCC e 200VCC. Para CA, usa-se a
faixa de 200VCA (127V) e a faixa de 750 CA (220V). Veja a figura 4 para ilustração.
A figura 5 ilustra a seleção das tensões CA e as faixas disponíveis que vão até 750V.
Figura 5 Medições de tensão CA.
► Medições de correntes CC: somente podem ser medidas correntes CC, como ilustrado na
figura 6. Uma posição única do seletor, permite medir correntes de até 10ACC, usando-se o borne
em separado, para isso. Note que nessa figura o seletor está na faixa de 200μACC.
Figura 6 Medições de corrente CC.
► Outras medições: mais duas medições estão disponíveis nesse multímetro que estamos
discutindo: uma delas permite medir e testar diodos semicondutores e a outra posição permite
verificar a continuidade de componentes e circuitos, audivelmente. O multímetro tem uma pequena
“buzina” que soa quando a condutividade está dentro de certos limites. Essas escalas estão ilustradas
na figura 7. Os bornes, onde são conectadas as pontas de prova do multímetro também são mostradas
nessa figura.
Figura 7 Medição de diodos e continuidade.
Você adquiriu um belo multímetro digital e “está louco” para começar a medir alguma coisa!
Cuidado, não enfie as ponta de prova na primeira tomada de parede que você encontrar!!
Algumas regras de segurança que você deve seguir, para sua própria segurança e longa vida
para seu multímetro:
a) Tenha certeza de que a chave seletora de funções e as pontas de prova estão nas posições e
lugares corretos. Verifique três vezes. Verifique mais uma vez!
b) Não use o multímetro se as pontas de prova estiverem danificadas, soltas ou com os cabos
descascados.
c) Nunca meça a resistência de um componente ou circuito se o mesmo estiver energizado.
d) Nunca toque as pontas de prova conectadas a um circuito energizado, principalmente em
medidas de tensões CA.
e) Não use o multímetro comum para tentar medições acima das comportadas pelo aparelho.
Você quer ver qual é alta tensão do tubo de um monitor de computador? Nunca faça isso!
f) Sempre comece pela maior escala, ao medir uma corrente ou tensão desconhecida. Pelo tipo
de circuito e pela tensão de alimentação do mesmo você já tem uma ordem de grandeza desse valor.
g) Nunca mude as escalas de um multímetro, com ele conectado a um circuito energizado. Isso
pode danificá-lo irremediavelmente.
h) Sempre verifique as condições da bateria ou pilhas que alimentam o multímetro: se elas
estiverem gastas, poderão dar indicações errôneas das medidas. Alguns tipos de multímetros digitais
acusam baterias descarregadas, indicando no display “LOW BATTERY”. Está na hora de substituir a
bateria...
i) Não submeta o multímetro a pancadas e choques mecânicos. Não deixe que ele seja molhado
ou exposto ao sol.
Alguns exemplos de medições
A seguir, apresentamos a você alguns exemplos de medições que podem ser feitas com o
multímetro digital. Antes, tenha certeza de que você verificou todos os pontos do item acima
“CUIDADOS COM O MULTÍMETRO DIGITAL”.
a) Medições de resistência: veja na figura 9 como se verifica o valor ôhmico de um resistor,
um fusível (bom ou ruim) e a continuidade de um cabo qualquer. Note que os componentes a serem
testados estão desligados do circuito.
No exemplo, do fusível a resistência a ser obtida com a leitura é em torno de “0Ω”. Se você
encontrar valores maiores ou o display indicar “O.L” (open), existe algum problema com o mesmo.
No caso do resistor, escolha uma escala que dê uma leitura de maior precisão. Se você
escolher uma escala muito alta, o valor que o multímetro mostra é “1". Vá usando escalas menores
até uma leitura correta. Verifique o valor medido com o valor dado no corpo do resistor, pelo código
de cores.
Na medida de continuidade de cabos blindados, como os usados em áudio, o valor pode ser de
alguns ohms para cabos finos e longos. Meça a resistência entre o pino central do plug (vivo) e a
malha. Se o cabo estiver bom, esse valor é infinito e o multímetro irá indicar sempre “1", em
qualquer escala. Se indicar valores baixos você pode ter um “curto circuito” entre o condutor central
e a malha do cabo.
Figura 9 Exemplo de medições de resistência e continuidade.
Se você não sabe qual a o valor da tensão CC a ser medida, use sempre a maior escala e vá
abaixando até ter uma leitura precisa. Não se esqueça que cada vez que você for abaixando a escala,
na chave seletora, o multímetro precisa ser desconectado do circuito sob medida. Por exemplo, veja
a figura 10 para a medição da tensão de uma bateria de 9V. Nessa figura, a leitura de maior precisão
é na escala de 20V.
c) Medições de tensões CA: CUIDADO, SIGA OS PROCEDIMENTOS DE
SEGURANÇA!! Vamos supor que você vá medir a tensão da rede de CA, presente em uma tomada
na sua residência. Veja a figura 11 para os detalhes.
No desenho (b) da mesma figura, estamos medindo a corrente consumida por um micro system,
alimentado por uma fonte de alimentação externa. Usamos para isso a escala separada de 10ACC,
com aponta de prova positiva (vermelha) conectada ao borne especial marcado “10ADC”.
Novamente, cuidado com as conexões das pontas de prova, bornes de saída da fonte de alimentação e
a polaridade dos fios (ou conector) de alimentação do micro system.
Outros instrumentos de medidas
Existem ainda outros instrumentos de medidas, mas a grande maioria deles de uso profissional.
Alguns exemplos mais comuns:
a) Gerador de Funções: produzem sinais do tipo senoidal, triangular, quadrado, etc., em
frequências de até cerca de 1MHz. Usados em testes de circuitos de baixa frequência e circuitos
digitais.
b) Gerador de RF: produzem sinas de RF que podem ir desde alguns kilohertz até centenas de
megahertz. São usados para alinhamento de receptores de rádio, TV, FM, etc.
c) Frequencímetro Digital: medem a frequência, período, etc. de sinais desde a faixa de áudio
até centenas de Megahertz. Alguns modelos podem medir até a faixa de Gigahertz. Usado em conjunto
com o Gerador de RF para calibrações e ajustes em receptores e transmissores de rádio, TV, FM,
etc.
d) Pontes ou medidores de RLC: Como o nome já diz, medem resistência, indutância e
capacitância. Podem ser encontrados em caixas que são parecidas com multímetros digitais. As
pontes RLC são instrumentos de maior precisão, mas de uso complexo e de custo mais alto.
e) Osciloscópio: Esse aparelho permite a visualização numa tela, dos sinais medidos. Permite
obter as amplitudes e as formas de onda dos sinais de qualquer tipo, sejam eles de baixas ou altas
frequências. Costumam ser instrumentos de custo alto, dificilmente encontrados e não necessários na
bancada do montador amador.
Testando semicondutores com o multímetro
Antes de você sair por ai medindo todos os semicondutores que encontrar, leia com atenção as
observações abaixo.
Todas as medidas descritas a seguir são feitas com o semicondutor fora do circuito. Nunca
faça essas medidas com o semicondutor montado no circuito e ainda mais, com o circuito energizado!
Multímetros analógicos e digitais podem ter comportamentos diferentes em algumas medidas
feitas em semicondutores. Leia com atenção as dicas dadas para cada um dos tipos.
Multímetros analógicos podem trabalhar com uma tensão interna de vários volts (bateria) que
podem danificar o semicondutor que você está tentando medir. Leia o Manual de Instruções do
multímetro para essa observação. Por outro lado, multímetros digitais podem ter uma corrente de
medida pequena, não o suficiente para polarizar as junções dos semicondutores e isso pode resultar
em falsas indicações do multímetro. Novamente, leia o Manual de Instruções!
Medindo a junção de diodos
Multímetros analógicos: Conecte o multímetro ao diodo como mostrado na figura 13. Use a
menor escala de resistência disponível. Um diodo como um retificador ou diodo de sinal, quando
polarizado diretamente, deve indicar 2/3 da leitura da escala, ou seja, um par de centenas de ohms
(desenho (a). Na polarização inversa, desenho (b), o multímetro deve indicar uma grande resistência,
próximo ao infinito.
- Se a indicação for 0Ω (zero) em ambas as direções, o diodo está em curto-circuito. Jogue
fora!
- Se a indicação for muito alta (ou infinito) em ambas as direções, o diodo está aberto. Jogue
fora!
Figura 13 Medições de diodos com o multímetro analógico.
- Se a indicação for “1.” (desenho (a), o diodo está bom. Se a indicação for “.00” ou outro
qualquer valor, a junção do diodo está ruim).
- Se a indicação for aproximadamente à tensão da junção (desenho (b), o diodo está bom. Se a
indicação for “.00” a junção está em curto. Se a indicação for “1.”, a junção está aberta. Nesses dois
últimos casos, o diodo está defeituoso.
Medição simples de transistores
Para a medição de transistores NPN e PNP, o multímetro, tanto analógico quanto digital, aplica
uma tensão nas junções do transistor em teste. Essa tensão, aplicada através das pontas de prova, nem
sempre correspondem às cores das pontas de prova dos multímetros. Como regra geral temos:
- Nos multímetros analógicos, a ponta de prova vermelha tem a polaridade negativa (-) e a
ponta de prova preta tem a polaridade positiva (+). Isso é importante para se saber o sentido da
corrente na junção do transistor.
- Nos multímetros digitais, essas polaridades são inversas as acima descritas: a ponta de prova
vermelha é positiva (+) e a ponta de prova preta é negativa (-).
A figura 15 mostra o procedimento para um teste simples de transistores, conforme descrito a
seguir..
Multímetros analógicos:
1º Passo: Selecione a escala de resistência “X 100" e conecte a ponta de prova positiva
(preta) a base do transistor (no exemplo, da figura 15, NPN).
2º Passo: Com a ponta de prova negativa (vermelha), verifique as duas junções do transistor,
uma de cada vez, entre coletor-base e emissor-base.
Um transistor normal irá indicar uma leitura em torno de 500Ω. Uma leitura muito alta, irá
indicar um transistor defeituoso.
Se o transistor for PNP, siga o mesmo procedimento acima, mas invertendo as pontas de
prova.
Com os dois passos acima, medimos a resistência das junções, quando polarizadas
diretamente. Siga o passo restante para medir a resistências das junções, quando polarizadas
inversamente. Isso permite verificar se o transistor tem curtos-circuitos ou fuga excessiva
Toda bancada do montador eletrônico, seja ele amador de final de semana, hobista ou
profissional, deve ter no mínimo um multímetro, digital ou analógico.
O funcionamento desses instrumentos já foi discutido no Capítulo sobre INSTRUMENTOS
DE MEDIDAS, com todos detalhes necessários, como técnicas de medidas, usos, cuidados, etc.
Não sabemos se hoje, seria interessante descrever a montagem de um multímetro digital de
bancada para o amador, devido ao baixo custo desses instrumentos no mercado. Entretanto, o módulo
básico de medição de um multímetro digital, pode ser útil para que possamos prover outros
instrumentos com essa medição digital de tensão ou corrente, a um custo baixo.
O circuito usado nesse Projeto 01 usa componentes eletrônicos “já meio antigos” (mas ainda
disponíveis no mercado) e baseia-se num projeto desenvolvido pela “RCA®” Tem a vantagem de ser
montado com relativa facilidade devido as PCI de grande tamanho. Já um multímetro digital com
display de cristal líquido, mais moderno, envolveria componentes eletrônicos de difícil manuseio
(CI, chaves, etc.) devido ao seu pequeno tamanho e enorme número de pinos nos CI. O baixo custo
desses instrumentos é um atrativo para sua compra e não montagem.
OBS.: A montagem do multímetro digital de bancada descrita a seguir somente é indicada para
amadores já “meio avançados”. As PCI usadas até que são simples mas o sistema de chaves rotativas
das diversas escalas, precisa de muita atenção e alguma prática. Você é iniciante, mas tem “aquele
amigo fera” que te ajuda nas montagens? Então vá em frente... Também, se você pensa como o grande
poeta “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”...vá em frente!
Como funciona o multímetro digital
Para que você possa tirar o máximo proveito desse projeto e possa aplicá-lo a outros circuitos
onde você precise de medições de tensão e corrente, em CA e CC, vamos analisar o diagrama em
módulos (blocos) do nosso multímetro.
A figura 17 mostra esse diagrama, de maneira simplificada. Note que não foram mostradas
todas as interconexões entre os módulos e os diversos sistemas de chaveamento (vários!) para as
grandezas a serem medidas, tipos de corrente, escalas, etc.
A figura 24 mostra a PCI do Módulo dos Conversores, vista somente pelo lado dos
componentes. Essa placa tem as dimensões de 136 x 105mm.
Figura 24 PCI dos módulos conversores vista pelo lado dos componentes.
A PCI do Módulo de Medição A-D é ilustrada na figura 25 vista pelo lado dos componentes.
Figura 25 PCI 25 – Módulo de medição A/D.
Figura 26 PCI 2 módulo de medição, visto pelo lado do cobre.
A PCI do módulo de medição, vista pelo lado dos componentes é mostrada na figura 26.
Figura 27 PCI 27 módulo de medição, visto pelo lado dos componentes.
Veja a PCI do módulo dos displays, vista pelo lado do cobre, na figura 28.
Figura 31 Terminal tipo "espadinha" e ferramenta para alargar o furo para colocação.
1.4 A ferramenta é feita com lâmina de arco serra e o uso de um esmeril. Se você não tiver
esmeril, leve o desenho na oficina da esquina e peça ajuda. Note que os furos onde vão encaixados a
espadinha devem ter 1,2mm. Compre uma broca nessa medida ou muito aproximado.
1.5 Apoie a PCI na borda de uma mesa, bem firme. Com o uso de um alicate de eletricista,
empurre a “espadinha” no furo previamente alargado com a ferramenta. Se você fizer o corpo da
ferramenta com mais de 60mm, como moostra a figura, você poderá colocar ai um cabo, feito de
mangueira de irrigação de jardim, que caiba ai bem firme.
1.6 Depois de encaixadas todas as espadinhas, solde-as com cuidado.
1.7 Após a montagem de alguns componentes, pare e verifique como ficaram as soldas. Use
uma lente de aumento para isso.
1.8 Componentes polarizados, como diodos, transistores, Circuitos Integrados, capacitores
eletrolíticos, etc. devem ser verificados com cuidado, por ocasião da sua montagem na PCI. De
preferencia use soquetes para o CIs.
1.9 Nada de calor excessivo nos componentes ou na PCI. Lembre-se das regras de ouro da boa
soldagem! Soldador com a ponta correta e limpa.
1.10 No caso do terminal de algum componente não caber no furo da PCI, use uma broca de
tamanho adequado e furadeira miniatura para alargá-lo. Faça isso com muito cuidado, para não
danificar a PCI e outros componentes já soldados.
1.11 É aconselhável que você pratique o processo de encaixe das “espadinhas” num pedaço de
PCI qualquer.
1.12 Use as fotos do multímetro digital, para outras dicas de montagem, componentes, etc.
2. Módulo de medição – Conversor A-D
2.1 Monte os dois soquetes dos CI: CI1 e CI2. Cuidado com a posição do pino 1.
2.2 Solde os “jumpers”, que apenas são pequenos pedaços de fio nu, ligando duas ilhas.
2.3 Veja foto do módulo de medição na figura 32, visto pelo lado dos componentes e visto
pelo lado do cobre na figura 33.
3. Módulo do display
3.1 Na parte inferior da placa dos displays são soldados 18 fios nus que vão fazer a
interconexão dessa PCI com a PCI do módulo de medição. Veja a figura 34. A figura 35 mostra a
mesma placa, visto pelo lado do cobre.
3.2 Depois dos fios acima estarem soldados, a PCI do módulo do display é encaixada na PCI
do módulo de medição. Isso pode ser uma tarefa meio complicada... Para ajudar esse encaixe,
alargue apenas o início dos furos com uma broca de diâmetro maior. Isso também está mostrado na
figura 34.
Figura 35 PCI dos displays vista pelo lado do cobre
3.3 Os displays devem ficar com as ranhuras que tem no seu corpo, voltadas para cima.
3.4 O LED que vai nessa placa é do tipo miniatura e ele vai fazer o papel de um ponto decimal,
antes do primeiro dígito. Monte-o com cuidado ao lado do primeiro display, como pode ser
observado nas fotos.
4 Fonte de alimentação
4.1 Observe com atenção a polaridades dos capacitores eletrolíticos, diodos e CI reguladores
de tensão, usados no circuito da fonte.
4.2 Note que os CI1 e CI3, reguladores de tensão para 12V, tem a disposição dos terminais
diferente um do outro. Veja a figura 39 e figura 40.
3.3 Os displays devem ficar com as ranhuras que tem no seu corpo, voltadas para cima.
3.4 O LED que vai nessa placa é do tipo miniatura e ele vai fazer o papel de um ponto decimal,
antes do primeiro dígito. Monte-o com cuidado ao lado do primeiro display, como pode ser
observado nas fotos.
4.Fonte de alimentação
4.1 Observe com atenção a polaridades dos capacitores eletrolíticos, diodos e CI reguladores
de tensão, usados no circuito da fonte.
4.2 Note que os CI1 e CI3, reguladores de tensão para 12V, tem a disposição dos terminais
diferente um do outro. Veja a figura 39 e figura 40.
4.3 O CI2, que é o regulador de tensão para 5V é montado fora da placa, num pequeno
dissipador. Pode ser no fundo da caixa do multímetro ou no painel traseiro.
Não, não me esqueci de dar o layout da PCI da fonte de alimentação. Como é muito simples e,
além disso, tem as fotos acima, deixei como exercício para você fazer. Pode mudar o layout a
vontade que no circuito da fonte de alimentação não tem maiores problemas. Boa sorte!
5. Testes iniciais a fonte de alimentação.
5.1 Nesse ponto vocês já podem fazer alguns testes iniciais.
5.2 Vamos começar pela fonte de alimentação, isoladamente, para ver se ela fornece as tensões
necessárias ao bom funcionamento do multímetro. Conecte tudo como ilustrado na figura 41.
5.2 Conectar a PCI da fonte ao secundário do transformador (trafo). O transformador de força
que alimenta a fonte: primário na rede de CA de 127 ou 220V e secundário conectado a PCI da fonte
de alimentação.
5.3 Conectar o primário do trafo a rede de energia elétrica de 127V. Se possível, use um cabo
de rede que tenha um fusível para proteção, em caso de algum fumacê no circuito. Ou use uma régua
de tomadas (popularmente chamado de filtro de linha), que tenha chave liga/desliga e fusível de
proteção.
5.4 Use agora seu multímetro digital adquirido na loja e meça as tensões de saída da fonte.
Meça também a tensão da rede. Cuidado: 127V ou 220V!
5.5 Confira com as tensões indicadas na figura 21, que é o circuito das fontes de alimentação.
5.6 Esse é um teste rápido, sem carga. Ou seja, sem as outras placas conectadas, Sem carga os
três CI reguladores não devem se aquecer.
5.7 Nesse ponto você já pode fazer alguns testes iniciais com as PCI conectadas a fonte.
5.2 Conectar as placas entre si, como mostrado na figura 42 e o transformador de força que
alimenta a fonte: primário na rede de CA de 127 ou 220V e secundário conectado a PCI da fonte de
alimentação.
5.3 Conectar a PCI do módulo de medição. Para essa PCI você vai precisar somente da
alimentação de +5V. A outras saídas da fonte, de +12V e-12V, ainda não serão usadas. Coloque um
pequeno dissipador no CI regulador de 5V pois ele pode se aquecer.
5.4 Com as conexões descritas acima, os displays devem acender, dando uma leitura qualquer.
Se isso não ocorrer, desligue tudo e reveja as diversas conexões.
Figura 41 Conexões entre rede de 127V, Trafo e PCI das fontes.
9. Chaves rotativas
9.1 Essa é a parte mais complicada da montagem, mas não impossível de ser feita. Use chaves
de boa qualidade, como as mostradas na foto (EVETRON®), que tem pastilhas isolantes e fibra de
vidro, eixo de latão, contatos prateados, etc. Veja fotos dessas chaves na figura 46. Se não for
possível encontrar essas chaves, procure pelas de pastilha de fenolite.
9.2 A foto da figura 46 mostra detalhes das chaves e a figura 47 detalha as conexões ás
pastilhas
Figura 46 Chaves rotativas Ch1, Ch2 e Ch3.
9.3 Use fio flexível de diversas cores para as conexões das chaves. Faça um pequeno “chicote”
de fio, dentro de um tubo de espaguete plástico, para melhor acabamento e facilidade de montagem.
Identifique cada um desses chicotes. Fios desse tipo, mas rígidos e que também podem ser usados,
podem ser encontrados nos cabos telefônicos instalados em ruas. Veja se perto da sua residência tem
alguma instalação de rede telefônica e peça um pedaço. Se não vá até a loja da companhia telefônica
de sua cidade e tente arrumar por lá. Vai ser aquela alegria!! Veja sugestão na figura 48.
Figura 48 Sugestão para confecção de "chicotes de fios" para interligação das chaves as PCI.
9.4 Identifique também cada umas das pastilhas das chaves, marcando-as com caneta
permanente ou pequenas tiras de fita escritas. Por exemplo “a” de Ch1 ,“c” de Ch3, etc.
9.5 Veja na figura 49 a seguir, como vão ser feitas as ligações das chaves a placa dos módulos
conversores de tensão, corrente e resistência.
Figura 49 Identificação das conexões (espadinhas) na PCI do módulo dos conversores.
d. Ajustar o trimpot R21 (100kΩ), na placa dos conversores de medição (CA), para essa
tensão de 1,5VCA.
e. Devido a alguns problemas de linearidade do circuito conversor CA-CC, poderão surgir
erros em algumas escalas de tensão CA. Nesse caso, faça as calibrações com maior precisão nas
escalas que você vai usar. As medidas mais frequentes de CA ocorrem na faixa de 10 a 250 VCA
(secundário de transformadores, redes de energia elétrica, etc.).
f. Aplique outras tensões de CA de 127 e 220V e confira os valores. Se precisar, retoque R21.
10.5. Ajuste da leitura de ohms
a. Colocar a chave seletora de funções em “Ω”.
b. A chave de escalas deve estar na posição “1” (vai medir resistores até 1kΩ).
c. Arrume um resistor padrão de cerca de 470Ω (pelo menos 1% de tolerância) e confira sua
resistência com o multímetro de referência.
d. Colocar o mesmo resistor nos bornes de entrada, marcados “OHMS” e “TERRA” e ajustar
o trimpot R26 (1kΩ) para uma leitura de “.470” no display. Este trimpot está na placa dos
conversores de medidas.
e. Repetir os passos c e d acima para as outras escalas do multímetro. Escolha sempre
resistores padrão próximo ao meio da faixa: 470Ω, 4,7kΩ, 47kΩ e 470kΩ ( ou cerca de 560/620Ω,
etc.)
f. Os trimpots a serem ajustados são:
Escala de 1kΩ = R26
Escala de 10kΩ = R27
Escala de 100kΩ = R28
Escala de 1000kΩ = R29
g. Repita esse processo, para outros valores de resistência, dentro de cada faixa, e verifique
qual é o comportamento do multímetro.
19.6. Ajuste da leitura de corrente
a. Para este ajuste você vi precisar de um reostato ou potenciômetro de fio, com valor de cerca
de 100Ω, uma fonte de alimentação que possa fornecer até cerca de 1,5A e um multímetro digital de
referência, que possa ler até cerca de 1,5A. Monte o circuito da figura 51. Importante: ajuste o
potenciômetro para que ele tenha 100Ω entre os terminais marcados 1 e 2 na figura 51, antes de
liga-lo ao circuito.
b. Colocar a chave de funções em “I CC”. A chave de escalas deve estar na posição de “1A”.
O multímetro de referência também deve estar na escala de 1A ou maior.
c. Ajuste o reostato ou potenciômetro de fio, para que o multímetro de referência leia 0,9A . A
leitura do multímetro digital deve ser de aproximadamente 0,9 A. OBS.: Essa precisão vai depender
da precisão (tolerância) do resistor R19, de 1Ω usado no circuito.
d. Sem mais tocar no reostato ou potenciômetro de fio, retire o multímetro de referencia e
coloque o nosso multímetro no lugar. Veja se os valores são bem próximos. OBS.: Se a variação for
muito grande, troque esse resistor até obter um valor próximo ao desejado.
e. Repita o passo c, obtendo os valores da tabela a seguir. Ainda vale a OBS feita neste item,
para todos outros valores.
Referencia padrão Leitura no multímetro Resistor shunt na PCI
0,9 A 900mA R19 = 1Ω
0,09 A 00.0mA R18 = 10Ω
0,009 A 9.00mA R17 = 100Ω
0,0009 A .900mA R16 = 1kΩ
12/12/13 – pem – Ver 0
Capitulo 3
PROJETO 2 – MULTÍMETRO DIGITAL COM DISPLAY DE
LCD
Introdução
Complementando o Projeto 1, de um Multímetro Digital com display de LED, este Projeto 2
descreve um outro Módulo de Medição, mas agora com um display de cristal líquido (LCD).
Todo projeto é baseado num Application Bulletin AO23 da empresa INTERSIL® (USA), que
usando o Conversor A-D modelo ICL7106, permite montar um medidor digital de painel, com apenas
um CI e poucos outros componentes.
Esse CI ICL7106 é bastante conhecido pois é usado numa infinidade de multímetros
comerciais, devido a sua facilidade de montagem, precisão, etc.
O circuito
A figura 51 mostra o circuito do ICL7106 e suas diversas conexões com display e outros
componentes.
Note que são usados alguns pontos de teste (TP) para medições diversas no circuito. No nosso
caso, não temos necessidade desses TP. Note ainda que na PCI são deixadas conexões para os Pontos
Decimais de cada dígitos. Colocar ai uma espadinha para conexão destes pontos.
A alimentação é feita com uma bateria de 9V, devido ao baixo consumo do circuito. Nada
impede que se use uma fonte regulada para alimentar o medidor.
O trimpot R4 permite ajustar o ganho do circuito, na hora da calibração. Esse é o único ajuste
do circuito.
O circuito apresentado na figura 51 é um “medidor digital de painel” e ainda não é um
multímetro. No capítulo passado, projeto 01, mostramos os circuitos de entrada para um multímetro
digital para CC/CA, V, I e ohms. Se você resolver usar o circuito com o ICL7106, é preciso adaptar
aqueles circuitos de entrada, para essa nova condição de leitura do ICL7106.
Figura 51 Circuito do medidor digital de painel com o CI ICL7106.
Pela figura 52, vemos que a corrente solicitada pela carga é de 2A . Para que ela possa ser
medida, essa corrente precisa ser “transformada” numa tensão de até 2V. Recorde-se que nosso
Medidor Digital de Painel mede até 2VCC (1,999V)”.
Essa tensão pode ser conseguida, fazendo-se com que a corrente a ser medida, passe por um
resistor e nele provoque uma queda de tensão de 2V. Basta então calcular o valor desse resistor, no
circuito da figura 52 anotado como “Rx”. Temos então:
Rx = 2V/2A = 1Ω
Note que este valor de RX é idêntico ao valor do resistor usado para medir correntes de até 1A
no circuito usado para o multímetro digital do Projeto 01, Capítulo 2.
Figura 53 PCI do medidor digital de painel, visto pelo lado do cobre.
Testes preliminares
Após a montagem da PCI, podem ser feitos os seguintes testes e ajustes.
a. Geral: Ao aplicar uma tensão no circuito (pontos marcados +V e –V), com os terminais de
entrada curto-circuitados, o display deve acender e indicar “zero”. O sinal “-“ (negativo) deverá
“piscar”, aparecendo aprox. 50% do tempo de indicação.
b. Sobre escala: Se for aplicada uma tensão maior do que 1,999V, o display irá indicar apenas
“1” ou “-1”, com a supressão dos três últimos algarismos.
c. Polaridade: A ausência de qualquer sinal à esquerda do primeiro dígito (1) indica uma
leitura positiva. Se a indicação for “-1” a leitura é negativa.
d. Ganho: Aplique uma tensão de 1,000VCC a entrada do medidor digital e ajuste o trimpot
R4, para uma leitura de 1,000 no display de cristal líquido. Para isso, use uma fonte de alimentação
estabilizada (que parta do zero V) e um multímetro digital externo, de boa precisão.
Fotos da montagem
A seguir são apresentadas algumas fotos da montagem do medidor digital de painel, com alguns
comentários sobre particularidades que possam ajudar na montagem.
Figura 56 PCI e layout da PCI.
O layout acima foi feito pelo sistema do ferro de soldar. O fabricante tem no site o tamanho
real da PCI. Imprimimos numa folha de papel couche e mão a obra. Foram necessárias algumas
correções com caneta de tinta permanente.
A figura 57 ilustra a PCI montada, sem o CI e o display LCD.
Figura 57 PCI vista pelo lado dos componentes.
Lista de materiais
- Semicondutores:
- CI1 – 74HC132
- CI2 – 78L05, regulador de tensão
- DI a D3 – 1N4148 ou 1N914
- Resistores (todos de 1/3W, carbono):
- R1 – 1MΩ
- R2 - 47 kΩ
- R3 – 5,1 MΩ
- R4 - 680 Ω
- R5 - 10 kΩ
- R6 - 120 kΩ
- R7 - 200 kΩ, trimpot miniatura, multivoltas, montagem vertical.
- R8 - 100 kΩ, trimpot miniatura, multivoltas, montagem vertical.
- R9 - 2 kΩ, trimpot miniatura, multivoltas, montagem vertical.
O lado dos componentes, da mesma PCI pode ser visto na figura 61.
Figura 10 PCI vista pelo lado dos componentes.
Montagem
Com relação à montagem da PCI é interessante observar os seguintes detalhes:
a. A PCI é compacta, devido à necessidade de uma pequena caixa metálica para encaixar o
módulo no multímetro. Daí o cuidado necessário para a confecção da mesma. É aconselhável mandar
fazer a PCI numa firma que trabalha no ramo. Veja dicas no capitulo referente a PCI.
b. Use soquete para o CI2.
c. As chaves CH1 e CH2 são montadas no painel e através de pedaços de fios isolados, são
conectadas aos pontos corretos na PCI. Veja figura 62.
d. Todos componentes são facilmente encontrados no comércio especializado.
As conexões para o multímetro, bateria e capacitor de teste (Cx) também são feitas com fios
isolados do tipo flexível. Use cores diferentes conforme as polaridades.
Figura 62 Conexão dos semicondutores e chaves.
Note pela figura 63 que duas garras tipo “jacaré” foram soldadas a pinos banana e servem
para conectar o capacitor em teste.
A figura 64 mostra outra vista da caixa. Note os dois pinos banana na parte de baixo da caixa,
onde todo módulo vai encaixado no multímetro digital. Os pinos banana tem um espaçamento
exatamente igual ao de meu multímetro digital.
Ajustes
Deve ser usada a seguinte sequência para ajuste do módulo de medição de capacitância:
1. Conecte o módulo aos terminais do multímetro digital e coloque a chave seletora de
alcances do multímetro para medição de 2 VCC (1,999V) .
2. Ligue o módulo e coloque a chave H/L (High/Low) na posição “L”.
3. Sem nenhum capacitor conectado nos bornes de “Cx”, ajuste o trimpot R8 para obter uma
leitura de “0V” no multímetro.
4. Arrume um capacitor qualquer de aproximadamente 1000pF, com boa precisão e conecte-o
aos terminais de Cx.
5. Ajuste o trimpot R7 para uma leitura de 1,00VCC (se você usou um bom capacitor de
1000pF).
6. Coloque a chave do módulo de capacitância em H (high) e conecte um capacitor de 1,0 :F
nos bornes de Cx.
7. Ajuste o trimpot R9 para uma leitura de 1,00VCC no multímetro digital.
8. Repita mais uma ou duas vezes esse procedimento.
9. Caso você tenha outros capacitores de boa precisão e valores conhecidos, meça-os e
verifique diferentes pontos das faixas de medição.
10. Pronto, seu módulo de medição de capacitância está calibrado!
OBS.: A precisão das leituras do módulo depende da precisão dos capacitores usados nos
ajustes. Use sempre capacitores de 1 ou 2% de tolerância. Nesse ponto, se você não tiver capacitores
de 1% ou 2% de tolerância, é interessante arrumar emprestado um bom capacímetro para saber o
valor certo do capacitor que você está usando. Ou levar vários capacitores a uma escola ou
universidade que tenha um capacímetro e medir todos.
Módulo de medição de indutância
O diagrama esquemático do módulo do indutometro é mostrado na figura 66. As considerações
que fizemos para o módulo do capacímetro também são válidas para esse módulo. Note que os
semicondutores são os mesmos do módulo anterior, bem como chaves, bateria, etc.
Na escala “Low” o módulo pode medir indutâncias de 3 a 500:H e na escala “High” mede de
100:H a 7mH, aproximadamente.
Lista de materiais
- Semicondutores:
- CI1 – 74HC132
- CI2 – 78L05, regulador de tensão
- DI – 1N4148 ou 1N914
- Resistores (todos de 1/3W, carbono):
- R1 – 220Ω
- R2, R4 - 22 kΩ
- R3 – 10kΩ
- R5 - 33kΩ
- R6 - 100 kΩ
- R7 - 10 kΩ, trimpot miniatura, multivoltas, montagem vertical.
- R8 - 10 kΩ, trimpot miniatura, multivoltas, montagem vertical.
- R9 - 1 kΩ, trimpot miniatura, multivoltas, montagem vertical.
-Capacitores (poliester metalizado, 100V):
- C1 – 0,01:F
- C2 – 0,01:F
- C3 – 0,1:F
- C4 - 10:F – eletrolítico, 12V, vertical
- C5 – 1,5:F – eletrolítico, 12V, vertical
-Diversos:
- Ch1 – Chave miniatura, alavanca, 2 polos x 2 posições
- Ch2 – Chave miniatura, alavanca, liga/desliga, PCI, solda, fios, caixa, bornes
A PCI
A PCI para o módulo medidor de indutância é mostrada na figura 66, lado da solda. A PCI tem
56mm x 56mm.
A figura 67 mostra a mesma PCI, agora do lado dos componentes.
Figura 67 PCI do módulo de medição de indutância. Vista pelo lado do cobre.
A mesma PCI é mostrada na figura 68, agora vista pelo lado dos componentes. As linhas
marcadas com a letra “J” são fios que interligam os pontos marcados na PCI. São comumente
chamados de “jumpers” ou “jump”.
Montagem
Uma caixa idêntica ao módulo anterior foi também usada para o indutometro. Os bornes e pinos
tipo “banana” também são idênticos na mesma posição. Veja figura 69.
A PCI montada deste módulo é mostrada na figura 70. Note que a montagem dos diversos
componentes segue os mesmos procedimentos usados para o módulo de medição de capacitância
O módulo de medição (tanto capacímetro quanto indutometro) pode ser visto acoplado ao
multímetro digital na figura 71.
Figura 71 Módulo de medição acoplado ao multímetro.
O frequencímetro digital
Todo projeto é baseado no PIC 16F84 da MICROCHIP® e mais um CI 74HC4046.
O sinal a ser medido é tratado pelo CI1, o 74HC4046O e depois aplicado ao CI2 que é o PIC,
“cérebro” do frequencímetro. A lógica de funcionamento do PIC é estabelecida pela programação do
PIC, feita através de um arquivo chamado DFC1.HEX.
A leitura é feita no Display LCD, que tem 2 linhas de 16 caracteres cada. Esse display tem um
sistema de iluminação interna, chamado de “back light” que permite fazer leituras com baixa
iluminação ambiente.
A figura 72 mostra o diagrama completo do frequencímetro.
Figura 72 Circuito do frequencímetro digital com PIC.
LISTA DE MATERIAIS
1.Semicondutores:
CI1 = CI 74HC4046
CI2 = PIC 16F84 da Microchip®
Rg1 = 7805, LM7805 – Regulador de tensão
D1, D2 = 1N4148, 1N914
D3 = 1N4007
Display: Módulo contador com display de LCD, 16 caracteres, 2 linhas
como o ITM-1602A
2. Resistores (todos metal film, 1/8 W, 5%)R1 = 1kΩ
R2 = 390Ω
R3 = 3,3 kΩ
R4 = 15Ω
Tp1 = 10kΩ, trimpot, vertical.
3. Capacitores (poliester, 50V, 10%)
C1 = 100pf, disco cerâmico
C2, C3, C4, C7, C9, C11 = 0,1μF
C5, C6 = 22pF, disco cerâmico, NP0
C8, C10 = 220μF, 16V, eletrolítico
4. Diversos
Xtal 1 = Cristal oscilador de quartzo, 10 MHz.
Jp1 e Jp2 = Jumpers do tipo usado em placas de microcomputadores
(macho e fêmea)
CN1 = Barra de 16 terminais
Fios, solda, PCI, caixa, etc.
Todo circuito é alimentado por uma fonte externa de 9 a 12 VCC, sem regulador. A regulação
da tensão de +5Vcc para o frequencímetro é feita pelo regulador Rg1, montado na PCI do mesmo.
O circuito também pode ser alimentado por uma bateria de 9V, funcionando por um bom tempo
se não for ligado o back light. Esse back light tem sua luminosidade regulada pelo trimpot Tp1 e
pode ser desativado (no caso de se usar bateria) se for retirado o jump de Jp2.
A PCI do frequencímetro
Todo circuito da figura 72 é montado em apenas uma PCI, como mostrado na figura 73.
Montagem da PCI
A PCI descrita nas figuras 74 e 75 é de dimensões reduzidas, relativamente compacta. Isso
significa que os componentes têm que ser encaixados corretamente, na furação correta, seguindo a
impressão de silkscreen mostrada na figura 75.
Os CIs são montados em soquetes de boa qualidade, observando-se a posição do pino 1. A
polaridade correta dos diodos e capacitores eletrolíticos também deve ser observada na hora da
montagem.
O regulador de tensão RG1, 7805, é montado deitado na PCI ocupando a área maior de cobre,
como mostrado na figura 77. Esse regulador também pode ser fixado a essa área, através de um
pequeno parafuso, porca e arruelas.
Depois que você montou a PCI do PIC, é hora de acoplar essa placa com a placa do módulo
contador. Provavelmente o componente mais crítico de ser montado dessa PCI é a pequena barra de
16 terminais (CN1) que interliga a PCI do frequencímetro com a PCI do modulo contador. Veja esse
detalhe na figura 76, junto com outros conectores miniatura usadas na PCI.
Para orientá-lo na montagem e reforçar o que foi colocado acima, são dados a seguir alguns
passos que facilitam a montagem da PCI do frequencímetro.
► PCI do frequencímetro:
a. Conferir se todos componentes estão OK.
b. Alguns furos da PCI precisam ser refeitos, antes da montagem, para acomodar corretamente
os seguintes componentes:
- CI RG1 – 7805 = Fixar o CI na placa com um parafuso de Φ 1/8”, com porca e arruelas
lisas.
- Idem = Aumentar os furos dos três terminais desse CI para Φ 0,8mm
- Verificar se os terminais para os conectores de entrada e jumpers estão com o diâmetro
correto.
c. Colocar os jumpers de fio fino nos lugares indicados na PCI por uma linha preta.
d. Inserir e soldar todos os resistores e capacitores. Notar que R3 e R4 são montados
verticalmente.
e. Inserir e soldar os diodos D1, D2 e D3. Cuidado com as polaridades.
f. Inserir e soldar os jumpers Jp1 e Jp2.
g. Inserir e soldar os soquetes dos CI U1 e U2. Cuidado com as polaridades e com curto entre
os terminais dos soquetes, ao soldar. Se você não enxerga bem, use uma lupa...
h. Inserir e soldar o Cristal 1. Cuidado com excesso de calor.
i. Inserir o CI regulador de tensão RG1. Dobre seus terminais e monte-o no lugar apropriado
com o parafuso, porca e arruelas de pressão. Veja figura 77.
j. Inserir e montar a barra de terminais isolados CN1. Note que essa barra é montada com a
parte mais longa dos terminais na PCI e que ela não entra totalmente na furação, como mostra a
figura 78. Note também que a solda é feita numa posição “meio difícil”.
Testes e ajustes
Essa parte é muito simples:
a. Ainda não instale os CIs nos soquetes da PCI.
b. Conecte a placa do frequencímetro e módulo contador a fonte externa de 9 ou 12Vcc.
c. Com um multímetro, meça a tensão de alimentação dos pinos dos CI1 e CI2, em relação a
terra (GND), conforme abaixo. Tensões maiores do que as da tabela podem danificar os CI.
CI Pinos Tensão VCC
CI1 – 74HC4046 16 5V
CI2 - PIC 4 e 14 5V
d. Desligue a alimentação do frequencímetro e encaixe os dois CI nos respectivos soquetes,
observando a posição do pino 1.
e. O display deve acender e marcar “00.0000 MHz HF” na linha superior.
f. As palavras “FREQUENCY METER” devem aparecer na linha inferior. Veja figura 81.
g. Ajuste o trimpot TP1 para um brilho de fácil leitura no display. Lembre-se que quanto maior
o brilho no back light, maior consumo da fonte ou bateria.
h. Injete um sinal de RF, com um Gerador de Frequências de RF. Uma outra fonte de sinais
qualquer pode ser usada, entre 100kHz e 40 MHz para o teste.
i. Se você puder dispuser de outro frequencímetro, de precisão conhecida, use o mesmo para
uma comparação.
j. Se for necessária uma grande precisão na leitura, um trimmer plástico, miniatura, de 30pF,
pode ser colocado no local de C5 ou C6, para ajustes.
Pronto! Seu frequencímetro está ajustado e pronto para qualquer medição.
As fotos da figura 82 mostram o frequencímetro descrito, já montado.
Figura 81 Frequencímetro funcionando. Nota: O display ainda está com o plástico protetor sobre o LCD.
Veja a seguir mais algumas fotos do frequencímetro que poderão servir de ajuda aos
montadores.
Dicas...
O autor desse projeto e layout, Carlos Tomazelli, também publicou um artigo na revista
“Antenna – Eletrônica Popular”. Veja a referência: Carlos Tomazelli – “Frequencímetro digital para
HF com PIC16F84” – Revista Antenna-Eletrônica Popular – pág. 11/1186 – Vol. 121 – No. 1 – 2002
Rio de Janeiro, Brasil.
Para a medida de frequências superiores a 30 MHz pode ser usado um circuito chamado
“prescaler”. Esse circuito divide a frequência de entrada, permitindo a leitura direta no modulo LCD.
Por exemplo, uma frequência de 150 MHz, vai ser lida no display como “15.00000”, se o prescaler
dividir o sinal por 10 ou seria lida como 1,500000 se a divisão do sinal for por 100.
Na referência 3 você vai achar circuitos e dicas de como montar um prescaler. Note que esse
tipo de circuito, por trabalhar com altas frequências (VHF/UHF), já é indicado para montadores
experientes ou para se montado com ajuda do “amigão” veterano.
Modificações
a. Display
Pode ser usado um display azul, no lugar do display verde indicado nesse projeto. O custo vai
aumentar uma vez que esses displays são mais caros. Veja figura 87.
Montagem
Depois de montada a PCI, ela foi encaixada na mesma caixa do frequencímetro, dai o motivo
de termos duas chaves no painel para uma entrada em HF e outra entrada em UHF. Devem ser usados
conectores tipo BNC para essas entradas.
Veja a seguir algumas fotos da PCI montada.
Nota: Nossos agradecimentos a Carlos Tomazelli, PY2CSU, pelos desenhos, layout e dicas do
frequencímetro.
13/12/13 – pem – Ver 0
Capitulo 7
PROJETO 6 – GERADOR DE FUNÇÕES DE 20Hz A 200kHz
Introdução
O Gerador de Funções é um instrumento de teste muito versátil que ajuda bastante o montador
amador. Basicamente ele produz uma variedade de sinais de saída, com precisão e estabilidade. Nos
circuitos mais simples, ele pode gerar sinais senoidais, quadrados e triangulares, que vão desde
alguns Hz até MHz. Esses sinais gerados têm enorme utilidade na calibração, teste e reparos de
diversos tipos de equipamentos eletrônicos.
Com o uso de Circuitos Integrados, a construção de Geradores de Funções tornou-se bastante
simplificada. Esse projeto descreve um Gerador de Funções simples, baseado no CI ICL8038.
O gerador de funções
O circuito integrado ICL8038, da INTERSIL® é um gerador de funções completo, num só CI
de 14 pinos, DIP. Na realidade o circuito interno do CI ICL8038 produz inicialmente um sinal de
onda quadrada e depois transforma esse sinal em triangular e senoidal. A empresa norte americana
MAXIM também fabrica um CI que tem essa mesma função.
O circuito apresentado é baseado em Notas de Aplicação da INTERSIL® e é um dos mais
simples que pode ser feito com o CI ICL8038, como mostrado na figura 97.
Figura 97 Circuito completo do gerador de funções com CI ICL8938.
LISTA DE MATERIAIS
Semicondutores
CI1 = CI ICL8038 da INTERSIL Capacitores
CI2 = CI LF351 C1 = poliester, 1μF x 100V
Resistores (todos de metal film ou carbono, C2 = poliester, 220nF x 100V
1/4W) C3 = poliester, 22nF x 100V
R1= 10MΩ C4 = disco cerâmico, 220pF x 100V
R2 = 4,7MΩ C5 = disco cerâmico, 220pF x 100V
R3, R12= potenciômetro linear, 10kΩ, carbono C6 = eletrolítico, 47μF x 25V
R4 = 22kΩ Diversos
R5, R6, R13 = 2,2kΩ Ch1 = Chave rotativa, 1 pólo x 4 posições
R7, R8 = trimpot multivoltas, linear, 100kΩ, Ch2 = Chave rotativa, 1 pólo x 3 posições
carbono J1, J2 = Conectores de saida, BNC fêmea (ou
R9, R10 = 10kΩ RCA)
R11 = 2,7kΩ Soquetes para os CI, solda, etc.
R14= 47Ω
Este circuito foi baseado em Notas de Aplicação e Folha de Dados da INTERSIL.
Toda parte de geração de sinais senoidais, triangulares e quadrados é feita pelo oscilador
interno do CI ICL8038. Os capacitores indicados como C2 a C5, na figura 97 determinam as
frequências de cobertura do gerador, conforme tabela abaixo.
Ch1 Capacitor Frequência
1 C2 = 1µF 20 a 200Hz
2 C3 = 220nF 200 a 2kHz
3 C4 = 220pF 2kHz a 20kHz
4 C5 = 220pf 20kHz a 200kHz
O potenciômetro R3 permite variar a frequência de saída, dentro dos valores de cada faixa,
como mostrado na tabela acima.
Os trimpots R7 e R8 permitem ajustar a forma de onda senoidal, evitando distorções no sinal
gerado.
A chave Ch1 seleciona qual forma de onda vai ser aplicada na entrada do amplificador
isolador (“buffer”) com o CI LF351: senoidal, quadrada ou triangular.
O potenciômetro R12 permite ajustar a tensão do sinal de saída, nas três formas de onda. Notar
que existem dois conectores para o sinal de saída: J1 e J2. J1 está conectado diretamente na saída do
CI LF351 e permite uma alta tensão de saída das formas de onda. Para circuitos que precisam de
sinais de menores intensidades, foi colocada a saída em J2, através de um divisor de tensão.
A PCI do gerador de funções
Numa só placa de circuito impresso (PCI) são montados todos componentes do Gerador de
Funções, com exceção da fonte de alimentação.
A figura 98 mostra a PCI do Gerador, vista pelo lado do cobre. Notas as dimensões da placa e
os quatro furos de fixação da mesma a caixa que vai abrigar todos componentes do Gerador de
Funções.
A mesma PCI é mostrada do lado dos componentes na figura 99. Nessa figura notar:
► Os trimpots multivoltas tem duas alternativas de montagem. Notar que existem duas ilhas na
PCI, para o pino central de R7 e R8. Isto permite colocar o parafuso de calibração destes trimpots
(cursores) numa posição cômoda de serem alcançados, para calibração. Escolha a sua posição.
► As conexões dos componentes externos como R3, R12, Ch1, Ch2, J1 e J2 são mostradas
foras do contorno da placa. Na placa foram deixadas ilhas maiores, para estas conexões, onde são
soldados os terminais tipo “espadinha” ou similares.
►As conexões para os potenciômetros R3 e R12, que vãos dos mesmos (montados no painel
da caixa) à PCI devem ser feitas com cabo blindado fino e flexível. O mesmo deve acontecer para as
conexões de Ch1.
► Os pontos marcados J1, J2, J3 e J4 são onde vão soldados dois jumpers, feitos com
pequenos pedaços de fio de cobre rígido, nu.
Figura 99 PCI vista pelo lado dos componentes, mostrando conexões as chaves e potenciômetros externos.
A PCI vista ao mesmo tempo pelas duas faces (visão Raios-X) é mostrada na figura 100.
Figura 100 PCI vista do lado do cobre e dos componentes (Raios X).
A figura 101mostra uma foto da PCI, já com os componentes montados.
Montagem da PCI
Não existem maiores problemas na montagem da PCI uma vez que a mesma e simples, com
poucos componentes. Como dicas:
● Os CI devem ser montados com soquetes
● Usar terminais tipo “espadinha” na PCI para as conexões aos componentes externos
● Usar cabos blindados finos e flexíveis para a conexão dos potenciômetros, chaves Ch1 e
Ch2 e conectores de saída.
● Os dois trimpots podem ser montados em posições que permitam a sua calibração, com a
PCI já montada no lugar.
● De preferência devem ser usados conectores fêmeas, tipo BNC, para montagem em painel,
para J1 e J2. Como alternativa, podem ser usados conectores tipo “RCA”, fêmea, para painel.
A foto da figura 102 mostra a PCI do Gerador de Funções, com os componentes externos
conectados. Notar que os conectores de saída, J1 e J2, não foram mostrados. Os cabos blindados que
vão aos mesmos estão à esquerda na foto.
Figura 102 PCI conectada aos componentes externos.
Na figura 104, em (A) é mostrada uma sugestão para o layout do painel da caixa e em (B) uma
sugestão para a confecção mecânica da caixa. O ponto (x) marcado na caixa da figura (B) é para
lembra-lo que essa dobra não precisa ser feita na mesma pela da caixa. Pode ser feita uma dobra com
perfil em “L”, que depois une topo e fundo da caixa.
Calibração
Para a calibração do gerador de funções você vai precisar de um osciloscópio ou um software
(Winscope ou similares) que permite usar seu microcomputador como osciloscópio. Procure na
Internet que você vai achar varias versões como freeware.
Passos para calibração:
a. Conecte a saída “ALTA” do Gerador de Funções a entrada do osciloscópio, para poder
verificar a forma do sinal gerado.
b. Ajuste a forma de onda para “Senoidal” (Ch2)
c. Ajuste a faixa de frequência para 2 a 20 kHz (Ch1)
d. Ajuste o nível de saída para uma boa amplitude de leitura no osciloscópio.
e. Ajuste o trimpot R7 para que o sinal mostrado pelo osciloscópio seja o mais próximo de
uma onda senoidal pura.
f. Ajuste agora o trimpot R8 para o mesmo objetivo de e acima. Note que estes ajustes de R7 e
R8 são interativos: um “mexe” com o outro.
g. Repita até que seja possível ter uma forma de onda senoidal pura ou “quase pura”.
h. Com o ajuste da onda senoidal, automaticamente as ondas triangular e quadrada, ficam
ajustadas.
A figura 104 mostra como ficariam as três formas de onda corretamente ajustadas.
O lado dos componentes é mostrado na figura 107, com as respectivas entradas, saídas, etc.
Figura 107 PCI do LC METER vista pelo lado dos componentes.
O módulo do display LCD já vem montado numa PCI e sua conexão a PCI principal é feita com
uma barra de terminais miniatura e um chicote de fios, como mostrado em fotos mais adiante. Veja a
PCI montada na foto da figura 108.
A montagem da PCI
Quando é utilizada a PCI fornecida pelo autor do projeto, a mesma já vem com o layout dos
componentes impressos no fenolite, através de silkscreen (veja figura 108, parte da PCI.). Isso
facilita em muito a montagem, com a colocação dos componentes, polaridades, etc.,
Os CI são montados em soquetes apropriados. Use soquetes de boa qualidade, observando
sempre a posição do pino 1. Outros componentes polarizados, como transistor, eletrolíticos, etc.
devem ser montados com cuidado.
O regulador de tensão LM7805 é montado na vertical, com um pequeno dissipador como
mostrado na foto da montagem completa nas figuras 108 e 109.
Figura 108 PCI montada.
Para auxiliar na montagem da PCI do LC METER, sugerimos a seguir alguns passos para
montagem e algumas dicas especiais.
►PCI principal:
a. Conferir se todos componentes estão OK. Nunca é demais medir os componentes (quando
possível) com o multímetro ou outro LC meter.
b. Alguns furos da PCI precisam ser aumentados, antes da montagem. Por exemplo, os quatro
furos que suportam a placa no fundo da caixa, devem ser refurados para um diâmetro de 1/8”
(3,2mm). Os furos dos terminais do regulador de tensão também precisam ser aumentados. Se você
for usar terminais para as diversas conexões da PCI principal ao LCD, chaves, etc., veja qual é o
diâmetro desses componentes. Daí a valiosa dica: tenha tudo em mãos antes de começar a
montagem...
c. Soldar todos os jumpers nos lugares indicados na PCI. Note que esses jumpers (pontes) são
pequenos pedaços de fio rígido, indicado na figura 107 com a letra “J”.
d. Inserir e soldar todos os resistores. Observar com atenção os que têm tolerância de 1%.
e. Inserir e soldar todos os capacitores. No caso dos eletrolíticos e tântalo, observe a
polaridade. O valor do capacitor C4, de 20pF (ou 22pf) poderá mudar durante os ajustes finais. É
aconselhável no lugar dele, colocar dois pequenos terminais, em forma de agulhas, como os usados
em microcomputadores. Ai, os valores que vão ser usados para teste, poderão ser soldados a esses
pinos, sem a necessidade de usar o sugador de solda, o que poderia danificar a PCI devido inúmeras
soldas e ressoldas.
f. Colocar e soldar os terminais para o jumper Jp1.
g. Inserir e soldar os soquetes dos CI. Cuidado com a orientação do pino 1.
h. Inserir e soldar o choque de 68μH, XRF1 e o cristal XTAL1. Cuidado com o excesso de
calor!
i. Colocar os diodos D 1 a D3. Cuidado com o excesso de calor!
j. Encaixar, com cuidado, as chaves Ch1 e Ch2. A PCI já foi desenhada para receber os
terminais dessas chaves. Ao adquirir as chaves, se você tiver dificuldades sobre o tamanho e
formato, leve a PCI a loja e faça um teste com a furação. Veja figura 110.
Figura 110 Detalhes das chaves Ch1 e Ch2 montadas na PCI.
k. Colocar o transistor Q1, BC548. Verifique a disposição dos terminais. Cuidado com o
excesso de calor!
l. Monte o regulador de tensão Rg1. Depois de todos componentes montados, volte a ele para
colocar o dissipador de calor. Use uma fina camada de pasta térmica entre o dissipador e o corpo do
LM7805.
m. Insira o relé RL1. Não tem erro, pois ele entra somente numa posição.
n. Coloque o porta-fusíveis no lugar, prendendo-o com um parafuso e porca, se for o caso.
Solde os terminais. Note que no desenho da PCI, figura 109, não existe um furo para prender o porta-
fusíveis a PCI. Se você for usar o parafuso, faça um furo de 1/8” (3,2mm).
o. Monte o transformador TF1 na PCI, com dois parafusos, arruelas e porcas. Observe a
posição do primário e do secundário. É aconselhável deixar um pequeno excesso de fios na conexão
desses dois enrolamentos.
p. Na PCI mostrada nas fotos, foram montados terminais de encaixe para todos componentes
que vão fora da PCI, como os do painel frontal. Isso permite um maior manuseio da placa, durante a
montagem, ajustes e possíveis problemas. Além disso, o acabamento é melhor. Vejas as fotos.
q. Solde o cabo de rede de CA nos pinos apropriados da PCI. Verifique qual a tensão de CA da
sua residência!
►PCI do LCD:
Nesse módulo do display LCD, a única montagem a ser feita é a da barra de terminais
miniatura, para conexão entre a mesma e a PCI principal. Na falta dessa barra de conectores, os fios
podem ser soldados diretamente ao módulo do LCD, com muito cuidado. Use fios de cores diversas.
Testes e ajustes
Siga os passos abaixo:
1. Ainda não instale os CIs.
2. Alimente o LC METER e com um multímetro meça a tensão CC em relação a terra, nos
pinos da tabela abaixo.
CI PINOS TENSÃO CC
U1 (CI1) 8 5V
U2 (CI2) 4 e 14 5V
3. Tudo legal? Nada “fumaceou”?? Desligue a alimentação de CA (127 ou 220V). Se não
encontrou nenhuma tensão nos pinos dos CIs, você deve examinar os componentes da fonte de
alimentação, começando com o cabo de rede, fusível, chave liga/desliga, etc.
4. Encaixe os dois CI nos respectivos soquetes, observando a posição do pino 1. Cuidado!!
5. Aperte as chaves Ch1 (L) e Ch2 (C) de maneira que elas fiquem para fora (não
pressionadas). Ainda não coloque nada para medir.
6. Ligue a chave “liga/desliga”. O LCD deve acender, mostrando o texto “CALIBRATING”.
Depois de um certo tempo, aparece o texto “WAIT” e por fim o texto “READY” . Se tudo estiver OK
com os componentes e a montagem, é isso que você vai ver.
7. Se uma das chaves, Ch1 ou Ch2 estiver fora da sua posição inicial (todas para fora), o texto
que aparecerá no LCD será “WRONG SWITCH”. Nesse caso, basta pressionar a chave “C” ou “L” e
o display volta a indicar “CALIBRATING”.
8. Se nada disso acontecer, você tem algum problema de montagem. Comece então a
verificação:
● Componentes nas posições corretas da PCI?
● Componentes polarizados estão corretos?
● Transistor Q1 está montado corretamente?
● CIs: CI1 e 2, não foram invertidos?
● Chicote de fios que vão da PCI principal ao módulo do display LCD não estão invertidos?
● Nada de curtos-circuitos entre as pistas e ilhas?
● Nada de soldas frias? Use uma boa lupa, ainda mais se você usa óculos...
● E ai por diante...
9. Tudo OK? Aperte a chave Ch2, para a leitura de “capacitores". Zere a leitura, pressionando
a chave Ch3 “ZERO”, momentaneamente. Coloque então um capacitor para você fazer a sua primeira
medida de capacitância e ver como o LC METER se comporta. Procure usar capacitores de valores
conhecidos, de boa qualidade.
10. Repita para outros valores de capacitores e veja como as medidas feitas pelo LC METER
se comparam com os valores dos capacitores que você escolheu. Use capacitores na faixa de “pF”,
“μF” e “nF”.
11. Como você pode conectar os capacitores e indutores ao LC METER? Você deve ter usado
bornes para isso. Às vezes os bornes ficam difíceis de serem usados, devido ao tamanho do terminal
do capacitor. Nesse caso, improvise essa conexão com curtos pedaços de fios e pequenas garras
jacarés.
12. Repita essas medidas para indutores de vários valores, na faixa de “μH” e “mH”.
13. Como seu LC METER se comportou? As medidas de capacitância e indutância estão muito
fora?
14. Chegou a hora de calibrar o LC METER. Para isso você vai precisar de alguns valores de
capacitância (preferencialmente na faixa de “pF”, “μF” e “nF”) e alguns valores de indutância
(preferencialmente na faixa de “μH” e “mH”). Esses capacitores e indutores devem ser componentes
de baixa tolerância. Quanto menor essa tolerância, mais precisas calibração do LC METER. Se você
não tiver esses capacitores e indutores existem duas possíveis soluções:
● Emprestar de algum laboratório de Escola Técnica ou Faculdade da sua cidade ou
● Pegar os capacitores e indutores que você tem e levá-los a uma dessas Instituições e pedir
que eles meçam os seus valores, com uma ponte de precisão. Anote esses valores com cuidado.
15 Ligue o LC METER e deixe aquecer por uma hora. Depois conecte um capacitor de
precisão de valor conhecido (ou medido), na faixa de 100 a 470pF. Veja exemplo na figura 111.
Figura 111 Leitura de um capacitor de precisão de1.130pF (1,13nF) com tolerância de 0,625%!!.
16. Observe a medida obtida. Está um pouco fora do que deveria marcar? Note que pequenas
tolerâncias são aceitáveis e não vale o tempo e o trabalho para que a leitura seja “exatamente” a
mesma do componente. Uma diferença de 1 a 2% está ótima!
17. Não se esqueça também, de que um capacitor de 100pF, com tolerância de 5%, pode ter seu
valor entre 95 e 105 pF.
18. Se a leitura está fora e você quer uma “alta precisão”, um ajuste deve ser feito no valor de
C4, o capacitor de 20 ou 22pF.
19. Substitua esse capacitor por outros de valor acima e abaixo de 20pf e veja o que acontece
com a leitura. Certamente você vai chegar a um bom ponto onde a leitura terá uma ótima precisão
para os seus trabalhos.
20. Nesse ponto, depois de muito trabalho e de muitas soldas, e você ter conseguido uma
precisão de 1% nas leituras, pode acontecer de chegar aquele amigo chato e que ao ver seu novo
aparelhinho, exclama “Pô, só 1% de precisão??”
21. Calma, calma e calma. Lembre-se de que esse LC METER é um aparelho para amadores,
porém com uma ótima precisão para todos seus trabalhos.
Uma caixa para o LC meter
Como no caso do FREQUENCÍMETRO COM PIC (Capítulo 37), foi desenvolvida uma caixa
personalizada para o mesmo, para ser usado como instrumento de bancada.
A foto da figura 112 mostra a caixa construída para o LC METER
Figura 112 Caixa para o LC meter.
Conectores miniatura e chicotes de fio também foram usados para conexão das chaves do
painel e bornes. Veja nas fotos.
As figuras seguintes mostram algumas vistas internas do LC Meter, apenas a título de
orientação para o montador.
Figura 114 Vista da PCI com o chicote de fios que vão ao módulo do display de LCD.
Figura 115 Montagem interna do módulo do LCD, bornes e chaves do painel.
Finalizando, veja na figura 116 como ficaram três dos projetos descritos neste Volume e no
Volume 4: A fonte de alimentação, o frequencímetro digital e o LC Meter digital.
Figura 12 Projetos montados e funcionando na bancada do autor.
OBSERVAÇÕES E CONDIÇÕES DE FORNECIMENTO DESTE LIVRO
1. Os projetos aqui descritos têm como fonte de referência livros, revistas, sites na Internet,
manuais de fabricantes, normas técnicas e experiência profissional do autor, conforme listados nas
“Referências” de cada capitulo. Essas pessoas, entidades, órgãos, empresas, etc. são os proprietários
desses projetos, marcas, símbolos, aplicações, etc. Esses projetos são apresentados de forma a
enriquecer o hobby de montagem de pequenos aparelhos eletrônicos, sem incentivar a
comercialização dos mesmos.
2. Todo cuidado foi tomado para que as informações aqui fornecidas fossem as mais corretas
possíveis. Porem, não nos responsabilizamos e nem garantirmos que os projetos montados por você,
vão funcionar da maneira descrita nesse livro. Em resumo, eles são montados por sua própria conta e
risco. Para nós, todos eles foram montados e funcionaram. Sempre sugerimos que você consulte as
fontes de referência, como apoio.
3. Todos os projetos foram montados, testados e descritos nesse livro com o intuito de ajudar
as pessoas que querem entrar na “arte da montagem eletrônica”. Não temos nenhum vinculo com
fabricante ou revendedor de componentes eletrônicos. Quando mencionada determinada marca ou
modelo, isso é feito como exemplo de uso do componente ou material para uma determinada
aplicação. Todos componentes eletrônicos, peças, materiais, ferramentas, etc., estavam disponíveis
na época de publicação desse livro (2009).
4. Quaisquer “Marca Registrada” ® ou Nome de Fantasia mencionados em todo texto
pertencem aos seus respectivos proprietários. Procurei também mencionar todos os “Copyright” ©
possíveis e se algum não foi mencionado, foi por falta de informações disponíveis na época. Estou à
disposição para a devida alteração, caso ocorra esse fato.
5. Não tenho como dar “consultas particulares” sobre as informações fornecidas. Entretanto,
perguntas serão respondidas via e-mail, no endereço de e-mail no inicio do livro. O tempo de
resposta será o menor possível, dentro das atividades do autor.
6. Faltou alguma coisa nesse livro? Ótimo, sinal que você leu com atenção: envie um e-mail
para mim, com as sugestões. Você encontrou alguma coisa errada? Por favor, informe via e-mail.
Gostou do livro? Recomende a outros...
7. E por fim...
Com certeza algum material desse livro vai ser copiado, transcrito, colocado na Internet e
imitado. Procure respeitar os Direitos Autorais. Em caso de transcrição para outros textos ou
Internet, peça autorização e sempre mencione a fonte e o autor.
Se você cobiça o exemplar desse livro que você viu na bancada de montagem de um amigo,
não copie afinal eu gastei cerca de quatro anos para fazê-lo e muitas horas foram roubadas do
convívio familiar para produzir os textos, desenhos, fotos, etc. que você vê aqui.
Um grande abraço e mãos a obra! Aqueça o ferro de soldar!!
14/12/13 – pem – Ver 0
MONTAGENS ELETRÔNICAS PARA QUEM NÃO É TÉCNICO
Volume 6 – Amplificadores de áudio e receptores de
rádio - Projetos
Paulo Edson Mazzei
Edição revista e ampliada
Direitos autorais do texto original Copyright © 2009-2013 Paulo
Edson Mazzei
Todos os direitos reservados.
As marcas e nomes comerciais citadas nesse livro são de propriedade dos seus
respectivos donos e por eles registradas®. Fotos onde não existe o copyright do autor são
de propriedade das entidades mostrada na própria legenda.
Para algumas fotos não foi possível identificar o autor, mas ele tem todos direitos
sobre essas fotos. Se isso ocorrer, por favor, entre em contato conosco.
Nenhuma parte deste livro poderá ser utilizada, copiada ou reproduzida em qualquer
forma ou meio, sem a expressa autorização do autor, sob as penas da lei.
Contato: radioeletronico@gmail.com
Dedicatória
Com carinho, para minha família, Rita, Xexa, Paulinho e Rô da qual “roubei” horas
para fazer esse livro.
As minhas ajudantes “caninas”, que permaneciam ao meu lado durante as longas
horas de montagem dos aparelhos mostrados e descritos neste livro: Perola e Paloma (in
memoriam).
Aos amigos que nos apoiaram nesse trabalho, que teve algumas “paradas” por
desanimo.
Ao amigo Gilberto Affonso Penna (in memoriam), antigo Editor das revistas “Antenna”
e “Eletrônica Popular”, que sempre me incentivou a publicar artigos técnicos e que recebeu
meus primeiros originais para publicação.
Apresentação
Umas palavras...
A mesma PCI é mostrada na figura 4, agora vista pelo lado dos componentes.
Figura 4 PCI vista pelo lado dos componentes.
A figura 5 mostra a PCI numa visão “raios-X”, onde pode ser visto o lado dos
componentes bem como o lado do cobre. Note as conexões externas, onde foi deixada
uma ligação de terra para cada circuito: entrada, saída e alimentação.
A montagem da PCI
A montagem da PCI não tem maiores problemas e os componentes não requerem
cuidados especiais. O CI1 deve ser montado num soquete. Para facilidade de conexão
foram deixados terminais de terra separados, para entrada, saída e +9Vcc.
O potenciômetro R1, que controla o volume, deve ser conectado a PCI através de
cabo blindado comum, fino, para áudio. A entrada de sinal, que vai conectada a um dos
terminais de R1, também deve usar esse tipo de cabo.
Para essa entrada de sinal, pode ser usado um conector do tipo “RCA”, fêmea,
montado no painel da caixa do amplificador.
Veja o amplificador montado na foto da figura 6.
Use cabo blindado para áudio, fino, para as ligações de entrada do amplificador. A
blindagem (malha) desse cabo é conectada a terra.
16/12/13 – pem – Ver 0
Capitulo 3
PROJETO 2 - AMPLIFICADOR DE ÁUDIO DE 7W COM
TBA810
Introdução
Precisa de mais potência? Que tal um amplificador de áudio com até 7 watts de
potência de saída?
É o que vamos descrever nesse segundo projeto, usando um circuito integrado de
áudio, muito conhecido, o TBA810.
O circuito do amplificador
O circuito do amplificador de áudio com o CI TBA810 é simples e baseado no Data
Sheet1 da PHILIPS®.
A figura 8 mostra circuito do amplificador, que fornece cerca de até 7W de potência
de saída.
A relação de materiais:
RELAÇÃO DE MATERIAIS
3. Capacitores
C1 = .1μF, poliéster, 50V
C2 = 100μF, eletrolítico, 15V
1. Semicondutores:
C3 = 470μF, eletrolítico, 15V
CI1 = CI TBA810, DIL, plástico
C4 = 100 μF, eletrolítico, 15V
2. Resistores todos de 1/3w:
C5 = 1500pF, poliéster, 50V
R1 = 100KΩ, carbono ou metal
C6 = 5,6nF, poliester, 15V
film
C7 = .1μF, poliéster, 50V
R2 = 56Ω, Carbono ou metal film
C8 = 100μF, eletrolítico, 15V
R3 = 100Ω, carbono ou metal
C9 = 1000μF, eletrolítico, 15V
film
4. Diversos
R4 = 1Ω, 1/2 W, carbono
AFT = Alto-falante de 4 ou 8 Ω
Conectores de entrada e saída,
PCI, solda, etc.
A PCI
A PCI para o amplificador de áudio com CI LM386 é bem simples, como mostra o
desenho da figura 9.
Figura 9 PCI vista pelo lado do cobre.
A mesma PCI é mostrada na figura 10, agora vista pelo lado dos componentes.
A figura 11 mostra a PCI numa visão “raios-X”, onde pode ser visto o lado dos
componentes bem como o lado do cobre. Note as conexões externas, onde foi deixada
uma ligação de terra para cada circuito: entrada, saída e alimentação.
Figura 11 PCI visa pelos dois lados.
A montagem da PCI
A montagem da PCI não tem maiores problemas e os componentes não requerem
cuidados especiais. O CI1 deve ser montado diretamente na placa.
Note que o CI tem duas aletas metálicas, para montagem no dissipador de calor.
Esse dissipador de alumínio pode ser uma única peça ou em duas partes, como no nosso
caso. Isso facilita a montagem do mesmo. O dissipador, quando adquirido, é uma única
peça de 91mm x 72mm, e deve ser cortado exatamente ao meio, com uma serra comum.
Cada dissipador tem um furo que prende o mesmo no CI e ao mesmo tempo prende
o dissipador na PCI. Isso faz com que o conjunto tenha rigidez mecânica e ao mesmo
tempo aterra a aleta do CI.
Para isso, siga os passos:
a. Fure os dissipadores, conforme mostrado na figura 12.
Figura 12 Montagem do dissipador (metade) no CI.
O circuito do receptor
O circuito do receptor regenerativo é apresentado na figura 44.1 (A).
Como funciona o receptor regenerativo?
O indutor L1 junto com o capacitor C1 sintoniza o sinal de
entrada vindo da antena. O transistor TR1 é o amplificador de RF,
do tipo regenerativo e opera como oscilador do tipo Hartley.
O potenciômetro R2 controla o nível de regeneração
(realimentação positiva). O diodo D1, junto com o capacitor C5
formam o detector de sinal.
O volume do sinal de áudio é controlado por R5 e excita o
amplificador integrado CI1 constituído por um LM386 em
configuração comum.
A frequência de cobertura do receptor está aproximadamente entre 5 e 12MHz, com
os valores fornecidos para L1 e C1.
Uma antena telescópica também pode ser usada no receptor regenerativo e dá bons
resultados. Para isso deve ser colocado um borne fêmea na caixa, como mostrado
adiante. Entretanto, uma antena externa é importante para o correto funcionamento do
receptor.
O circuito pode ser alimentado por uma bateria de 9V, por um conjunto de pilhas (6 x
1,5V) ou por uma fonte externa de baixa corrente.
Os semicondutores são os mais simples possíveis e somente o diodo D1 que requer
um pouco mais de atenção: é um diodo de germânio (Ge), do tipo detector e pode ser o
OA85 (Philips®) ou o 1N34.
Não deve ser usado ai um diodo de silício como os outros indicados nesse circuito.
Para C1, pode ser usado tanto um capacitor com dielétrico de ar (como os antigos –
melhor!) como um capacitor variável usado em rádio portátil transistorizado, com dielétrico
de plástico. Os capacitores com dielétrico de ar darão melhores resultados, mas nem
sempre são fáceis de serem encontrados. Esse capacitor tem cerca de 140pF. Veja na
figura 20 uma foto dos capacitores com dielétrico de ar e plástico, com os terminais a
serem usados, já que o modelo com dielétrico de plástico tem um “montão” deles!
Figura 20 Capacitores variáveis.
Os demais capacitores podem ser de disco cerâmico, se possível. C6, C10, C11 e
C13 são capacitores eletrolíticos ou de tântalo. De preferência use os que têm terminais
unilaterais (do mesmo lado), pois facilitam a montagem na PCI especial, como será
descrito.
L1 é enrolada numa forma que é um tubo vazio de invólucro de filme 35mm. São
pequenas caixas plásticas, cilíndricas, com cerca de 30mm de diâmetro. Enrole ai 13
espiras, de fio plástico #22 (No. 22), com uma tomada (tap) na 2ª. espira. Veja mais
detalhes na figura 21 e 22 Para prender o enrolamento, faça dois pequenos furos no início
e no fim do enrolamento, para ai passar o fio e travar o mesmo. Para a tomada, basta
decapar um pedaço de fio, na volta certa e torcê-lo. Não existe espaçamento entre as
espiras.
Figura 21 Enrolamento do indutor L1.
O conector J2, para os fones é do tipo de “3 circuitos”. Quando não são usados os
fones, o conector “encaixa” o alto-falante no circuito de saída do amplificador de áudio.
Quanto o conector dos fones é encaixado em J2, automaticamente o alto-falante “sai” do
circuito.
Para a antena (J1) pode ser usado um conector do tipo “RCA”, fêmea, a ser montado
no painel traseiro. Note que se for usada uma antena telescópica em lugar de uma antena
externa, deve ser colocada na caixa do receptor um encaixe para mesma.
O alto-falante a ser usado é do tipo miniatura, pois o amplificador LM386 tem pouca
potência, cerca de 0,5 ou 1W..
Os demais componentes não têm maiores problemas e são de usos comuns,
facilmente encontrados no comércio especializado.
Construindo a PCI especial
Para montagem do nosso receptor regenerativo vamos adotar o “ESTILO
MANHATTAN”, desenvolvido por radioamadores norte-americanos.
Esse estilo se baseia numa placa de circuito impresso base, onde são coladas ilhas
redondas ou retangulares, do mesmo material, seguindo um layout pré-determinado.
Depois os componentes eletrônicos como resistores, capacitores, transistores,
diodos, CIs, etc. são soldados a essas ilhas, formando então o circuito do equipamento.
Esse “ESTILO MANHATTAN” está descrito no Capítulo 25, sobre PCI. Refaça a leitura
para não dar mancada...
Recapitulando como planejar a montagem no estilo “Manhattan”:
1. É preciso planejar antes... Nada de começar a colar sem rumo.
2. Peque uma folha de papel quadriculado (5 x 5mm)
3. Vá colocando as ilhas a lápis, seguindo diagrama; Se você tiver a um gabarito,
com círculos e retângulos, use ele para marcar a posição dos componentes.
4. Coloque o desenho em tamanho real dos componentes, numerando, de acordo
com o diagrama esquemático.
5. Ligações as mais curtas possíveis. Veja figura 23, como uma sugestão.
Provavelmente existirão centenas de layouts para esse circuito.
NOTA: A placa base usada por nós nesse projeto tem 120 x 100mm, PCI virgem, de
fenolite. Fibra de vidro ou composite também podem ser usadas.
Figura 23 Sugestão para o layout do circuito do receptor. Estudo feito a lápis.
Veja na figura seguinte, figura 24, o estudo já melhorada e pronto para ser colado na
PCI, lado do cobre.
Figura 24 Layout já desenhado corretamente, verificado e pronto.
10. Depois de todas ilhas marcadas, retire o papel quadriculado. Evite tocar na PCI
que já foi limpa.
11 Cole as ilhas com SuperBond® da Loctite® Deixe secar. Atenção: cuidados
especiais devem ser tomados com esse tipo de cola. Veja as instruções e recomendações
de segurança no próprio rótulo ou embalagem.
12. Estanhe as ilhas com cuidado, se voe ainda não estanhou-as.
13. Comece montagem somente pela PCI base, deixe o painel e suas conexões para
depois.
Dicas de montagem
► Os componentes do detector, D1, C5 e R4, devem ser montado diretamente entre
o estator de C1 (capacitor variável) e R5 (controle de volume). Para isso, o controle de
volume é montado no painel o mais próximo do capacitor de sintonia.
► Para interligação entre R5 e R2 para a placa base, use cabo blindado fino. Siga a
sugestão dada para o painel, na figura 27.
► A bobina L1 é presa a chapa base com um parafuso e porca através de um furo
no fundo do tubo do filme.
► Não deixe terminais muito longos para os diversos componentes do circuito.
► A figura 26 ilustra a montagem da base, já com as ilhas circulares e ilha para o CI
coladas. Note que o cobre da PCI da placa base foi prateado.
Figura 26 Ilhas sendo coladas nos lugares previamente marcados.
Dicas de montagem
O passo a passo descrito a seguir visa ajudar a montagem do receptor para o
montador novato. São sugestões que facilitam a montagem e outras você mesmo vai
descobrir. O importante é fazer a montagem com cuidado e capricho. Durante o processo
de montagem, procure não manusear muito a placa para não deixá-la cheia de marcas de
dedos. Se possível, use a prateação na camada de cobre da PCI.
Atenção: Estude agora um projeto de caixa para o seu
receptor. Neste estágio, você vai poder manusear a placa base,
sem danificar algum componente já montado.
Veja a altura da bobina e do capacitor de sintonia que você vai usar.
Se você usar chapa de alumínio, ou uma caixa pronta,
posteriormente você poderá fazer a furação dos painéis frontal e
traseiro, já com todos componentes montados. Veja a sugestão de
caixa no item UMA CAIXA PARA O RECEPTOR.
a. Já com o layout pronto, feito em papel quadriculado, prenda a folha sobre a placa
base.
b. Marque as ilhas de solda e os pontos de terra. Não use muita força no punção
senão as ilhas não ficarão bem coladas, devido à elevação da camada de cobre, com a
pancada do punção.
c. Com a placa marcada, faça uma pequena marca de tinta nos pontos de terra:
nesse pontos você não vai colar nenhuma ilha.
d. Faça os furos para o capacitor C1, se o mesmo for montado na placa base. Se
não for o caso, verifique como ele vai se montado.
e. Faça o furo para a bobina L1.
f. Dê mais uma limpada na placa base, com álcool. Evite colocar os dedos na placa.
g. Cole as ilhas nos pontos marcados. Exerça uma pequena pressão nas ilhas, logo
após a colagem, por cerca de 20 segundos. Cole também a ilha especial do CI1. Deixe
todo conjunto secar por cerca de 2 horas.
h. Estanhe os pontos de terra. Se você esquecer algum, não se preocupe pois
poderá fazê-lo depois.
i. Estanhe as ilhas. Não use calor excessivo e cuidado para não colocar as ilhas em
curto com a placa base.
j. Baseado no layout que você fez, faça em primeiro lugar a interligação entre os
pontos (ilhas) que usam pedaços de fios. Sempre que possível, use fio encapado, do tipo
rígido. Fio #22 é o suficiente. Estanhe os extremos antes de soldar.
k. Solde todos resistores, dobrando seus terminais com cuidado. Mais uma vez,
cuidado com o excesso de calor. Verifique:
● Os resistores estão com os valores corretos?
● Os terminais dos resistores estão limpos e estanhados?
l. Solde todos capacitores, observando as dicas e cuidados dados para os
resistores.
m. Solde os diodos, de D1 a D5 e o transistor Tr1. Veja os cuidados acima. Cuidado
com excesso de calor.
n. C1 e a bobina L1 são componentes grandes e por isso são soldados após toda
montagem dos outros componentes.
o. A bobina L1 pode ser mudada de local bem como o capacitor de sintonia C1. Isso
foi planejado pois você poderá ter que usar um capacitor de tamanho diferente do nosso.
p. Corte os terminais da bobina, com uma pequena folga. Coloque um pedaço de
espaguete no fio da tomada do enrolamento (2). Solde a bobina e prenda na placa base,
com parafuso, porca e arruela.
q. Prepare os componentes do detector, constituídos por D1, C5 e R4. Solde todos
em série, com terminais curtos, menos nos extremos. Veja a figura 27. Deixe de lado, por
enquanto.
r. Monte o capacitor de sintonia C1, conforme o tipo que você vai usar. Se preciso,
faça um suporte metálico para a montagem do capacitor de sintonia, no painel ou na placa
base.
Uma caixa para o receptor
A caixa para o receptor regenerativo pode ser feita usando vários materiais, mas é
aconselhável que o painel seja metálico. Chapa de alumínio de 1mm pode ser usada e é
fácil de ser trabalhada.
O painel também pode ser feito de uma placa de PCI, com as dimensões
apropriadas. Se for o caso, essa chapa é soldada a PCI da base, com o uso de algumas
cantoneiras, para reforço. O painel também pode ser feito no esquema normal, de alumínio
ou chapa de aço.
No painel traseiro vão os conectores J1 para a antena (tipo RCA fêmea) e o
conector para alimentação (J3), se for usada uma fonte externa. Os controles do painel
frontal podem ser montados como sugerido na figura 28. De qualquer maneira, sempre é
aconselhável montar o controle de volume, R5, sob o capacitor de sintonia, C1.
No projeto original desse receptor foi usado um painel metálico, com uma caixa
plástica presa ao mesmo. Veja uma sugestão de caixa para o receptor regenerativo na
figura 28.
No nosso caso, a caixa foi feita de chapa de alumínio, de 1mm de espessura, cortada
com tesoura para metais. Dois painéis idênticos formam uma estrutura. Esses painéis são
presos a PCI base com pequenas cantoneiras, também de alumínio. São usadas três
cantoneiras para cada painel, com parafusos de 1/8”.Veja figura 29.
RELAÇÃO DE MATERIAIS
Resistores (todos 1/4W,
1. Semicondutores carbono)
CI1 = NE602N ou SA602 R1 = 1kΩ, pot de carbono, linear
CI2 = LM386 R2 = 100Ω
D1 = Diodo retificador 1N4001 ou R3, R5 = 10kΩ
similar (50V/1A) R4 = 1,5kΩ
R6 = 4,7Ω
2. Capacitores 4. Diversos
C1 = 330pF, disco cerâmico ou T1, T2 = Transformadores de FI,
plate, 50V para FM (10,7MHz), miniatura,
C2, C6, C13, C16 = 47nF, núcleo cor verde, relação de
poliester, 50v espiras de 7:1
C3, C5, C18 = 10μF, 12V, J1 = conector de antena (BNC ou
eletrolítico RCA)
C4 (a+b) = Variável miniatura de J2 = Conector para fones, circuito
duas seções: 140 + 60 pF, fechado
aprox., dielétrico de plástico, J3 = Conector para alimentação
usado em rádios portáteis ou bornes tipo banana
C7 a C11 = Veja Tabela 1 Fal = alto-falante miniatura, 8Ω
C12 = Variável, 365 pF, dielétrico Ch1 = chave miniatura, tipo
de ar. “liga/desliga”
C14, C15, C19 = 100nF, poliester, Soquetes para os CI, solda, PCI,
50V knobs, redutor para C12 (se for
C17 = 470μF, 12V, eletrolítico usado), fios, terminais para PCI,
C20 = 100μF, 12V, eletrolítico etc.
A PCI para o receptor
Foi desenvolvida uma PCI especial para o receptor “Neophyte BR”, como mostrado
na figura 39. Nessa figura, a PCI é vista pelo lado do cobre. Essa PCI pode ser usada
para o receptor de 80 m e para o de 40m. Veja sobre o receptor para 7MHz, mais adiante.
O artigo original do Neophyte também dá o layout de uma PCI que pode ser usada muito
bem. Entretanto, a mesma é pequena e tem os componentes muitos próximos uns dos
outros.
No nosso layout foi deixado espaço para usar diversos tipos de componentes, se
você não conseguir encontrar os miniaturas, como capacitores de poliester.
Figura 39 PCI vista pelo lado do cobre.
Uma vista do tipo “Raios X” (por cima e por baixo da PCI, ao mesmo tempo) é
mostrada na figura 41. A PCI do receptor de conversão direta, já montada, é mostrada na
figura 42.
Figura 41 PCI numa visão "raios X"
Montagem da PCI
A montagem da PCI em si não tem maiores problemas. Apenas devem ser
observadas as seguintes dicas em relação aos componentes:
a. Foram usados terminais tipo “espadinha” para as conexões das entradas, saídas e
componentes externos.
b. Poderá ser necessário algum ajuste no diâmetro dos furos dos terminais dos
transformadores T1 e T2. Estude antes como fazer, ao invés de ir alargando os furos
desses terminais. Notamos que alguns desses transformadores (bobinas de FI) tem
dimensões ligeiramente diferentes nos espaçamentos dos pinos.
c. Para o CI1 podes ser usado o SA602 que é uma versão mais moderna do
NE602N. O CI2 é um amplificador de áudio de pequena potência, já usado em outros
projetos nossos. Os dois CI devem ser montados em soquetes de boa qualidade.
d. Para T1 e T2 são usados transformadores de FI para a faixa de FM. Esses
transformadores são para a frequência de 10,7MHz. A boa qualidade desses componentes
é o segredo para o sucesso desse projeto do Neophyte. Veja esses transformadores na
foto da figura 43.
Esses transformadores têm uma relação de espiras de 7:1 e seu núcleo, na parte
superior, é pintado de verde.
Se você montou o LC METER (Indutometro/capacímetro) descrito no projeto do
Capitulo sobre medidores, use-o para medir a indutância desses enrolamentos, já que isso
é muito importante. No nosso caso, o transformador usado tem marcado na sua lateral, a
seguinte inscrição “FI 703”. No topo do mesmo está gravada na caneca metálica a
seguinte inscrição “FI703”. Veja na figura 44 os valores de indutância encontrados bem
como os pinos onde esses valores devem ser medidos.
No caso de T2, é preciso retirar o pequeno capacitor (tubular), que está alojado na
base de plástico do mesmo. Use um estilete e com muito cuidado quebre esse capacitor.
Não tente retirá-lo inteiro, pois poderá danificar o transformador. Quebre-o ao meio e deixe
os restos dos terminais por lá.
Figura 44 Transformador de FI de 10,7MHz e suas indutâncias.
Alguns desses capacitores miniatura tem vários terminais em cada seção o que pode
dificultar a localização dos terminais corretos para a ligação das seções em paralelo. Use
o LC METER para localizar essas seções. Ahánnn.... não montou o LC METER? Então
está na hora, pois você pode ver a enorme utilidade desse medidor. Veja na figura 47 uma
dica de como localizar esses terminais. Não se esqueça: isso varia de fabricante para
fabricante.
Letras adesivas colocadas diretamente nos painéis indicam as diversas funções dos
controles.
Veja fotos do Neophyte BR montado, nas figuras 52 a 54.
Calibração do NEOPHYTE BR
Para a calibração do Neophyte BR, tanto em 80m quanto em 40m, é interessante
poder contar com um gerador de RF.
Antes de instalar os CI1 e CI2 na PCI, alimente o circuito com as pilhas (ou fonte
externa) e meça a tensão nos pino 8 do NE612N (ou NE602N). Ela nunca deve ser superior
a 7Vcc. Veja também se a tensão no pino 6 co CI2, LM386, está próxima a tensão das
pilhas ou da fonte externa.
Após conferir as tensões acima, desligue o receptor e insira os dois CI. Cuidado com
a orientação dos pinos!
Ligue o receptor e execute os seguintes passos:
a. Coloque C12- Sintonia, para mínima capacitância (placas todas para fora)
b. Ajuste o controle de RF – C4, para que o capacitor fique no meio do seu curso.
c. Conecte um sinal de 7,00MHz do gerador de RF no conector de antena do
receptor. Use o mínimo nível possível, que seja audível no alto-falante ou fones.
d. Ajuste o ganho de R1 para o máximo.
e. Ajuste o transformador do oscilador local, T2, para ouvir o sinal do gerador de RF.
f. Ajuste T1, para máximo sinal.
g. Verifique se o receptor sintoniza a faixa de 40m, de 7,00 a 7,30MHz,
aproximadamente.
Usando o Neophyte BR
Agora, vamos a hora da verdade!!
Conecte uma boa antena no conector de antena do Neophyte. A antena é muito
importante e deve ser um dipolo para 40m ou outra antena apropriada para essa faixa de
frequências. Se você quiser usar um pedaço de fio, não vai dar certo... Veja mais
informações sobre antenas no capítulo apropriado.
Conforme você sintoniza os diversos sinais ao longo da faixa, vá ajustando também o
controle de RF para máximo ganho. Se o sinal for muito forte (um radioamador local, por
exemplo), use o controle de Ganho do receptor.
O volume não se iguala a de um “home Theater” mas é suficiente para acionar um
pequeno alto-falante, principalmente quando alimentado com fonte externa de cerca de
9Vcc.
Modificações
O Neophyte BR pode operar na faixa de 80m (3,5 a 3,8Mhz) com as modificações
nos valores dos componentes descritos na Tabela 1. Esses valores também pode ser
alterados para que o Neophyte BR receba outras frequências, por exemplo, na faixa de
radiodifusão comercial, como 49 metros (Ondas Curtas).
Experimente... Experimente...
Kit do neophyte
Você poderá encontrar esse receptor em forma de kit ou pode mesmo adquirir a PCI
no site RENATO.
Outro site onde você poderá achar muitas informações sobre receptores para o
principiante: GOMES.
20/12/2013 – PEM – Ver 0
Capitulo 7
PROJETO 3 – RECEPTOR SUPER HETERÓDINO PARA
ONDAS CURTAS, COM NE602N
Introdução
Novamente, mais um projeto com o versátil CI NE602N, já descrito no Capítulo 6.
Como foi visto nesse Capítulo, o NE602 permite a construção de vários equipamentos
eletrônicos como receptores, transmissores, osciladores, etc.
Para o Projeto 3, vamos usar o circuito de um receptor do tipo “super heteródino”,
que permite a recepção de estações de AM (Amplitude Modulada), nas diversas faixas de
OC – Ondas Curtas.
Esse receptor por nós construído, está baseado num projeto original de Rodney A.
Kreuter descrito em detalhes na revista RADIO-ELECTRONICS (Kreuter, Rodney A.,
Radio Electronics Magazine, january 1991).
O circuito do “super-heteródino”
O receptor descrito é um super-heteródino (veja mas informações no Capítulo 16,
sobre Receptores de Rádio). Esse circuito já é um pouco mais complicado que os
receptores que descrevemos até agora. Ele está sendo descrito para sintonizar uma faixa
de ondas curtas, que vai de aproximadamente 5 a 6 MHz. Entretanto, o receptor pode
operar em várias outras faixas de OC, como descrito a seguir.
O receptor usa o “famoso” NE602N, que é o CI1 e mais quatro transistores NPN de
silício. Na saída do receptor temos um sinal de áudio, que será posteriormente amplificado
por um amplificador de áudio externo.
Uma característica importante desse receptor, é que a sintonia das estações é feita
com diodos do tipo “varicap”, ou seja, diodos de capacitância variável. Para mais dicas,
veja o Capitulo 04, sobre esses diodos.
As bobinas são enroladas em núcleos toroidais e foi deixado espaço suficiente para
quem quiser testar com outros tipos de bobinas. bobinas.
Como funciona o receptor
O sinal de RF proveniente da antena e injetado no primário da
bobina L1. O secundário de L1, junto com o diodo D1 sintoniza os
sinais de RF que deverão ser injetados no pino 1 e 2 do CI
NE602N.
Observe que o CI1 tem um misturador interno, onde são
combinados dois sinais de RF: o proveniente da antena e o
proveniente do Oscilador Local.
O oscilador local é constituído por parte do CI NE602N e
pelos componentes associados, como L2, o diodo varicap e outros.
Com esses dois sinais, o misturador gera o sinal de FI –
Frequência Intermediária, que é fixo em 455kHz. Esse sinal,
presente no pino 5 do CI1, é aplicado ao filtro cerâmico FL1. Esse
filtro e usado no lugar dos comuns “Transformadores de FI”, não
precisando de sintonia.
Esse sinal é amplificado por Tr1 e Tr2 e ai também é gerado o
sinal do CAG – Controle Automático de Ganho.
A seguir é feita a detecção do sinal de áudio, extraído do sinal
de RF. Esse sinal é amplificado e “isolado” por TR4. O transistor
TR3 é o amplificador do CAG.
Por fim esse sinal de áudio é aplicado num amplificador de
áudio externo.
O CI1, NE602AN, alimentado com 5Vcc, através de um
regulador de tensão de baixo potência. A tensão de alimentação
desse CI nunca deve ultrapassar 7Vcc.
Note que você ainda vai precisar de um amplificador de áudio e de uma fonte de
alimentação para esse receptor. Veja sugestões nos capítulos anteriores.
Figura 56 Circuito completo do receptor super heteródino.
Foi desenvolvida uma PCI especial para o receptor Super-heteródino, como mostrado
na figura 57. Nessa figura, a PCI é vista pelo lado do cobre.
Figura 57 PCI vista pelo lado do cobre.
No nosso layout foi deixado espaço para usar diversos tipos de componentes, se
você não conseguir encontrar os miniaturas, como capacitores de poliester e outros.
A PCI vista pelo lado dos componentes é mostrada na figura 58.
Uma vista do tipo “Raios X” (por cima e por baixo da PCI, ao mesmo tempos) é
mostrada na figura 59
Note que as três vistas da PCI mostradas nas figuras anteriores tem algum problema
de nitidez devido ao processo de confecção do layout. Posteriormente refizemos a PCI
como mostrado mais adiante: Atualização do Circuito do Receptor.
Montagem da PCI
A montagem da PCI em si não tem maiores problemas. Apenas devem ser
observadas as seguintes dicas em relação aos componentes:
a. Foram usados terminais tipo “espadinha” para as conexões das entradas, saídas e
componentes externos.
b. Enrole as bobinas com cuidado, seguindo a tabela abaixo
L1 3 espiras de fio esmaltado #30, enroladas sobre L2
21 espiras de fio esmaltado #30 enroladas num núcleo
L2
toroidal T-37-2.
24 espiras de fio esmaltado #30 enroladas num núcleo
L3
toroidal T-37-2.
Obs.: Cada vez que o fio passar no centro do núcleo toroidal, conta-
se “uma volta” ou “uma espira”. Decape a ponta dos fios esmaltados.
Depois de enroladas e calibradas, as bobinas devem ser coladas a PCI. Veja foto
das bobinas já enroladas, na figura 61.
Figura 61 Bobinas já enroladas no toróide.
No nosso layout foi deixado espaço para usar diversos tipos de componentes, se
você não conseguir encontrar os miniaturas, como capacitores de poliester.
Montagem da PCI do OFV
Vamos iniciar a montagem pela PCI do OFV pois depois dela pronta, poderemos
testá-la antes mesmo de terminar o receptor completo.
a. Foram usados terminais tipo “espadinha” para as conexões das entradas, saídas e
componentes externos.
b. Enrole a bobina do estágio OFV com cuidado, seguindo a tabela abaixo e as
informações dadas na figura 77 e texto:
Bobinas do OFV – Oscilador de Frequência Variável
22 espiras de fio esmaltado #30. Indutância = 5,3μH
L1
(com a blindagem instalada).
Obs.: Decape a ponta dos fios esmaltados. (retire o esmalte com
uma lixa fina)
Figura 77 Alternativas para a construção das bobinas do estagio OFV.
Depois da PCI do OFV montada e conferida, vamos testá-la já que isso é possível.
a. Solde o capacitor variável C3, de 365pf (aprox..) nos terminais tipo “espada”
correspondentes. Veja figura 76.
b. Supondo que você montou o frequencímetro descrito em capitulo anterior, conecte-
o a uma das saídas marcadas “Para o TX” ou “Para o RX”, na figura 76.
c. Alimente o circuito, com 12 a 14Vcc, conectando o terra e o + da fonte nos
terminais correspondentes, próximo a L1. Cuidado para não inverter.
d. Se tudo estiver OK, o seu frequencímetro deverá ler uma frequência de cerca de
7MHz.
Hummm...você não montou o frequencímetro descrito anteriormente? Também não
tem outro frequencímetro? Mesmo sem o tal do frequencímetro, dá para você calibrar.
Siga os passos
►Para a calibração do DIRETODINO você vai precisar de um receptor auxiliar, na
frequência desejada de operação. Com os dados que demos, o receptor vai ser construído
para a frequência de 7MHz, faixa de 40 metros, para uso de radioamadores.
► Não conecte ainda a antena. Deixe CH1 (Atenuação) ligada, para mínima
atenuação no sinal.
► Ligue o receptor e deverá ser ouvido um chiado. Ajuste o capacitor variável de
sintonia (C3, no circuito do OFV) para metade do seu curso. Os capacitores ajustáveis
(trimmers) C1 e C2 (também no circuito do OFV) deve estar na sua máxima capacitância.
► Sintonize o receptor auxiliar para cerca de 7,150MHz e procure ouvir o sinal do
Oscilador Local (OFV) do Diretodino. Vá reduzindo lentamente a capacitância do trimmer
C1 até ouvir o sinal do OFV do Diretodino no receptor auxiliar. Se isso não for possível,
diminua um pouco a capacitância de C2. Resintonize o receptor auxiliar, se for o caso.
► O capacitor trimmer C2 deve ser ajustado para uma posição que permita que o
capacitor variável de sintonia, C3, sintonize de 7,0 a 7,3 MHz, aproximadamente.
Com isso, o OFV do seu Diretodino está calibrado! Passe uma cola no enrolamento
da bobina L1, para mantê-lo no lugar.
Vamos passar para a montagem da outra PCI.
Montagem da PCI do estágio amplificador de RF e misturador
A montagem da PCI desse estágio não tem maiores problemas. Apenas devem ser
observadas as seguintes dicas (repetidas) em relação aos componentes:
a. Foram usados terminais tipo “espadinha” para as conexões das entradas, saídas e
componentes externos.
b. Enrole as bobinas do estágio Amplificador de RF e Misturador com cuidado,
seguindo a tabela abaixo:
Bobinas do Amplificador de RF e do Misturador.
8 espiras de fio esmaltado #27AWG, enroladas sobre L2 .
Indutância = 1μH.
L1
Alternativa: 6 espiras fio 30 enroladas sobre L2. Indutância
= 4,88μH.
38 espiras de fio esmaltado #27AWG enroladas numa fora
L2 de fenolite, com diâmetro de 7,5mm.
Alternativa: Toróide T-37-2, com 26 espiras de fio #30 AWG
21 espiras de fio esmaltado #27 enroladas numa numa fora
de fenolite, com diâmetro de 7,5mm.
L3
Alternativa: Toróide T-37-2, com 26 espiras de fio #30 AWG
.
Obs.: Valores para bobina de núcleo comum, com blindagem.
Decape a ponta dos fios esmaltados.
Depois de enroladas e calibradas, as bobinas devem ser soldadas a PCI. Em
seguida, devem ser montadas as canecas de blindagem. As bobinas enroladas, devem ter
os mesmos formatos das mostradas na figura 78.
Se você montou o LC METER (Indutometro/capacímetro) descrito no projeto deste
livro, use-o para medir a indutância desses enrolamentos, já que isso é muito importante
para a correta cobertura da faixa de frequências.
No Brasil podem ser encontrados núcleos de ferrite fabricados pela “SONTAG®”.
Observe os seguintes detalhes em relação à figura 77:
AMPLIFICADOR DE RF E MISTURADOR
► Em (a) são mostradas as bobinas L1/L2 e L3 enroladas
em uma forma de fenolite ou plástico, do tipo usado em
receptores de rádio e TV. Esse núcleo tem um diâmetro de 7mm
e o comprimento dele cerca de 34mm. Note que L1 é enrolada
em cima de L2, na parte superior do núcleo. Nesse caso, L1
deverá ter 8 espiras, L2 terá 38 espiras e L3 terá 22 espiras. A
bobina L3 não tem enrolamento primário, como L1/L2.
►Em (b) são mostradas as bobinas enroladas em núcleo
de pó de ferro, tipo toroidal. Esses núcleos têm 12,5mm de
diâmetro e 12mm de altura. Nesse caso, L1 deverá ter 5
espiras, L2 terá 50 espiras e L3 terá 30 espiras. A bobina L3
não tem enrolamento primário, como L1/L2.
►Em (c) é mostrada a bobina L2 enrolada em núcleo de
pó de ferro, tipo “binocular”. Esse núcleo tem 7,5mm de
comprimento, 4,6mm de largura e 6mm de altura. Nesse caso,
L3 terá 30 espiras.
► Obs.: Nem sempre você achará os núcleos com as
medidas mostradas. Use as informações dadas como um ponto
de partida e enrole as bobinas para cobrir a faixa de frequências
desejada. Use o “LC Meter” e meça as indutâncias das bobinas
que você enrolou e compare com as indutâncias fornecidas.
Experimente,,,
Figura 82 Montagem de Tr2 na PCI. Transistor FET de duplo gate. Note que no nosso projeto usamos
transistores tipo BF245 e RCA40673 (dual gate)
Figura 84 Mesma laca da figura 83, mas sem a blindagem das bobinas.
Figura 85 Mesma PCI da
figura 84, mas usando bobinas toroidais ao invés de bobinas de fenolite.
d. Filtro de áudio
Para melhor recepção de SSB e CW, seria interessante contar com um filtro de
áudio, a ser intercalado na saída do pré-amplificador e na entrada do amplificador de
potência. O circuito da figura 90 foi retirado do “SCD Transceiver”.Não chegamos a
experimentar esse filtro.
Com o uso do filtro da figura 90, você não vai precisar usar os componentes T1 e
C10 na PCI do Amplificador de RF/Misturador.
Capitulo 9
PROJETO 5 – RECEPTOR DE CONVERSÃO DIRETA - O
PRIMEIRO DIRETODINO
O Primeiro Diretodino
Por alguns motivos, como os abaixo citados, resolvemos incluir aqui a montagem do
primeiro Diretodino.
a. Até hoje, no ano de 2013, ainda existem muitas pessoas que procuram os
circuitos do Diretodino para montar, devido a sua facilidade de construção, baixo
custo e excelente desempenho.
b. Nem todo montador amador pode e deve partir para a montagem de um receptor
mais elaborado, logo no seu primeiro projeto.
c. As placas de circuito impresso do primeiro Diretodino são muito simples, sendo
desenhadas pelo método de quadrados e retângulos e pode ser construída até
com o método de fita adesiva ou mesmo a mão, com caneta de tinta permanente.
d. É um projeto testado dezenas de vezes e realmente funciona, sendo de fácil
ajuste e calibração.
e. Nem todos tem acesso às publicações iniciais do primeiro Diretodino e as erratas
que saíram nos números posteriores da revista abaixo mencionada.
A seguir reproduzimos, com comentários atuais, o projeto do primeiro Diretodino
publicado na “Revista ELETRÔNICA POPULAR”, maio de 1983 – Rio de Janeiro.
O projeto do primeiro Diretodino
Veja os scan das paginas originais do artigo original. Copyright©Antenna Edições
Técnicas Ltda.
23/12/2013 – pem – Ver 0
Capitulo 10
PROJETO 6 – O RECEPTOR “MARITACA”
Introdução
Continuando nossos projetos de receptores de rádio, vamos montar um outro
receptor de CW, AM e SSB. Nesse circuito é usado um oscilador do tipo VXO, com cristal,
mas que permite uma boa variação de frequência.
Esse receptor é o mesmo descrito no projeto “Maritaca” de nosso amigo Miguel
Ângelo Bartié, conforme publicado em seu SITE. Confira no site uma boa descrição dos
circuitos do receptor e uma excelente explanação sobre o funcionamento do mesmo. Note
que o “Projeto Maritaca” é na realidade o projeto de um “transceptor”. Nós estamos
usando a parte do receptor e nada impede que posteriormente você monte a parte de
transmissão.
Devido ao excelente desempenho desse circuito, resolvemos incluí-lo nesse livro.
Todo crédito de desenvolvimento do projeto e valiosas dicas de montagem são do autor:
Miguel A. Bartié.
O circuito do “Maritaca”
DICA: É recomendada uma visita ao site acima mencionado, para
ótimos detalhes teóricos e construtivos sobre o “Maritaca”.
O Maritaca é um receptor de conversão direta, para a faixa de 40 metros (7MHz), O
sistema de conversão direta já foi descrito nos capítulos sobre Receptores de Rádio e
também num dos projetos passados.
Para efeito de facilidade de montagem e testes, a construção do receptor foi dividida
em quatro blocos: Amplificador de RF, Misturador e Amplificador de Áudio, Oscilador de
Frequência Variável A Cristal (VXO), e Fonte de Alimentação.
As bobinas são enroladas em núcleos comuns de ferrite ou pó de ferro, sendo que os
transformadores de acoplamento de RF são enrolados sobre um choque de RF como
descrito adiante.
Como funciona o receptor
O sinal de RF proveniente da antena e injetado no primário da
bobina L1. O secundário, L2, sintoniza os sinais de RF que deverão
ser injetados no “gate – G” do transistor TR1, que é um FET tipo
BF245. Esse transistor opera como Amplificador de RF.
A saída do sinal é retirada do “dreno – D” do mesmo Tr1 e
aplicada na base do transistor Tr2, que é um 2N3904, NPN.
No emissor de Tr2 o sinal é retirado via C8, capacitor de 1nF.
A PCI desse desenvolvida para esse circuito é montada até esse
ponto.
Na bobina L3, já em outra PCI, é aplicado o sinal do
amplificador de RF, na entrada do CI1, que é um SA612.
O CI1 atua como misturador das duas frequências presentes:
do sinal de antena e do sinal proveniente do VXO.
O VXO é um circuito, que apesar de ser controlado a cristal,
tem uma variação de aproximadamente 150kHz, indo de 7,00MHz a
7,150MHz.
Da mistura desses dois sinais, temos o sinal de áudio, injetado
no amplificador de áudio, constituído pelo CI2, que é um LM386.
O estágio do amplificador de RF é alimentado por 7,5V,
regulados pelo diodo zener. O VXO é alimentado pelo regulador de
tensão de 8V. O restante dos circuitos é alimentado por 12Vcc,
provenientes de uma fonte de alimentação regulada.
Figura 99 PCI do Amplificador de RF vista pelo lado do cobre e dos componentes. Raios X.
Figura 100 PCI do Misturador e Amplificador de áudio vista pelo lado do cobre.
Figura 101 PCI do Misturador e Amplificador de áudio vista pelo lado dos componentes.
Figura 102 PCI do Misturador e Amplificador de áudio vista pelos dois lados.
► Transformador trifilar T1
Esse transformador consta de 3 enrolamentos, com os fios juntos e feitos ao mesmo
tempo. Para o enrolamento você deve usar fio fino, esmaltado, bitola #34 (0,16mm).
Veja mais dicas sobre esse tipo de enrolamento no site do Miguel. SITE.
Esse tipo de enrolamento dá um pouco de “mão de obra”, mas precisa ser feito. Siga
os passos:
Você vai precisar dos seguintes materiais para T1:
● 1 núcleo de pó de ferro, do tipo toroidal, com aproximadamente
8mm de diâmetro externo e 6mm de altura. Código N3F4806. Ver
Transformadores LIDER. Se o toróide tiver rebarbas nos furos,
passe uma broca para retirar.
● 1,5 metro de fio esmaltado #34.
Como enrolar o transformador T1:
a. Corte 3 pedaços de fio esmaltado, de 50cm cada.
b. Torça os três fios juntos, de maneira a obter cerca de uma torção a cada 2
milímetros. (aprox.)
c. Passe os fios torcidos pelo furo do núcleo.
Importante: cada vez que você passa o fio pelo furo do núcleo conta-se “uma
espira”.
d. Enrole o transformador T1 com 10 espiras (dez passagens dos fios em cada furo).
e. Deixe cerca de 15 a 20 mm nas pontas, para solda na PCI.
f. Desenrole os fios e retire o verniz das pontas, para estanhar. Faça isso com muito
cuidado, pois os fios são frágeis.
g. Com o Ohmímetro, identifique o início e fim de cada enrolamento. O início de cada
enrolamento é marcado no diagrama esquemático do circuito da figura 48.2 (VXO) com
um pequeno círculo preto.
h. Monte o transformador na PCI, de acordo com o desenho da mesma. Veja a
figura 105, para ver como ficou o transformador T1 depois de enrolado, com fio
esmaltado.
i. Se possível, use pequenos pedaços de capa de fio colorido, para indicar os
enrolamentos.
j. Depois do enrolamento pronto, insira um pequeno pedaço de capa plástica de fio
no centro do núcleo, para segurar as espiras no ligar.
Veja mais sobre bobinas toroidais no capitulo anterior.
Figura 105 Detalhes do transformador trifilar.
► Note que o enrolamento das 4 espiras de L1, ficam deslocado do centro do corpo
do indutor comercial. Deve ficar mais próximo dos terminais de L1 e L2, que vão a terra.
Montagem da PCI do misturador e amplificador de áudio
Veja as dicas dadas no item 48.6, para a montagem desse estágio. Note que agora
você vai trabalhar com CI – Circuitos Integrados e precisa de mais algumas dicas:
a. A bobina L3 e L4, é idêntica a bobina L1/L2, já enrolada para o estágio do
Amplificador de RF. Reveja lá as dicas e como fazer e também o item 48.4 sobre a
montagem do VXO.
b. Use soquetes de boa qualidade para os dois CI.
A figura 108 mostra a PCI do Misturador e Amplificador de Áudio, já montada.
c. Antes de instalar os CI nos seus soquetes, meça as tensão nos pinos apropriados
para verificar se estão corretas. Alimente a placa com 12,5V e meça:
► CI1 , pino 8 >> 7,5Vcc
► CI2 , pino 6 >> 12,5V
Interligação das placas do receptor
Com as três PCI prontas, o receptor já pode ser testado. Mesmo sem a PCI do
Amplificador de RF, o receptor já deverá ser capaz de receber algumas estações na faixa
de 40m.
Veja a interligação das placas na foto da figura 110. Um desenho orientativo é
mostrado na figura 111.
Figura 113 PCI colocadas dentro da caixa de alumínio. Preste atenção no layout.
Figura 114 Introdução de um controle de volume (a) e CAG ajustável (b), com liga/desliga.
Adendo à construção do receptor Maritaca.
Depois de pronto este capitulo sobre a construção do Maritaca, surgiram algumas
correções e modificações que poderão ser feitas para esclarecimento da montagem e
melhor desempenho.
1. Incluir a Relação de Materiais da figura 93, para o circuito da PCI do Misturador e
Amplificador de Áudio.
RELAÇÃO DE MATERIAIS – Misturador e amplificador de áudio
1. Semicondutores
CI1 = CI SA612 3. Resistores (todos 1/8 ou 1/4W, carbono)
CI2 = CI LM386 R1 = 470Ω, 1/4W
D1 = Diodo zener, 7,5V, 0,5W R6 = 10Ω, 1/4W
D2 = Led miniatura, vermelho, 3mm
2. Capacitores (disco cerâmico, 50V)
C9 = 82 pF 4. Diversos
C10 = 45pF, trimmer miniatura
L3 = Ver texto sobre enrolamento de L3 sobre
C11 = 68pF
L4
C5, C12, C13, C16, C18 = 100nF
L4 = 4,7μH, Sontag, corpo azul (ver texto)
C14, C20 = 47nF
Aft1 = alto-falante de 8Ω, 0,5W
C15 = 10 μF, eletrolítico
Solda, PCI, fios, terminais para PCI, etc.
C17, C19, C21 = 470μF, eletrolítico
C6 = 100μF, eletrolítico
2. Nas figuras 101 e 102, inverter a posição do capacitor eletrolítico C19: o positivo
vai a terra e o negativo vai ao pino 2 do CI2 (SA612).
Para isso, basta dessoldar o capacitor e inverter os seus terminais.
3. A figura 99 deve ter o texto trocado. De Figura 48.9 PCI do OFV vista “Raios-X”
para:
Figura 99 PCI do Amplificador de RF vista “Raios-X”.
4. A figura 100, que mostra a PCI do Misturador e Amplificador de Áudio, teve uma
correção nas suas trilhas, para permitir acertos nas ligações, bem como permitir a inclusão
de um circuito mais aprimorado do CAG.
Veja o layout antigo:
Figura 115 PCI do Misturador e Amplificador de áudio vista pelo lado do cobre.
Veja o novo layout:
Detalhando essa modificação, se você já tiver construído a PCI. Se você ainda vai fazer o seu layout da PCI, então
inclua essas modificações:
b. Interrompa a pista no lugar indicado na figura a cima para montagem do LED D2. Se você já construiu a PCI,
basta interromper a pista (com um estilete de corte, cuidado...) e próximo às extremidades da interrupção, fazer dois
pequenos furos para o LED D2.
Adendos
1. Inclusão de um controle de atenuação sinal de entrada, que serve como volume para o sinal recebido.
Veja o potenciômetro de 1kΩ na entrada de antena, na figura seguinte.
2. Inclusão de um circuito com controle de atuação, no circuito AGC – Automatic Gain Control, para melhorar o
desempenho do mesmo. Veja o potenciômetro de 1KΩ, com chave, na figura seguinte.
3. Inclusão de um conector para fones, junto com a saída do alto-falante de 8Ω.Veja na figura seguinte.
4. Montagem de uma pequena fonte interna para o Maritaca, com regulador para 12Vcc e um LED no painel da
caixa para indicar “On”.
5. Fotos da montagem recente do maritaca. Note que usamos a mesma caixa que aparece “quase começada” na
figura 113 do livro.
Ai, você me pergunta: “E por que não esperou Até fazer a caixa para já colocar no livro??”
Note que uma foto é grande para que você possa ver como ficou a parte interna da montagem e as outras fotos são
menores, para dar ideia a você de como pode ser feita a construção do Maritaca.
Se você for um novato, começando agora suas montagens eletrônicas, recomendo que você faça a caixa um
pouco menor... Talvez você possa usar uma escala de 1 para 1:2 para as dimensões da caixa. Essa caixa por mim usada
tem altura de 60mm, profundidade de 180mm e largura de 130mm, feia com chapa de alumínio de 2mm.
Umas palavras...
Escrevi esse livro para encorajá-lo (a) a se aventurar na montagem de pequenos aparelhos
eletrônicos, geralmente divulgados em revistas, internet e livros técnicos da área. Nos muitos anos de
prática na área profissional e de ensino de eletrônica, sempre me deparei com jovens e veteranos
fascinados por eletrônica, mas sem coragem para ir em frente e realmente realizar alguma montagem.
As revistas técnicas de eletrônica, livros da área e milhares de sites na Internet, despejam um
grande volume de informações sobre as mais variadas áreas da eletrônica, indo de pequenas fontes
de alimentação até equipamentos sofisticados como um analisador de espectro feito em casa!
Entretanto, apenas uma pequena parte dessas informações passa para o montador (a) iniciante
do que realmente deve ser feito, iniciando-se com uma pequena descrição do circuito e indo até
detalhes finais como a calibração e uso (algumas vezes). No meio dessa “via crucis”, as informações
são mínimas, mas necessárias para o (a) iniciante. Como, por exemplo, desenhar o Iayout de uma
placa de circuito impresso, que é a dificuldade de inúmeras montagens. Outros temas como leitura de
diagrama esquemático, Iayout e desenho de caixas para abrigar os pequenos projetos, uso de
equipamentos de teste, localização de falhas, quase nunca aparecem. Não foi esquecida a localização
(disponibilidade) e substituição de componentes eletrônicos.
Note bem que eu não “inventei” nada. O que faço nesse livro é dar as dicas de como tomar
“montávei” um projeto de montagem. Usei projetos meus feitos ao longo do tempo, alguns projetos de
amigos e outros de livros, revistas e Internet, dando os créditos ao autor do projeto original. Usei um
mínimo de teoria: só o necessário para explicar detalhes muito úteis de um componente ou circuito e
na hora de possíveis substituições. Centenas de bons livros no mercado e na Internet, poderão ajudá-
lo a se aprofundar na parte teórica da eletrônica.
A linguagem usada em todo texto procurou ser adequada ao principiante, fazendo com que você
se sinta mais á vontade para encarar a montagem de um aparelho eletrônico. Que me perdoem os
“amadores profissionais”...
Também não tive verba para contratar um revisor para o texto, mas creio que os leitores estão
mais interessados na técnica do que no purismo do vernáculo. Se isso o incomoda, mande um e-mail
para mim com suas sugestões.
O Volume 7 continua com a mesma filosofia do volume 6, com uma porção de projetos de
construção de pequenos transmissores de rádio e antenas! Isso tudo, é logico, com um mínimo de
teoria sem bla bla bla! Veja o “Click to LOOK INSIDE!”, logo acima da foto da capa do livro, que
está no site da Amazon.com.®.
Entretanto, chega de palavras e mãos a obra! Nunca deixe o soldador esfriar...!!
Por que um E-book?
O trabalho original de MONTAGENS ELETRÔNICAS PARA QUEM NÃO É TÉCNICO
virou um livro com um grande numero de paginas, feito em uma gráfica rápida, praticamente
impossível de converter para E-readers, devido a sua extensão e quantidade de desenhos. Com a
chegada dos E-readers, tabletes, iPad, Kindle, etc., decidimos dividi-lo em volumes, para leitura nos
E-readers, incluindo em cada um desses volumes os capítulos originais pertinentes ao assunto.
Foi feita uma revisão, atualização e ampliação do conteúdo de cada capitulo, bem como
melhor apresentação (cores) das figuras e desenhos apresentados. O importante é que foi mantida a
ideia original que era ensinar aos novatos na arte de montar pequenos aparelhos eletrônicos, como
fazer isso de uma forma que não houvesse uso de teorias, cálculos, componentes eletrônicos difíceis,
etc. E ainda, se divertindo!!
Foi mantida a forma de “passo a passo”, com a apresentação simplificada da teoria, diagramas
esquemáticos, desenho dos layouts das placas de circuito impresso técnicas de montagem, lista de
materiais, substituições etc.
O que nos tem outros volumes? Viste o site da Amazon e veja lá!
NOTAS AOS INICIANTES:
Em todos os volumes de MONTAGENS ELETRÔNICAS, você vai encontrar referencias a
modelos mais antigos de componentes eletrônicos. Não, o livro não está desatualizado. O fato é que
o montador de pequenos circuitos eletrônicos é bastante curioso e devido a isso poderá desmontar
aparelhos eletrônicos mais antigos para retirada das peças e construção de outros aparelhos, como
mostrado ao logo desse livro! Desmonte rádios valvulados e transistorizados, TV, etc., mais antigos,
pois eles são uma “mina” de componentes!
Muitos componentes novos são caros e às vezes encontrados somente em lugares específicos.
OBSERVAÇÕES E CONDIÇÕES DE FORNECIMENTO DESSE LIVRO
Por favor, antes de você ler todo este livro, fazer suas montagens e adquirir suas ferramentas,
leia as “OBSERVAÇÕES E CONDIÇÕES DE FORNECIMENTO DESTE LIVRO”, no final do
mesmo.
Índice
Apresentação
Capitulo 1
PROJETOS – TRANSMISSORES DE RÁDIO
Introdução
Transmissores de rádio: dá para montar?
Os componentes para transmissores
Os componentes para transmissores
Técnicas de montagem para transmissores de rádio
Capitulo 2
PROJETO 1 – TRANSMISSORES DE RÁDIO CW, 50mW
Introdução
O circuito do transmissor
A PCI para o transmissor
Montagem da PCI do transmissor
A caixa para o transmissor
Calibração do transmissor
Usando o transmissor de CW
Modificações
Capitulo 3
PROJETO 2 – TRANSMISSORES DE RÁDIO CW, 1,5W
Introdução
O circuito do transmissor
A PCI para o transmissor
Montagem da PCI do transmissor
A caixa para o transmissor
Calibração do transmissor
Usando o transmissor de CW
Modificações
Referências
Capitulo 4
PROJETO 3 – TRANSMISSORES PARA CW COM 5W DE SAÍDA
Introdução
Descrição do circuito
As PCI para o JORF
Montagem da PCI do transmissor: OFV – oscilador de frequência variável
Montagem da PCI do transmissor: driver e amplificador de RF
A montagem do transistor de potência, Tr3, pode ser vista na foto da figura 41.
Montagem da PCI do transmissor: regulador de tensão
A caixa para o transmissor
Interligando as placas do JORF
Calibração do transmissor
Usando o transmissor de CW
Modificações
Capitulo 5
PROJETOS – ANTENAS
Introdução
Como escolher uma antena
Construção de antenas
Segurança
Referências
Capitulo 6
PROJETO 1 - MEDIDOR DE ROE – Relação de Ondas Estacionárias
Introdução
O circuito do medidor de ROE
A seção captadora
Os componentes eletrônicos
Caixa para o medidor
Qual é o fundo de escala do meu VU?
A montagem
Calibração
Usando o medidor de ROE
Dicas
Referências
Capitulo 7
PROJETO 2 – UM DIPOLO DE MEIA ONDA
Introdução
A antena de meia onda
Calculando o dipolo de meia onda
Construindo o dipolo de meia onda
Outros tipos de dipolos
Construindo seu primeiro dipolo
Ajustando o dipolo
Referência
Capitulo 8
PROJETO 3 – ANTENA MULTIBANDAS G5RV
Introdução
A antena G5RV
Construindo antena G5RV
Montando a antena G
Ajustando a antena G5RV
Modificações
Referências
Capitulo 9
PROJETO 4 – ANTENAS VERTICAIS PARA VHF
Introdução
A antena vertical
Calculando a antena de 1/4λ
CONSTRUINDO A ANTENA DE 1/4λ
Ajustando a antena vertical de 1/4λ
Uma antena de 5/8λ para VHF
Capitulo 10
PROJETO 5 – ANTENA VERTICAL “J” PARA 144MHz
Introdução
Antena vertical “J-pole”
Construindo a antena J-pole
Montando uma capa protetora para a antena J-pole
Ajustando a antena vertical J-pole
Capitulo 11
PROJETO 6 – ANTENAS YAGI
Introdução
Antena Yagi
Construindo a antena Cheap Yagi
Sugestão para sequência de construção da antena:
Dimensões da Cheap Yagi para diversas frequências
Ajustando a antena Cheap Yagi
OBSERVAÇÕES E CONDIÇÕES DE FORNECIMENTO DESSE LIVRO
Capitulo 1
PROJETOS – TRANSMISSORES DE RÁDIO
Introdução
Depois dos receptores de rádio dos capítulos anteriores, vamos montar alguns transmissores de
rádio de fácil construção para o montador amador. Já foi analisada a teoria básica de funcionamento
dos transmissores de rádio.
Transmissores de rádio: dá para montar?
Muitas das dicas que demos para os receptores de rádio (Volume 6) são válidas também para a
montagem dos transmissores de rádio.
A dica de desmontar aparelhos antigos, de rádio ou TV, a válvulas ou transistorizados e
aproveitar vários de seus componentes, como capacitores variáveis trimmers, bobinas, etc. continua
válida.
Transmissores de rádio podem ser construídos em vários graus de dificuldade, iniciando pelo
transmissor de frequência fixa (a cristal) de baixa potência, até os transmissores a OFV (Oscilador
de Frequência Variável) com potências maiores.
De qualquer forma, vale a grande regra geral dada para a construção dos receptores:
experimente, pesquise!
Os componentes como os descritos a seguir costumam ser os mais difíceis:
Os componentes para transmissores
a. Indutores
Se você for montar circuitos de transmissores encontrados em publicações estrangeiras, a
grande maioria usa núcleos toroidais para a construção de bobinas e choques de RF, em geral. Esses
núcleos dificilmente são encontrados no país e as alternativas são construir em forma comum ou
adaptar indutores já existentes.
As grandes vantagens dos indutores com núcleos toroidais são:
● Facilidade de construir os indutores requeridos, pois os fabricantes dão fórmulas simples
para enrolar com a indutância requerida,
● Não precisam de blindagens.
● São pequenos e fáceis de serem montados na PCI,
● Existem núcleos que trabalham desde alguns kilohertz até centenas de megahertz.
Esses núcleos podem ser adquiridos pelo Correio já que os principais fabricantes vendem em
pequenas quantidades. Veja os sites da MICROMETALS®, AMIDON® e FAIR-RITE®.
Indutores podem ser construídos com uma grande variedade de formatos. Os mais simples
usam uma formas isolante, de fenolite, plástico ou cerâmica, sendo as duas primeiras mais comuns.
Essas formas ainda podem ser encontradas no comércio ou podem ser retiradas de receptores
antigos.
Rádios antigos tinham bobinas e transformadores de FI (Frequência Intermediária) geralmente
avantajados como mostra a figura 1. Retirando-se o enrolamento, dá para aproveitar a forma.
Note que essas bobinas e transformadores de RF devem ser usados nas frequências próximas
as originais:
● Transformadores de FI de AM: em torno de 455 kHz,
● Transformadores de FI de FM: em torno de 10,7 MHz,
● Bobinas de antena e osciladoras: de acordo com as frequências originais do receptor de
rádio onde você retirou. OC – Ondas Curtas vão de aproximadamente 3 a 15 MHz, nos receptores
comuns. Nos receptores de FM essas bobinas vão trabalhar em cerca de 88 a 108 MHz.
● Receptores de TV já trabalham em frequências mais altas e tem algumas bobinas que podem
ser usadas.
Os componentes para transmissores
a. Indutores
Se você for montar circuitos de transmissores encontrados em publicações estrangeiras, a
grande maioria usa núcleos toroidais para a construção de bobinas e choques de RF, em geral. Esses
núcleos dificilmente são encontrados no país e as alternativas são construir em forma comum ou
adaptar indutores já existentes.
A grande vantagem dos indutores com núcleos toroidais são:
● Facilidade de construir os indutores requeridos, pois os fabricantes dão fórmulas simples
para enrolar com a indutância requerida,
● Não precisam de blindagens.
● São pequenos e fáceis de serem montados na PCI,
● Existem núcleos que trabalham desde alguns kilohertz até centenas de megahertz.
Esses núcleos podem ser adquiridos pelo Correio já que os principais fabricantes vendem em
pequenas quantidades. Veja referência 1.
Indutores podem ser construídos com uma grande variedade de formatos. Os mais simples
usam uma formas isolante, de fenolite, plástico ou cerâmica, sendo as duas primeiras mais comuns.
Essas formas ainda podem ser encontradas no comércio ou podem ser retiradas de receptores
antigos.
Rádios antigos tinham bobinas e transformadores de FI (Frequência Intermediária) geralmente
avantajados como mostra a figura 1. Retirando-se o enrolamento, dá para aproveitar a forma.
Note que essas bobinas e transformadores de RF devem ser usados nas frequências próximas
as originais:
● Transformadores de FI de AM: em torno de 455 kHz,
● Transformadores de FI de FM: em torno de 10,7 MHz,
● Bobinas de antena e osciladoras: de acordo com as frequências originais do receptor de
rádio onde você retirou. OC – Ondas Curtas vão de aproximadamente 3 a 15 MHz, nos receptores
comuns. Nos receptores de FM essas bobinas vão trabalhar em cerca de 88 a 108 MHz.
● Receptores de TV já trabalham em frequências mais altas e tem algumas bobinas que podem
ser usadas.
Choques de RF, de tamanho normal e miniatura, também podem ser encontrados em receptores
de TV antigos. Hoje pode se encontrar no comercio choques miniaturas, como os fabricados pela R.
Sontag Ltda® e os da T&C® (Toko® no Brasil). Esses micro choques podem ser vistos na figura 2
junto com outros modelos mais antigos.
Os indutores usados na saída dos transmissores, nos estágios de potência, costumam ter
configurações diferentes, sendo usados os núcleos toroidais de pó de ferro e os núcleos do tipo
“binocular”, também de pó de ferro. Veja esses indutores na figura 3.
Os capacitores ajustáveis, conhecidos por “trimmers” também podem ser retirados de rádios
antigos. Os modelos miniatura, cerâmicos ou plásticos, podem ser encontrados no comércio
especializado. Veja ilustração na foto da figura 6.
Figura 6 Tipos de capacitores trimmers ajustáveis.
No caso dos trimmers e capacitores variáveis de valor desconhecido, é bom contar com um
medidor de capacitância ou “capacímetro”, como os descritos no Capítulo 36 – Projeto 03 e
Projeto 06.
► Regra geral: Experimente...
c. Semicondutores
Como já discutido anteriormente, trate de usar os mesmos modelos indicados no projeto que
você vai montar. Alias, ao escolher um projeto para montar, a disponibilidade dos semicondutores é
fator de sucesso no término do mesmo.
● Diodos – Retificadores, diodos de sinal, zener e similares, não são problema. Varicap
podem ser um problema dependendo da capacidade requerida.
Transistores – É aqui que reside o perigo, pois existe uma grande variedade de modelos e a
tentação de substituir “por qualquer um” é grande... Ainda mais quando o balconista “tecnicamente
informa: é tudo a mesma coisa, leva esse que é equivalente”... Veja dicas no Capítulo 05 –
Transistores. Especial atenção aos transistores FET e aos transistores e potência usados nos estágios
amplificadores de potência de RF. Veja alguns tipos físicos de transistores usados em transmissores,
na figura 7.
Pronto! Você escolheu um projeto bacana de um transmissor de rádio, todos componentes foram
encontrados a preços razoáveis e agora vai começar.
Então, mãos a obra!!
Vol 7 – 26/12/13 – pem – Ver 0
Capitulo 2
PROJETO 1 – TRANSMISSORES DE RÁDIO CW, 50mW
Introdução
Para iniciar nossos projetos de transmissores de rádio, vamos começar com o mais simples
possível: um transmissor de CW – Telegrafia com controle de frequência a cristal.
Vamos usar um projeto apresentado na livro de Doug DeMaw, “QRP Classics”. É um pequeno
transmissor de rádio, de baixíssima potência (cerca de 0,05W!!), montado com componentes comuns.
Mais simples que esse circuito, é praticamente impossível!
Sua montagem é mais para ilustrar o funcionamento de um transmissor e sua simples
construção. Ele realmente funciona e se você for um radioamador habilitado, vai por usá-lo para seus
comunicados.
Sua montagem é mais para ilustrar o funcionamento de um transmissor e sua simples
construção. Ele realmente funciona e se você for um radioamador habilitado, vai por usá-lo para seus
comunicados.
O circuito do transmissor
UMA PEQUENA ADVERTÊNCIA...
Transmissores de rádio emitem sinais que podem interferir com outros
sinais de rádio, alguns de serviços essenciais como bombeiros, polícia,
aviação, etc.
Radioamadores e operadores da faixa do cidadão (27MHz), podem operar
em diversas frequências, desde que devidamente habilitados.
Devido a isso, ao construir e testar equipamentos transmissores de sinais
de rádio verifique se você está habilitado para isso.
O circuito usado é um transmissor a cristal para a faixa de 40 metros (7MHz), que transmite
em CW – Telegrafia. Veja mas informações no Capítulo 17, referente a Transmissores de Rádio.
As bobinas são enroladas em núcleos toroidais de pó de ferro dos tipos já discutido nos
capítulos sobre “Receptores”. Outros tipos de bobina serão sugeridos. A PCI acomoda os dois tipos
de bobinas.
No caso de se desejar operar em várias frequências, deve-se construir um OFV. A chave Ch2
permite selecionar a operação em “Cristal – Xtal ou “VFO”“.
Como funciona o transmissor
O sinal de RF, já na frequência de operação de 7,0MHz, é gerado
pelo cristal Y1. C4 sintoniza a bobina L1 para uma frequência bem próxima
da frequência do cristal oscilador Y1.
O circuito em discussão pode ser usado para várias frequências, com
as devidas adaptações nos valores do cristal e circuito L2/C4 de saída.
A alimentação pode variar de 10 a 15Vcc e é aplicada nos bornes
indicados no desenho, J3. A antena é conectada via L2 e deve ser uma
antena apropriada para a frequência de operação.
Veja a figura 8 para recordar o funcionamento básico do transmissor de CW.
A PCI não tem furos, com exceção dos quatro furos que prendem a mesma a caixa. Note que os
componentes são soldados diretamente nas ilhas de cobre, ficando suspensos sobre as mesmas.
Conexões entre ilhas mais distantes quando não feitas pelos próprios terminais dos componentes, são
feitas com pedaços de fios isolados.
Atenção: não use fios desencapados para essas conexões, nem para as conexões da PCI aos
conectores externos J1, J2 e J3.
Montagem da PCI do transmissor
A montagem da PCI do transmissor de CW não tem maiores problemas. Apenas devem ser
observadas as seguintes dicas em relação aos componentes:
a. Os fios dos componentes são soldados diretamente às ilhas de cobre.
b. Enrole as bobinas do Transmissor de CW com cuidado, seguindo a tabela abaixo:
Bobinas do Amplificador de RF e Misturador
34 espiras de fio esmaltado #26 enroladas num toróide T-50-2.
L1
Indutância = 6μH.
L2 6 espiras de fio esmaltado #26 enroladas sobre L1.
Obs.: Decape a ponta dos fios esmaltados.
Veja mais sobre bobinas toroidais no item “NÚCLEOS E BOBINAS
TOROIDAIS”.
Depois de enroladas, a bobina deve ser soldada a PCI.
Se você montou o LC METER (Indutometro/capacímetro) descrito no projeto do Capitulo
sobre instrumentos de medidas, use-o para medir a indutância do enrolamento L1.
c. Note que os conectores de antena, manipulador e alimentação, são montados fora da PCI.
d. O transistores TR1 não é crítico e permite substituições. Consulte o Manual do fabricante ou
um Manual de Transistores.
e. Se possível, evite ao máximo as substituições e improvisações dos componentes usados no
transmissor de CW.
Veja na figura 50.5 o layout de uma PCI já para o qual foi feito um planejamento anterior. Não
comece a cortar, furar, etc., antes de fazer esse planejamento.
Modificações
a. Para outras faixas
O transmissor de CW poderá operar em outras frequências de radioamadores ou não. Para isso
você deverá rever a teoria de funcionamento dos transmissores de rádio, para recordar o seu
funcionamento. Também é preciso certa prática e em caso de operação do receptor em outras
frequências, peça ajuda de um “veterano”.
Depois, é substituir os componentes que “comandam” as frequências do transmissor, que
basicamente são:
► Cristal Y1
► Bobinas e capacitores do estágio de saída: L1 e L2 e C4.
b. Outros transistores
Outros transistores podem ser usados no lugar do conhecidíssimo 2N2222. Para isso observe
as seguintes características do transistor que você pretende usar:
● A máxima tensão de operação para o Vcc do transistor deve ser de no mínimo duas vezes a
tensão da fonte de alimentação do transmissor.
● A fT do transistor, ou seja, a frequência máxima de operação deve ser de no mínimo cinco
vezes a frequência de operação do circuito. Para 7MHz, a fT deve ser de 35MHz.
● Também é muito importante saber qual a máxima corrente que o transistor, que é
especificada como “Ic”, ou seja, a corrente de coletor. Essa corrente deve ser 25% menor do que a
máxima corrente do transistor.
Consulte sempre o manual do fabricante para saber quais as características corretas do
transistor que você vai usar. As informações acima são dicas, para uso rápido.
Vol 7 27/12/13 – pem – Ver 0
Capitulo 3
PROJETO 2 – TRANSMISSORES DE RÁDIO CW, 1,5W
Introdução
Para continuar nossos projetos de transmissores de rádio, vamos montar um transmissor ainda
simples, mas com maior potência, podendo chegar a mais de 1W de saída, dependendo do transistor
usado.
Ainda é um transmissor de CW – Telegrafia com controle de frequência a cristal, mas que pode
ser operado em várias faixas, com a substituição dos valores de alguns componentes.
Desta vez usamos um projeto apresentado na livro de Solid State Design for the Radio
Amateur, da ARRL© . É um pequeno transmissor de rádio, de cerca de 1,5W de potência, montado
com componentes comuns.
Esse transmissor de CW realmente funciona bem e se você for um radioamador habilitado, vai
por usá-lo para seus comunicados, podendo chegar a grandes distâncias.
O circuito do transmissor
UMA PEQUENA ADVERTÊNCIA...
Transmissores de rádio emitem sinais que podem interferir com outros
sinais de rádio, alguns de serviços essenciais como bombeiros, polícia,
aviação, etc.
Radioamadores e operadores da faixa do cidadão (27MHz), podem operar
em diversas frequências, desde que devidamente habilitados.
Devido a isso, ao construir e testar equipamentos transmissores de sinais
de rádio verifique se você está habilitado para isso.
O circuito usado é um transmissor a cristal para as várias faixas de radioamadores, que
transmite em CW – Telegrafia. Veja mais informações no Capítulo 17, referente a Transmissores de
Rádio.
As bobinas são enroladas em núcleos toroidais de pó de ferro do tipo já discutido nos
capítulos sobre “Receptores”. Outros tipos de bobina poderão ser usados (experimente...).
Como funciona o transmissor
O transmissor é composto de dois estágios usando três
transistores no circuito.
Calibração do transmissor
Potência de saída
A potência de saída do transmissor pode ser medida usando um resistor como carga, no lugar
da antena e medindo-se a tensão sobre esse resistor, com um voltímetro que contenha uma ponta de
RF, como foi feito no projeto anterior.
Ajusta-se o capacitor trimmer C3, para maior leitura no voltímetro conectado a saída. O sinal
do transmissor também pode ser ouvido num receptor de rádio próximo e ajustado para máxima saída
e boa tonalidade do sinal.
Usando o transmissor de CW
Importante: Sem uma boa antena o transmissor não
vai funcionar!
Como você deve ser recordar, é preciso ter uma licença de radioamador para usar esse
transmissor com uma antena externa e transmitir sinais nas várias faixas destinadas ao serviço de
radioamadores.
Os sinais de CW – Continuous Wave – Telegrafia, são gerados pela ação do Manipulador. Ao
abrir e fechar o manipulador, de acordo com o código Morse, um sinal de CW é enviado para a
antena.
Modificações
a. Para outras faixas
O transmissor de CW poderá operar em outras frequências de radioamadores. Para isso você
deverá substituir os componentes, conforme as tabelas a seguir. Veja na próxima pagina.
Outros transistores
Veja as possíveis substituições para os transistores
► 2N2222: é muito fácil de ser encontrado e de baixo custo.
► 2N3553: já é um transistor mais caro, devido ao fato de ser usado como amplificador de
potências em frequências que podem ir até a faixa de VHF. Podem ser tentados os seguintes modelos
de transistores: 2N3866, 2N5109, RCA4018, IRF-510. Alguns desses transistores têm a disposição
dos terminais diferentes da dada no diagrama esquemático e na PCI. Muito cuidado com isso...
► 2N4036: pode ser o usado o BC160 que é facilmente encontrado. Consulte sempre o
manual do fabricante para saber quais as características corretas do transistor que você vai
usar. As informações acima são dicas, para uso rápido.
Referências
1. Hayward, W – “Solid State Design for the Radio Amateur” - ARRL – 1977 - USA
Vol 7 27/12/13 - cap 3 - ver 0
Capitulo 4
PROJETO 3 – TRANSMISSORES PARA CW COM 5W DE
SAÍDA
Introdução
Continuando nossos projetos de transmissores de rádio, vamos montar outro transmissor de
CW, mas agora usando um oscilador a ressonador, mas com frequência variável.
Demos preferência ao projeto “JORF” de nosso amigo Miguel Ângelo Bartié, conforme
publicado em seu site. Nesse site você irá encontrar toda descrição do circuito, numa linguagem bem
simples bem como um belo detalhamento sobre os componentes a serem usados.
Esse tipo de transmissor já é mais elaborado e consta de vários estágios como descrito adiante
Descrição do circuito
UMA PEQUENA ADVERTÊNCIA...
Transmissores de rádio emitem sinais que podem interferir com outros
sinais de rádio, alguns de serviços essenciais como bombeiros, polícia,
aviação, etc.
Radioamadores e operadores da faixa do cidadão (27MHz), podem operar
em diversas frequências, desde que devidamente habilitados.
Devido a isso, ao construir e testar equipamentos transmissores de sinais
de rádio verifique se você está habilitado para isso.
O circuito usado é um transmissor a cristal para a faixa de 40 metros (7MHz), que transmite
em CW – Telegrafia, como os outros dois projetos já descritos. Aconselhamos uma visita ao site da
referência 1, para maiores detalhes.
Qual é diferença então? Anote ai:
● Maior potência, cerca de 5W
● Alta estabilidade de frequência devido ao uso de um ressonador cerâmico
● Possibilidade de variar a frequência de transmissão, mesmo tendo controle com ressonador
cerâmico.
As bobinas são enroladas em núcleos toroidais de pó de ferro do tipo “binocular” já discutido
nos capítulos sobre “Receptores”.
Como funciona o transmissor
O sinal de RF, na frequência de 7,150MHz, é gerado pelo ressonador.
A variação de frequência é obtida pelo indutor XRF1 e pelo diodo
1N4007, que trabalha como um diodo “varicap” (diodo de capacitância
variável). Com isso, consegue-se cobrir a faixa de 7,000 a 7,050MHz, que
é a faixa para operação em CW.
A saída do circuito do OFV (Tr1 e componentes associados, no
circuito 1) é injetada no circuito isolador (buffer), constituído de Tr2
(circuito 1) e componentes associados.
Tr3 (no circuito 1) faz o circuito de manipulação, que permite
controlar correntes maiores com correntes de pequena intensidade no
manipulador em si.
A saída desse circuito é injetada no driver, via um capacitor de
100pF. Esse driver eleva o nível do sinal do OFV até o necessário para
acionar o amplificador de potência de RF.
O driver é constituído dos transistores Tr1 e Tr2 (circuito 2), ligados
em paralelo para fornecer maior corrente. O sinal do driver é acoplado ao
amplificador de potência de RF via transformador “trifilar” T1.
O circuito amplificador de potência de RF é constituído por Tr3, que
é um transistor de potência 2SC1173. A antena é acoplada através de um
circuito em “PI”, L1, C7 e C8 (circuito 2).
O único componente externo na PCI do OFV é o potenciômetro R1, que controla a sintonia.
Esse potenciômetro é montado no painel do transmissor.
A PCI da fonte regulada e circuito de controle pode ser vista nos desenhos das figuras 30 a 32,
nas suas diversas vistas.
As figuras 33 a 35 mostram a PCI do amplificador de RF. Note que a mesma foi desenhada
para uso com o transistor 2SC1173. Para outros transistores, verificar a disposição dos terminais.
Figura 33 PCI do amplificador de RF. Vista pelo lado do cobre.
Com a PCI do VFO pronta, você pode testá-la. Para isso basta aplicar 12Vcc na mesma. A
frequência de oscilação pode ser medida com um frequencímetro e deve cobrir de aproximadamente
7,00MHz a 7,050MHz.
Se não for possível cobrir essa faixa de frequência, altere o valor do capacitor C2, de 33pF
para um outro valor próximo e verifique como ficou a faixa de cobertura do OFV.
Montagem da PCI do transmissor: driver e amplificador de RF
A montagem da PCI do driver e amplificador final já é um pouco mais trabalhosa e envolve
alguma “engenharia mecânica”. Em relação a essa PCI, observe o seguinte:
► Transformador trifilar T1
Esse transformador consta de 3 enrolamentos, com os fios juntos e feitos ao mesmo tempo.
Para o enrolamento você deve usar fio fino, com capa plástica, bitola #22. Também pode ser feito
com fio de cobre , na mesma bitola. O fio #22 com capa plástica pode ser o usado em cabos
telefônicos, com várias cores. Empresas que trabalham com instalação de sistemas telefônicos
costumam ter sobras desses cabos, que rendem uma infinidade de fios.
Veja mais dicas sobre esse tipo de enrolamento no site da referência 2. Esse tipo de
enrolamento dá um pouco de “mão de obra” mas precisa ser feito. Siga os passos:
Você vai precisar dos seguintes materiais para T1:
● 1 núcleo de ferrite, do tipo usado em “balum” de TV. Comumente
conhecido por “núcleo binocular”, com 2 furos.
● 1 metro de fio esmaltado de cerca de 0,2mm de diâmetro ou fio de cabo
telefônico com esse diâmetro. O fio pode ter diâmetro entre 0,1 e 0,4mm.
► Como enrolar o transformador T1:
a. Corte o fio esmaltado (ou de cabo telefônico) em 3 pedaços de 30cm cada.
b. Torça os três fios juntos, de maneira a obter cerca de uma torção por milímetro.
c. Passe os fios torcidos pelo furo do núcleo.
Importante: cada vez que você passa o fio pelo furo do núcleo conta-se “uma espira”. Como o
núcleo binocular tem 2 furos, uma passagem completa pelos dois furos conta como “duas espiras”.
d. Enrole o transformador T1 com 4 espiras (duas passagens dos fios em cada furo).
e. Deixe cerca de 15 a 20 mm nas pontas, para solda na PCI.
f. Se você usou fios esmaltados, desenrole os fios e retire o verniz das pontas, para estanhar.
Faça isso com muito cuidado, pois os fios são frágeis.
g. Com o Ohmímetro, identifique o início e fim de cada enrolamento. O início de cada
enrolamento é marcado no diagrama esquemático do circuito 2 (driver e amplificador de RF) com um
pequeno círculo preto. Se você usou fios de telefone, use cores diferentes para isso.
h. Monte o transformador na PCI, de acordo com o desenho da mesma. Veja a figura 37 para
ver como ficou o transformador T1 depois de enrolado, com fio telefônico.
A figura 38 ilustra o transformador trifilar T1 montado na PCI. A letra “A” e o pequeno círculo
preto “●”, significam o início do enrolamento enquanto que a letra “A”” significa o fim do
enrolamento.
► Choque de RF XRF2
Esse choque, de 22μH deve ser enrolado, pois por ele circula uma corrente elétrica razoável.
Os micro choques adquiridos prontos, não servem para essa aplicação.
► Bobina L1
Essa bobina tem indutância de cerca de 1,1μH e é enrolada com fio de cobre esmaltado
número #22,
Use um lápis como forma (8mm de diâmetro) e enrole 11 espiras do fio esmaltado,
enrolamento cerrado (sem espaçamento entre espiras). Retire o verniz das pontas do fio e estanhe.
Veja uma foto dessa bobina na figura 40.
Figura 40 Bobina L1.
No caso do trimpot R4, podem ser usados tanto os horizontais, como mostrado na figura 52.19
como um tipo “multivoltas”. A PCI foi desenhada para os dois tipos. Os demais componentes dessa
placa são de montagem comum.
A montagem do transistor de potência, Tr3, pode ser vista na foto da figura 41.
Montagem da PCI do transmissor: regulador de tensão
Essa placa também é simples em sua montagem, bastando encaixar os componentes. O regular
de tensão CI1 não precisa de dissipador.
Veja essa placa completa na figura 42.
Figura 42 PCI do regulador de tensão.
Calibração do transmissor
A calibração do transmissor consiste nos passos descritos a seguir.
ATENÇÃO: Não ligue o transmissor sem colocar a carga
fantasma de 50Ω na saída.
A. Construindo uma carga fantasma
Para os transmissores dos projetos anteriores, usamos um resistor de carbono de 50 ou 51Ω
como “carga fantasma”. No caso do JORF a potência de saída de RF é maior e precisamos de um
resistor ainda de 50 ohms, mas com dissipação maior.
Até algum tempo atrás era possível encontrar resistores de carbono de até 2,5W cada, como os
mostrados na foto da figura 44. Nas sucatas de oficinas de reparos de rádio e TV, ainda podem ser
achados esses resistores.
Assim sendo, use uma combinação de resistores de carbono, que tenha dissipação maior, mas
que ainda mantenha o valor ôhmico em 50Ω.
Você deve se recordar do Capítulo sobre resistores e da associação de resistores. Usando-se
uma ou ambas as combinações, você pode montar a sua carga fantasma.
Por exemplo, dois resistores de 100Ω, 1W, em paralelo, tornam-se uma carga de 50Ω, 2W (a
potência dobra!). Da mesma maneira, se você usar 4 resistores de 200Ω, 1W, você teria no final uma
carga de 50Ω, mas agora com uma dissipação de 4W.
Ao construir sua carga fantasma, observe:
● Use somente resistores de carbono. Resistores de fio não servem.
● Ligações as mais curtas possíveis.
● Se possível, monte a carga com um conector coaxial, para ligá-la diretamente a saída do
transmissor.
B. Medindo a potência de saída.
A potência de saída do transmissor pode ser medida usando um resistor como carga, como já
descrito para os projetos anteriores. Veja a figura 45.
Use uma ponta de provas de RF para medir a tensão da carga fantasma. Com os valores
obtidos, é aplicada a formula dada na figura 45 para se obter a potência de saída do transmissor de
CW. Note que na fórmula, P em watts, E em volts e R em ohms. O valor encontrado será bastante
aproximado do real.
Para ajustar o JORF para máxima saída, siga os passos;
a. Ajuste o trimpot R4 para máxima saída, lida no voltímetro, com a carga fantasma.
b. Faça alterações nos valores dos capacitores do circuito “PI” de saída, C7 e C8. Na PCI do
driver e amplificador de RF, já deixamos espaço para mais dois capacitores, em paralelo com C7 e
C8. Assim. Você não vai precisar ficando soldando e dessoldando esses capacitores na hora do
ajuste. Veja lá. Comece com 470pF e vá alterando os valores e vendo o que acontece com a potência
de saída. Tente obter a máxima saída possível.
c. Tonalidade do sinal de saída: escute num receptor sintonizado na frequência do JORF e veja
como está a tonalidade do sinal de saída. Deve ser clara e forte, sem “piados”.
Usando o transmissor de CW
Importante: Sem uma boa antena o transmissor não
vai funcionar!
Como você deve ser recordar, é preciso ter uma licença de radioamador para usar esse
transmissor com uma antena externa e transmitir sinais na faixa de 7MHz, destinada ao serviço de
radioamadores.
Os sinais de CW – Continuous Wave – Telegrafia, são gerados pela ação do Manipulador. Ao
abrir e fechar o manipulador, de acordo com o código Morse, um sinal de CW é enviado para a
antena
Modificações
a. Outros transistores
Outros transistores podem ser usados no lugar do conhecidíssimo 2N3904, como o BC548. O
BD139-16 pode ser substituído pelo 2SC1173 ou 2SC2078. Para isso observe as seguintes
características do transistor que você pretende usar:
● A máxima tensão de operação para o Vcc do transistor deve ser de no mínimo duas vezes a
tensão da fonte de alimentação do transmissor.
● A fT do transistor, ou seja, a frequência máxima de operação dede ser de no mínimo cinco
vezes a frequência de operação do circuito. Para 7MHz, a fT deve ser de 35MHz.
● Também é muito importante saber qual a máxima corrente que o transistor suporta, que é
especificada como “Ic”, ou seja, a corrente de coletor. Essa corrente deve ser 25% menor do que a
máxima corrente do transistor.
Consulte sempre o manual do fabricante para saber quais as características corretas do
transistor que você vai usar. As informações acima são dicas, para uso rápido.
b. Outras frequências
O JORF pode operar em outras frequências, com as devidas modificações. Essas modificações
devem ocorrer no circuito do VXO e no circuito do driver e amplificador de RF.
No caso do VXO, os valores do ressonador cerâmico XTAL1, e do indutor XRF1 devem ser
mudados de acordo com a nova frequência.
REFERÊNCIAS
1. Bartié, Miguel A. – Transmissor JORF – Site na Internet - “JORF”
2. Bobinas trifilares. – BOBINAS TRIFILARES
Vol 7 – 28/12/13 – pem – Ver 0
Capitulo 5
PROJETOS – ANTENAS
Introdução
Se você procurar na Internet, pela palavra “antena” ou em inglês “antenna”, você vai encontrar
milhares de sites que vão dar informações, dicas, teoria, construção, instalação, etc. sobre antenas,
cobrindo desde o cálculo da antena em si até a sua calibração ou ajuste.
Fora isso, ainda você vai encontrar as “antenas milagrosas” que se propõe a fornecer ganhos
espetaculares, com pequenos tamanhos, baixo custo, etc.
Informações básicas sobre antenas já foram discutidas anteriormente. A ideia do presente
Capítulo é fornecer informações e dicas importantes de como escolher uma antena, calcular o seu
comprimento, construí-la usando material simples. Informações praticas ainda serão discutidas de
como instalar a sua antena e ajustá-la.
Nos Capítulos seguintes vamos discutir alguns projetos, envolvendo a construção de tipos
simples de antenas.
E, não se esqueça...
SEGURANÇA EM PRIMEIRO LUGAR!
Construindo, instalando ou ajustando antenas, cuide da sua
segurança. Veja as regras dadas mais para frente nesse Capítulo.
Como escolher uma antena
Quando você vai escolher uma antena, seja para comprar ou construir, você deve pensar nos
seguintes pontos a serem analisados:
a. Local onde a antena vai ser instalada
b. HF ou VHF?
c. Custo: quando você pode gastar?
d. Comprar ou construir?
e. Requer equipamento complexo para ajuste, sintonia, etc.?
1. O LOCAL DA ANTENA
Se você mora em apartamento, nem adianta pensar numa antena dipolo para 80 metros, por
exemplo.
Como você deve estar recordado, uma antena dessas tem cerca de 40 metros de comprimento e
dificilmente você poderia colocá-la em cima do seu prédio.
Nesse caso, pense numa antena encurtada, do tipo de usa “bobinas de carga”, para reduzir seu
tamanho. Também existem antenas verticais multibandas, de produção comercial, para uso de
amadores.
A alternativa para o pouco espaço para instalação de antenas é usar a faixa de VHF, onde as
antenas são de tamanho mais reduzido. No caso de radioamadores, as frequências de operação na
faixa de VHF são: 50, 144 e 220 MHz. Podem ser usadas antenas verticais ou yagi.
2. HF OU VHF/UHF?
Como dito no item anterior, as antenas para VHF e UHF têm tamanho relativamente reduzido.
Essas antenas também são fáceis de serem instaladas em prédios de apartamento, sem necessidade de
nenhuma furação especial.
3. CUSTO
Se você optou por um modelo comercial, o custo pode ser maior do que construir uma antena.
Antenas de fio dificilmente são encontradas prontas e você vai ter que construí-las, o que é
relativamente simples.
A opção pela construção só deve ser tomada depois de analisadas as condições como:
disponibilidade de materiais (alumínio, plástico, cobre, etc.), disponibilidade de ferramentas, certa
habilidade manual para o uso de ferramentas, espaço para a construção da antena, etc.
É interessante notar que as antenas provavelmente são os acessórios mais construídos por
radioamadores. Veja as centenas de artigos sobre o assunto que podem ser encontrados na Internet!
Também é muito interessante notar que alguns operadores de rádio gastam centenas de R$ nas
compra de seu aparelho transmissor/receptor (transceptor) e muitas vezes negligenciam a antena,
quase sempre “querendo fazer economia” nesse item.
4. COMPRAR OU CONTRUIR?
Se você leu o item acima, pergunte-se:
● O material é facilmente encontrado?
● Tenho as ferramentas necessárias?
● Tenho habilidade suficiente para o manuseio dos materiais e ferramentas?
● Tenho tempo e espaço para isso?
Se você respondeu “SIM” a todas as perguntas, vá em frente!
5. REQUER EQUIPAMENTO COMPLEXO PARA SINTONIA DA ANTENA?
A grande maioria das antenas que você vai ver descritas nesse livro são ajustadas com um
medidor de ROE – Relação de Ondas Estacionárias. Esse medidor, também poderá ser construído,
como você vai ver mais adiante. Isso também ocorre em artigos na Internet e livros e revistas
especializados no assunto.
Outros equipamentos podem ser construídos, para facilitar o ajuste de antenas e muitos são
descritos nos Handbook da ARRL: o Antenna Book e o Radio Amateurs Handbook.
Um equipamento excelente para ajustes de antenas é o Analisador de Antenas como o fabricado
pela “MFJ ENTERPRISES” e mostrado na figura 53.1. O custo é relativamente elevado e apesar
de ser importado, pode ser achado no Brasil em lojas especializadas.
Construção de antenas
Nos Projetos apresentados nos Capítulos seguintes, a construção de cada tipo de antena
descrita e detalhadamente apresentada. De uma maneira em geral:
► Metais
Basicamente os materiais usados para antena, devem ser da melhor qualidade possível.
Para antenas de fio usa-se fio de cobre comum, sem capa e seu diâmetro depende do
comprimento da antena, para que ele possa suportar o peso do cabo coaxial, geralmente no centro da
antena. Os isoladores podem ser de louça (excelentes) ou de PVC.
As antenas do tipo vertical e yagi são feitas de tubo de alumínio e o diâmetro desses tubos
varia de acordo com a construção. Existem tubos de parede fina (aprox.. 1mm) e de parede grossa
(aprox. 1,6mm) que se prestam para a construção de antenas. Veja as dimensões nos Projetos.
► Plásticos
Os plásticos usados para a construção de antenas devem ser de boa qualidade, rígidos e que
não absorvam água. Podem ser usados PVC e “Plexiglass®” com ótimos resultados.
► Ferragens
As ferragens usadas nas antenas, sejam elas de qualquer tipo, devem ser de alta qualidade.
Usam-se ferragens de aço inox nas antenas profissionais. Esse material é usado nas abraçadeiras,
parafusos, grampos tipo “U”, terminais, etc. Em alguns casos, podem ser usadas ferragens de aço,
zincadas. Aço sem tratamento cobre e latão deve ser evitado.
► Conectores
Use sempre conectores de fabricante reconhecido e que tenha isolação em PTFE. No mercado
existem alguns conectores do tipo “UHF”, que tem isolação de fibra (ou fenolite) e não servem para
aplicação em antenas externas.
► Ferramentas
Basicamente as ferramentas para a construção de antenas são as descritas no “Capítulo 23”.
Você vai serrar, furar, lixar, dobrar, etc. Uma mesa ou bancada grande ajudam, mas na falta
delas uma pequena mesa com uma morsa já servem.
Um bom arco de serra com lâmina de 24 ou 32 dentes por polegadas fazem cortes com bom
acabamento. Uma furadeira e brocas de diversos diâmetros completam a sua “oficina de construção
de antenas”!
Ainda tem mais uma “coisinha”: capricho, capricho, capricho...
REGRAS PARA OS PROJETOS
1. Nunca troque o diâmetro dos fios e dos tubos indicados.
2. Nunca altere os comprimentos fornecidos para os elementos da
antena.
3. Numa antena yagi, nunca altere o espaçamento dos elementos.
4. Nunca alimente uma antena com cabo coaxial de outra
impedância.
Segurança
ADVERTÊNCIA
A INSTALAÇÃO DE ANTENAS PRÓXIMAS A LINHAS DE
ENERGIA ELÉTRICA É PERIGOSA!
PARA SUA SEGURANÇA SIGA AS RECOMENDAÇÕES
ABAIXO. ELAS PODEM SALVAR A SUA VIDA!
Um trabalho sobre segurança na instalação de antenas pode ser encontrado nas recomendações
dadas pela “U.S. CONSUMER PRODUCT SAFETY COMMISSION”3 do governo norte-
americano.
No Brasil, algumas poucas recomendações podem ser encontradas nos sites da referência 4.
Em geral, observe:
a. Leia atentamente as recomendações de instalação da antena dadas pelo fabricante, antes de
começar a instalação. Em caso de dúvidas, entre em contato com o mesmo.
b. Se é a primeira vez que você instala uma antena, procure ajuda de um profissional.
c. Nunca instale ou desinstale uma antena perto de linhas de energia elétrica. Em caso de
dúvidas, consulte a fornecedora de energia elétrica local para ajuda.
d. Ao localizar o lugar ideal para instalação da antena, não pense somente no desempenho mas
também na segurança.
e. Antenas externas devem ser aterradas apropriadamente. Consulte um eletricista profissional
para isso.
f. Na instalação, de antenas de grande porte, procure ajuda especializada. Faça um
planejamento antes, para evitar surpresas ou acidentes.
g. Se você for fazer a instalação, vista-se adequadamente e use os equipamentos de segurança
necessários, como cintos, capacete, etc.
h. Se depois da antena montada ela começar a cair, deixe cair tudo e saia de perto. Não tente
segurar... Se cair em linhas de energia elétrica, nunca toque a antena, mastros, torre ou qualquer fio.
Chame imediatamente seu fornecedor de energia elétrica.
i. Use sempre materiais da melhor qualidade possível.
j. Não instale antenas com tempo chuvoso ou nublado.
Referências
1. ARRL – American Radio Relay League:
► The ARRL Handbook
2. MFJ Enterprises – Analisador de Antenas
3. US Consumer Product Safety Commision
4. Recomendações sobre segurança no Brasil
Vol 7 – 28/12/13 – pem – Ver 0
Capitulo 6
PROJETO 1 - MEDIDOR DE ROE – Relação de Ondas
Estacionárias
Introdução
Sem um medidor de ROE – Relação de Ondas Estacionárias (SWR – Standing Wave Ratio)
vai se difícil você ajustar as suas antenas, linhas de transmissão, etc. Além do ajuste da antena em si,
o medidor de ROE permite verificar o estado da sua linha de transmissão, antena, etc.
Informações básicas sobre a ROE já foram discutidas no “Capítulo 18 – Antenas”. Nesse
Capítulo vamos fornecer informações de como construir um Medidor de ROE para ajuste das suas
antenas.
Pela descrição a seguir, você verá que precisa de um pouco de habilidade mecânica para a
construção do medidor já que a parte eletrônica é simples.
O projeto do Medidor de ROE é baseado num projeto semelhante, publicado por nós na
Revista “ELETRÔNICA POPULAR”. Ver referência 1.
O circuito do medidor de ROE
O circuito eletrônico do medidor de ROE é bem simples e consta de poucos componentes
eletrônicos, como pode ser visto pela figura 54.1.
Figura 47 Circuito completo do Medidor de ROE.
A seção captadora
O desenho da figura 48 mostra como é construída a seção captadora do Medidor de ROE.
Os bastões usados na seção captadora são de cobre, conforme dimensões do desenho da figura
48. Os espaçadores podem ser feitos de acrílico de 3mm de espessura. Essa espessura não é crítica e
pode usar 4, 5mm, etc. Outros materiais que sejam bons isolantes também podem ser usados, como
fenolite, celeron, PVC, etc. Veja foto da figura 49
Faça a furação dos espaçadores com capricho, para que os bastões mais finos fiquem alinhados
corretamente com o bastão central, mais grosso.
Depois da construção, ainda não cole ou prenda os bastões de cobre nos espaçadores, pois
isso irá dificultar a montagem dos mesmos nos pinos centrais dos conectores coaxiais.
Figura 49 Seção captadora do medidor de ROE.
Os componentes eletrônicos
Nenhum dos componentes usados é crítico e todos são de preço bastante accessível. O único
que pode causar algum “rombo” no orçamento é o medidor M1, que poderá custar caro se for
adquirido um microamperímetro ou miliamperímetro. Mas veja a dica a seguir.
DICA
Em lugar do microamperímetro, pode ser usado um “VU” que é o
medidor analógico de intensidade sonora usado em rádios e aparelhos de
som antigos. As lojas têm vários modelos e uma visita à oficina de reparos
de equipamentos eletrônicos poderá render algumas peças.
O tipo que nós usamos é de um aparelho de som, retangular na parte
da escala e pequeno. Veja maiores detalhes nas fotos.
Note que a maioria dos VU não tem indicado na escala ou no corpo,
qual a corrente de fundo de escala, ou seja, “até quanto ele pode medir”.
Isso é facilmente resolvido com as dicas dadas no quadro mostrado mais
adiante.
7. Por exemplo, vamos supor que usamos uma pilha com tensão de 1,5V e encontramos uma
resistência de 6 kΩ em R1. Temos então que o fundo de escala é:
Conhecendo o fundo de escala do VU, poderemos então calibrar a escala do mesmo, para a leitura de
ROE, como explanado mais adiante. Normalmente o VU vem com uma escala com algumas divisões
e números que podem servir de referência.
No exemplo calculado acima, se o VU tem 5 divisões, então cada divisão vale 50μA.
Uma nova escala pode ser desenhada, com letras adesivas ou algum programa de micro e
colocada no lugar da original, já calibrada em ROE. Para isso, o VU tem que ser aberto, com muito
cuidado.
A montagem
É aconselhável usar a caixa descrita no item seguinte, para a montagem dos componentes do
Medidor de ROE.
As diversas conexões entre os componentes devem ser as mais curtas possíveis, ou seja, ponto
a ponto. Veja sugestão nas fotos mostradas.
A caixa é usada como terra do circuito e se ela for pintada, deve se raspar a tinta nos pontos
internos, onde vão os conectores J1 e J2 e demais pontos de terra. Note que para os pontos de terra
foram usados terminais de solda, preso nos parafusos mais próximos. Veja nas fotos.
Para facilitar a montagem, pode ser seguida a sequência abaixo;
a. Com a caixa pronta, com toda a furação de acordo com seus componentes, pinte-a ou não.
b. Identifique os controles, entrada e saídas, com letras adesivas ou rotulador.
c. Monte o medidor M1, a chave Ch1 e o potenciômetro R3.
d. No topo da caixa, monte um dos conectores coaxiais fêmea.
e. Coloque a seção adaptadora encaixada no pino central do conector coaxial fêmea que já foi
instalado e instale o segundo conector coaxial.
f. Agora, você pode fazer todas as outras conexões, conforme indica o diagrama esquemático.
Veja na sequência de fotos como os diversos componentes são montados.
Calibração
A fórmula abaixo permite calcular a ROE, baseado nos valores medidos pelo medidor M1.
Veja várias dicas de construção do Medidor de ROE nas fotos mostradas nas páginas seguintes.
A seguir colocamos varias fotos do medidor de ROE por nós construído.
Figura 54 Painel do medidor de ROE.
Figura 55 Vista interna do medidor de ROE.
Referências
1. Mazzei, P.E., Prático Medidor de ROE, Revista “ELETRÔNICA POPULAR”, julho/agosto
de 1977. Antenna Edições Técnicas – Rio de Janeiro
2. Carpenter, L.J. – Calibrando o seu medidor de ROE - The Shortwave Magazine – Vol
XXXV, no. 2. Página publicada pela Editora, junto com o artigo da referência 1.
Vol 7 – 28/12/13 – pem – Ver 0
Capitulo 7
PROJETO 2 – UM DIPOLO DE MEIA ONDA
Introdução
Agora que construímos nosso medidor de ROE, estamos preparados para ajustar a grande
maioria de nossas antenas, construídas por nós ou adquiridas prontas.
Nosso primeiro projeto de antenas vai descrever como construir a antena dipolo de meia onda
e algumas das suas variações, para HF (faixa de 3 a 30MHz).
Essa antena é extensamente usada em rádio comunicação e em recepção de ondas curtas e é
uma antena fácil de ser construída e ajustada, como vamos ver a seguir.
A teoria básica dessa antena já foi discutida no “Capítulo 18 – Antenas”. A ideia do presente
Capítulo é fornecer informações e dicas importantes da antena de meia onda, calculando o seu
comprimento, construindo-a usando material simples e ajustando-a para máxima eficiência.
Informações praticas também serão discutidas de como instalar a sua antena.
Mais uma vez, não se esqueça...
SEGURANÇA EM PRIMEIRO LUGAR!
Construindo, instalando ou ajustando antenas, cuide da sua
segurança. Veja as recomendações dadas no Capítulo 53.
Como exemplo, vamos supor que precisamos calcular uma antena para recepção de estações de
ondas curtas em 12MHz. Temos então:
Essa medida é a mostrada como “1/2λ” na figura 56, de extremo de um isolador lateral ao extremo
de outro isolador lateral.
Na prática, deixa-se esse valor um pouco maior, para os ajustes de antena na frequência
de operação. Veja detalhes no item sobre a “construção”.
Construindo o dipolo de meia onda
a. Isoladores dos extremos
Os isoladores podem ser adquiridos prontos, geralmente de porcelana, ou podem ser feitos de
um plástico de boa qualidade como acrílico ou polipropileno.
Na figura 57 são mostrados alguns isoladores usados para antenas de fio usadas por amadores.
Figura 57 Isoladores para antenas.
Em (A) da figura 57, pode ser visto um isolador comum, do tipo também usado em instalações
elétricas. Podem ser encontrados em vários tamanhos e formatos e são feitos de porcelana.
Na mesma figura, em (B), o isolador mostrado já é um tipo especial para antenas, feito também
de porcelana.
Em (C) da figura, temos um isolador “homemade”: um pedaço de tubo de PVC, diâmetro de ½
ou ¾”, marrom ou branco, com um furo em cada extremo. Outros materiais plásticos de boa
qualidade podem ser usados, como acrílico, polipropileno,. nylon, etc.
b. Isolador central
O isolador central da antena, onde vai soldado o cabo coaxial, pode ser feito com um pedaço
de chapa plástica de 3 a 5 mm de espessura. Plásticos como acrílico, nylon e polipropileno podem
ser usados.
Veja na figura 58 um isolador desses, feito de acrílico, em forma de um triângulo.
Figura 58 Isolador central da antena dipolo.
No isolador central, note que o cabo coaxial faz uma volta por cima do isolador, para impedir
a entrada de água quando a antena estiver instalada. Na foto, o cabo coaxial ainda não foi soldado.
Esse cabo coaxial é preso por duas fitas plásticas de amarração, do tipo usado por eletricistas,
para prender vários fios juntos. Para a passagem dessas fitas, são feitos quatro (2 + 2) furos no
isolador central, com diâmetro de acordo com a largura da fita plástica.
c. Cabo coaxial
O cabo coaxial usado pode ser o de 50 ohms, fino, para potências pequenas, como o RG58 da
RFS-KMP® ou o grosso, RG213, para altas potências.
O catálogo do fabricante1 deve ser consultado para se saber a frequência de operação,
atenuação, máxima potência permitida, etc.
Veja fotos desses cabos coaxiais mais comuns na figura 59.
Figura 59 Cabos coaxiais mais comuns.
Em (A) da figura 55.4, o cabo coaxial mostrado é um cabo RGC213, celular (espuma), de 50Ω,
grosso, para grandes potências. Em (B) é ilustrado um cabo RG213, idem ao cabo (A), mas com
dielétrico sólido de polietileno. E em (C) é mostrado um cabo coaxial fino, de 50Ω, para pequenas
potências, modelo RG58.
d. Conectores coaxiais
No extremo do cabo coaxial que vai conectado ao transmissor, é usado um conector coaxial
apropriado. Para transmissores de HF e VHF geralmente são usados conectores do tipo “UHF” e
para a faixa de UHF são usados conectores da série “N”. O conector coaxial da série “BNC” também
pode ser usado.
Veja na foto da figura 60 esses conectores e note que todos são machos uma vez que no
transmissor sempre é usado um conector fêmea para a saída da antena.
Figura 60 Conectores coaxiais machos que vão ao cabo coaxial.
Na figura 60, (A), é mostrado um conector coaxial “UHF”, que é o mais popular e mais
econômico. Em (B) é mostrado um conector do tipo “BNC” e em (C) um conector da série “N”.
Os conectores coaxiais precisam de certa experiência para ser soldados nos cabos. Soldador
com a forma correta da ponta, bem limpa e solda de boa qualidade.
O cabo coaxial precisa ser decapado na medida correta, de acordo com o tipo do cabo. Se
possível, use uma ferramenta especial para isso, desde que você vá fazer esse serviço
constantemente. Senão, use alicates e faca retrátil, do tipo “estilete”.
Veja na figura 61 a soldagem do cabo coaxial grosso, como os RG213, no conector tipo
“UHF”.
No Brasil podem ser encontrados conectores de excelente qualidade, fabricados pela
“KLC®”. Procure usar sempre conectores com isolação de PTFE.
Figura 61 Solda do cabo coaxial grosso em um conector tipo UHF.
Na figura 61 note:
(A) – Cortar um pedaço de 19mm do cabo, deixando apenas o condutor central. Use ferramenta
apropriada e não marque o condutor central com o corte da lâmina.
(B) – Cabo coaxial já cortado, restando apenas o condutor central.
(C) – Cabo coaxial visto pelo extremo, mostrando suas partes. Note que a “malha” é um
trançado de finos fios de cobre. Essa malha pode ser estanhada ou não, conforme o tipo de cabo.
(D) – Agora retirar apenas a capa externa (cor preta) do cabo coaxial, com um comprimento de
8mm. Estanhar, com cuidado a porção de malha que fica exposta.
(E) – Rosquear o conector no cabo coaxial, de maneira que ele entre totalmente, sem forçar. O
condutor central deverá aparecer no pino do conector coaxial.
(F) – Soldar o pino central do conector coaxial e os quatro furos no corpo do conector. Esses
quatro furos permitem ver a malha do cabo coaxial, quando ele é rosqueado. Solde com cuidado, sem
escorrimento da solda. No caso da soldagem dos quatro furos, use um soldador de potência maior,
cerca de 50 a 80W pois o soldador pequeno não conseguirá aquecer o conector no ponto certo.
Para terminar, espere esfriar sem mexer o cabo e conector e depois coloque a bucha do
conector.
Veja detalhes (em inglês) de como soldar os conectores, de outro fabricante, a “Amphenol®”.
Para soldar cabos coaxiais de diâmetros menores do que o ilustrado (RGC213, RG213, etc.),
no conector coaxial, é preciso usar um “redutor” ou “adaptador”, como mostrado na figura 62.
Em (B) da figura 65 pode ser visto um dipolo dobrado de meia onda, construído com fita de
TV de 300Ω. Essa antena é bastante simples e prática para uso, por exemplo, com um receptor de
FM. Nesse caso, o comprimento da antena deve ser calculado para o centro da faixa de FM, em torno
de 100MHz.
Os extremos da antena com fita de TV devem ser unidos e soldados. No centro da antena vai à
fita de descida que também é soldada na fita da antena, como mostrado na figura 65.
Se a impedância de entrada do receptor de TV ou FM for de 75Ω, deve ser usado um pequeno
transformador de impedâncias, de 300Ω (da antena) para 75Ω (do receptor).
b. O dipolo de meia onda “V” invertido
O dipolo do tipo “V” invertido é um dipolo aberto, mas com o formato de um “V” invertido,
onde o isolador central é montado num mastro e os extremos vão em direção ao solo. Veja figura 66.
Essa antena pode ser calculada usando-se a mesma forma dada anteriormente para o cálculo do
dipolo de meia onda, no início desses capitulo.
Se possível, o ângulo entre as “pernas” (fios) da antena, deve ser de no mínimo 120º. Ângulos
menores têm sido usados, até 90º. , sem problemas aparentes.
A antena “V” invertido é ideal para terrenos pequenos, onde não é possível a instalação de
dois mastro e do dipolo aberto. Se possível, a parte superior do mastro deve ser feita com material
isolante. Uma dica barata é usar um tubo plástico para água, de PVC branco, que tenha internamente
um tarugo de madeira muito bem seca e pintada várias vezes com uma tinta do tipo “Neutrol®”.
Obviamente a ponta do cano de PVC deve estar muito bem fechada.
Usamos isso já há vários anos, sem problemas de entrada de água ou quebra do cano, mesmo
em lugar com ventos razoáveis.
c. O dipolo multibandas
É possível montar vários dipolos de meia onda num mesmo isolador central e alimentá-los com
um único cabo coaxial, como mostra a figura 67. Essa antena é também chamada de “antena
borboleta”.
Figura 67 Antena multibandas "borboleta".
No desenho da figura 68 são mostrados três dipolos, montados no mesmo mastro e alimentados
pelo mesmo cabo coaxial. Cada dipolo trabalha numa frequência diferente e podem ser calculados
pela fórmula já dada.
A configuração do dipolo multibandas também pode ser a da antena “V” invertido. Apenas
alguns detalhes devem ser diferentes, como mostrado na figura 68.
Note na figura 68 que um pedaço de tubo de PVC, furado, separa os fios das antenas,
mantendo-os mais ou menos esticados. Cada fio da antena é “travado” no tubo de PVC com pequenos
pedaços de fio de cobre torcidos em volta do tubo de PVC e do fio da antena.
e. Aplique a equação abaixo, para calcular o valor de “k1”, que será um coeficiente correspondente à
antena quando operava na frequência “f1”, com comprimento “L”:
A seção casadora é na realidade uma linha aberta para transmissão e pode ser construída. Uma
alternativa é usar fita de TV, com impedância de 300Ω. Nesse caso, o comprimento da seção
casadora passa a ter um comprimento de 8,69m. Veja detalhes de construção da seção casadora na
figura 70, se for usada uma linha aberta.
A seção casadora é conectada ao transmissor através de um cabo coaxial de 50Ω que vai ao
acoplador de antenas.
Construindo antena G5RV
a. Isoladores dos extremos
Não tem maiores segredos e podem ser confeccionados com porcelana ou PVC, como
mostrado no Capitulo sobre dipolos de meia onda.
b. Isolador central
O isolador central da antena, aonde vai soldada a seção casadora, pode ser feito com um
pedaço de tubo de PVC. Plásticos como acrílico, nylon e polipropileno também podem ser usados.
Veja uma sugestão para construção na foto da figura 71.
O isolador da figura 72 pode ser feito de chapa de acrílico de 2 ou 3mm de espessura. Eles
são colocados a cerca de 30 cm cada, sendo que o primeiro deles vai logo próximo ao isolador
central. O fio de cobre pode ser No. 16AWG, nu.
Um exemplo de montagem da linha aberta é mostrado na figura 73.
Na figura 73, note que na parte superior está a foto de um isolador e na parte central está a foto
de outro isolador, agora com um pedaço de fio que vai prendê-lo aos fios da linha aberta. Na figura
73 você pode ver como fica a linha aberta, depois de montada.
Note que os fios de cobre da linha, são presos aos isoladores por pequenos pedaços de fio,
como mostrado na figura 73.
Montando a antena G
Depois de toda antena soldada e conferida, a mesma deve ser montada no seu lugar definitivo.
A montagem final ao transmissor fica como ilustrado na figura 74.
Note que no desenho da figura 56.7 existe um “choque” no cabo coaxial, próximo ao ponto
onde o mesmo é conectado à linha aberta. Esse choque é constituído de 8 a 10 espiras, feitas com o
próprio cabo, com diâmetro aproximado de 15cm. Essa “bobina” assim formada pode ser mantida no
lugar com presilhas plásticas ou fita isolante.
Ajustando a antena G5RV
Praticamente não existe nenhum ajuste a ser feito na antena G5RV em si. Basta conectar tudo
como mostra a figura 56.7 e acoplar a antena ao transmissor, usando para isso o acoplador de
antenas.
Siga as instruções do fabricante de seu acoplador de antenas, dadas no Manual de Instruções
do mesmo. Procure sempre obter a menor ROE em cada uma das frequências em que você vai operar.
Não se esqueça de usar um bom aterramento para todos os componentes da sua estação
transmissora. Siga as recomendações do fabricante.
Modificações
A ante G5RV também pode ser montada em forma de um “V invertido”, como no caso do
dipolo aberto, já descrito. As mesmas considerações para o dipolo aberto, em relação à montagem,
podem ser seguidas para a antena G5RV.
Referências
1. Varney, Louis – ARRL Antenna Compendium, volume I, USA.
Vol 7 - 28/12/13 – pem – Ver 0
Capitulo 9
PROJETO 4 – ANTENAS VERTICAIS PARA VHF
Introdução
Provavelmente o tipo de antena mais usado é a antena vertical, geralmente de ¼ de onda. No
caso de comunicações comerciais e profissionais, as antenas verticais têm grandes aplicações,
principalmente nas faixas de VHF e UHF.
No caso de antenas para amadores, as antenas verticais podem ser usadas com uma série de
vantagens como pouco espaço para montagem e facilidade de construção.
A literatura especializada está repleta de artigos sobre a construção desse tipo de antenas e a
Internet é outra grande fonte de pesquisa, com milhares de informações. No “The Radioamateur´s
Handbook, da ARRL", têm-se exemplos interessantes de construção de antenas verticais.
Já está até cansativo, mas não se esqueça...
SEGURANÇA EM PRIMEIRO LUGAR!
Construindo, instalando ou ajustando antenas, cuide da sua
segurança. Veja as recomendações dadas no Capítulo apropriado.
A antena vertical
Como você pode ver no Capítulo 18, sobre antenas, a antena vertical é conhecida como
“omnidirecional”, pois irradia o sinal para todos os lados. Não “tá” se recordando? Leia o Capítulo
18 novamente...
Os modelos mais usados para antena vertical são as de ¼ de onda (1/4 λ) e as de 5/8 de onda
(5/8 λ), principalmente nas faixas de VHF e UHF. Para HF (3 a 30Mhz) a antena vertical já fica
grande e apresenta problemas na sua construção mecânica. Até que para as frequência acima de
20MHz, a antena vertical de 1/4 λ ainda é viável, em termos de construção para um amador sem
muitos recursos.
As antenas de 1/4λ têm um elemento vertical nesse comprimento e um plano de terra também
com 1/4λ de comprimento. Esse plano de terra costuma ser constituído de 4 elementos, como mostra
a figura 75.
Para que a impedância da antena fique próxima a 50Ω, o plano terra costuma ser montado a 45º
em relação ao irradiador vertical.
O cabo coaxial que alimenta a antena é conectado como:
● Malha: aos quatro elementos do plano terra
● Condutor central: ao elemento irradiador vertical.
A formula mais simples para se calcular essa antena é similar à usada para calculo do dipolo, porem
com os valores abaixo.
Onde l = comprimento do irradiador e dos elementos do plano terra, em metros
f = frequência em MHz
Para o uso dessa antena em VHF e UHF, como os elementos da antena costumam ser mais
grossos (geralmente de tubos de alumínio), a fórmula acima dá uma pequena diferença: os elementos
ficam um pouco maiores do que o desejado.
Entretanto, isso não é nenhum problema, pois essa antena é facilmente ajustada, como descrito
mais adiante.
CONSTRUINDO A ANTENA DE 1/4λ
Como é possível encontrar vários diâmetros de tubos de PVC (brancos e marrons, para água) e
tubos de alumínio no comércio, a construção de antenas verticais de 1/4λ fica muito simplificada. No
caso de antenas de UHF e VHF, mesmo fios de cobre podem ser usados, como mostrado mais para
frente.
Devido ao próprio desenho da antena de 1/4λ, é fácil fazer uma base isolada, onde vão
montado o elemento irradiador e os quatro radiais, como mostrado na figura 76, para antenas
trabalhando no final da faixa de HF, cerca de 20 a 30 MHz. Note que você pode melhorar os detalhes
mecânicos, usando sua criatividade.
► A bobina L1 é enrolada sobre uma forma sólida de acrílico (ou plástico similar), com ½”
de diâmetro (12,7mm). No extremo superior dessa forma, é encaixado o bastão de alumínio de ¼”
(ℓ1 na figura). No extremo inferior, o bastão foi torneado com diâmetro suficiente para entrar na
parte fixa do conector J1. Veja foto na figura 81.
► O pino central do conector J1 é conectado na tomada da bobina L1. Essa tomada está
localizada a uma espira, contando da parte inferior da bobina. Para isso, é feito um furo na forma da
bobina, para a passagem de um pedaço de fio rígido comum, no. 22 ou equivalente. Um extremo
desse fio é soldado na primeira espira da bobina e outro extremo é encaixado no pino central do
conector coaxial J1. Veja foto da figura 81.
► Para ℓ2 pode ser usada uma antena do tipo “telescópica”, que pode ser facilmente
encontrada no comércio. Ela deve ter cerca de 940mm quando totalmente esticada. No caso da figura
82, a vareta usada para ℓ2 é uma antena de aço inox, tirada de um telefone sem fio. Faça um furo no
extremo superior de ℓ1, para encaixa da antena telescópica ou de uma vareta.
► O capacitor trimmer C1 é usado para sintonia da antena, com um medidor de ROE. Quando
a melhor ROE for achada, na frequência de operação, esse capacitor pode ser substituído por um
fixo, de mesmo valor encontrado no ajuste de C1. Para isso use um capacímetro como o descrito
nesse serie de livros. Se você não tiver o capacímetro, faça o ajuste com um trimmer e deixe-o no
lugar.
► Se a antena for operada externamente, todo conjunto da bobina e capacitor deve ser
protegido da ação do tempo. Isso pode ser feito colocando esses componentes dentro de uma caneca
plástica, vedando-se as juntas com borracha de silicone.
A figura 83 mostra a base magnética da antena. Essa construção serve de sugestão para a
montagem de outra base, para uso externo.
Figura 83 Base magnética para antena de 5/8 de onda.
Vol 7 – 30/12/13 – pem – Ver 0
Capitulo 10
PROJETO 5 – ANTENA VERTICAL “J” PARA 144MHz
Introdução
Outra antena muito simples de construir e barata é a “J-Pole”, assim chamada por ter o formato
da letra “J”.
O modelo aqui descrito é baseado num artigo de Lew McCoy, para a revista “CQ Espanhola1”
e é bastante criativo: usa um pedaço de fita de 300Ω para antena de TV. Outras fontes de consulta,
para antenas J-Pole podem ser encontradas na Internet, onde vão ser achada descrição dessas antenas
para um grande gama de frequências de operação. Veja também a referência 2.
Usamos um pouco mais de criatividade e transformamos essa antena descrita num modelo
“mais profissional” e durável, para uso fixo.
SEGURANÇA EM PRIMEIRO LUGAR!
Construindo, instalando ou ajustando antenas, cuide da sua
segurança. Veja as recomendações dadas no Capítulo inicial sobe antenas.
Excelentes dicas de construção dessa antena, para o amador que gosta de “por a mão na massa”, são
dadas nesse SITE.
Figura 84 Antena vertical J pole.
Veja foto da antena já com a capa de PVC, na figura 87. Também são mostradas as ferragens
que podem ser usadas para fixar a antena ao mastro.
Figura 87 Base do tubo de PVC e abraçadeira.
► Em (C) o elemento excitador mostrado é o da Cheap yagi que usa praticamente metade de
um dipolo dobrado e permite a alimentação direta com cabo coaxial de 50Ω. Fácil de construir e de
alimentar.
Construindo a antena Cheap Yagi
A figura 91 mostra o desenho principal do elemento excitador da Cheap Yagi, com suas
dimensões.
Figura 91 Elemento excitador da Cheap Yagi.
Note:
Note que na figura 97, a antena é montada num dos extremos do “boom” e não no meio. Essa á
a condição ideal. Note também que o cabo coaxial vai em direção ao mastro, ao longo do “boom”, ai
preso por fita isolante.
Para instalações permanentes, é aconselhável vedar com silicone o cabo coaxial, perto de onde
ele alimenta o excitador, para que a agua de chuva não penetre no cabo coaxial.
Vol 6 – 30/12/13 – pem – Ver 0
OBSERVAÇÕES E CONDIÇÕES DE FORNECIMENTO DESSE LIVRO
1. Os projetos aqui descritos têm como fonte de referência livros, revistas, sites na Internet,
manuais de fabricantes, normas técnicas e experiência profissional do autor, conforme listados nas
“Referências” de cada capitulo. Essas pessoas, entidades, órgãos, empresas, etc. são os proprietários
desses projetos, marcas, símbolos, aplicações, etc. Esses projetos são apresentados de forma a
enriquecer o hobby de montagem de pequenos aparelhos eletrônicos, sem incentivar a
comercialização dos mesmos.
2. Todo cuidado foi tomado para que as informações aqui fornecidas fossem as mais corretas
possíveis. Porem, não nos responsabilizamos e nem garantirmos que os projetos montados por você,
vão funcionar da maneira descrita nesse livro. Em resumo, eles são montados por sua própria conta e
risco. Para nós, todos eles foram montados e funcionaram. Sempre sugerimos que você consulte as
fontes de referência, como apoio.
3. Todos os projetos foram montados, testados e descritos nesse livro com o intuito de ajudar
as pessoas que querem entrar na “arte da montagem eletrônica”. Não temos nenhum vinculo com
fabricante ou revendedor de componentes eletrônicos. Quando mencionada determinada marca ou
modelo, isso é feito como exemplo de uso do componente ou material para uma determinada
aplicação. Todos componentes eletrônicos, peças, materiais, ferramentas, etc., estavam disponíveis
na época de publicação desse livro (2009).
4. Quaisquer “Marca Registrada” ® ou Nome de Fantasia mencionados em todo texto
pertencem aos seus respectivos proprietários. Procurei também mencionar todos os “Copyright” ©
possíveis e se algum não foi mencionado, foi por falta de informações disponíveis na época. Estou à
disposição para a devida alteração, caso ocorra esse fato.
5. Não tenho como dar “consultas particulares” sobre as informações fornecidas. Entretanto,
perguntas serão respondidas via e-mail, no endereço de e-mail no inicio do livro. O tempo de
resposta será o menor possível, dentro das atividades do autor.
6. Faltou alguma coisa nesse livro? Ótimo, sinal que você leu com atenção: envie um e-mail
para mim, com as sugestões. Você encontrou alguma coisa errada? Por favor, informe via e-mail.
Gostou do livro? Recomende a outros...
7. E por fim...
Com certeza algum material desse livro vai ser copiado, transcrito, colocado na Internet e
imitado. Procure respeitar os Direitos Autorais. Em caso de transcrição para outros textos ou
Internet, peça autorização e sempre mencione a fonte e o autor.
Se você cobiça o exemplar desse livro que você viu na bancada de montagem de um amigo,
não copie afinal eu gastei cerca de quatro anos para fazê-lo e muitas horas foram roubadas do
convívio familiar para produzir os textos, desenhos, fotos, etc. que você vê aqui.
Um grande abraço e mãos a obra! Aqueça o ferro de soldar!!