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Historia
Os primeiros metais a serem descobertos foram os metais nobres, que por não reagirem com
outros elementos podiam ser encontrados na sua forma bruta na natureza. Esses metais passaram
a ser trabalhados quando se descobriu que o calor poderia amolecê-los e trabalhá-los. Acredita-se
que, por volta de 2500 a.C., surgiram as primeiras ligas metálicas, com a adição
de estanho ao cobre, gerando o bronze - uma liga metálica que tinha propriedades superiores às do
cobre. O ferro demorou um pouco mais para começar a ser trabalhado, pois não se acha ferro bruto
na natureza. O aço é uma variante do ferro que tem em sua composição uma concentração
levemente menor de carbono. A concentração de carbono gera uma liga de ferro com
uma maleabilidade e dureza maiores do que o ferro puro. O ferro-gusa possui teores de carbono
que variam entre 1,7% em peso a 6,67%. Abaixo de 1,7% de carbono, é conhecido como aço. O
ferro é achado na natureza sob a forma de vários compostos, como
a hematita (Fe2O3), magnetita (Fe3O4), limonita (FeO[OH]), siderita (FeCO3), pirita (FeS2)
e ilmenita (FeTiO3). Dentre todos esses compostos, a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) utiliza
principalmente a hematita, por ser o mais abundante na natureza. O processo de produção
do aço envolve um outro composto chamado coque. O coque é um combustível com altos teores de
carbono. Ele chega à usina siderúrgica ainda com algumas impurezas e com uma concentração de
carbono inferior à desejada. Portanto, faz-se na CSN uma purificação do coque para aumentar a
concentração de carbono. Essa purificação é como destilar as impurezas do coque: ele é aquecido
a 1300°C por 16 horas, removendo assim as impurezas, como alcatrão e outros, por volatilização e
vaporização O coque é usado como combustível e agente redutor nos altos-fornos e é dele que
provém o carbono adicionado ao ferro, gerando o aço.
Processo
O aço é produzido,a partir da "purificação" do ferro gusa, sendo que este ferro gusa é constituído
de minério de ferro, coque e cal. A fabricação do aço pode ser dividida em quatro etapas:
preparação da carga, redução, refino e laminação.
1. Preparação da carga ou sinterização: grande parte do minério de ferro (finos) é aglomerada
utilizando-se cal e finos de coque. O produto resultante é chamado de sinter.
2. Redução: essas matérias-primas, agora preparadas, são carregadas no alto forno. O ar pré-
aquecido a uma temperatura de 1000°C é soprado pela parte de baixo do alto forno. O coque, em
contato com o oxigênio, produz calor que funde a carga metálica e dá início ao processo de redução
do minério de ferro, transformando-o em um metal líquido: o ferro-gusa. O gusa é uma liga de ferro
e carbono com um teor de carbono elevado.
3. Refino: aciarias a oxigênio ou elétricas são utilizadas para transformar o gusa líquido ou sólido e
sucata de ferro e aço em aço líquido. Nesta etapa, parte do carbono contido no gusa é removida
juntamente com impurezas. A maior parte do aço líquido é solidificada em equipamentos de
lingotamento contínuo ou convencional (em desuso) para produzir semi-acabados, lingotes e
blocos.
4. Laminação: os semi-acabados, lingotes e blocos são processados por equipamentos chamados
laminadores e transformados em uma grande variedade de produtos siderúrgicos cuja
nomenclatura depende de sua forma e/ou composição química.
A obtenção do ferro na indústria siderúrgica está destinada a outro metal, o aço. No entanto,
existem aços que são obtidos diretamente do ferro velho.
No século XIX, o desenvolvimento industrial se estende desde a Grã Bretanha até o resto dos
países da Europa Ocidental. Os procedimentos para tornar o ferro em aço são muito caros, porém
em 1850 foi criado um conversor que transformava o ferro em aço. Esta mudança na indústria
siderúrgica trouxe consequências para a indústria metalúrgica, indústria têxtil, máquinas agrícolas e
para a fabricação de todo tipo de ferramentas.
3.
Promover a produção sustentável do carvão vegetal usado na
siderurgia e fomentar a gestão de carbono na indústria nacional para
controlar as emissões de gases e o uso de energia são os principais
objetivos dos planos setoriais de mitigação e adaptação à mudança
climática desses setores, segundo o Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior.
Aço verde
O papel principal do Ministério do Meio Ambiente será a fiscalização
e acompanhamento da legalidade da madeira que origina o carvão
vegetal usado na siderurgia para produção de ferro-gusa. Assim, o
foco na origem da madeira garante a produção do aço verde,
certificado como de baixa emissão de carbono e com matéria-prima
de origem legal.
4.
A madeira é fonte importante de energia para o Brasil, representa 12,9% da oferta total de
energia, a mesma participação que a energia hídrica e a energia proveniente de cana-de-
açúcar. Embora o consumo de madeira viesse caindo até meados dos anos 90, a partir
1998 o consumo de combustíveis de madeira começou a crescer, impulsionado pelo
aumento da produção de carvão vegetal, que está diretamente relacionado à produção
siderúrgica. O rápido crescimento da demanda por carvão vegetal gerou pressão sobre
florestas nativas, provocando desmatamento e conseqüentemente emissão de gases de
efeito estufa. Estima-se que em 2005 foram desmatados ilegalmente 245 mil hectares e
emitidas 72 milhões de toneladas de gás carbônico devido ao uso de carvão vegetal na
indústria siderúrgica. O aumento da fiscalização e do controle sobre a produção e o
transporte de carvão vegetal e a melhoria do planejamento do setor madeireiro reduziriam
a pressão sobre as florestas nativas e ajudariam o Brasil a evitar emissões de gases de
efeito estufa colaborando assim para a redução dos efeitos das mudanças climáticas.