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EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DA 22ª VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO

METROPOLITANA DE CURITIBA/PR.

Autos: 0005027-84.2016.8.16.0194

CONDOMÍNIO RESIDENCIAL MARQUES DO PARANÁ, devidamente qualificado nos autos em


epígrafe, na ação de cobrança que move em face de JAQUELINE CENGIA RIBAS, vem, respeitosamente
perante Vossa Excelência, apresentar suas CONTRARRAZÕES AO RECURSO DE APELAÇÃO, requerendo
que após as formalidades de praxe, sejam as razões em anexo remetidas ao Egrégio Tribunal de
Justiça do Paraná.

NESTES TERMOS,
PEDE DEFERIMENTO.

ANDRÉ ZACARIAS TALLAREK DE QUEIROZ


OAB/PR 31.381

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EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ
COLENDA TURMA JULGADORA
EMINENTE RELATOR

RECORRENTE: JAQUELINE CENGIA RIBAS


RECORRIDO: CONDOMÍNIO RESIDENCIAL MARQUES DO PARANÁ

CONTRARRAZÕES AO RECURSO DE APELAÇÃO

DOS FATOS

Trata-se de Recurso de Apelação apresentado por Jaqueline Cengia Ribas, onde


busca a reforma da sentença de 1º grau que julgou procedente o pedido do Apelado, cujo dispositivo da
decisão constou:

Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado pelo autor


e, consequentemente, julgo extinto o feito, com resolução do mérito,
nos termos do artigo 487, inciso I, do Novo Código de Processo Civil,
para o fim de condenar a requerida a pagar as despesas condominiais
especificadas na inicial, bem como eventuais vincendas enquanto
perdurar a obrigação, acrescidas de correção monetária pelo INPC e
juros de mora de 1% ao mês desde o inadimplemento de cada parcela,
e multa de 2%. Condeno a requerida ao pagamento das custas
processuais e honorários advocatícios, os quais arbitro em 10% (dez por
cento) sobre o valor da condenação, considerando - se a pequena
complexidade da causa, o pouco tempo de trabalho exigido do Nobre
Causídico, haja vista a ausência de deslocamento para realização de
audiências, nos termos do artigo 85, § 2º, do NCPC.

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Excelências, nada há para ser reformado a Apelante não mostrou fato novo, apenas se
limitou a dizer que a cobrança é supostamente excessiva, quer dizer apenas discordou e para solucionar
nada fez! A decisão está perfeitamente correta não necessitando de reforma, pelo que passará a expor.

CONTRARRAZÕES

I. Relata o motivo do inadimplemento


II. Questiona os valores cobrados

I. Aduz que em meados de janeiro deste ano compareceu na Administradora do Condomínio, para
realização de acordo, ocasião em que lhe foi fornecido boletos e planilha de débito.

Quanto aos boletos: Em relação ao boleto não pago de vencimento em 29/01/2016 no valor de R$
513,25, refere-se ao vencimento 05/09/2015 + as despesas com cartório, conforme recibo acostado na
sequencia 1.9, por está razão consta no corpo do boleto como final de custas.

O boleto não pago de vencimento 01/02/2016 refere-se ao vencimento 05/09/2015, isso porque
como não houve pagamento do boleto de vencimento 29/01/2016, houve emissão de um novo boleto
com novo vencimento, por está razão ambos os boletos (29/01/2016 e 1/02/2016) constaram o
vencimento 05/09/2016. O boleto não pago de vencimento 29/02/2016 refere-se ao vencimento
05/10/2015.

II. Menciona que deixou de efetuar os pagamentos em razão de suposto excesso, ora! O débito
existe desde 09/2015, em outras palavras deixou de adimplir as taxas condominiais simplesmente
porque não concorda com os valores cobrados, Excelências todo aquele que não paga suas dívidas em
dia está sujeito a pagar juros, multa e correção monetária, para evitar essa cobrança é nosso dever
pagar nossas contas em dia, não existe benesse quando se trata de um pagamento feito depois do
vencimento, tal sansão é imposta a todos!

Ademais se realmente a Apelante tivesse intenção de pagar seu débito poderia muito bem ter
ingressado com via adequada através de demanda de consignação em pagamento, ou poderia consignar
extrajudicialmente, mas não o fez simplesmente discordou dos valores cobrados e permaneceu inerte
sem nada fazer!

Tais alegações são genéricas e desprovidas de qualquer prova, veja que a mesma é procuradora que
atua em causa própria, sendo assim, conhece seus direitos e deveres, entende as questões do judiciário,
de forma que bem sabe qual caminho tomar e onde recorrer, não se trata de alguém desentendido, no
entanto mesmo tendo conhecimento nada fez!

O fato do Condomínio possuir empresa para fazer a cobrança dos condomínios em atraso não
descaracteriza o direito do Apelado, pois bem se sabe que nos dias atuais a maioria dos Condomínios é
administrado por empresa que se encarrega de fazer a cobrança, e isso não afasta o direito do Autor ora

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Apelado de receber as taxas em atraso, o argumento da apelante só tem caráter protelatório que em
nenhum momento nega a existência do débito, ou sequer comprova o pagamento, apenas se limitando
a discordar dos valores cobrados.

DOS JUROS

Em relação à aplicação de juros ressalta-se que o Condomínio em edificações é regido por legislação
especial, a lei nº 4.591 de 16 de dezembro de 1964, que, em seu art. 12, dispõe sobre a aplicação de
juros moratórios nos casos de atraso de pagamento de taxas condominiais.

Ocorre que o art. 12 da citada lei, em seu parágrafo 3º, é explícito quanto à aplicação de juros, lá
estabelecidos em 1% ao mês, nos termos seguintes:

“Art. 12. (…)

§ 3º O condômino que não pagar a sua contribuição no


prazo fixado na convenção fica sujeito ao juro moratório de 1% ao mês, e
multa de até 20% sobre o débito, que será atualizado, se o estipular a
convenção, com a aplicação dos índices de correção monetária levantados
pelo Conselho Nacional de Economia, no caso de mora por período igual ou
superior a seis meses.” (destacou-se);

Desta maneira, não haveria necessidade do regimento interno ou da convenção do condomínio,


reiterar em seu texto o que já está legalmente e expressamente determinado, embora seu capitulo VI
no artigo XXIV da Convenção do Condomínio (sequencia 1.4) assim o estabeleça:

“Art. XXIV (…) Os condôminos em atraso por mais de 10


(dez) dias com o pagamento das respectivas contribuições, pagarão uma
multa de 10% (dez por cento), sobre o valor d débito, que reverterá em
benefício do Condomínio do condomínio e juros de 1% (um por cento) ao
mês, contados a partir da data de vencimento, do respectivo prazo,
independente de interpelação até uma mora de 30 (trinta) dias.

Decorrido este prazo, o sindico poderá cobrar-lhes, o


débito judicialmente, nesta hipótese, além da multa e dos juros
moratórios, ficarão sujeitos ao pagamentos das custas e dos honorários
advocatícios e correção monetária de seu débito, esta na conformidade

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dos índices levantados pelo Conselho Nacional de Economia.

Assim, aplicável aqui se faz o percentual de 1% ao mês em relação aos juros de mora, uma vez que a
própria lei que dispõe sobre condomínio assim o determina, Neste sentido também vem se
posicionando a jurisprudência:

“CONDOMÍNIO – AÇÃO DE COBRANÇA – CORREÇÃO


MONETÁRIA – MULTA – JUROS – LEI 4.591/64 – CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR – LEI DE USURA – INAPLICABILIDADE – Não se aplicam o
Código de Defesa do Consumidor, a Lei de Usura, nem mesmo a Lei da
Correção Monetária, quando a matéria é tratada de forma específica em lei
especial, que dispõe sobre o assunto de modo diferente.

A lei 4.591/64, que dispõe sobre os condomínios, permite a aplicação de multa de 20% e juros
moratórios de 1% ao mês, no caso de atraso nos pagamentos das taxas condominiais, com correção
monetária a partir dos respectivos vencimentos.”.

(TAMG – 1ª Cciv, Ap 268847-7, Rel Juíza Vanessa


Verdolim Andrade, DJ 26/05/99) (destacou-se).

Assim, tendo em vista que a Convenção Condominial estabelece o percentual previsto na própria
Lei, não há que se questionar quanto aos juros e a multa cobrada.

Por tudo que ficou exposto discorda das alegações da Apelante pois desprovidas de qualquer prova,
assim reitera a decisão de 1º grau.

PEDIDO.

Requer-se seja negado provimento ao Recurso de Apelação apresentado, sendo mantida a sentença
singular em todos os seus termos.

NESTES TERMOS,
PEDE DEFERIMENTO.

ANDRÉ ZACARIAS TALLAREK DE QUEIROZ


OAB/PR 31.381

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