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MEMORIAL
Florianópolis
2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO
NÚCLEO DE PESQUISA DE NUTRIÇÃO EM PRODUÇÃO DE REFEIÇÕES
Florianópolis
Dezembro de 2014
A minha “petite famille”, pelo apoio em todos os
momentos. Ao Rogério, marido, companheiro e amigo que
aceitou viver comigo os desafios da vida. Aos nossos
filhos, Lúcio e Fábio, com certeza a maior e melhor
“produção científica” que pude dar ao mundo.
À Soraya, Carlos Júnior, Cláudia e Toyo, irmãos e amigos, e os queridos Diogo, Caio e
Victor. Juntos, sempre, mesmo que grandes distâncias geograficamente nos separem.
À minha outra família, representada pelas colegas professoras, alunos e alunas que
compõem o Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições. Obrigada pelo
compartilhamento e pela certeza do apoio incondicional mesmo para as ideias que
pareçam mais loucas.
Aos colegas do meu universo profissional, na UFSC e fora dela, especialmente àqueles
do Departamento de Nutrição da UFSC, que estão vivendo comigo estes 28 anos de
lutas e de sonhos alcançados.
Aos colegas que compartilharam comigo os quatro anos de gestão universitária frente à
Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da UFSC.
1 APRESENTAÇÃO................................................................................................. 11
2 UMA INTRODUÇÃO............................................................................................ 12
3 FORMAÇÃO ACADÊMICA ................................................................................ 16
3.1 GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO (1979-1982) ..................................................... 16
3.2 MESTRADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO (1991-1993) ....................... 17
3.3 DOUTORADO EM ENGENHARIA (1993-1996) ................................................ 18
3.3.1 Doutorado Sanduíche na França (1994) .......................................................... 18
3.4 PÓS-DOUTORADO EM SOCIOLOGIA DA ALIMENTAÇÃO NA FRANÇA
(2003-2004) ................................................................................................................ 20
3.5 PÓS-DOUTORADO EM NUTRIÇÃO EM PRODUÇÃO DE REFEIÇÕES NA
INGLATERRA (2012-2013) ...................................................................................... 22
4 ATIVIDADES DE ENSINO E ORIENTAÇÃO ................................................... 25
4.1 ENSINO E ORIENTAÇÃO DE GRADUAÇÃO .................................................. 25
4.1.1 Disciplinas Administração de Serviços de Alimentação 1 e 2 ......................... 25
4.1.2 Disciplina “Estágio Supervisionado em Serviços de Alimentação” (1986-2008)
ou “Estágio Supervisionado em Unidades de Alimentação e Nutrição” (2014) ...... 26
4.1.3 Orientação de Bolsas de Iniciação Científica .................................................. 28
4.2 ENSINO E ORIENTAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO .......................................... 28
4.2.1 Ensino e orientação no Programa de Pós-Graduação em Engenharia de
Produção (PPGEP) ................................................................................................... 28
4.2.2 Ensino e orientação no Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) . 29
4.3 O ENSINO E A ORIENTAÇÃO EM METODOLOGIAS DA PESQUISA
(GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO) ................................................................... 31
4.4 OUTRAS ORIENTAÇÕES EM PÓS-GRADUAÇÃO NO BRASIL E NO
EXTERIOR ................................................................................................................ 33
5 ATIVIDADES DE COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA E
PRODUÇÃO INTELECTUAL ................................................................................ 35
5.1 ERGONOMIA, TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA E ORGANIZAÇÃO DO
TRABALHO NA PRODUÇÃO DE REFEIÇÕES ...................................................... 35
5.2 PUBLICAÇÃO DO LIVRO “INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NA PRODUÇÃO DE
ALIMENTAÇÃO COLETIVA” ................................................................................. 39
5.3 SISTEMAS DE QUALIDADE NA PRODUÇÃO DE REFEIÇÕES ..................... 40
5.3.1 Avaliação Qualitativa das Preparações do Cardápio (AQPC) ....................... 41
5.3.2 Avaliação da Qualidade Nutricional e Sensorial (AQNS)............................... 41
5.3.3 Publicação do livro “Qualidade Nutricional na Produção de Refeições” ...... 42
5.3.4 Cardápios Saudáveis: Padronização e Critérios de Substituições (CSPS) ..... 44
5.3.5 Avaliação da Qualidade Nutricional, Sensorial e Simbólica de Bufês
Executivos (AQBE) ................................................................................................... 44
5.3.6 Avaliação da Qualidade Nutricional e Sensorial de Bufês de Café da Manhã
(AQCM) .................................................................................................................... 45
5.3.7 Avaliação da Qualidade do Patrimônio Gastronômico (AQPG) .................... 46
5.3.8 Disponibilização de Informações Alimentares e Nutricionais de Preparações
Oferecidas em Bufês (DIAN-Bufê) ........................................................................... 47
5.3.9 Controle de Gordura Trans na Produção de Refeições (CGTR) .................... 48
5.3.10 Controle de Sal/sódio na Produção de Refeições (CSPR) ............................. 48
5.3.11 Qualidade Nutricional, Sensorial, Regulamentar e Sustentabilidade no
Abastecimento de Carnes (GQC) ............................................................................. 48
5.4 ASPECTOS HIGIÊNICOS, SANITÁRIOS E NUTRICIONAIS NA PRODUÇÃO
DE REFEIÇÕES......................................................................................................... 49
5.5 ESCOLHA ALIMENTAR EM RESTAURANTES POR PESO ............................ 50
5.6. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE NUTRICIONAL DE ALIMENTOS POR MEIO
DA ROTULAGEM..................................................................................................... 51
5.6.1 Gordura trans ................................................................................................... 51
5.6.2 Porção e Medida Caseira ................................................................................. 52
5.6.3 Sal/sódio ............................................................................................................ 53
5.6.4 Informação nutricional complementar e alimentos infantis ........................... 55
5.6.5 Organismos geneticamente modificados ......................................................... 57
5.6.6 Alegação de caseiros, tradicionais e similares ................................................. 58
5.7 ROTULAGEM NUTRICIONAL EM RESTAURANTES .................................... 59
5.8 HABILIDADES CULINÁRIAS DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS ........... 60
5.9 DESTAQUES NO CONCURSO “ALIMENTOS” ................................................ 61
5.10 FINANCIAMENTO PARA PROJETOS DE PESQUISA ................................... 62
5.10.1 Projeto “Avaliação da Qualidade Nutricional e Sensorial (AQNS) na
Produção de Refeições: Desenvolvimento Complementar do Sistema”.................. 62
5.10.2 Projeto “Qualidade Nutricional, Sensorial e Simbólica em Hotéis de
Negócios: Bufês Executivos e Café da Manhã”........................................................ 62
5.10.3 Projeto “”Condições de Trabalho como Fatores de Risco para Doenças
Venosas de Membros Inferiores no Setor de Produção de Refeições: Análise em
um Processo de Cadeia Fria Positiva ....................................................................... 62
5.10.4 Projeto “Controle de Gordura Trans no Processo Produtivo do Serviço de
Alimentação do SESI” .............................................................................................. 63
5.10.5 Projeto “Informação Alimentar e Nutricional em Restaurantes e Escolhas
Alimentares Saudáveis” ............................................................................................ 63
5.10.6 Projeto “Informação Nutricional em Restaurantes e Escolhas Alimentares
Saudáveis” ................................................................................................................. 63
5.10.7 Projeto “Rotulagem Nutricional em Alimentos Industrializados Brasileiros:
Análise Multitemática sobre a Utilização pelo Consumidor e Influência nas
Escolhas” ................................................................................................................... 63
6 ATIVIDADES DE EXTENSÃO ............................................................................ 65
6.1 EXTENSÃO LIGADA A ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS .............................. 65
6.2 EXTENSÃO LIGADA A AULAS PRÁTICAS DE DISCIPLINAS ...................... 65
6.3 SÉRIE EDITORIAL NUTRIÇÃO ........................................................................ 66
6.4 EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA “SABORES DA FRANÇA” ............................... 66
7 ATIVIDADES DE LIDERANÇA DE GRUPOS DE PESQUISA ........................ 68
7.1 GRUPO DE PESQUISA NUTRIÇÃO E SAÚDE (2008-2012) ............................. 68
7.2 NÚCLEO DE PESQUISA DE NUTRIÇÃO EM PRODUÇÃO DE REFEIÇÕES -
NUPPRE (desde 2006)................................................................................................ 68
8 GESTÃO ACADÊMICA ....................................................................................... 70
8.1 SUBCOORDENADORA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO (1988-
1990) .......................................................................................................................... 70
8.2 SUBCHEFE E CHEFE DO DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO (1996-1998) ... 70
8.3 COORDENADORA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
(2008-2012) ................................................................................................................ 70
8.4 SUBCOORDENADORA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
NUTRIÇÃO (2014) .................................................................................................... 71
8.5 COORDENAÇÃO DE CONVÊNIOS INTERNACIONAIS ................................. 72
8.5.1 Convênio com a Université de Toulouse II (França) (a partir de 2003) .......... 72
8.5.2 Convênio com a Universidad de Alcalá (Espanha) (2003-2013) ...................... 74
9 PARTICIPAÇÃO EM BANCAS DE CONCURSOS, DE MESTRADO OU DE
DOUTORADO .......................................................................................................... 75
10 ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS CIENTÍFICOS ............................................. 76
10.1 ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA
CATARINA ............................................................................................................... 76
10.2 PARTICIPAÇÃO NA ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS EXTERNOS À
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA ............................................ 79
11 APRESENTAÇÃO DE CONFERÊNCIAS, PALESTRAS, MESAS-
REDONDAS, CURSOS E OFICINAS ..................................................................... 81
12 PARTICIPAÇÃO EM ATIVIDADES EDITORIAIS E DE ARBITRAGEM DE
PRODUÇÃO INTELECTUAL ................................................................................ 83
12.1 PRESIDÊNCIA DO CONSELHO EDITORIAL DA EDITORA DA UFSC ........ 83
12.2 SÉRIE EDITORIAL NUTRIÇÃO....................................................................... 83
12.3 TRADUÇÃO E EDITORAÇÃO DE “SOCIOLOGIAS DA ALIMENTAÇÃO” . 83
12.4 PARTICIPAÇÃO DO COMITÊ EDITORIAL DO “DICTIONAIRES DES
MODELES ALIMENTAIRES” .................................................................................. 85
12.5 EDITORIA DE PERIÓDICOS CIENTÍFICOS ................................................... 86
12.6 ATUAÇÃO COMO PARECERISTA PARA PERIÓDICOS CIENTÍFICOS ...... 86
12.7 ATUAÇÃO COMO AVALIADORA DE PROJETOS SUBMETIDOS A
AGÊNCIAS DE FOMENTO ...................................................................................... 87
13 EXERCÍCIO DE CARGO NA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL: Pró-Reitora
de Pesquisa e Extensão (1998-2002) ......................................................................... 88
14 ATIVIDADES EM ÓRGÃOS REPRESENTATIVOS ....................................... 91
14.1 Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras (1998-
2002) .......................................................................................................................... 91
14.2 Fórum Nacional de Coordenadores de Programas de Pós-Graduação em Nutrição –
Fórum PPGA&N (2008-2012) .................................................................................... 91
14.3 Consultora da área de Nutrição da Capes ............................................................. 92
14.4 Membro do Grupo de Trabalho sobre rotulagem nutricional da ANVISA (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) ................................................................................ 92
15 CONSIDERAÇÕES FINAIS E PERSPECTIVAS ............................................. 93
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 95
APÊNDICES ........................................................................................................... 117
APÊNDICE A - ORIENTAÇÕES DE ALUNOS DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
DO PROGRAMA INTERINSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO
CIENTÍFICA DO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO
CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO (PIBIC-CNPQ) E DO PROGRAMA MÉRITO
UNIVERSITÁRIO CATARINENSE DA FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA E
INOVAÇÃO DO ESTADO DE SANTA CATARINA (FAPESC) ............................ 118
APÊNDICE B - ORIENTAÇÕES REALIZADAS NO PROGRAMA DE PÓS-
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA UFSC (PPGEP) ENTRE
1997 E 2004.............................................................................................................. 120
APÊNDICE C - ORIENTAÇÕES REALIZADAS E EM ANDAMENTO NO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO DA UFSC (PPGN) DESDE
2002.......................................................................................................................... 122
APÊNDICE D - EXERCÍCIO “MINHA HISTÓRIA E MEU PERFIL
ALIMENTARES” CONCEBIDO E APLICADO NA DISCIPLINA METODOLOGIA
DA PESQUISA EM NUTRIÇÃO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
NUTRIÇÃO DESDE 2004 ....................................................................................... 125
APÊNDICE E - PARTICIPAÇÃO EM BANCAS DE CONCURSOS PÚBLICOS
PARA PROFESSOR ................................................................................................ 126
APÊNDICE F - PARTICIPAÇÃO EM BANCAS DE DEFESA DE DISSERTAÇÃO,
TESE, EXAME DE QUALIFICAÇÃO DE MESTRADO E EXAME DE
QUALIFICAÇÃO DE DOUTORADO ..................................................................... 128
APÊNDICE G - PARTICIPAÇÃO EM COMISSÕES DE EVENTOS CIENTÍFICOS
139
APÊNDICE H - APRESENTAÇÃO DE CONFERÊNCIAS, PALESTRAS, MESAS-
REDONDAS, CURSOS E OFICINAS ..................................................................... 140
APÊNDICE H - PARTICIPAÇÃO COMO AVALIADORA EM PERIÓDICO
CIENTÍFICO, DESTACANDO O ANO DE INÍCIO DA ATIVIDADE ................... 149
1 APRESENTAÇÃO
Este memorial tem como foco a minha trajetória pessoal e profissional como
nutricionista e professora do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC), atuando na relação alimentação/nutrição/saúde, tendo como
objeto central de investigação/atuação o processo produtivo de refeições e a alimentação
fora de casa.
Busco apresentar e discutir a minha atuação ao longo dos vinte e oito anos de
docência na UFSC, centrada nas atividades de ensino, pesquisa, extensão e
administração/gestão desenvolvidas em conjunto com professores, alunos e parceiros
nutricionistas, sobretudo a partir da criação do Núcleo de Pesquisa de Nutrição em
Produção de Refeições (NUPPRE).
11
2 UMA INTRODUÇÃO...
O que vale na vida é a caminhada, caminhando e semeando no fim terás o que colher
Cora Coralina
Sou a filha mais velha na minha casa, com um irmão, Carlos Junior, e uma irmã
bem mais nova, Soraya. Sempre me senti uma criança muito amada pelos pais, pelos
avós e por tias que tinham somente filhos homens ou filhos e filhas já crescidos. Fui
uma criança distraída e escrevia no ar mesmo antes de aprender a escrever. Quando fui à
escola, com seis anos, e aprendi a ler, foi literalmente como se um novo mundo se
abrisse para mim, que sempre li muito e continuo gostando muito da leitura em papel,
mesmo nesta época de textos curtos e informações digitais.
12
Aos nove anos iniciei os estudos de Piano, que continuei até a conclusão, aos 17
anos, no Conservatório D. Nice Braga, em Paranavaí, PR. A música sempre foi muito
importante na minha vida, tanto o canto, atividade que adoro, quanto o exercício do
instrumento e a leitura das biografias de músicos clássicos.
Quando eu tinha 10 anos, minha família mudou-se para Paranavaí, uma cidade
então bastante nova no noroeste do Paraná. As mudanças foram significativas,
começando pelo clima, quente e seco na maior parte do ano, bem como pela paisagem,
então dominada por matas nativas recém-derrubadas e pelo predomínio de um capim
muito alto, denominado colonião. Lembro-me da inexistência de lajeados e do cheiro
forte desse capim no leite das vacas, marcando uma diferença natural do meio ambiente
na alimentação e nos hábitos de vida familiar.
13
dietoterapia. Foram cursos para público leigo, que tiveram a participação de número
expressivo de pessoas e representaram uma experiência muito interessante. O segundo
curso foi sobre higiene para manipuladores de alimentos. Essa foi uma experiência
distinta, para um público específico, na qual pude exercitar alguns conteúdos que,
embora eu ainda não soubesse, fariam parte da minha realidade profissional.
Logo que aqui cheguei, fiz parte da comissão coordenadora que revitalizou a
Associação Catarinense de Nutrição (ACAN). As nutricionistas Clair MartinsTesch e
Ingrid Kischle Orlandi faziam parte dessa equipe e cultivamos uma amizade que
permanece até hoje.
Quando iniciou o ensino fundamental, meu filho Lúcio foi sorteado para uma
vaga no Colégio de Aplicação da UFSC, onde, concluído o colégio, cursou também
Engenharia Sanitária e Ambiental. Hoje Lúcio é Analista Ambiental no Ministério do
14
Meio Ambiente em Brasília. Meu filho Fábio estudou na Escola da Ilha até a primeira
série do ensino médio, transferindo-se depois para o Colégio de Aplicação da UFSC.
Fábio é formado em Licenciatura em Música pela Universidade do Estado de Santa
Catarina (UDESC) e atua como músico em Florianópolis.
Nesses vinte e oito anos, a Universidade Federal de Santa Catarina vem fazendo
parte da minha vida e da vida da minha família, sendo com muita honra e orgulho que
agora apresento a minha história buscando o título de Professora Titular.
15
3 FORMAÇÃO ACADÊMICA
No último ano da faculdade, morei cinco meses no Rio de Janeiro, onde fiz o
estágio em Nutrição Clínica nos Hospitais Ipanema, Bonsucesso e Maternidade da
Praça XV. Essa foi uma experiência pessoal e profissional intensa, e foi nesse período
que conheci o Rogério, meu marido. Nos hospitais de referência em que estagiei,
também tive contato com patologias até então somente estudadas, considerando que
naquela época o Rio era a referência em tratamento de saúde e que para essas
instituições convergiam casos clínicos de todo o país. Também continuei meus estudos
de francês, quando pela primeira e única vez estudei em uma Aliança Francesa.
16
Após esse período, tive a oportunidade de vivenciar a experiência do Projeto
Rondon no Campus Avançado de Cáceres (MT). A cidade de Cáceres fica na região
onde termina o Pantanal e nós passávamos a semana nas pequenas localidades de Sonho
Azul e Porto Espiridião. Assim, considero que conheci o Pantanal, as suas belezas e
características antes que ele virasse moda, pois à época era uma região pouco
conhecida. Além disso, o contato com as comunidades pantaneiras, após ter vivido
cinco meses no Rio de Janeiro, mostrou-me, de maneira real e concreta, a diversidade
geográfica e humana do Brasil, com ênfase em situações de vida e problemas de saúde
somente visualizados nos livros.
17
SANTOS, 1995; PROENÇA, GERGES, CUNHA, 1995; PROENÇA, SEVERIANO
FILHO, CUNHA, 1995; PROENÇA; CUNHA, 1996).
Paris sempre fez parte dos meus sonhos, desde que comecei a estudar francês na
primeira série do ginásio, no Colégio Nossa Senhora do Carmo em Paranavaí (PR).
Desde o primeiro momento, com a professora Maria Alice Franco, me apaixonei pela
língua francesa e sempre cultivei o sonho de conhecer e, quem sabe, morar na França.
18
cozinha escolar da Génerale de Restauration, a popular concessionária GR, que na
época estava se destacando no Brasil.
19
auxiliaram sobremaneira a estruturação do capítulo 3 da minha tese, que representou a
caracterização do setor de produção de refeições e que, mais tarde, foi agregado ao livro
Inovação Tecnológica na Produção de Alimentação Coletiva, publicado em primeira
edição em 1997 (PROENÇA, 1997, 2000, 2009).
Seis anos após a defesa da tese decidi partir para uma nova experiência de
formação, com bolsa de pós-doutorado da CAPES. Apesar de estar bastante envolvida
com a gestão universitária, posto que à época eu ocupava a função de Pró-Reitora de
Cultura e Extensão, definimos pela aventura familiar de passar um ano realizando um
pós-doutorado em Toulouse, França. A “ville rose” localizada no sul do país, às
margens do rio Garrone, ao lado dos vinhedos de Bordeaux e da produção dos
emblemáticos “foie gras” e “cassoulet”, nos conquistou.
5
A expressão “atravessar a rua” era utilizada à época referindo-se ao fato de haver somente a rua Delfino Conti
separando o Centro de Ciências da Saúde (CCS) do Centro Tecnológico (CTC) no campus sede da UFSC. Apesar
disso, a percepção era de que pareciam dois mundos muito distantes, com barreiras quase intransponíveis.
20
principalmente nos processos alimentares fora de casa (alimentação coletiva e
comercial).
21
Ainda tive a oportunidade de ter reuniões de orientação com as doutorandas
Raquel Küerten de Salles e Lúcia Andréa Zanetti Ramos Zeni, colegas do Departamento
de Nutrição e minhas orientandas no Programa de Pós-Graduação em Engenharia de
Produção, que passaram períodos na França em estágio de doutorado sanduíche durante
o mesmo ano de 2003.
6
Poulain; Proença, 2004; Proença; Poulain, 2005; Proença; Poulain, 2006; Proença; Poulain, 2007; Tibére et al.,
2007; Poulain et al., 2011.
22
Bournemouth University foi pela área específica de Nutrição em Produção de Refeições,
por meio da parceria com a professora Heather Hartwell.
23
UFSC) na Tufts University (EUA) em 2014, sob a supervisão da professora Susan
Barbara Roberts. Negociação com a Mont Clair State University (EUA) que culminou
no convite para realização de pós-doutorado pela colega professora Marcela Boro
Veiros (UFSC) em parceria com o Professor Charles Feldmann. Auxílio na negociação
com universidades australianas e britânicas que culminou com a viabilização de
doutorado sanduíche de Vanessa Mello Rodrigues (PPGN-UFSC) na Oxford University
(UK) em 2014-2015, sob a supervisão do Professor Nicholas Townsend. Auxílio na
negociação com universidades norte-americanas e britânicas que culminou na
viabilização do pós-doutorado da colega professora Giovanna Medeiros Rataichesck
Fiates na Surrey University (UK) em 2014-2015, com a parceria da Professora Monique
Raatz.
24
4 ATIVIDADES DE ENSINO E ORIENTAÇÃO
25
físico e funcional de uma unidade de alimentação e nutrição fictícia. Ou seja, os alunos
iam desenvolvendo esse planejamento a partir dos conhecimentos adquiridos em cada
módulo da disciplina e apresentavam como um trabalho final.
26
A análise de alguns desses trabalhos orientados, muitos deles apresentados em
eventos científicos, demonstra que, desde o princípio, alguns temas que depois foram
sendo aprimorados e aprofundados, já se faziam sentir. Dentre eles destaco a análise de
condições de trabalho na produção de refeições (PROENÇA, PIRRO, LEAL, SOUSA,
1989c, PROENÇA, ATHAYDE, SIMÕES, 1989b) e de condições microbiológicas em
unidades de alimentação e nutrição (PROENÇA, MANTAU, LOLLI, 1989a). Ressalto,
também, a análise de consumo de sal (MAILER, 1990) e de óleo (LUDWIG, 1990),
bem como a adequação nutricional de refeições (BONNEMASSOU; SANTOS, 1990) e
fatores modificadores do processo produtivo de carnes (BONGIOLO, 1990).
7
BÚSSOLO, 2004; ROSSI, 2004; CARDOSO, 2004; MACHADO, 2004; STURMER, 2005; KRONN, 2005;
BONISSONI, 2005; BARON, 2005; GONÇALVES, 2006; FAVARIN, 2006; FERREIRA, 2006; GABRIEL, 2006;
BERNARDO, 2007; NAKAZORA, 2007; PINTO, 2007; BERTONSELLO, 2008; PASTORE, 2008; RICIARDI,
2008a; ISENSEE, 2008b; OSHIRO, 2009; MULLER, 2010.
8
RICIARDI, 2008b; ISENSEE, 2008a.
9
HISSANAGA, 2009; MARTINELLI, 2011; FRANTZ, 2010.
27
VICENZI, 2014) incorporando o mesmo tema que está sendo desenvolvido por
orientanda de mestrado que começou recentemente o curso (SCAPIN, 2014).
28
publicações com os alunos em periódicos científicos (ASSIS et al., 1998) e artigos
publicado em anais de eventos científicos nacionais e internacionais 10.
10
PROENÇA, RPC; FRANCO, EM; DUTRA, ARA. La gestion du chantier dans le secteur du batiment. In: 34
Congrés SELF, 1999, Caen (França). p. 625-631.
PROENÇA, RPC; DUTRA, ARA; SANTOS, N. Antropotecnologia: un abordaje para mejorar la implantacion de
innovaciones tecnologicas. In: VII Seminario latino-ibero americano de gestion tecnologica, 1999, Valencia
(Espanha).
PROENÇA, RPC; FRANCO, EM; DUTRA, ARA. Antropotecnologia: busqueda de la innovacion tecnologica en la
construccion. . In: VII Seminario latino-ibero americano de gestion tecnologica, 1999, Valencia (Espanha).
PROENÇA, RPC; MAIA, S; DUTRA, ARA. Papel da antropotecnologia na gestão de sistemas complexos e
perigosos . In: V Congresso latino-americano de ergonomia e IX Congresso brasileiro de ergonomia, 1999, Salvador.
PROENÇA, RPC; DUTRA, ARA; ASSIS, MAA; URIARTE NETO, M. Aspectos antropotecnologicos na interacao
profissional-cliente:uma analise da atuação do nutricionista em ambulatório hospitalar. In: 4 Congresso
latinoamericano e 8 Congresso brasileiro de ergonomia, 1997, Florianópolis.
PROENÇA, RPC; URIARTE NETO, M; DUTRA, ARA. A antropotecnologia e a antropologia fisica. In: 17
ENEGEP E 3 Congresso Int. de Engenharia Industrial, 1997, Gramado.
29
especial atenção é dada aos métodos utilizados nas pesquisas, com discussão e busca de
aprimoramento em pesquisas qualitativas e quantitativas.
30
profissionalmente há anos, aumentando, dessa forma, a visibilidade e a consequente
responsabilidade por esses estudos.
11
ECO, U. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1988.
NORTHEDGE, A. Técnicas para estudar com sucesso. Tradução: Susana M. Fontes e Arlene D. Rodrigues. The
Open University; [Florianópolis]: Ed. da UFSC, 1998.
QUIVY, R.; CAMPENHOUD, L.V. Manual de investigação em ciências sociais. Lisboa: Gradiva, 1992.
31
da pergunta de partida e dos objetivos de cada dissertação. Essa atividade é realizada em
auditório, com convite a todos os professores do programa e possibilidade de ampla
discussão de cada proposta. A avaliação do processo tem sido positiva, na medida em
que, ao final do primeiro semestre do curso, cada mestrando já tem o seu projeto de
dissertação definido e devidamente iniciado.
32
Também com a abertura do Doutorado em Nutrição foi implantada a disciplina
obrigatória Métodos de Pesquisa Qualitativa em Nutrição. Concebida e ministrada em
parceria com a colega Giovanna Medeiros Rataichesck Fiates, parte das nossas
experiências na temática e conta com a participação de convidados, representando uma
experiência interessante de discussão e reflexão sobre abordagens nem sempre
cotidianamente trabalhadas nas pesquisas em Nutrição.
33
América Latina (ALBAN), Marcela concluiu o doutorado em 2008, representando mais
uma oportunidade de parceria internacional. 12
12
Marcela Boro VEIROS. Qualidade na produção de refeições: segurança e apreciação sensorial. 2008. Tese
(Doutorado em Nutrição) - Universidade do Porto, Programa de Bolsas de Alto Nível da União Europeia para a
América Latina.
13
Clarissa Medeiros da LUZ. Condiciones de trabajo en la producción de comidas como factores de riesgo para la
insuficiencia venosa de miembros inferiores: analisis comparativo Brasil y España. 2011. Tese (Doutorado em
Ciencias Medico Sociales y Documentacion Cientifica) - Universidad de Alcalá de Henares.
14
Soraya Pacheco da COSTA. La influencia del ejercicio terapéutico en la calidad de vida de las personas mayores.
2011. Tese (Doutorado em Ciencias Medico-Sociales y Documentación Cientifica) - Universidade de Alcalá.
15
HISSANAGA, V. M. Aplicação do método de controle de gordura trans no processo produtivo de refeições
(CGTR). 2012. Projeto de Qualificação (Doutorado em Ciência dos Alimentos) – Programa de Pós-Graduação em
Ciência dos Alimentos, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2012.
34
5 ATIVIDADES DE COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA E
PRODUÇÃO INTELECTUAL
35
apresentações em congressos nacionais e internacionais, bem como ministração de
cursos.
36
inclusive, a comprometer a qualidade sensorial e nutricional dos cardápios planejados e
oferecidos (NOVELETTO; PROENÇA, 2004).
37
fatores que embasam essa premissa, destacam-se a postura parada em pé, ambientes
com calor e umidade excessivos, o carregamento de peso, o sobrepeso e a obesidade.
Nesse sentido, foi desenhado com Clarissa Madeiros da Luz, que orientei no
mestrado e no doutorado e que atualmente é professora no Departamento de Fisioterapia
da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), um estudo transversal do tipo
misto com abordagem quanti-qualitativa por meio da aplicação de uma Análise
Ergonômica do Trabalho (AET). O estudo visou avaliar as condições de trabalho como
fatores de risco para doenças venosas de membros inferiores em trabalhadores de uma
Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) hospitalar, comparando a situação entre
Espanha e Brasil.
38
Também utilizando o enfoque da ergonomia, orientei dissertações sobre
condições de trabalho dos professores após a implantação de cursos superiores de
tecnologia (BIAZUS, 2000), sobre a influência das condições de trabalho na atividade
de cárie de trabalhadores em padarias e confeitarias (SOUZA, 2002) e sobre condições
de trabalho em Unidade de Tratamento Intensivo de Neonatologia (SOUZA, 2000).
Este livro foi compilado a partir do capítulo 3 da minha tese, envolvendo ampla
pesquisa bibliográfica em diversas bibliotecas no Brasil, na França, na Espanha e na
FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations) localizada em Roma,
na Itália.
“Este livro é a condensação de partes de um projeto maior, representado por uma tese de doutorado
defendida sob o título: Aspectos organizacionais e inovação tecnológica em processos de
transferência de tecnologia: uma abordagem antropotecnológica no setor de Alimentação Coletiva.
39
Durante este processo, que me encaminhou a passar uma temporada na França, destacaram-se,
quando da elaboração da caracterização do setor, a carência bibliográfica básica na área
denominada de ASA (Administração de Serviços de Alimentação), e a necessidade de definição e
discussão dos conceitos trabalhados, neste campo de conhecimento.
Relacionando-se a literatura nacional e o setor de alimentação coletiva, observa-se que a escassez de
bibliografia é bastante acentuada. Dispõe-se de livros que se constituem em clássicos na área,
discorrendo sobre os aspectos básicos da produção de refeições coletivas, advindos da experiência de
seus autores, tanto na gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN), como no ensino
universitário. Destaca-se, porém, que os lançamentos nacionais mais recentes restringem-se a
aspectos de controle de qualidade, pouco discutindo sobre os problemas mais abrangentes do setor.
Assim, este livro tem por objetivo contribuir com esta lacuna, viabilizando a informação e a discussão
de temas essenciais a serem considerados, quando da busca de inovação tecnológica na produção de
Alimentação Coletiva.
Gostaria de registrar um agradecimento especial ao grupo Accor, nas pessoas de Cristina Lucino
Valiukenas e Rogério da Costa Vieira, que se propuseram a avaliar e apoiar a publicação deste
livro.”
40
Um pouco dessa história foi recentemente publicada em capítulo de livro
(PROENÇA; VEIROS, 2012).
41
identificadas. Realizaram-se, então, estudos-piloto em laboratório de Técnica Dietética e
estudos de caso em Unidades Produtoras de Refeições, com observações específicas
para preparações consideradas representativas de cada grupo. Ao final, foram
estabelecidos os critérios para acompanhamento e definidos os pontos críticos de
controle para os grupos alimentares propostos, sendo analisadas 133 preparações,
compreendendo estudos-piloto e estudos de caso (DUTRA, 2005; FERNANDES, 2005;
BERNARDO, 2006; CARDOSO, 2006; DUTRA, 2006; FERNANDES, 2006;
BERNARDO, 2007; CARDOSO, 2007; FERNANDES, 2007; FERNANDES et al.,
2007; BERNARDO, 2008; CARDOSO, 2008; TEÓFILO et al., 2011).
Este livro foi lançado em 2005, na Série Nutrição, da Editora da UFSC, já tendo
tido duas reedições em 2006 e 2008. A obra foi alvo de várias participações em cursos e
palestras no Brasil, em países do Mercosul e na Europa (Portugal, Espanha e França),
sendo considerada um clássico na área (PROENÇA et al., 2005 a e b, PROENÇA et al.,
2006; PROENÇA et al., 2008).
42
“Este livro apresenta-se como o resultado da união de um sonho e de paixões trabalhados nos
caminhos da ciência, mais especificamente, dos saberes que se entrelaçam para tentar dar conta da
relação entre os seres humanos e a alimentação.
Eu sempre tive esta curiosidade e, no meu amadurecimento pessoal e profissional, como professora e
nutricionista, as preocupações com o descobrir e o aplicar para melhorar a alimentação das pessoas
sempre esteve presente. Assim, é uma alegria apresentar este livro e as companheiras que o
escreveram junto comigo, pessoas com as quais venho trilhando este caminho da nutrição e da
alimentação.
A Anete, com quem divido, já há 18 anos, as lutas pela qualificação da área de administração de
serviços de alimentação no Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina -
UFSC. Uma grande professora, sensível e persistente na busca das melhores formas para aproximar
e respeitar os alunos. E que, pelos caminhos da vida, tive o prazer de orientar no doutorado, a tese
que originou os pontos discutidos no capítulo 1 deste livro.
A Marcela, discípula cheia de garra que trabalha comigo desde a graduação e em cuja dissertação
de mestrado foi desenvolvido o método que é apresentado no capítulo 2. Conteúdo este enriquecido
com a sua vivência como professora do Curso de Nutrição da Universidade do Vale do Itajaí -
UNIVALI e, hoje, com muita coragem, sendo adaptado para a realidade portuguesa na sua tese junto
à Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto.
A Bethania, que se formou na UFSC, trabalhou em unidades produtoras de refeições e, após
ingressar como professora do Curso de Nutrição da UNIVALI, veio participar conosco da primeira
turma do Mestrado em Nutrição da UFSC. A sua dissertação, exposta no capítulo 3, após uma
batalha vencedora, é o resultado de um projeto longamente acalentado e o início da concretização de
uma ideia que continua rendendo frutos em parceria com outros pesquisadores.
Então, esta é a história deste livro, da união de apaixonados trabalhos de conclusão de mestrado e
doutorado, das nossas vivências acadêmicas e pessoais com a esperança e o firme propósito de
auxiliar na modificação da realidade com a qual convivemos cotidianamente.
Assim, nós quatro formamos um grupo de nutricionistas “de alma”, daquelas que se percebem e se
assumem como profissionais da saúde e como pessoas que adoram a comida e tudo o que a cerca...
Quando começamos a nos reunir para “gestar” este livro, foram muitas as discussões sobre o nome
do grupo, qual o título que poderia melhor traduzir as nossas intenções? E assim, após algumas
tardes no outono e inverno de 2004, sempre com um vinhozinho e comidinhas especiais no final,
resolvemos simplesmente reunir os dois nomes com os quais mais nos identificamos, resultando no
grupo Sumo Gosto.
Á mesa nos reunimos para comer, conversar, comungar ideias, pão, sonhos e valores. Sobre ela
colocamos muito mais do que a nossa comida, mas também as nossas fantasias, lembranças e
expectativas. Nela aprendemos continuamente e desenvolvemos identificações que nos contextualizam
ao nosso grupo social, local, geográfico, ou época... Assim, aí está a importância do tema que nos
propomos a trabalhar, como melhorar a qualidade daquilo que é oferecido nas mesas e nos pratos,
de maneira a respeitar e valorizar cada momento de refeição como é merecido? Esta é a questão que
43
tem estimulado o grupo Sumo Gosto e são algumas respostas a ela que nos propomos a desenvolver
neste livro.
E agora, em nome de nós todas, destaco que este, como todos os projetos, é também o resultado do
apoio de muitas pessoas, às quais queremos deixar o nosso profundo agradecimento:
Aos nossos companheiros, aos nossos filhos e a todos os familiares e amigos que compõem conosco a
música da vida, na tentativa de fazermos deste mundo um lugar melhor para se viver.
Desejo que as pessoas que vão ler este nosso livro se deliciem tanto quando nós ao escrevê-lo.”
16
PROENÇA, R.P.C. ; BERNARDO, G.L. ; NAKAZORA, L. ; PINTO, A. R. R. ; HISSANAGA, V. M. ; SANTOS,
M. V. Cardápios: Padronização e Substituições. In: PROENÇA, R.P.C. (Org.). Ferramentas de qualidade na
produção de refeições (em estruturação).
44
de Avaliação da Qualidade Nutricional, Sensorial e Simbólica de Bufês Executivos em
Hotéis de Negócios, denominado AQBE (ALEXANDRE, 2007). A base do Sistema foi
o método de Análise Qualitativa das Preparações do Cardápio (AQPC), incorporado
com critérios de programas americanos e canadenses de avaliação de qualidade
nutricional em restaurantes. Incluíram-se testes de degustação, análise documental,
observação direta do processo produtivo e entrevistas com os operadores da unidade e
clientes. Entre os critérios avaliados estão: matérias-primas; técnicas de cocção; oferta
de alimentos integrais e in natura; molhos; gorduras; acompanhamentos frios e
apresentação das preparações e de informações. O estudo explicitou as etapas, os
formulários e as recomendações para a aplicação do sistema AQBE. Além da proposta
conceitual do sistema, a viabilidade de implementação do AQBE foi testada a partir de
um estudo de caso. Concluiu-se que o estudo permitiu o desenvolvimento de um
sistema capaz de identificar aspectos que podem gerar um incremento da qualidade
nutricional e sensorial do bufê, sem comprometer o valor simbólico associado ao bufê
executivo.
O café da manhã é uma das principais refeições do dia, sendo a sua realização
frequente e adequadamente associada a um estilo de vida saudável. Assim, foi
desenvolvido um instrumento de avaliação da Qualidade Nutricional e Sensorial de
Bufês de Café da Manhã em Hotéis de Negócio – AQCM. O processo de construção do
instrumento foi dividido nas etapas: a) definição dos termos relevantes, b) coleta de
informações iniciais da amostra, c) definição das variáveis e respectivas técnicas e
instrumentos e coleta de dados do estudo, d) definição da estrutura do instrumento
(quantitativo ou qualitativo), e) desenho inicial do instrumento, f) teste de aplicação, g)
desenho final do instrumento. Os testes de aplicação foram realizados em seis hotéis de
negócio da cidade de Curitiba-PR. O AQCM desenvolvido divide-se em avaliação do
ambiente de café da manhã e dos alimentos da mesa de bufê. A interpretação das
respostas é qualitativa e está dividida em três critérios: menos adequadas, padrão
mínimo e opções para melhorias, este último focado em questões de melhoria contínua.
O padrão mínimo foi definido a partir das opções para a garantia mínima da qualidade
nutricional e sensorial do bufê de café da manhã para o cliente. Sendo assim, o estudo
45
apresenta um instrumento prático para auxiliar os restaurantes que servem café da
manhã no momento de montar e planejar o bufê, respeitando a oferta de alimentos
saudáveis, as opções de melhorias, a forma de apresentação dos alimentos, o
fornecimento de informações completas aos seus clientes, dentre outras questões.
Embora utilizando o setor hoteleiro como local do estudo, acredita-se que a forma como
o instrumento foi estruturado e planejado garante a fácil aplicação e interpretação das
respostas em diferentes estabelecimentos que forneçam o café da manhã (TRANCOSO,
2008, TRANCOSO et al., 2010).
46
higiênico-sanitárias (UGGIONI, 2006; UGGIONI; PROENÇA; ZENI, 2010). O método
está baseado no Sistema de Avaliação da Qualidade Nutricional e Sensorial (AQNS)
que, associado aos passos do Sistema de Análises de Perigos e Pontos Críticos de
Controle (APPCC), enfatiza os perigos nutricionais e sensoriais que podem afetar a
qualidade final das preparações.
47
5.3.9 Controle de Gordura Trans na Produção de Refeições (CGTR)
48
partir de um estudo de caso realizado em uma UAN da cidade de Florianópolis (SC).
Com o acompanhamento do processo produtivo, foram identificados pontos críticos e
definidas ações corretivas. Um dos principais pontos críticos observados na unidade foi
o descongelamento de carne sob água corrente (MARTINELLI et al., 2012).
49
preparações pelos comensais (VEIROS et al., 2006a; VEIROS et al., 2007b; VEIROS
et al., 2009).
50
et al., 2005; JOMORI et al., 2008a e 2008b). O estudo rendeu, ainda, a publicação de
um verbete sobre restaurante por peso no Dicionário de Culturas Alimentares
(PROENÇA, JOMORI, 2012).
Outra dissertação foi desenvolvida a partir das anteriores por Bernardo (2010).
Nela, foi avaliada a diversidade alimentar saudável do prato de almoço escolhido por
comensais em restaurante de bufê por peso, propondo-se um índice de avaliação da
qualidade nutricional de um prato. Esse modelo foi denominado Índice de Diversidade
Alimentar Saudável (IDAS), resultando em publicação nacional e internacional
(BERNARDO et al., 2011; BERNARDO et al., 2014).
51
Colegiada (RDC) no 36017, de 23 de dezembro de 2003, tornou obrigatória a declaração
do conteúdo de gordura trans por porção nos rótulos de todos os alimentos
industrializados. No entanto, a resolução estabelece que possa ser considerado e
divulgado como “zero trans” todo alimento que apresentar teor de gordura trans menor
ou igual a 0,2g/porção. Além disso, a legislação não contempla a padronização da
nomenclatura utilizada para designar o componente gorduroso utilizado na fabricação
do alimento, e estudos que orientei destacam que existem nos rótulos de alimentos
muitas nomenclaturas que deixam dúvida se são ou não hidrogenadas, o que pode
confundir o consumidor (SILVEIRA, 2011; HISSANAGA; BLOCK; PROENÇA,
2012; PROENÇA; SILVEIRA, 2012; SILVEIRA, GONZALEZ-CHICA; PROENÇA,
2013; SILVEIRA et al., 2013a, MACHADO et al., 2013; SILVEIRA et al., 2013b).
17
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC no 360, de 23 de
dezembro de 2003: aprova regulamento técnico sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados, tornando
obrigatória a rotulagem nutricional. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 26 dez. 2003.
52
porção com os valores recomendados pela legislação e pelo Guia Alimentar para a
População Brasileira, contabilizando apenas três subgrupos adequados para ambas as
referências.
5.6.3 Sal/sódio
Esse estudo gerou dados relevantes para a atual realidade brasileira (e mundial)
no que remete à oferta excessiva de sódio em produtos alimentícios e à necessidade de
melhorias na identificação dos produtos ricos em sódio por meio da rotulagem de
alimentos. Com isso, possibilita um maior questionamento e direcionamento de
políticas públicas para o enfrentamento dessas questões, especialmente no que tange às
53
doenças crônicas não transmissíveis relacionadas à oferta/consumo excessivo de sódio
(MARTINS et al., 2014).
54
alimentos propostos pela legislação brasileira, a RDC 359, de 2003, da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
18
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC no 360, de 23 de
dezembro de 2003: aprova regulamento técnico sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados, tornando
obrigatória a rotulagem nutricional. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 26 dez. 2003.
______. Resolução – RDC no54, de 12 de novembro de 2012: dispõe sobre o Regulamento Técnico sobre Informação
Nutricional Complementar, 2012. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 12 nov. 2012.
55
Diante desse panorama, a pesquisa “Comparação da composição nutricional e da
INC entre alimentos industrializados direcionados e não direcionados a crianças”
(MACHADO, 2014), em que atuei como parceira, objetivou verificar diferenças entre
alimentos industrializados direcionados e não direcionados a crianças quanto à
composição nutricional e à presença de INC em rótulos. Foi realizado um censo entre
outubro e dezembro de 2013, em um supermercado pertencente a uma das dez maiores
redes de supermercados do Brasil. Dentre os 5.620 alimentos analisados, 535 (9,5%)
foram considerados direcionados a crianças por apresentarem ao menos uma estratégia
de marketing direcionada a esse público e, desses, 50,5% apresentavam INC. Os
alimentos industrializados direcionados a crianças apresentaram maior quantidade de
calorias e carboidratos, e menor quantidade de fibras e sódio do que aqueles não
direcionados a elas (p<0,05). Além disso, esses alimentos apresentaram prevalência
52% maior (p<0,001) de presença de INC nos rótulos quando comparados aos não
direcionados a crianças. Os resultados indicam que alimentos como achocolatados,
biscoitos doces com e sem recheio, guloseimas, refrigerantes e salgadinhos são os que
apresentam mais estratégias de marketing direcionadas a crianças. Destaca-se que
grande parte dos carboidratos constantes na informação nutricional é provavelmente
proveniente de açúcar adicionado aos alimentos industrializados. O estudo indicou a
necessidade do estabelecimento de parâmetros de referência para o excesso de
ingredientes como açúcar, gordura e sódio, de forma a tornar mais clara a informação
presente no rótulo e a permitir que o consumidor consiga fazer melhores escolhas. Esses
parâmetros poderiam ser utilizados na permissão da utilização de INC nos rótulos de
alimentos industrializados (MACHADO, 2014).
Nesse mesmo contexto, o projeto de tese em que atuo como parceria da colega
Giovanna Medeiros Rataichesck Fiates, intitulado “Informação Nutricional
Complementar em Rótulos de Alimentos Industrializados Direcionados a Crianças” tem
por finalidade investigar a composição nutricional desses alimentos e como a presença
de INC pode influenciar as escolhas de alimentos feitas por pais para seus filhos. Além
disso, objetiva propor parâmetros para avaliar a composição nutricional de alimentos
comercializados no Brasil, com base em experiência no Reino Unido (Traffic Light
Label). Será realizada análise da composição nutricional dos alimentos industrializados
direcionados a crianças, com INC nos rótulos, com base na rotulagem nutricional, além
de entrevistas com pais de crianças sobre sua percepção em relação a esses alimentos e
56
a possível influência das INCs nas escolhas feitas para seus filhos. Por fim, com base
nessas análises, espera-se ser possível propor parâmetros nutricionais para avaliar quais
alimentos seriam adequados para a utilização de INC. O projeto tem finalização prevista
para dezembro de 2015 (RODRIGUES, 2013).
57
com o objetivo de analisar a notificação de OGMs nos rótulos de alimentos
industrializados.
Dessa forma, por meio do projeto de tese de Rayza Dal Molin Cortese, em que
atuo como parceira da colega Suzi Barletto Cavalli, busca-se identificar os alimentos
industrializados disponíveis em supermercado localizado em Florianópolis – SC que
notificam a presença de transgênicos no rótulo. Em seguida, identificar e descrever os
ingredientes transgênicos desses alimentos e comparar os ingredientes de alimentos
industrializados que notificam a presença de transgênicos com os ingredientes de
alimentos similares sem notificação para verificar a presença de ingredientes
possivelmente transgênicos.
Este é um projeto em que atuo como parceira da colega Paula Lazarin Uggioni,
no qual estão sendo desenvolvidos Trabalhos de Conclusão de Curso de Graduação em
Nutrição e Dissertação de Mestrado em Nutrição. Partindo do princípio de que a
rotulagem nutricional pode ser boa fonte de informação para os consumidores
dependendo do seu formato, contexto e conteúdo e pode ainda ter função importante no
marketing dos produtos. Estudos demonstram que certas informações podem confundir
o consumidor sobre os atributos dos produtos e podem refletir diretamente na sua
escolha alimentar. Por exemplo, a rotulagem pode destacar atributos positivos e, ao
mesmo tempo, pode ignorar ou dar menos enfoque para características indesejáveis.
Isso pode ser o caso de alimentos industrializados com alegações como: “caseiros”,
“tradicionais”, “artesanais”, “originais”, “puros”, “naturais”, “coloniais”, “da fazenda”
ou outros similares23. Entretanto, tais alegações não estão previstas na legislação
vigente. Assim, produtos alimentares que não usam aditivos em sua composição, por
exemplo, não têm permissão para trazer alegações de “sem aditivos” ou “naturais” 24 .
Esses produtos podem potencialmente chamar a atenção do consumidor para uma forma
de produção tradicional com ingredientes locais e reconhecidos, mas, paralelamente,
podem conter ingredientes que não fazem parte do seu contexto enquanto patrimônio
23
Existem várias terminologias usadas para designar os produtos desse segmento. No geral, todas as terminologias
remetem ao consumidor a ideia de identidade, de regionalidade, de fazer parte de um patrimônio gastronômico,
conforme a definição já mencionada.
24
A legislação brasileira na área de alimentos é positiva, ou seja, o que não constar na legislação não tem permissão
para ser utilizado em alimentos. Portanto, denominações de qualidade podem ser utilizadas desde que estejam
previstas em regulamentos técnicos específicos.
58
gastronômico, deixando até mesmo de evidenciar uma composição nutricional com
teores elevados de açúcar, sódio ou gordura trans, por exemplo. Assim, essas alegações
podem induzir o consumidor a uma interpretação equivocada sobre os alimentos que
está consumindo, interferindo não somente na qualidade nutricional, mas também na
qualidade simbólica e em certos valores atribuídos aos alimentos.
Para ser tradicional, típico, regional ou caseiro, um alimento não só deve conter
ingredientes tradicionais, como também ser preparado de uma forma tradicional,
conforme receitas tradicionais e reconhecidos por seus comensais como parte da sua
história alimentar. Os produtos tradicionais são percebidos, no geral, como produtos
simples, básicos, naturais, puros, com pouco ou nenhum processamento após a sua
produção primária. Nessa linha, a temática levanta três questões principais. A primeira
questão aborda a necessidade da identificação das diferentes terminologias (tais como,
caseiro, tradicional, regional, etc.) encontradas em alimentos que estão sendo oferecidos
aos consumidores. A segunda questão se relaciona à avaliação da qualidade nutricional
desse tipo de alimento industrializado. Já a terceira questão refere-se à percepção dos
consumidores com relação aos significados das terminologias encontradas e se essas
alegações influenciam as suas escolhas.
59
alimentares e nutricionais em restaurantes nas escolhas alimentares de adultos, com
possibilidade de elaboração de uma metanálise.
60
desenvolvido na Universidade de Clemson, nos Estados Unidos da América, para
avaliar as habilidades culinárias por meio de escalas de atitude culinária,
comportamento culinário e alimentar, confiança culinária e conhecimento culinário.
61
2001 – Primeiro prêmio: Influência das condições de trabalho no estado nutricional de
operadores do setor de alimentação coletiva: um estudo de caso. Cristina H. Matos e
Rossana Pacheco da Costa Proença.
5.10.3 Projeto “”Condições de Trabalho como Fatores de Risco para Doenças Venosas
de Membros Inferiores no Setor de Produção de Refeições: Análise em um Processo de
Cadeia Fria Positiva
62
O projeto envolveu aluna de Doutorado em coorientação na Universidad de Alcalá
(Espanha), com parceria de professores da mesma universidade.
63
(Departamentos de Nutrição, Saúde Pública e Agronomia) e da University of Surrey
(Inglaterra) e representante do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC).
64
6 ATIVIDADES DE EXTENSÃO
A mesma situação explicitada acima passa a acontecer com as aulas práticas das
disciplinas de Administração de Serviços de Alimentação 1 e 2 a partir de 2004, quando
a estruturação didática da disciplina foi modificada e as aulas práticas passaram a ser
realizadas em restaurantes comerciais, com atividades nos dois semestres letivos.
Atendendo às exigências da legislação vigente, em 2004 ocorreu, também, a
estruturação do Manual de Boas Práticas. Assim, no período entre 2004 e 2008,
25
BÚSSOLO, 2004; ROSSI, 2004; CARDOSO, 2004; MACHADO, 2004; STURMER, 2005; KRONN, 2005;
BONISSONI, 2005; BARON, 2005; GONÇALVES, 2006; FAVARIN, 2006; FERREIRA, 2006; GABRIEL, 2006;
BERNARDO, 2007; NAKAZORA, 2007; PINTO, 2007; BERTONSELLO, 2008; PASTORE, 2008; RICIARDI,
2008a; ISENSEE, 2008b; OSHIRO, 2009; MULLER, 2010.
26
RICIARDI, 2008b; ISENSEEa, 2008;
27
HISSANAGA, 2009, MARTINELLI, 2011; FRANTZ, 2011.
65
trabalhei nessas disciplinas atendendo a dois restaurantes por ano, numa atividade de
ensino desenvolvida na forma de extensão e que, a exemplo do já mencionado,
retroalimentava a sala de aula e a pesquisa.
Para ilustrar o espírito do projeto, reproduzo o texto que escrevi para apresentar
a exposição:
66
“As fotos que fazem parte da exposição fotográfica “Sabores da França” resultam de um olhar
atento da autora sobre a alimentação, durante o ano de 2003, passado em Toulouse, sudoeste da
França, no contexto de um pós-doutorado em Nutrição, com apoio da CAPES.
Estas fotos foram feitas nas ruas, nas feiras e nos mercados, tentando captar alguns dos cuidados
que os franceses desenvolveram relativamente à alimentação, focando a disponibilização –
exposição e venda – e a escolha e compra dos alimentos.
Pretende-se, com elas, transmitir um pouco dos vários “sabores” envolvidos nessas atividades.
De um lado, os “sabores” de quem vende na quitanda, na feira ou no mercado, escolhendo e
arrumando todos os dias os alimentos de maneira "apetitosa" – bonitos, bem apresentados, com
combinação de cores e efeitos especiais... De outro lado, os “sabores” de quem vai, às vezes
todos os dias, escolher os melhores alimentos, nesta opção bem arranjada, para o seu consumo ou
para o seu restaurante. É comum, naquele contexto, as pessoas comprarem somente o que
consumirão naquele dia e os restaurantes definirem o seu cardápio diário de acordo com a
disponibilidade do mercado. Destaca-se, ainda, que, para um francês, a aquisição de um alimento
pode incluir apertar, cheirar, conversar sobre...ou seja, experimentar os diversos “sabores” do
alimento para tomar a decisão.
Assim, a importância da alimentação para eles envolve, entre outros, esses dois polos, quais
sejam, dispor e escolher os alimentos da maneira mais interessante, sempre atentos aos detalhes
que lhes possam valorizar.
Vislumbra-se, neste sentido, uma faceta de uma cultura alimentar que, apesar de todas as
modificações e padronizações da vida contemporânea, ainda persiste em grandes e pequenas
cidades francesas.”
67
7 ATIVIDADES DE LIDERANÇA DE GRUPOS DE PESQUISA
68
(FAPESC). Inclui também alunos de Iniciação Científica (voluntários e bolsistas
PIBIC/CNPq e FAPESC), bem como alunos bolsistas de extensão e orientandos de
Trabalhos de Conclusão de Curso em Nutrição.
Além das várias funções administrativas que os pesquisadores do NUPPRE vêm
desenvolvendo, suas atividades de docência e pesquisa têm colaborado com a
consolidação do PPGN/UFSC e contribuído na atuação dos nutricionistas no setor de
Nutrição em produção de refeições, por meio de pesquisas de ponta, docência, cursos e
publicações.
Assim, o NUPPRE hoje é reconhecido nacionalmente como o grupo de pesquisa
mais influente da área de Nutrição em Produção de Refeições. Os seus pesquisadores
têm participado como palestrantes dos principais eventos brasileiros de Nutrição. O
NUPPRE há 4 anos, por exemplo, está entre os apoiadores nacionais do Congresso
Brasileiro de Nutrição (CONBRAN), junto a entidades como o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Conselho Federal de
Nutricionistas (CFN), universidades e associações estaduais de Nutrição.
As atividades do NUPPRE são divulgadas através do site www.nuppre.ufsc.br e
de página no facebook.
69
8 GESTÃO ACADÊMICA
Esta foi a minha primeira experiência com a gestão acadêmica, trabalhando com
a colega Maria Cristina Marcon, na coordenação do Curso de Graduação em Nutrição
da UFSC, sempre com o apoio competente da chefe de expediente Tania Mara Vieira.
As lembranças dessa passagem pela gestão remetem ao processo de uma alteração
curricular feita por necessidade de adequação a mudanças na legislação, bem como às
cotidianas negociações com alunos e professores, típicas dessa função. Destaca-se
também que nesse momento começou, embora ainda timidamente, o processo de
informatização dos trâmites burocráticos da UFSC.
70
e o número de bolsas de estudos quando, pela primeira vez na sua história, o PPGN
pôde oferecer bolsas para todos os alunos habilitados. Também nessa época houve a
modificação da entrada do programa para agosto de cada ano, o estabelecimento de
disciplinas regulares de elaboração e análise de artigos científicos, de disciplinas
metodológicas ministradas por professores convidados e do início da participação dos
alunos na gestão do programa.
Este período a frente do PPGN foi marcado também pela participação como
vice-presidente e presidente do Fórum Nacional de Coordenadores de Programas de
Pós-Graduação em Alimentação e Nutrição (PPG A&N), explicitada no item 14.2.
Neste fórum, juntamente com os colegas Gilberto Kac e Shirley Donizete Prado, entre
outros, construímos a base política e acadêmica que resultou na criação da área de
Nutrição na CAPES, em maio de 2011.
71
8.5 COORDENAÇÃO DE CONVÊNIOS INTERNACIONAIS
72
envolveram a ministração da disciplina L´alimentation au Brésil, com 12 h/aula, à
turma 2006/2007 do Master en Sciences Sociales Apliquées à l´alimentation (SSAA),
discussões sobre projetos conjuntos de pesquisa, participação do Encontro de avaliação
de ex-alunos do Master en Sciences Sociales Apliquées à l´alimentation (SSAA),
discussões com professores e autoridades acadêmicas sobre possibilidades de
intercâmbio de alunos de graduação e estruturação de publicações conjuntas.
28
Poulain; Proença, 2003a; Poulain; Proença, 2003b; Proença; Poulain, 2004a; Proença; Poulain, 2004b;
Poulain, 2004; Proença; Poulain, 2006; Tibére et al., 2007; Proença; Poulain, 2007; Poulain et al., 2011;
Poulain et al., 2012.
73
8.5.2 Convênio com a Universidad de Alcalá (Espanha) (2003-2013)
Fevereiro de 2006, março de 2007, abril de 2008, junho de 2009, setembro de 2010,
março de 2011 - participei, na universidade espanhola, de reuniões de discussão sobre:
projetos conjuntos, avaliação e possibilidade de continuidade de intercâmbio acadêmico
no contexto deste acordo de cooperação interuniversitária e finalização de manuscritos
conjuntos.
29
Bertoldi et al., 2007; Bertoldi; Proença, 2008; Matos et al., 2009; Luz, 2011; Costa, 2011, Luz et al.,
2013.
74
9 PARTICIPAÇÃO EM BANCAS DE CONCURSOS, DE MESTRADO OU DE
DOUTORADO
75
10 ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS CIENTÍFICOS
76
quando do lançamento da nova edição do seu livro “Alimentação através dos Tempos”,
que iniciou a Série Nutrição da Editora da UFSC.
30
PROENÇA, R.P.C. ; SALLES, R.K. ; KAZAPI, I. A. M. ; BATISTA, S. M. M. ; CORSO, A. C. T.
(Organizadoras). Anais do Simpósio Sul-Brasileiro de Alimentação e Nutrição: História, Ciência e Arte.
Florianópolis: Departamento de Nutrição da UFSC, 2000. 621p .
77
Pela primeira vez, a UFSC reuniu em um único evento, trabalhos em seus três
campos de atuação, congregando eventos já consagrados, como a 8a Semana da
Pesquisa, o 2o Salão de Cultura e Extensão, o 11o Programa de Formação Pedagógica
dos Docentes e o 2o Seminário de Monitoria. A 1a SEPEX teve uma grande
repercussão, com a apresentação de 671 trabalhos na forma de painéis e 91 na forma de
estandes; o oferecimento de 63 minicursos para a comunidade interna e externa,
atividades culturais contínuas e eventos paralelos de discussão 31.
Tenho muito orgulho de ter feito parte da equipe que propôs e viabilizou a
realização de um evento do porte da SEPEX, que hoje faz parte do calendário da UFSC
e de várias escolas e instituições de Santa Catarina, tendo realizado em outubro de 2014
a sua 13a edição.
31
PROENÇA, R.P.C.; NODARI, E. S. (Organizadoras). Anais da I SEPEX - Semana de Ensino, Pesquisa
e Extensão da UFSC. Florianópolis, SC: Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, 2000. 772p .
78
2002 - XVIII Encontro do Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades
Públicas Brasileiras
32
PROENÇA, R.P.C.; SOUSA, A. I.; TUTTMAN, M. T.; ARAÚJO FILHO, T.(Organizadores) . Anais do XVIII
Encontro Nacional do Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras. Florianópolis:
Universidade Federal de Santa Catarina - Pró Reitoria de Cultura e Extensão, 2002. 192p .
79
do Porto, Portugal, em junho de 2013. Esse evento, que representa o mais importante
encontro internacional de pesquisadores da área de Nutrição em Produção de Refeições,
foi criado e continua sendo gerenciado pelo grupo da Bournemouth University com o
qual trabalhamos durante o recente pós-doutorado. Esta oitava versão foi organizada
pela Universidade do Porto junto com a Associação Portuguesa de Nutricionistas. A
oportunidade de participar do Comitê Científico e de contribuir durante a realização do
evento foi interessante também pelas perspectivas de continuidade que esse contato
inicial representou.
80
11 APRESENTAÇÃO DE CONFERÊNCIAS, PALESTRAS, MESAS-
REDONDAS, CURSOS E OFICINAS
81
de Refeições” em três capitais, sendo que as demais colegas coautoras ministraram o
mesmo curso em mais seis capitais brasileiras.
82
12 PARTICIPAÇÃO EM ATIVIDADES EDITORIAIS E DE ARBITRAGEM DE
PRODUÇÃO INTELECTUAL
“Este livro é a materialização de um sonho, dos tantos que buscamos nas nossas vidas, e que se
apresentou para mim em, no mínimo, duas dimensões. Uma delas foi a oportunidade de viver em
família no interior da França, aproveitando os diversos sabores que esta experiência pode
apresentar.
A outra envolveu a faceta profissional e relaciona-se com a minha própria evolução como
nutricionista e professora universitária, trabalhando na busca da qualidade na produção de
refeições e vivenciando dúvidas quanto a esta qualidade, a partir de inquietações quanto às
múltiplas dimensões através das quais os seres humanos podem perceber os alimentos. Assim, a
busca por caminhos para auxiliar o tratamento desta questão, nos levou à sociologia da
alimentação, tema deste livro.
Jean-Pierre Poulain, o autor, tem uma trajetória, no mínimo, interessante, pois cresceu no meio
da fabricação de comidas, na charcuterie dos seus pais, em Tulle, no centro da França. Mas, no
momento de assumir a sua “herança” gastronômica e econômica natural, por ser o homem da
casa, resolveu, como muitos jovens das cidades menores do mundo inteiro, partir em busca de
horizontes mais amplos, indo estudar na École Hotélière em Toulouse. Lá, após os estudos que
transformaram aquela vocação inicial em um “chef” de mão cheia, tornou-se professor na escola
83
e iniciou uma carreira brilhante na área de estruturação e inovação tecnológica em cozinhas
profissionais, que inclui livros, colunas em revistas especializadas, viagens, consultorias e
participações em eventos.
Porém, um dia, naquela inquietação típica dos que querem sempre estar construindo, Jean-Pierre
deu uma guinada na sua carreira e resolveu ir para Paris fazer doutorado. Definiu-se pela
sociologia e pela antropologia, sendo aceito pelo Professor Edgar Morin. Passou por aquelas
experiências comuns a quem tem a coragem de mudar, de sair dos casulos científicos confortáveis
em que vivemos nas supostas “divisões de áreas” do conhecimento humano e se expôs,
literalmente, para uma outra área. Pois observa-se que, embora a discussão da multi e da
transdisciplinaridade faça sucesso quando no discurso, a prática é um pouco mais complexa, com
preocupações de manutenção de espaços e jargões bastante evidentes. E, assim, foi nascendo o
chef socioantropólogo, que, no retorno do doutorado, começou a trilhar outros caminhos na
busca do entendimento dos contextos e das escolhas alimentares humanas, começando pela
transferência para a Université de Toulouse-Le Mirail.
E assim, daquela maneira fantástica que os escritos têm de aparecer para nós nos momentos em
que estamos precisando deles, e influenciarem definitivamente o que estamos fazendo, utilizei os
textos do Jean-Pierre daquela primeira fase em minha tese, pois eram evidentes as congruências
dos nossos pensamentos. Mas, como eu também tinha inquietações diversas com relação às
possibilidades e limitações do uso tecnológico, tanto que utilizei as referências da ergonomia e da
antropotecnologia para tentar dar conta das mesmas, os seus textos posteriores, já da segunda
fase como socioantropólogo, chegaram a mim e também começaram a me influenciar bastante.
Neste sentido, no momento de decidir pelo pós-doutorado, a opção de trabalhar com Jean-Pierre
ficou me rondando em todas as tentativas de identificar um local interessante, até materializar-se
em 2003.
E, neste ano passado em Toulouse, trabalhando e vivendo perto de Jean-Pierre e Laurence, num
clima de parceria, amizade e, como não poderia deixar de ser, comidas maravilhosas, nasceu o
projeto de tradução e publicação do livro pela nossa editora.
Este livro é apresentado em duas partes, a primeira, onde se discute alimentação a partir dos
grandes questionamentos atuais e busca-se, com uma abordagem mais simplificada, atingir a um
público mais geral. Já a segunda parte apresenta as discussões teóricas para o entendimento da
proposta, com abordagem e linguagem mais adequada para iniciados. Com esta estrutura, o livro
pode atender tanto àquelas pessoas que buscam ler sobre alimentação, com uma abordagem
diferente das receitas gastronômicas e das receitas nutricionais, quanto aos especialistas na área,
que buscam aprofundar teoricamente os seus estudos.
Ressalta-se, assim, que com a sua publicação, a Série Nutrição da EDUFSC está, certamente,
demarcando uma posição de vanguarda entre as publicações de língua portuguesa no que se
refere a alimentação e nutrição.
E, como todo projeto, este envolveu diversas pessoas e instituições, que merecem ser destacadas
na forma de agradecimentos, lista não exaustiva, certamente incompleta, mas necessária:
84
À minha família, Rogério, Lúcio e Fábio, que sempre me apoiam e aceitaram viver comigo a
aventura de morar na França.
Aos professores Rodolfo Joaquim Pinto da Luz e Lúcio José Botelho, Reitor e Vice-Reitor da
UFSC, em 2002, pelo apoio e compreensão da minha necessidade de aprimoramento acadêmico.
Á CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, pela tão necessária
ajuda financeira para viabilizar o pós-doutorado.
À Université de Toulouse-le Mirail, que através de uma ajuda à tradução, no contexto de um
acordo de cooperação interuniversitário, viabilizou o pagamento dos direitos da editora francesa
do livro.
Ao amigo Alcides Buss, diretor da EdUFSC, que acolheu entusiasticamente a ideia e à sua equipe
que viabilizou a publicação do livro.
À colega Carmen Silvia Rial, que aceitou dividir comigo a responsabilidade pela revisão
científica da tradução e, com este convívio, certamente estamos iniciando uma ótima parceria nos
caminhos da alimentação.
Aos colegas do Departamento de Nutrição da UFSC.
Ao Ministério da Cultura Francês – Centro Nacional do Livro – que acolheu o nosso dossiê de
ajuda à publicação de obras francesas traduzidas
À Marion Colas, Diretora de Gestão Internacional da Editora Presses Universitaires de France-
PUF, que atravessou conosco os labirintos da burocracia francesa.
À acadêmica de Nutrição Bianca Emmendoerfer Dutra, que, com a disponibilidade e entusiasmo
que lhe são peculiares, nos auxiliou nos momentos decisivos da revisão dos originais.
Desejo aos leitores uma boa degustação na leitura deste livro!”
85
Foram publicados 31 textos de 33 autores de quatro países (Brasil, Portugal, EUA e
Guiné-Bissau). A parte do mundo lusofônico, que foi trabalhada pela equipe da UFSC,
resultou em textos com verbetes das seguintes universidades e instituições: UFU (1),
UFRN (1), UFPE/IMIP (1), UNICAMP (2), USP (2), UFG (1), UFSC (6), UFSC/UFAL
(1), UNESP (1), UFBA (1), UFRJ (1), UFRGS (1), UNIFEMM (1), PUC-RJ (1),
Fundação Gilberto Freyre (2), autor não ligado à instituição de ensino ou pesquisa (1),
EUA (1), Portugal (4), Guiné-Bissau (1).
O restante da obra apresenta mais 201 textos de autores, dentre outros, franceses,
ingleses, canadenses, espanhóis, italianos, belgas, escoceses, irlandeses, norte-
americanos, italianos, mexicanos, argentinos, chineses e indianos.
Esta atividade foi iniciada em 2000 quando do convite para ser Editora
Associada da Revista de Nutrição. Depois, em 2001, iniciei a participação no comitê
editorial da Nutrição em Pauta, em 2005 da Segurança Alimentar e Nutricional e da
Revue Tourisme-Tourism Review, em 2006 da Obésité, em 2011 da Demetra e, no
período entre 2010 e 2012, da Nutrire.
86
12.7 ATUAÇÃO COMO AVALIADORA DE PROJETOS SUBMETIDOS A
AGÊNCIAS DE FOMENTO
87
13 EXERCÍCIO DE CARGO NA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL: Pró-Reitora
de Pesquisa e Extensão (1998-2002)
88
Ainda merece destaque a gestão dos programas Universidade Solidária e
Alfabetização Solidária, nos quais a UFSC participou ativamente enquanto foram
prioridades do Governo Federal (PROENÇA, 1999c).
Enfim, esta foi uma experiência que me marcou de forma profunda, pessoal e
profissionalmente. Para ilustrar a importância desse período, reproduzo a carta de
despedida que enviei, em dezembro de 2002, para todos os membros da equipe da Pró-
Reitoria de Cultura e Extensão, incluindo os participantes do Conselho Editorial da
EdUFSC e os membros da Câmara de Extensão.
“No final de dezembro de 1998, comecei a escrever uma história, alguns acompanharam
desde o princípio, outros, começaram depois deste início, mas todos, igualmente importantes e
partícipes, tiveram o seu papel nela.
Pela confiança, pela solidariedade e pelo profissionalismo, que nos permitiram, como equipe,
destacar a nossa UFSC no cenário nacional e, para além do I Salão de Cultura e Extensão, de
duas edições da SEPEX, de um encontro nacional de Pró-Reitores de Extensão, do
PROEXTENSÃO e das Bolsas de Extensão, do ALFASOL e do UNISOL, bem como dos inúmeros
eventos que participamos com a EDUFSC, o DAC, o Museu, o NETI, o NEA, o Daex e o Projeto
Fortalezas, demonstrar, no nosso dia a dia, no companheirismo e na ética, que temos
comprometimento com a universidade pública e sabemos onde queremos chegar.
Quero agradecer o privilégio de ter podido conviver e compartilhar com vocês, através de um
cotidiano cheio de momentos gratificantes e de responsabilidade.
Sei que a vida, nas suas inúmeras possibilidades, proporciona caminhos diferentes para cada
um de nós, mas gostaria de deixar registrada a minha alegria e o meu orgulho por ter construído,
com todos vocês, uma parte significativa da cultura e da extensão na nossa universidade.
O professor, poeta e amigo Alcides escreveu, no outono deste ano, uma dedicatória para mim
no seu livro Contemplação do Amor, comemorativo de 30 anos de poesia, que me emocionou
muito. Ele escreveu: “À Rossana, de cujos gestos emerge a alegria de viver e a vontade de
transformar”. Se, em algum dos momentos em que convivi com vocês, porventura eu tenha
conseguido transmitir estas impressões, então, realmente, hoje me sinto muito realizada, pois a
maturidade me mostrou que, para além dos poderes e das hierarquias, o que fica são as relações
construídas, os afetos que são a base concreta de todos os projetos humanos.
Parto em busca de mais um sonho profissional e pessoal, dos tantos que buscamos nas nossas
vidas, mas espero manter, ao menos um pouco, essa afinidade e esse carinho conquistados pelo
nosso contato.
89
Agradeço, a cada um de vocês, pelos bons momentos e pela relação que conquistamos e lhes
desejo muitas realizações profissionais e pessoais. Que nós nunca deixemos de sonhar e buscar,
corajosamente, os nossos sonhos!”
90
14 ATIVIDADES EM ÓRGÃOS REPRESENTATIVOS
Durante meu período final de trabalho neste fórum o foco mudou para a
solidificação da área na Capes e também se iniciou o processo pela criação de comitê
específico no CNPq.
91
14.3 Consultora da área de Nutrição da Capes
92
15 CONSIDERAÇÕES FINAIS E PERSPECTIVAS
93
. Qualificar cada vez mais o Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições
para transformá-lo em referência internacional em ensino e pesquisa na área.
. Contribuir para a qualificação do Programa de Pós-Graduação em Nutrição na busca
de elevação do conceito na avaliação da Capes.
. Contribuir para a qualificação do Curso de Graduação em Nutrição.
Por fim, após este exercício de revisitar a minha história, reafirmo a certeza da
minha paixão pela área de Alimentação e Nutrição onde, apesar de todas as mudanças
científicas, tecnológicas e comportamentais, citando a professora Lieselotte Ornellas,
pioneira e expoente da Nutrição brasileira, “[...] o homem continua sendo o que come, e
a diferença alimentar, em uma colmeia, faz da larva uma rainha”.
94
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
95
BERNARDO, G. L. Avaliação da qualidade nutricional e sensorial (AQNS) na
produção de refeições: desenvolvimento complementar do sistema -
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Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Florianópolis, 2008.
96
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carnes utilizadas no almoço do serviço de nutrição e dietética do Hospital
Universitário com propostas de novas alternativas. 1990. Relatório de estágio
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Nutrição) – Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina,
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controle) e AQNS (Análise da qualidade nutricional e sensorial) em preparações à
base de carnes, arroz e feijão na Unidade de Alimentação e Nutrição do SESC-
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Administração de Serviços de Alimentação. (Graduação em Nutrição) – Departamento
de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004.
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acompanhamentos frios dos cardápios padronizados da unidade de alimentação e
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114
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restauração. Revista de Alimentação Humana, v. 13, p. 51-61, 2007b.
116
APÊNDICES
117
APÊNDICE A - ORIENTAÇÕES DE ALUNOS DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
DO PROGRAMA INTERINSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO
CIENTÍFICA DO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO
CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO (PIBIC-CNPQ) E DO PROGRAMA MÉRITO
UNIVERSITÁRIO CATARINENSE DA FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA E
INOVAÇÃO DO ESTADO DE SANTA CATARINA (FAPESC)
Mateus Santaella Vivaz Oliveira. Conteúdo de ácidos graxos trans e sua notificação em
rótulos de biscoitos e pães comercializados no Brasil. 2011.
Mariana Vieira dos Santos Kraemer. Porção e medida caseira notificadas na informação
nutricional de rótulos de produtos alimentícios: análise do conteúdo de gordura trans.
2010.
118
Ana Carolina Fernandes. Avaliação da Qualidade Nutricional e Sensorial na produção
de refeições: desenvolvimento complementar do sistema: compilação. 2007.
119
APÊNDICE B - ORIENTAÇÕES REALIZADAS NO PROGRAMA DE PÓS-
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA UFSC (PPGEP) ENTRE
1997 E 2004.
MESTRADO
. Marcela Boro Veiros. Análise das condições de trabalho do nutricionista na atuação
como promotor da saúde em uma Unidade de Alimentação e Nutrição: um estudo de
caso. 2002.
. Ana Marise Andrade de Souza. Influência das condições de trabalho na atividade de
cárie de trabalhadores em padarias e confeitarias: estudo de caso. 2002.
. Débora Luciane Novelleto. O planejamento de cardápios em Unidades de Alimentação
e Nutrição considerando as condições de trabalho no processo produtivo: um estudo de
caso. 2001.
. Luciene Silva de Souza. Análise da Unidade de Tratamento Intensivo de Neonatologia
do Hospital Infantil Joana de Gusmão, com abordagem ergonômica. 2000.
. Cristina Henschel de Matos. A influência das condições de trabalho no estado
nutricional de operadores do setor de alimentação coletiva: um estudo de caso. 2000.
Bolsa do Instituto DANONE.
. Marisa Angela Biazus. Condições de trabalho dos professores após a implantação de
cursos superiores de tecnologia: estudo de caso em uma instituição pública federal de
educação tecnológica, a partir da abordagem ergonômica. 2000.
. Marla de Paula Lemos. Contribuições da ergonomia na melhoria da qualidade
higiênico-sanitária de refeições coletivas: um estudo de caso. 1999.
DOUTORADO
. Lúcia Andréa Zanette Ramos Zeni. A influência do envelhecimento e das condições de
trabalho no comportamento alimentar e na capacidade de trabalho de trabalhadores
idosos. 2004. Bolsa Doutorado sanduíche do CNPq.
. Raquel Kuerten de Salles. Análise da atividade laboral dos técnicos de enfermagem de
um hospital que adota o programa de gestão humanizada: sua influência no
comportamento alimentar. 2004. Bolsa Doutorado sanduíche do CNPq.
120
. Anete Araujo de Sousa. O trabalho da nutricionista e a gestão dos cuidados
nutricionais: uma abordagem antropotecnológica em Unidades de Alimentação e
Nutrição Hospitalares. 2001. Bolsa Doutorado sanduíche da CAPES.
121
APÊNDICE C - ORIENTAÇÕES REALIZADAS E EM ANDAMENTO NO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO DA UFSC (PPGN) DESDE
2002.
MESTRADO
. Tailane Scapin. Açúcar de adição em alimentos industrializados comercializados no
Brasil: uma análise de rótulos. Início: 2014. Bolsa da CAPES.
. Greyce Luci Bernardo. Diversidade alimentar saudável dos pratos de comensais que
almoçam em restaurante por peso. 2010. Bolsa da CAPES.
122
. Suelen Caroline Trancoso. Desenvolvimento de instrumento para avaliação da
qualidade nutricional e sensorial de bufês de café da manhã em hotéis de negócios.
2008.
123
PÓS-DOUTORADO
. Rosaura Gazzola. Evolução da utilização dos alimentos provenientes da agricultura
familiar e de gêneros orgânicos na alimentação de escolares e sua interface com o
Programa Nacional de Alimentação Escolar em municípios do estado de Santa Catarina.
2012. Parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA).
124
APÊNDICE D - EXERCÍCIO “MINHA HISTÓRIA E MEU PERFIL
ALIMENTARES” CONCEBIDO E APLICADO NA DISCIPLINA METODOLOGIA
DA PESQUISA EM NUTRIÇÃO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
NUTRIÇÃO DESDE 2004
Imagine que você está em um país estrangeiro e que deve falar sobre a sua alimentação para
pessoas que não têm as mesmas referências que você. Como você organizaria a sua fala para
lhes explicar o seu perfil, as suas raízes e a sua história alimentares?
EXERCÍCIO – Reflexões sobre Meu perfil e minha história alimentares – o peso da herança
familiar, de amigos, religiosa/filosófica, dos contextos social, econômico, regional… A
expressão da minha identidade através da alimentação.
125
APÊNDICE E - PARTICIPAÇÃO EM BANCAS DE CONCURSOS PÚBLICOS
PARA PROFESSOR
126
PROENÇA, R.P.C.; GAMBARDELLA, A.M. D. Concurso Público para preenchimento
de função docente nas disciplinas de Administração de Serviços de Alimentação I e II,
junto ao Departamento de Educação do Instituto de Biociências da Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) de Botucatu. 2001.
127
APÊNDICE F - PARTICIPAÇÃO EM BANCAS DE DEFESA DE DISSERTAÇÃO,
TESE, EXAME DE QUALIFICAÇÃO DE MESTRADO E EXAME DE
QUALIFICAÇÃO DE DOUTORADO
128
CAVALLI, S. B.; SOUSA, A. A.; PROENÇA, R. P. C.; PIRES, P. P. Exame de
qualificação de Mestrado em Nutrição - Qualidade nutricional, sensorial,
regulamentar e sustentabilidade no abastecimento de carne bovina em unidades
produtoras de refeições. 2010. Universidade Federal de Santa Catarina.
129
PROENÇA, R. P. C.; SALAY, E.; CAVALLI, S. B.; SALLES, R. K. Exame de
qualificação de mestrado - Informações alimentares e nutricionais em preparações
de bufês. 2006. Universidade Federal de Santa Catarina.
130
SOUSA, A. A.; PROENÇA, R. P. C.; SCHMIDT, W.; VASCONCELOS, F. A. G.
Participação em banca de Elinete Eliete de Lima. Alimentos orgânicos e alimentação
escolar: estudo de caso de uma unidade escolar da Secretaria da Educação e
Inovação do Estado de Santa Catarina. 2004. Exame de qualificação (Mestrando em
Nutrição), Universidade Federal de Santa Catarina.
Defesas de dissertação
131
PROENÇA, R. P. C.; BOTELHO, R. B. A.; BLOCK, J. M.; LEITE, M. S.;
GONZALEZ, D. A. Participação em banca de Bruna Maria Silveira. Informação
alimentar e nutricional de gordura trans em rótulos de produtos alimentícios
comercializados em um supermercado de Florianópolis. 2011. Dissertação
(Mestrado em Nutrição) - Universidade Federal de Santa Catarina.
132
SPINELLI, M. G. N.; JAIME, P. C.; MARCHIONI, D. M. L.; VILLAR, B.
S.; PROENÇA, R. P. C. Participação em banca de Marisa Lipi. Densidade energética
da dieta de trabalhadores de uma indústria da região metropolitana de São Paulo.
2008. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Saúde Pública -
Universidade de São Paulo.
133
PEDROZO, E. A.; ZAWISLAK, P. A.; PROENÇA, R. P. C. Participação em banca de
Cariza Teixeira Bohrer. A economia dos contratos no fornecimento de alimentação
em uma empresa de refeições coletivas. 2005. Dissertação (Mestrado em
Administração) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
134
PROENÇA, R. P. C.; DUTRA, A. R. A.; SOUSA, A. A. Participação em banca de
Débora Luciane Novelleto. A importância do planejamento de cardápios para
unidades de alimentação e nutrição considerando as condições de trabalho no
processo produtivo: um estudo de caso. 2001. Dissertação (Mestrado em Engenharia
de Produção) - Universidade Federal de Santa Catarina.
135
Exames de Qualificação de Doutorado
136
PROENÇA, R. P. C.; NAHAS, M. V.; FEUZ, A. S.; SANTOS, N. Participação em
banca de Maria Alice Altenburg de Assis. Teoria dos estágios de mudança e a
obesidade. 1997. Exame de qualificação (Doutorando em Engenharia de Produção) -
Universidade Federal de Santa Catarina.
Defesas de Tese
137
PROENÇA, R. P. C.; JAKSON FILHO, J. M.; CHOSSIN, M. A. M.; SANTOS, N.;
ULBRICHT, V. R. Participação em banca de Ana Regina de Aguiar Dutra. Análise
custo/benefício na transferência de tecnologia: estudo de caso utilizando a
abordagem antropotecnológica. 1999. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) -
Universidade Federal de Santa Catarina.
138
APÊNDICE G - PARTICIPAÇÃO EM COMISSÕES DE EVENTOS CIENTÍFICOS
139
APÊNDICE H - APRESENTAÇÃO DE CONFERÊNCIAS, PALESTRAS, MESAS-
REDONDAS, CURSOS E OFICINAS
34éme Congrès de la SELF. Apresentação oral: La securité de ceux qui travaillent avec
la securité: le cas des laboratoires de la police techno-scientifique. Caen (França), 1999.
140
34éme Congrès de la SELF. Apresentação oral: Analyse de transfer de technologie:
approche anthropotechnologique dans une unité de soins intensifs. Caen (França), 1999.
141
XVII Encontro nacional de pró-reitores de pesquisa e pós-graduação das IES brasileiras.
Mesa-redonda: Novos mecanismos para a integração do ensino, pesquisa e extensão.
Florianópolis, 2002.
142
VI Seminário Estadual SISVAN. Palestra: Sociologia da alimentação. Belo Horizonte,
2005.
Educação Nutricional: Por Que e Para Que? Palestra: Espaço social alimentar: uma
abordagem para a compreensão dos modelos alimentares. Campinas, 2005.
143
XIV Jornada da Faculdade de Nutrição da UFF. Palestra da conferência de abertura:
Sociologia da alimentação. Niterói, 2005.
Seminário Josué de Castro, UFRJ. Palestra Espaço social alimentar: um caminho para
compreender os modelos alimentares. Rio de Janeiro, 2005.
II Fórum Nacional de Nutrição, Região Porto Alegre, RS. Curso: Qualidade nutricional
e sensorial na produção de refeições. Porto Alegre, 2006.
144
9o Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição.
Apresentação Oral: Escolha alimentar do comensal de um restaurante por peso. São
Paulo, 2007.
145
IV Congresso Latino Americano e X Congresso Brasileiro de Higienistas de Alimentos.
Palestra: Ferramentas de qualidade na produção de refeições. Florianópolis, 2009.
6o Fórum Nacional de Nutrição, Região Porto Alegre - RS. Curso: Cardápios saudáveis:
padronização e substituições / Palestra: Ferramentas de qualidade na produção de
refeições. Porto Alegre, 2010.
146
Jornadas Regionales de Nutrición en Perspectiva. Palestra: Innovación tecnológica
aplicada a la producción de alimentación colectiva y comercial. Montevideo, 2010.
World Nutrition Rio 2012. Apresentação oral: Gordura trans em rótulos de produtos
alimentícios comercializados em supermercado. Rio de Janeiro, 2012.
World Nutrition Rio 2012. Moderadora comunicação oral 241 - Regulação e rotulagem
de alimentos. 2012.
ICCAS 2013, 8th International Conference on Culinary Arts and Sciences. Serving size
information on nutrition labelling of Brazilian processed foods related to the energy
value. Porto (Portugal), 2013.
147
ICCAS 2013, 8th International Conference on Culinary Arts and Sciences. Moderator of
Oral communications with the theme Food Habits and Nutrition. Porto (Portugal), 2013.
148
APÊNDICE H - PARTICIPAÇÃO COMO AVALIADORA EM PERIÓDICO
CIENTÍFICO, DESTACANDO O ANO DE INÍCIO DA ATIVIDADE
149