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COSENZA, José Paulo. Contabilidade criativa: as duas faces de uma mesma moeda.

IN:
Revista Pensar Contábil, Rio de Janeiro: Conselho Regional de Contabilidade, 2003, v.6, n.20,
p.04-13.

Por: Paulo Sérgio Bezerra Nobre

José Paulo Cosenza, Bacharel em CC, doutorando na Universidade de Zaragoza,


mestre em Contabilidade, professor na UERJ, contador aposentado do BNDES, possui vários
cursos de aperfeiçoamento e especialização nas áreas contábil e financeira, como
Contabilidade Internacional (FIPECAFI - 2008), Certificado de Docência Universitária
(UNIZAR - 2001) e Diploma de Estudos Avançados (UNIZAR - 2002), recebeu por este
artigo o primeiro lugar no prêmio Geraldo de La Rocque.

O autor aborda um tema bastante atual: processo pelo qual os contadores utilizam
do seu conhecimento legal para manipular a realidade patrimonial de uma entidade, sem
deixar de cumprir os princípios da contabilidade, estimulada pelo resultado financeiro nas
empresas em suas demonstrações contábeis.
Em sua obra, Consenza prioriza o sentido e o alcance da contabilidade criativa,
retrata os aspectos morais e éticos desse fato, posiciona o alcance jurídico e o significado
social e histórico desse objeto de debate, traz para os dias atuais a natureza e os objetivos com
fartos exemplos, explana a contabilidade criativa em detrimento do resultado fiel dos
demonstrativos contábeis e por fim, traz casos concretos à analise cientifica.

Em seu primeiro capítulo, o autor nos mostra o entendimento do termo


‘contabilidade criativa’ para diferentes autores, com suas visões, suas críticas e a própria
definição que se altera conforme o interesse. Mesmo mantendo um alicerce de duas definições
consensuais: existe uma manipulação contábil e há uma intenção de enganar, nos é mostrado
que existe uma margem flexível presente nos princípios contábeis para isso, quando
abordamos a natureza e os objetivos desejados pela empresa, fatos estes, demostrados no seu
segundo capítulo que veremos a seguir.

A natureza e os objetivos foram ferramentas de estudo de diversos trabalhos


dentro do conceito criativo da contabilidade, o artigo vencedor faz referência a estes, trazendo
coerência aos fatos abordados e demonstrando alinhamento com a divulgação dos fatos
contábeis, projetados para o melhor resultado possível no mercado. Para corroborar, exemplos
reais são mencionados para o melhor entendimento da natureza e dos objetivos.

No capítulo seguinte, o autor considera que mostrar fielmente o resultado contábil


para os stakeholders (a quem interessa), pode trazer uma corrida desenfreada por papeis ou
desestimular decisões a curto prazo, trazendo caos ao sistema. Por não existir uma doutrina
precisa, a interpretação da imagem fiel torna-se inalcançável, abrindo espaço para
posicionamentos não éticos nessa tomada de decisão, mais a frente, será melhor abordada.

Seguindo, a contabilidade criativa entra em confronto com a ética. Cosenza expõe


diversas maneiras de demonstração da contabilidade criativa, exemplificando mais uma vez
os fatos. Recorrendo ao entendimento empírico do autor, há um oferecimento de informações
úteis, oportunas e exatas a esse respeito perfazendo com clareza o seu posicionamento.
De acordo com Cosenza (2003, p. 8),
Contudo, o aspecto ético relativo ao profissional que elabora as demonstrações contábeis
deveria prevalecer, pois ele tem a missão de administrar a evidenciação do patrimônio da
entidade, de forma que essa represente a imagem fiel da organização. A postura ética
profissional está fundamentada na adoção da norma técnica necessária, que permita
oferecer informação útil, oportuna e exata a todos os usuários da informação contábil e no
acatamento de parâmetros gerais de comportamento de independência, apesar da relação
capital-trabalho existente

O autor compila nos quinto e sexto capítulos as aplicações e suas limitações no


âmbito da contabilidade criativa. Estas aplicações na prática se arrimam nos princípios
contábeis, nas operações, nas classificações e operações vinculadas da contabilidade, desta
forma, expõe não somente a ética anteriormente comentada, mas algumas medidas de
contenção e de intimidação de práticas abusivas, como, a exigência de auditorias
independentes, limitações da escolha de alternativas contábeis, contenção de estimativas
subjetivas, dentre outras. É um momento esclarecedor da obra enquanto técnico, momento
em que o autor aguça de reflexão do leitor.

Por fim, no sétimo e ultimo capítulo o autor nos expõe em casos concretos, a
contabilidade criativa, desvendando eventos conexos, a saber: a estratégia utilizada para
amenizar os impactos, os resultados obtidos, a percepção do mercado frente aos resultados
expostos, a confiança perdida com o tempo e a derrocada de algumas corporações que
insistiram em apresentar sempre e somente a contabilidade criativa. Desta forma, o autor
materializa a complexidade na utilização desta ferramenta de modo a objetivar os riscos
inerentes aos fatos contábeis redesenhados.

Considerações:
A obra tem o objetivo de discutir uma pratica recorrente na contabilidade
mundial conhecido pelo oferecimento de meias verdades no resultado contábil e o faz com
maestria.
De um modo geral o autor apoia-se em vasta bibliografia e diversos casos
concretos, arcabouços de seu artigo, sintetizando o pensamento de diversos autores que
respalde ainda, suas opiniões.
COSENZA alerta-nos, e isso enriquece a obra, dos riscos éticos e econômico
na decisão em adotar uma postura menos conservadora, mostrando bastante dinamismo,
faz críticas e mostra soluções quando aborda o estabelecimento de diversos mecanismos
legais como ferramenta de controle da contabilidade criativa. Direcionada ao público das
ciências econômicas o artigo é recomendado a qualquer público acadêmico, pois aborda
com simplicidade o contexto dos fatos.

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