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SENSORES DE VIBRAÇÃO
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Análise de vibrações I, II, III, IV
O acelerômetro, quando fixado a uma superfície vibrante, produz em seus terminais
de saída uma tensão ou descarga que é proporcional à aceleração na qual está submetido,
ou seja, seu princípio de funcionamento está na utilização de discos cerâmicos piezelétricos,
que por sua vez possuem a propriedade física de gerarem descargas elétricas quando
solicitados a esforços.
No projeto deste sensor, os elementos piezelétricos são arranjados de tal forma que
sejam submetidos a uma carga na forma de massa em uma mola pré-tensionada, onde todo
este conjunto é montado assentado em uma base, sendo que o sistema massa-mola fica
preso no topo e protegido por um invólucro resistente. Na Figura 3.2 têm-se alguns sensores
de deslocamento e os componentes que os compõem.
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para eventos de frequência superiores a 1.000 Hz, como as frequências provenientes dos
rolamentos e engrenagens, conforme visto no Capítulo 2.
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3.4. Escolha do Sensor
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ou de um eixo. Os defeitos em mancais de rolamento, relacionados com as pistas, as
esferas e a gaiola, geram amplitudes características de falha em regiões de altas
frequências. Neste caso, os acelerômetros constituem a escolha mais indicada para o
monitoramento de mancais de rolamento.
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Na maioria dos casos, haverá uma alteração, representada pela Figura 3.4 para
acelerômetros, nas características da resposta de alta frequência do tipo de sensor
instalado, o sensor, como por exemplo, o Sensor de Ponta, pode fornecer uma reposta
contendo sinais inexatos para vibrações em altas frequências.
O ideal seria o sensor estar fixado de modo permanente no componente da máquina
com o torque nominal de aperto especificado pelo fabricante. Isso, no entanto, não é
economicamente viável para a maioria das aplicações industriais, uma vez que requer
tantos transdutores quanto o número de pontos a serem monitorados. Geralmente, para
equipamentos industriais, recomenda-se usar acelerômetros magneticamente acoplados
para aplicações rotineiras. As técnicas de instalação estão relacionadas de acordo com a
sua indicação, Tabela 3.1.
Tabela 3.1 - Técnica de instalação a partir da mais indicada até a menos recomendada.
Indicação Técnica
Instalação permanente com parafusos torqueados ou com adesivo
Preferível
direto.
Bom Instalação com fixação magnética.
Último recurso Sensores sustentados manualmente.
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podem ser feitos em vários locais, a fim de permitir a realização de medições de vibração
temporárias ou periódicas.
Os equipamentos localizados em ambientes hostis ou inseguros podem
comprometer a segurança do responsável pelas coletas de dados ao utilizar um transdutor
magneticamente acoplado. Nestes casos, recomenda-se que um transdutor seja montado
permanentemente no local de coleta. Também é necessário um cabo com conector para
conexão ao coletor/analisador portátil de dados para se fazer as medições.
A superfície da máquina onde será instalado o transdutor deverá ser plana e lisa. Na
Figura 3.5, tem-se algumas instalações de sensores utilizando parafusos.
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o limite de respostas de frequências mais altas. Porém, uma camada final de graxa de
silicone pode aumentar a fixação da instalação e fornecer melhores respostas de frequência.
Se houver necessidade de se utilizar vedações ou juntas para o isolamento elétrico,
elas deverão ser tão finas e rígidas quanto possíveis (a mica é geralmente recomendada).
Materiais mais espessos e moles entre o sensor e a superfície de instalação reduzirão,
sobremaneira, o limite de resposta de alta frequência, possivelmente em torno de 1 kHz ou
abaixo, no caso de um acelerômetro.
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Além de propiciar uma melhor cura, sugere-se esperar 24 horas antes de começar a
coletar os dados do ponto onde foi montado o disco. Embora a maioria dos adesivos possa
curar poucos segundos após sua aplicação, é necessário esperar este tempo para garantir
boa adesão e ter certeza de que o adesivo tenha se tornado um corpo rígido. Dessa forma
ter-se-á uma coleta de sinais de melhor qualidade.
Em campo, haverá ocasiões em que a montagem de um disco não poderá ser feita
por questões de segurança das pessoas ou segurança da máquina. Apresenta-se a seguir
algumas opções que poderão ser úteis em aplicações específicas.
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para a aplicação de adesivos, Esta opção é também aceitável para o acoplamento do
transdutor magnético à superfícies não ferrosas como, por exemplo, em uma caixa de
bombas de bronze.
Apesar dos sensores manuais serem rápidos e, devido a isso, convenientes, estão
sujeitos a muitas fontes de erro. Por este motivo devem ser utilizados apenas como último
recurso.
As medições de vibração obtidas manualmente pela utilização de uma extensão de
acelerômetro conectada a um sensor são muito comuns. Esse método é rápido e
conveniente. Entretanto, ele está sujeito a muitas fontes de erro que devem ser
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identificadas. O grau de erro é geralmente mais pronunciado do que quando se utilizam
bases magnéticas, ocorrendo geralmente em frequências próximas ou até a 1kHz.
A orientação do eixo do sensor ou da base é um fator crucial na utilização desses
tipos de sensores. A inclinação da sonda, levemente para fora da orientação ou do eixo
desejado, poderá apresentar um erro considerável na amplitude da vibração. O valor da
força de contato, a pressão induzida pela mão, pode apresentar um erro considerável,
especialmente com relação aos acelerômetros. Além disso, devem-se obter as medições
sempre nos mesmos locais de medição para comparação entre as várias medições. O
movimento do sensor poderá produzir leituras de vibração diferentes.
Sendo assim, é imperativo que os profissionais responsáveis pelas coletas e que
empregam esse método sejam plenamente treinadas, de modo a obterem leituras
consistentes. Os erros podem chegar a ± 15% se as coletas dos sinais não forem realizadas
exatamente nos mesmos pontos.
Os pontos devem ser marcados com tinta permanente ou um furo cônico, raso, e
feito com uma furadeira. O transdutor, ou a sonda, deve sempre ser direcionado de modo
perpendicular à superfície da máquina. A pressão manual empregada deve ser contínua e
consistente.
As medições com esses tipos de sensores são comuns para a classificação da
vibração das máquinas a fim de se determinar os melhores locais de obtenção de dados
para a utilização de sensores mais confiáveis e ainda para aproximar os níveis básicos de
vibração que possibilitam a configuração inicial de pontos de alarme.
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Além disso, a força de aderência deve, de modo geral, ser de natureza semi-
permanente a fim de permitir remoção futura sem que o sensor seja danificado. Dessa
forma, ao girar o transdutor, haverá menos probabilidade de causar danos mecânicos.
Por essa razão, os dois materiais adesivos mais comumente utilizados para a
instalação de sensores de vibração são o cimento dental e o adesivo de cianoacrilato, como
o Eastman 910 e o Superglue. O cimento dental deve ser misturado e pode ser lixado ou
retirado com relativa facilidade. Os cianocrilatos não necessitam ser misturados e são
aplicados em camadas finas. Porém, podem ser mais difíceis de serem removidos.
Fitas com face adesiva dupla também podem ser usadas. Contudo, a força de
sustentação desses dispositivos é duvidosa. Devem-se evitar adesivos à base de borracha
ou que sejam pegajosos. A perda de respostas em alta frequência será significativamente
reduzida quando um dos materiais adesivos recomendados for utilizado corretamente.
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O cabo, que passar por entre o transdutor e a presilha, não devem estar nem frouxo
nem sofrer tensão. Em alguns ambientes, pode ser recomendável vedar o conector do cabo
ao transdutor ou o ponto de conexão com uma vedação de silicone do tipo RTV, ou
equivalente, para prevenir a infiltração de umidade.
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