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EVOLUÇÃO FUNDAMENTAL
PARA O INDIVÍDUO E A
SOCIEDADE
PIERRE WEILL
DA CULPA À CAUSA – UMA EVOLUÇÃO FUNDAMENTAL PARA O
INDIVÍDUO E A SOCIEDADE
Erro, culpa, culpados são termos que ouvimos habitualmente na maioria das
organizações e na coletividade. A crítica, através da procura do “culpado”, é uma das
grandes responsáveis pelos disfuncionamentos administrativos, como o é, para o
indivíduo.
Quando o objetivo a alcançar tem valores morais, a ansiedade provocada pela distância
entre o que queremos fazer e o que fazemos realmente assume o caráter de sentimento
de culpa. A angústia provocada pela culpa é tão desagradável que procuramos evitá-la,
utilizando os mecanismos de defesa; defendemo-nos assim da idéia de sermos
culpados, e, na maioria das vezes, o fazemos inconscientemente.
A cada vez que se procura uma culpa, surgem inúmeras reações que constituem, na
realidade, uma coleção de motivos de queixa, já considerados clássicos, de uma
determinada cultura organizacional, produto de direção pelo poder da força.
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3. Reações de defesa ao sentimento de culpa
g) Fuga – são duas situações a considerar: de um lado, o indivíduo quer evitar a culpa
através da fuga, dedicando-se a atividades que o impeçam de ser acusado; ou, se já
tiver cometido o erro, procurará mudar de assunto para “fugir” do problema.
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j) Recalque ou repressão – no caso de uma atribuição de culpa, há, em nós, uma
tendência imediata de recusá-la e de negar o erro, mesmo se o tivermos
efetivamente cometido.
4. Da culpa à causa
Na administração por procura de culpa, existe uma tendência a um círculo vicioso: como
as reações de defesa impedem a resolução do problema pelo clima emocional que
provocam, há nova pressão para procurar os culpados, como novas reações de defesa,
e assim continua o problema sem solução. O ambiente de culpabilidade impede a
criação e, conseqüentemente, a evolução, pois tolhe a liberdade.