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METROPOLITANA DE CURITIBA/PR.
Autos: 0005027-84.2016.8.16.0194
NESTES TERMOS,
PEDE DEFERIMENTO.
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EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ
COLENDA TURMA JULGADORA
EMINENTE RELATOR
DOS FATOS
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Excelências, nada há para ser reformado a Apelante não mostrou fato novo, apenas se
limitou a dizer que a cobrança é supostamente excessiva, quer dizer apenas discordou e para solucionar
nada fez! A decisão está perfeitamente correta não necessitando de reforma, pelo que passará a expor.
CONTRARRAZÕES
I. Aduz que em meados de janeiro deste ano compareceu na Administradora do Condomínio, para
realização de acordo, ocasião em que lhe foi fornecido boletos e planilha de débito.
Quanto aos boletos: Em relação ao boleto não pago de vencimento em 29/01/2016 no valor de R$
513,25, refere-se ao vencimento 05/09/2015 + as despesas com cartório, conforme recibo acostado na
sequencia 1.9, por está razão consta no corpo do boleto como final de custas.
O boleto não pago de vencimento 01/02/2016 refere-se ao vencimento 05/09/2015, isso porque
como não houve pagamento do boleto de vencimento 29/01/2016, houve emissão de um novo boleto
com novo vencimento, por está razão ambos os boletos (29/01/2016 e 1/02/2016) constaram o
vencimento 05/09/2016. O boleto não pago de vencimento 29/02/2016 refere-se ao vencimento
05/10/2015.
II. Menciona que deixou de efetuar os pagamentos em razão de suposto excesso, ora! O débito
existe desde 09/2015, em outras palavras deixou de adimplir as taxas condominiais simplesmente
porque não concorda com os valores cobrados, Excelências todo aquele que não paga suas dívidas em
dia está sujeito a pagar juros, multa e correção monetária, para evitar essa cobrança é nosso dever
pagar nossas contas em dia, não existe benesse quando se trata de um pagamento feito depois do
vencimento, tal sansão é imposta a todos!
Ademais se realmente a Apelante tivesse intenção de pagar seu débito poderia muito bem ter
ingressado com via adequada através de demanda de consignação em pagamento, ou poderia consignar
extrajudicialmente, mas não o fez simplesmente discordou dos valores cobrados e permaneceu inerte
sem nada fazer!
Tais alegações são genéricas e desprovidas de qualquer prova, veja que a mesma é procuradora que
atua em causa própria, sendo assim, conhece seus direitos e deveres, entende as questões do judiciário,
de forma que bem sabe qual caminho tomar e onde recorrer, não se trata de alguém desentendido, no
entanto mesmo tendo conhecimento nada fez!
O fato do Condomínio possuir empresa para fazer a cobrança dos condomínios em atraso não
descaracteriza o direito do Apelado, pois bem se sabe que nos dias atuais a maioria dos Condomínios é
administrado por empresa que se encarrega de fazer a cobrança, e isso não afasta o direito do Autor ora
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Apelado de receber as taxas em atraso, o argumento da apelante só tem caráter protelatório que em
nenhum momento nega a existência do débito, ou sequer comprova o pagamento, apenas se limitando
a discordar dos valores cobrados.
DOS JUROS
Em relação à aplicação de juros ressalta-se que o Condomínio em edificações é regido por legislação
especial, a lei nº 4.591 de 16 de dezembro de 1964, que, em seu art. 12, dispõe sobre a aplicação de
juros moratórios nos casos de atraso de pagamento de taxas condominiais.
Ocorre que o art. 12 da citada lei, em seu parágrafo 3º, é explícito quanto à aplicação de juros, lá
estabelecidos em 1% ao mês, nos termos seguintes:
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dos índices levantados pelo Conselho Nacional de Economia.
Assim, aplicável aqui se faz o percentual de 1% ao mês em relação aos juros de mora, uma vez que a
própria lei que dispõe sobre condomínio assim o determina, Neste sentido também vem se
posicionando a jurisprudência:
A lei 4.591/64, que dispõe sobre os condomínios, permite a aplicação de multa de 20% e juros
moratórios de 1% ao mês, no caso de atraso nos pagamentos das taxas condominiais, com correção
monetária a partir dos respectivos vencimentos.”.
Assim, tendo em vista que a Convenção Condominial estabelece o percentual previsto na própria
Lei, não há que se questionar quanto aos juros e a multa cobrada.
Por tudo que ficou exposto discorda das alegações da Apelante pois desprovidas de qualquer prova,
assim reitera a decisão de 1º grau.
PEDIDO.
Requer-se seja negado provimento ao Recurso de Apelação apresentado, sendo mantida a sentença
singular em todos os seus termos.
NESTES TERMOS,
PEDE DEFERIMENTO.