Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Desafios e Estratégias
www.dgs.pt
INFEÇÃO VIH E SIDA
Desafios e Estratégias Ӏ 2018
MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE INFEÇÃO VIH E SIDA Ӏ DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018
FICHA TÉCNICA
Portugal. Ministério da Saúde. Direção-Geral da Saúde.
Infeção VIH e SIDA Ӏ Desafios e Estratégias 2018
Lisboa: Direção-Geral da Saúde, 2018
PALAVRAS CHAVE
Infeção VIH, SIDA, Vigilância Epidemiológica, SI.VIDA, Metas 90-90-90
EDITOR
Direção-Geral da Saúde
Alameda D. Afonso Henriques, 45 1049-005 Lisboa
Tel.: 218 430 500
Fax: 218 430 530
E-mail: geral@dgs.min-saude.pt
www.dgs.pt
AUTOR
PROGRAMA NACIONAL PARA A INFEÇÃO VIH E SIDA
MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE INFEÇÃO VIH E SIDA Ӏ DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018
Índice
MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE INFEÇÃO VIH E SIDA Ӏ DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018
RESUMO EM LINGUAGEM CLARA | SUMMARY IN PLAIN LANGUAGE
Este documento faz um ponto de situação This document shows where we are regarding
sobre a infeção VIH e SIDA, em Portugal, em HIV infection and AIDS, in 2017.
2017.
Um resumo das atividades de 2017 e uma A summary of what we did in 2017 and what
previsão do que vai ser feito em 2018. we hope to do in 2018.
91,7% das pessoas que vivem com a 91.7% of people living with HIV infection are
infeção VIH estão diagnosticadas (dados de diagnosed (data relating to 2016)
2016) 86.8% of people diagnosed are on
86,8% das pessoas diagnosticadas estão a treatment (data relating to 2016)
ser tratadas (dados de 2016) 90.3% of people on treatment have
90,3% das pessoas que estão em undetectable viral load (≤200 copies/mL) (data
tratamento têm carga viral indetetável (≤200 relating to 2016)
cópias/mL) (dados de 2016)
SIDA AIDS
o Que as pessoas infetadas com VIH não o That people infected with HIV do not get
venham a ter SIDA. AIDS.
MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE INFEÇÃO VIH E SIDA Ӏ DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 1
CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS OU SUMÁRIO EXECUTIVO
Sumário Executivo
Desde o aparecimento do primeiro caso de infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH),
Portugal tem acompanhado os extraordinários progressos verificados globalmente, alcançando
resultados significativos com impactos expressivos na trajetória desta epidemia. Pese embora
Portugal continue a apresentar uma das mais elevadas taxas de incidência de novos casos de infeção
diagnosticados, no contexto da União Europeia, é inquestionável o percurso de sucesso alcançado
nos últimos anos e que se reflete no decréscimo do número de novos casos diagnosticados, com
maior expressividade nos casos de transmissão em pessoas que utilizam drogas por via injetável e
na transmissão vertical, do número de novos casos de Síndroma de Imunodeficiência Adquirida
(SIDA) e do número de mortes associadas à infeção.
Com o presente documento, o Programa Nacional para a Infeção VIH e SIDA pretende, por um lado,
apresentar o retrato da infeção por VIH e SIDA em Portugal ao longo destes 35 anos, e por outro,
espelhar os desafios que permanecem e as melhores estratégias preconizadas a implementar, bem
como os principais resultados a alcançar até ao final de 2018.
MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE INFEÇÃO VIH E SIDA Ӏ DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 2
CAPÍTULO Iº - INFEÇÃO VIH E SIDA – 35 ANOS DEPOIS
Capítulo I
Infeção VIH e SIDA – 35 anos depois
Em 1981, a comunidade médica foi surpreendida com relatos, oriundos de Los Angeles, de uma
pneumonia à data chamada de pneumonia por Pneumocystis carinii que atingia jovens, previamente
saudáveis, reportados como sendo homossexuais (1). Eram as primeiras descrições do que viria a ser
denominado, em 1982, de Síndroma de Imunodeficiência Adquirida (SIDA). Hoje sabemos que,
embora se tenham documentado casos esporádicos de SIDA anteriores a 1970, a atual epidemia
começou em meados da década de 1970 e dispersou-se pelos cinco continentes durante a década de
1980.
Em Portugal, os primeiros casos de infeção por VIH datam de 1983, e ao longo destes 35 anos
assistimos a profundas alterações em termos médicos, sociais e culturais.
Os primeiros anos foram devastadores: diariamente apareciam novos casos, o conhecimento sobre a
doença era muito reduzido e não existia praticamente nenhuma terapêutica.
O trajeto efetuado até aos dias de hoje não foi fácil, raramente foi linear, mas os avanços verificados
a todos os níveis, em parte desencadeados pela própria doença, fizeram com que a situação se
alterasse profundamente.
Hoje, dispomos dos conhecimentos e de ferramentas que nos permitem admitir que está ao nosso
alcance a possibilidade de mudarmos, uma vez mais, a história desta doença. Se nos mantivermos
focados, ambiciosos, mas realistas, se não esquecermos as lições que fomos aprendendo ao longo
destes 35 anos, temos condições para que, quando passarem 50 anos sobre o primeiro caso de
infeção por VIH em Portugal, esta já não seja uma questão de saúde pública.
Fazê-lo, representa o concretizar de um compromisso assumido desde o primeiro dia para com a
sociedade e, mais importante ainda, para com todos os que viram a sua vida alterada por esta
doença, em particular os doentes e suas famílias. Será o melhor tributo para com os milhares de
pessoas que morreram no decurso desta epidemia, bem como para com os que atualmente vivem
com a infeção e nos inspiram e desafiam todos os dias. É por eles que temos que continuar esta
jornada, que temos que sair, definitivamente, da idade das trevas quando pensamos em questões
relacionadas com o estigma e a discriminação.
Os sucessos que alcançarmos em relação a esta doença, como até aqui temos aprendido, não se
limitarão a esta área, servirão de inspiração a estratégias que tornarão a nossa sociedade melhor e
incrementarão a saúde global.
MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE INFEÇÃO VIH E SIDA Ӏ DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 3
CAPÍTULO Iº - INFEÇÃO VIH E SIDA – 35 ANOS DEPOIS
MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE INFEÇÃO VIH E SIDA Ӏ DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 4
CAPÍTULO Iº - INFEÇÃO VIH E SIDA – 35 ANOS DEPOIS
Até 15 de abril do corrente ano, foram ocorrido no mesmo período (Gráfico 2).
MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE INFEÇÃO VIH E SIDA Ӏ DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 5
CAPÍTULO Iº - INFEÇÃO VIH E SIDA – 35 ANOS DEPOIS
MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE INFEÇÃO VIH E SIDA Ӏ DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 6
CAPÍTULO Iº - INFEÇÃO VIH E SIDA – 35 ANOS DEPOIS
MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE INFEÇÃO VIH E SIDA Ӏ DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 7
CAPÍTULO Iº - INFEÇÃO VIH E SIDA – 35 ANOS DEPOIS
MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE INFEÇÃO VIH E SIDA Ӏ DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 8
CAPÍTULO Iº - INFEÇÃO VIH E SIDA – 35 ANOS DEPOIS
57%), entre as pessoas que utilizam drogas Porto, Viseu, Aveiro, Castelo Branco, Coimbra,
(62% vs 55%) e no grupo de homens que têm Leiria, Lisboa, Setúbal, Évora, Beja e Faro. No
sexo com homens (40% vs 38%) (5). ano transato, manteve-se a tendência já
observada nos anos mais recentes,
Neste sentido, importa melhorar algumas das
registando-se uma redução da atividade
estratégias implementadas com vista à
desses centros, tendo sido reportados 9.798
obtenção de melhores resultados, com
testes (comparativamente a 11.039 testes
impacto no diagnóstico precoce da infeção.
realizados em 2016) com uma proporção de
Volvidos 4 anos da sua publicação, revela-se casos reativos de 1,15% (113).
fundamental a revisão da Norma n.º 58/2011
Nos últimos anos, essas estruturas têm
de 28 de dezembro de 2011, atualizada a 10
apresentado diversas alterações no seu
de dezembro de 2014 – Diagnóstico e Rastreio
funcionamento, designadamente, a escassez
Laboratorial da Infeção pelo Vírus da
de recursos humanos, nalguns casos e, a
Imunodeficiência Humana, tendo em conta as
redução do tempo de afetação dos
características atuais da epidemia portuguesa.
profissionais desses serviços, noutros casos,
O Programa Nacional preconiza, no decorrer
com implicações significativas no horário de
deste ano, a elaboração desta revisão.
funcionamento e, consequentemente no
número de pessoas atendidas e no número
3.1. Cuidados de Saúde Primários
de testes realizados. Nesse sentido, importa
O teste VIH realizado por prescrição médica desenhar com as Administrações Regionais de
nos Cuidados de Saúde Primários registou em Saúde, um modelo de funcionamento dos
2017 um total de 235.720, valor que se CAD que, por um lado, acomodem as
mantém constante em comparação com o reestruturações verificadas ao nível do
apurado em 2016 (235.616). enquadramento desses serviços no contexto
dos Agrupamentos dos Centros de Saúde e
Por outro lado, a disponibilização do teste
por outro, a diversidade da realidade do
rápido nos Cuidados de Saúde Primários,
rastreio VIH em Portugal.
numa perspetiva de não perder
oportunidades de diagnóstico, registou um
crescimento significativo em 2017, superior a
3.4. Rastreio de Base Comunitária
140%, tendo sido realizados 11.129 testes em Ao nível dos projetos financiados pelo
33 ACES, identificando-se 37 casos reativos Ministério da Saúde, desenvolvidos por
(0,33%), em comparação com um total de entidades coletivas privadas sem fins
4.569 testes em 2016 e 41 casos reativos lucrativos, verificou-se um aumento de 34,5%
(0,90%). no número de testes realizados, em
comparação com 2016 (13.669), tendo sido
3.2. Cuidados Hospitalares reportados 18.392 testes com uma proporção
de 1,28% de casos reativos.
Relativamente ao número de testes realizados
nos hospitais que constituem a rede de O investimento neste tipo de projetos, que
referenciação do VIH, foram reportados vão para além da promoção do rastreio da
273.026 testes realizados em 2017, o que infeção e a referenciação hospitalar dos casos
constitui um importante contributo na reativos, tem subjacente as características da
identificação de novas infecções. infeção nacional, pelo que têm sido
priorizadas as intervenções nos contextos
3.3. Centros de Aconselhamento e geográficos com incidências de novos
Deteção Precoce do VIH (CAD) diagnósticos mais elevadas ou onde as
respostas formais escasseiam.
Encontram-se em funcionamento CAD nos
distritos de Bragança, Braga, Viana do Castelo,
MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE INFEÇÃO VIH E SIDA Ӏ DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 9
CAPÍTULO Iº - INFEÇÃO VIH E SIDA – 35 ANOS DEPOIS
MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE INFEÇÃO VIH E SIDA Ӏ DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 10
CAPÍTULO Iº - INFEÇÃO VIH E SIDA – 35 ANOS DEPOIS
MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE INFEÇÃO VIH E SIDA Ӏ DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 11
CAPÍTULO Iº - INFEÇÃO VIH E SIDA – 35 ANOS DEPOIS
ferramenta do European Center for Disease Após este ajustamento foi aplicada a mesma
Prevention and Control (ECDC), denominada ferramenta de modelação, obtendo-se dados
HIV Modelling Tool, com dados de 2014 que indicavam que em Portugal, em 2016,
indicavam que em Portugal existiriam de existiriam um total de 38.959 pessoas a viver
45.501 (44.470-46.508) casos, dos quais 90,3% com VIH (38.095-40.217), das quais 91,7%
estariam diagnosticados (7). Contudo, as estariam já diagnosticadas, estando assim
estimativas dos casos prevalentes são atingido o primeiro 90.
fortemente afetadas pela qualidade dos
dados referentes aos óbitos e aos 5.2. 86,8% das pessoas
movimentos migratórios dos indivíduos com diagnosticadas estão em
infeção por VIH, pelo que a diferença entre o
tratamento antirretrovírico
número de pessoas a viver com VIH
estimados e o número de doentes em Relativamente ao número de pessoas em
seguimento clínico, aproximadamente de tratamento, e compulsadas informações
9.000 indivíduos, não seria certamente real. disponíveis na aplicação SI.VIDA e dados
recebidos pelo INFARMED e pela ACSS, de um
O processo de melhoria da qualidade dos
universo de 35.709 pessoas diagnosticadas,
dados anteriormente descrito permitiu
31.000 encontram-se sob terapêutica, o que
identificar os casos em seguimento clínico,
corresponde a 86,8%. Convém ter presente
registar um elevado número de óbitos que
que se tratam de dados referentes ao ano de
não haviam sido anteriormente notificados,
2016, imediato à mudança de paradigma
bem como assinalar casos que saíram do país,
relativa ao tratamento (de tratar em função
casos de abandono e casos não identificados. +
do valor de linfócitos T CD4 , para tratar todas
Na sequência deste apuramento foi possível as pessoas que vivam com VIH), pelo que se
efetuar o ajustamento dos dados, através de pode inclusivamente admitir que durante
abordagem já usada noutros países, e que, 2017 este valor seja ainda mais próximo dos
dependendo da data do diagnóstico, retira da 90% e que, inclusivamente, possamos vir a
análise alguns dos casos que não estão em atingir esta meta durante o ano corrente.
seguimento ou para os quais não está Mas, se tal não acontecer, é perfeitamente
registado o óbito. Assim, foram retirados possível com a contribuição de todos atingir-
todos os casos de infeção por VIH registados se o segundo 90 até 2020.
como vivos, sem seguimento clínico e que
tenham sido diagnosticados até 1996 e ainda, 5.3. 90,3% das pessoas em
em percentagem progressivamente tratamento têm a carga viral
decrescente, os casos com diagnóstico entre
indetetável
1997 e 2006. Todos os casos com diagnóstico
nos anos posteriores foram considerados, Quando analisamos o número de pessoas
independentemente de não haver registo de que, estando a fazer terapêutica
se encontrarem ativos ou no país. O racional antirretrovírica, se encontram com carga viral
por detrás desta abordagem assenta na indetectável (sendo que para efeitos das
história natural da infeção, que determina metas se considera indetectável um valor
uma baixa probabilidade de um doente com ≤200 cópias/mL), obtem-se o valor de 90,3%,
diagnóstico de infeção por VIH há mais de 20 correspondendo a 28.007 pessoas, o que nos
anos estar vivo sem se encontrar em permite concluir que o terceiro 90 foi
seguimento clínico, probabilidade essa que igualmente atingido.
aumentará progressivamente com a
Assim, atendendo aos dados de 2016,
diminuição do intervalo de tempo desde o
Portugal já atingiu dois dos três 90, e é
diagnóstico.
provável que já tenhamos hoje atingido esta
ambiciosa meta. Este facto só nos deve servir
MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE INFEÇÃO VIH E SIDA Ӏ DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 12
CAPÍTULO Iº - INFEÇÃO VIH E SIDA – 35 ANOS DEPOIS
MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE INFEÇÃO VIH E SIDA Ӏ DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 13
CAPÍTULO Iº - INFEÇÃO VIH E SIDA – 35 ANOS DEPOIS
MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE INFEÇÃO VIH E SIDA Ӏ DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 14
CAPÍTULO IIº - DESAFIOS E ESTRATÉGIAS PARA 2018
Capítulo II
Desafios e Estratégias para 2018
O capítulo I abordou a infeção por VIH e SIDA em Portugal, demonstrando o caminho percorrido
desde o aparecimento do primeiro caso, apontando as principais características epidemiológicas
bem como as ações desenvolvidas e os resultados alcançados até 2017. Este capítulo é dedicado à
identificação dos desafios que o Programa Nacional propõe abordar até ao final de 2018, assim
como define um conjunto de estratégias a implementar e os resultados a alcançar que, contribuirão
para o cumprimento das metas conducentes ao fim da epidemia de VIH como um problema de
saúde pública em Portugal.
Com o foco nas metas para 2020 (definidas nas orientações programáticas 2017-2020 e alinhadas
com a estratégia da ONUSIDA (7), foram identificados os principais desafios e estratégias para o
corrente ano. Estes desafios, e respectivas estratégias seguem seis principais eixos que asseguram a
continuidade da resposta nacional à infeção e que naturalmente se interligam e sobrepõem:
qualidade dos dados, prevenção, rastreio e diagnóstico, tratamento, estigma e discriminação e
cooperação internacional.
1. Integrar a aplicação SI.VIDA nos programas de gestão clínica dos hospitais (S-Clínico ou
equivalentes), por forma a facilitar e consolidar a sua utilização, investindo na sua evolução e
adequação enquanto ferramenta de monitorização clínica e de gestão; são exemplos a
criação de alertas (exemplo ocorrência de óbito, doença definidora de SIDA, falta de
informação considerada fundamental) e de indicadores para o utilizador;
2. Promover a interligação entre as notificações geradas através da aplicação SI.VIDA e SINAVE,
promovendo a completa desmaterialização, contribuindo para uma redução no atraso da
notificação.
B. PREVENÇÃO
MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE INFEÇÃO VIH E SIDA Ӏ DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 15
CAPÍTULO IIº - DESAFIOS E ESTRATÉGIAS PARA 2018
E. ESTIGMA E DISCRIMINAÇÃO
F. COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE INFEÇÃO VIH E SIDA Ӏ DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 16
Referências bibliográficas
1) CDC. Pneumocystis pneumonia — Los Angeles. MMWR 1981;30:250–2.
2) Portaria n.º 258/2005, de 16 de março, que integra a infeção pelo VIH na lista das doenças de
declaração obrigatória. D.R. I Série B, nº53. Revoga a Portaria n.º 103/2005, de 25 de janeiro.
3) Despacho n.º 15385-A/2016, de 21 de dezembro, da Direção Geral da Saúde, que atualiza a
lista de doenças de declaração obrigatória e as respetivas definições de caso. D.R., 2.ª série,
N.º 243, 1º Suplemento.
4) DGS. Programa Nacional para a Infeção VIH, SIDA e Tuberculose, 2017.
Disponível em: https://www.dgs.pt
5) European Centre for Disease Prevention and Control/WHO Regional Office for Europe.
HIV/AIDS surveillance in Europe 2017 – 2016 data. Stockholm: ECDC; 2017.
Disponível em: https://ecdc.europa.eu/en/publications-data/presentation-hivaids-surveillance-
europe-2017-2016-data
6) UNAIDS. On the Fast-Track to end AIDS. 2015. Disponível em
http://www.unaids.org/sites/default/files/media_asset/20151027_UNAIDS_PCB37_15_18_EN_rev1
.pdf.
7) Diniz, António; Loff, José; Cortes Martins, Helena. Knowing the epidemic is the best way to
define diagnosis and treatment strategies to reach the 90-90-90 goals: The experience of
Portugal using the ECDC HIV modelling tool. 2016. JIAS, 19 (8S7).
8) ONUSIDA. UNAIDS Strategy 2016-2021. ONUSIDA; 2015. Disponível em:
http://www.unaids.org/en/resources/documents/2015/UNAIDS_PCB37_15-18
MINISTÉRIO DA SAÚDE | DIREÇÃO-GERAL DA SAÚDE INFEÇÃO VIH E SIDA Ӏ DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 2018 17
Alameda D. Afonso Henriques, 45
1049-005 Lisboa – Portugal
Tel.: +351 218 430 500
Fax: +351 218 430 530
E-mail: geral@dgs.min-saude.pt
www.dgs.pt