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1. Indivisíveis
Nesta obrigação, você olha para o objeto. Indivisíveis são as prestações que só podem ser
cumpridas em sua integralidade. Na indivisibilidade, o credor pode exigir o cumprimento
integral de qualquer dos devedores, não porque o demandado seja devedor do total (já que só
deve uma parte), mas porque a natureza da prestação (do que tem que ser pago) não permite
o cumprimento fracionado. Na indivisibilidade o devedor paga por inteiro porque outra solução
não é possível. A indivisibilidade é de origem material. Segundo o Art. 263. “Perde a qualidade
de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos.”, essa obrigação do dever de
indenizar transforma essa obrigação em obrigação pecuniária.
No § 1º: “Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores,
responderão todos por partes iguais” – devedores se juntam e pagam a dívida.
§ 2º: “Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas
perdas e danos”.
Art 279: “Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste
para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos (danos morais e
materiais) ,só responde o culpado”.
Art. 258: “A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato
não suscetíveis de divisão, por natureza, por motivo de ordem econômica ou dada a razão
determinante do negócio” (isso quer dizer que não se pode obrigar o credor a receber algo
diferente do contratado). No Art. 259. “Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não
for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda”. Parágrafo único: O devedor, que paga
a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados. No Art. 260. Se
a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor
ou devedores se desobrigarão, pagando:
I - a todos conjuntamente;
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores.
Portanto, não tem qualquer devedor a prerrogativa, o direito, o privilégio de solver
parcialmente a obrigação, quando houver outros sujeitos passivos. Assim, se dois devedores se
obrigaram a entregar um cavalo, este deverá ser entregue por qualquer um dos devedores,
ficando o devedor que pagou com direito de cobrar o que for devido do outro devedor. O
credor pode e deve acionar todos os devedores para o cumprimento da obrigação, mas ainda
que coativamente (por penhora ou leilão, por exemplo), somente um dos devedores poderá
cumprir a obrigação, ocorrendo assim a sub-rogação. Sendo a obrigação indivisível, cada um
dos devedores responde pela dívida toda.
Art. 261. Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos outros
assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total.
Art. 262. Se um dos credores remitir (perdoar) a dívida, a obrigação não ficará extinta para
com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente.
(Um dos credores perdoa a dívida, mas a obrigação de receber não acaba para os outros
credores. No entanto, esses credores só podem exigir o valor da dívida descontado o valor da
cota do credor que perdoou a dívida. O credor que perdoa, que remite a dívida abre mão do
seu cumprimento. Em se tratando de prestação indivisível, os demais credores não podem ser
prejudicados: a dívida deve ser paga aos credores não remitentes (que não perdoaram), mas
estes, ao exigi-la, devem descontar a quota remitida, perdoada).
Quando a obrigação se resumir em perdas e danos, perderá o caráter de indivisível (Art. 263). A
indenização é feita em dinheiro, que é bem divisível por excelência. Se a culpa que motivou a
indenização for de todos os devedores, responderão todos por partes iguais (§1º.). Se a culpa
for de um só dos devedores, apenas este responderá por perdas e danos (§2º.), mas pelo valor
da prestação, responderão todos.
a. Naturais: O foco é no objeto. Se esse objeto for de natureza indivisível (ex. cavalo), a
obrigação deve ser prestada de uma única vez. Em se tratando da indivisibilidade do
objeto, diz-se que a indivisibilidade é natural.
b. Convencional: Quando as partes convencionam (ex: pagamento de um bem divisível,
dinheiro).
c. Legal: A lei determina a indivisibilidade do bem.
d. Judicial: Por determinação do juiz.
2. Solidárias – Solidariedade
A obrigação será solidária quando a totalidade de seu objeto puder ser reclamada por
qualquer dos credores ou qualquer dos devedores. Pode ocorrer a solidariedade de
credores (ativa) e a solidariedade de devedores (passiva), esta, a mais útil e mais
comum.
A possibilidade de reclamar a totalidade deriva da vontade das partes ou da lei, nunca
é presumida. É uma modalidade de obrigação que possui dois ou mais sujeitos, ativos
ou passivos, e, embora possa ser divisível, pode cada credor demandar e cada devedor
é obrigado a satisfazer à totalidade, com a particularidade de que o pagamento feito
por um devedor a um credor, extingue a obrigação quanto aos outros coobrigados. A
solidariedade forma unidade nos polos (ativo ou passivo).
Segundo o Art. 264: “Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais
de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida
toda”. Os polos se comportam como único: dá recibo, não há necessidade de caução
de ratificação, mas agora, aparece a figura da sub-rogação – quando o devedor que
extinguiu a dívida passa a ser credor dos outros devedores. A sub-rogação também
pode ser chamada de direito regressivo.
A finalidade da solidariedade passiva (+ comum) visa assegurar a solvência, reforçar o
vínculo. O credor goza de uma situação de maior garantia, pelo simples fato de poder
exigir de qualquer devedor o cumprimento de toda a obrigação. Facilita a cobrança por
parte do credor, que no caso de inadimplemento, não fica obrigado a mover uma ação
contra todos os devedores.
Quanto à solidariedade ativa, embora sua utilização seja restrita, os credores tem a vantagem
de que qualquer um deles pode atuar no recebimento do crédito, demandando o pagamento
integral. Na solidariedade ativa qualquer credor pode exigir a totalidade da dívida sem
depender da aquiescência, da aprovação dos demais credores (art 267). Art. 267. “Cada um
dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por
inteiro”. E cada devedor poderá liberar-se da obrigação pagando a prestação a qualquer um
dos credores (art 269). Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a
dívida até o montante do que foi pago.
No caso de falecimento (art 270/276).
Art. 270. “Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes
só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão
hereditário, salvo se a obrigação for indivisível”.
Art. 276. “Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes
será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário,
salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um
devedor solidário em relação aos demais devedores”.
Consequências:
a. A obrigação pode ser pura e simples para algum dos devedores e pode estar
sujeita à condição, ao prazo ou ao encargo para outros (art. 266).
b. Se uma obrigação é nula porque um dos credores é incapaz, conserva sua
validade quanto aos demais (credores capazes).
c. Um dos devedores pode ser exonerado de sua parte da dívida, permanecendo
a obrigação para com os demais.
Transmissão das obrigações
Cessão de crédito (“venda da dívida”) (arts. 286 a289): Ato pelo qual o credor (cedente)
realiza a transferência gratuita ou onerosa de uma parte ou da totalidade do seu crédito para
outrem (cessionário), independentemente do consentimento do devedor. Não extingue a
obrigação. A cessão de crédito enfoca a substituição, por ato entre vivos, da figura do credor.
Cláusula proibitiva de cessão de crédito: se estiver no contrato, o cedente não poderá fazer
cessão de crédito.
Há que se verificar se o terceiro teve ciência da proibição da cessão. Se não o teve, mesmo
perante a proibição, a cessão será válida, tendo-se por ineficaz a cláusula proibitiva. O
importante é estabelecer o conhecimento da proibição por parte do cessionário, o que fará
desaparecer sua boa fé, ainda que essa ciência se dê por meios, antes de efetivada a cessão,
quando ausente a cláusula proibitiva no próprio instrumento. Art. 286. “O credor pode ceder o
seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o
devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se
não constar do instrumento da obrigação”.
2. Quitação da dívida: Ato formal. Lugar, data, qualificação das partes e objetivo (no valor
nominal da dívida). Roberta sugeriu colocar ainda: “dar quitação plena/rasa/total, sem
nada a reivindicar”. Art. 288. “É ineficaz, em relação a terceiros, a transmissão de um
crédito, se não celebrar-se mediante instrumento público, ou instrumento particular
revestido das solenidades do § 1º do art. 654”.
Ainda, poder de registrar a cessão em cartório de registro de imóveis. Art. 289. O
cessionário de crédito hipotecário tem o direito de fazer averbar a cessão no registro
do imóvel.
3. O devedor cedido não é parte no negócio da cessão. Ele deve tomar conhecimento do
ato para efetuar o pagamento. Enquanto não for notificado, pagando ao credor
primitivo, estará pagando bem.
Art 290: “A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este
notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se
declarou ciente da cessão feita”.
Art 291: “ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que se completar com a
tradição do título do crédito cedido” – O devedor não é obrigado a pesquisar qual o último
cessionário.
Art 292: “Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da cessão, paga ao
credor primitivo, ou que, no caso de mais de uma cessão notificada, paga ao cessionário que
lhe apresenta, com o título de cessão, o da obrigação cedida; quando o crédito constar de
escritura pública, prevalecerá a prioridade da notificação”. + Art. 291. Ocorrendo várias
cessões do mesmo crédito, prevalece a que se completar com a tradição do título do crédito
cedido. Quando o devedor não tomou ciência da cessão, paga ao credor primitivo. Se
notificado, paga ao cessionário. Se a dívida foi cessionada várias vezes, o devedor vai pagar ao
que apresentar o documento provando que a cessão é dele (ex: cheques que são passados a
várias pessoas). Neste caso, a obrigação para o devedor se extingue. A questão passa ao
Âmbito entre o cedente e o cessionário.
O devedor cedido não é parte da cessão. Ele deve tomar conhecimento do ato para efetuar o
pagamento. Enquanto não for notificado, o pagamento deverá ser feito ao credor primitivo e
estará pagando bem. Ele não precisar concordar, mas precisa ser notificado. A notificação pode
ser promovida pelo cedente ou pelo cessionário; de preferência por escrito. Não sendo por
escrito, não valerá em relação a terceiros. IMPORTANTE: Não são quaisquer terceiros e sim os
que não intervêm no contrato, mas que possuindo direitos anteriores à cessão, podem vê-los
prejudicados em consequência dela: são os credores do cedente e do cessionário e os do
devedor.
MATÉRIAS AUTORIZADAS PELA LEI VISAM GERAR EFEITOS ERGA OMNES.
Art 294: “O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como as
que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente”.
Ex: se a obrigação foi pactuada sob coação, está sujeita à anulabilidade e nesse sentido, o
devedor pode se opor à cessão. Assim, se o devedor podia alegar erro ou dolo, por exemplo
contra o cedente, poderá fazê-lo contra o cessionário. Isso por que o crédito se transfere com
as mesmas características, caso contrário estaria aberto um grande caminho para a fraude. O
devedor deve alertar o cessionário que tem exceções a opor tão logo seja notificado, sob pena
de perder o direito.
Para que a cessão de crédito exista e seja válida, pode ser:
1. Pro soluto: o cedente garante que a dívida exista e é válida; tanto nas obrigações
onerosas como nas gratuitas. É quando o cedente deixa de ter qualquer
responsabilidade pelo crédito na transferência, somente sua existência e validade.
- Existem créditos que não admitem cessão, como ocorre com o direito a alimentos;
outros são proibidos expressamente por lei, como é o caso dos direitos
previdenciários.
Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica
responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma
responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé. O
cedente é responsável pela existência do crédito ao tempo da cessão se esta se operou a título
oneroso.
ATENÇÂO:
- Os créditos impenhoráveis geralmente são inalienáveis, por isso são impossibilitados
de cessão.
- As cessões personalíssimas não admitem cessão.
- Não havendo estipulação em contrário, a cessão abrange os acessórios, por exemplo,
os direitos de garantia, juros, taxas de correção monetárias, cláusulas penais, etc.
- Um tutor não pode adquirir bens do pupilo, não pode portanto adquirir-lhe um
crédito.
2. Pro solvendo: O cedente garante quando o devedor não paga ao cessionário. O
cedente continua responsável pelo pagamento do crédito caso o cedido não o faça.
Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do
devedor.
Modalidades:
1. Liberatória: sai um devedor, entra outro devedor.
2. Cumulativa: Pressupõe solidariedade. Entra mais um devedor (pode haver interesse
moral deste novo devedor em pagar a dívida). O devedor originário sai da obrigação. A
assunção da dívida se dá pelo contrato celebrado entre o credor e o novo devedor,
“expulsando” o devedor originário.
3. Delegatória: O devedor transfere a terceiro sua posição de devedor, com a
concordância do credor. Se desejarem as partes, o devedor primitivo continua
responsável pela dívida, ocorrendo também uma assunção imperfeita ou de reforço. A
assunção da dívida é realizada pelo contrato entre o devedor originário e o novo
devedor, mediante ratificação do credor.
A ANUÊNCIA DO CREDOR PODE SER TÁCITA OU EXPRESSA !
Art. 302. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao
devedor primitivo.
As exceções pessoais se referem à pessoa do devedor, são de caráter personalíssimo. Ex:
coação, estado de perigo. Só ele pode se opor. Só dá direito à própria pessoa do credor cobrar,
ex: remissão (perdão) parcial da dívida.
Art. 303. O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do
crédito garantido; se o credor, notificado, não impugnar em trinta dias a transferência do
débito, entender-se-á dado o assentimento.
Se for assunção delegatória, se o credor fizer silêncio, interpreta-se como recusa do credor. O
assentimento por silêncio somente é válido para imóveis hipotecados.
Pagamentos: Extinção da obrigação. Nas obrigações de dar, fazer e não fazer. Nos contratos
bilaterais há obrigações recíprocas. O pagamento pode constituir-se na transferência de um
numerário, na entrega de uma coisa, na elaboração de uma obra, na apresentação de uma
atividade e até mesmo numa abstenção.
Personagens:
1. Solvens: O que efetua o pagamento, o devedor
2. Accipiens: O que recebe o pagamento, o credor.
- Pagamento Direto: ocorre com a realização da atividade contratada, com o próprio objeto da
contratação.
- Pagamento Indireto: Não é feito com o objeto contratado.
Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena
de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito.
O Pagamento pode ser feito ao representante do credor (pode também decorrer de via judicial,
de nomeação do juiz. Ex: síndico de falência, administrador judicial de bens penhorados, etc.
Este fenômeno é conhecido como representação judicial, essas pessoas estão autorizadas a
receber.
- Credor putativo: “Parece, mas não é”. Ex: você vai à um estabelecimento comercial para
pagar uma dívida. Quem recebe o pagamento é um assaltante, que neste momento se instalou
ni guichê de recebimento. Credor se apresenta falsamente com o título de credor.
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que
não era credor.
Pessoas:
Quem deve pagar: o devedor e o assuntor da dívida (várias pessoas)
A quem se deve pagar: o credor (várias pessoas, dependendo do vínculo jurídico – arts
304 a 312)
Objeto e prova do pagamento: (313 a 326)
Lugar do pagamento: (327 a 330)
Tempo do pagamento: (331 a 333)
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta
do devedor, salvo oposição deste. REFERE-SE AO 3º NÃO INTERESSADO QUE PAGA A DÍVIDA
EM NOME DO DEVEDOR, QUE PODE COBRAR O VALOR QUE DESEMBOLSOU + CONSIGNAÇÃO
EM PAGAMENTO. Este 3º. Não interessado pode pagar em nome do devedor ou em nome
próprio. O 3º. Interessado paga em seu próprio nome – Ambos têm direito de serem
reembolsado.
O 3º. NÃO INTERESSADO NUNCA SE SUBROGA. SÓ QUEM SE SUBROGA É
O 3º... INTERESSADO. NA SUBROGAÇÃO TODOS OS ACESSÓRIOS VEM
JUNTO (É UM PRIVILÉGIO).
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a
reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor. REFERE-SE AO 3º.
NÃO INTERESSADO QUE PAGA EM NOME PRÓPRIO PODE COBRAR O QUE PAGOU, MAS NÃO SE
SUBSTITUI NOS DIREITOS DO CREDOR (SUBROGAÇÃO). NÃO PODE CONSIGNAR EM
PAGAMENTO, MAS TEM DIREITO REGRESSIVO (COBRAR O QUE PAGOU)
Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não
obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação. REFERE-
SE AO TERCEIRO (INTERESSADO OU NÃO) QUE PAGA COM DESCONHECIMENTO OU OPOSIÇÃO
DO DEVEDOR. NÃO SERÁ DESEMBOLSADO SE O DEVEDOR PODIA PAGAR. NÃO É
NECESSARIAMENTE O PAGAMENTO COMO EXTINÇÃO DA DÍVIDA, É A EXTINÇÃO DA
OBRIGAÇÃO. PODE SER DADA POR VÁRIAS FORMAS COMO: REMISSÃO (PERDÃO DA DÍVIDA),
VÍCIO DO NEGÓCIO (EX: COAÇÃO), ETC.
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade, quando
feito por quem possa alienar o objeto em que ele consistiu. Só pode transferir um imóvel se
for próprio.
Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais reclamar do
credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de
aliená-la. Não será cobrado de quem consumiu mas de quem transferiu – em se tratando de
coisa fungível
Bens fungíveis são os móveis que podem ser substituídos por outros da mesma espécie,
qualidade e quantidade (art. 85 – CC). São exemplos de bens fungíveis os metais preciosos, o
dinheiro, os cereais, etc.
Bens infungíveis são os que não têm o atributo de poder ser substituídos por outros da mesma
espécie, qualidade e quantidade.
- O credor
- Seu representante
Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor
não provar que em benefício dele efetivamente reverteu. O pagamento feito ao incapaz (de
fato) é inválido. Ex: Dei R$ 100,00 ao menor e ele foi ao cinema, beneficiando-se desse
dinheiro. SE eu conseguir provar que o pagamento reverteu em favor dele, eu paguei bem.