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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS


CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Uma análise de autores:


Christopher Lasch, Sigmund Freud e Byung-Chul Han

Relatório apresentado como


exigência parcial para obtenção de nota na disciplina
de A Sociedade do Instantâneo: Cultura das Imagens
e Indústria Cultural, do curso de Relações
Internacionais da Faculdade de Ciências Sociais,
ministrada pelo Prof.º Edmilson Felipe da Silva.

Letícia Nunes de Souza RA00168531

São Paulo
2018
Christopher Lasch - O mínimo eu: sobrevivência psíquica em tempos
difíceis

Em seu livro, o historiador Christopher Lasch diz que a sociedade pós-


industrial apresenta diversas consequências que acabam por produzir nas
pessoas certa sensação de nostalgia do passado, levando a um temor do futuro,
sendo essas consequências o aumento da criminalidade, o terrorismo, guerras
incessantes, problemas econômicos e ambientais, etc.

“O eu mínimo ou narcisista é, antes de tudo, um eu inseguro de


seus próprios limites, que ora almeja reconstruir o mundo à sua própria
imagem, ora anseia fundir-se em seu ambiente numa extasiada união
“(Lasch, 1987, p. 12)”“.

O narcisismo, ou seja, a tendência de enxergar o mundo como um espelho


de desejos - rejeita toda a diferença entre o eu e o mundo ao seu redor. É como
se o emocional da pessoa voltasse a ser criança, ou seja, uma forma de defesa
contra tensões e ansiedades. O que acaba por intensificar cada vez mais esse
sentimento de impotência e vitimização, como se tudo que acontecesse de não
agradável fosse motivo para ser injustiçado e tudo de agradável fosse por motivo
de “merecimento”.

Um fator que intensifica esse descontentamento é o consumo de imagens


por meio da mídia. Vivemos num período em que as publicidades estão
constantemente nos deixando com uma ilusão de autossuficiência, tornando cada
vez mais difícil de aceitar a realidade.

Sigmund Freud – Psicologia das massas e análise do eu e outros


textos.

Freud durante todo o livro faz referência ao sociólogo Le Bon, que também
havia feito um estudo sobre a psicologia de grupo. Ambos concordam que o
indivíduo se sente seguro quando faz parte de um grupo, de uma massa.
Porém, tal sentimento de pertencimento gera uma perda, pois quaisquer
sentimentos tem uma grande tendência a influenciá-los, ou seja, os sentimentos
que são passados para o indivíduo que está num grupo são aumentados e
retornam ao grupo. Com isso, Freud busca examinar em detalhes esse efeito que
um grupo vem a ter sobre o indivíduo, mostrando como podem ter um impacto tão
significativo nas pessoas.

As duas ideias mais significativas que ele coloca é a de que o indivíduo no


grupo é dirigido por instintos primitivos, o que não aconteceria se este estivesse
em isolamento. Consequentemente, ele usa isso como uma explicação de por que
indivíduos que normalmente ficariam calmos se tornam violentos e incontroláveis
em grupos. É porque a psicologia de grupo desenha o ser primal neles.

Tem-se clara a ideia de que um grupo é altamente influenciado por imagens


e altamente incontrolável, só sendo possível controlá-los de maneira extrema.

Freud ainda busca se aprofundar mais na questão da liderança, visando


encontrar o motivo de um grupo se manter em conjunto. Postula que
relacionamentos baseados na emoção, como o amor, são essenciais para
continuarem juntos. Porém, o indivíduo acaba por desistir de algo para se
encaixar, seja de gostos, inibições individuais, etc. Um exemplo disso é a igreja,
um único indivíduo mantém esses grupos juntos. Jesus Cristo como líder e seu
amor igual a todos os seguidores.

Para que um indivíduo supere seu próprio narcisismo e se torne parte de


um grupo, aprofunda a discussão sobre identificação. Ele argumenta que todos os
indivíduos se identificam entre si no grupo.

Byung- Chul Han - A sociedade do cansaço

Em seu livro o autor faz uma analogia à sociedade contemporânea e as


epidemias que ficaram marcadas na história, mostrando as principais patologias
que afetam o homem contemporâneo e como estas podem ser relacionadas ao
estilo de vida que se é levado no século atual.
Já passamos por uma época viral e bacteriológica. Nosso século
representa a era das patologias neurais, sendo elas, depressão, síndromes de
hiperatividade e esgotamento profissional (Síndrome de Burnout), e outros
transtornos psíquicos. O autor deixa bem clara a ideia de que tal acontecimento
não ocorre por motivos casuais e sim por um processo que ele denomina de
excesso de positividade.

Recebemos opressões que vem tanto do externo quanto do nosso interno,


aceitamos todas as demandas excessivas, o sentimento de incapacidade e
insuficiência. Vivemos em um mundo onde somos constantemente bombardeados
por emoções, acontecimentos e somos cobrados para estarmos sempre bem.

A sociedade do século XXI não é mais a sociedade disciplinar, mas uma


sociedade de desempenho. Também seus habitantes não se chamam mais
“sujeitos de obediência”, mas sujeitos de desempenho e produção. “São
empresários de si mesmos” – Sociedade do Cansaço, Byung-Chul Han, p.22.

O resultado disso é que nos transformamos em máquinas de desempenho,


estamos sempre em busca de algo novo e nunca satisfeitos com nada do que
fazemos. Trata-se, então, não de um esgotamento físico, tampouco mental, nem
mesmo um cansaço da vida individual de cada um, mas um cansaço da relação.
Os homens deste século estão cansados para ver o outro, para se importar com
os outros, para pensar com e no outro, para enxergar a si mesmo como alguém
que depende da diferença e, portanto, da relação com os demais. Segundo Han,
“o cansaço do esgotamento não é um cansaço da potência positiva. Ele nos
incapacita de fazer qualquer coisa”.
Conclusão

Ao realizar esta breve analise destes três autores, pude reparar como os
fatores modernos estão cada vez mais afetando nós, como indivíduos assim como
também acabam por nos afetar como um grupo de pessoas.

O acesso em excesso a meios de comunicação, redes sociais e afins


acabam por nos causar certa “fragilidade”, nos transformando em pessoas
extremamente sensíveis com fortes tendências ao vitimismo. Encontramos muita
dificuldade em aceitar mudanças e a lidar com a vida de forma mais natural e
simplesmente aceitar que as coisas acontecem por que tem que acontecer.

Fazendo uma analise pessoal com tudo que foi escrito e estudado durante
o curso, creio que o mal está nessa mania incansável de estarmos sempre ligados
em tudo e ao mesmo tempo ligados em nada. Nunca paramos para fazermos uma
autoanalise. Nos últimos tempos percebi que sempre que me encontro “num beco
sem saída”, a melhor solução é parar e fazer um bate papo comigo mesma. É
fazer bem aos outros ao mesmo tempo em que faz bem para si mesmo.

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